o marxismo na educacao desocultando as mascaras com que ele se esconde

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  • 8/20/2019 O Marxismo Na Educacao Desocultando as Mascaras Com Que Ele Se Esconde

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    O marxismo na educação:

    desocultando as máscarascom que ele se escondE

    Ramiro Marques

    2014

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    Este ebook faz parte do trabalho de exegese que o autor tem vindo a fazer sobre a atualhegemonia do marxismo na educação e nas escolas públicas.

    Quais são as máscaras que o marxismo usa para garantir e aprofundar a sua hegemonia no

    espaço mediático da educação e nas escolas públicas !omo explicar a enorme adesão dosprofessores do ensino público " que se pode fazer para enfraquecer a hegemonia marxistana educação Existe uma relação entre centralismo e h#per$regulamentação e a hegemoniamarxista na educação % liberdade de escolha& a descentralização e a autonomia das unidadesorg'nicas a(udam a enfraquecer a hegemonia marxista na educação

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    A escola pública como instrumento da agenda política ressocializadora

    De facto não é possível educar para promover a mudança social sem que essa mudançaocorra primeiro em quem educa(1). ( !omissão para a !idadania e )gualdade de *+nero.,-/01. Coeducação, Percursos e Desafios& 2resid3ncia do !onselho de 4inistros& página 51

    Esta afirmação& retirada de uma publicação com a chancela da !omissão para a !idadania e a)gualdade de *+nero& uma estrutura administrativa sob a tutela direta da 2resid3ncia do!onselho de 4inistros& revela& de forma inequ#voca& uma agenda pol#tica6 fazer das escolas osespaços onde& atrav+s do curr#culo prescrito e do curr#culo informal& se faz a ressocializaçãodas crianças e dos (ovens& usando para isso a pr+via e necessária ressocialização dosprofessores durante o processo de formação inicial e de formação cont#nua.

     % mudança 7de mentalidades8 tem de ocorrer a montante& durante a formação inicial dos futuros

    professores para que fique assegurado que a ressocialização gera ressocialização. % estrat+giade tomada de controlo ideol9gico das escolas 7e dos media e restantes instituiç:essocializadoras8 foi definida& na d+cada de ; do s+culo passado& pelo comunista italiano %nt9nio *ramsci ,-1 e& desde a#& usada at+ < exaustão pelo movimento revolucionário em todasas suas inúmeras vers:es e formas. " sucesso do processo de tomada do controlo ideol9gicodas escolas + tanto mais eficaz quanto mais impercet#vel ele for. "s su(eitos que dele sãoob(eto não chegam sequer a aperceber$se de que estão a ser v#timas de um processo deressocialização& que visa apagar as suas ra#zes culturais& substituindo$as por um novo c'none&aberto ao experimentalismo construtivista& que os =liberta= da =tirania= do =obscurantismocultural= a que supostamente as tradiç:es os submeteram.

    >ma vez a ressocialização conclu#da& os su(eitos estão dispon#veis para abraçar toda a esp+cie

    de construtivismos culturais e pol#ticos& em torno dos novos valores e experimentalismos queos vão libertando das =trevas da tradição=. Quando se chega a esta fase& os indiv#duos estãopreparados para abraçar todos os temas fraturantes que as vanguardas revolucionáriasinventarem tendo em vista a construção do =?omem @ovo=& liberto da =tirania= da tradição e dabiologia. Aica tamb+m aberta a tomada do poder pela vanguarda revolucionária semderramamento de sangue& pelo menos na primeira fase.

    Não é fcil apa!ar as crenças estereotipadas da mem"ria das sociedades e dos !rupos, pois

    elas fa#em parte de uma $erança cultural fortemente arrei!ada nos indivíduos, em virtude do

    seu processo de sociali#ação ( !omissão para a !idadania e )gualdade de *+nero.,-/01. Coeducação, Percursos e Desafios& 2resid3ncia do !onselho de 4inistros& página 51

    Esta afirmação não deixa margem para dúvidas sobre qual + a agenda pol#tica6 o ob(etivo +combater as crenças criadas em torno de uma herança cultural. @ada + dito sobre asubstituição dessas crenças por outras. )sso fica subentendido. %s primeiras crenças 7que urgeapagar das consci3ncias dos indiv#duos8 são obscurantistasB as segundas crenças&libertadoras. %s primeiras são más& as segundas naturalmente boas. Quem permanecer agarrado m pro(eto sem fim& porque sempre inacabado& que se alimenta do movimento. >mpro(eto revolucionário sem calendário& sem metas concretas& + sempre vitorioso& na medida emque não tem fim& podendo renascer continuamente das cinzas& apresentar$se com novas

    máscaras e roupagens& alimentando$se de todos os ressentimentos e culpas. %queles quevaticinaram que a queda do 4uro de Cerlim marcou o fim da ideologia comunista ignoraram osescritos de %nt9nio *ramsci e falaram cedo de mais ,01.

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    Notas

    /1 Denha$se em conta que esta publicação + de -/0 e tem a chancela de uma estrutura

    administrativa tutelada pela 2resid3ncia do !onselho de 4inistros& supostamente deum *overno de direita& sistematicamente acusado pelo movimento revolucionário deser neoliberal.

    -1 %nt9nio *ramsci& comunista italiano& nasceu em /5/ e morreu em /;F. 2rincipaisescritos6 Pre%Prison &ritin!s ,!ambridge >niversitG 2res1B '$e Prison Noteoos ,!olumbia >niversitG 2ress1B *elections from t$e Prison Noteoos ,)nternational2ublishers1

    ;1 Dal como o autor deste texto vai ser acusado não s9 de ser reacionário como de sercontra a igualdade de g+nero& pese embora o autor nunca ter feito afirmaç:es nessesentido. @ão interessa que nunca tenha feito afirmaç:es nesse sentidoB o que interessasão as intenç:es obscuras que os revolucionários vão colar ao autor. 2ara a vanguardarevolucionária& a verdade não interessaB a única coisa que interessa + o movimento.

    01  % grande novidade que *ramsci introduz na teoria da construção do comunismo + odesvio do enfoque da economia para a esfera da educação e cultura& invertendo aequação clássica marxista que defendia ser necessário fazer a revolução na economiapara& de seguida& mudar as mentalidades. !om *ramsci& muda$se primeiro asmentalidades& agindo sobre a escola& os media e as instituiç:es de cultura& para& deseguida ou em simult'neo& construir o socialismo. %o inv+s do marxismo clássico& quecolocava a infraestrutura a condicionar a superestrutura& *ramsci defende& em primeirolugar& uma mudança de mentalidades para& de seguida ou em simult'neo& fazer astransformaç:es econ9micas.

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    Currículo centrado nos valores ocidentais e liberdade de escolha dasescolas

     % recente alteração introduzida por 2utin no processo de seleção e aprovação dos manuaisescolares na Hússia,/1 merece reflexão. Iegundo a imprensa& 2utin retirou de circulação cercade metade dos manuais escolares& acusando as editoras e os autores de falta de patriotismo ede excessiva depend3ncia face aos valores ocidentais. 2ara al+m deste caso representar maisuma ação de regresso aos valores da Hússia )mperial& quiçá mesclada com os valores da>HII& suscita uma reflexão em torno dos valores que o curr#culo escolar defende.

     % educação pública no "cidente& em particular em 2ortugal& tem sido fustigada pelopoliticamente correto nas suas diversas máscaras6 multiculturalismo radical& relativismo +tico&primazia dos novos direitos& vergonha ou culpa do nosso passado comum.

     % influ3ncia destas correntes no curr#culo + (ustificada com a ret9rica habitual do neomarxismo6

    defesa da inclusão e promoção da igualdade. " resultado tem sido a dispersão curricular& aintrodução de áreas transversais que servem a agenda pol#tica fraturante e construtivista e adesvalorização do c'none cient#fico& art#stico e human#stico em nome dos novos direitos& domulticulturalismo e do ativismo pol#tico. >m dos m+ritos do atual *overno& em mat+ria deeducação& foi o reforço das disciplinas estruturantes& a introdução dos exames no 0J ano e noKJ ano e a aprovação de 4etas !urriculares por ano de escolaridade centradas em conteúdose ob(etivos claros e devidamente hierarquizados e sequenciados& reduzindo o espaço e aoportunidade para a introdução de temas fraturantes de caráter transversal. @ão admira& por isso& que a esquerda educacional& no uso da sua hegemonia& tenha respondido de forma tãoagressiva,-1.

    @o centro deste movimento de enfraquecimento curricular da educação pública está o

    sentimento de culpa e de vergonha que os neomarxistas instalaram nas escolas& nasuniversidades e nos media de há várias d+cadas a esta parte.

    >ma civilização que tem vergonha do seu passado está a um passo do suic#dio e + percebidapelas outras como um =corpo= fraco& em decomposição& que não merece respeito. L isso queacontece& há d+cadas& no "cidente com as universidades& sobretudo na área das humanidadese ci3ncias sociais& e nas escolas públicas.

     %o inv+s& o "cidente tem motivos para se orgulhar do seu passado e para celebrar os seusvalores comuns. @ão há s#tio melhor para fazer isso do que as escolas. 4as se os professoresque nelas ensinam (á foram v#timas da hegemonia do politicamente correto& durante o per#odode formação& como + que + poss#vel pMr fim ao atual processo de enfraquecimento curricular

     % tarefa + complexa e exige determinação e tempo. 4as um dos instrumentos mais poderosospara enfraquecer a atual hegemonia marxista nas escolas + o reforço da liberdade de escolha.Quanto mais forem os alunos e as fam#lias com poder de escolha das escolas& mais serão osque trocam as escolas med#ocres por escolas de qualidade e estas não se deixarão arrastar pelo processo de dispersão& fragmentação e enfraquecimento curricular a que os neomarxistas&há várias d+cadas& vão submetendo as escolas estatais.

    E os marxistas percebem isso. E + por perceberem isso que a principal bandeira dos sindicatoscomunistas e dos movimentos de professores esquerdistas + a =defesa da escola pública=.

    Notas:/1 Putin cria re!ras para filtrar livros escolares nas salas de aula& in Diário de Notícias de

    ; de novembro de -/0

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    -1  +nt"nio N"voa, etremista e esquecido, in Observador , - de novemro de -1/

    Desocultando a retórica pedagógica emancipatória e o controlo marxistasobre o currículo escolar 

     + metanarrativa da emancipação sustenta, por seu lado, a ret"rica pre!nante das nossassociedades p"s%modernas aseada numa conceção socioconstrutivista da aprendi#a!em e

    assenta numa perspetiva reconceptualista que coloca a 0nfase no formando e na sua

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    http://basedadosramiro.blogspot.pt/2014/11/desocultando-retorica-pedagogica.htmlhttp://basedadosramiro.blogspot.pt/2014/11/desocultando-retorica-pedagogica.htmlhttp://basedadosramiro.blogspot.pt/2014/11/desocultando-retorica-pedagogica.htmlhttp://basedadosramiro.blogspot.pt/2014/11/desocultando-retorica-pedagogica.html

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    eperi0ncia.... discurso peda!"!ico assumir%se% como uma forma de política cultural, aoserviço da emancipação do su2eito que aprende(1) ,%lves e 4achado& -//& pág. K;1

    Esta afirmação consta de um cap#tulo de um livro publicado numa coleção da 2orto Editoracoordenada por Nos+ %ugusto 2acheco. %firmaç:es de id3ntico teor podem ser encontradas emquase todos os livros publicados na influente !oleção Educação e Aormação da 2orto Editora.

    Quase todos fazem a apologia acr#tica do socioconstrutivismo e& em geral& das perspetivasneomarxistas em educação. Ie cote(armos as outras coleç:es de educação das restanteseditoras vocacionadas para a formação de professores& encontramos a hegemonia& o quasemonop9lio& de id3nticas perspetivas. "s livros de texto& publicados em 2ortugal& sobreeducação& pedagogia& didática e teoria curricular padecem& quase todos& da mesma visãoapolog+tica& não deixando qualquer margem para que as perspetivas não marxistas tenhamalguma visibilidade.

    L fácil de ver qual o impacto que esta hegemonia editorial tem na formação inicial e cont#nuados professores. "s (ovens que estudam para serem professores são bombardeados at+ <exaustão com as perspetivas neomarxistas& sendo$lhes negado o contacto com quaisquer outras. " neomarxismo na educação e o socioconstrutivismo na pedagogia e na didática sãoapresentados como teorias validadas pela investigação cient#fica& como se elas se afirmassem

    atrav+s de um processo de autoevid3ncia que não carece de dados emp#ricos para validação.

     % afirmação em ep#grafe + perent9ria& como se de um dogma se tratasse6 a pedagogia + umaforma de pol#tica cultural ao serviço da emancipação do su(eito. Qualquer perspetivapedag9gica que não se afirme como emancipat9ria& no sentido que 2aulo Areire dá < palavra&ou não + pedagogia ou não + culturalB logo& + de evitar. Em consequ3ncia& colocam$se nocaixote do lixo as pedagogias diretivas& transmissivas e todas as que servem um prop9sito deimersão das novas geraç:es numa herança cultural. Em suma& o que se quer dizer com estaafirmação + que& nas sociedades p9s$modernas $ se(a lá isso o que for $ s9 há lugar para aeducação marxista& a única que + emancipat9ria e que serve a metanarrativa emancipat9ria.

     +s teorias socioconstrutvistas atriuem ao professor o papel de intelectual transformativo,responsvel pela formação de cidadãos refleivos, críticos e ativos (3irou, 1444) com

    repercuss5es ao nível das transformaç5es sociais ,%lves e 4achado& -//& pág. K;1.

    E para que não restem dúvidas& os autores acrescentam uma refer3ncia a *iroux que +& tãos9& uma das autoridades mais influentes no panorama da sociologia educacional marxistacontempor'nea. @o fundo& o que os autores defendem + aquilo que o comunista italiano& %nt9nio *ramsci& teorizou nos seus escritos da d+cada de ; do s+culo passado6 o professor como intelectual org'nico e revolucionário& um instrumento ao serviço do processo deconstrução do comunismo atrav+s do controlo ideol9gico das escolas& dos media e dasinstituiç:es em geral. !om isto& o professor que se assume como um mero mediador entre aherança cultural& cient#fica e art#stica e as novas geraç:es não + digno da função porque sealheia do prop9sito maior que + a utilização da escola e da pedagogia para fazer atransformação da sociedade em direção ao comunismo. "bviamente& a palavra comunismonunca + usada porque o ob(etivo + constru#$lo sem que as massas deem conta do processo de

    construção. Casta que as vanguardas& entre as quais se encontram os professorestransformativos& tenham a noção de para onde se dirige o movimento revolucionário edetenham o seu controlo.

    E os autores rematam colocando uma cere(a em cima do bolo6

    Camin$ar neste sentido pressup5e, por um lado, uma redefinição e consequentedesenvolvimento de uma perspetiva te"rica que enfrente a nature#a da crise da escola e !erenovas prticas de traal$o e de formação de professores e, por outro, uma articulação dosaspetos políticos e peda!"!icos de forma a tornar o ensino mais político e a política mais peda!"!ica ,pág. K;1.

    Notas

    /1 %lves& 4. e 4achado& E ,-//1. sentido do currículo e os sentidos da avaliação. )n %lves e Oe Petele,"rg.1 . Do currículo avalia!"o# da avalia!"o ao currículo. 2orto6 2orto Editora

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    O centralismo e o $uase monopólio estatal criaram o poder de %árioNogueira e da &enpro' sobre as escolas e os pro'essores

    4ário @ogueira deu uma entrevista ao (ornal i no dia / de novembro. L uma entrevistaque merece análise não tanto por aquilo que o dirigente da Aenprof diz mas sobretudo peloque se subentende das suas palavras. "s comunistas são mestres no disfarce. Iabemusar como ningu+m o doule spea  e são peritos em deitar para cima dos outros as culpas

    pelo mal que fizeram. D3m o descaramento suficiente para se apresentarem < opiniãopública como os detentores das soluç:es para os males que eles criaram. % hist9ria da

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    educação em 2ortugal& nos últimos 0 anos& tem sido isso. ?o(e controlam um dosmaiores sindicatos do pa#s a Aenprof com mais de R mil filiados de um total de /; milprofessores& com força e influ3ncia para impor aos alunos e

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    mais& mantendo a posição habitual da Aenprof que + a de colocar a defesa da escolapública ao serviço dos professores& ignorando que a razão de ser dos professores + aaprendizagem dos alunos. % escola pública não existe para servir os professoresB estes +que existem para servir os alunos& as fam#lias e o pa#s em geral.

    L o velho discurso dos comunistas quando se referem aos serviços públicos que elescontrolam ou condicionam. L tamb+m assim com as empresas públicas de transportes&com os enfermeiros e& em geral& com todas as profiss:es que se deixaram capturar pelainflu3ncia do 2!2 e dos seus sindicatos. Que isso tenha acontecido com os professores +uma desgraça que os portugueses pagam com serviços educativos altamentedispendiosos ,;1 e com um fraco retorno face < elevada despesa que os contribuintessuportam sem que lhes se(a dada a liberdade de escolha. " sucesso de 4ário @ogueiracomo dirigente sindical e dirigente comunista + o fracasso da escola. " sindicalismodocente comunista medra com o centralismo& o gigantismo& o quase monop9lio estatal dosserviços educativos e a h#per$burocracia. Uibertem as escolas do centralismo e daburocracia e a hegemonia comunista entre os professores cairá como um castelo decartas.

    @otas

    /1 Oiamantino Ourão& !outo dos Iantos& 4anuela Aerreira Ueite& 4arçal *rilo&"liveira 4artins& %ugusto Iantos Iilva& Núlio 2edrosa& Oavid Nustino& 4aria do!armo Ieabra& 4aria de Uourdes Hodrigues& )sabel %lçada e @uno !rato.

    -1 Oos /- ministros da educação dos últimos -- anos& s9 um "liveira 4artins + elogiado por @ogueira.

    ;1 2ese embora o assinalável esforço de combate ao despesismo nas escolasconduzido pelo atual *overno e que se expressa& por exemplo& pela quasesupressão do número de docentes com horário zero.

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    2obre a natureza e ob)etivos das metas curriculares: uma resposta aoscríticos

    Quando o ministro @uno !rato deu in#cio ao processo de elaboração das 4etas !urriculares

    algumas associaç:es pedag9gicas e sindicatos de professores responderam com um grandealarido ,/1 no que foram secundados pelo 2I& 2!2 e CE. Dodos unidos nas cr#ticas

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    3e'er+ncias

    ?ormigo& ). ,-/01. + :eforma Curricular do 9nsino ;sico. Uisboa6 4E!

    IVeller& N.& van 4errienboer& N.& W 2aas& A. ,/51. !ognitive architecture and instructional

    design. 9ducational Ps

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    ,Aernandes& 2. ,sd1 9 depois do pro2eto de !estão fleível docurrículo.Oocumento in Heposit9rio

    Notas sobre o ensino vocacional em /ortugal e por $ue raz"o os

    marxistas se op5em a ele

    " que se segue + uma reflexão em torno de quatro quest:es6 Oe que pessoas vão as

    empresas precisar nos pr9ximos R anosB Quais as compet3ncias cr#ticas necessárias para

    assegurar o sucesso dos neg9cios num horizonte de m+dio prazoB Existem colaboradores

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    com estas compet3ncias no mercadoB %s compet3ncias cr#ticas estão adequadamente

    consideradas no processo de planeamento estrat+gico das empresas

     %ntes de responder m pouco mais de R5\ dos cursos de ensino básico

    vocacional t3m articulação com as autarquias locais. % percentagem sobe para K\ nos cursos

    secundários vocacionais. % articulação com os institutos polit+cnicos + feita em RR\ dos cursos

    secundários vocacionais.

    6erceira notaEm outubro de -/0& havia / cursos Desp registados na Oireção *eral do Ensino Iuperior 

    com outros tantos em apreciação. Estima$se em ; os estudantes que vão iniciar cursos

    Desp em -/0Y-/R. !alcula$se que& no ano letivo de -/RY-/K& esse número quintuplique. "s

    cursos Desp visam formar diplomados com cursos superiores sem grau acad+mico em áreas

    que correspondam a necessidades do mercado de trabalho e da economia& tendo em vista aaquisição das seguintes compet3ncias6 saber e saber$fazer numa área de formação onde os

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    diplomados possam aplicar& em contextos profissionais& compet3ncias na resolução de

    problemas práticosB saber usar a informação e os conhecimentos na resolução de problemasB

    saber comunicar com os pares& supervisores e clientesB adquirir conhecimentos que permitam a

    prossecução de estudos. % componente de formação em contexto de trabalho tem uma

    duração não inferior a um semestre curricular& correspondente a ; cr+ditos. @a componente

    de formação t+cnica& o con(unto das vertentes da formação prática& oficinal e ou laboratorialdeve corresponder a& pelo menos& F\ das horas de contactoB no con(unto dos cr+ditos das

    componentes de formação geral e cient#fica e de formação t+cnica& < primeira correspondem

    at+ ;\ e < segunda não menos de F\.

    7ma última nota de balan!o sobre o aumento da 're$u+ncia das vias pro'issionais e

    vocacionais % percentagem de alunos matriculados nas vias profissionais e vocacionais quintuplicou em /

    anos ,- a -/1 e manteve a tend3ncia de aumento entre -/ e -/0. Em -/0Y/R& são

    ministrados // cursos do ensino básico vocacional e / cursos do ensino secundário

    vocacional e estima$se em / os cursos t+cnicos superiores profissionais em funcionamento.

     %pesar disso& 2ortugal situava$se& em -/-& cerca de 5 pontos abaixo da m+dia da >nião

    Europeia na frequ3ncia do ensino profissional e vocacional ,!@E& -/01. Em -/-Y-/;& havia

    alunos a frequentar cursos de especialização tecnol9gica ,!et1& 5;\ dos quais

    ministrados nos institutos polit+cnicos& com as áreas de engenharia& indústrias transformadora

    e construção a ocuparem mais de metade das ofertas ,!@E& -/01.

    Oe que pessoas vão as empresas precisar nos pr9ximos R anos

    @ingu+m sabe ao certo. 2rovavelmente& o tipo de pessoas que ho(e fazem falta

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    9istem colaoradores com estas compet0ncias no mercado

    Existem. Ie a economia mantiver o crescimento an+mico dos últimos /0 anos& talvez não

    se(am necessárias muitas mais pessoas e& nesse caso& a taxa de desemprego (ovem manter$

    se$á acima dos ;\. Ie a economia começar a crescer acima dos -\& são necessárias mais

    pessoas com a posse daquelas compet3ncias. Ie(a como for& num mercado aberto e global&

    onde a livre circulação de trabalhadores este(a facilitada& há sempre lugar para pessoas com a

    posse daquelas compet3ncias. Ie não for em 2ortugal& será noutros pa#ses da >E& sobretudo o

    Heino >nido ou a )rlanda& que estão a crescer bem& ou fora da >E& onde quer que o

    crescimento da economia crie necessidades de mão$de$obra qualificada.

     +s compet0ncias críticas estão adequadamente consideradas no processo de planeamento

    estraté!ico das empresas

    @uns casos estão& noutros não. Ião as pequenas e m+dias empresas que estão a aguentar opa#s e foram elas que fizeram os a(ustamentos impostos pelos nossos credores e parceiros.Aizeram$no num ambiente fiscal e (udicial adverso. @ão houve Dribunal !onstitucional que as

    impedisse de fazer o a(ustamento. @em sindicatos ou greves que o fizessem parar. E fizeram$no rápido. "s empresários e os trabalhadores das empresas privadas são os her9is do pa#s.Aoram eles que contribu#ram para o equil#brio da balança comercial e são eles que estão afazer crescer a economia& ainda que timidamente& contribuindo para uma efetiva descida dataxa de desemprego. @ão me parece que boa parte do setor público e dos organismos doEstado incluam a identificação das compet3ncias cr#ticas dos trabalhadores no planeamentoestrat+gico. @o setor que eu conheço as escolas básicas e secundárias ainda não se fazisso por uma razão simples6 as escolas básicas e secundárias estatais ainda não podemescolher os seus professores. @em sequer podem desembaraçar$se dos que t3m um maudesempenho. E não podem associar a avaliação de desempenho < progressão na carreira e aquaisquer incentivos de natureza salarial. "s bons desempenhos não são estimulados e os

    maus penalizados. % única forma de reduzir a dimensão do problema + )r libertando asociedade e a economia do peso de um Estado e de uma máquina burocrática que asfixiam&por via fiscal e regulamentar& as empresas& os investidores e os neg9cios e continuar a apostar no reforço da qualidade& da exig3ncia e do rigor na educação básica& secundária& p9s$secundária e superior& mantendo o rumo traçado nos últimos tr3s anos.

    3e'er+ncias bibliográ'icas

    !@E ,-/01. 9stado da 9ducação -1

    *rupo de %companhamento ,-/;8. 9nsino Eocacional ;sico % ;alanço da eperi0ncia%pilotodesenvolvida em -1-%-1 % Primeiro momento de anlise do acompan$amento. Uisboa64inist+rio da Educação e !i3ncia

    ?ormigo& ). ,-/01. Cursos EocacionaisA 9peri0ncia Piloto. *erman$2ortuguese Cilateral]orking *roup

    "!OE ,-/;1. 9ducation at a 3lance -16 "E!O )ndicators

    16

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    Nietzsche a)uda a entender a perenidade do marxismo

     % teoria da verdade de @ietzsche a(uda$nos a compreender o paradoxo da perenidadedo marxismo e do comunismo e da popularidade de ambos entre os intelectuais e osprofessores. @ietzsche concebe uma teoria da verdade que o afasta quer da tradiçãoaristot+lico$tomista quer do racionalismo iluminista. Essa teoria gira em torno de duasteses6 /1 a verdade + valorada quando + boa para os grupos hegem9nicos dasociedade e não porque corresponda ao conhecimento das coisasB -1 a linguagemcomo instrumento privilegiado do conhecimento + essencialmente uma estrutura de

    dissimulaçãoYapropriação e não uma esp+cie de espelho da realidade. Este ceticismorelativista& baseado na ideia de que a verdade não + ob(etiva& mas interesseira& e

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    constru#da por quem tem o poder& foi apropriado por alguns autores p9s$nietzschianos&cr#ticos& tanto da modernidade& como da tradição& e proponentes de um curr#culofragmentado& em rutura quer com a tradição quer com o c'none racionalista eiluminista. Coa parte dos argumentos da pedagogia p9s$moderna da ne= left  tem& em@ietzsche e sobretudo no neonietzscheano de esquerda& 4ichel Aoucault 7/-K$/508&

    uma fonte de inspiração. 4as a teoria da verdade de @ietzsche precisa de ser articulada com a teoria da transmutação dos valores para se perceber a natureza doparadoxo.

    E para compreender a teoria da transmutação dos valores de @ietzsche + precisoconhecer o significado da parábola do camelo& do leão e da criança. " camelo& com asua resili3ncia& obedi3ncia e longevidade& representa os valores da tradiçãoB o leão&com a sua força e vontade de poder& representa a rotura com a tradição e a intençãode criar novos valoresB a criança representa o novo& a criatividade e a desobedi3ncia.@ietzsche 7/500$/8 usa o conceito =transmutação= como um conceito operat9riofundamental da sua +tica& ao propor uma total transmutação dos valores da !ultura"cidental do seu tempo 7ilustrada pela c+lebre parábola do !amelo$Ueão$!riança8&não no sentido de se alcançar um estado de niilismo passivo& mas sim de um niilismoativo que leve& não s9 < destruição 7da inversão dos valores operada pela 4oral !ristãe pela 4etaf#sica8& como tamb+m < criação de novos valores. Esta parábola exprime&de forma quase po+tica& o esp#rito revolucionário e o ideal comunista& tão atraentespara os intelectuais& da tábua rasa& do =começar tudo de novo=& da =destruição criativa=e da criação do =homem novo=& o ?omem Iocialista.

    @ietzsche& caso tivesse morrido trinta anos mais tarde& seria o primeiro a denunciar ocomunismo com a mesma virul3ncia com que criticou o socialismo& mas a verdade +que os homens e mulheres que a(udaram a criar as várias vers:es do marxismo e docomunismo souberam utilizar o poder de atracão da teoria da transmutação dos

    valores& de tal forma que uma das mais poderosas vers:es do comunismo +& naatualidade& representada pela ideologia do 9dio ao =homem branco ocidental= e <!ultura que ele transporta e representa. % perenidade do marxismo explica$se&portanto& pelo poder camale9nico que ele tem e pela capacidade de& qual A+nix&renascer das cinzas& livre de pecados& sempre pronto a apontar as culpas do fracassopara os inimigos ou at+ mesmo para uma putativa perversão do ideal comunista& que aA+nix renascida será capaz de purificar e resgatar. " comunismo foi responsável pelamorte de mais de / milh:es de seres humanos no s+culo ^^ L a mais cruel emort#fera máquina de matar que a ?umanidade (á conheceu L& mas o efeitocamale9nico permite que& assumindo novas formas e outros nomes& o comunismo seapresente como imaculado& conseguindo convencer as massas de que Sagora + que

    +T& os Serros do passado não são repetidosT."s marxistas desviaram o foco das relaç:es econ9micas para a esfera das relaç:essociais& invertendo a posição tradicional segundo a qual seria preciso fazer a roturacom o capitalismo para& de seguida& se fazer a revolução das mentalidades. 2erante ofracasso de todas as tentativas de fazer a revolução na economia& os marxistasdecidiram fazer o contrário6 mudar primeiro as mentalidades e& de seguida& fazer arotura com o capitalismo sem que as massas se apercebam do que está a acontecer.Ie falhar& a culpa + atribu#da < resist3ncia capitalista ou ao boicote e estrangulamentooperados pelo imperialismo e pelo capitalismo global. Ie resultar& o m+rito + daspol#ticas socialistas e do partido que as concebe e executa.

     % grande novidade que *ramsci introduz na teoria da construção do comunismo + odesvio do enfoque da economia para a esfera da educação e cultura& invertendo a

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    equação clássica marxista que defendia ser necessário fazer a revolução na economiapara& de seguida& mudar as mentalidades. !om *ramsci& muda$se primeiro asmentalidades& agindo sobre a escola& os media e as instituiç:es de cultura& para& deseguida ou em simult'neo& construir o socialismo. %o inv+s do marxismo clássico& quecolocava a infra$estrutura a condicionar a super$estrutura& *ramsci defende& em

    primeiro lugar& uma mudança de mentalidades para& de seguida& fazer astransformaç:es econ9micas.

    9ibliogra'ia de Nietzsche;8

    •  Kritische Gesamtausgabe Briefwechsel . ed. G. Colli and M. Montinari, 24

    vols. in 4 parts. Berlin: Walter de Gruyter, 1975.

    • The Antichrist . trans. Walter Kaufann, in The Portable Nietzsche, ed.

    Walter Kaufann. !e" #or$: %i$in& 'ress, 19().

    •  Beyond Good and Evil . trans. Walter Kaufann. !e" #or$: *ando

    +ouse, 19((.

    • The Birth of Tragedy. trans. Walter Kaufann, in The Birth of Tragedy

    and The Case of agner . !e" #or$: *ando +ouse, 19(7.

    • The Case of agner . trans. Walter Kaufann, inThe Birth of Tragedy and

    The Case of agner . !e" #or$: *ando +ouse, 19(7.

    •  !aybrea"# Thoughts on the Pre$udices of %orality. trans. *. .

    +ollin&dale. Ca-rid&e: Ca-rid&e niversity 'ress, 19)2.

    •  Ecce &omo# &ow 'ne Becomes hat 'ne (s. trans. Walter Kaufann,

    in 'n the Genealogy of %orals and Ecce &omo. !e" #or$: *ando +ouse,

    19(7.

    • The Gay )cience* with a Prelude of +hymes and an A,,endi- of )ongs . tr.

    Walter Kaufann. !e" #or$: *ando +ouse, 1974.

    •  &uman* All Too &uman# A Boo" for .ree ),irits. trans. *. . +ollin&dale.

    Ca-rid&e: Ca-rid&e niversity 'ress, 19)(.

    •  Nietzsche Contra agner . trans. Walter Kaufann, in The Portable

     Nietzsche. !e" #or$: %i$in& 'ress, 19().

    • 'n the Genealogy of %orals. trans. Walter Kaufann and *..

    +ollin&dale, in 'n the Genealogy of %orals and Ecce &omo. !e" #or$:

    *ando +ouse, 19(7.

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    •  Philoso,hy and Truth# )elections from Nietzsche/s Noteboo"s of the Early

    0123/s. trans. and ed. /aniel Brea0eale. tlanti +i&3lands, !..: +uanities

    'ress, 1979.

    •  Philoso,hy in the Tragic Age of the Gree"s. trans. Marianne Co"an.

    C3ia&o: +enry *e&nery Copany, 19(2.

    • Thus ),o"e 4arathustra. trans. Walter Kaufann, in The Portable

     Nietzsche. !e" #or$: %i$in& 'ress, 19().

    • Twilight of the (dols. trans. Walter Kaufann, in The Portable Nietzsche.

     !e" #or$: %i$in& 'ress, 19().

    • 5ntimely %editations. trans. *. . +ollin&dale. Ca-rid&e: Ca-rid&e

    niversity 'ress, 19).

    • The ill to Power . trans. Walter Kaufann. !e" #or$: *ando +ouse,

    19(7.

    /1 Cibliografia reunida na Itanford EncGclopedia of 2hilosophG

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    Acesso pro'iss"o# progress"o na carreira e ethos de 'rouxid"o

    " que + que torna os professores atuais $ não os de +pocas passadas $ tão suscet#veis deaderir ao ideário marxista nas suas várias vers:es Quais as implicaç:es do atual modelo deacesso < profissão e de desenvolvimento da carreira na adesão ao ideário marxista por partedos professores % massificação do ensino abriu as portas da profissão docente a todo o tipode candidatos6 excelentes& bons& med#ocres e maus. % inexist3ncia de uma prova de acesso <profissão& que permitisse selecionar os melhores e impedir o acesso dos med#ocres e maus&provocou um abaixamento generalizado da qualidade dos professores e induziu uma pressãono sistema e nas práticas pedag9gicas no sentido da mediocridade.

    O+cadas de progressão automática criaram um et$os  de irresponsabilidade& frouxidão eescassa exig3ncia. >ma vez atravessada a porta que dá acesso ao quadro& nenhum professor&por mais incompetente que se(a& + afastado da profissão. E mesmo quando o minist+rio daeducação introduziu a avaliação de desempenho $ na verdade& um simulacro inútil $& verificou$

    se que o número de professores avaliados com menos de Com não excedia os dedos de umas9 mão. Aicou a saber$se que a quase totalidade dos professores portugueses ou + excelenteou muito bom. Dodos estes fatores contribu#ram para o alastramento de um caldo de culturaque facilita a adesão ao ideário e

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    atrás de nomes falsos. E os professores engoliram& gostaram e agora s9 lhes resta pedir mais.Aicou assim conclu#do o processo que fez da doc3ncia uma profissão imposs#vel.

    " bom senso aconselha a quem quiser vivenciar experi3ncias e emoç:es radicais que salte depára$quedas& faça surf ou snoVboard. @ão + sensato levar o dese(o por emoç:es eexperi3ncias radicais para dentro da sala de aula. @a escola& o professor transmite a herança

    cultural& cient#fica e art#stica& aquilo de melhor foi criado pela ?umanidade& o que o passou ocrivo do tempo& o saber que (á está estabelecido e consolidadoB não ensina o que ainda estáem experi3ncia& o que não passou o crivo do tempo& nem os temas fraturantes puxados paradentro da vida acad+mica pelos radicais de esquerda e amantes do experimentalismo social ecultural.

     % escola não existe para criar marginais& inadaptados& revoltados e revolucionáriosB a suamissão + perpetuar o legado cultural& cient#fico e art#stico da ?umanidade e a(udar cada um aatingir o seu máximo potencial. L nisso que a escola e os professores devem concentrar asenergias& tempo e recursos& não + a procurar salvar o mundo com mezinhas cu(o efeito ou +nulo ou pre(udicial. Estou convicto que a animosidade violenta de algumas associaç:es deprofessores& associaç:es pedag9gicas& grupos de interesse e individualidades do mundo daeducação contra as pol#ticas de @uno !rato se deve ao facto de ele estar a criar condiç:espara que as escolas e os professores se foquem no essencial e evitem o acess9rio. "essencial + a transmissão do legado cultural& cient#fico e art#stico aos alunosB o acess9rio sãoas mezinhas para =salvar o mundo=& os temas fraturantes e todo o tipo de opini:es que& ou sãofalsas& ou desligadas da realidade.

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    A in'lu+ncia das pedagogias rom1nticas e construtivistas

     %o fim de d+cadas de exposição ao politicamente correto& ao marxismo cultural e

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    Está por fazer a genealogia do politicamente correto em 2ortugal. )mporta saber como + que seprocessou a =lavagem ao c+rebro= dos professores& uma lavagem que dura há mais de 0anos& e que fez com que pessoas cultas e inteligentes dessem como boas teorias emetodologias de ensino que não resultam e a prova de que não resultam + o facto de o númerode alunos que aprendem pouco continuar muito elevado pese embora a quantidade de horasque passam nas escolas ter aumentado e as pol#ticas de subsidiação dos alunos terem sido

    reforçadas.

    2or que razão o pedagogicamente correto& apesar do seu evidente fracasso& continua tãopresente na consci3ncia& no discurso e na prática dos professores portugueses Estou convictoque uma das raz:es da perenidade do pedagogicamente correto está no facto de os seusmentores e cultivadores terem feito seu o velho lema marxista6 =se o que tu defendes nãofunciona& atribui as culpas disso aos teus inimigos e& de seguida& apresenta$te < opinião públicacomo algu+m capaz de consertar aquilo que tu pr9prio fizeste e correu mal=. Oito de outraforma6 =acusa os teus inimigos do mal que tu fizeste e& de seguida& diz que s9 tu tens a soluçãopara o mal que tu causaste=. L assim com as pol#ticas econ9micas $ ve(a$se o caso daXenezuela chavista& onde o *overno comunista acusa os inimigos de sabotagem econ9mica&embora todos saibam que + o Estado que controla todos os circuitos de distribuição de bens eo único culpado das prateleiras vazias $ e + tamb+m assim como as pol#ticas educativas. Ie apedagogia construtivista e a peregrina ideia de que + o aluno que constr9i o conhecimento&numa mimése do que os cientistas fazem& não funciona& acusa os teus inimigos de boicotarema generalização da pedagogia construtivista e acusa os restantes por não aplicaremsuficientemente bem a pedagogia construtivista. "u se(a& a pedagogia construtivista nãofunciona não porque ela não preste mas porque não + aplicada ou usada em toda a suaprofundidade e dimensão.

    3e'er+ncias

    UobaczeVski& %. ,-/01$ Ponerolo!iaA Psicopatas no Poder . Xide Editorial

    A teoria didática das conce!5es alternativas em Ci+ncia

    >ma teoria didática muito popular& associada ao pedagogicamente correto& + a teoria dasconceç:es alternativas em !i3ncia. L uma teoria didática extremamente popular entre os

    professores de ci3ncias. Quase todos a seguem sem a questionar. Essa teoria didática olhapara o processo de ensino de uma perspetiva construtivista6 a criança + que constr9i o

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    conhecimento e pode faz3$lo imitando o cientista& usando& nesse processo& o m+todoinvestigativo.

    " professor não ensina diretamenteB antes& coloca$se na posição de facilitador e dinamizador de situaç:es problemáticas. " ensino dos factos e noç:es básicas + substitu#do pela interaçãoda criança com outras crianças em ordem < criação de disson'ncias cognitivas& inter e intra

    sub(etivas em torno de ideias diferentes para explicar os problemas." professor investiga os conhecimentos pr+vios da criança com o ob(etivo de identificar conceç:es alternativas sobre a ci3ncia. Heparem6 não se diz que as concepç:es das criançassão falsas ou erradasB diz$se que elas são alternativas. @uma primeira fase& as conceç:esalternativas são tão =verdadeiras= como as conceç:es cient#ficas verdadeiras.

    @uma segunda fase& o professor desenha tarefas para a criança que lhe permitam constatar ainadequação das suas conceç:es e construir ideias cientificamente corretas. Esse processo +&de prefer3ncia& feito em grupo.

    E + no grupo que são superadas as diverg3ncias atrav+s de um processo de confrontointerpessoal e intrapessoal de ideias diferentes. " ob(etivo do processo + que as crianças

    cheguem a um acordo sobre as conceç:es cient#ficas corretas. % teoria didática das conceç:es alternativas divide as perguntas do professor em =produtivas= e=improdutivas=B as primeiras são as que induzem a criança a envolver$se no processo dedescoberta do conhecimentoB as =improdutivas= são as que requerem respostas puramenteverbais& transmitindo uma ideia de ci3ncia como um con(unto de informaç:es sobre factos&termos e conceitos.

    Esta teoria didática + nefasta. @ão apenas porque despreza os elementos mais importantes doconhecimento cient#fico& os factos& os termos& as noç:es& os conceitos& mas porque faz acriança perder tempo& centrando$se nos processos& nos procedimentos& nas compet3ncias& emvez de se centrar nos conteúdos.

    A in'lu+ncia da ideologia do g

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     %tente$se no que Uu#s Uodi da !ruz ,-/01 nos diz sobre a ideologia do g+nero no artigo S"perigo do g+nero em educaçãoT no Vebsite 4idia Iem 4áscara de /0 de 4arço de -/06 S%origem da ideologia de g+nero + marxista. 2ara 4arx& o motor da hist9ria + a luta de classes. Ea primeira luta ocorre no seio da fam#lia. Em seu livro % origem da fam#lia& da propriedadeprivada e do Estado ,/5501& Engels escreveu6 Em um velho manuscrito não publicado& escritopor 4arx e por mim em /50K& encontro as palavras6 `% primeira divisão de trabalho + aquela

    entre homem e mulher para a propagação dos filhos. E ho(e posso acrescentar6 % primeiraoposição de classe que aparece na hist9ria coincide com o desenvolvimento do antagonismoentre homem e mulher unidos em matrimMnio monog'mico& e a primeira opressão de classecoincide com a do sexo feminino pelo sexo masculino. Oentro da fam#lia& há uma segundaopressão a dos filhos pelos pais que 4arx e Engels& no 4anifesto !omunista ,/5051&pretendem abolir6 S!ensurai$nos por querer abolir a exploração das crianças por seus pr9priospais !onfessamos esse crimeT.

    Aiel < sua raiz marxista& a ideologia de g+nero pretende que& em educação& os pais não tenhamnenhum controle sobre os filhos. @as escolas& as crianças aprenderão que não há umaidentidade masculina nem uma feminina& que homem e mulher não são complementares& quenão há uma vocação pr9pria para cada um dos sexos e& finalmente& que tudo + permitido em

    termos de prática sexualT. % palavra Sg+neroT + uma forma de expressar o SsexoT biol9gico das pessoas. 2ara os radicaisneomarxistas que se escondem sob o manto da ideologia do g+nero& no entanto& a palavra temoutra conotação6 a novil#ngua inventada pelo pelos cultores da ideologia do g+nero& uma novaversão do marxismo& considera que o conceito de Sg+neroT + um conceito socialmenteconstru#do& desligado da biologia e cu(a SidentidadeT + constru#da por cada pessoa. E + por issoque os ide9logos do g+nero quase proibiram o uso dos termos Ssexo masculinoT e SsexofemininoT. " ataque dos ide9logos do g+nero ao curr#culo& visando substituir os conteúdosassociados < herança cient#fica& cultural e art#stica& expressos nas disciplinas que comp:em ocurr#culo& por temáticas transversais em torno de problemáticas atuais e quest:es fraturantes +um empresa de grande envergadura& começou há várias d+cadas& mobiliza muitos meios e temnas escolas e nos media o seu epicentro. Esta ideologia + muito popular nos meios da

    educação e dos media e& em muitos casos& os seus agentes nem sequer t3m consci3ncia doverdadeiro ob(etivo da ideologia porque ela se apresenta com uma aur+ola de progressismo eigualdade& escondendo a sua verdadeira natureza e prop9sito6 enfraquecer a fam#lia e afastar ocurr#culo dos saberes constitu#dos que venceram o crivo do tempo. Iempre que os ide9logosdo g+nero se tornam hegem9nicos na gestão do curr#culo escolar& eles imp:em um sistemacens9rio& quase policial& que começa primeiro pelo controlo da linguagem& impondo a proibiçãode certas palavras& termos e conceitos e obrigando as massas a adotar a novil#ngua. !omo +sabido quem controla a linguagem& controla o pensamento.

    =DVo programmes taught at ]ashington Itate >niversitG have set out clear restrictions upon thelanguage students can use& banning terms such as SDhe 4anT& S!oloured 2eopleT and S)llegalsY)llegal %liensT. Dhe terms have been forbidden bG certain professors on the basis that theG are

    Soppressive and hatefulT& according to one of the sGllabuses reported bG !ampus Heform.=,Aonte6 Dhe )ndependent& ;/ de agosto de -/R1.

     % intoler'ncia cresce nas universidades sob o lema e o programa pol#tico Scontrola a linguageme +s dono do pensamentoT. !omo + que os novos marxismos totalitários estão a usar ocontrolo dos departamentos de ci3ncias sociais e humanas das universidades para impor umanova linguagem ao serviço de um pro(eto pol#tico e ideol9gico que visa arrasar com o c'nonecultural ocidental % principal estrat+gia + o reforço da censura sobre a linguagem. " controloda linguagem + a primeira fonte de doutrinação. >ma vez amestrados& os (ovens estudantesficam preparados para aceitar a censura como natural porque imposta sob o pretexto dapromoção da igualdade. Quando a domesticação cultural e lingu#stica estiver conclu#da& ospr9prios (ovens se encarregarão de& atrav+s da autocensura& fazerem uso acr#tico da novalinguagem sem se aperceberem que são su(eitos passivos de um experimentalismo pol#tico quevisa o controlo total da sociedade atrav+s da destruição da =velha= cultura& tida como opressoradas minorias& e a sua substituição pela mais radical das igualdades6 a aus3ncia de masculino e

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    feminino como resultado da diferenciação biol9gica. Dome$se nota6 =Dutors have beenrequested to consider asking students Vhich pronouns theG Vish to be addressed bG& Varningagainst assuming gender$binarG pronouns SheT and SsheT. ,Aonte6 Dhe )ndependnt1.

    " ob(etivo último + impedir os estudantes do uso do pensamento cr#tico. %o contrário do quepensam os neomarxistas& a linguagem + uma criação espont'nea que resulta numa ordem

    constantemente reinventada pelas pessoas comuns que constituem o universo dos falantes.@ão + a elite que cria a linguagem. Dão pouco a elite acad+mica. % norma lingu#stica imp:e$sepela tradição e não pela pela autoridade de uma elite& ainda que essa elite se apresente comoiluminada& portadora do futuro ou representante de grupos oprimidos que precisam de ser resgatados. " controlo dos departamentos de educação e ci3ncias sociais pelos neomarxistas&atrav+s das suas inúmeras máscaras& permite$lhes inverter a realidade& impondo aos (ovensestudantes crit+rios de avaliação que incluem a penalização dos que resistem a alinhar noprocesso de destruiçãoYreconstrução lingu#stica imposto pelos iluminados. Dome$se nota6 =%further course entitled S)ntroduction to !omparative Ethics ItudiesT taught bG 2rofessor Hebecca AoVler also states that the use of Sinappropriate terminologGT Vill impact on studentsgrades& SVith the deduction of one point per incidentT. ,Aonte6 Dhe )ndependent1.

     % norma lingu#stica deixa de ser o resultado de um lento processo de criação feito pelaspessoas comuns ao longo de muitas geraç:es e passa a ser o resultado do experimentalismopol#tico tutelado pela elite acad+mica que& para isso e quando necessário& usa a autoridadepara reprimir os resistentes ao processo de destruiçãoYreconstrução lingu#stica tutelado por extremistas iluminados.

    Aonte6

    http6YYVVV.independent.co.ukYneVsYeducationYeducation$neVsYuniversitG$to$mark$doVn$students$Vho$saG$illegal$immigrants$in$class$/0F5K0;.html

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    A in'lu+ncia da ideologia do ódio ao homem branco e cultura ocidental

    " neomarxismo quer substituir o c'none cultural que venceu o crivo do tempo por um novoc'none centrada numa agenda pol#tica que visa a implantação do comunismo. " pedagogoneomarxista Dorres Iantom+ sintetiza bem esse novo c'none na afirmação6 =Doda a pessoaeducada tem que ser capaz de analisar& entre outras coisas& temas como /1 que pervers:es ein(ustiças geram os modos de produção capitalistas mais hegem9nicos e as sociedades deeconomia neoliberalB -1 atrav+s de que meios se legitima uma determinada opção cultural

    dominanteB ;1 quais são os tipos dominantes de relação entre poder e conhecimentoB 01 quecapacidade t3m as diferentes culturas para constituir modelos de boa sociedade baseadas noreconhecimento mútuo& sociedades nas quais reine uma verdadeira (ustiça distributiva e umaequitativa participação= ,Aonte6 Dorres Iantom+ ,-/1 Cavalo de 'r"ia da Cultura 9scolar &Ediç:es 2edago& pág./;1. Querem maior lavagem cerebral do que esta proposta de c'noneOe uma penada& colocam$se fora das escolas& de prefer3ncia at+ fora das bibliotecas& todos osautores que não se encaixam nesta agenda.

    !omo o multiculturalismo radical tem vindo a colocar o curr#culo escolar ao serviço do processorevolucionário Em primeiro lugar& conv+m distinguir dois tipos de multiculturalismo6 ocosmopolita e o radical ou cr#tico. " primeiro apresenta uma visão da pluralidade das culturaspresentes no ecossistema escolar baseada no respeito mútuo& na compreensão pelasdiferenças e no diálogo. " segundo& caro aos neomarxistas& apresenta as culturas minoritárias

    como v#timas da opressão pelas culturas maioritárias e substitui o diálogo entre culturas peloconceito de luta de classes aplicado agora

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    O m

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    " fasc#nio por 2aulo Areire teve a sua origem na mensagem ideol9gica marxista associada aum discurso pretensamente humanista& carregado de boas intenç:es que escondia a suaverdadeira subst'ncia6 a defesa de uma sociedade comunista camuflada sob o discurso dainclusão& da igualdade e da cidadania ativa.

    =literacias# bancarrotas e educa!"o socialista

     % iliteracia pol#tica& +tica& matemática e financeira existe em abund'ncia no eleitoradoportugu3s. % prova disso + a aposta repetida e constante do eleitorado em pol#ticasdespesistas& que contribuem para o desequil#brio das contas públicas& o d+fice do Estado e ad#vida pública insustentável. Ierá assim tão dif#cil perceber que o pa#s s9 pode criar riqueza ecrescer economicamente de forma consistente com contas públicas equilibradas 2ara o nossoeleitorado& + dif#cil entender esta verdade elementar. 2ergunto muitas vezes a que se deve estacegueira financeira& esta atração pelo abismo financeiro !oncluo que a forma como asescolas ,não1 abordam a educação financeira + grandemente responsável pelo fen9meno.

     %cresce o efeito da iliteracia matemática e +tica. "s portugueses t3m uma relação dif#cil com a4atemática. Essa relação dif#cil cria um ciclo vicioso. "s alunos não gostam de matemática

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    porque não abundam os bons professores de matemática e como estes não abundam osalunos aprendem pouco. " mesmo fen9meno acontece com a iliteracia +tica e financeira. %spol#ticas educativas e curriculares dos últimos quarenta anos carregaram o curr#culo deinutilidades pedag9gicas& dispersando$o& enchendo os espaços educativos de inutilidades dotipo educação para a cidadania e educação c#vica& que mais não foram do que espaçoscurriculares de propaganda ao socialismo e de anestesia mental sob a capa da cidadania ativae da educação inclusiva. @ada a opor < educação c#vica se ela se centrar nos processos demelhoria do caráter e do conhecimento das virtudes intelectuais e +ticas. @ada dissoaconteceu. % educação para a cidadania que foi hegem9nica nas nossas escolas& entre /F0 e-//& encarou$a como um espaço de propaganda das quest:es do g+nero& agenda socialistaigualitária e mais recentemente difusão da agenda pol#tica *UCD. @ada disso contribui para aliteracia +tica e financeira. %o inv+s& abre caminho

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    2oucas coisas no mundo são estúpidas como a ideia de que os crit+rios de valor consagradosna alta cultura refletem =o gosto da classe dominante=. Eles refletem o gosto dos escritores&artistas e pensadores& que não são de maneira alguma =classe dominante= e que& bem aocontrário& a duras penas vencem a resist3ncia e a preguiça dessa classe& impondo$setardiamente& não raro postumamente. Aonte6 "lavo de !arvalho.

    Esta tese de "lavo de !arvalho suporta a defesa de um curr#culo escolar exclusivamentecentrada na %lta !ultura. Entende$se por %lta !ultura toda a criação& produção e descobertafeitas pelos grandes artistas& pensadores e cientistas e cu(a obra ultrapassou o crivo do tempo.Quanto mais disperso for o curr#culo& quanto mais temas fraturantes e produtos culturais quenão venceram o crivo do tempo o curr#culo escolar tiver menor tende a ser a qualidade doensino e das aprendizagens. >ma das formas de reforçar o rigor no ensino e na aprendizagem+ su(eitar os alunos a avaliaç:es externas sob a forma de exames escritos e orais.

    "s cr#ticos dos exames usam este argumento6 =Quando criamos exames nacionais a portugu3s

    e a matemática estamos a afunilar& a estreitar o curr#culo=. !omo não + poss#vel submeter osalunos a exame a todas as disciplinas& incluindo as artes e a educação f#sica& os cr#ticos usameste argumento para tentar mostrar que os exames a portugu3s e a matemática menosprezamas outras disciplinas& atirando$as para um estatuto menor. @a verdade& o estatuto dasdisciplinas no seio do curr#culo não + todo igual. @ão significa isto que umas disciplinas se(ammelhores do que outras. Iignifica que o estatuto diverge quanto ao lugar& ao ob(eto e <finalidade de cada disciplina no curr#culo. % matemática e o portugu3s são as linguagens deque os alunos se servem para adquirirem os conhecimentos de todas as outras disciplinas.Iem um bom dom#nio do portugu3s e da matemática dificilmente os alunos podem ser bons atodas as outras disciplinas. Aica& assim provado& que o argumento dos cr#ticos não colhe.

    >m argumento falacioso dos cr#ticos dos exames + o seguinte6 =os exames formatam o ensino

    e retiram aos professores o controlo sobre o processo de avaliação dos alunos=. Xamos por partes6 =os exames formatam o ensino=. E depois Ie os exames forem bem feitos& osprofessores não podem ensinar apenas para um determinado exame em particular porquepode sair qualquer conteúdo da mat+ria& tenha ela sido dada ou não. "s exames exercem umagrande pressão sobre os professores e os alunosB aqueles veem o seu trabalho e o seuempenhamento ser avaliado pelos resultados que os seus alunos obtiveram nos examesB estessão obrigados a um maior esforço no final do ano letivo.

    Xamos agora analisar a segunda parte do argumento dos cr#ticos6 =os exames retiram aosprofessores o controlo sobre o processo de avaliação dos alunos=. @ão + bem verdade6 aavaliação interna mant+m$se e tem uma peso considerável no ensino básico e essa + da inteiraresponsabilidade dos professores. @o tempo em que não havia exames e alguns alunos eram

    submetidos apenas a provas aferidas e a provas globais& os professores tinham maior controlosobre o processo de avaliação de alunos. 4as algu+m + capaz de dizer que o processo erarigoroso e s+rio L 9bvio que os professores não devem ter um controlo absoluto e total sobreo processo de avaliação dos alunos. Dem de haver uma parte desse processo que lhes escapapara que ha(a maior rigor e exig3ncia. Essa parte que os professores não controlam + aavaliação externa.

    Este + outro argumento falacioso que os cr#ticos usam contra os exames6 =a escolaridadeobrigat9ria não deve hierarquizar os alunos e os exames selecionam e hierarquizam=. L 9bvioque os exames selecionam e hierarquizam. Qual + o problema disso @a nossa vida& estamosconstantemente a ser selecionados e hierarquizados. Demos de aprender a lidar com essa

    realidade. L um facto da vida para o qual temos de nos preparar bem cedo. L verdade que2ortugal estendeu a escolaridade obrigat9ria at+ aos /5 anos de idade mas estar na escola at+

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  • 8/20/2019 O Marxismo Na Educacao Desocultando as Mascaras Com Que Ele Se Esconde

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    aos /5 anos de idade não + mesmo que obrigatoriedade de concluir o /-J ano. Aelizmente& osalunos portugueses disp:em de várias opç:es que correspondem a diferentes percursosescolares e alguns não obrigam < submissão a exames nacionais. %lunos sem aproveitamentonos exames nacionais& incapazes de se submeterem a eles& podem optar pelo ensinovocacional básico e ensino vocacional secundário. E podem inclusive prosseguir estudos p9s$

    secundários nos institutos polit+cnicos matriculando$se nos rec+m$criados cursos superiorest+cnicos e profissionais& caso revelem capacidade para tal.

    Este + outro argumento falacioso dos cr#ticos dos exames6 =s9 a avaliação interna contribuipara melhorar as aprendizagens& os exames não oferecem essa possibilidade=. Esta afirmação+ falsa. Dodos n9s conhecemos alunos que& durante o ano letivo& cabularam e& dois ou tr3smeses antes dos exames& esforçaram$se imenso& estudaram noite e dia e conseguiram bonsresultados. "s exames são um instrumento de certificação escolar e social mas são tamb+mum incentivo ao estudo e ao esforço dos alunos e ao bom desempenho dos professores. @ocaso portugu3s& os exames constituem oportunidades para os alunos identificarem os seus

    erros e falhas& podendo ultrapassar essas falhas com mais estudo e mais treino nas semanassubsequentes at+ < realização do exame da - +poca. L por isso que os exames do 0J ano sefazem em maio e as aulas s9 acabam em final de (unho. "s alunos ficam com mais 0 semanasde aulas para se prepararem para o exame de recurso

    "s cr#ticos dos exames acusam$nos de formatar o ensino