o lulismo no poder resumÃo

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  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    RESUMO

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    UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

    DCH, CAMPUS IV, JACOBINA - BA

    JACOBINA, 2011

    RESUMO

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    APRESENTAO

    Este resumo no se enquadra nos rigores acadmicos para a elaborao

    tcnica de tal produo cientfica, mas faz-se necessrio para se atingir seu

    objetivo, o de ir alm do solicitado como atividade da disciplina de Cincia

    Poltica desse 1 semestre de Direito. Ultrapassar as expectativas visto o quo

    ficou vago aps perdermos na escassez de tempo a possibilidade de

    realizao de maior trabalho com a leitura do livro em questo, pois, as idias

    trazidas pelo autor seriam sintetizadas em conhecimentos para ns discentes e

    culminaria em tema de debate que envolveria a comunidade politizada

    jacobinense. Como no possvel, pelo motivo comentado, torna-se interessante

    organizar os resumos produzidos e apresentar neste trabalho.

    Ao tempo, este material vem servir como avaliao ltima, solicitada para a

    citada disciplina de Cincia Poltica, qual deveria apenas fazer referncia aos

    captulos 4 e 5 da obra, contudo, como explicitado acima, pareceu interessante

    fazer a organizao dos demais resumos, referentes aos captulos anteriores, e

    apresent-los num trabalho mais completo e mais rico em informaes.

    Jussivan Ribeiro da Gama

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    PEREIRA, Merval. O Lulismo no poder. Rio de Janeiro: Record, 2010.

    APRESENTAO DO LIVRO.

    Bolsa famlia, o mensalo, aparelhamento do estado, as tentativas de controle

    dos meios de comunicao so alguns dos temas abordados diariamente por

    Merval Pereira na coluna que ele faz no jornal O globo. O Lulismo no poder a

    coletnea de algumas dessas matrias reunidas por temas que tratam dos oito

    anos do governo Lula, em seus dois mandatos, de 2002 a 2010. O livro

    pretende apresentar em temas os pontos mais marcantes do governo petista.

    Por se tratar de um livro jornalstico o autor selecionou algumas colunas mais

    marcantes demonstrando suas previses com base nos fatos de cada matria

    e permitindo o leitor analisadas como acertos ou no do autor quanto s suas

    suposies.

    Ora visto que o livro acompanha os fatos ao longo dos anos, se pode comparar

    a previso feita numa matria publicada num dos dias e outra matria

    publicada na sequncia dos fatos ao longo dos anos do governo petista. Assim,

    houve previses que no aconteceram, como na reeleio do Lula em 2006,

    antes de ele decidir sua candidatura s novas eleies, perodo em que se

    encontrava com a popularidade baixa, no perodo, o autor previu que Lula no

    concorreria s eleies, mas como vimos, nem s foi candidato, como se

    reelegeu. Entre previses acertadas ou no, vo sendo apresentados os novos

    fatos num balano jornalstico dos oito anos que caracterizam o governo

    petista.

    RESUMO I

    DO PETISMO AO LULISMO.

    Lula, incoerncia no passado ao manter a poltica de FHC, passando acoerente no decorrer do mandado. Apresentando uma poltica externa terceiro

    mundista, antiamericano, mas bem visto por eles. Seu tom esquerdista na

    poltica externa provoca queda de popularidade. Causa sensao de ateno

    aos despossudos. Mostra-se capaz de controlar lderes esquerdistas

    autoritrios, um lder que pensa nas prximas geraes. Ao invs de arriscar

    um terceiro mandato prefere posar de defensor da democracia. Aparente

    obsesso em controlar as instituies sociais e manifestaes culturais. Podeser visto como um timo ator. Procurou defender o meio ambiente para evitar

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    Marina no poder. Se colocou como defensor do mundo em Copenhagen. O

    caso do Mensalo abala a honestidade do partido. Lula salvou sua imagem

    sem esforos extras. Em cada eleio v sua aceitao popular aumentar e

    criar um Lula maior que o PT. O aparelhamento do Estado.

    Em 2002 surgem tentaes perigosas. O medo de ser Lula mais um lder

    populista cria crises institucionais graves. Tm-se carncia de reforma poltica

    partidria, talvez sendo melhor o parlamentarismo, mas com Lula torna-se

    difcil tal insinuao. Divide o primeiro momento de Lula em trs: primeiro de

    imposio, segundo de aprovao pelo desempenho e o terceiro de

    legitimao pelo objetivo poltico.

    Em 2003 o PT convive com a herana maldita de suas contradies por

    causa do oposicionismo radical que o fez votar contra o FUNDEF, importante

    para o ensino fundamental no pas; contra a CPMF; a Lei de responsabilidade

    fiscal; contra a reforma da presidncia; privatizao das telecomunicaes e

    outros, mas hoje favor.

    A RESERVA DE MERCADO. A tentativa de controle da produo cultural

    desencadeou uma crise que Lula tentou pessoalmente resolver despolitizando

    o setor cultural ao indicar Gilberto Gil como ministro da cultura. A busca de

    fortalecimento da poltica externa com a escolha de Marco Aurlio Garcia

    frente das negociaes, mas falta-lhe a competncia do Itamaraty para evitar

    confrontos com pases como os EUA. A situao delicada com Cuba deixa o

    governo brasileiro em cima do muro ao invs de se posicionar em relao ao

    ataque aos direitos humanos.

    Em relao ao MST, Lula comemora com membros desse ao tempo em que

    ocorrem saques e violncia no campo promovidos pelo movimento dos sem-serra. Fica a cabo de frei Betto dar as respostas, mas se mostra preocupado

    apenas com os benefcios ao MST e define oposio aos ruralistas. Afirma que

    nessa segunda reforma agrria (a primeira diz ter sido na poca das

    capitanias), a vez do MST, dos necessitados.

    O MST liderado por Joo Pedro Stdile, incita seus membros a uma guerra

    contra os proprietrios de terras. Fato que assustou o governo e levantou

    questes sobre sabotagem por oposicionistas infiltrados e que inviabilizavamas reformas. De certo que o governo tem que adotar aes emergenciais para

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    superar a crise. Superar a crise. A divergncia entre a viso petista e os

    movimentos sociais criou dois caminhos. O PT incentivou e fortaleceu esses

    movimentos e agora no poder no consegue recursos para garantir as

    reivindicaes e recebe crticas no podendo exercer controle sobre os

    movimentos.

    SURTO ESTATIZANTE.

    Surge primeiramente apontando para os fundos da Petrobras e do Banco do

    Brasil para financiamento de obras de infraestrutura, com isso o temor do riso

    aos investimentos da poupana dos servidores, ficando mais complicado

    quando na reforma os fundos seriam de contribuio e no de benefcios

    definidos. Vigorou, ento, o critrio de risco social, ficando a responsabilidade

    para toda a sociedade.

    CABEA PETISTA.

    Lula se declara como sindicalista e no como esquerdista, assim, para

    entender seu governo tem-se que entender a estrutura organizacional do PT.

    Mudaram os rumos da candidatura por verem que era impossvel governar

    apenas com grupos que formavam o PT e outros de esquerda. Os brasileiros

    rejeitariam Lula se no apresentasse mais amplitude na candidatura em

    comparao com as anteriores.

    O NOVO PELEGO.

    O governo pretende financiar a atividade sindical com crdito descontado em

    folha, visando fortalecimento poltico e financeiro antes da reforma nas leis

    trabalhistas e sindicais, mas o presidente da Cmara parece querer adiar para

    2005 os temas com questes trabalhistas. No Brasil a questo sindical divideopinies, principalmente em relao s contribuies que sustentam o sistema

    financeiro dos trabalhadores e empresrios.

    PBLICO CONTRA PRIVADO.

    O governo demonstra outra tendncia estatizante ao propor a reforma

    previdenciria na tentativa de convencer a populao a investir em fundos

    pblicos e no no privado, este mais atrativo e seguro. A sada seria, ento,

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    criar leis de proteo aos investidores e transparncia na gesto dos fundos,

    cabendo aos funcionrios pblicos decidirem qual escolher.

    SMBOLOS.

    Diferente do PT, Lula se tornou um smbolo, com qual a populao brasileira se

    identifica. Coloca-se como um pai e sua popularidade garantida pela

    indubitvel honestidade e boas intenes. Isso ao mesmo tempo um

    mecanismo psquico e de poder. Ocorrendo o espetculo do crescimento e

    diminuio do desemprego o governo Lula se garantir.

    ANTIRREPUBLICANO.

    A promiscuidade dos interesses do PT em assuntos do governo federal

    demonstra um comportamento antirrepublicano. Fatos polmicos envolvendo a

    tica so expostos. Exemplo: proposta de reforma de prdio pblico em

    conversa ligada a negociaes pblico-privadas, ligao entre o PT e o Banco

    do Brasil que, segundo o PFL, o PT est usando o governo para financiar suas

    prprias atividades. O PT tinha uma bandeira socialista e uma da tica.

    Abandonar a socialista garantiu o poder ao partido, mas perder a da tica

    abalou incalculavelmente a poltica do partido.

    A comisso de tica Pblica, no caso PT e BB, pode ser o incio das limitaes

    do uso da mquina pblica em benefcios ao partido.

    O DIRIGISMO CULTURAL.

    A Lei do audiovisual uma dessas formas de dirigismo. Foi desenvolvida

    visando a criao de uma cultura nacional contra a dominao cultural

    americana. uma tentativa de valorizar a produo cultural nacional atravs do

    intitulado projeto de subdesenvolvimento e cultura, autoria do secretrio-geraldo Itamaraty, Samual P. Guimares. Pelo incentivo acreditam vencer a

    hegemonia das manifestaes culturais estrangeiras dentro do Brasil, e mostrar

    para o mundo nossa imagem positiva em programas de TV de qualidade.

    Aparentemente o decreto pretende definir o gosto cultural do brasileiro.

    O FANTASMA DA CLASSE MDIA.

    As dvidas quanto aos medos vieram tona na populao em relao aoautoritarismo do PT. Embora com aceitao da classe mdia, a parte mais

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    escolarizada julga a incapacidade do partido em administrar, tem-se uma

    ideologia de dominao e controle, e o risco da ganncia atrapalhar a

    administrao. Outra por verem lderes sindicalistas assumirem os cargos

    pblicos e gerirem com modos sindicalistas e no como administradores

    pblicos.

    QUESTO REPUBLICANA. Mais uma vez o governo Lula faz o que antes

    criticava, assim, ocorrem mais exageros no uso de bens pblicos. Dessa vez

    foi o avio oficial e a lancha do palcio da Alvorada, usados para transporte e

    passeio turstico de 16 amigos do filho do presidente.

    LULA POR LULA.

    Lula um presidente que no se incomoda em atender a interesses prprios,

    foi mau exemplo para os jovens brasileiros em referncia que fez sua pouca

    escolaridade, incentivador da criminalidade em seus discursos. Entre

    vangloriar-se e tentar a reeleio se Poe de lado, mas lava a alma ao aceitar

    sob a justificativa de que era para salvar o partido que afundaria por falta de

    representante.

    2006. ZELIG.

    Lula o homem camaleo, que diz o que os outros querem ouvir, mas faz o

    que lhe convm. Num momento oportuno trata bem a imprensa. Diz que o

    que hoje graas a ela, mas em outro discurso seu, no passado, dizia que era

    perseguido pela imprensa. De certo que no, se houve problemas foram

    gerados pelos prprios atos do partido.

    2007. REFNS DO MITO.Lula se coloca como mito. Mesmo rodeado por inmeros parceiros envolvidos

    em escndalos nacionais consegue manter os altos nveis de popularidade,

    contudo, nenhuma de suas qualidades resistiriam se estivssemos em uma

    crise econmica.

    NO LIMITE DA IRRESPONSABILIDADE.

    O gesto obsceno do assessor Especial da Presidncia da Repblica, MarcoAurlio Garcia, foi mais que uma comemorao infeliz, foi desrespeito ao povo

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    brasileiro e s famlias das vtimas, alm de denunciar a total falta de

    conhecimento e omisso do Estado quanto aos problemas que geraram o

    apago areo.

    A MQUINA PETISTA.

    Segundo pesquisa, 20% de petistas compem os cargos pblicos e a quantia

    aumenta medida que desce na hierarquia da administrao. Segundo anlise

    dos dados, as convocaes so mais pela filiao partidria do que pela

    experincia. Os estudos presumem, ainda, que essa postura tem a ver com

    compromissos firmados por Lula com seus partidrios desde seu primeiro

    governo, uma espcie de clientelismo classista.

    PRINCIPISMO.

    A realidade fora o presidente Lula a se aproximar do modelo de governo dos

    tucanos. Antes de estar no poder culpava o governo pela Dengue e foi contra a

    CPMF, agora se viu administrando meio a uma epidemia de Dengue e aprovou

    a CPMF. Antes criticava as privatizaes e questionou se os tucanos tambm

    privatizariam a Amaznia. Contraditoriamente o governo Lula aprovou o

    arrendamento de 220 mil hectares da floresta. Lula justifica a postura atual

    afirmando que era principista apenas na campanha, agora como governante

    no pode agir como um poste e sim como um ser humano.

    2008. VINTE ANOS DEPOIS...

    a forte ligao hoje do PT com o PMDB de Sarney comparvel com a

    dependncia vivida por Sarney em relao ao PMDB de Ulysses Guimares

    quando assumia a presidncia em lugar de Tancredo. Lula j entendeu que sua

    sucesso na prxima eleio vai depender ainda de apoio de base do PMDB, epercebe as dificuldades que vai encontrar. Mesmo diante do risco da derrota o

    PT no abrir mo de lanar candidato prprio, na mira est o nome de Dilma

    Rousseff. O certo que todos os partidos se acham em condies de disputa

    sem Lula no pleito.

    LULA E A TICA PBLICA.

    Mais uma vez a falta de tica em Lula aparece. Dessa vez no escndalo docarto corporativo, com o qual a ex-secretria da Integrao Racial, Matilde

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    Ribeiro, em frias, gastou o equivalente a R$ 171,5 mil dos cofres pblicos. O

    presidente simplesmente banaliza a questo tica ao afirmar que a ex-

    secretria no cometeu crime e sim falhas administrativas. Em momento

    algum Lula se importa em confrontar os valores da sociedade brasileira que o

    apia.

    O ILUSIONISTA.

    A capacidade de Lula equilibrar-se nas palavras e no nos fatos, o faz

    amenizar os problemas como um ilusionista. Trata de um tumultozinho o

    desmatamento da Amaznia, um probleminha a crise do gs com a Bolvia.

    Acredita que o pas agora j pode se endividar para investimentos na

    infraestrutura ao considerar a dvida externa extinta. O fato que zerar a dvida

    no fcil e o governo no tem condies de se endividar. Precisa voltar-se

    para resolver a dvida interna. Outra iluso anunciar a autosuficincia de

    petrleo em abril de 2006. O petrleo no totalmente refinado. Ser

    autosuficiente no garante que o pas j se abastea ou lucre com seu

    petrleo, o saldo da balana ainda segue negativo.

    Embora se reconhea os avanos, no se deve a Lula, mas sim a sua

    inteligente deciso em no interromper o processo econmico que j vinha de

    antes e qual ele sempre ameaou durante toda sua trajetria oposicionista.

    NO RUMO CERTO.

    O Brasil est no rumo certo. Foi recentemente recebedor do selo de qualidade

    por sua capacidade de pagamento de dvidas. Agora merece fazer parte da

    lista de pases emergentes, Bric. Mudanas estruturais ainda precisam ser

    feitas na sade, educao e infraestrutura. Por esse acontecimento ter ocorrido

    no governo atual, tornou-se um marco, mas vem de um processo anterior aogoverno petista que s o continuou, contudo natural que os crditos vo para

    a conta do presidente Lula.

    MEMRIA SELETIVA.

    A afinidade de Lula pelos governos militares demonstra sua memria seletiva

    em relao ao patriotismo nos slogans dessas pocas e que pretende trazer

    para o seu, como notado em alguns de seus discursos. Lula no politicamente ingnuo, se julga o melhor presidente ao afirmar que nunca, em

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    500 anos de Brasil, outro presidente j fez tanto quanto ele. Deixou

    transparecer em alguns discursos a possibilidade de tentar um terceiro

    mandato. O governo Lula no s tem a memria seletiva, mas tambm a

    herana maldita seletiva. Desconsidera as contribuies que outros governos

    deram para o avano do pas. Ele afirma que quando a economia d certo

    por virtude intrnseca do governo popular. Quando no, por causas

    extrnsecas.

    ENFIM, O DOSSI.

    Nos rumos finais da CPI do carto corporativo, avisou-se que no haveria mais

    condies de seguir com as investigaes, graas ao bom depoimento de

    Dilma Rousseff. Mas, ela no conseguiu explicar o caso do dossi, deixando

    em dvida se foi fogo amigo, chantagem poltica ou os dois. Deixaram cabo

    da Polcia Federal, ao final do inqurito, definir as responsabilidades de cada

    um.

    LULA SE ACHA.

    Lula est se achando. Confiante em seu prestgio popular se v no direito de se

    meter em assuntos sem o devido conhecimento. Transforma atos oficiais em

    comcios polticos, critica queixas legalmente feitas a seus parceiros polticos e

    passa publicamente a mo na cabea de diversos polticos acusados por

    corrupo e gastos indevidos. Mete-se a dar palpite em tudo, incoerente e

    no se impe limites. Parte dessa confiana por confiar em seu carisma.

    FILME B.

    A CPI dos cartes pode ser comparada a um filme B de espionagem, com

    trocas secretas de informaes em locais vigiados e clima de disputa deinteresses na divulgao do dossi. Os dois principais personagens metidos na

    farsa so, Jos Aparecido, petista histrico e o assessor tucano, Antnio

    Andrade Fernandes, que trocaram e-mails com mensagens cifradas, que o

    relator da CPI, o petista, Luiz Srgio tentou descobrir, mas em seu papel

    ridculo de Sherlock no conseguiu entender a abreviao de saudaes

    como Sds, achou que estava desvendando um cdigo secreto. Frustrou-se ao

    perceber sua situao pattica. Ao final restou mostrar a cadeia de comando

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    por onde o dossi foi elaborado e transmitido, mas, ficou a cargo da PF

    identificar e responsabilizar os culpados.

    2010. A NOVA CLASSE.

    A forte participao do PT e de sindicalistas da CUT, em especial, na mquina

    pblica federal, analisada no livro A elite dirigente do governo Lua, autora,

    Maria Ceclia DAraujo, demonstra que vai alm da participao em cargos

    pblicos, chega aos fundos de penso do pas. Desde 1990 o PT e

    sindicalistas tem tratado mais profissionalmente esse tema. A participao foi

    mais expressiva dos sindicatos do que de filiados partidrios, e cresce ainda

    mais com a posse de Lula e aumenta no segundo mandato. O trabalho de

    Maria Ceclia mostra que o PT e os sindicalistas visam mudanas de postura.

    A ABRAPP aproximou-se de lderes expressivos do PT por meio dos sindicatos

    e dos bancrios de So Paulo. A teoria que seria necessrio o controle dos

    fundos de penso para criar uma nova solidariedade e o capitalismo

    popular, mas o que se v uma briga de foice entre grupos de sindicalistas

    para o controle de grandes negcios onde esto os fundos. Exemplo disso foi a

    fuso das telefnicas Brasil Telecom e Telemar na nova OI.

    RESUMO II

    2003, 24/8, FUNDO SOCIAL.

    Lula procura dar nova roupagem poltica do governo anterior para parecer

    original, busca unificar os programas dando a impresso de que o que fora feito

    anteriormente estava errado. Forou acordos com os Estados e indstrias e se

    ousou com o FMI conseguindo incluso de medidas sociais s somente

    econmicas de costume. Mas traria ainda mais benefcios se inclusse tambm

    metas de saneamento bsico ou reforma agrria.

    30\09, O EFEITO DUDA.

    Em vspera de eleio o governo federal prepara a votao para unificao

    dos programas sociais no nico Bolsa Famlia, mas sofre crticas e

    desconfianas que remontam ao esquema Duda Mendona. Os polticos

    estaduais querem manter seus crditos nos programas para o eleitorado ver.

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    Segundo Ruth Cardoso, a unificao dos programas era meta do governo

    anterior, que j sentira as dificuldades na unificao dos cadastros, mas fica

    feliz em ver o governo Lula voltar atrs e aprovar os cadastros que dizia

    estarem errados. A proposta possvel para a reunio deve ser a de os

    municpios usarem o cadastro nico para aes complementares tipo

    microcrdito, capacitao e gerao de renda.

    2004, 09/3, FOME ZERO A PERIGO.

    Choques de vises atingem o programa Fome Zero. Mesmo enfraquecido

    ainda marca do governo Lula, que ousa internacionalmente propondo

    campanha mundial contra a fome. O choque est no controle do programa na

    disputa de autonomia entre os comits Gestores e as prefeituras. O receio est

    em evitar que o programa fosse usado com fins eleitoreiros pelos polticos

    municipais. Medo de ver o programa cair na corrupo. A conquista de novas

    prefeituras seria garantia de alavanca para a reeleio de Lula, mas os

    escndalos polticos com o ex-acessor Waldomiro Diniz reduzem a ambio a

    quinhentas prefeituras, menos que o pretendido inicialmente.

    11/3, NOVAS DIRETRIZES.

    Aumenta a sensao de falta de programao no governo Lula, exceto no

    plano econmico e nas relaes exteriores, no h nada programado. Sem

    projeto global o que se v so mudanas constantes de funo de ministros e

    dos programas para no parecerem de governo anterior. No entanto, surge

    mudana para diretriz padro que visa os grandes centros metropolitanos.

    Exemplo do Ministrio da Educao, que visa acelerar o ciclo educativo, da

    alfabetizao ao profissionalizante, em 3 ou 4 anos. Na rea social o Bolsa

    Famlia, centro das atividades do novo Ministrio do Desenvolvimento Social eCombate Fome. Com essas diretrizes muito provvel a dificuldade de Lula

    encontrar um acessor especial para ele no Palcio do Planalto.

    14/5, ENXUGANDO GELO.

    Lula critica os ministrios na posse do presidente do CONSEA, considerando

    que as faltas s reunies dificultam os andamentos dos programas sociais

    unificados. fato que no ministrio h quem acredita que o BOLSA FAMLIA um programa parte, e quem o considera parte do FOME ZERO. Fora isso,

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    concepes que destacam o pacto federativo em oposio valorizao dos

    Estados, enfatizado na fiscalizao da sociedade civil. Esta defendendo a

    autonomia das prefeituras e contra a regulao por Comits Civis. As disputas

    so amenizadas pelo presidente para evitar conflitos no perodo das eleies.

    Assim surge o Comit Fome Zero com poder de veto e s prefeituras, maior

    importncia nas decises. Isso traz o medo de que polticas emergenciais

    tenham mais valor que as estruturantes, mas Frei Betto diz que confia no taco

    do presidente e que h mais riscos numa poltica de recesso.

    14/9, FOME DE VOTO.

    Nas polticas estruturantes e comits so detectadas mudana de filosofia. As

    estruturantes ficam esquecidas e os comits mudam de nome, servindo de

    base para fortalecimento do PT indo de encontro com polticos tradicionais,

    isso leva os comits a serem combatidos por difusores do pacto federativo.

    As tenses internas aumentam por desentendimentos nas alianas do partido

    com polticos tradicionais, mas na aliana com partidos conservadores e o

    Bolsa Famlia como ponta de lana que o PT pretende ganhar mais fora nos

    municpios mais carentes.

    22/9, A FORA DA IDEIA.

    A idia de combate fome levada por Lula ONU comea a dar frutos. A

    desenvoltura do presidente no cenrio internacional quase o levou ao Prmio

    Nobel da Paz. O brilho foi ofuscado quando o jornalista Ali Kamel mostra nas

    condicionalidades a falha do programa. A ncia pelo maior programa de

    assistncia social do mundo abalou os resultados alcanados, trazendo os

    ndices da fome no Brasil aos de antes do programa. A sustentabilidade para o

    programa deveria vir de Poltica Econmica e Reforma Estruturante prometidadesde o incio do governo.

    21/10, ARMADILHAS DA REALIDADE.

    O governo petista se v em meio s suas prprias armadilhas deixadas ao

    longo dos ltimos 20 anos. Dentre as incoerncias esto a relao

    PT/Ministrio Pblico e PT e a opinio contra o foro privilegiado para

    autoridades de governo, em relao postura de antes e a atual, mas est nocampo social a maior delas. O PT acostumado a apontar a corrupo em

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    governos anteriores tem que encarar a realidade de ver a mesma corrupo

    agora em seu governo. A mesma ONG que o PT usava para apontar a

    corrupo em outros governos, hoje aponta que nada mudou at esse segundo

    ano do governo Lula. H sete anos o Brasil apresenta alto ndice internacional

    de corrupo. Isso pode ser visto no Bolsa Famlia, que alguns dizem ser obra

    de Duda Mendona.

    22/12, FOME POLTICA.

    O Fome Zero uma falcia da oposio. Os nmeros apontados pelo PT e

    apresentados pelo IBGE ao longo dos 20 anos, hoje so questionados. Antes

    do PT no governo o IBGE era inquestionvel, a oposio assumindo o poder

    pe em dvida a credibilidade do Instituto. A Pesquisa de Oramentos

    Familiares (POF) nega que h 53 milhes de famintos no Brasil e 12 milhes

    so gastos na pesquisa s para no prejudicar a imagem do principal projeto

    social do governo. O resultado diz que a populao brasileira no est exposta

    aos riscos de desnutrio. Por ignorncia ou m-f poltica, Lula desacredita o

    IBGE. Ou o presidente fala sem informao ou por ver a verdade ser escondida

    para garantir sucesso internacional. Permanecer no erro torna o Fome Zero um

    slogan poltico, e o Bolsa Famlia sem certo controle em cadastro a ser

    controlado em currais eleitorais.

    23/12, FOME GORDA.

    Frei Betto, ex-acessor especial de Lula, descontente com a burocracia deixa o

    cargo. Afirma que houve mal-entendidos por ambas as partes sobre o nmero

    de famintos no pas e declara que a fome est na falta de alimentao

    equilibrada nutricionalmente, o oposto da falta de comida. O Fome Zero deveria

    ser tambm para educao alimentar. Ele lamenta pelo governo no terconseguido explicar a idia ampla do que a fome no Brasil. O problema est

    na falta de unio de aes entre os vrios Ministrios, na burocracia, no

    excesso de Cmaras e conselhos que travam a mquina burocrtica estatal.

    Unir os ministrios menos burocrtico que resolver as disputas internas sobre

    os rumos dos programas sociais unificados. Saindo, Betto, o Fome Zero passa

    a seguir a linha do ministro Patrus Ananias, a de ser um Slogan e a prioridade

    vem a ser do Bolsa Famlia. Betto diz que antes do discurso de contradioLula/IBGE, o havia informado sobre a amplitude do que a fome e o sentido do

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

    16/31

    Fome Zero, mas Lula s se preocupou com a pesquisa do IBGE. Para Beto s

    deveria existir um nico instituto para as estatsticas oficiais. Diz ainda que na

    estatstica da fome entra a mortalidade infantil e que as escolas devem ensina

    hbitos alimentares incluindo o cultivo de hortas nas escolas, feitas pelas

    crianas lidando com a terra. Numericamente desinflado, socialmente

    ampliado, com acompanhamento educacional e mdio o Fome Zero pode dar

    certo, mas como propaganda serve ao governo?

    2005.11/12, BOLSA DE VOTOS.

    Lula decidido pela reeleio tem no bolsa famlia seu trunfo eleitoral. Marcelo

    Neri, economista chefe do IBGE/FGV a filha afirma que polticas de rendas tm

    efeito em perodo de eleio, mas a experincia de 2002 mostra que no

    refletem nos resultados eleitorais, mas a reduo da pobreza em 2004 dever

    gerar novo ciclo de polticas de rendas, que, com claros objetivos eleitorais

    gera Crculos Polticos de Negcios (CPNs) e Pedro que reduz desemprego

    perto das eleies, assim, influenciando nos resultados da eleio, porm,

    depois das eleies vm altas da inflao, exemplos os no plano cruzado I e II,

    uma poltica oportunista, segundo Neri. Assim tambm o foi em 1989 gerando

    uma queda generalizada da renda no perodo ps-eleitoral. Em 1994, o plano

    real no era eleitoreiro, oportunistas, e apresentou melhor desempenho de

    renda aps eleies. Em 1998 segundo Neri, as crises externas no deram

    oportunidades de gerao de ambiente eleitoral, como resultado a reduo de

    renda teve propores ainda mais superiores que os trs ltimos episdios.

    2006. 28/9, ASSISTENCIALISMO.

    Lula se reelege graas aos programas sociais. Tasso Jereissat (PSDB) chama

    lula de "Coronel do sculo XXI" que d assistencialismo por voto. Os principaisprogramas: bolsa famlia, crdito consignado e agricultura familiar so pura e

    simplesmente assistencialistas. O prprio frei Betto tambm considera isso e

    disse que faz recair rapidamente na misericrdia. Xico Graziano (INCRA) inclui

    o Pronaf nisso, diz que h transformao de emprstimo em esmola. Carlos

    Ganziroli apresenta trabalho que mostra as contradies do Pronaf e afirma

    que esse precisa de reestruturao institucional e operacional. Tambm o

    crdito consignado sofre distores pela fiscalizao pelo uso poltico domecanismo de crdito popular. Emprstimos so oferecidos qualquer

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

    17/31

    maneira, como resultado a inadimplncia aumenta 24,2% em relao ao fim de

    2004. O Roberto Messenberg do Ipea da dimenso do problema em relao

    economia afirmando que a poltica de crescimento atual do governo

    insustentvel e artificial.

    30/9. A BOLSA E A VIDA.

    Jos Marcio Camargo da PUC-RJ, precursor da idia do Bolsa Escola e da

    unificao dos programas originrios do Bolsa Famlia afirma que se a ida

    escola for cobrada o programa no assistencialista, que a soluo buscadas

    para gerao futura, no para a atual. A sada est na melhoria na educao.

    As estatsticas mostram que apenas 64,7% dos alunos inscritos tm

    acompanhamento de matrcula. Outros setores sociais tm acompanhamento

    ainda mais precrio. Jos Marcio afirma ainda que o importante a

    produtividade da crianas quando for adulta.

    19/10, MERCADO ELEITORAL.

    Lula embarca no Bolsa Famlia e declara sua nordestinidade visando sua

    sucesso em 2010, vendo-a como garantida. assegurada pela certeza de ter

    um presidente e um partido que se baseia na regio norte-nordeste do pas.

    Acio neves, governador de Minas pressiona o PSDB a descentralizar as

    decises e Wagner, na Bahia, defende a "Oxigenao" do PT. A viso

    paulistana volta-se para o norte e nordeste. Wagner pode ser o candidato de

    lula em 2010 e enfraquecer Ciro Gomes, restando-lhe romper com lula se

    quiser sair candidato presidncia. As lideranas paulistas ficam afastadas em

    seus escndalos, sempre dominaram PT, agora decaem. lula cresce no

    nordeste e norte justamente onde o maior investimento no bolsa famlia,63%

    dos atendidos esto l. Isso gera crescimento econmico de 15% para onordeste e 20% norte, noutras outras regies de 7% ao ano. Segundo

    especialistas as classes pobres tm o "crescimento chins".

    25/10, O BOLSO E A TICA.

    Mapa da eleio de Cesar Romero Jacob e, PUC-RJ, demonstra que no h

    diviso regional nem guerra entre ricos e pobres, que lula estaria protegendo a

    pobreza das pessoas e das regies. Romero pretende mostrar que os eleitoresde lula no norte e nordeste voltaram pelos benefcios recebidos: Luz para

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

    18/31

    todos, Pronaf, Pro-Uni alm do Bolsa Famlia e que isso d lula o ttulo de "Pai

    dos pobres". Mas chama a ateno para o fato inverso da regio sul e Centro-

    Oeste, que mesmo votando pelo bolso deu ganho Alckmin. Afirma, enfim, que

    qualquer regio do pas, se no fosse pelo bolso no votaria em lula e com

    tantas denncias contra o governo lula j teria queda no percentual de votos.

    Mesmo conserta queda, Alckmin tem votos consolidados, mas sua tica lula

    responde contestando as privatizaes, o que mexe com a classe mdia ao

    lembrar os aumentos nas taxas de telefonia poca FHC das privatizaes. O

    debate tico leva consideraes de melhoria de servio pblico, mas ficam

    mais caros com as privatizaes. Outro que "tica muito flexvel no pas",

    segundo Romero, o caixa dois generalizado ao apontar os profissionais

    liberais com seus preos diferenciados, com ou sem recibo e a pirataria.

    Portanto, a eleio pode ser decidida a, no debate entre a tica e o bolso.

    2007,5/1/, ONDE FICA A SADA?

    Passou a ficar claro que o Bolsa Famlia precisa se reestruturar. A soluo para

    os novos rumos devem vir do diagnstico universal, trazendo melhorias na

    educao, sade e acesso ao mercado de trabalho. Para Ricardo Paes e

    Barros, economista, melhor que aumentar o valor do benefcio social ampliar

    o nmero de beneficiados, um pouco para cada um a melhor que muito para

    poucos tambm afirma que devido amplitude do programa normal os

    cadastros serem beneficirios no merecedores, difcil controlar, o importante

    que 70% dos pobres so atendidos, que o programa melhor que o do

    Mxico e prximo ao do Chile em qualidade. Entre gastar mais com educao

    ou com o bolsa, e de Paes e Barros cauteloso. Afirma que tm reas de

    escolas precrias onde melhor investir nela, em outras regies vai ser melhor

    ajudar as famlias. A "Mquina de fazer votos", frei Betto ao Corriere DellaSera, ser o Bolsa Famlia e se acompanhadas as condicionalidades ligadas

    educao e sade, especialmente.

    4/2, BOLSA ELEITOREIRA.

    Altos estudos confirmam pela primeira vez que a votao de lula em 2006 foi

    claramente influenciada pelo Bolsa Famlia, direcionados para os municpios

    com menor votao para ele em 2002. Por fim, os estudos comprovam quequanto mais recursos per capta uma regio recebe do Bolsa Famlia mais votos

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

    19/31

    lula recebeu.

    25/5, "O MEDO VENCEU".

    Depois dos acontecimentos marcantes do primeiro mandato de lula, frei Betto,

    ex-assessor e amigo de lula exps as crticas ao governo em seu recente livro,

    Calendrio do poder. Nele, Betto expe sua decepo com a falta de tica do

    partido. Segundo ele, mesmo que todos os objetivos do progresso material

    pretendidos pelo governo fossem alcanados no seria suficiente para sua

    satisfao utpica de socialismo, que deveria vir de uma democracia

    participativa. O governo agiu diferente do que ele esperava, mas v avanos na

    poltica externa com orgulho, as crticas vo contra as alianas do PT com

    partidos corruptos. O livro relata os desacertos do governo, as intrigas e

    disputas de poder, com destaque para o Fome Zero engolido no bolsa famlia,

    que ao unificarem-se os programas sociais teve fins polticos.

    27/5, ASSISTENCIALISMO.

    Novamente Betto, em seu livro relata sua frustrao pelos rumos do Fome

    Zero. Na sua carta lula em setembro de 2003 com seu pedido formal de

    demisso, Betto questiona lula sobre como ser assegurada a insero social

    quando terminar a transferncia de renda, tendo em vista que a unificao dos

    programas sociais possui duas concepes: a da mera transferncia de renda,

    s assistencialista, e a que vise a incluso social. Noutra carta, em abril, Betto

    j alertava para o desastre que ser no dia que os benefcios foram cortados,

    as pessoas ficaro revoltadas. Mostra a necessidade da complementao com

    reformas estruturantes, assim, promover a "Revoluo pacfica no pas". O livro

    tambm relata a postura questionvel do partido da esquerda no poder agora e

    antes, e a semelhana com a direita quando esta estava no comando. Contade passagens como a influncia que Betto teve na nomeao de um negro

    para o Supremo, solicitada por lula.

    18/8, VOTOS X BENEFCIOS.

    O aumento na frequncia das escolas ponto de destaque em pesquisa sobre

    o bolsa famlia. Os estudos de Soares, Barros e Neri baseados no Pnad/2004

    demonstram que alunos beneficirios tm mais frequncia e menor ndice deabandono dos estudos que outros alunos que no recebem o benefcio. Mas as

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

    20/31

    concluses so limitadas pelo precrio acompanhamento das

    condicionalidades do programa, apenas 41,8% das famlias beneficirias so

    acompanhadas. A cada perodo pretende-se ampliar e melhorar o

    acompanhamento, assim, 63% em 2006, 66% em 2007 pretendendo atingir

    68,9%. Em pesquisa de 2005 a desnutrio caiu 17,9% em 1996 para 6,6% no

    seminrio. O Bolsa diminui o risco em 30%. Mesmo com as mudanas no

    acompanhamento da frequncia escolar, que evita ao mximo a excluso de

    uma famlia, o programa ainda assistencialista.

    19/9, AO E PERCEPO.

    Pesquisa divulgada pelo jornal O Estado de So Paulo irrita os Tucanos ao

    demonstrar que o eleitorado est convicto que a estabilidade econmica

    mrito do governo lula, as outras so o Bolsa Famlia e a ajuda aos pobres. A

    pesquisa ruim para o PSDB por mostrar sua incapacidade de convencer o

    eleitor de suas realizaes nos anos FHC, por outro lado, mostra a habilidade

    de o PT de assumir como suas as realizaes de outros, ainda, demonstra

    eleitores manipulveis e sem senso crtico. Mas a percepo no to absurda

    como parece, a estabilidade econmica patrimnio brasileiro, bom foi que o

    governo lula percebeu esse valor antes e desmentiu o que pregou

    anteriormente, que gerou temor no mercado financeiro, descontrolando a

    inflao em 2002. Nesse mesmo ano Jos Serra procurou se afastar de FHC,

    Srgio do predominante clima de mudanas no eleitorado, para garantir

    "Continuidade sem continusmo" e sucesso nas eleies. poca a rede de

    proteo social (programas sociais de FHC- Vale-gs e outros) poderia garantir

    votos. Dessa forma Serra venceu em Alagoas, onde houve maior concentrao

    dos programas sociais, sendo pior no Rio onde Garotinho impediu a atuao do

    governo federal. Serra no se valeu dos programas para garantir votos, masdemonstrou dificuldade comunicativa com os eleitores. Tambm foi assim com

    Alckmin em 2006 quando lula no perdeu oportunidade. Lula, ao unificar os

    programas sociais deu valor agregado ao social do seu governo. A

    competncia do PT em assimilar iniciativas dos outros criou sua viso do

    mensalo, um super caixa dois para garantir o projeto de poder do PT,

    segundo denncia aceita pelo STF. Embora pesquisa mostre que alunos com

    Bolsa Famlia frequentam mais e abandonam menos a escola, no significabons resultados no aproveitamento escolar, em outras pesquisas do Ministrio

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

    21/31

    do Desenvolvimento Social, preferencial mensalmente, esses alunos tm pior

    rendimento que os no inclusos no programa, mas as concluses so

    limitadas, pois, s 42% tm frequncia acompanhada.

    29/9, EMANCIPAO.

    O Pnad mostra que a melhora de renda dos 10% mais pobres devido aos

    programas como Bolsa Famlia e no ao trabalho. Isso demonstra a

    necessidade do surgimento de polticas estruturantes para garantir o que falta

    consolidao da poltica social brasileira. Para Neri os 11,1 milhes de famlias

    atendidas pelo Bolsa Famlia o ideal, agora preciso dar sada: emancipao

    da pobreza, melhorando o cadastro ou trocando beneficirios do programa por

    outros mais pobres e excludos do programa. A idia apoiada por Fbio

    Giambiagi do IPEA. Para ele deve haver opes para o beneficirio independer

    da chancela do Estado e semanticamente a troca da expresso

    "Emancipao". Preocupado com a democracia, proponha a busca de

    estabelecimento de regras independentes s editadas pelo governo para evitar

    o uso eleitoreiro dos programas sociais.

    30/9, BOLSA 2.0.

    Para Marcelo Neri (FGV), polticas sociais em longo prazo so para permitiraos indivduos que "realizarem seu potencial produtivo". Nessa lgica, o Bolsa

    Famlia "Plataforma de acesso aos pobres que o Brasil nunca teve", s uma

    plataforma sem pista de decolagem. Fala principalmente de uma Bolsa Famlia

    2.0, com o incentivo acumulao de capital humano, polticas estruturais com

    destaque para a sade e educao, exemplo no PAC de educao. A

    prioridade, segundo ele, a focalizao eficaz e combate s menos eficazes

    como "Reajuste de salrio mnimo e universalizao incondicional da rendamnima". Em segundo lugar, as condicionalidades a melhorar, o importante no

    a frequncia nem matrcula escolar, mas sim a qualidade da educao.

    Tambm aposta na necessidade de fornecimento e de crdito aos pobres,

    potencializando as garantias.

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    RESUMO III

    2002, 1/12, TOCANDO O VIOLINO.

    Pega-se o violino com a esquerda, mas tocado com a direita. Pode-se ver no

    Brasil uma troca de papis onde o governo eleito se mostra ansioso pela hora

    de assumir o poder, mas cuidadoso. O que se v nesse dias ser muita

    contradio, a fama de liberais de uns e de radicais de outros. O governo Lula

    dar certo se resistir s reivindicaes, solicitando realismo.

    2003, 16/7, DOIS PLANOS.

    Palocci se mostra muito mais resistente do no inicio, dando a nuana

    economia, no se deixa ameaar pelas corporaes no tocante s finanas

    estatais.

    Devera haver organizao mnima do governo ao redor de um projeto

    econmico de coerncia, o casual fracasso ser do modelo, ao tempo que foi

    provocado pelas interferncias polticas. Devido poltica econmica no correto

    caminho, a imagem de Lula alta e intocvel, com algo em torno de 77% de

    aprovao.

    Socilogos como Anthony Giddens, sero levados no plano internacional, s

    lagrimas, contudo, governo brasileiro tem propostas oficiais relegadas ao plano

    utpicos sem seriedade.

    Como Lula sabe que no se desgasta a famosa vontade poltica para remover

    monanhas, precisa compreender que no o bastante ter idia generosa para

    mudar relaes internacionais.

    5/8, RISCO PALOCCI.

    No h indcios da sada do ministro Palocci do Ministrio da Fazenda, comotemia o mercado financeiro. Aparentemente os boatos tinham inteno

    especulativa financeira apenas, para disparar o dlar e o risco-brasil subir mais

    de 9% no dia, ultrapassando os 900 pontos, inditos desde meados de abril.

    um fato que no mudar com discursos abrasados contra o mercado

    financeiro ou as injustias da vida. Requer definio de um modelo de atuao

    do governo emoldurar todo o seu conjunto nessa expectativa para alcanar os

    objetivos.

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    O eleitorado quer reformas, inclusive previdenciria, e est convencido da

    proposta original do governo seriam para por fim a certos privilgios.

    16/10, A LONGO PRAZO.

    Com a firmeza que se refere poltica econmica, realmente ser de longo

    prazo. O pas permanecendo nesse rumo at futuros dez anos, provocar

    reduo e vulnerabilidade at nos saldos da balana comercial e cortando com

    segurana os juros visando possibilitar crescimento sustentado e reduo da

    divida publica, o Brasil avanar nesse momento.

    12/12, AS DORES DO CRESCIMENTO.

    Procura-se sada para o empecilho crescimento/inflao ou equilbrio

    fiscal/estagnao. O governo se convence da falta de caminho, assim, no v

    perigo de voltar atrs no assunto. Discute-se, ento, como fazer poltica

    industrial estimulante do desenvolvimento sem que o estado definisse o papel

    de cada setor na economia nacional.

    2004, 5/2, QUEM DEFINE.

    Sem querer, mas lula enfrentou os radicais pra realizar um programa sem

    ruptura.

    J, Antonio Palocci, obrigado vir a publico, defender seus auxiliares diretos, e

    vira avalista da poltica econmica do governo. Acalma os mercados e no

    perde a tranqilidade nem em momentos de tremor.

    Dentro do governo lula h vrios governos, a ele cabe dimensionar cada um.

    Ou define claramente ou viveremos permanentemente sem saber o que ser a

    manha da poltica econmica.

    5/5, GESTO REVELADOR.

    O gesto de petistas publicado no O globo (5/2000), em crtica ao baixo valor

    do salrio mnimo dado pelo governo FHC, serve-lhe e tambm ao ministro

    Berzoini, entre os total irresponsveis, definio de Lula, que lutaram por maior

    aumento do mnimo.

    Serve para mostrar aos petistas, guiados por faro poltico, mesmo sabendo da

    necessidade dessa e de outras reforma.

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    O lado bom que o PT passar a fazer poltica mais responsvel at estando

    na oposio, e o eleitorado j estar atento.

    28/8, SONHOS PETISTAS.

    Antonio Palocci virou sonho de consumo da campanha petista. Os nmeros da

    economia j devem estar se refletindo, no eleitor, pois cresceram nos ltimos

    dias pedidos e as presses para que Palocci grave depoimentos ou participe

    de campanhas nos estados. Ele est participando apenas da de Ribeiro Preto

    e da de Goinia, onde tem um irmo secretario municipal.

    Uma eventual candidatura sua presidncia provvel em caso de

    permanncia de sucesso da poltica econmica, como ocorreu com FHC. Por

    isso, os passos tm que ser medidos com cuidado, para que, ajudando os

    candidatos do seu partido, para que Palocci no perca o apoio da sociedade,

    tem que continuar a poltica econmica.

    18/9, APERTANDO O CINTO.

    Desenrola-se nos bastidores do gorveno um a nova queda de brao entre

    Antonio Palocci e Jos Dirceu, da qual a rescente declarao contra o aumento

    da taxa de juros ppor parte de Dirceu foi apenas a faceta mais evidente.

    Quando o ministro Jos Dirceu se declarou publicamente contra o aumento da

    taxa de juros neste momento, ele estava assumindo a defesa dos interesses

    polticos do pt, que esta em capanha eleitoral e certamente sofrera criticas com

    a deciso do Copom. Mas Dirceu estava tambm querendo se colocar ao lado

    da sociedade,que reage mal a aumentos na taxa de juros.

    2005, 26/8, SUPERANDO OS MESTRES.

    Advogado, Rogrio Buratti, depe no MP/SP e o mercado financeiro quaseentra em colapso na semana passada. Disse ele que Palocci recebeu o

    mensalo de R$ 50 mil por contrato de lixos da empresa Leo & Leo, que, por

    meio de Delbio Soares, repassava ao diretrio nacional do PT.

    O Mercado ontem fechou tranqilo, mas com afirmao das denuncias CPI

    dos bingos, a situao deve ser de intranqilidade, aparentemente isso levar

    ao completo esclarecimento do esquema de corrupo envolvendo as

    prefeituras do interior paulista, e as do PT, nos servios do lixo ou dostransportes coletivos, que seja.

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    Se o PT est certo na acusao a outros partidos pela mesma prtica, s

    mostrar que eles superaram os mestres, aperfeioando os esquemas de

    corrupes no pais.

    2/9, REAO TICA.

    O chefe de gabinete de Palocci pede pra sair e atendido, fica a marca das

    contradies das aes politicamente desastrosas desse governo. No

    importam as razes de Jucelino Dourado, e sim a descortesia da situao. Sair

    da Fazenda aps depor na CPI, aps defender as aes do seu chefe e negar

    as acusaes contra ele, tira o crdito das afirmaes e o foco volta para

    Palocci.

    16/11, TUDO PODE ACONTECER.

    Haver hoje sabatina para o ministro no Senado e se ele pedir sua sada do

    ministrio no ser surpresa. Mas, ser para defender a poltica econmica

    contra os ataques de setores do governo, no pelas acusaes pelas quais

    est respondendo.

    Ao antecipar sua ida ao Senado, Palocci tambm pretendeu antecipar o fim das

    especulaes que, poderia causar-lhe desgaste para o depoimento na

    Comisso de Assuntos Econmicos, previsto para dia 22, que, seria menos

    significante que o de selar o fim de seu perodo frente da economia do pas.

    Palocci foi atropelado por Dilma Rousseff, ataca o projeto da equipe econmica

    de equilbrio fiscal em dez anos, com supervit primrio estabelecido

    antecipadamente e corte na maquina estatal. Para Palocci pior foi a certeza de

    que o ataque foi premeditado, justo quando ele estava enfraquecido

    politicamente. Ele ainda no percebeu que Lula fez de tudo para deix-lo no

    cargo depois do questionamento da ministra Dilma rousseff. No haversurpresa nem se ele rebater hoje as idias econmicas de Dilma ou como ela

    as exps.

    2006, 17/3, COMPARAES PERIGOSAS.

    O PT de 1992 tambm foi o culpado por levar CPI o depoimento do

    motorista Eriberto Frana, atravs do senador Eduardo Suplicy, ontem tentou

    impedir, atravs de um mandado de segurana do senador Tio Viana, que ocaseiro Francenildo dos Santos Costa depusesse na CPI dos bingos. O

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    depoimento de ontem no oferecia, em princpio, nenhum perigo direto de

    impeachment do presidente lula, mas certamente criaria embaraos imediatos

    para o ministro Antonio Palocci, a quem o caseiro desmentiria em entrevista a

    O Estado de So Paulo.

    O senador Tio Viana queria que a CPI fosse proibida de investigar at mesmo

    o uso de caixa dois das campanhas eleitorais do PT, que j est sobejamente

    apurado e comprovado no apenas na CPI dos bingos, mas tambm na dos

    correios.

    O apoio da oposio governabilidade j passado, e ontem ela pediu a

    demisso de Palocci da fazenda. As comparaes da situao atual com o

    caso de Collor mostram que a campanha eleitoral ser sangrenta como se

    esperava.

    24/3, ESTAMOS NO BRASIL.

    E porque estamos no Brasil, a Caixa Econmica Federal pediu nada menos

    que 15 dias de prazo para identificar quem entrou na conta do caseiro para

    pegar um extrato de sua poupana, um procedimento eu os entendidos

    garantem no durar nem 15 minutos.

    O Conselho de Controle de Atividades Financeiras desconfia que os depsitos

    na conta do caseiro Francenildo so atpicos, enquanto o lobista Marcos

    Valrio distribuiu pelo menos 55 milhes de reais entre polticos e autoridades

    diversas, que sacaram milhares de reais na boca do caixa dos bancos Rural e

    BMG, o Coaf nunca desconfiou de nada, sem falar dos 10 milhes que o Duda

    Mendona recebeu de parasos fiscais.

    2009, 28/8, REVERSO DE EXPECTATIVA.

    Vitria inesperada de 5 a 4 no STF libera Palocci da acusao de ter quebradoo sigilo bancrio do caseiro Francenildo Costa. O deputado poltica como

    menos credibilidade, mas ter que recuperar a imagem. Com diplomacia,

    Palocci continua exercendo suas funes parlamentares, reafirmando ao

    palestrar em eventos, a crena de da necessidade de se fazer um plano de

    reduo do gasto publico.

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    2003, 5/1, OUSADIAS PARA AMERICANO VER.

    Lula sinaliza que a Venezuela ter mais ateno do Brasil, mudanas estariam

    em curso. Se para entender esse governo, mudana a chave, ela j est bem

    explicitada. A ltima vez que se usou poltica externa independente dos EUA foi

    com o embaixador Azeredo da Silva, no governo Geisel.

    O discurso de Lula tem marco claro de uma nova etapa para a poltica externa.

    J se podem ver essas mudanas nas novas medidas governamentais,

    suspenso de licitao da FAB sobre compra de avies, em possibilidades

    novas de atuao brasileira. Essa postura de Lula visa uma cadeira no

    conselho da ONU.

    2004, 26/5, TOMA L, D C.

    Exigir coerncia de Lula diante da contraditria China pedir muito. Lula

    inaugura a poltica externa a cada viagem a um pas como se fosse o primeiro

    presidente brasileiro a ir l, mas se mostra hipcrita com Taiwan onde tem

    escritrio comercial e reconhecemos uma s China. Isso histrico. Mesmo

    louvvel a poltica de negcios que Lula vem conduzindo, mas as contradies

    do passado petistas sempre falam mais alto.

    2005, 23/4, TERRA EM TRANSE.

    No se imaginaria o permanente transe da terra como no governo Lula, capaz

    de mudar a prpria geografia econmica do mundo, dos EUA, por uma

    chamada Comunidade Sul-Americana de Naes para fortalecer o

    enfraquecido Mercosul. Isso se resume em muita conversa e pouco negcio.

    2006, 13/12, POPULISMO.

    O salrio mnimo que ficou em R$375, marca derrota do governo e serve depretexto para discutir linhas ideolgicas que regem esse governo. Discutir entre

    direita e esquerda s confundiu as coisas. Lula chega a afirmar que quem

    tem cabelo branco e esquerdista ta com problema. As atitudes eleitoreiras de

    Lula em perodo de eleio se trazem elementos do populismo latino-

    americano com o norte-americano.

  • 8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO

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    2007, 30/1, VITRIA POLTICA.

    A retomada das negociaes da Rodada de Doha, PARIS, para o Brasil uma

    vitria poltica importante. Foi inspirador e lideral informalmente o G-20.

    Discutiu-se a possibilidade de ampliao do G-20 e os meios para resoluo

    das questes do crescimento econmico, gerao de emprego e renda para

    um mundo melhor.

    O G-20 hoje d nfase negociao agrcola na OMC, mas a maioria dos

    participantes acredita que o G-7 e G-8 j esgotaram sua capacidade de ao e

    o lado hoje mais terico e menos prtico.

    Por fim, o chanceler Celso Amorim afirma que o Brasil no quer a burocracia

    tome de conta do G-20, mas muitos debatem mostram essa tendncia.

    2010, 16/6, CAUSA PERDIDA.

    A posio do Brasil contra as sanes impostas ao Ir, demonstrada na

    votao no Conselho de Segurana da ONU, isola a participao brasileira

    tanto no rgo quanto no mundo ocidental. negada essa poltica externa

    pautada no patriotismo sem reais razes. Lula exps o Brasil

    desnecessariamente contra os Estados Unidos para ficar do lado de ditadores,

    os piores. O Brasil no necessita sair do bloco ocidental, muito menos para

    defender causa malfica humanidade.

    CONCLUSO

    O Lulismo no poder uma obra extensa que traz os fatos marcantes do

    governo de um homem, de base familiar simples e humilde, mas que ascendeu

    ao cargo de presidente da repblica graas dinmica da sociedade e s

    sucessivas investidas partidrias. E nesse, se mostrou como um grandegovernante, seja pelas suas aes, carisma ou habilidade de lidar com a

    opinio pblica. Acompanhando os fatos apresentados no livro possvel

    concluir sobre algumas caractersticas relevantes desse governo que veio a se

    expressar com LULISMO. Segue portanto, a concluso.

    O carisma de lula.

    Lula provoca certa adorao por parte da populao, chegando a comparaescom o populismo de Vargas, mas longe do que foi Jetlio, Lula apenas fez

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    poltica de transferncia de renda oriunda dos impostos. Isso deu uma

    qualidade mais efmera ao governo Lula do que foi o populismo de Vargas.

    Lula pode at ter recebido o status de mito, mas no fez grandes mudanas

    estruturais no pas.

    De fato Lula um governante com enorme poder carismtico, mas isso, e sua

    poltica autoritria criaram um governo que afronta e se perde na tica de suas

    aes. Aes essas que se mostraram contraditrias se comparadas s que se

    pregavam no perodo quando em busca do governo, no passado poltico do

    Partido dos Trabalhadores. Pior que, Lula nem se incomoda com isso, chega a

    atacar partidos adversrios perigosamente, defende aliados com o nome sujo

    nas CPIs e isso no um comportamento nada democrtico.

    Comparando um estadista com um populista, a diferena est que o estadista

    pensa nas prximas geraes, e o populista nas prximas eleies. Para

    Merval, Lula de segundo tipo, mesmo aparentando um estadista ele acaba

    sendo um presidente populista.

    Bolsa famlia.

    No captulo sobre o programa social, carro chefe do governo Lula, o autor

    mostra como o Bolsa Famlia comea como Fome Zero e termina como

    programa social eleitoreiro, de importncia imensa para o governo, o que no

    constava na idia inicial do Fome Zero, qual achava Frei Betto, um dos

    idealizadores, seria o momento socialista do governo Lula. Esperava Betto, que

    o Bolsa fosse concedido a grupos de cidados nos municpios, e que os

    polticos e prefeitos no se metessem. Quando o governo descobre que o

    programa era uma rica fonte de votos, Patros Ananias organiza o Bolsa Famliacom os prefeitos, que passaram a organizar os cadastros e a distribuio,

    transformando o programa num instrumento poltico eleitoral fenomenal, sem,

    no entanto, mudar a estrutura social do pas.

    O Bolsa Famlia foi, portanto, um dos responsvel pela ascenso do Lulismo,

    outro fator foi a poltica de aumento do salrio mnimo. Mas Lula no foi o

    responsvel pela idia original, segundo o autor, no fez nada de original, sdeu nova rouparem s polticas de governos anteriores, especialmente a de

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    FHC. A unificao dos programas foi apenas uma mudana na distribuio de

    renda, no uma reforma.

    Lula tentou fazer a reforma da presidncia no incio do governo, seguindo as

    tendncias, e as fez muito bem, mas ficou s no papel. Como percebeu que,

    para seus prprios interesses, era mais fcil mexer com polticas de

    distribuio de renda, deixou de lado as polticas estruturantes. Mas para

    mudar realmente o pas, essas reformas precisam ser feitas. Essas mudanas

    de rumos dos programas sociais foram motivo de decepo para Frei Betto,

    que chegou a sair do cargo e ser um crtico contra essa poltica de Lula.

    O aparelhamento do estado.

    Um dos pontos iniciais da polmica sobre o aparelhamento do estado quando

    se descobre que para uma festa em Braslia, realizada pelo PT, o Banco do

    Brasil havia comprado todos os ingressos. Houve a denncia e Jos Genuno,

    presidente do PT, negou, disse que no, que o PT era republicano. Assim, foi

    se descobrindo que a relao do governo com o partido, e aliados, permitia que

    a elite sindicalista dominasse a mquina do Estado.

    As tentativas de controle dos meios de comunicao.

    Percebe-se desde o incio do governo uma temerosa idia de controle social

    dos meios de comunicao. Vrias propostas foram apresentadas como: a

    tentativa de aprovar a o Conselho Nacional de Jornalismo e o controle de

    produo do meio cultural, que foram sendo derrotadas, mas voltavam com

    outras leis. De certo que, o Brasil precisa tomar cuidado, pois, como exemplo

    se tem os Estados Unidos, que dominam o mundo atravs da cultura.

    Por fim, possvel entender as pretenses da obra, que pode ter sido recebida

    como contrria ou oposicionista politicamente ao governo Lula, mas que se

    mostra neutra, pois, apresenta os fatos conforme foram acontecendo sob o

    olhar atento do hbil jornalista que Merval Pereira, e se as crticas soam

    negativamente ou tendenciosas por que se transpareceram as atitudes reais

    de um presidente autoritrio e ao mesmo tempo querido, e por trs desse, todo

    um jogo poltico de interesses e de corrupo, mostrando em contradies quea esperana to depositada pelos brasileiros na tica do PT se foi.

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    H de se considerar que a honestidade do presidente inabalvel, mas o

    mesmo no se pode dizer de seu partido, foi-se ento a ltima esperana de se

    encontrar num partido poltico a pureza das aes.

    Quando o PT abandonou uma de suas bandeiras, a socialista, para chegar ao

    governo, no se esperava que sua ltima bandeira, tudo que lhe restava, a

    bandeira da tica, fosse manchada e jogada no lixo por causa dos escndalos.

    O balano desses oito anos do governo de Lula, mostra que realmente foi de

    desenvolvimento e mais progresso, louvando-se as aes de Lula, mesmo

    sendo continuao de governos anteriores renrroupada para dar cara de

    original, mas as manchas que deixou no poderiam ser desconsideradas. Foi

    isso que a obra de Merval fez, apresentou as irregularidades j denunciadas e

    esclarecer os feitos ponderando os pormenores e explicitando as reais

    intenes nem sempre notadas pelo cidado brasileiro.