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O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Junho de 2019 Ano XI - Nº 122 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J TABATA AMARAL, UMA VOZ DE LUCIDEZ E ESPERANÇA TABATA AMARAL, UMA VOZ DE LUCIDEZ E ESPERANÇA OS 100 ANOS DA ORDEM DEMOLAY ALBERT MACKEY: QUEM FOI? QUE CONTRIBUTO? SER GESTOR É A SOLUÇÃO SUBMETER MINHA VONTADE ESPOSA DE MAÇOM A LUTA CONTRA O DOGMATISMO DENTRO E FORA DA MAÇONARIA GOB-RJ INAUGURA SUA SEDE PRÓPRIA!

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  • O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

    Linhares - ES, Junho de 2019Ano XI - Nº 122

    [email protected]

    Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

    TABATA AMARAL, UMA VOZ DE LUCIDEZ

    E ESPERANÇA

    TABATA AMARAL, UMA VOZ DE LUCIDEZ

    E ESPERANÇA

    OS 100 ANOS DA ORDEM DEMOLAY

    ALBERT MACKEY: QUEM FOI?

    QUE CONTRIBUTO?SER GESTOR É A SOLUÇÃO

    SUBMETER MINHA VONTADE

    ESPOSA DE MAÇOM

    A LUTA CONTRA O DOGMATISMO DENTRO E FORA DA MAÇONARIA

    GOB-RJ INAUGURA SUA SEDE PRÓPRIA!

  • 02 O Malhete0202 O MalheteJunho de 2019

    http://bit.ly/2UkE1sI

  • O Malhete02O Malhete 03O Malhete Junho de 2019

    Via outro dia uma entrevista com a Depu-tada Federal Tabata Amaral, 25 anos de idade, onde contava sua história. Origi-

    nária de classe baixa, filha de um trocador de ônibus e de uma diarista, nascida num dos bair-ros mais pobres de São Paulo. Educação públi-ca até os 13 anos, quando ganhou uma olimpía-da de matemática e uma bolsa num colégio par-ticular. Viveu os dois lados da desigualdade, na educação pública e privada e nos contrastes entre a Periferia e a Avenida Paulista. Da ajuda dos professores com aulas de reforço, pagando o almoço, o transporte, dando roupas e sapatos. O convívio com o mundo das drogas, para o qual perdeu seu pai e muitos amigos. A chegada em Harvard, também através de bolsa, onde se graduou em astrofísica e ciência política. Uma coisa que me chamou a atenção: a humildade em reconhecer que é uma privilegiada, que nenhum dos seus amigos da Vila Missionária tiveram as oportunidades que ela teve. A ela não faltaram dificuldades mas sempre havia alguém que lhe amparava. Da resiliência que tem/teve em diversos momentos da sua ainda tenra histó-ria de vida. Também o reconhecimento de que vive a procura de repertório e capital cultural pois sabe que lhe faltou formação de base. Em outra passagem da entrevista, comenta sobre as diferenças entre os vestibulares americano e brasileiro. Lá levam em conta não quem chegou mais longe, mas quem correu mais para chegar. Ou seja, analisam a história de vida dos candi-datos. Foi aprovada em seis das melhores uni-versidades americanas com bolsa de estudos, enquanto que no Brasil “só” na USP.

    No segundo tempo da entrevista, fala da sua experiência no congresso nacional, do estra-nhamento de sua presença lá, tipo: O que essa menina está fazendo aqui ? Das várias vezes que a segurança já lhe barrou, apesar de usar o broche identificador. Costumam perguntar onde ela achou... Das vezes que já a interrompe-ram no plenário perguntando se é solteira ou casada, de qual família tradicional é o “Ama-ral”, se é herdeira de algum grupo empresarial... e por ai vai. Critica a atual polarização entre esquerda e direita, que é perigosa para a demo-cracia até mais que um dirigente autocrata. Se define como progressista e entende que isso a alinha com a centro esquerda, estando aberta ao diálogo com ambas as vertentes doutrinárias. Acredita que o mundo vai muito além dos con-ceitos de direita e esquerda, os quais já tem uns 200 anos. Entende que estão ultrapassados em comparação com temas atuais de extrema rele-vância como desenvolvimento sustentável, ges-tão eficiente e mudança climática.

    No campo da educação, que é sua principal área de atuação, fala dos malefícios que a guerra ideológica instalada no Ministério de Educação está causando ao Brasil com a troca de critérios técnicos pela subjetividade na tomada de deci-sões fundamentais para o futuro. Enquanto no Brasil estamos presos a uma agenda velha na educação os países centrais estão se preparando para a Revolução Tecnológica da Inteligência Artificial. Comenta que de 2000 a 2010 não se criou uma vaga nova de emprego no mundo e que a previsão para daqui a 11 anos, que é logo ali, é de um desemprego estrutural gigantesco. Caminhando para o final da entrevista, reafirma sua crença de que a democracia é o caminho para solução dos problemas, com diálogo e negociação que, infelizmente, virou sinônimo de negociata no Brasil. Termina falando da necessidade de acabar com os privilégios e que no Brasil a previdência social transfere renda dos pobres para os ricos.

    Confesso que cheguei ao final da entrevista embasbacado com a lucidez da “menina”, por sua história de vida ter vários pontos em comum com a minha e por ver que nossas ideias tem muito em comum.

    Também sou de família bastante humilde e usei muitas roupas doadas. Pai professor e mãe do lar. Minha “bolsa de estudos” foi ter sido sele-cionado para trabalhar como Menor Aprendiz no Banco do Brasil. Assim como ela, perdi meu pai cedo. Apesar de terem dado o nome dele para uma escola e uma rua em Cachoeiro de Ita-pemirim, a pensão de professor era ínfima para custear as necessidades da família.

    Aqueles que acompanham meus artigos men-sais em O Malhete sabem do que falo ao dizer que tenho ideias em comum com a Deputada Federal Tabata Amaral. Recomendo, em espe-cial, o artigo do mês de março/2019 “Capitalis-mo X Socialismo ou Social Capitalismo”.

    Ao lermos a entrevista do Presidente Jair Bol-sonaro nas “amarelas” da Veja, edição de 05/06/2019, em que ele admite ter errado na nomeação do Ministro da Educação Ricardo Vélez Rodrigues, indicado pelo guru e astrólo-go Olavo de Carvalho que o conhecia por um “namoro de internet”, segundo palavras do pró-prio Presidente, lembramos do embate da Depu-tada Federal Tabata Amaral com o então Minis-tro da Educação na Comissão de Educação do Congresso Nacional. Simplesmente antológico ! O Brasil precisa de muitas iguais a você !

    Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo !!!

    Carlos Magno Monteiro Freitas – CIM 162.053Deputado Estadual ARLS Vale do Itapemirim – Mara-

    taízes (ES)Presidente da PAEL GOB (ES) no Período Legislati-

    vo 2007/2011Venerável Mestre da ARLS Vale do Itapemirim de

    1999/2003

    TABATA AMARAL, UMA VOZ DE LUCIDEZ E ESPERANÇA.

  • O Malhete0202 O Malhete0204 O MalheteJunho de 2019

    Amor filial, reverência pelo sagrado, cortesia, companheirismo, fidelida-de, pureza e patriotismo. É com base na prática das sete virtudes acima para uma vida pura, reta, patriótica e reverente que o Maçom norte-americano Frank Sherman Land criou, há 100 anos, a Ordem DeMolay. Fundada em 24 de março de 1919, a entidade paramaçônica foi criada para guiar jovens com idade entre 12 e 21 anos, e veio para o Brasil no início dos anos 1980 por intermédio do Irmão Alberto Mansur, o primeiro Grande Mestre da Ordem DeMolay no Brasil.

    Desde a chegada da Ordem ao Brasil, o GOSP patrocina os DeMolays de São Paulo. “Neste ano em que se comemora o centenário da Ordem, o Grande Oriente de São Paulo, por seu Sereníssimo Grão-Mestre e por todos os Maçons que dele fazem parte, reafirmam seu total e irrestrito apoio aos DeMolays. Vida longa aos DeMolays e que os 100 anos se multipliquem sem divisões e cizânias”, celebra o Grande Secretário de Entidades Paramaçônicas do GOSP, Poderoso Irmão Luciano Rios.

    Tudo começou quando o Irmão Sam Freet ligou para o amigo Sherman Land, pedindo ajuda para um garoto chamado Louis Gordon Lower, que havia ficado órfão de pai, um Maçom da mesma Loja de Freet. Seu objeti-vo, ao ligar para Land, era pedir que este desse um emprego ao garoto e que fosse seu

    mentor. No dia seguinte, Louis foi ao encon-tro de Land, e mais do que uma entrevista de emprego, Land notou o espírito de liderança do garoto e decidiu contratá-lo. Da amizade entre um Maçom que nunca tivera filhos e daquele jovem órfão, que tinha característi-cas de liderança e buscava ser um homem melhor, Land sentiu o chamado de criar uma organização juvenil que inspirasse e guiasse outros jovens, muitos que haviam perdido seus pais por causa da Primeira Guerra Mun-dial.

    Ele chamou Louis e oito de seus amigos

    para formarem um clube de jovens que se encontrasse regularmente no Templo do Rito Escocês, uma Loja Maçônica localizada na cidade de Kansas. O objetivo era criar uma organização para formar bons cidadãos e excelentes profissionais. A primeira reunião aconteceu em 19 de fevereiro de 1919, mas havia um problema: o grupo ainda não tinha um nome. Os jovens pediram, então, para que Land contasse sobre personagens histó-ricos ligados à Maçonaria. Ele falou sobre Jacques DeMolay, o último líder da Ordem dos Cavaleiros Templários. O nobre francês foi o último Grão-Mestre da Ordem e morreu na fogueira em 18 de março de 1314 por ter contestado falsas acusações contra ele. A his-tória de Jacques DeMolay fascinou os garo-tos e o sobrenome do francês batizou a enti-dade paramaçônica recém-criada.

    A partir de então, a Ordem DeMolay come-çou a crescer. Uma semana após o primeiro encontro dos jovens, o grupo foi ganhando novos adeptos e, em sua data de criação ofici-al, em 24 de março, já tinha 31 membros. Hoje, a Ordem está presente em diversos paí-ses - no Brasil, conta com milhares de jovens e centenas de Capítulos espalhados pelo País. Tio Land, como era chamado pelos jovens, trabalhou pela Ordem até sua morte, em novembro de 1959.¨¨¨

    OS 100 ANOS DA ORDEM DEMOLAYEntidade paramaçônica foi criada em 1919, pelo maçom norte-americano Frank Sherman Land e chegou ao Brasil na década de 1980

    Ir\Frank Sherman Land

  • O Malhete02O Malhete 05O Malhete Junho de 2019

    Sabiam que a generosidade já foi ilegal? Em Santa Cruz, Califórnia, já foi ilegal colocar dinheiro nos parquímetros de

    outras pessoas sem a sua permissão. Esta prática chamada “plugging coins” foi durante algum tempo considerada um ato ilegal pelo código municipal de Santa Cruz. A multa por uma utili-zação indevida do estacionamento era de USD 12,00. A multa pelas “plugging coins” era de USD 13,00.

    Um homem de nome Cory McDonald, palha-ço profissional e criador de bonecos torcendo balões, evitou que muitos proprietários de carros tivessem de pagar os 12 dólares, colocando moe-das de baixo valor nos seus parquímetros venci-dos. Depois de ser avisado várias vezes, acabou por ser multado pelos seus atos de generosidade. Recusou-se a pagar e a parar de fazer o que ele considerava ser “fazer aos outro o que ele gosta-ria que lhe fizessem a ele”.

    Felizmente que ainda se faz justiça. O assunto teve uma curiosa reviravolta por ter

    chegado ao conhecimento da CNN que se apres-sou a entrevistar Cory McDonald, daí resultando notícias em quase todas as cadeia noticiosas ame-ricanas. Em breve, a Câmara Municipal de Santa Cruz estava a ser invadida por cartas de crianças de todo o país, bem com de as mais diversas orga-nizações, tornando o autor num quase herói naci-onal.

    A Câmara Municipal de Santa Cruz declarou a lei como um “desastre de relações públicas”, e executivo camarário decidiu votar o seu fim, usando cada um, um nariz vermelho de palhaço.

    Tudo o que Cory queria era que as pessoas fossem mais solidárias e que se entreajudassem. Só isso.

    A Epístola aos Gálatas, geralmente referida apenas como Gálatas, é o nono livro do Novo Testamento da Bíblia, e pensa-se que possa ter sido primeira carta que o apóstolo Paulo escre-veu aos cristãos. Terá sido endereçada às igrejas da Galácia, uma região que na época era habitada por um grupo étnico de origem celta, localizada

    na região central da atual Turquia.Uma das passagens de Galatians 5:22-25, é

    designada por “frutas do Espírito”, sendo a Gene-rosidade, uma dessas frutas. Deixem-me ler uma pequena citação “O amor é a chave. A Alegria é o amor cantando. A paz é o amor descansando. A Paciência é o amor duradouro. A Bondade é o toque do amor. A Generosidade é o carácter do amor…”

    Em Corinthians 9:6-12, também chamado de “encorajamento à Generosidade, diz-se “Lem-brem-se disto: Quem semear pouco também colherá pouco, e quem semear generosamente colherá generosamente. Cada um de vós deve dar o que o seu coração decidiu dar, não com relutância ou por pressão”… e mais adiante “Eles espalharam livremente os seus presentes aos pobres; a sua justiça permanece para sem-pre”.

    Devemos desde logo, distinguir entre Genero-sidade verdadeira e troca ou compra de algo futu-ro. A verdadeira Generosidade ocorre quando não se espera nada em troca; quando o único retorno é a satisfação de ter contribuído para o bem-estar de alguém: dar, pedindo algo em troca, seja imediato, seja futuro, não é generosidade – é gesto muitas vezes egoísta; uma troca comercial que se faz em função do seu retorno.

    Lembro-me de um cartoon que vi recente-mente em que dois bonecos têm um diálogo como se segue:

    - Tens bolinhos?- Tenho um carro novo.- Mas tens bolinhos?- Tenho uma casa nova com piscina.- Mas tens bolinhos?- Não, não tenho.- Então, toma um.A Generosidade nada tem a ver com valor.

    Tem a ver com oportunidade, tem a ver com o sentir da necessidade e tem a ver com a real intenção de estar presente e de sentir os outros.

    Ninguém é mais generoso por dar algo que não é necessário ou quando não é necessário. A generosidade tem muito a ver com a necessidade e esta é normalmente específica e de cariz tempo-ral. Ajudar quem não precisa de ser ajudado e/ou quando não necessita de ser ajudado, pode fazer sentir bem, mas é um ato mais dirigido ao cora-ção de quem dá, do que de quem recebe.

    Mais uma história…

    Dirigindo por uma estrada do interior, um homem ficou sem combustível. Dirigiu-se a uma quinta por perto e pediu para chamar a Assistên-cia. O agricultor fez questão de o levar no seu carro até à bomba de gasolina e de o trazer de volta. Sensibilizado, o homem quis pagar, ao que o agricultor respondeu:

    Nem pense. Se eu recebesse o seu dinheiro, não me estaria a compensar. Estaria a comprar o bem que me soube ajudá-lo, e isso não está a ven-da.

    É importante que analisemos a forma como interagimos com os outros. Será que nas rela-ções, que são tão importantes para a nossa felici-dade e bem-estar mental, estaremos a dar tudo o que podemos? Estamos a ser generosos porque isso faz as pessoas sentirem-se bem e nós gosta-mos de fazê-las sentir bem, ou é somente porque isso nos faz a nós, sentir bem?

    Devemos acarinhar esta ideia de generosidade - uma Generosidade de coração, uma Generosi-dade de espírito e uma Generosidade de amor. Devemos esforçar-nos por ser uma alma mais generosa; por fazer com que o querer aos outros seja foco central da nossa vida. As pessoas podem ser maravilhosas. Há tantas pessoas que têm uma generosidade completa e absoluta sub-jacente a cada fibra do seu ser. Podem até parecer que não se preocupam, mas quando é necessário, estão lá. E estão lá porque é importante para elas ser importante para os outros.

    Mesmo quando têm as suas próprias coisas, estão disponíveis para ajudar, para ouvir e para se abrir – fisicamente e metaforicamente – e envol-ver-nos num enorme abraço como quem diz … vou estar aqui e quero que sintas que podes vir até mim a qualquer momento e saber que eu esta-rei presente com elas naquele momento.

    Quando se procuram sinônimos de generosi-dade aparece por vezes, a expressão “mão aber-ta”. Isto pode ajudar a perceber o significado deste termo aparentemente simplista, mas que carrega tanto significado. Com generosidade, abrimos a mão para deixar o que está dentro, sair e partilhá-lo com os outros. Ao mesmo tempo, faz-se o ato recíproco. Com a mão aberta, pega-mos numa outra pessoa e embarcamos com ela numa jornada, para onde ela precisar de ir naquele momento.

    Perante isto, coloca-se a questão: mas para que haja generosidade, tem de haver uma neces-sidade?

    Quando sorrimos ou cumprimentamos um desconhecido na rua, quando ajudamos alguém a atravessar uma estrada, parece não haver uma necessidade.

    Mas não haverá uma necessidade nossa de sermos afáveis, úteis… sociais?

    Outra questão para terminar. E perante uma necessidade, há sempre generosidade? A respos-ta é não. É preciso que do outro lado esteja alguém que tenha o “gene” da generosidade, seja ele inato ou adquirido.

    Nós, Maçons temos a pretensão de ajudarmos a adquirir esse gene. Mas será que para nos tor-narmos Maçons, não temos de tê-lo já?

    Antônio JorgeR\ L\ Mestre Affonso Domingues, nº5 –

    GLLP\GLRP – PortugalEditor da página maçônica Freemason.pt

    (www.freemason.pt)

  • O Malhete0202 O Malhete0206 O MalheteJunho de 2019

    Por Irmão Hercule Spoladore

    Resposta: (…) Os ensinamentos de Buda endossam muitos aspectos do hinduísmo, criticando, entretanto, alguns dos seus tradicionais preceitos. Para o budismo, não existe começo nem fim, criação, ou céu; mas aceita, como o hinduísmo, como fundamental, a reencarnação da alma (trans-migração) em outros corpos e a teoria do kar-ma, força moral, ou lei cósmica misteriosa, que sobrevive à morte, que é definida como a total consequência ética das ações individuais e que estabelece o destino de cada um, nas exis-tências futuras, até chegar ao Nirvana, o bem-aventurado estado de vazio total, onde a liber-tação completa dispensa novas reencarna-ções.

    O budismo discorda do hinduísmo, em rela-ção aos métodos utilizados para atingir os obje-tivos espirituais, principalmente os ligados à mortificação e ao ascetismo rigoroso que os religiosos hindus praticavam e que pareciam exagerados e inúteis para o Buda. Desta for-ma, a sua doutrina, definida no sermão de Benares, recomenda a adopção de um meio termo, um meio caminho entre os ascetismo, a auto-mortificação e a auto-indulgência. Para se trilhar este caminho intermediário, há necessidade de se admitir as chamadas Quatro Verdades Nobres, assim relacionadas:

    1. É necessário reconhecer que a dor é uni-versal, ou seja, que a vida humana é feita de angústia e sofrimento;

    2. A causa da dor e do sofrimento reside no desejo de coisas que não podem satisfazer ao espírito;

    3. A dor tem remédio, ou seja, o sofrimen-to pode ter fim.

    4. O sofrimento só se extingue quando o homem renuncia a esses desejos, já que a raiz desses desejos tem origem na ignorância; a sabedoria é o melhor cami-nho para dominar a dor e o sofrimento.

    Admitindo estas quatro Verdades Nobres, o homem dispõe, dos meios para a libertação, seguindo a Senda dos Oito Caminhos:

    § Pureza de Fé§ Opiniões Exatas§ Palavras Verdadeiras§ Procedimento Correto§ Vida Regrada§ Boas Aspirações

    § Pensamentos Certos§ Meditação e Contemplação Virtuosa

    Além das quatro Verdades Nobres e das Oito Trilhas, o Buda acrescentava, ainda, uma sentença, a Regra de Ouro, resumo de toda a sua doutrina e norma geral de conduta: “Tudo o que somos é o resultado do que pensamos“.

    Há, no budismo, um profundo respeito por todas as criaturas viventes, fazendo com que os budistas considerem, como obrigação fun-damental de todos os seres humanos, viver em paz, harmonia e fraternidade para com os seus

    semelhantes. Este espírito pacifista, tem ori-gem num ensinamento do próprio Buda: “O ÓDIO NÃO TERMINA COM O ÓDIO, MAS COM O AMOR”.

    Ao contrário do que acontece com as reli-giões, o budismo jamais exige alguma coisa dos seus seguidores: não existem cerimónias de conversão, nem rituais de submissão do homem às divindades, bastando, somente, conhecer as Quatro Verdades e seguir os Oito Caminhos.

    >>>

    BUDISMO, HINDUÍSMO E MAÇONARIA: HÁ INCOMPATIBILIDADE?

    Uma Loja, que está para escrutinar um candidato, que se declara budista, está em dúvida “quanto ao conceito de Grande Arquiteto do Universo dos adeptos do Budismo. Há confronto? Caso o candidato seja aprovado, qual a conduta da Loja, em relação ao juramento, livro sagrado, etc.”?

  • O Malhete02O Malhete 07O Malhete Junho de 2019

    Desta forma, mais do que uma religião, o budismo é uma filosofia de vida, uma atitude perante o mundo, uma técnica de comporta-mento, através da qual o homem aprende a se desprender de tudo o que é transitório, buscan-do uma auto-suficiência espiritual. Isto tem feito com que o budismo, seja atualmente muito acatado no Ocidente, tão sujeito a reli-giões castradoras da mente e da vontade do homem (…).

    Nas suas várias formas, ele chegou ao Oci-dente, através de vários filósofos (como Scho-penhauer), escritores e poetas (como Antero de Quental); a sua doutrina enquadra-se no ideal de virtude, tolerância e amor ao próxi-mo, sem os preceitos dogmáticos, que existem na maioria das religiões (…). A Maçonaria, como escola iniciática, tem muitos pontos de contacto com o budismo.

    A Maçonaria pugna, da mesma maneira, pelos bons costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia, a liberdade de consciência do homem, a qual não admite a imposição de dogmas. Embora com algumas ligeiras modificações, as Quatro Verdades e os Oito Caminhos estão presentes em toda a extensão da doutrina maçónica, que ensina, aos iniciados, o desapego às coisas materiais e efémeras e a busca da paz espiritual, através das boas obras, da vida regrada, do procedi-mento correcto e das palavras verdadeiras (…).

    O conceito de Grande Arquitecto do Uni-verso, como o entende a Maçonaria, não exis-te no budismo, pois para este, não existe come-ço nem fim, criação ou céu, ao contrário do hinduísmo e do bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambas originárias da religião védica (baseada nos Vedas, os seus livros sagrados). Para o , o texto Rig Vedamáximo do hinduísmo, existia, no começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão, imperceptível, sem poder ser descoberto pelo raciocínio.

    A criação do mundo, segundo os Vedas,

    apresenta extraordinária semelhança com as concepções equivalentes, geradas por diver-sos povos da Antiguidade, inclusive com a Bíblia, o que mostra que esta representou uma amálgama das crenças religiosas da Antigui-

    dade, incrementando, meramente, a tendência monoteísta, já vislumbrada nas antigas reli-giões.

    O hinduísmo, embora admita a existência de incontáveis deuses, acaba assimilando uma certa tendência ao monoteísmo, ao eleger o seu primeiro grande deus, do qual provêm todos os outros; este deus primordial é Brah-ma (quem com Vishnu e Shiva, forma a gran-de trindade divina hinduísta, ou trimúrti, con-cepção que é encontrada em diversas outras religiões, inclusive no cristianismo).

    Apesar desta atitude do budismo (em rela-ção à criação), ele reconhece a divindade, como se pode ver no ritual Kalachakra, do budismo (lamaísmo) tibetano, não entrando, assim, em conflito com a doutrina teísta maçó-nica, excluída a concepção de “arquitecto”, como criador, mas admitindo como aperfeiço-ador. Em relação ao juramento – ou compro-misso – maçónico, não há, para o budista, qual-quer impedimento, pois uma dos Oito Cami-nhos (Palavras Verdadeiras) permite-lhe assu-mi-lo.

    Quanto ao Livro sagrado – para o candidato prestar o compromisso sobre ele – embora o budismo não o possua, pode-se usar tanto o Rig Veda quanto a Bíblia, pois, embora não seja admitida a criação, os outros preceitos básicos do budismo estão presentes em ambos os livros; neste caso, eles estarão fechados, pois basta a sua presença, no momento do com-promisso. No caso de ser usada a Bíblia, é pre-ferível só o chamado Novo Testamento (Evangelhos), cujos ensinamentos coincidem, em grande parte com os do budismo.

    OBS.: Estas proposições não valem, evi-dentemente, para o Rito Moderno, onde um budista sentir-se-ia bem mais integrado, já que o rito, pelo respeito à mais absoluta liberdade de consciência, não usa compromissos sobre livros sagrados e não impõe dogmas, crenças, ou padrões religiosos, que são considerados do foro íntimo de cada Maçom.

    Fonte: www.buddhachannel.tv

    http://www.avancenet.com.br

  • O Malhete0202 O Malhete0208 O MalheteJunho de 2019

    lguns autores e obras são citados cons-Atantemente na maioria dos livros pela sua importância cronológica e, mais ain-da, pela contribuição imprescindível que deram na organização de nossa instituição. Podería-mos mencionar os trabalhos eternos de Joseph Paul Oswald Wirth, Robert Freke Gould, Geor-ge Kloss, William Hutchinson, René Guénon, Wilhelm Begemann, Eliphas Levy, Alec Mellor e tantos outros não menos importantes. Tratare-mos aqui, de maneira breve, da obra de Albert Gallatin Mackey, possivelmente, o mais citado de todos os autores, fato este que se deve especi-ficamente a um de seus legados.

    O americano Albert Gallatin Mackey talvez tenha sido o mais importante historiador e juris-ta maçónico que aquela nação já produziu. Segundo os seus próprios compatriotas, até hoje não se avaliou adequadamente as consequência que os seus trabalhos tiveram sobre a maçom aria, não só americana, mas também de todo o mundo.

    Dos Irmãos Americanos que conquistaram fama internacional no mundo maçónico, vários foram escritores cujos trabalhos ajudaram na formação e na extensão da luz maçónica; de entre estes, nenhum escreveu tão volumosa-mente como o fez Mackey.

    Nascido em 12 de Março de 1807 na cidade de Charleston no estado americano da Carolina do Sul, Albert Mackey graduou-se com honras na faculdade de medicina daquela cidade em 1834. Praticou a sua profissão por vinte anos, após o que dedicou quase que completamente a sua vida à obra maçónica.

    Recebeu o grau 33, o último grau do Rito Escocês Antigo e Aceite, e tornou-se membro do Supremo Conselho onde serviu como Secre-tário-geral durante anos. Foi nesta época que ele manteve uma estreita associação com outro famoso maçom a americano, Albert Pike.

    Participou como membro ativo de muitas lojas, inclusive a lendária “Solomon's Lodge No. 1,” fundada em 1734, que é, ainda hoje, a mais famosa e mais antiga loja operando conti-nuamente na América do Norte. Ocupou inúme-ros cargos de destaque nos mais altos postos da hierarquia maçónica de seu país.

    Pessoalmente o Dr. Mackey foi considerado encantador por um grande círculo de amigos íntimos. O seu comportamento representava bem o que, entre os americanos, é chamado de cortesia sulista. Sempre que se interessava por um assunto era muito animado na sua discussão, até mesmo eloquente. Generoso, honesto, leal, sincero, ele mereceu bem os elogios e qualifica-ções que recebeu de inúmeros maçom s de des-taque.

    Um revisor da obra de Mackey disse que, como autor de literatura e ciência maçónica, ele trabalhou mais que qualquer outro na América ou na Europa. Em 1845 ele publicou o seu pri-meiro trabalho, intitulado Um Léxico de maçom aria, depois disto seguiram-se:

    § “The True Mystic Tie” 1851;§ The Ahiman Rezon of South Caroli-

    na,1852;§ Principles of Masonic Law, 1856;§ Book of the Chapter, 1858;§ Text-Book of Masonic Jurisprudence,

    1859;§ History of Freemasonry in South Caroli-

    na, 1861;§ Manual of the Lodge, 1862;§ Cryptic Masonry, 1867;§ Symbolism of Freemasonry, and Maso-

    nic Ritual, 1869;§ Encyclopedia of Freemasonry, 1874;§ Masonic Parliamentary Law 1875.Mackey esteve até o fim da vida envolvido

    com a produção de conhecimento maçónico. Além dos livros citados ele contribuiu com fre-quência para diversos periódicos e também foi editor de alguns. Por fim, publicou uma monu-mental “History of Freemasonry”, que possui sete volumes. Um testemunho da importância e popularidade que os livros escritos por Mackey têm é o facto de que muitos deles são editados até hoje e estão à venda em livrarias, inclusive pela Internet. No site da livraria Amazon, é pos-sível adquirir várias edições diferentes quando se procura livros usando como referência as palavras Albert Mackey. Diversos trabalhos escritos pelo Dr. Mackey podem ser consultados na Internet.

    Dos muitos trabalhos que o Dr. Mackey legou à posteridade, um julgamento quase universal identifica a “Encyclopedia of Freemasonry” como a obra de maior importância. Anterior-mente à publicação deste livro não havia nenhum de igual teor e extensão em qualquer parte do mundo. Esta obra teve muitas edições e foi revista várias vezes por outros autores maçô-nicos.

    >>>

    ALBERT MACKEY: QUEM FOI? QUE CONTRIBUTO?

  • O Malhete02O Malhete 09O Malhete Junho de 2019

    A contribuição de Mackey para o pensamen-to e leis maçónicas, produto da sua mente clara e precisa, é tida como de fundamental importân-cia. Praticamente toda a legislação maçónica fundamental é hoje interpretada com base em alguns de seus escritos. É verdade que algumas de suas obras contêm enganos, mas o conjunto é de extremo valor e, em particular, um trabalho tem especial destaque no mundo todo. A compi-lação feita por ele dos marcos ou referenciais básicos da maçonaria é adoptada como funda-mento em vários ritos e obediências. Estamos falando aqui dos tão mencionados e conhecidos “Landmarks”.

    A primeira vez em que se fez menção à pala-vra Landmark em Maçonaria foi nos Regula-mentos Gerais compilados em 1720 por George Payne, durante o seu segundo mandato como Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, e adop-tados em 1721, como lei orgânica e terceira parte integrante das Constituições dos Maçons Livres, a conhecida Constituição de Anderson, que, na sua prescrição 39, assim, estabelecia:

    “XXXIX – Cada Grande Loja anual tem inerente poder e autoridade para modificar este Regulamento ou redigir um novo em benefício desta Fraternidade, contanto que sejam mantidos invariáveis os antigos Land-marks…”

    A tradução da palavra Landmark do inglês para o português resulta no substantivo “mar-co”, que, caso consultemos o dicionário Auré-lio, tem o seguinte significado:

    § marco [De marca.] S. m.§ 1. Sinal de demarcação, ordinariamente

    de pedra ou de granito oblongo, que se põe nos limites territoriais. [Cf. baliza (1).]

    § 2. Coluna, pirâmide, cilindro, etc., de granito ou mármore, para assinalar um local ou acontecimento: o marco da fun-dação da cidade.

    § 3. Qualquer acidente natural que se apro-veita para sinal de demarcação.

    § 4. Fig. Fronteira, limite: os marcos do conhecimento.

    Estas definições exemplificam bem o contex-to no qual o termo Landmark é utilizado, além de fazer uma referência quase explícita às ori-gens operativas da maçonaria, quem já constru-iu algo em alvenaria sabe que a fixação dos marcos é um dos primeiros momentos da obra e um passo fundamental para a sua execução. Sem marcos bem estabelecidos torna-se muito difícil a obra ser bem executada.

    Os Landmarks, que podem ser considerados uma “constituição maçónica não escrita”, longe

    de serem uma questão pacífica, constituem uma das mais controversas demandas da Maçonaria, um problema de difícil solução para a Maçona-ria Especulativa. Há grandes divergências entre os estudiosos e pesquisadores maçónicos acerca das definições e nomenclatura dos Landmarks. Existem várias e várias classificações de Land-marks, cada uma com um número variado deles, que vai de 3 até 54. Virgílio A. Lasca, em “Prin-cípios Fundamentales de la Orden e los Ver-daderos Landmarks“, menciona uma relação de quinze compilações.

    As Potências Maçônicas latino-americanas, via de regra, adotam a classificação de vinte e cinco Landmarks compilada por Albert Gallatin Mackey. Deve-se a isto a frequência com que o Mackey é mencionado também entre nós.

    Segundo estudiosos do assunto, a compila-ção de Mackey teve sucesso por que conseguiu ir ao passado e trazer as tradições e costumes imemoriais à prática maçónica moderna. Este trabalho estabeleceu a ordem no meio do caos, fornecendo um ponto de partida para os juristas e legisladores maçónicos que o seguiram.

    Facto é que o grande trabalho de Mackey em jurisprudência, e mesmo o que se estende além dos Landmarks ou da jurisprudência, sobrevi-veu ao teste do tempo. Ainda hoje ele é frequen-temente citado como uma autoridade final. As suas contribuições tiveram, e ainda têm, um efei-

    to profundo e permeiam grande parte do pensa-mento maçónico moderno. Ao criar sua obra, este autor, estava na realidade criando os marcos sobre os quais foi possível edificar grande parte do conhecimento maçónico que se produziu posteriormente.

    Albert Gallatin Mackey passou ao oriente eterno em Fortress Monroe, Virgínia, em 20 de Junho de 1881, aos 74 anos. Foi enterrado em Washington em 26 de Junho, tendo recebido as mais altas honras por parte de diversos Ritos e Ordens. Hoje existe nos Estados Unidos uma condecoração, a “Albert Gallatin Mackey Medal”, que é a mais alta condecoração conce-dida a alguém que muito tenha contribuído para a causa maçónica.

    Adaptado de Texto de Autor Desconhecido

    Bibliografia:Este trabalho foi elaborado tendo como base

    a bibliografia listada abaixo, sendo que dela foram retirados as ideias centrais, referências e inclusive transcrições literais.

    1. Publicação da Aug:. Resp:. Loj:. Simb:. São Paulo nº 43.

    2. Publicação da Gran:. Loj:. Maç:. do Esta-do da Paraíba.

    3. The Grand Lodge of Free and Accepted Masons of the State of Califórnia )

    http://bit.ly/2VAghfLhttp://bit.ly/2JSFznl

  • 02 O Malhete0210 O MalheteJunho de 2019

    hospitalização de duas irmãs na AArgentina, em estado grave, trou-xe à tona o alerta sobre uma grave intoxicação decorrente da alimentação.

    Internadas na semana passada, elas apre-sentaram "sintomas compatíveis com o botu-lismo" após consumirem homus mal conser-vado.

    O botulismo pode causar complicações como fraqueza prolongada, mau funciona-mento do sistema nervoso e problemas respi-ratórios agudos.

    Se não for tratada a tempo, essa intoxica-ção pode acabar sendo fatal - embora autori-dades em saúde de vários países alertem que os casos são pouco frequentes.

    Os casos que de fato acontecem, porém, coincidem em algo: os pacientes adoeceram depois de consumir alimentos mal processa-dos ou conservados.

    Qual é a origem?O botulismo é causado por uma toxina libe-

    rada pela bactéria Clostridium botulinum.As bactérias em si não são prejudiciais. Na

    verdade, elas estão presentes no ambiente de maneira geral, em lugares com falta de oxi-gênio. É o caso de conservas de alimentos, em que os esporos (unidades de reprodução) da bactéria começam a liberar a toxina.

    "Isso ocorre principalmente em conservas feitas sem as devidas precauções e em ali-mentos indevidamente processados, enlata-dos ou envasados em casa", explica a Orga-nização Mundial da Saúde (OMS).

    Na realidade, o nome da bactéria vem do botulus, palavra em latim para salsicha - na época da descoberta da intoxicação, era o alimento que mais frequentemente espalha-va o problema.

    Como o botulismo pode se propagar?A OMS adverte que este tipo de intoxica-

    ção não pode ser transmitida de pessoa para pessoa, embora ela possa, sim, ser repassada especificamente pelo contato com feridas ou

    pela inalação.Há ainda o botulismo infantil, em que as

    bactérias presentes no ambiente infeccionam o intestino de crianças.

    Mas a toxina botulínica é transmitida prin-cipalmente por meio de alimentos mal pro-cessados ou com um nível muito baixo de acidez.

    Na lista de produtos a considerar, a organi-zação internacional inclui vegetais enlatados com baixa acidez, como feijão verde, espina-fre, cogumelos e beterraba.

    Carnes cruas ou peixes preservados por salga ou defumação deficientes também podem apresentar a toxina.

    O mesmo vale para vitaminas e suplemen-tos alimentares.

    "Casos de botulismo de origem alimentar são frequentemente relacionados a alimen-tos prontos para consumo, embalados com pouco oxigênio", diz a OMS.

    >>>

    BOTULISMO: O QUE É E COMO EVITAR A INTOXICAÇÃO ALIMENTAR QUE PODE LEVAR À MORTE

    Conservas em mau estado e embalagens duvidosas - você saberia reconhecê-los?

    GETTY IMAGES

    Vegetais enlatados com baixa acidez e com procedimentos de conservação e envase precários representam sérios riscos Conservas caseiras devem ser produzidas com o máximo de higiene

    SAÚDE

  • O Malhete 11O Malhete Junho de 2019

    Quais são os sintomas desta intoxicação?A organização sem fins lucrativos Mayo

    Clinic aponta que os primeiros sinais mais evi-dentes de intoxicação incluem fraqueza mus-cular, pálpebras caídas, voz fraca, vertigem, secura na boca e visão turva.

    As toxinas botulicas são neurotóxicas, o que significa que afetam o sistema nervoso. Isso leva a uma paralisia e uma flacidez que podem produzir insuficiência respiratória.

    Com isso, um caso não tratado pode levar a um estado de saúde ainda mais grave.

    Quando os efeitos do botulismo come-çam a ser sentidos?

    Os sintomas normalmente se manifestam entre 12 e 36 horas após a ingestão do produto em más condições.

    O prazo mínimo é de quatro horas e o máxi-mo, de oito dias, explica a Agência Espanhola de Defesa do Consumidor, Segurança Ali-mentar e Nutricional.

    Como o botulismo pode ser prevenido?Uma vez que a intoxicação pode ser gerada

    a partir da comida enlatada, a vácuo ou com baixa acidez, a primeira pista de que um pro-duto não está em condições será a embalagem.

    As latas amassadas ou mal fechadas são os

    principais inimigos.Salsichas e outros embutidos caseiros ou de

    proveniência duvidosa também devem ser evitados.

    "A prevenção é baseada em boas práticas de fabricação, particularmente preservação e higiene, e o botulismo pode ser evitado pela desativação de esporos bacterianos em produ-tos esterilizados", diz a OMS.

    Qual é o tratamento?"Se você for diagnosticado com botulismo

    alimentar ou uma lesão precoce, a injeção de

    antitoxina reduz o risco de complicações, embora não possa reverter os danos já causa-dos", explica a clínica Mayo.

    Os antibióticos só são recomendados caso a toxina tenha entrado na corrente sanguínea por meio de uma ferida.

    Quando o caso já está avançado e é diag-nosticado tardiamente, é provável que o paci-ente precise de um respirador mecânico à medida que a toxina é liberada no corpo.

    Fonte: BBC News Brasil

    https://www.seltenbrasil.com.br/coturno-selten-militar-bota-motociclista-preta-6200?tracking=5c8108514a18f

  • 02 O Malhete0212 O MalheteJunho de 2019

    Meus Amados Irmãos. Vocês já se deram conta que, apesar das

    crises advindas da Globalização , da dinâmica Econômica que atravessa a era pós moderna, existem Lojas Maçônicas que continuam cres-cendo, que sempre batem metas de planeja-mento plurianual ,fatos esses que soam como impossíveis para a grande maioria das Lojas Maçônicas Universais e principalmente. Aqui na América do Sul?

    Para começar a grande maioria dos irmãos, quando vê um texto desse tamanho já tem pre-guiça e para de ler por aqui mesmo…

    Ao ponto de Veneráveis Irmãos não sabe-rem me dizer qual é a missão da sua Loja e quais são os valores pelos quais ela opera em sua comunidade, descambando por propostas pueris e pré-formatados de uma ajudinha aqui outra acolá, que na gênese, se revelam infrutí-feras, em termos de eficiência verdadeira.

    E é exatamente esse o grande diferencial das Administrações de Lojas bem-sucedidas e as daquelas que não alcançam sucesso. As Administrações de Lojas bem-sucedidas em momentos de crise e turbulências na sua comu-nidade, em sua região e quiçá em seu País, elas entendem que precisam se capacitar mais,

    pois os conhecimentos e as habilidades que as levaram até esse patamar onde chegaram, não são os mesmos que irão leva-las para o próxi-mo nível.

    Enquanto as Lojas que não alcançam resul-tados, buscam desculpas no situação finance-ira, na crise de compromisso, nos irmãos des-motivados , para justificarem seus fracassos.

    Mas também eu tenho ouvido de muitos Gestores de Lojas que querem se capacitar,

    mas que não têm condições para investir em suas capacitações, porque a situação financei-ra não permite, que tempo é exíguo , que sua empresa ou firma onde trabalha, não lhe facili-ta e outras desculpas do gênero. QUERER É PODER, diz o Filósofo.

    Eu tenho uma opinião sobre “esse preço” que é a seguinte: “Caro é aquilo que não te transforma! ” Se eu investir R$ 10 , ou meu tempo, em um treinamento, em um curso, em uma pós-graduação, seja lá o que for e capaci-tar a mim e a minha diretoria, realizarmos uma implantação de um projeto de gestão em nossa oficina, tudo isso irá impactar no futuro de Nossa Loja, de maneira salutar e progressista.

    Desenvolver a inteligência emocional .Liderança – empatia – foco – resiliência –

    persistência .Descobrir seu propósito de vida e valores;Conhecer e saber com utilizar suas forças

    para atingir seus objetivos;Descobrir suas fraquezas e como minimi-

    zar as ameaças;Definição de metas e objetivos pessoais e

    da coletividade Maçônica , alinhados com o seu projeto de atuação em frente à Sua Loja,

    seguidos de plano de ação altamente eficaz;Administração de tempo e gestão de agen-

    da;Como vencer aquela “voz interna que vive

    te sabotando.”, isso mesmo, todas as oficinas tem irmãos que não veem a luz no fim do túnel, por não abrirem os olhos para a nova Realida-de que a Globalização está trazendo aos nos-sos Templos e são verdadeiras Pedras Brutas, que atravancam o progresso da Maçonaria em Geral e de nossas Lojas em Particular.

    O amor entre irmãos só é verdadeiro quan-do a cumplicidade supera até os mais sérios desentendimentos.

    Persistência na execução de um planeja-mento de loja bem feito, é a irmã gêmea da excelência. Uma é a mãe da qualidade, a outra é a mãe do tempo. E se completam. Abençoa-dos são os irmãos, que a vida nos deixa esco-lher. Por isso tenhamos sempre em mente:” A Maçonaria só irá Sobreviver a atual Globali-zação, se ela se adequar às novas nuances e paradigmas que nos estão sendo impostos. Que tenhamos Gestores de Lojas verdadeiros, compromissados com um projeto de relevân-cia planificado na senda das virtudes e deixe-mos a gestão amadora e despretensiosa que ainda teima em imperar em nossa Sublime Instituição.

    O Futuro da Ordem está em nossas Mãos .... Sejamos realmente Gestores de Lojas e Não meramente batedores de Malhetes.

    TFADario Ângelo Baggieri

    SER GESTOR É A SOLUÇÃO

  • O Malhete02O Malhete 13O Malhete Junho de 2019

    http://viniltapetes.com.br/orcamento/?cat=7http://viniltapetes.com.br/

  • O Malhete0202 O Malhete0214 O MalheteJunho de 2019

    Antes de mais, importa distinguir entre segredo, numa conotação negativa da palavra e assuntos internos de uma qualquer organização, seja de que natureza for. Nenhuma organização é totalmente trans-parente existindo sempre assuntos, processos, decisões, formas de estar e de actuar que são para consumo interno.

    Quando no mundo profano se fala de Segre-dos Maçônicos, faz-se normalmente uma tri-pla associação: o assunto interno passa a ser segredo e o segredo é normalmente uma coisa má; logo, os Maçons são maus. Não é assim: nem todos os segredos são maus e nem todos os assuntos internos são segredos. Parece exis-tir perante a Maçonaria uma exigência de total e absoluta transparência que não é feita para mais nenhuma organização. Dos Maçons, que-remos saber tudo… dos outros, nem por isso.

    Poucos assuntos atraem mais as atenções do que “aqueles segredos dos maçons” que naturalmente só existem porque eles (os maçons) querem dominar tudo e todos. Por vezes fica-se com a sensação de que, quando um qualquer jornalista não tem mais matérias sobre o qual se debruçar ou pretende incendiar os leitores, tem sempre a saída de meter os maçons ao barulho. Pensa-se imediatamente em conspiração, até porque se os maçons estão metidos, não pode ser coisa boa.

    Os segredos parecem atrair as pessoas. Creio que já terá ocorrido a muitos Irmãos ao revelarem ser Maçons, serem metralhados com perguntas discretas ou abertas, insinua-ções e até provocações visando sempre saber mais; tentar descobrir o que ninguém mais descobriu ou até gerar desconfiança pela nossa Ordem.

    Mas também creio que são os segredos uma das principais razões que levam profanos a tentar saber mais sobre nós: “quem são estes gajos que até têm segredos???”; “isto deve ser giro”. Rapidamente se apercebem de que somos mais do que um “Clube do Bolinha” em que mulher não entra e que tem uns segre-dos formidáveis. E desse processo de tentativa de descoberta dos segredos, nasce por vezes um genuíno interesse pela Ordem e eventual-mente um desejo de identificação e pertença que poderá levar a uma Iniciação.

    Que desilusão seria se soubessem que não há segredos, que a Maçonaria não é secreta, sendo unicamente discreta na sua actuação. Que desilusão seria se soubessem que tudo o que há para saber sobre os maçons, já se sabe e que pouco ou nada resta por divulgar. Talvez esperem que nós separemos o trigo do joio e que sejamos nós a identificar entre tudo o que está publicado, o que é verdadeiro ou não.

    Talvez um dos segredos que devamos tentar manter seja precisamente o não haver segre-dos.

    Porquê o segredo?Deixem-me dar a minha interpretação para

    a reserva que devemos manter sobre alguns aspectos da nossa Ordem e vou centrar-me sobretudo nas três cerimónias que considero marcarem o percurso de um Maçom: Inicia-ção, Exaltação e Instalação. Creio poder afir-mar que por mais recheada que seja a nossa vida maçónica e tendo todos nós provavel-mente interpretações pessoais da nossa vivên-cia durante essas cerimónias, todos as recor-damos com especial enfase e carinho. Destas três, destaco naturalmente a Iniciação. É o fim de um percurso e o inicio de um novo.

    Mas então, se é tão marcante, porque moti-vo não as divulgamos e damos assim a toda a gente a possibilidade de as viver? Talvez pudéssemos até vender uns DVDs interacti-vos ou até mesmo um jogo de computador em que o jogador poderia ir fazendo a sua própria

    cerimónia de Iniciação, talvez acompanhado pelos amigos e bebericando umas cervejolas.

    Tentemos estabelecer um paralelismo com a visualização de um filme, sendo que existem basicamente três atitudes:

    Na primeira, alguém fez o favor de nos con-tar o filme do princípio até ao fim… e até já sabemos quem é o “bandido”.

    Até podemos ir ver o flime, mas será tudo previsível, saberemos de antemão o que vai acontecer a seguir e até podemos ir buscar pipocas, pois saberemos sempre onde esta-mos. Todo ao fator surpresa, a descoberta e o inesperado não estão lá.

    Noutra, já lemos o livro, conhecemos a his-tória toda, lemos as críticas e ate já o discuti-mos com os amigos. Não há aqui muito por descobrir, sendo que o filme acaba por ser um espaço para comparações: se o filme corres-ponde ao livro, ou se fica aquém ou além des-te; se a opinião do amigo A faz sentido ou até se os quadros descritos na história original estão bem retratados em filme. Mais uma vez, o filme em si pouco importa… já sabíamos…

    Na terceira, pouco sabemos. Conhecemos o título, temos uma breve ideia sobre a história e conhecemos alguns dos actores, noutros fil-mes.

    Nesta, estamos atentos do princípio ao fim e acompanhamos cada cena tentando absorver o mais e o melhor possível. Este filme vai certa-mente deixar-nos algo.

    Qual vos parece ser a melhor situação quan-do se trata de uma cerimónia maçónica? Uma iniciação ou um aumento de salário, por exem-plo?

    Numa Iniciação Maçônica pretende-se criar um momento marcante para o Profano, algo que o acompanhe para o resto da vida e que constitua realmente um Nascer para a Luz. Ora isto só é possível se o Profano ainda não tiver lido o livro, nem ninguém lho tiver contado. Se já o tiver lido ou já conhecer o enredo, então teremos uma cerimónia e um profano pouco focado na cerimónia. Estará ocupado a fazer comparações (“esta parte este-ve bem representada…”,) ou a gerir o enredo: “a seguir vai acontecer isto…”, “este que está a falar é o V M” ou até, “falta muito (ou pouco) para isto acabar”. No final dirá… “compa-rando com o que já sabia, esperava mais (ou menos)”

    Face a isto, diria que os tais segredos, que como sabemos não o são, são importantes e preservá-los não é um direito nosso, mas uma obrigação e uma dívida que temos e sempre teremos perante todos os profanos que vierem a ser iniciados. Devemos-lhes o direito a terem cerimónias marcantes, inesquecíveis e com momentos que possam recordar para o resto da sua vida.

    Resistamos à tentação de contar o que é para ser vivido.

    Antônio JorgeR:. L:. Mestre Affonso Domingues, nº5 –

    GLLP/GLRP – PortugalEditor da página maçónica Freemason.pt

    (www.feemason.pt)

  • O Malhete 15O Malhete Junho de 2019

    Por Márcio dos Santos Gomes(*)

    e ela não consentir, nada feito. E essa con-Sdição é comprovada pelos sindicantes, normalmente acompanhados pelas res-pectivas esposas, que fazem a visita de aproxi-mação e reconhecimento com o possível candi-dato e família, para dar testemunho e eventuais esclarecimentos sobre um tema que, a princípio, se mostra envolto em singularidades e questiona-mentos, mas que inspira acolhimento e compro-misso com estudos, reflexões e crescimento pessoal.

    Na cerimônia de iniciação, ela já é reverencia-da, pois um par de luvas brancas lhe é assinalado, e torna-se “cunhada”. Se solteiro, para a mulher que o novel maçom e agora irmão mais estimar.

    No início, o compromisso de participação nas reuniões é de uma vez por semana. Mas, a ânsia em assimilar a ritualística e dominar o simbolis-mo leva à realização de visitas e mais visitas às Lojas coirmãs, presença em palestras, ciclos de estudos da Escola Maçônica, quando houver, às vezes em velocidade de Fórmula 1. A Maçonaria reitera constantemente que a prioridade é a famí-lia.

    Naturalmente, algumas reclamações exsur-gem, em especial no que concerne às reuniões, que têm um horário rigoroso para começar e não para terminar, às vezes excedendo aquelas duas horas inicialmente previstas. Tudo elucidado quando tais sessões se referem às cerimônias magnas de recepção de novos candidatos ou mudanças de graus. Difícil mesmo é aclarar as “rápidas” confraternizações após os trabalhos quando as cunhadas ocasionalmente não partici-pam.

    A atmosfera costuma ficar mais sensível quan-do o abnegado e estudioso maçom resolve parti-cipar de tudo, com entusiasmo de iniciante, o que não é recomendável, e protestos do tipo “colocar esses interesses em primeiro plano” ou “a maço-naria é uma forte concorrente” rondam as con-versações familiares, gerando inclusive peque-nas tensões. Evidentemente que o interesse em galgar os Graus Superiores da Ordem não se

    enquadra nessas redundâncias, sendo altamente recomendável, cabendo neste caso as devidas argumentações filosóficas junto à esposa.

    Na hipótese de esse irmão tornar-se um volun-tário para os trabalhos nos vários níveis da Potência a que está vinculado e/ou se habilitar como instrutor para os ciclos de estudos da Esco-la Maçônica, incluindo esporádicas viagens tipo bate/volta em fins de semana, o “bicho pega”. Há casos de irmãos cujas consortes recomendaram que os mesmos levassem o leito para a Loja. Um equívoco, porém compreensível de “nossa” par-te. Como se sabe, em serviços voluntários, a messe é grande e os operários são poucos.

    Um conhecido e devotado irmão confessou que adotou como derradeiro recurso mostrar à esposa tão-somente uma frase do Ritual onde se questiona a que horas é permitido deixar o traba-lho, cuja resposta taxativa é: “à meia-noite”. Segundo ele, a cunhada entendeu seu desalento, elogiou sua criatividade e deu o esperado apoio.

    Outro, enfrentando queixas sobre a necessida-de de atender às várias convocações, regozijou-se de ter feito um pacto de liberação das segundas às quintas-feiras à noite, quando efetivamente necessário, reservando todos os demais dias da semana para a esposa. O comprovante dessas visitas é sempre colocado na Bolsa de Informa-ções do lar, para que não restem dúvidas sobre as atitudes de um cidadão reconhecidamente livre e de bons costumes. Ainda segundo esse exultante irmão, sua cara metade se declara agora a mulher mais feliz do mundo e está até dando “joinha” nas suas postagens no Facebook.

    Em outra situação surpreendente, um irmão decano e rabugento assumido se vangloria ale-gando que sua dedicada e compreensível patroa o incentiva a ir todos os dias à maçonaria, argu-mentando que isso é bom para ele. E ele também afirma que ela se declara a dona mais feliz do planeta. A mesma situação sob duas perspecti-vas. Tem mais: este abençoado irmão é conside-rado Troféu Hors Concours em sua Loja na com-petição anual de “Irmão Peregrino”. Imbatível!

    Com o tempo e a convivência entre os irmãos, as cunhadas assimilam a cultura e alguns exces-

    sos são relegados, pois o mistério se dilui e os laços de fraternidade se solidificam, preservado o que deve ser preservado, com os bons frutos da família maçônica sendo saboreados por todos.

    Nessa interação, esposas de maçons, sobri-nhos e sobrinhas, se unem e consolidam as colu-nas da filantropia e outras atividades educativas e de valorização da família junto à sociedade por intermédio das entidades paramaçônicas e fra-ternidades femininas.

    Nos encontros familiares e festas, as cunhadas de uma forma ou de outra acabam tocando nesse assunto. Sempre aparece uma concunhada plena de sabedoria e de bons argumentos para consolar aquelas inicialmente mais apoquentadas. As tro-cas de informações e experiências tornam-se salutares, pois o consenso entre elas é o de que os cunhados são hoje pessoas muito melhores do que antes de se filiarem à Ordem. E que assim o Grande Arquiteto do Universo conserve!

    A Maçonaria, nos seus fundamentos, almeja que, com o tempo, o crescimento intelectual e o refinamento moral e de liderança dos obreiros tenham efeitos benéficos junto às famílias e do seu entorno, pois esse é o locus onde os maçons cumprem seus deveres e a missão de construto-res sociais.

    Com esse entendimento, a integração e os vín-culos familiares se fortalecem, passando a com-preensão e o estímulo ao trabalho do obreiro a fazer parte de um contexto de aprimoramento e evolução, onde a Humanidade se torna um campo de realizações e por consequência mais feliz nas suas relações.

    “ObriGADU, querida, pelo apoio e cari-nho!” (Obreiro feliz)

    (*) Autor: Márcio dos Santos GomesMárcio é Mestre Instalado da ARLS Águia das

    Alterosas – 197 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte, membro da Escola Maçônica Mestre Antônio Augusto Alves D'Almeida, da Academia Mineira Maçônica de Letras.

    Fonte: O Ponto Dentro do Círculo

    ESPOSA DE MAÇOM

  • 02 O Malhete0216 O MalheteJunho de 2019

    s sistemas dogmáticos religiosos, Opraticam o condicionamento para aceitar idéias sem previamente ques-tioná-los ou analisá-los, aceitam-se idéias em religiões dogmáticas e de época.

    E assim, eles inculcam as pessoas em uma gama limitada de crenças e exigem certas prá-ticas automáticas e muitas vezes ilógicas. Sem saber, as pessoas envolvidas em que podem incluir inculcar pessoas também se tornam vítimas de sistemas dogmáticos.

    Alguns sistemas dogmáticos são o que podemos chamar de fanatismo. Estes incluem aqueles que não têm uma visão objetiva e glo-bal, e que funcionam bem dentro dos limites aceitos por eles mesmos, esses grupos dog-máticos muitas vezes se tornam violentos e justificam a violência de muitas maneiras.

    A religião é um grupo de pessoas que estão associadas ao propósito de realizar o jogo de fuga da realidade, desenvolver um negócio lucrativo e perseguir um objetivo que é res-trito a um prêmio que será alcançado após a morte, que é difícil de verificar pelos vivos

    A Maçonaria é um sistema abrangente, por-que ele tem uma visão global e uma perspecti-va que faz com que eles agem os membros de maneiras que provocam uma discussão, mas os maçons não estão a salvo de dogmatismo e do fanatismo, muitos maçons se tornam fãs de uma determinada linha política, e eles são encerrados em dogmas de ferro: como não permitir que as mulheres participem da Maço-naria. E embora a Maçonaria seja um sistema amplo que deliberadamente e na prática seus membros os fazem agir abertos a todas as cren-ças, a fim de cobrir a maioria das contingênci-

    as, e se eles fingem não ser dogmáticos.Será notado que a Maçonaria, em seu ecle-

    tismo, parece incluir os sistemas filosóficos mais importantes. Isso, no entanto, não signi-fica que a forma original ou a compreensão do sistema maçônico fosse ampla no sentido de estar aberta a mudanças radicais. Na Maçona-ria, certos princípios podem ser considerados dogmas rígidos porque são considerados inal-teráveis, mas outros; parte do núcleo pode ser visto que foram absorvidos no decorrer dos anos e séculos, no tipo de pensamento estreito e limitado que é uma característica comum dos sistemas de crenças dogmáticas. O enten-dimento é substituído pelo dogma .

    Na origem do dogma e do estágio em que cristalizado é facilmente esquecido.

    É muito importante entender esse fenôme-no na Maçonaria, a dogmatização é a distor-ção de uma ideia que já teve algum significa-do. Uma vez que tantas crenças e práticas são supostamente essenciais para milhões de seres humanos, as pessoas geralmente inde-pendentes de seu alto nível cultural geralmen-te pensam em termos limitados quando falam sobre crenças religiosas ou filosóficas. Por-tanto, ele acha difícil ou impossível absorver uma nova ideia, como uma mulher sendo maçom. Embora já existam lojas mistas e femininas, a abertura pela Maçonaria, ainda não é total.

    Uma complicação adicional para nós, maçons, é que a Maçonaria é atualmente pro-jetada através de pessoas que não consegui-ram fazer uma distinção entre sentimentos pessoais do passado e da sociologia moderna.

    Até há algum tempo atrás , enquanto o dog-

    matismo não era um problema para as pesso-as, a sociedade não foi tão exigente antes de um padre para ouvir do púlpito, e ninguém questionou a Igreja , um ex-professor de uma universidade deu palestra sobre uma idéia louca , o que quer que fosse, mas estava ino-perante na realidade e ninguém disse nada.

    Mas uma nova situação, sem precedentes em sua implantação e urgência, surgiu com a descoberta e ampla publicação do fenôme-no do condicionamento global e da doutri-nação em massa.

    Quando confrontado com este conheci-mento, algumas religiões dogmáticas poderia explicar por que isso era necessário para sub-jugar o homem a dogmas irracionais, ou por que muitos sistemas bem renomados crenças dogmáticas argumentaram possuem a verda-de em seus dogmas, e isso foi quando ele tor-nou-se a lavagem clara cérebro por parte das religiões e partidos políticos. Porque há dog-mas políticos claros, que é onde eles são sus-tentados para continuar manipulando as mas-sas.

    Quando começamos a descobrir o meca-nismo de manipulação dos dogmas, foi quan-do os maçons nos olharam e exclamaram que a Maçonaria também tem dogmas! E o estra-nho era que estávamos lutando para abolir os dogmas dos outros, mas não os nossos.

    Os maçons, como mostra a história, traba-lharam durante séculos contra dogmas religi-osos e condicionamento social de políticos da esquerda ou direita, mas até recentemente sur-giram as condições apropriadas para insistir que fator de risco.¨¨¨

    A LUTA CONTRA O DOGMATISMO DENTRO E FORA DA MAÇONARIA

  • O Malhete02O Malhete 17O Malhete Junho de 2019

    Por Maurício Campos da Silva Velho (*)

    Nos alvores do século XIX a Maçonaria se destacava como uma organização subversiva, que visava a derrocada dos tronos e a implantação da nova ordem ditada pelos ideais de liberdade brotados no seio da Revolução Francesa.

    Dividia-se em dois ritos: o azul ou escocês e o vermelho, ou francês, que, compartilhando os mesmos ensinamentos esotéricos, divergiam no que se refere à sua aplicação no mundo. Enquanto o rito azul defendia a monarquia cons-titucional nos moldes da existente na Inglaterra como forma de governo, o rito vermelho prega-va o sistema republicano.

    Dotada de uma estrutura descentralizada, baseada em Lojas, que passaram a se espalhar pelo mundo, as intervenções maçônicas nos países em que se almejava a implantação de governos democráticos, foram muito bem arti-culadas e, na maioria das vezes, eficazes.

    A partir das experiências bem sucedidas da Europa e dos Estados Unidos, uma nação fun-dada por maçons ― dos 56 congressistas que assinaram a Declaração de Independência, 50 eram “Irmãos”, aí incluídos Benjamim Frank-lin e George Washington ― os agentes maçôni-cos passaram a promover a divulgação das novas idéias pelas chamadas “zonas quentes” do planeta, em que se destacavam as Américas Espanhola e Portuguesa, em movimentos muito bem planejados.

    A História está repleta de exemplos destes valorosos Irmãos, como o do General francês Labatut, que, nascido na cidade francesa de Cannes, serviu no Exército de Napoleão Bona-parte, lutou contra os ingleses nos Estados Uni-dos e auxiliou Simón Bolívar, na independên-

    cia da Venezuela.Desentendendo-se com Bolívar, também ele

    um maçom, Labatut veio para o Brasil, onde, por sugestão do importante líder maçônico do Rio de Janeiro Frei Francisco Sampaio a José Bonifácio ― outro Maçom e Conselheiro de D. Pedro I ― foi designado para comandar o exér-cito brasileiro na Bahia, na guerra contra os por-tugueses, que perdurou por um ano e cinco meses, culminando com a expulsão dos lusita-nos. Narra o historiador Neill Macaulay que, antes de embarcar para a Bahia, Labatut pres-tou juramento no Rio de Janeiro, em sessão do Grande Oriente.

    Outro maçom que se destacou nas lutas pela divulgação das idéias democráticas foi o portu-guês João Guilherme Ratcliff. Homem viajado e conhecedor de várias línguas, Ratcliff foi um dos líderes da Revolução Liberal do Porto de 1820, tendo redigido, em 1821, o decreto de banimento da rainha Carlota Joaquina, que se recusara a prestar juramento à Constituição liberal, quando da volta de D. João VI do Bra-sil.

    Em 1823, após o golpe absolutista de D. Miguel, irmão mais novo de D. Pedro I, Ratcliff fugiu de Portugal, passando pela Inglaterra e Estados Unidos, e terminando por aportar em Pernambuco, uma das maiores províncias do Império, com 278.000 Km², com território do tamanho do Rio Grande do Sul e pouco inferior ao do Maranhão, onde efervesciam as idéias republicanas, que objetivavam a extinção da Monarquia.

    A Maçonaria se fazia presente em Pernam-buco desde 1796, ano da fundação da Loja deno-minada Aerópago de Itambé, pelo padre carme-lita maçom Arruda Câmara, médico formado pela Faculdade de Montpellier e grande defen-

    sor do ideário político da Revolução Francesa.Fomentado pela Maçonaria vermelha, esta-

    beleceu-se ali um movimento republicano fede-ralista integrado por comerciantes e usineiros que já se tinham rebelado contra D. João VI, na Revolução de 1817 e temiam que a opressão da Coroa Portuguesa fosse simplesmente substi-tuída pela de um Governo tirano, baseado no sul do país. Com a dissolução da Assembléia Constituinte por D. Pedro I, este grupo procla-mou a “Confederação do Equador”.

    Combatidos pelas tropas imperiais, os revol-tosos foram derrotados e, juntamente com Rat-cliff, que participara ativamente do movimen-to, enviados presos ao Rio de Janeiro, onde, por ordem de D. Pedro I, foram “breve, verbal e sumarissimamente sentenciados”. Ratcliff foi condenado à forca, tendo sido executado em 17 de março de 1825. Segundo versão nunca com-provada, por ordem de D. Pedro I, sua cabeça teria sido salgada e enviada secretamente à sua mãe, Carlota Joaquina, a título de vingança pelo decreto de banimento de 1821.

    São de se citar, também, os três grandes libertadores da América Espanhola: Simón Bolívar, Bernardo O'Higgins e José de San Mar-tin, que frequentaram a mesma Loja em Lon-dres, a “Gran Reunión Americana”, fundada pelo venezuelano Francisco de Miranda, este último ex-colega de George Washington na Loja Alexandria, situada na Filadélfia.

    Enfim, a Maçonaria, como uma escola de civismo e disciplina, esteve presente de forma vigorosa em todas as grandes transformações políticas ocorridas no Mundo nos séculos XVIII.

    (*) MAURÍCIO CAMPOS DA SILVA VELHO É juiz substituto em Segundo Grau do Tribunal de Justiça de São Paulo, atuando na 4ª Câmara de Direito Privado daquela Corte.

    A MAÇONARIA E OS MOVIMENTOSLIBERTÁRIOS NO MUNDO

  • O Malhete0202 O Malhete0218 O MalheteJunho de 2019

    A INFLUÊNCIA DA MAÇONARIA NA DECLARAÇÃOUNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

    A Maçonaria inspirou dois documentos liminares da convivência humana: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Assembleia Nacional Constituinte de França, 1789), que defende o homem antes de qualquer abrangente ou poder despótico, e na Declaração Universal dos Direitos Humanos (Assembléia Geral das Nações Unidas), emitida em 10 de dezembro de 1948, que a prote-ge do exercício abusivo do poder repressivo do Estado.

    Por Ángel Jorge Clavero

    O preâmbulo, concebido 64 anos atrás, hoje, observa que "a liberdade, a justiça e a paz no mundo são baseadas no reco-nhecimento da dignidade inerente e os direitos iguais e inalienáveis direitos de todos os mem-bros da família humana". Acredita que "despre-zo e o desrespeito pelos direitos humanos resul-taram em atos que ultrajaram barbárie para a consciência da humanidade, e que foi procla-mado como a mais alta aspiração do homem, o advento de um mundo em que os seres huma-nos, libertados do medo e da miséria, desfrutam da liberdade de expressão e da liberdade de crença ".

    Também exige um "regime de lei, para que o homem não seja obrigado ao recurso supremo de rebelião contra a tirania e a opressão". Rea-firma "a fé no direito homem-chave na dignida-de e valor da pessoa humana e na igualdade de direitos de homens e mulheres", promover o progresso social e elevar o padrão de vida den-tro de um conceito mais ampla de liberdade.

    Que "ninguém será mantido em escravidão ou servidão", "ninguém será submetido a tortu-ra" que "todo ser humano tem o direito ao reco-nhecimento de sua personalidade jurídica", "todos são iguais perante a lei", "todo mundo tem o direito a recurso efetivo para as jurisdi-ções nacionais competentes “ninguém será sub-metido a arbitrariamente preso, detido ou exila-do, 'é direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por um tribunal inde-pendente e imparcial', "ele tem o direito presu-mir-se inocente até que se prove a culpa. «

    A Declaração também afirma que "ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, família, domicílio ou correspondência", "tem o direito à liberdade de locomoção e residência dentro do território de um Estado, de deixar qualquer país, mesmo de sua autoria, e retornar ao seu país "," em caso de perseguição, procu-rar asilo e gozá-lo em qualquer país ". "Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade". Homens e mulheres têm o direito, sem restrição

    por motivos de raça, nacionalidade ou religião, de casar e fundar uma família e gozar de direi-tos iguais no casamento, durante o casamento e no caso de dissolução do casamento.»

    O documento da ONU afirma que "todos têm o direito à liberdade de pensamento, consciên-cia e religião", "à liberdade de opinião e expres-são"; "À liberdade de reunião e associação pací-

    ficas" "para participar no governo de seu país, diretamente ou através de representantes livre-mente escolhidos", "para a seguridade social", para o trabalho, para a livre escolha de seu tra-balho, para condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego" "para descansar e aproveitar o tempo livre, incluindo a limitação razoável das horas de tra-balho e a férias periódicas" "a um nível de uma vida adequada que lhe assegure, assim como à sua família, saúde e bem-estar, e especialmente alimentação, vestuário, habitação, assistência médica e serviços sociais necessários.»

    >>>

    Em 30 artigos expressa que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos", têm "todos os direitos e liberdades proclamados nesta Declaração, sem qualquer distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou Qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição "e" tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal ".

    "Todo mundo tem o direito de proprie-dade, individual e coletivamente. Ninguém será arbitrariamente priva-do de sua propriedade".

  • O Malhete 21O Malhete Junho de 2019

    Na parte final, a Declaração declara que

    "toda pessoa só estará sujeita às limitações estabelecidas por lei com o único propósito de assegurar o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades de outros" e que "nada nesta Declaração pode ser interpretado no sen-tido em que confere direito ao Estado, a um grupo ou a uma pessoa, a empreender e desen-volver atividades ou realizar atos tendentes à supressão de qualquer dos direitos e liberda-des proclamados nesta Declaração.

    A Maçonaria Argentina lembra hoje esse documento básico da convivência humana, nascido em breve das dolorosas experiências

    da Segunda Guerra Mundial. Ele também rei-tera o seu pleno e determinado o horror da opo-sição guerra, as chamadas para a solução pací-fica de todos os conflitos mais difíceis decor-rentes seus trabalhos e recorda que em qual-quer disputa, a Maçonaria recomendado como um compromisso a identificação inicial de coincidências para que este exercício permita o intercâmbio mais sereno possível para a obtenção de soluções justas e longe de qual-quer tipo de violência.

    Fonte: Diário Maçônico

    "Toda pessoa tem direito à educação gratuita, pelo menos no que diz respei-to à instrução elementar e fundamen-tal", que "será obrigatória", "partici-par livremente da vida cultural da comunidade, desfrutar das artes e participar da educação." progresso científico e os benefícios que dele resultam ".

  • 02 O Malhete0220 O MalheteJunho de 2019

    Esta frase retirada da resposta dada ao sermos inquiridos sobre o que nos faz estar em uma reunião maçônica é mere-

    cedora de uma tese para os que aspiram um doutoramento seja em Filosofia, Psicologia ou Sociologia. As reflexões que surgem desta frase podem nos levar à Luz ou nos manter andando em círculos nas trevas.

    A palavra submissão, em geral, carrega um sentido negativo, como que tirar a indepen-dência, o que choca de frente com o nosso brado de Liberdade. Ela nos remete também à dominação, que por sua vez, atinge o brio dos Homens Livres.

    Este aspecto negativista se potencializa quando o objeto da submissão é ferir a faculda-de que tem o ser humano de querer, escolher, praticar, ou seja, ser guiado por sua vontade.

    Há uma vasta literatura que apresenta a Maçonaria como uma escola cujos membros cultivam valores morais, éticos, filantrópicos, filosóficos, destacando os princípios da liber-dade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual. Mas, na Maçona-ria, submissão não é alienação.

    Dentro deste conceito, usarei a alegoria de que as Lojas são os laboratórios desta escola. E, realmente, creio que devemos vivenciar as reuniões desta maneira.

    A dinâmica das atividades laboratoriais se concentra na observação atenta do material que nos é apresentado. Quanto maior o cuida-do que se tem com o que está à nossa frente, maior será a certeza do resultado pretendido.

    Em nossas reuniões devemos estar trajados conforme o que é ORDENADO pelo ritual.

    Tomamos assento onde nos é ORDENADO. Expressamos nossas ideias e opiniões na for-ma, ordem e no momento ORDENADO, seja pelo ritual, seja pelo Superior hierárquico.

    Esta ORDEM não se faz por exercício de autoridade, mas pela necessidade de uma dis-tribuição metódica, a fim de garantir a ordem na Ordem.

    Indiferentemente de Graus, Cargos, condi-ções profanas ou maçônicas, estamos todos submetidos à regularizações dos atos, a que chamamos de ritualística e deliberações.

    Portanto, neste ambiente é onde encontra-mos doutores e secundaristas, mestres e apren-dizes, novos e velhos, alegres e amargurados, humildes e soberbos. Temos a oportunidade de experimentar a forma como devemos agir e reagir aos contextos apresentados, sempre lem-brando que as paixões não podem nos vencer e que é necessário SUBMETER MINHA VONTADE para fazer novos progressos na Maçonaria.

    Este exercício é imprescindível para nos afastar da vaidade, do orgulho e da soberba, pois se me mantenho atento às necessidades do grupo, não tenho por que impor meu desejo.

    Se as deliberações tomadas pela assem-bléia, onde a maioria optou por “A”, que está em oposição ao meu “B”, elas não podem me ofender ou me diminuir. AFINAL, TENHO A CLARA CERTEZA DE QUE NÃO ESTOU EM UM CAMPO DE BATALHA E QUE O R E S U LTA D O TA M B É M I R Á M E FAVORECER EM ALGO COMO GRUPO.

    No ordenamento de ”submeter minha von-tade” não há perda de direitos, mas, a convic-ção do cumprimento elementar da boa vontade coletiva.

    Quantas discussões são desnecessárias e danosas à nossa harmonia, quando Irmãos se insurgem e inflamam uns contra os outros, por decisões tomadas, às vezes mal compreendi-

    das. O agravante é que as controvérsias, às vezes, se dão por coisas superficiais, inteira-mente fora da pauta e da real diretriz dos traba-lhos maçônicos.

    Por exemplo, a mudança na data de uma Ses-são Magna ou o cardápio de uma data festiva. Nada e ninguém tem o direito de produzir ema-nações negativas em um Templo Maçônico. Ali nos reunimos para o aprendizado, a con-córdia, a união e tudo mais o que, enfim, nos comprometemos pelos juramentos.

    No Livro da Lei há um versículo que ilustra bem esta circunstância:

    P O R TA N T O , É N E C E S S Á R I O SUBMETER-SE, NÃO SOMENTE POR TEMOR DO CASTIGO, MAS TAMBÉM POR DEVER DE CONSCIÊNCIA. (Roma-nos 13:5)

    DEDICO este artigo aos amados Irmãos da ARLS Cavaleiros da Montanha 231 do Orien-te de Belo Horizonte onde estivemos em Loja de Mesa nas comemorações pelos 31 anos de fundação e aos Irmãos da ARLS Cavaleiros de Jacques DeMolay 379 do Oriente de Sete Lago-as onde realizamos a Instalação da Loja dentro da jurisdição da GLMMG.

    Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Vamos em Frente!

    Neste décimo terceiro ano de compartilha-mento de instruções maçônicas, continuare-mos incentivando os Irmãos a enriquecerem o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Oficina.

    Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos, havendo oportunidade solicite ao Venerável Mestre sua leitura e pro-mova o intercambio de idéias.

    FraternalmenteSérgio QuirinoGrande Primeiro Vigilante GLMMG

    SUBMETER MINHA VONTADE

  • O Malhete 21O Malhete Junho de 2019

    Queridos Irmãos!!!A humanidade desde os tempos mais

    remotos passa por processos de evolução (crescimento natural) e progresso (cres-cimento planejado e executado).

    No inıćio onde sequer existiam indús-trias, quem detinha poder eram os pro-prietários de terras (fase agrıćola). Depo-is passamos pela revolução industrial, que foi o carro chefe do poder econômico por muitos anos e ainda tem sua impor-tância, da mesma forma que a agricultura mantém.

    Chegamos a fase da Informação, que veio em velocidade astronômica. Esta-mos passando pela fase do Conhecimen-to. Nestas fases, quem detém informa-ções e a transforma em conhecimento é que está com o poder de decisão e tem/tinha importância no mundo.

    Mas, quem pensa que parou por ai, está enganado. Estamos migrando para a FASE DA SABEDORIA. Isso mesmo.

    Vejam o grá�ico abaixo:

    O grá�ico retrata bem o valor de cada fase no tempo. Vejam que a pessoal que possui Sabedoria, tem destaque e muito mais importância. Estamos entrando na Onda da Sabedoria.

    Mas o que é isso? A Onda da Sabedoria é ultrapassar o saber/saber. Explico: Nós temos três nıv́eis de “aprendizado”: i) Saber/Saber, que é o conhecimento, o aprendizado teórico; ii) Saber/Fazer, que é a aplicação do saber/saber, a práti-ca, e; iii)Saber/Ser, que é o maior deles. Esse saber/ser monstra o seu caráter, sua personalidade, sua formação pessoal, seus relacionamentos.

    O Saber/Ser é o novo conceito de com-

    petência. Não adianta você saber/saber, saber/fazer, se não souber SER. Você pode ser Inteligente e trabalhador, mas se for uma pessoa egoıśta, egocêntrica, arro-gante, intolerante, e por ai vai, certamen-te não terá sucesso na vida.

    Para surfar a onda da Sabedoria, deve-mos buscar o Desenvolvimento inte-graldoserhumano,aEspiritualidade,aPredominânciadoSERemrelaçãoaoTEReCo-responsabilidadesocial.

    A Maçonaria tem como missão, formar bons Homens e, portanto Bons Maçons, buscando desenvolver em cada um de nós os princıṕios e valores que transfor-me o mundo em um lugar melhor e mais justo.

    Desta forma, a Maçonaria esta nos aju-dando na construção do nosso Saber/Ser. Isso nos será útil me todos os nossos pas-sos, em toda nossa trajetória. Vamos apro-veitar os ensinamentos de nossa Sublime Ordem para sermos pessoas mais felizes.

    Vamos surfar a Onda da Sabedoria!!!

    SaudaçõesFraternais!!!

    ValdirMassucatiGrãoMestreAdjuntodaGrandeLojaMaçônicadoEstadodoEspíritoSanto

    ONDA DA SABEDORIA!!!

  • O Malhete0202 O Malhete0222 O MalheteJunho de 2019

    le disse ainda que um trabalhador Ebrasileiro que escolha viver e traba-lhar em Portugal poderá agregar à sua aposentadoria os anos de trabalho no Brasil somados aos anos de trabalho futu-ros em Portugal, sendo amparado pela legislação no acordo, a incluir direitos soci-ais e previdência social.

    Se você tem o sonho de morar em Portu-gal, agora você tem mais um motivo para con-siderar a possibilidade de realizá-lo em bre-ve. Uma proposta do atual governo portu-guês, conhecida como “A Geringonça”, quer dar acesso a “direitos sociais, vistos de resi-dência e trabalho” para indivíduos que falem português fluentemente. É a sua chance!

    A proposta foi formalmente apresentada em Brasília, na sede do Ministério das Rela-ções Exteriores, o Itamaraty, e acolhida por membros e observadores da CPLP – a Comu-

    nidade dos Países de Língua Portuguesa. De acordo com interlocutores de ambos os paí-ses lusófonos – Portugal e Brasil, – o acordo tem previsão de concretização em até dois anos.

    O intuito do governo português com a pro-posta é aquecer a economia do país com mão-de-obra qualificada, uma vez que o PIB português ainda sente os efeitos da crise mun-dial de 2008. Além disso, o salário mínimo de Portugal ainda é um dos mais baixos da União Europeia, girando em torno de €530 – pouco mais de R$ 1.900 – , o que faz milha-res de jovens portugueses economicamente ativos deixarem a nação para morar em outros países da UE, onde a oferta de salário é melhor.

    Outro motivo pelo qual os portugueses estão querendo incentivar a ida de brasileiros para o país é o envelhecimento da população

    de Portugal – na próxima década começará a faltar mão de obra jovem. Assim, o governo vêm com bons olhos a renovação populacio-nal pelos imigrantes, incentivando a entrada de cidadãos falantes da língua portuguesa.

    Para Marcelo Ribeiro de Sousa, atual pre-sidente de Portugal, a “nova lei de acesso aos países lusófonos tornará possível para um maior número de profissionais estrangeiros concorrerem a vagas de trabalho, levando-se em conta a equivalência de títulos profissio-nais e acadêmicos entre essas nações.”

    Ele disse ainda que um trabalhador brasi-leiro que escolha viver e trabalhar em Portu-gal poderá agregar à sua aposentadoria os anos de trabalho no Brasil somados aos anos de trabalho futuros em Portugal, sendo ampa-rado pela legislação no acordo, a incluir dire-itos sociais e previdência social.

    PORTUGAL ESTÁ DANDO INCENTIVOS PARA BRASILEIROS SE MUDAREM PARA O PAÍS.

  • O Malhete 23O Malhete Junho de 2019

    Gestão do GOB-RJ Edimo Muniz APinho dá uma demonstração de eficiên-cia, capacidade, austeridade e determi-nação, ao Inaugurar sua sede própria, com a presença de importantes autoridades Gobianas, incluindo o Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães, e o Sapientíssimo Irmão Ricardo Maciel Monteiro de Carvalho, Presidente da SAFL. A honrosa conquista foi inaugurada com muita alegria e sentimento do dever cum-prido, entre os presentes, havia apenas um dis-curso que é de união em favor do Grande Orien-te do Brasil Rio de Janeiro e por consequência,

    o do Grande Oriente do Brasil.O Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guima-

    rães, externou sua satisfação de ver tamanho objetivo alcançado, e lembrou-se que o GOB-RJ foi um dos primeiros Estados a se engajar no apoio ao Barbosa Nunes, disse também, que a união dos maçons do Rio de Janeiro não pode ser quebrada, pois foi ela que engrandeceu o RJ em toda Federação, e que a fraternidade deve imperar sempre em nossas colunas, é um novo momento e vamos aproveita-lo.

    Também estavam presentes na Sessão o Emi-nente Irmão Luiz Carlos Costa, Presidente da

    PAEL-RJ, Eminente Irmão André Storn, Pro-curador Geral do GOB, Eminente Irmão Rodolfo Marquetti, Secretário Geral Adj de Comunicação do GOB, Eminente Irmão Wil-son Aguiar Filho, Secretário Geral Adj Ritua-lística do Rito Moderno, Eminente Irmão Mat-heus Casado, Assessor Especial do Grão Mes-tre Geral, Soberano Grande Primaz Nei Ino-cêncio, entre muitas autoridades como Deputa-dos Federais, Estaduais e Oficiais do GOB-RJ

    Fonte: Secretaria Geral de Comunicação do GOB

    GOB-RJ INAUGURA SUA SEDE PRÓPRIA!

    https://youtu.be/-De2HLIXqxI

  • 02 O Malhete0224 O MalheteJunho de 2019

    12

    [email protected]

    Presidente Nacional da Fraternidade Femi-nina Cruzeiro do Sul, Cunhada Jussane Gui-marães, é Homenageada em nome de toda Família Maçônica na Loja Bavariam Illumi-nati, GOB-SP.

    A Cunhada Jussane Guimarães, sempre sorridente e afável a família, fez questão de estar presente na Iniciação do Sobrinho Richard Gomes, do qual ela já o mantém em estima a alguns anos, em retribuição ao ato de carinho, o Presidente da Sessão Irmão Nilton Gomes, fez questão de homenagear a Cunha-

    da que ali estava representando a família maçônica.

    Em breve estaremos apresentando os proje-tos e idéias de gestão da FRAFEM Nacional, em uma entrevista exclusiva com a nossa cunhada Jussane, que esta muito entusiasma-da com o progresso das Cunhadas Fraternas e o alto índice de Fundação de novas Fraterni-dades pelas Lojas Maçônicas, bem como o apoio da Secretaria de Entidades Paramaçôni-cas.

    PRESIDENTE NACIONAL DA FRAFEM É HOMENAGEADA

    GOB-SP, ENTREGA A CARTA CONSTITUTIVA DAFRATERNIDADE FEMININA CRUZEIRO DO SUL

    Grande Oriente do Brasil de São Paulo, entrega oficialmente a Carta Constitutiva da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul GOB-SP.

    O Trabalho já vinha sendo desenvolvido de forma intensa pela Presidente Estadual da FRAFEM GOB-SP, Cunhada Virgínia Montagna-na, pelas Fraternas da Diretoria e Fraternidades Femininas ligadas as oficinas do GOB-SP, mas neste 24 de maio de 2019, o Grão Mestre Estadual, Eminente Irmão Rui Corrêa, realizou a solenidade para entrega da nova carta constitutiva da Frafem Cruzeiro do Sul GOB SP, expedida pelo Grande Oriente do Brasil.

    Estiveram presentes ao ato, além do Eminente Irmão Rui Corrêa, o Eminente Irmão Rodolfo Pio-vezan, Secretário Geral de Planejamento do GOB,

    Poderoso Irmão José Montagnana, Secretário Esta-dual de Relações Públicas de Paramaçonicas do GOB-SP, Cunhada Virginia Elisa Pereira de Olivei-ra Montagnana, Presidente Estadual da Fraternida-de Feminina Cruzeiro do Sul GOB-SP e Delegadas da 3º e 5º Macro Regiões respectivamente Cunha-das Josineide Santos Martinez e Márcia Tavares.

    A Presidente Nacional da FRAFEM, Cunhada Jussane Guimarães, pede aos Veneráveis Mestres e Cunhados das Lojas, que busquem saber como mon-tar um braço de desenvolvimento e atividades socia-is dentro da Loja, integrando a família maçônica às atividades beneficentes da Oficina, solicitando que entrem em contato com o seu Oriente Estadual, monte uma FRAFEM e colha os benefícios desta ação.

    NÚCLEOS APEJOSTISTAS PRESENTES NA VIII MISSA TEMPLÁRIA, EM SP

    O Núcleo Apejotista Barrão do Serro Azul –144 de Curitiba – PR, juntamente com o Núcleo Apejo-tista Pedro Fávaro – 138 de Jundiai – SP, esteve presente na VIII Missa Templária, realizada na catedral Anglicana de São Paulo – SP pelo Grande Priorado ado Brasil das ordens Unidas Religiosas, Militares, e Maçônicas do Templo de São Joãos de Jerusalém, Palestina e Malta, onde nós, apejotis-tas, tivemos a oportunidade de atuar ativamente na cerimônia em conjunto com o Priorado e o próprio Reverendo Aldo Quintão.

    O evento contou com diversas autoridades entre elas o Eminentíssimo e Supremo Grão Mes-

    tre do Grande Priorado do Brasil – Mario Sergio Nunes da Costa, Secretário-Adjunto das Parama-çônicas para o Estado de São Paulo – Wagner Lacerda e o Grão Mestre Adjunto Gerald Koppe Junior do GOB-PR além das instituições paralelas ou filiadas ao corpo maçônico propiciando gran-des oportunidades de aprendizado e confraterniza-ção entre elas.

    Foi um evento repleto de aprendizado além do espírito fraternal entre a família maçônica.

    No mesmo dia, ambos os núcleos estiveram presentes na cerimônia de coletamento (entrega de coletes) na Facção Bodes do Asfalto de Jundiai – SP.

    A cerimônia contou com a presença de tios das mais diversas regiões do estado de São Paulo, o que engrandeceu o espírito fraternal maçônico. Após a entrega do colete, foi realizado uma con-fraternização com os participantes.