o lamefiano - inicial — ufrgs · metalurgia - daniel antonio kapper fabricio, Ângela de moura...
TRANSCRIPT
O Lamefiano Informativo periódico do Laboratório de Metalurgia Física Agosto de 2012 – Ano 1 – Nº3
Cu
rtas O website do engenheiro George Vander Voort, especialista em metalografia,
análise de falhas e metalurgia física, contém um bom acervo sobre esses assuntos.
Altamente recomendado para quem atua na área da metalurgia e materiais. São
diversos artigos, pôsteres e apresentações contendo informações para quem
quiser se aprofundar na área.
Link: www.georgevandervoort.com
Notícia enviada por: Pedro Henrique Cunha (GAF)
Carreira: Os colegas Letícia Leal, Juliana
Steinbach e André Stefenon são os
lamefianos que estão iniciando o
estágio na HZG (ex-GKSS) neste
segundo semestre.
Instituições beneficiadas
Instituto Espírita Dias da Cruz AV. Azenha, 366 - Azenha, Porto Alegre, RS Escola Municipal de Porto Alegre Meninos e Meninas de Rua do Centro R. Washington Luiz, s/n - Centro Porto Alegre, RS
LAMEF É PREMIADO Campanha do agasalho bate recordes
Importante reconhecimento na área de Gestão da Qualidade, o Prêmio Qualidade RS 2012, do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), anunciou os vencedores de sua 17ª edição. Entre os vitoriosos da categoria Medalha de Bronze, está o Laboratório de Metalurgia Física/UFRGS (LAMEF). A cerimônia de premiação do Prêmio Qualidade ocorreu no dia 17 de julho no Pavilhão de Eventos da Fiergs, e contou com a presença de diversos Lamefianos.
Devido às doações dos lamefianos e do Sr. Germano Wicz, que
gentilmente doou diversas sacolas de roupas, o laboratório arrecadou na
última Campanha do Agasalho uma quantia recorde de roupas que serão
doadas a duas instituições Agradecemos a todos que puderam colaborar.
Trabalhos apresentados no 67º congresso da ABM
Análise de Falha em Válvula Reguladora de Pressão: Marcelo Sartori, Tiago Giordani, Gabriel Cogo,
Antônio Stadtlander, Márcio Medeiros Magalhães, Marcio L. Krammer de Macedo, Afonso Reguly.
Estudo do aço estrutural microligado S960MC: Pedro Henrique Costa, Pereira da Cunha, Cleber de
Lima Lessa, Claudio Javier Almiron, Felipe Wu Tzong Yeh, Gabriel Cogo, Nico De Wispelaere, Afonso
Reguly. Estudos preliminares da deposição de ligas de alumínio em substrato de 2024 utilizando
processo de fricção: Cláudio Javier Almiron, Gabriel Cogo, Pedro Henrique Costa Pereira da Cunha,
Cléber Rodrigo Lima Lessa, Mattias Beyer, Jorge Fernandez dos Santos, Telmo Roberto Strohaecker.
Análise de Falha em Prótese de Quadril Fraturada: Marcelo Laert Hochudt, Cínthia Gabrielly
Zimmer, Ralf Wellis de Souza, Telmo Roberto Strohaecker.
Análise de falha em válvula reguladora de pressão: Márcio Medeiros, Marcelo Sartori, Antonio
Stadtländer, Tiago Giordani, Gabriel Cogo, Márcio Macedo, Afonso Reguly
Avaliação da corrosão do aço inoxidável AISI 304 nitretado à gás - Guilherme Vieira Braga Lemos,
Vinicius Waechter Dias, Bill Paiva dos Santos, Diego Belato Rosado, Tiago Lemos Menezes, Célia de
Fraga Malfatti
Avaliação da tenacidade à fratura de uma junta soldada através do ensaio de CTOD em aço API
2H grau 50 - Jefferson Hag., Bill Paiva dos Santos, Leandro Pereira Costa, Pedro Henrique Costa
Pereira da Cunha, Cleber Rodrigo de Lima Lessa, Telmo Roberto Strohaecker.
Avaliação do atendimento aos critérios do PGQP: um estudo de caso em um laboratório de
metalurgia - Daniel Antonio Kapper Fabricio, Ângela de Moura Ferreira Danilevicz, Etiene Benini
Mendes, Afonso Reguly, Cláudia Medianeira Cruz Rodrigues
Caracterização mecânica e metalúrgica de juntas dissimilares de metais alta resistência e baixa
liga - Vagner Machado Costa, Jefferson Haag, Bill Paiva dos Santos, Gabriel Cogo, Cleber Rodrigo de
Lima Lessa, Telmo Roberto Strohaecker
Análise do processo de fadiga em aço AISI 4340 via ensaios não destrutivos magnéticos:
Ricardo Baiotto, Rui Gustavo Lippert Schwanke, Felipe S B Girotto, Eduardo S Bastos, Alexandre
Viecelli, Frank P Missell.
Agora no mês de agosto o LAMEF iniciou o
seu terceiro ciclo no Sistema de Avaliação de
Gestão (SAG) do PGQP, dessa vez na categoria
Rumo à Excelência, com o objetivo de
identificar as lacunas do seu Sistema de
Gestão e trabalhá-las para poder buscar o
Troféu Bronze no próximo ano.
Etiene Mendes recebendo o Prêmio
Medalha de Bronze
Lamefianos participando da premiação
A primeira vista o ensaio do “Crushing Pipe” nada
mais era do que um mero amassamento de um tubo
de parede grossa. A partir do andamento das
discussões iniciais para tratativa do escopo do projeto,
as dificuldades se apresentavam no âmbito da
capacidade do equipamento de teste juntamente com
a alta responsabilidade do projeto.
O "amassar" dos tubos tinha como objetivo
selecionar um material e tratamento térmico
adequado, projetar uma geometria otimizada e, por
fim, conhecer detalhadamente o comportamento
mecânico (elástico e plástico) do conjunto material-
geometria até a ruptura, e com isso gerar um modelo
matemático capaz de predizer o comportamento em
operação.
A explicação do uso dos "Crushing Pipes" decorre
da técnica utilizada para montagem da plataforma P-
55, onde a estrutura foi dividida em duas : Casco e
"Deck Box". O casco fabricado no Estaleiro Atlântico
Sul, em Suape, e então trazido a Rio Grande. Já o
"Deck Box", foi fabricado no próprio estaleiro de Rio
Grande. A montagem do "Deck Box" sobre o Casco
denomina-se "mating".
O processo de "mating" consiste de uma
manobra nunca antes realizada no mundo, onde uma
estrutura pensando 17000 toneladas é içada a 10 m
de altura e, em seguida, o casco é posicionado sob
Deck Box e, por fim, o Deck Box é conduzido até o
encaixe com o casco, e é neste momento que os
"Crushing Pipes" são acionados.
Bem, me chamo Sandro Griza, eu estou como
professor da Engenharia de Materiais da
Universidade Federal de Sergipe desde 2009.
Aqui minhas atividades são as de costume para
um professor de universidade federal. "Nas horas
vagas" (isso não precisa constar) eu ministro
disciplinas na graduação e pós-graduação
relacionadas a materiais (conformação, seleção de
materiais, análise de falhas, propriedades mecânicas,
tratamentos térmicos...). Nós, como professores de
um curso muito recente, também temos sempre
envolvimento administrativo de coordenação de
curso de graduação e pós-graduação.
Além disso, toco projetos de pesquisa (Finep,
Cnpq, Capes...), oriento 8 alunos de pós-graduação (é
o máximo que me deixam) e uns 20 de graduação.
Eu tento atuar nas áreas de produção e
caracterização de novas ligas de titânio,
propriedades mecânicas, materiais para petróleo e
gás. Atualmente estamos iniciando o
desenvolvimento de dispositivos para ensaios de
mecânica da fratura em ambientes agressivos.
Vamos começar a fazer ensaios em ligas novas de
TiNbSn e materiais para o petróleo.
Eu fiquei no Lamef 17 anos (de 1992 a 2009).
Nesse período eu fiz graduação em mecânica e fui
até o doutorado. Fui formado no Lamef. Minha vida
profissional praticamente se resume ao Lamef. As
coisas que eu penso hoje são reflexo disso.
Pessoalmente, é metade da minha vida inteira.
Meus amigos a maioria passou por aí. Muitos ainda
estão aí. Tenho que confessar que foi muita farra.
A maneira como a direção do Lamef pensa
sobre um laboratório de pesquisa de universidade
pública é diferenciada. Portanto, é natural que o
Lamef apresente tanto sucesso e tantos
indicadores de evolução. Mas para chegar a esse
nível e mantê-lo é preciso muita dedicação e
inteligência para atrair investimentos e superar a
tendência morosa e burocrática do serviço público.
Outra coisa evidente é a dedicação dos
professores para valorizar a gurizada. Na verdade
a gente só consegue ver certas coisas quando se
observa de fora. E hoje aqui, percebo que eu
poderia ter contribuído mais. Acho que é questão
de experiência.
Lamefianos pelo mundo
Tecnologia e Inovação Tecnologia e Inovação
TS - Crushing Pipes
Imagens
A preocupação era que o "Deck Box", devido a
tolerâncias de fabricação, realizasse o contato com
casco em apenas um dos quatro apoios, o que
acarretaria concentração acentuada de carga e por
consequência traria riscos para a estrutura do casco e
do próprio Deck Box.
Durantes os testes no LAMEF,
algumas dificuldades foram
enfrentadas
A solução foi adicionar molas, as quais
dissipariam energia de deformação, ou em outras
palavras, sustentariam parte da carga excedente até
que ocorresse a ativação do próximo apoio e dando
sequência até o encaixe de todos os quatro apoios.
Durantes os testes no LAMEF algumas
dificuldades foram enfrentadas como: 1 - carga de
compressão esperada de 350 toneladas; 2 -
nossos frames (treliças) foram projetados para
aplicar carga axial trativa na amostra, resultando
em uma compressão do quadro de reação e não o
contrário; 3 – um novo projeto, prevendo reforços
nos frames, deveria ser executado; 4 – o tempo
de execução.
Ao término do trabalho o objetivo foi
alcançado com sucesso absoluto, reafirmando o a
competência da equipe do LAMEF.
Por: Fabiano Bertoni (TS)
Reativação de
poços de petróleo
é um dos
objetivos.
Busca-se atingir
os novos níveis de
pressão exigidos
pela indústria.
LAMEF engajado no desafio do dióxido de carbono
ondenado como um dos principais responsáveis pelo aquecimento global, e sinônimo de poluição ambiental, o CO2 foi destinado a ser disposto no subsolo como parte do programa de CCS (Carbon
dioxide Capture and Storage). Tornou-se também um importante elemento na exploração do petróleo, sendo
empregado em técnicas de maximização de extração de petróleo, denominadas EOR (enhanced oil recovery), devido às suas características, que permitem um maior percentual de extração de
hidrocarbonetos em poços em final de exploração. O CO2 está presente nos campos de petróleo em
teores variáveis (até 75% em El Trapial, Argentina, por exemplo), sendo extraído juntamente com o óleo, gases combustíveis, outros produtos e contaminantes.
O CO2, juntamente com o GN (gás natural), quando presentes, servem como propulsores naturais do óleo contido, sendo esta etapa denominada recuperação primária. Ao esgotarem-se os gases inicia-se a recuperação secundária, e após esta, é iniciada a extração terciária ou EOR, onde uma das operações vantajosas é a utilização do CO2 como elemento que permite maior taxa de extração de hidrocarbonetos, quando relacionada com outras técnicas disponíveis, tornando a técnica atraente dos pontos de vista econômico e ambiental.
O interesse econômico está associado à maior taxa de extração de óleo, podendo reativar poços esgotados, e o ambiental deve-se ao fato de que o poço poderá reter o CO2 após a extração do óleo. Esta operação obviamente só será viável onde puder ser associada à disponibilidade do CO2 e a viabilidade de extração de hidrocarbonetos por EOR. No entanto, a jazida e a oferta de CO2 nem sempre estão fisicamente próximas, e a operação de um sistema de EOR
nem sempre é simples, tornando obrigatória a construção de gasodutos (neste caso, carbodutos), a adaptação de gasodutos/oleodutos disponíveis ou desativados para aproximar estes pontos, ou a necessidade de injetar CO2 em poços profundos em pressões/temperaturas fora do envelope operacional, preconizado pela DNV (Det Norske Veritas). Exemplo disto é o campo de Lula na Bacia de Campos, que apresenta pressões acima de 500 Bar e temperaturas acima de 65°C, que obrigam a novos desenvolvimentos de materiais e técnicas para a extração de petróleo e estocagem final do CO2.
Desde 2011 o LAMEF está engajado na exploração desta tecnologia, procurando atingir níveis de pressão que atendam os novos níveis exigidos pela indústria, tornando possível a certificação de novos materiais metálicos e elastoméricos aplicáveis nas indústrias de exploração de petróleo e CCS, como por exemplo, diferentes aços, vedações e equipamentos, como risers flexíveis e outros.
No momento, o LAMEF (através da TS e GEND) está realizando ensaios a 60 Bar, e prepara-se para novos ensaios a 250 Bar, com o objetivo de qualificar-se para ensaios até 500 Bar, o que será um marco tecnológico.
Nesta etapa, o objetivo é verificar a temperatura
atingida em vazamentos de CO2 em uniões flangeadas devido à possibilidade de atingir a temperatura limite de fragilização de materiais metálicos. Já foram obtidas temperaturas próximas de -70°C.
Por: Sérgio Adalberto Pavani (GEND)
Pluma formada pelo CO2 ocorrido durante o ensaio. Conjunto montado para realizar o experimento à 60 Bar,
instrumentado para medição da temperatura e pressão
em diversos pontos.
Tecnologia e Inovação Tecnologia e Inovação
Aprovação: Alta Direção Edição e diagramação: César Kopp
Elaboração e diagramação: Gestão da Qualidade Aprovação: Alta Direção