O Livro da B

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9 788543 301228

ISBN 978-85-433-0122-8

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Adaptação: Ricardo Shoji

Nancy Rue

O LIVRO DA BELEZA

Traduzido por SUSANA KLASSEN

Como ser linda por fora e por dentro

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Sumário

1 Linda de viver 6

2 Minhas madeixas maravilhosas 24

3 Beleza à flor da pele 36

4 Não meta os pés pelas mãos 48

5 Questões peludas 62

6 Faça a sua moda 68

7 Cuide bem de seu santuário! 80

8 E se eu tiver de conviver com...? 88

9 Arrase, garota! 98

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Linda de viver

O SENHOR é o nosso Pai. Nós somos o barro, e o Senhor é o oleiro que faz os vasos. Todos nós somos feitos pelas suas mãos.

ISAÍAS 64.8

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Linda de viver

Vamos deixar uma coisa bem clara desde o começo: toda menina tem uma beleza exclusiva e especial.

Eu sei que sua mãe já lhe disse: “Eu acho você linda, filha”. Também sei que a opinião de sua mãe não faz muita diferença quando alguém chama você de “Mostruário de espi-nhas” na escola, ou quando todo mundo diz que sua irmã é uma beldade e depois passa a mão em sua cabeça e fala: “Mas você também é bonitinha”.

A verdade é que Deus não faz nada meia-boca. Ele criou cada uma de nós exatamente do jeito que ele pretendia. Tudo o que Deus criou, desde as amoras até os rinocerontes, é bom demais. Isso inclui você! E você é linda de viver!

Pode ser que você esteja pensando: Tá legal, mas, se toda garota é linda, por que nem todo mundo enxerga sua beleza?

Porque (essa é a parte chata!) as pessoas não são iguais a Deus. Em algum ponto ao longo do caminho, depois daquele lance com Adão e Eva, alguém decidiu que só há um tipo de beleza feminina para cada época. No momento, o padrão de beleza exige que você tenha 1,80 metro de altura, pese uns 45 quilos e tenha lábios do tamanho do sofá da sala.

Então, como convencer “todo mundo” de que você é deslumbrante, apesar de Deus ter lhe dado a forma de um hidrante, ou lábios finos como um risco de lápis, ou curvas que nenhuma garota de 10 anos tem?

Tentar convencer os outros de sua beleza é bobagem. Você só precisa convencer a si mesma. E é sobre isso que vamos conversar neste livro. Quando você chegar ao final, quero que seja capaz de ver seu reflexo numa vitrine e dizer: “Olha lá! Sou eu. Que linda!”.

Aqui vai uma dica para começar. De agora até o fim da leitura do livro, procure seguir esta regra: Nada de criticar sua aparência.

Ou seja, nada de ficar se lamentando pelas espinhas que apareceram em sua testa. Nada de dizer que está parecendo

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uma baleia. Nada de querer que seu cabelo fosse mais enca-racolado (ou suas orelhas fossem menores, ou seus dentes fossem mais alinhados). Faça de conta que você é uma de suas amigas. Você prefere comer jiló a magoar uma amiga, não é? Portanto, trate a si mesma com carinho, como faz com suas amigas, e não fique se criticando!

Essa é uma regra superdifícil de seguir. Para ajudá-la, vamos falar sobre algumas coisas que a impedem de ver quanto você é linda.

PRIMEIRO INIMIGO DA BELEZA: O QUE A MÍDIA DEFINE

Um dos motivos pelos quais as pessoas imaginam que exista apenas um tipo de beleza é o fato de verem somente um padrão na televisão, nas revistas, nos filmes e na internet. Até mesmo as bonecas Barbie parecem gritar: “Você precisa ser igual a mim!”. Mas não é verdade.

As MENINAZ querem saber

; Lily: Aquelas garotas na capa de revistas para adolescentes têm uma pele perfeita. Como conseguem?Não conseguem! Ninguém tem a pele perfeita. Todo mundo tem uma espinha, uma sarda ou uma cicatriz de quando caiu da bicicleta. As fotos das revistas são retocadas com programas de computador que apagam as “imperfei-ções” (por que não chamar logo de espinha?), deixam os cílios mais longos e alteram até mesmo a forma do rosto.

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Se você visse uma dessas modelos em pessoa, notaria que ela também tem espinhas, marcas de nascença e pequenas cicatrizes. É verdade.

; Anna: Se eu usar os xampus e cremes faciais que vejo nos anúncios, vou conseguir um visual parecido com o das modelos?Provavelmente não. Para começar, as modelos não são você. Além disso, pense comigo: Se uma empresa quer vender um produto para deixar seu cabelo mais encorpado e brilhante, será que não vai escolher uma modelo que já tenha cabelo encorpado e brilhante? Além disso, se seu cabelo é fino, não dá para fazer muita coisa para mudá-lo. Mas quem disse que é preciso ter cabelo encorpado para ser bonita?

; Reni: Eu sou a garota mais minúscula da classe. Por que Deus faz meninas baixinhas se as garotas altas é que são consideradas bonitas?Na verdade, o conceito de beleza muda com o tempo. No final do século 16 e começo do século 17, as mulheres rechonchudas, de pele rosada e cheias de dobrinhas, eram consideradas lindas, pois naquela época alimentar-se bastante era sinal de riqueza. Na década de 1950, a moda nos filmes e nos outdoors era ter muitas curvas. Conforme os padrões de hoje, Marilyn Monroe seria considerada gorducha, mas nos anos 1950 os homens babavam quando viam mulheres cheinhas. Na década de 1960, quando os Beatles disseram no rádio que preferiam garotas pequenas e delicadas, todo mundo queria ser “tamanho P”.

Ou seja, uma mulher considerada bonita há quarenta, cinquenta ou quatrocentos anos hoje não é mais? Faz sen-tido uma coisa dessa? De jeito nenhum. O que faz sentido é o seguinte: toda mulher tem sua própria beleza, seja ela rechonchuda e rosada, cheia de curvas, pequena e delicada, ou alta e magra, sem falar em todas as outras formas e tama-nhos intermediários.

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SEGUNDO INIMIGO DA BELEZA: O JOGO DA COMPARAÇÃO

Não adianta negar. Todo mundo se compara com outros, pelo menos de vez em quando.

“Eu ainda não tenho seios. Quer dizer que não sou tão desenvolvida quanto a Carla, mas pelo menos não preciso usar um aparelho ortodôntico ridículo como o da Raquel, o que significa que não tô tão mal assim.”

Parece um hábito inocente. Afinal, na maioria das vezes essas comparações acontecem apenas dentro de sua mente, até você chegar à conclusão de que é superior a alguém e sentir-se melhor, certo? Hum... Vamos ver o que Deus diz sobre isso.

E Deus com isso?

Houve um tempo em que era moda algumas turmas usarem pulseiras e camisetas com a pergunta: “O que Jesus faria?”. Dava até pra comprar roupa íntima com essas palavras! A moda passou, mas a pergunta ainda é válida: O que Jesus faria diante da tentação de se comparar com outros? Será que ele diria: “Puxa vida, eu não sou musculoso como Pedro, o que significa que eu devo ser um fracote. Em contrapartida, o Pedro sem-pre faz perguntas bobas. Sou bem mais inteligente que ele. E ser inteligente é mais importante que ser forte, não é, Pai?”.

Claro que Jesus não diria uma coisa dessa, pois era perfeito. Nós jamais seremos perfeitas, mas podemos tentar ser mais pare-cidas com ele. E, se é absurdo Jesus fazer comparações, também é bobeira entrarmos nesse jogo. O Pai — isto é, Deus — com certeza não nos compara com outros. Dá para imaginar Deus dizendo: “Eu mandei bem quando criei a pele da Karen. Pena que não acertei com a Emily. Ela não saiu tão bonitinha...”. Ah, tá!

Deus não nos compara com outros. Jesus também não. O mundo em que vivemos faz comparações. Mas, afinal de contas, a quem devemos seguir?

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Jesus deixou claro que devemos amar o próximo como a nós

mesmas (dê uma espiada em Marcos 12.31). Portanto, nada de

criticar os outros e nada de criticar a si mesma. Ponto final.

√ FAÇA O TESTE

Para cada declaração abaixo, há quatro finais possíveis. Circule

o número correspondente ao final que tem mais a ver com

você. Seja honesta. Não vale escolher a resposta que você

acha “correta”. (Desse jeito, é difícil aprender alguma coisa!)

A. Quanto à estatura do pessoal em minha classe:4 Sei dizer de cara exatamente quantas pessoas são

mais altas e quantas são mais baixas que eu.

3 Preciso pensar um pouco para responder quem é

mais alto e quem é mais baixo que eu.

2 Não saberia responder nem que me pagassem.

1 Não ligo a mínima.

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