o mercado brasileiro de seguros, hoje e nos …...todavia, o receio do aumento da inflação pode...
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O mercado brasileiro de seguros, hoje e
nos próximos anos
Adaptando-se à mudança em um mundo em
constante transformação
kpmg.com/BR
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
1 - Sumário Executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
2 - Composição, desenvolvimento e desafios do mercado . . . . . . . . . . .9
2.1 - Composição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
2.2 - Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
2.3 - Desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
3 - Gestão da Companhia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
3.1 - Gestão operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
3.2 - Gestão de resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
3.3 - Investimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23
Sumário
IntroduçãoO setor de seguros no Brasil vem apresentando um crescimento consistente e significativo nos últimos dez anos, sempre acima do crescimento do PIB. Apesar das pressões econômicas ao longo dos últimos anos sobre outros segmentos da economia, o setor securitário ainda não foi afetado de maneira significativa.
O seguro patrimonial continua representando o pilar tradicional do mercado brasileiro, seguido pelos produtos de seguro de vida que também apresentam crescimento significativo. Já o setor de saúde é visto como um dos mais promissores para os próximos anos. Todavia, o receio do aumento da inflação pode ter um impacto sobre o sucesso dos produtos com prazos mais longos.
A rentabilidade, especialmente nas linhas de varejo, continua impressionante e com um potencial muito maior pela frente com o aumento da riqueza média por unidade familiar e novos clientes que entram no mercado à medida que migram para as classes mais afluentes. Essas mudanças trazem desafios aos modelos de distribuição e carteiras de produtos e determinam que a indústria tenha responsabilidade pela educação comercial de seus próprios clientes. A concorrência nas linhas comerciais é acirrada, e continuará sendo, principalmente em função da pressão sobre os preços para os novos entrantes. Em todas as linhas de negócio, as seguradoras continuam enfrentando desafios significativos ao tentar absorver o crescimento em seus sistemas e processos.
Uma vez que o Brasil continua oferecendo oportunidades atraentes de crescimento a longo prazo, participantes estrangeiros de destaque continuam demonstrando interesse em entrar ou ampliar seus negócios. Os principais desafios aos novos entrantes podem ser a concentração mercadológica, complexidades na distribuição e modelos de corretagem.
No aspecto regulamentar, o Brasil busca ativamente se moldar e incorporar os desenvolvimentos globais na regulamentação local.
Gostaríamos de convidá-lo a explorar em mais detalhes estas e outras tendências na nossa análise do mercado de seguros brasileiro. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos executivos das seguradoras, resseguradoras e corretoras, que não somente contribuíram com o seu tempo para preencher este questionário, mas também compartilharam informações valiosas para enriquecer os resultados quantitativos e qualitativos deste estudo. Como resultado da sua ajuda, esta publicação representa mais de 60% do mercado em termos de prêmios.
Esperamos que desfrute da sua leitura e gostaríamos de receber o seu feedback e seus comentários.
Luciene Teixeira Magalhães Sócia, Líder de Seguros KPMG no Brasil
Erik Bleekrode Sócio, Setor de Seguros KPMG no Brasil
6 | O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos
6
O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos | 7
Com o objetivo de medir as expectativas dos principais seguradores, resseguradores e corretoras, quanto ao comportamento do mercado, foram realizadas entrevistas e enviados questionários eletrônicos aos principais executivos do segmento. Ao todo, aconteceram 12 entrevistas e 16 questionários foram respondidos.
Sumário executivo1
Modalidades comercializadas
Faturamento dos participantes
Microsseguros
Corporativo
Bancassurance
Afinidades
Massificado
3
13
5
6
9
Fonte: Análises KPMG
Menos de 500 milhões de reais
Entre 500 milhões e 1 bilhão de reais
Entre 1 e 5 bilhões de reais
Entre 5 e 10 bilhões de reais
Mais que 10 bilhões de reais
Fonte: Análises KPMG
19%
13%
25%
6%
37%
Das empresas que responderam ao questionário, 75% não estão vinculadas a instituições financeiras. O quadro abaixo demonstra quais segmentos são comercializados nas organizações participantes na pesquisa eletrônica:
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Crescimento do mercado e tendências de desenvolvimento
•Ocrescimentomédioanualde10%aoanopara seguros e 14% em resseguros sustenta o otimismo para os próximos anos. O crescimento de prêmios e a melhoria na rentabilidade continuarão a ser os principais focos da maioria dos participantes da pesquisa.
•OmercadodesegurosnoBrasilmantém-sebastante concentrado, com os dez maiores grupos seguradores representando cerca de 85% dos prêmios diretos em 2013. A expectativa do mercadoéqueestaconcentraçãosemantenhanos próximos anos.
•Aparticipaçãodeseguros,apesardeterganhorelevâncianoPIB,aindaépoucorepresentativa, quando comparada a economias mais maduras, como Estados Unidos ou países da Europa.
•Amaioriadosrespondentesacreditaqueo mercado manterá as taxas atuais de crescimento no próximo ano, acreditando, inclusive, que o VGBL retomará as taxas de crescimentoapresentadasaté2012.
Eficiência operacional e melhor gestão de resultados
•Amaioriadosparticipantesacreditaqueas principais áreas que devem ser foco de otimização são a gestão de sinistros e os recursos investidos com publicidade e marketing, com foco cada vez mais em campanhas de rádio e TV, jornais e revistas especializados no setor. As peças publicitárias de rua seguem caminho contrário e não devem
ter a mesma relevância que nos anos anteriores.•Amelhorianagestãodosprocessos
litigiosos e o aprimoramento do processo de precificação e de gestão de prestadores de serviço são considerados ações prioritárias para a redução das despesas operacionais e ganho de eficiência.
Dinâmica do mercado
•Amaioriadosparticipantesdapesquisaacredita que os cinco maiores grupos irão aumentar ainda mais seu market share nos próximos anos, principalmente devido ao crescimento orgânico, uma vez que fusões e aquisições entre grandes empresas só foram previstas por 25% dos respondentes. Aexpectativaéqueplayers internacionais continuem a demonstrar interesse no mercado brasileiro.
•Aexpectativadosexecutivoséqueoscanaisde distribuição, resultados por produto e
sinistralidade, apresentem comportamento semelhante ao de 2013, com mudanças em linhas específicas como riscos financeiros, cujaexpectativadomercadoédepequenapiora na sinistralidade.
Alémdosdetalhessubjacentesaosresultados,conformeilustradoacima,tambémincluímosasnossas visões e as nossas observações sobre diversos temas importantes, como Corretoras, Seguro Saúde, Mercado de Varejo, Mercados Comercial e Industrial, Resseguro e Entrada no Mercado/Fusões e Aquisições.
O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos | 9
2 .1 - Composição
Composição, desenvolvimento
e desafios do mercado2
1 - Volume total de prêmio de seguros 2011 - 2013
2 - Volume total de prêmio de resseguros 2011 - 2013
2011
122
100
180
R$ bilhões
Volume total de prêmios
2012
149
2013
17012%
Fontes: SUSEP, ANS
2011
5,55,0
9,0
R$ bilhões
Volume total de prêmios de resseguro
2012
6,5
2013
8,314%
Fonte: SUSEP
O crescimento dos prêmios e a melhoria da rentabilidade nas operações são dois dos principais focos para seguradoras, resseguradoras e corretoras no futuro próximo.
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Duranteoperíodode2011a2013,énotávelqueataxa composta de crescimento anual — Compound Annual Gowth Rate (CAGR) — das Top 11-20
2011
100
180
R$ bilhões
DemaisEntre 11 e 2010 maiores
2012 2013
Fontes: SUSEP, ANS e análises KPMG
83%
8%
8%
-2,5%
15,0%
10,9%
MÉDIA10,2%
CAGR
9%
9%
6%
6%
85%86%
3 - Evolução da composição do market share 2011 - 2013
4 - Prêmio direto por grupo de ramos em 2013
Fontes: SUSEP e Sinscorp
1%
2%
37% VGBL
20% Automóveis
15% Pessoas
14% Saúde
7% Patrimonial
4% Outros
2% Transportes
1% Riscos Financeiros
37%
20%
15%
14%7%4%
empresas tenha sido significativamente maior do queasoutrascategorias.Alémdisso,osplayers menores têm enfrentado desafios maiores.
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Quando olhamos para as linhas de negócio individualmente, Automóveis e Saúde destacam-se
5 - Crescimento do prêmio direto por grupo de ramos 2011 - 2013
6 - 10 maiores grupos de seguradores 2013
23
14
1211
8
6
43 3
2
50
25
R$ bilhões
Fontes: SUSEP, ANS e análises KPMG
Brades
co
Banco
do B
rasil -
Map
fre
SulAmérica
Porto
Seg
uro
Itaú
Zuric
h/Zur
ich S
antan
der
Allianz
Caixa S
egur
os
Marí
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asud
a
Tokio
Mari
ne
43
6062
2528
34
1922
26
1720
24
95
2 2
106
31
31
117
50
70
R$ bilhões
2011 2012 2013
Fontes: SUSEP, ANS e análises KPMG
VGBL Automóveis Pessoas Saúde Patrimonial Outros Transportes Riscos Financeiros
positivamente, enquanto VGBL sofreu uma redução do ritmo de crescimento em 2013.
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2 .2 - Desenvolvimento
1 - Nossa visão da penetração de seguros no PIB 2006 - 2020
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
% Penetração de seguros
gerais no PIB
PIB per capita em base PPP US$ Mil
17 mil 34 mil
0
Nascente Emergente Amadurecido
Apesar de ter ganho relevância no PIB, aparticipaçãodesegurosaindaépoucorepresentativa, quando comparada a economias mais maduras. Ao compararmos, por exemplo, a participação dos seguros gerais no PIB Brasileiro (1,2%) com economias como a do Chile(1,5%),dePortugal(2,5%),daBélgicae dos Estados Unidos (3%), conforme
demonstrado no gráfico abaixo, percebe-se que os seguros ainda representam muito pouco, apresentando, portanto, oportunidade relevante de crescimento e fortalecimento. No gráfico, mostramos a evolução da penetração dos seguros gerais no PIB entre 2006 e 2013 e nossa expectativa do desenvolvimento desta penetraçãoaté2020.
Este gráfico mostra o crescimento esperado na penetração de seguros gerais no mercado brasileiro como um percentual do PIB; o padrão de penetração foi calculado com base na evolução ocorrida em países cujos mercados estão em estado nascente, emergente e maduros.
Fonte: Análise KPMG
Penetração de seguros no Brasil, 2006 a 2020 Penetração de seguros, 2012
O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos | 13
Os participantes da pesquisa acreditam que praticamente todos os setores manterão o crescimento acima de 10% ao ano, com exceção dos seguros de transporte. Aexpectativaéqueossegurosdevidae
2 - Expectativa de crescimento anual por grupo de ramos
Média
Vida e Acidentes Pessoais
Automóvel
Patrimonial
VGBL
Riscos Financeiros
Transportes
Saúde
61%
14%
21%
21%
21%
21%
15%
31%
72%
50%
50%
65%
72%
54%
8% 13%
10%
11%
11%
10%
9%
11%
14%
29%
29%
7% 7%
7%
31%
0 a 5% 5 a 15% 15 a 20% >20%
Fonte: Análises KPMG
acidentes pessoais apresentem os crescimentos mais relevantes neste ano. Destacamos que o percentual de crescimento deve ser considerado no contexto de uma inflação esperada entre 6% e 7% em 2014.
CORRETORESO mercado de corretagem continua fragmentado e concentrado, talvez demasiadamente, em produtos de
curto prazo em função da sua alta rentabilidade. Embora exista uma busca por consolidação, isto é difícil de ser obtido considerando o pequeno porte da maioria dos participantes no mercado. O mercado de grandes
riscos é dominado pelas grandes empresas internacionais, que desejam ampliar os seus negócios para o mercado de PMEs, mas enfrentam dificuldades para entrar nesse mercado por razões similares, enquanto o
modelo de agências nunca se desenvolveu no Brasil, devido às restrições normativas.
As corretoras enxergam sua posição sob uma determinada pressão causada em função da crescente competitividade dos preços no mercado e pelo aumento da transparência aos segurados, pela utilização
da Internet ou de outras ferramentas de comparação de preços. Apesar de estar atrás da Europa no seu desenvolvimento, a Internet sem dúvida irá acelerar a desintermediação no Brasil. O principal desafio das
corretoras será definir o seu valor agregado para o mercado no futuro.
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3 - Expectativa do comportamento do índice combinado por grupo de ramo
Saúde
Transportes
Riscos Financeiros
VGBL
Patrimonial
Automóvel
Vida e Acidentes Pessoais
11%
33%
8%
10%
8%
27%
64%
67%
50%
25% 42%
90%
42%
55%
27%
11% 11%
17%
17% 8%
50%
18%
9%
Variação negativa significativa
Sem variação relevante
Variação positiva significativa
Fonte: Análises KPMG
Variação negativa pouco significativa
Variação positiva pouco significativa
SEGURO SAÚDEA saúde ocupa a segunda posição na lista de desejos dos brasileiros, mas o setor de saúde
não consegue atender aos requisitos da população. Ele não acompanhou o ritmo da migração de muitos brasileiros para classes de riqueza mais afluentes. Apenas cerca de 25% da
população possui um plano ou seguro. Isso significa que o potencial de desenvolvimento desse mercado é enorme, mas os riscos para quem os assume também são. Além das
questões globais, como a inflação geral dos custos de saúde, o debate sobre os requisitos de capital para as atividades de saúde e o debate em torno de retornos socialmente aceitáveis na
comercialização de atividades de saúde, o risco político e regulatório é um fator determinante na comercialização. O desafio do mercado será encontrar e desenvolver soluções que sejam
comercialmente viáveis dentro das incertezas existentes.
O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos | 15
4- Expectativa do comportamento da sinistralidade por grupo de ramo
5 - Expectativa de crescimento anual
Saúde
Transportes
Riscos Financeiros
VGBL
Patrimonial
Automóvel
Vida e Acidentes Pessoais
11%
33%
8%
10%
25%
27%
73%
78%
59%
42% 33%
90%
42% 33%
55%
27%
11%
8%
17%
9% 9%
Variação negativa significativa
Sem variação relevante
Variação positiva significativa
Fonte: Análises KPMG
Variação negativa pouco significativa
Variação positiva pouco significativa
Top 10 empresas do setor
Empresas entre 11ª e 20ª posição do setor
Demais
7%
86%
21%
72%
14%
29% 43%
21%
7%
Média
11%
11%
13%
0 a 5% 5 a 15% 15 a 20% >20%
Fonte: Análises KPMG
RESSEGUROO número de participantes do mercado no setor de resseguros aumentou significativamente para 106
após a liberalização do mercado em 2008. Isso aumentou a pressão sobre os preços e a rentabilidade, com o índice combinado das dez maiores empresas atingindo a média de 108% em 2013. O IRB continua
com representatividade em resseguros, apesar de as novas resseguradoras locais estarem investindo na captação de negócios. As restrições regulamentares restringem a cessão de risco para resseguradoras
admitidas e eventuais, enquanto as restrições intragrupo continuam afetando as empresas estrangeiras no mercado. Embora alguns acreditem que o Brasil deve se esforçar para se tornar um centro de negócios
de resseguros na América Latina, outros são menos positivos sobre isso, devido à capacidade relativa do mercado e restrições regulamentares em comparação com outros países da região.
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O crescimento econômico e o aumento da renda nas classes C, D e E são considerados pela maioria como os principais fatores que influenciarão o crescimento do mercado. Com as expectativas de crescimento da economia
6 - Fatores que deverão influenciar mais o crescimento do mercado em 2014
Crescimento econômico
Aumento da renda da população nas camadas C,D,E
Aumento da consciência de seguros na população em geral
Investimentos em infraestrutura
Aumentodocrédito
Mudanças regulatórias
Expansão da cadeia de produtos
PRIORIDADE ALTA
PRIORIDADE MÉDIA
PRIORIDADE BAIxA
71%
64%
50%
43%
36%
21%
7%
Fonte: Análises KPMG
brasileira sendo cada vez mais pessimistas, não éclaroparaosrespondentesdapesquisaseestecrescimento será suficiente para impulsionar o mercado de seguros e resseguros nos mesmos índices atuais.
MERCADO DE VAREJONo longo prazo, o mercado de varejo é visto como o principal impulsionador para o crescimento
sustentável, com a maioria das oportunidades nos negócios de seguro automotivo, saúde e afinidades (seguros vendidos por meio de varejistas). O crescimento será impulsionado pelos
clientes existentes que aumentam a sua renda familiar média e, portanto, o valor dos seus ativos seguráveis. O novo cliente que está entrando no mercado financeiro será o principal impulsionador
da inovação na distribuição de produtos. O receio da inflação pode colocar alguma pressão sobre os produtos de longo prazo.
Acreditamos que o debate sobre as vendas questionáveis, que afetou principalmente as seguradoras europeias, em algum momento também chegará ao Brasil. Apesar da ampla regulamentação para
defesa dos direitos do consumidor no Brasil, e do foco nos produtos de curto prazo, há uma grande pressão sobre as vendas com taxas de comissão que, em alguns casos, são proibitivas. Vemos uma
grande responsabilidade dos participantes do setor em assegurar que os clientes de varejo entendam os produtos que compram e que eles estão dentro de suas necessidades.
MERCADOS COMERCIAL E INDUSTRIALCom o segmento comercial representando aproximadamente 30% do mercado de seguros de
ramos elementares em 2020, esperamos que este se transforme em um mercado de cerca de US$ 15 bilhões em prêmios emitidos até lá. O crescimento nesse segmento está geralmente alinhado
com o crescimento do PIB e, entre outros aspectos, é impulsionado pelos enormes programas de investimento em infraestrutura que foram em grande parte postergados, mas terão de ocorrer em
algum momento nos próximos cinco a dez anos. Entretanto, a rentabilidade nesse segmento tem sido muito baixa nos últimos anos e deverá manter-se em níveis baixos em função da pressão
sobre os preços exercida pelos novos entrantes, que utilizam os preços para conquistar uma participação do mercado. Com o alto risco inerente de sinistros e pressão sobre os requisitos de
capital, os bancassurers possivelmente irão rever, de forma estratégica, essa linha de negócio. Os novos entrantes precisarão encontrar um modelo de negócios sustentável que lhes permita um
crescimento também sustentável em um mercado complexo.
O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos | 17
Os respondentes acreditam que o mercado, já concentrado, irá se concentrar ainda mais entre os cinco maiores grupos. A maioria dos
7 - Participação dos maiores grupos em 2014
Aumentodeaté2%
Aumento entre 2% e 5%
Aumento superior a 5%
Crescimento negativo
Fonte: Análises KPMG
15%
46%
31%
8%
8 - Expectativa do comportamento do índice combinado por grupo de ramo
Fonte: Análises KPMG
Entrada de novas companhias estrangeiras
Venda de uma ou mais seguradoras líderes
Fusões e aquisições entre grandes companhias
Encerramento das operações no Brasil de uma ou mais companhia estrangeira
Nenhuma das opções
69%
31%
23%
23%
15%
participantes acredita na entrada de novos players internacionais.
ENTRADA NO MERCADO/FUSÕES E AQUISIÇÕESSempre houve e continuará havendo novos entrantes no mercado brasileiro. No entanto, o número de parceiros
potenciais ou candidatos à aquisição é baixo, em função da estrutura do mercado e das parcerias já existentes. E uma vez que um dos fatores críticos de sucesso para a entrada no mercado é o modelo de distribuição,
encontrar o parceiro ideal é fundamental para o sucesso. Talvez no futuro, o sucesso esteja cada vez mais na capacidade de um novo entrante trazer algo que o mercado brasileiro ainda não tem, por exemplo, produtos,
sistemas, Internet ou soluções de gerenciamento de risco.
18 | O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos
Quando olhamos as principais áreas que precisam de melhorias nas empresas de seguro, notamos que os principais problemas estão
2 .3 Desafios
1 - Áreas prioritárias para 2014
Melhoria da rentabilidade
Crescimento de prêmios
Desenvolvimento de novos produtos
Fortalecimento da marca
Gestão de risco, incluindo a área atuarial e as funções de subscrição
Crescimento das linhas corporativas
Otimização da distribuição de seguros
Redução dos custos administrativos e de comercialização
Crescimento das linhas de varejo
Fusões e Aquisições
PRIORIDADE ALTA
PRIORIDADE MÉDIA
PRIORIDADE BAIxA
88%
69%
56%
50%
38%
31%
38%
25%
31%
19%
Fonte: Análises KPMG
2 - Principais desafios para o mercado em 2014
Fonte: Análises KPMG
Crescimento da economia
Exigências regulamentares
Solvência / Gestão de capital
Crescimento da inadimplência
Taxa de Juros
64%
43%
43%
21%
14%
relacionados às atividades comerciais e à não otimização das atividades de back-office.
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Gestão da Companhia33 .1 Gestão operacional
As crescentes preocupações globais com a gestão de risco e capital e as exigências de adequação aos requerimentos de Solvência II fazem com que os executivos do mercado brasileiro acreditem que a adequação de capital e solvência seja o principal foco de mudanças regulamentares no futuro próximo.
1 - Áreas que exigirão mudanças significativas
Fonte: Análises KPMG
Adequação de capital e Solvência
Modificação e acompanhamento das regras regulatóriasrelacionadasàsprovisõestécnicas
Política de precificação
Política de investimentos
Demonstrações financeiras e reportes
Monitoramento e gestão de fraudes e prevenção à lavagem de dinheiro
Relacionamento e remuneração de corretores
Nenhuma das opções acima
58%
42%
42%
33%
25%
25%
17%
17%
2 - Mudanças nos canais de comercialização
Afinidade e varejo
Corretores
Concessionárias Automotivas
Bancos
Vendas pela Internet
38%
46%
67%
50%
46%
47%
31%
17% 8%
42%
46% 8%
15%
15% 8%
8%
8%
Sem mudanças
Aumento moderadoFonte: Análises KPMG
Aumento significativo
Queda moderada
Quando questionados sobre canais de comercialização, os respondentes afirmaram acreditar que os canais atuais de distribuição mantenham a sua relevância inalterada no futuro próximo, destacando, no entanto, a expectativa de ganho de relevância da distribuição por canais alternativos como empresas de varejo e Internet.
20 | O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos
3 .2 Gestão de resultados
A maior parte dos respondentes acredita que as principais áreas que devem ser foco de otimização são a gestão de sinistros e os recursos investidos
A melhoria na gestão dos processos litigiosos e o aprimoramento do processo de precificação e de gestão de prestadores de serviço são
1 - Foco para melhoria do resultados
Fonte: Análises KPMG
Sinistralidade
Marketing
Despesas de comercialização
Despesas administrativas
77%
77%
23%
23%
31% 69%
54% 46%
Maior Foco Menor Foco
2 - Ações de redução das despesas de sinistralidade
Fonte: Análises KPMG
Melhoraria dos processos litigiosos
Estratificação da precificação considerando fatores adicionais de risco
Melhoraria das relações com parceiros (centros de autosserviço, reguladores etc.)
Melhorar a gestão de fraude
Utilização de bases compartilhadas
Intercâmbio de informações entre as seguradoras
77%
69%
69%
62%
38%
31%
em publicidade e marketing. A redução dos custos de colocação surpreendentemente aparece como menor foco de atenção.
consideradas ações prioritárias para a redução das despesas operacionais e o ganho de eficiência.
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Analisando o gráfico 3, deve-se notar que há uma sobreposição entre o desenvolvimento de
Entre os custos administrativos, parte relevante dos respondentes pretende investir em centros
3 - Ações de redução das despesas de comercialização
4 - Ações de redução das despesas administrativas
Fonte: Análises KPMG
Otimização das relações contratuais com intermediadores
Ampliação da rede de corretores cadastrados
Desenvolvimento dos canais diretos
Desenvolvimento de vendas pela Internet
54%
54%
46%
38%
Fonte: Análises KPMG
Implementação dos serviços compartilhados
Redução dos custos com pessoal (sem terceirização)
Redução de custos de aluguel
Redução dos custos com pessoal por meio da terceirização de determinadas funções
Mudança de localização da matriz
Crescimento e eficiênica
Não planejamento de redução significativa dos custos
43%
29%
21%
21%
14%
14%
7%
canais diretos e o desenvolvimento de vendas pela Internet.
de serviços compartilhados e na redução dos custos com pessoal.
22 | O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos
3 .3 Investimentos
Cerca de 85% dos participantes da pesquisa estimam que seus investimentos em tecnologia irão manter-se nos mesmos patamares de
1 - Mudanças nos investimentos em marketing
2 - Investimentos em sistemas de informação
Emissão e administração de apólices
Gestão e pagamento de sinistros
Gestão de relacionamento com clientes (CRM)
Contabilidade e finanças
Informações estatísticas
Sistemas de gerenciamento de riscos
Enterprise Resource Planning (ERP)
67%
58%
50%
50%
50%
42%
25%
Fonte: Análises KPMG
Jornais e revistas especializadas
Publicidade de Rua
TV e Rádio
Internet
46%
15%
46%
42%
46%
54%
46% 8%
8%
50% 8%
8%
31%
Fonte: Análises KPMGAumentar Manter Diminuir
2013, no entanto os sistemas de Emissão e Administração de apólice serão os que mais merecerão foco.
O mercado brasileiro de seguros hoje e nos próximos anos | 23
Agradecemosàsseguintespessoas(emordemalfabética)porsuadisponibilidadeemcolaborarepelaabertura durante nossas conversas:
Edson Luis Franco - Presidente Zurich-Santander
Elmo Avellar - Presidente AON Benfield
Eugênio Paschoal - Presidente Marsh McLennon
Hyung Mo Sung-PresidenteZurichMinasBrasil(atéjunhode2014)
Jayme Garfinkel - Presidente do Conselho de Administração Porto Seguro
João Francisco Borges da Costa - Presidente HDI Brasil e ABCSI
Leonardo Paixão - Presidente IRB
Marco Antonio Rossi - Presidente Grupo Bradesco Seguros e CNSeg
Marco Castro - Presidente Lloyd´s do Brasil
Patrick Lucas-PresidentedoConselhodeAdministraçãoSulAmérica
Tarcisio José Massote de Godoy - Presidente Bradesco Auto RE
Wilson Toneto - Presidente Mapfre
Agradecimentos
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Contatos
Luciene Teixeira MagalhãesSócia, Líder de SegurosTel.: (11) [email protected]
Erik BleekrodeSócio, Seguros Tel.: (11) [email protected]
Lucio A. A. AnacletoSócio–líder, Advisory em SegurosTel.: (11) [email protected]
André Neder RochaGerente sênior, Advisory em SegurosTel.: (11) [email protected]
Celso P. AlcantaraSócio, TaxTel.: (11) [email protected]
David BunceSócio, Corporate FinanceTel.: (11) [email protected]
Ricardo Souza AnhesiniSócio, Líder de Financial ServicesTel.: (11) [email protected]
Oliver CunninghamSócio, Advisory Financial ServicesTel.: (11) [email protected]
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