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Julho de 2020 SINPOL - Sindicato dos Policiais Civis da Região de Ribeirão Preto Rua Goiás, 1.697 - Campos Elíseos - Ribeirão Preto - SP CEP: 14085-460 - Fone: (16) 3612-9008 Fone Jornal: (16) 3610-2886 - [email protected] Impresso Especial 9912250402 - DR/SPI Sinpol CORREIOS E MAIS E MAIS E MAIS E MAIS E MAIS O jornal mais lido e aguardado entre os policiais civis - Ano XXVI - Julho de 2.020 - nº 278 Eumauri iniciou, em 01 de julho, seu oitavo mandato como presidente do Sinpol. Em entrevista exclusiva, ele falou sobre sua carreira como investigador e sobre sua vida como sindicalista no Sinpol, onde jamais perdeu uma eleição. Veja a partir da página 14. E E E UMAURI UMAURI UMAURI UMAURI UMAURI : : : : : NOV NOV NOV NOV NOVAMENTE AMENTE AMENTE AMENTE AMENTE PRESIDENTE PRESIDENTE PRESIDENTE PRESIDENTE PRESIDENTE Sindicato conseguiu impedir que governo Dória aumente alíquota de descontos na folha de pagamento por conta do déficit atuarial da previdência. Estado já recorreu, mas Sinpol vai lutar até as últimas consequências. Saiba mais na página 08. SINPOL INPOL INPOL INPOL INPOL OBTÉM OBTÉM OBTÉM OBTÉM OBTÉM LIMINAR LIMINAR LIMINAR LIMINAR LIMINAR EM EM EM EM EM FAVOR VOR VOR VOR VOR DE DE DE DE DE APOSENT APOSENT APOSENT APOSENT APOSENTADOS ADOS ADOS ADOS ADOS Foto: DCM Conheça a história do investigador Reginaldo Calil, do 5º DP de Franca; Leia em Radar as notícias de policiais civis da região; Diretoria do Sinpol toma posse; DISE São Carlos prende traficante; 3º DP de Franca prende quadrilha; Ação entre Polícia Civil e GCM de Tapiratiba resulta em prisões de traficantes na região; Policiais civis de Bebedouro esclarecem roubos; DIG e DISE de Sertãozinho apreendem droga; DISE/DEIC Ribeirão realiza grandes apreensões. Em duas grandes ações, a especializada de Ribeirão Preto recuperou diversos veículos náuticos que haviam sido furtados em diferentes delitos. Entre os veículos, haviam jet-skis e lanchas. Confira na página 06. DIG/DEIC DIG/DEIC DIG/DEIC DIG/DEIC DIG/DEIC RECUPERA RECUPERA RECUPERA RECUPERA RECUPERA VEÍCULOS VEÍCULOS VEÍCULOS VEÍCULOS VEÍCULOS NÁUTICOS NÁUTICOS NÁUTICOS NÁUTICOS NÁUTICOS Foto: Polícia Civil

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Page 1: O jornal mais lido e aguardado entre os policiais civis - Ano XXVI - … · 2020. 7. 27. · Fone Jornal: (16) 3610-2886 - jornaldosinpol@uol.com.br Impresso Especial 9912250402 -

Julho de 2020

SINPOL - Sindicato dos Policiais Civis da Região de Ribeirão PretoRua Goiás, 1.697 - Campos Elíseos - Ribeirão Preto - SP

CEP: 14085-460 - Fone: (16) 3612-9008Fone Jornal: (16) 3610-2886 - [email protected]

ImpressoEspecial

9912250402 - DR/SPISinpol

CORREIOSE MAISE MAISE MAISE MAISE MAIS

O jornal mais lido e aguardado entre os policiais civis - Ano XXVI - Julho de 2.020 - nº 278

Eumauri iniciou, em 01 de julho, seu oitavo mandato comopresidente do Sinpol. Em entrevista exclusiva, ele falou sobre suacarreira como investigador e sobre sua vida como sindicalista no

Sinpol, onde jamais perdeu uma eleição. Veja a partir da página 14.

EEEEEUMAURIUMAURIUMAURIUMAURIUMAURI: : : : : NOVNOVNOVNOVNOVAMENTEAMENTEAMENTEAMENTEAMENTE PRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTE

Sindicato conseguiu impedir que governo Dória aumentealíquota de descontos na folha de pagamento por conta do

déficit atuarial da previdência. Estado já recorreu, mas Sinpolvai lutar até as últimas consequências. Saiba mais na página 08.

SSSSSINPOLINPOLINPOLINPOLINPOL OBTÉMOBTÉMOBTÉMOBTÉMOBTÉM LIMINARLIMINARLIMINARLIMINARLIMINAR EMEMEMEMEM

FFFFFAAAAAVORVORVORVORVOR DEDEDEDEDE APOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTADOSADOSADOSADOSADOSFoto: DCM

Conheça a história do investigador Reginaldo Calil, do 5º DP deFranca;

Leia em Radar as notícias de policiais civis da região; Diretoria do Sinpol toma posse;

DISE São Carlos prende traficante; 3º DP de Franca prende quadrilha;

Ação entre Polícia Civil e GCM de Tapiratiba resulta em prisõesde traficantes na região;

Policiais civis de Bebedouro esclarecem roubos; DIG e DISE de Sertãozinho apreendem droga;

DISE/DEIC Ribeirão realiza grandes apreensões.

Em duas grandesações, a

especializada deRibeirão Preto

recuperoudiversos veículos

náuticos quehaviam sidofurtados em

diferentes delitos.Entre os veículos,haviam jet-skis elanchas. Confira

na página 06.

DIG/DEIC DIG/DEIC DIG/DEIC DIG/DEIC DIG/DEIC RECUPERARECUPERARECUPERARECUPERARECUPERA

VEÍCULOSVEÍCULOSVEÍCULOSVEÍCULOSVEÍCULOS NÁUTICOSNÁUTICOSNÁUTICOSNÁUTICOSNÁUTICOSFoto: Polícia Civil

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Julho de 202002 EDITORIAL

NotasPlano de Saúde Dependentes Faculdade

Atenção associados. Verifiquem a data devalidade no cartão magnético do convênioSão Francisco Saúde de seus dependentes quecursam faculdade. Para que não ocorra ca-rência, a declaração escolar deverá ser envi-ada, impreterivelmente, 20 dias antes da datalimite de validade. Na dúvida, confira o versoda carteira do plano de saúde, onde consta adata do término da validade. Não deixe paraa última hora. Maiores informações na Cen-tral de Atendimento Sinpol, telefones (16)3625-3890 / 3612-9008 / 3979-2627.

Atualização de dados SinpolPara atualização de dados e de situação

profissional, principalmente dos recém-apo-sentados, o Sinpol está promovendo umrecadastramento de todos os associados. Par-

EXPEDIENTEO Jornal do Sinpol é uma publicação oficial, de

circulação mensal, do Sindicato dos Policiais Civis daRegião de Ribeirão Preto.

Rua Goiás, 1697 - Campos ElíseosCEP: 14085-460 - Ribeirão Preto - SPe-mail: [email protected]

Diretoria:Presidente: Eumauri Lúcio da Mata;

Vice-Presidência: Célio Antonio Santiago, DarciGonzales, Adilson Massei, Dorlei Morales, Cláudio

Expedito Martins e Odacir Cesário da Silva;Secretários: Fátima Aparecida Silva e Daniella Ribeiro

de Andrade Rosas; Diretores Financeiros: CarlosHenrique Pischiotini e Cristina Moroti Felix;

Patrimônio: Arnaldo Vaz Ferreira; Conselho Fiscal:Júlio Cesar Machado, Prisclla Yoshi S. Hashimoto eDiva Rodrigues dos Santos; Delegados Sindicais:

Antonio Carlos Schivo e Renata Alessandra dos Anjos.

O JORNAL DO SINPOL É UMA PUBLICAÇÃOEXCLUSIVA DO LABORATÓRIO DE NOTÍCIAS

R. Paschoal Bardaro, 633-A - Jd. IrajáRibeirão Preto - SP - Fone/fax: (16) 3610-2886

DIRETOR DE JORNALISMO:Adalberto Luque - MTb 19.218

REPORTAGENSHugo Luque

O Jornal do Sinpol não se responsabiliza porespecificações ou informações que não estejam

previstas no contrato de publicidade

AS COBRANÇAS SERÃO FEITASEXCLUSIVAMENTE POR:

Boleto bancário emitido pelo Laboratório de Notícias

DEPARTAMENTO COMERCIAL: CONTATOSEXCLUSIVOS DEVIDAMENTE AUTORIZADOS:

Fernando Mendonçainvestigador Antonio Pereira Alvin

Vanderlei Costa

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA:Laboratório de Notícias Fone: (16) 3610-2886

e-mail: [email protected] artigos assinados não refletem,

necessariamente, o conceito do jornal e são deinteira responsabilidade de seus autores.

NNNNNÃOÃOÃOÃOÃO VVVVVAMOSAMOSAMOSAMOSAMOS ACEITACEITACEITACEITACEITARARARARAR TIRANIATIRANIATIRANIATIRANIATIRANIAJoão Dória Júnior continua firme em

sua missão de acabar com a Polícia Civile dilacerar os policiais civis. Definitiva-mente, ele tem demonstrado não ter ne-nhum afeto a servidores públicos, sobre-tudo os da área da Segurança Pública.Ment i roso contumaz, s implesmentedescumpriu seu compromisso de campa-nha de fazer da Polícia Civil a melhor re-munerada do Brasil. Hoje somos os pio-res em termos de remuneração. Isso emtodas as carreiras, absolutamente.

Agora vem querendo onerar os poli-ciais civis, em especial aos inativos.Aqueles que trabalharam por décadas afio, dedicando a maior parte de suas vi-das para construir nossa gloriosa Insti-tuição. A última cartada do tirano gover-nador foi instituir uma cobrança a mais, atítulo de déficit atuarial por conta dos

rombos da nossa previdência.A partir da folha de setembro, que é

paga em outubro, os aposentados serãosubmetidos a descontos avil tantes einconstitucionais a nosso ver, em seussalários. Inconformados, fomos à luta. OSinpol ingressou com mandado de segu-rança contra esta cobrança arbitrária e ile-gal.

E conseguimos uma liminar. Somenteassociados do Sinpol serão beneficiadospor esta liminar. E sabemos que liminarespodem ser cassadas. Mas já é uma pri-meira vitória nesta que promete ser outragrande luta que travaremos.

Sim, não será a primeira. Para um go-vernador que se nega a seguir a Consti-tuição Federal e só aposenta um policialcivil com paridade e integralidade se omesmo recorrer à justiça, não podemos

esperar mais nada. Um “líder” que prome-te fazer da nossa Polícia Civil a mais bempaga da Nação, que dá míseros 4% de re-posição em dois anos, depois de outrostantos anos sem termos nada e vermosnossos salários valendo cada vez menos,não podíamos esperar nada diferente.

Nossa satisfação é ver que Dória estáperdendo a guerra política que vem tra-vando por conta da pandemia. Ele se re-cusa a seguir protocolos e a populaçãoestá morrendo por conta da Covid-19.Longe de querer ser médico, mas na redeparticular, onde há protocolos para mi-nistrar medicamentos que, apesar de nãoter confirmação científica, se mostram efi-cazes con t ra os s in tomas do novocoronavírus, as mortes são infinitamentemenores que na rede pública. Dória estámatando o pobre para continuar com sua

saga de concorrer ao Planalto.Duvido que consiga agora. O povo

percebeu o que ele tem feito. Está aca-bando com a economia daquele que já foio Estado mais rico, chamado a Locomoti-va da Nação. Está extinguindo centenasde milhares de postos de trabalho, domesmo jeito que fez com a Polícia Civil.Ele e seu partido, o PSDB. Chega. E ga-rantimos: por aqui ele não terá vida fácil.Nossa luta será incessante. Se cassar aliminar, continuaremos o processo. Vamosaté as últimas instâncias, pois acredita-mos que isso é ilegal e terá que devolvercada centavo roubado do policial civilinativo.

EUMAURI LÚCIO DA MATAPresidente do Sinpol (Sindicato dos

Policiais Civis da Região de RibeirãoPreto)

A diretoria do Sinpol comunica, com pesar, os seguinte falecimento:

+ Noemia Ferreira dos Santos, esposa do delegado aposentado de Sertãozinho, Reinaldodos Santos, ocorrido em 02/07.

O Sinpol manifesta seus sentimentos aos familiares.

FalecimentoAssociados do Sinpol que ingressaram no quadro de aposentados em junho:- Adailton José Pereira da Silva, investigador de Classe Especial;- Sheyla Pimentel Alvim Perrone, escrivã de 2ª Classe.A diretoria do Sinpol felicita os policiais civis por suas brilhantes carreiras, desejando-

lhes poderem usufruir seus merecidos descansos com muita saúde e alegria.

Aposentados

ticipe da atualização e garanta o recebimentode toda correspondência que enviamos, pro-curando a Secretaria do Sinpol, ou enviando e-mail para [email protected].

PsiquiatriaO Sinpol informa que o convênio médico

envolvendo a especialidade de psiquiatria dádireito ao associado do uso por até 30 diaspor ano, iniciando a contagem todo mês dejunho, que é o aniversário do acordo firmadoentre o Plano de Saúde e o sindicato. Os 30dias por ano, a partir de junho de cada ano,podem ser contínuos ou fracionados, mas nãosão cumulativos, isto é, se não utilizarem os30 dias por ano a partir de junho, o saldo nãoserá incorporado aos 30 dias do período se-guinte.

Atenção policiais civis

Com o objetivo de proporcionar maior con-forto ao policial civil sindicalizado, o Sinpol es-tabeleceu um período de atendimento jurídico,que é feito na sede social do sindicato. Destaforma, o presidente do Sinpol, Eumauri Lúcio daMata, comunica aos associados que, caso ne-cessitem de amparo na área jurídica relacionadoà aposentadoria, assim como para acompanharo andamento de ação já ajuizada, que façam oagendamento para maior comodidade, atravésde nossa Central de Atendimento Sinpol, fones(16) 3612-9008 / 3625-3890 / 3977-3850. O atendi-mento jurídico pelo dr. Ricardo Ibelli e pela dra.Viviane Cristina Pinheiro Ibelli é feito todas assegundas-feiras, das 8h30 às 12h00.

Chácara do Sinpol fechadaPor conta de recomendações da OMS (Or-

ganização Mundial de Saúde) para o combate

ao Covid-19 (coronavírus), a Chácara doSinpol permanecerá fechada durante tempoindeterminado, reabrindo somente após de-terminação das autoridades de saúde, com orelaxamento do isolamento e liberação de lo-cais públicos. Lamentamos o transtorno aosnossos associados, mas entendemos que as vi-das vêm em primeiro lugar.

Plano de Saúde 2Devido a reclamações recebidas junto à

Secretaria do Sinpol, a diretoria do Sindicatopede aos associados usuários do Plano deSaúde que confiram suas cobranças decoparticipação em consultas e exames relati-vos ao uso do convênio médico. Qualquer dú-vida, entrar em contato com a Central de Aten-dimento do Sinpol, pelos telefones (16) 3612-9008 / 3625-3890.

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Julho de 2020 03POSSE

NNNNNOVOVOVOVOVAAAAA DIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIA INICIAINICIAINICIAINICIAINICIA GESTÃOGESTÃOGESTÃOGESTÃOGESTÃODiretoria do Sinpol tomou posse oficialmente em 01 de julho e já segue trabalhando pelos policiais civis sindicalizados

Desde o dia 01 de julho de 2020, Eumauri vemtrabalhando em sua oitava passagem como presidentedo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis da Região deRibeirão Preto). O Sindicato, fundado em 1990, iniciaa gestão de seu 13º presidente, em 11 eleições - numadelas, o então presidente José Rubens Vieira afastou-se da presidência para assumir a cadeira de vereadorem Ribeirão Preto e em outra a então presidente Ma-ria Alzira da Silva Corrêa renunciou. Nas duas ocasi-ões, foi Eumauri quem assumiu a presidência.

Desta forma, Eumauri inicia mais uma gestão nosindicato onde vem atuando como presidente há 25anos. Somente entre 2004 e 2012 ele não foi presiden-te, mas nas três eleições ocorridas neste período, eleconseguiu eleger os candidatos que indicou - o escri-vão Antonio Carlos Sampaio e a escrivã Maria Alzira.

Eumauri foi eleito no final de maio em pleito comchapa única. Apenas a Chapa Resistência, encabeçadapor ele, inscreveu-se para concorrer. Pela primeiravez na história do Sinpol, as eleições contaram exclu-sivamente com o trabalho dos Correios. Por conta dapandemia da covid-19, não foi possível realizar elei-ções presenciais. Assim, a Comissão Eleitoral estabe-leceu as regras para proceder nas eleições.

Os associados receberam antecipadamente as cé-dulas em suas residências. Junto com as cédulas, umenvelope selado para que eles registrassem seus votose enviassem novamente ao Sinpol. Os votos ficaramarmazenados nos Correios e, durante a semana daeleição, eram retirados pela Comissão Eleitoral e de-positado nas urnas lacradas e disponíveis na sede dosindicato, sendo uma para a cidade de Ribeirão Pretoe as demais para toda a região de abrangência e ondemresidem os associados.

No dia 22 de maio, as urnas foram abertas e, apósrápida contagem, foi consolidada a vitória da Chapa

Resistência. Eumauri recebeu 375 votos. Houve ain-da 10 em branco e três nulos.

Esta é a oitava vez que Eumauri preside o Sinpol.“Em apenas três vezes eu não concorri a presidente.Mas venci todas as eleições. Nas três indicações quefiz e trabalhei, a chapa indicada foi vitoriosa. Nuncaperdi uma eleição no Sinpol. Só tenho a agradecer aoscolegas pela confiança em mim depositada e tambémdepositada em todos os membros da diretoria”, ava-liou Eumauri.

Agora Eumauri aguarda o final das fases de restri-ções impostas por conta da pandemia, para definir adata de inauguração da nova Sede Social. Já está tudopraticamente pronto e já era para ter sido entregue.“Tínhamos planejado inaugurar em abril, seria umagrande festa. Mas no meio do caminho tudo foi fecha-do, a pandemia causou pânico e restrições e não pude-mos fazer a inauguração. Agora vamos marcar umanova data, porque precisamos comemorar esta im-portante conquista”, concluiu Eumauri. Confira, aseguir, a diretoria eleita no pleito de 2020.

Chapa ResistênciaA diretoria que concorreu pela Chapa Resistência

e que terá a missão de dirigir o Sinpol entre 2020 e2023, tomará posse em 01 de julho de 2020 e é com-posta pelos seguintes policiais civis:

Diretoria ExecutivaPresidente: Eumauri Lúcio da Mata;1º Vice-presidente: Célio Antônio Santiago;2º Vice-presidente: Darci Gonzales;3º Vice-presidente: Adilson Massei;4º Vice-presidente: Dorlei Morales;5º Vice-presidente: Cláudio Expedito Martins;6º Vice-presidente: Odacir Cesário da Silva.Suplentes:1º) Targino Donizeti Osório;

2º) Abraão Guevara Weigert Cleto;3º) Edilson Piovani;4º) Vinícius Aleixo;5º) Licanor de Souza Campos;6º) Reginaldo Cabral Calil;7º) Ricardo Contin.Diretoria Secretaria1ª) Fátima Aparecida Silva;2ª) Daniella Ribeiro de Andrade Rosas.Suplentes:1ª) Doracy Alves da Silva;2º) Rodrigo Marcelo Silveira Cocito.Diretoria Financeira1º) Carlos Henrique Pischiotini;2ª) Cristina Moroti Félix.Suplentes:1º) Heliton Silva Amaral;2º) José Angelo Marques.

Diretoria de Patrimônio:Arnaldo Vaz Ferreira.Suplente:Olavo Elias dos Santos.Conselho Fiscal:1º) Júlio César Machado;2ª) Priscilla Yoshi S. Hashimoto;3ª) Diva Rodrigues dos Santos.Suplentes:1º) Clevis Samuel Lors de Faria;2º) Rosivaldo Fernandes Cunha;3º) Cristiano Miguelassi Squarize.Delegados Sindicais:1º) Antônio Carlos Schivo;2ª) Renata Alessandra dos Anjos.Suplentes:1º) Hélio Augusto da Silva;2º) Carlos Henrique Carneiro Scarparo.

Por conta da pandemia, eleição não foi presencial mas garantiu vitória de Eumauri

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Julho de 202004 AÇÃO

DISE/DEIC DISE/DEIC DISE/DEIC DISE/DEIC DISE/DEIC APREENDEAPREENDEAPREENDEAPREENDEAPREENDE MAISMAISMAISMAISMAIS DEDEDEDEDE 700 700 700 700 700PORÇÕESPORÇÕESPORÇÕESPORÇÕESPORÇÕES DEDEDEDEDE DROGADROGADROGADROGADROGA

Na guerra contra as drogas, agentes da especializada de Ribeirão Preto também prenderam suspeito de tráfico de entorpecentes eapreenderam mais cerca de 300 porções maconha

A 2ª DISE (Delegacia de InvestigaçãoSobre Entorpecentes) da DEIC (Divisão Es-pecializada de Investigações Criminais) deRibeirão Preto fez uma grande apreensão dedrogas em 10 de julho, na Vila Mariana, zonaNorte do município.

Na ação, os policiais civis entraram emum imóvel vazio, onde encontraram diver-sos itens relacionados ao tráfico de drogas.Dentre as apreensões, estão 693 porções dedrogas - 510 de maconha e 183 eppendorfscom cocaína - e 18 tijolos também de maco-nha. Além dos narcóticos, os agentes en-contraram duas balanças de precisão e umcaderno de anotações relacionadas ao co-mércio de drogas.

A equipe da DISE/DEIC chegou ao en-dereço durante as investigações para com-bater o tráfico de drogas, descobrindo queo imóvel era um ponto de armazenamentode substâncias ilícitas que seriam, posteri-ormente, comercializadas pela região ondefoi deflagrada a operação.

Todo o material apreendido foi encami-nhado para a perícia, assim como os entor-pecentes encontrados na casa pelos polici-ais civis. A DISE/DEIC segue apurando ocaso em busca dos responsáveis pela guar-da e distribuição da droga na região em ques-tão.

Detido no BrejoEm outro episódio da guerra contra as

drogas travada pela DISE/DEIC de RibeirãoPreto, um homem de 25 anos foi detido, namanhã de 07 de julho, pela equipe da espe-cializada por suspeita de tráfico de entorpe-centes. O acusado foi detido na comunida-

de do Brejo, na Vila Mariana, zona Norte dacidade. Na ação, os policiais civis aborda-ram o suspeito, que foi surpreendido com aposse de drogas, após investigações.

Com ele, foram encontrados pedaços decrack, uma faca com resquícios da mesma dro-ga, duas balanças de precisão e dinheiro pro-veniente do tráfico de entorpecentes. Os ob-jetos estavam todos em uma sacola.

Durante as investigações, os agentes

além de oito pedaços maiores e 284 porçõesda mesma droga.

A operação ocorreu no bairro Ipiranga,zona Norte de Ribeirão Preto. O preso, de 18anos, é suspeito de tráfico de drogas e admi-tiu aos policiais civis que realizava o comér-cio de narcóticos na região.

Toda a droga, que era armazenada em umimóvel residencial, já estava preparada e em-balada para o comércio ilegal. Durante as in-

vestigações, a equipe conseguiu a informa-ção de que a droga vinha sendo guardada nacasa.

Além das drogas encontradas, os polici-ais civis ainda apreenderam, durante diligên-cia, duas porções de haxixe e uma balança deprecisão. Todos os itens apreendidos foramimediatamente encaminhados ao IC (Institu-to de Criminalística) para perícia.

por: Hugo Luquedescobriram informa-ções sobre um suspeitode envolvimento com ocrime organizado. Nasapurações, ficou consta-tado que o comércio denarcóticos era realizadona comunidade. Em se-guida, os policiais sedeslocaram ao endereço,onde flagraram o inves-tigado portando a saco-la com drogas e apetre-chos do tráfico.

Ainda foram recolhi-dos dois celulares com ohomem. Todo o materiale as substâncias foramencaminhados à perícia.

Três centenas e umasentença

Em outra ação, na tar-de de 25 de junho, aDISE/DEIC realizou ou-tra operação, prendendojovem que portava umtijolo e meio de maconha,

Policiais civis que integram a DISE/DEIC de Ribeirão Preto tiveram um mês bastante movimentado,com diversas prisões e apreensões

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Julho de 2020 05SERTÃOZINHO

DIG DIG DIG DIG DIG EEEEE DISE DISE DISE DISE DISE PRENDEMPRENDEMPRENDEMPRENDEMPRENDEM TRAFICANTETRAFICANTETRAFICANTETRAFICANTETRAFICANTE COMCOMCOMCOMCOM 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 MILMILMILMILMIL PINOSPINOSPINOSPINOSPINOSHomem foi surpreendido com grande quantidade de cocaína, além de dinheiro e outros apetrechos na Vila Áurea, periferia da cidade

Polic ia is c ivis da DIG (Delegaciade Inves t igações Gera is ) e da DISE(Delegac ia de Inves t igações SobreEntorpecentes ) , em uma ação con-j u n t a , c o n s e g u i r a m i d e n t i f i c a r ep r e n d e r u m t r a f i c a n t e q u e v i n h aagindo na reg ião da Vi la Áurea , pe-r i fe r ia da c idade . O homem acaboudet ido no d ia 08 de junho com cen-tenas de cápsulas de coca ína .

As inves t igações te r iam começa-do após receberem denúncias de queuma res idênc ia se r ia supos tamenteu t i l i zada para a venda de en torpe-centes . Imedia tamente as inves t iga-ções se in ic iaram e, com campanas emoni to ramentos , os po l ic ia i s c iv i sde tec ta ram que havia in tensa movi -mentação de pessoas pe lo loca l , ca -rac te r izando um poss íve l ponto devenda de drogas .

O imóvel , que f ica na esquina dasruas João Manoel do Nasc imento eSebast ião Gonçalves , na Vila Áurea.Durante as inves t igações , os pol ic i -a i s c iv i s também detec ta ram a pre-sença do suspe i to de se r o geren tedo ponto de venda de drogas sa indo

vár ias vezes de sua res idênc ia e sedeslocando até o local onde era exer-c ido o t rá f ico .

Diante das evidências , as equipesdas e spec i a l i zadas de Se r t ãoz inhodec id i r am ag i r. No loca l onde e rainves t igada a venda de en torpecen-tes , os po l ic ia i s c iv i s foram recebi -dos por V.M.S. , o geren te do t rá f icoloca l . E le fo i ques t ionado sobre am o v i m e n t a ç ã o s u s p e i t a e a d m i t i upara os po l i c i a i s c iv i s que es ta r i avendendo drogas naquele loca l .

Durante a revis ta à res idência , ospol ic ia is c iv is encontraram cerca de1 ,5 mi l cápsulas , sendo que 473 de-las con t inham porções de coca ína .As demais es tavam vaz ias , p repara-das para receber porções da droga .Além das 473 cápsulas contendo co-caína e de outras 1.000 vazias, os po-l i c i a i s c i v i s a p r e e n d e r a m t a m b é mcerca de R$ 2,3 mil em células de me-nor va lor monetár io , o que carac te -r i zou se rem or iundas do comérc ioi l e g a l . O u t r o s a p e t r e c h o s p a r af rac ionar e embalar a droga tambémforam encont rados na res idênc ia .

O homem foi conduzido até a seded a s e s p e c i a l i z a d a s , o n d e r e c e b e uvoz de pr i são e fo i au tuado em f la -grante pelo t ráf ico de drogas . A dro-ga fo i encaminhada para a per íc ia ,

que consta tou mesmo ser cocaína . Oi n d i c i a d o f o i l e v a d o p a r a o C D P(Cent ro de Detenção Provisór ia ) dac idade de Ponta l , onde permaneceráà d i spos ição da Jus t iça .

Policiais civis das especializadas de Sertãozinho apreenderam grande quantidade dedrogas e dinheiro, além de prender traficante que agia na Vila Áurea

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Julho de 202006 ESCLARECIMENTO

1ª DIG/DEIC 1ª DIG/DEIC 1ª DIG/DEIC 1ª DIG/DEIC 1ª DIG/DEIC ESCLARECEESCLARECEESCLARECEESCLARECEESCLARECE CRIMESCRIMESCRIMESCRIMESCRIMES EEEEE DEVOLDEVOLDEVOLDEVOLDEVOLVEVEVEVEVE ITENSITENSITENSITENSITENSVítimas de roubos e furtos puderam ficar em paz após trabalhos da especializada de Ribeirão Preto, que ainda levou responsáveis presos

A 1ª DIG (Delegacia de InvestigaçõesGerais) da DEIC (Divisão Especializadade Investigações Criminais) de RibeirãoPreto deteve um homem e esclareceu umroubo de relógio de alto valor econômico,na manhã de 03 de julho, no bairro Alto daBoa Vista, zona Sul da cidade. O crimeocorreu no dia anterior, na mesma região.

Os agentes da 1ª DIG/DEIC realiza-vam diligência na Av. João Fiúsa, local doroubo, quando se depararam com um ho-mem em uma motocicleta. Suas caracte-rísticas batiam com a do suspeito.

Diante da situação, realizaram abor-dagem, mas nada de ilícito foi localizado.Questionado pelos policiais civis, o homemconfessou envolvimento no crime e infor-mou sobre outros dois envolvidos na prá-tica.

Em ato seguinte, os agentes localiza-ram o relógio e ele foi restituído à vítima.O homem foi detido e encaminhado à de-legacia especializada, que prossegue comas investigações para localizar os demaissuspeitos.

Veículos aquáticos devolvidos porterra

Em outra ação contra os crimes deroubo e furto, realizada em 23 de junho, a1ª DIG/DEIC recuperou uma lancha e trêsmotos aquáticas de alto valor, também emRibeirão Preto. Os veículos náuticos fo-ram furtados em maio, em locais diferen-tes na zona Sul da cidade.

Depois da comunicação do crime, quetambém incluía a subtração de um supor-te para moto aquática, a equipe da espe-

cializada iniciou as investigações.A lancha e as motos aquáticas foram

localizadas em um imóvel desabitado, nobairro Avelino Alves Palma, zona Norteda municipalidade. O suporte, por sua vez,foi encontrado em uma casa no JardimCristo Redentor, mesma região da cidadeonde foram encontrados os outros itens.

Todos os veículos foram devolvidos àvítima. Um homem, encontrado no segun-do endereço, foi abordado e detido pelospoliciais civis da DIG/DEIC. Ele respon-derá por receptação.

O mar não está para rouboCuriosamente, a 1ª DIG/DEIC tam-

bém resolveu um outro caso envolvendosubtração de um veículo utilizado na água.No caso, uma lancha, que havia sido rou-bada em 2018, retornou à vítima do crimecom ajuda da especializada, em ação re-alizada na tarde de 18 de junho.

Um reboque também foi apreendidoem um estabelecimento comercial deacessórios veiculares, no bairro CamposElíseos, zona Norte de Ribeirão Preto, eum empresário de 42 anos é investigado.

Durante apurações relacionadas a cri-mes patrimoniais, agentes da 1ª DIG/DEIC descobriram a existência de algunsitens ilícitos em um estabelecimento decompra, venda e reforma de acessóriosde veículos e transportes.

Em diligências no comércio, o propri-etário autorizou vistoria. Assim, foi possí-vel localizar uma lancha do tipo Jetboat,uma lona marítima e uma carreta de trans-porte. O responsável não soube indicar a

procedência, alegando que teriam sido dei-xados no local para serem realizadas al-gumas modificações no veículo aquático.

Segundo apurado, tais modificaçõespodem ter alterado as características ori-ginais de uma lancha desse mesmo mo-delo que foi furtada com o reboque em2018. A vítima foi acionada e reconhe-ceu, sem sombra de dúvidas, que a lan-cha, o reboque e a lona são de sua propri-edade e haviam sido subtraídos há cercade dois anos.

No local, ainda foi apreendido um parde placas automotivas, que foi encaminha-

do para o setor de investigação, permitin-do prosseguimento das diligências. O ho-mem foi detido e liberado em seguida. Eleserá investigado por receptação e adulte-ração de sinal identificador de veículoautomotor.

Desta forma, os policiais civis conse-guiram devolver diversos itens - curiosa-mente, muitos relacionados a veículosaquáticos - a seus donos, trazendotranquilidade para cidadãos que haviamsido lesados, perdendo seus pertencespara o crime.

por: Hugo Luque

Lancha roubada em 2018 foi recuperada em oficina de Ribeirão Preto

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Julho de 2020 07RADARInteligência...

Graças a um trabalho realizado peloCentro de Inteligência da DelegaciaSeccional de Polícia Civil de RibeirãoPreto, um foragido foi localizado ecapturado na cidade de Campinas. Ohomem teria participado de uma tenta-tiva de assalto praticado contra umaempresa de transportes de valores emRibeirão Preto, que ocorreu no dia 29de outubro de 2018. Na ocasião, umgrupo de bandidos fortemente arma-dos tentou assaltar a transportadorano bairro Lagoinha, Zona Leste de Ri-beirão Preto, mas o roubo foi frustra-do por policiais militares.

...Piratas do CaribeA Seccional de Polícia de Ribeirão

Preto, desde então, trabalhou incansavel-mente e conseguiu identificar os 10 inte-grantes da ação criminosa - oito dos quaisjá haviam sido presos em ações anterio-res da Operação Piratas do Caribe. No

dia 30 de maio, graças ao trabalho reali-zado pelo Centro de Inteligência daSeccional de Ribeirão Preto, o suspeitoacabou preso por equipes do BAEP deCampinas. Ele foi detido e encaminhadoaté a sede da 2ª Seccional de Campinas,onde foi autuado e colocado à disposiçãoda Justiça. Resta apenas um dos suspei-tos que se encontra foragido. O trabalhodo Centro de Inteligência da Seccional deRibeirão Preto tem sido bastante elogia-do e pulverizou uma das maiores organi-zações criminosas do País.

FrancaPoliciais civis da DISE (Delegacia

de Investigações Sobre Entorpecentes)da Seccional de Franca (Deinter 3/Ri-beirão Preto) conseguiram prenderduas pessoas por crime de tráfico dedrogas, durante ação realizada namanhã de 26 de junho. Após investi-gações sobre o comércio ilícito reali-zado nos bairros Jardim Luiza II e III,

Graças ao Setor de Inteligência da Seccional de Ribeirão Preto, mais um suspeito detentar assaltar transportadora de valores acabou preso em Campinas

Foto: Reprodução

os agentes prenderam os suspeitos du-rante cumprimento de um mandado deprisão, expedido pela Vara Criminal lo-cal. Foram apreendidas durante o cum-primento do mandado diversas porçõesde crack e maconha. Os dois homensdetidos foram encaminhados ao siste-ma prisional e permanecerão à dispo-sição da Justiça.

IncineraçãoA Polícia Civil incinerou, no mês de

junho, mais de 2,4 toneladas de drogas. Omaterial destruído em fornalhas é fruto deações e operações policiais realizadas naregião de Ribeirão Preto nos últimos me-ses. A destruição do entorpecente foi co-ordenada pela 2ª DISE/DEIC (Delegaciade Investigações Sobre Entorpecentes daDivisão Especializada de InvestigaçõesCriminais). A incineração ocorreu em umaindústria da cidade, em forno de alta tem-peratura e reuniu, além de representan-tes da Polícia Civil, integrantes da Vigi-lância Sanitária e do Ministério Público.O procedimento foi feito em conformida-de com autorização do Poder Judiciário,nos termos da legislação em vigor, emespecial a Lei 11.343/06 (lei de Drogas).

500 porções...A DISE/DEIC (Delegacia de Inves-

tigações Sobre Entorpecentes da Di-visão Especializada de InvestigaçõesCriminais) de Ribeirão Preto efetuoutrês ações distintas para combater otráfico de drogas num único dia domês de junho. As ações resultaram naapreensão de mais de 500 porções demaconha e cocaína. Durantemonitoramento a equipe chegou a umimóvel destinado a armazenamento edistribuição de substâncias ilícitas,localizado na Avenida Patriarca. Naparte inferior da residência, nada foiencontrado, mas na parte superior, emuma sacada, foram encontradas 21porções de cocaína, 31 tijolos da mes-ma droga e 509 porções de maconha,além de três balanças de precisão eum envelope.

...e prisõesDurante as ações, os policiais civis da

DISE/DEIC Ribeirão efetuaram a prisãode um homem, de 29 anos, localizado naTravessa Anhanguera. Eles chegaramaté o homem após cumprimento de man-dado de prisão. Pouco depois, na RuaAntônio Grellet, outro homem, de 33anos, também foi preso. Contra ele ha-viam três ordens judiciais relacionadas atráfico de drogas, furto e receptação.

Mais de duas toneladas de drogas foram incineradas sob orientação da DISE/DEIC

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Julho de 202008 SINDICALISMO

SSSSSINPOLINPOLINPOLINPOLINPOL OBTÉMOBTÉMOBTÉMOBTÉMOBTÉM LIMINARLIMINARLIMINARLIMINARLIMINAR CONTRACONTRACONTRACONTRACONTRA

DESCONTODESCONTODESCONTODESCONTODESCONTO DEDEDEDEDE APOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTADOSADOSADOSADOSADOSSindicato impetrou Mandado de Segurança Coletivo contra Decreto 65.021/20, por considerar absurdamente indevido os descontos da

Previdência dos aposentados

O Sinpol obteve uma importante vitóriacontra o governo do Estado para evitar queos descontos sobre os salários diminuamainda mais os rendimentos totais dos poli-ciais civis. Segundo o presidente do sindi-cato, Eumauri Lúcio da Mata, o governo járecorreu, mas mostra isso que o sindicatoestá no caminho certo. “É um absurdo oque o governo vem fazendo com os polici-ais civis, sobretudo com os aposentados.Por conta do déficit atuarial, o governo querfazer com que os aposentados paguem aconta da incompetência de nosso gestor”,dispara Eumauri.

Com a liminar, o governo fica impedidode realizar os descontos que serão feitosapós os 90 dias de sua publicação, inician-do nos salários de setembro, pagos em ou-tubro de 2020, de acordo com o decreto65.021/20. A ação foi ingressada no dia 10de julho e, apenas um dia útil depois, o Sinpolobteve sua primeira vitória. Em seu des-pacho, o juiz Reginaldo Siqueira, da 1ª Varada Fazenda Pública de Ribeirão Preto, équestionada a eficácia do artigo 126, § 21da Constituição do Estado de São Paulo,com redação dada pelo artigo 1º da EC 49,de 06 de março de 2020, por violarem arti-gos e princípios constitucionais (veja repro-dução do documento),

Em seu site, www.sinpolrp.com.br, osindicato publicou uma análise detalhadada situação. Confira a seguir:

“Inicialmente, vamos esclarecer o

Arte: Blog do Juca Kfouri/Uol

que irá acontecer com relação ao des-conto previdenciário de aposentados/pensionistas de São Paulo, no mês desetembro/20.

No ano de 2007, o governo aprovoua Lei – 1012/07 – E, recentemente, nareforma da previdência, foi feita umaalteração nos percentuais de contribui-

ção.Abaixo transcrevemos o artigo 8º da

Lei- 1012/07Artigo 8º – A contribuição social dos

servidores públicos titulares de cargosefetivos do Estado de São Paulo, inclu-sive os de suas Autarquias e Fundações,do Poder Judiciário, do Poder

Legislativo, das Universidades, do Tri-bunal de Contas, do Ministério Públicoe da Defensoria Pública, para a manu-tenção do Regime Próprio de Previdên-cia Social, será:

I – 11% (onze por cento) até 1 (um)salário mínimo, enquanto a do Estadoserá de 22% (vinte e dois por cento),ambas incidindo sobre a totalidade dabase de contribuição;

II – 12% (doze por cento) de 1 (um)salário mínimo até R$ 3.000,00 (três milreais), enquanto a do Estado será de24% (vinte e quatro por cento), ambasincidindo sobre a totalidade da base decontribuição;

III – 14% (quatorze por cento) deR$ 3.000,01 (Três mil reais e um centa-vo) até o teto do Regime Geral de Previ-dência Social – RGPS, enquanto a doEstado será de 28% (vinte e oito porcento), ambas incidindo sobre a totali-dade da base de contribuição;

IV – 16% (dezesseis por cento) aci-ma do teto do Regime Geral de Previ-dência Social – RGPS, enquanto a doEstado será de 32% (trinta e dois porcento), ambas incidindo sobre a totali-dade da base de contribuição. (NR)

– Artigo 8°, “caput”, com redaçãopela Lei Complementar n° 1354, de 06/03/2020, observado o disposto no § 6ºdo artigo 195 da Constituição Federal.

Esclarecemos que os percentuais dos

Eumauri acusa Dória (em foto montagem acima) de ser mentiroso emaldoso com os policiais civis, por conta de querer impor desconto inconstitucional

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Julho de 2020 09incisos I, II, III e IV, foram incluídos, nareforma da previdência aprovada re-centemente, pois, anteriormente haviaapenas o percentual de 11%. (onze porcento).

Esta alteração veio acompanhada dainclusão do parágrafo 2º. ao artigo 9º.da mesma Lei.

Artigo 9º – Os aposentados e os pen-sionistas do Estado de São Paulo, inclu-sive os de suas Autarquias e Fundações,do Poder Judiciário, do Poder Legislativo,das Universidades, do Tribunal de Con-tas, do Ministério Público e da DefensoriaPública, contribuirão conforme o dispos-to no artigo 8º desta lei complementar,sobre o valor da parcela dos proventosde aposentadorias e pensões que supereo limite máximo estabelecido para os be-nefícios do Regime Geral de PrevidênciaSocial.

§ 1º – Nos casos de acumulação re-munerada de aposentadorias e ou pen-sões, considerar-se-á, para fins de cál-culo da contribuição de que trata o“caput” deste artigo, o somatório dosvalores percebidos, de forma que a par-cela remuneratória imune incida uma úni-ca vez.

2º– Havendo déficit atuarial no âmbi-to do Regime Próprio de Previdência doEstado, a contribuição dos aposentadose pensionistas de que trata o “caput”,incidirá sobre o montante dos proventosde aposentadorias e de pensões que su-pere 1 (um) salário mínimo nacional.

Artigo 9º com redação dada pela LeiComplementar nº 1.354, de 06//03/2020, observado o disposto no § 6º doartigo 195 da Constituição Federal.

Observem que no artigo 9º houve ainserção do parágrafo 2º (segundo), emdecorrência do texto aprovado na re-cente reforma da previdência, lei- 1354/

20, pois anteriormente, havia apenas oparágrafo 1º (primeiro).

As consequências serão, como no-taremos em SETEMBRO de 2020, muitoruins.

Explicamos:Até hoje, os aposentados e pensionis-

tas contribuem para a previdência soci-al, apenas sobre o valor que excede oteto máximo do RGPS, hoje em R$6.101,06. (seis mil, cento e um reais e seiscentavos).

Exemplo- Quem ganha R$-8.000,00– paga- 11% sobre – o que excede osR$-6.101,06 – que resulta em R$-1.898,94 – (aplica-se 11%) resulta emuma contribuição de – R$-208,88.

Em virtude das alterações legislativasque mencionamos acima, a partir do mêsde SETEMBRO de 2020, o mesmo apo-sentado/pensionista, assim contribuirá:

Até R$-1.045,00 – não incidirá novacontribuição.

De – R$-1.045,00 até R$-3.000,00 –portanto, R$-1.955,00 – incidirá – 12%– resulta em R$-234,60.

De – R$-3.000,01 até R$-6.101,06 –portanto, R$-3.101,05 – incidirá – 14%– resulta em R$-434,14.

Acima de R$-6.101,06, incidirá –16%- portanto, em nosso exemplo umsalário de:

R$-8.000,00 – menos – R$-6.101,06– (igual) – R$-1.898,94 – incidirá 16%– resulta em – R$-303,83.

Totalizando R$ 972,57Assim, até hoje contribui-se em R$-

208,88 –em setembro irá para – R$-972,57 um aumento R$-763,69.

Além de analisar os números, a dire-toria do Sinpol, fez consulta ao departa-mento jurídico, referente aos prejuízoscausados pela Lei – 1012/07, regulamen-tada pelo decreto – 65021/20. A con-

clusão, obviamente, foi que haverá mui-tos prejuízos aos aposentados e pensio-nistas, e que seriam necessárias provi-dências urgentes.

A diretoria decidiu-se, então, por in-gressar com um mandado de segurança,(peça que já está sendo elaborada) pois,devido à pandemia do corona vírus, nãohá como fazermos uma movimentaçãomais efetiva na assembleia legislativa.Outras entidades sindicais, assim, tam-bém estão se posicionando.

Nossa argumentação será que nãoforam demonstrados os cálculos atuariaisda previdência paulista, como exige aLei. Faz-se necessário demonstrarcontabilmente, equilíbrio atuarial queenseje tamanha medida que afeta e pre-judica em muito os aposentados e pensi-onistas.

Tentamos, sem êxito, contactar vári-os deputados. Continuaremos tentandofalar com um grande número de deputa-dos, visando alteração legislativa refe-rente à nova contribuiçãoprevidenciária.

Não há, por ora, em nosso entendi-mento, outras providências a serem to-madas. Estaremos em contato frequentecom sindicatos e associações, visandotraçarmos muito em breve um plano deação.”

Assim, os aposentados que são sindica-lizados ao Sinpol serão beneficiados. En-quanto a liminar estiver em vigência, o go-verno não vai poder descontar os valoresque ele próprio estabeleceu no Decreto65.021/20. Todavia, o sindicato lembra quea liminar, embora já cassada pelo governa-dor João Dória, o que de fato interessa é otrânsito em julgado, ou seja, que se encer-rem todos os recursos. Neste caso, mesmoque o governo tenha conseguido cassar aliminar, se a ação for favorável ao Sinpol, ogoverno deverá ressarcir o que eventual-mente foi descontado. “João Dória é umtremendo mentiroso. Prometeu nos pagarum salário digno quando era candidato eagora, além de não dar um reajuste minima-mente aceitávei, ainda quer encolher mais osaldo líquido de nosso salário. Não vamosaceitar”, conclui Eumauri.

Eumauri garanteque o Sinpol vai

brigar até aúltima instânciae que a liminar

já é sinal deestarem no

caminho certo

Foto: Hugo Luque

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Julho de 202010 SÃO CARLOS

DISE DISE DISE DISE DISE PRENDEPRENDEPRENDEPRENDEPRENDE ACUSADOACUSADOACUSADOACUSADOACUSADO COMCOMCOMCOMCOM DROGASDROGASDROGASDROGASDROGAS EEEEE DINHEIRODINHEIRODINHEIRODINHEIRODINHEIROHomem suspeito de traficar entorpecentes foi preso portando maconha e cocaína em sua residência, no bairro Jockey Clube

A DISE (Delegacia de InvestigaçõesSobre Entorpecentes) de São Carlos pren-deu R.M.L.S., de 31 anos, acusado de trá-fico de drogas, na tarde de 24 de junho,em sua residência, localizada no bairroJockey Clube, zona Norte do município.

No imóvel, os policiais civis encontra-ram muitas drogas e dinheiro provenientedas atividades ilícitas envolvendo narcóti-cos. A ação foi o cumprimento de ummandado de busca e apreensão expedidopreviamente.

Durante investigações realizadas pelaequipe da DISE, foi descoberto pelosagentes o endereço de um possível localde armazenamento de drogas, que era jus-tamente a casa do suspeito. Os policiaiscivis passaram a monitorar o local, pro-curando verificar se havia movimentaçãoque pudesse caracterizar uma possívelutilização do imóvel para o tráfico de dro-gas. Constatando que o imóvel tinha mo-vimentação suspeita, a equipe da DISErequisitou, então, mandado de busca eapreensão.

Em seguida, com a expedição do man-dado pela 2ª Vara Criminal de São Carlos,os policiais civis efetuaram diligência nolocal. Lá, a equipe da DISE, comandadapelo delegado dr. Miguel CarlosCapobianco Junior, abordou o acusado esua companheira.

Dando sequência à ação, foi permiti-da a entrada dos agentes na casa, ondeforam encontrados 108 invólucros de ma-conha, 50 eppendorfs com cocaína equantia em dinheiro proveniente do co-mércio de narcóticos. Assim, os agentes

indagaram o suspeito a respeito da pro-cedência e propriedade tanto das subs-tâncias, como do dinheiro.

Ele afirmou ser responsável por todosos itens encontrados no local, sendo ime-diatamente detido em flagrante delito. Emseguida, foi encaminhado à sede da DISE,onde foi registrado o boletim deocorrênciae ratificada a voz de prisão. Ohomem foi indiciado por tráfico de drogase acabou recolhido ao Centro de Triagemde São Carlos.

Em entrevista à imprensa, o delegadoCapobianco afirmou: “Estamos intensifi-cando o combate ao tráfico e a meta éminar pontos estratégicos de São Carlosonde há o comércio de drogas. Com isso,queremos fazer com que a criminalidadediminua sensivelmente no município”.

Uma cartada “Zap” contra as dro-gas

O WhatsApp, especialmente em tem-pos de isolamento social e quarentena,vem sendo muito utilizado para aproximaramigos, famílias e profissionais. Sendouma das mais eficazes e rápidas formasde contato dos dias atuais, o aplicativopermite a troca de mensagens instantâ-nea por meio de alguns cliques. Tudo napalma da mão.

Além do compartilhamento de corren-tes, mensagens e notícias, o programaagora é a carta na manga da DISE nocombate ao tráfico de drogas, servindocomo meio de comunicação da popula-ção da região de São Carlos com a espe-cializada.

O WhatsApp da DISE foi lançado em

junho e será um importante canal entreos cidadãos são carlenses e os policiaiscivis, sendo uma forma rápida, prática,segura e discreta de denúncia.

Durante entrevista coletiva realizadacom a imprensa local, o delegadoCapobianco enfatizou a importância dadenúncia por parte da população e o apoionecessário para combater a criminalidade.Enquanto apresentava a nova ferramen-ta de auxílio ao trabalho dos policiais ci-vis, ele ressaltou que o serviço de denún-cia por meio do aplicativo funciona 24horas por dia. Além disso, tudo - desde ainformação dada pelo cidadão, até os da-dos de quem denuncia e os números detelefone utilizados no contato com a dele-gacia - serão mantidos sob total sigilo,como acontece no Disque-Denúncia con-vencional.

Esse modelo antigo, que funciona atra-vés de ligação, segue sendo um dos mei-os utilizados para as denúncias registradasde forma anônima. Basta discar o núme-ro 181 no telefone e informar os agentessobre algum crime e os detalhes que tiverdele. O formato por ligação funcionaráparalelamente com o serviço doWhatsApp.

Desta forma, a DISE consegue maiorproximidade com a população, agilizandoo combate ao crime na região de SãoCarlos. Quem tiver informações sobreatividades ilegais envolvendo entorpecen-tes, pode discar 181 ou, a partir de agora,enviar as informações pelo aplicativo demensagens para (16) 3374-1209. É umnúmero de telefone fixo por tratar-se doWhatsApp Business.

por: Hugo Luque

Foto: São Carlos Agora

O delegado da DISE de São Carlos, dr. Capobianco

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Julho de 2020 11HERÓI ANÔNIMO

IIIIINFLUÊNCIANFLUÊNCIANFLUÊNCIANFLUÊNCIANFLUÊNCIA FFFFFAMILIARAMILIARAMILIARAMILIARAMILIAR EEEEE FFFFFASCÍNIOASCÍNIOASCÍNIOASCÍNIOASCÍNIO PELAPELAPELAPELAPELA P P P P POLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIA C C C C CIVILIVILIVILIVILIVIL

Calil (dir.), ao lado do também investigador do 5º DP,Lourival Júnior (esq.)

Reginaldo Calil, investigador do 5º DP de Franca, tem no sangue a profissão que optou por seguir e já faz planos para depois daaposentadoria

Um dos policiais civis que integram 5º DP(Distrito Policia) de Franca, Reginaldo CabralCalil vem de uma linhagem de policiais. Fasci-nado pela Polícia Civil, decidiu prestar con-curso e conseguiu entrar na Instituição em1984. Calil relembrou a paixão que sempre tevepela PC, sendo parente de outros profissio-nais da área.

Nascido em Ribeirão Preto, em 02 de mar-ço de 1958 - município onde ainda tem paren-tes -, ele exerce a mesma função desde seuinício na Polícia Civil: investigador. Há 36 anos,atua de forma impecável e efetiva, já tendoparticipado de diversos casos e ajudado alevar bandidos à cadeia.

Calil faz parte do 5º DP de Franca desdejunho de 2013, já atuando no município hámais de 20 anos, tendo chegado à cidade em1997. Ele ainda passou por mais três cidadesao longo de sua elogiável carreira: RibeirãoPreto - sua terra natal -, Guará e Ituverava -onde até hoje reside.

Estando em contato diariamente com oscrimes de Franca e sua população, o investi-gador diz que, pelo fato da região abrangidapelo 5º DP ser de pessoas com menos poderaquisitivo, os principais problemas envolven-do criminalidade estão relacionados, na mai-oria das vezes, a tráfico de drogas, perturba-ção da ordem e desentendimento entre pes-soas - muitas vezes, familiares -, além de le-são corporal. Segundo ele, a incidência deroubos e furtos naquela área é menor.

Questionado sobre qual caso marcou suacarreira, ele garante que não consegue res-ponder. Para Calil, absolutamente todos oscasos são relevantes, não havendo a discri-minação das ocorrências as elencando comomais ou menos relevantes. Não há caso fá-cil, sendo todos extremamente marcantes aoprofissional que atua devido à complexida-de que se dá uma operação policial. Seja trá-

fico de drogas, perturbação da ordem, rou-bo ou assassinato, toda ocorrência merecedestaque.

Tendo ingressado na Polícia Civil há maisde três décadas, o investigador testemunhoudiversas e intensas mudanças no trabalhode um policial. Seja em técnicas de aborda-gem, de investigação ou, principalmente, nasmudanças tecnológicas. Calil acompanhoude perto o processo de informatização emseus anos de Instituição. Segundo ele, essatransição foi complicada, especialmente por-que, no período, houve uma reformulaçãona Constituição Brasileira, ocorrida poucosanos após seu ingresso. A partir de então,teve início o processo de modernização, comfacilidades encontradas hoje que não havi-am há 36 anos. O investigador passou pordiversas mudanças e trabalhou por muitotempo sem as ferramentas que auxiliam o po-licial civil nos dias atuais.

Ele entende como benéfica a evolução datecnologia no meio policial, afirmando ter setratado de uma revolução não só na investi-gação, mas em todos os setores. Atualmente,há maior monitoramento, mais estatísticas,formas de encontrar endereços e suspeitos.Calil lembrou de seus primeiros anos na Polí-cia Civil, quando ainda utilizava a máquina deescrever. Hoje em dia, está tudo em telas decomputadores e até mesmo na palma da mão,em telefones celulares ou tablets, a poucoscliques.

Apesar das novas tecnologias e ferramen-tas auxiliadoras no trabalho dos agentes, oinvestigador não descarta a utilização dosinstintos. Para ele, é necessário ser eclético,misturando a intuição, como um “tira” dasantigas, às informações disponibilizadas, masque podem nem sempre ser totalmente preci-sas.

O Sinpol tem seu trabalho resumido em

duas palavras por Calil: “batalha incessan-te”. De acordo com ele, o sindicato faz e con-quista o que poucos fazem e conquistam. Éum trabalho aprovado pelo investigador emuito eficiente.

Calil já faz planos para quando se apo-sentar. Entre outras coisas, uma de suas prin-cipais metas é participar mais ativamente doSinpol. Ele foi convidado pelo presidenteEumauri Lúcio da Mata a participar da direto-ria do sindicato, e fez parte da Chapa Resis-tência, eleita para três anos de gestão - cominício em 01 de julho, onde é suplente de vice-presidente. O convite foi aceito, segundo ele,por já conviver com Eumauri há muito tempo.Ele também já participava informalmente dasatividades sindicais. “Eumauri é um vence-

dor e é um prazer fazer parte disso”, disse.Além de participar mais ativamente do

Sinpol, o investigador Calil pretende, após otérmino de sua brilhante carreira, dar aindamais espaço ao Reginaldo. Ele pretende vol-tar definitivamente à cidade onde está suafamília e na qual reside, Ituverava, mesmo tra-balhando em Franca.

Como legado, deixará seus esforços emelucidar crimes e levar criminosos à cadeia,assim como a responsabilidade com todo equalquer caso, prezando sempre pela não dis-criminação deles. Calil é a prova viva de queum policial necessita de instintos, mesmo coma ajuda da tecnologia. Prova de que o domprevalece diante da tecnologia.

por: Hugo Luque

Foto: Divulgação

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Julho de 2020

ANIVERSARIANTES DE AGOSTO

O Sinpol lembra aos aniversariantes que é preciso fazer o recadastramento anual juntoao Banco do Brasil, em qualquer agência ou naquela onde receber seus vencimentos ou,

em caso de portabilidade, no banco em que o beneficiário optou. Quem não serecadastrar corre o risco de ter os vencimentos suspensos.

12 FRANCA I

1Gilberto Haruo Yamaoka

Jefferson Marcos SedassariJosé Carlos Caporusso

José Guilherme Torrens deCamargo

Roberto Borges deOliveira

2Antonio Sérgio Pereira

Ettore Francisco BrunelliJoão Carlos CazuMilton Bergamin

3Fátima Aparecida SilvaNatália Médici Escoriza

4Antonio Carlos dos Santos

NettoAry Lopes

Daniel Nicoleti da SilvaDario José Cantarelli

Eduardo Bittencourt deLima

5Euclides Batista de Sousa

JúniorJair Jorge Cano

João Delfino de SouzaJosé Rubens dos SantosRita Paula de Moraes

6Alessandro Maria da Silva

José Mauro ChiarettiMárcio Antonio Pinho

Bertolino7

Jussara JunqueiraRosemary Carlini de Olivei-

r a8

Samuel Antonio Zanferdini9

Cleverson Lima GarciaDalva Aparecida Chiaretti

Jeane MoraesMário Portugal Gonçalves

10Antonio Edson Ferreira de

FreitasLuiz Carlos Contin Filho

Maurício Kusumota11

Anderson Aparecido

Chrispim12

Júlio Cesar de PaulaWalter RossettiWilson Sasaki

13Antonio Arrisse

Rita Eliza de Pace14

José Luiz Tor15

Carlos Eduardo FabbriLuís Fernando Di Donato

Márcia Aparecida deArruda Ferreira

Robert SchmenglerGuilhaume

Valido José da Silva16

Antonio Boleli NetoCaio Iberê Galvão

GobatoCelso Botelho dos

SantosEliana Aparecida do

Nascimento17

Carlos MoreschiElieu de Souza

João Gonçalo PallarettiRosa Maria DezzottiBittencourt de Lima

18Luís Carlos Chiaparini

19Danilo Alves RabelloInês Paplovskis PintoJosé Carlos de Paula

José Eduardo doNascimento

Rafael Eduardo PereiraRoberto Rudon Bettini

Valmir Palharini20

Bergson Newton BerthaudOsmar Ignácio

Paulo Kendi TakahashiRoberto Flávio Narducci

Silas Anselmo21

Antonio Carlos RodriguesSimões

Paulo Roberto ScarparoSílvio Ruivo

Vanilda Rodrigues22

Gino Augusto FrancoSant’Anna

Pedro Luiz AcetozeRicardo Takahashi

Susete Aparecida dosReis Costa Aguiar

23Ester Marina dos Santos

João da SilvaJosé Carlos TravizanLucimari Cambuy da

SilvaSonia Ap. Messias de

Paula24

Aguinaldo Maciel BarbosaHugo Manoel Ravagnani

Ivanil A. Alves PereiraWilson Lauro Leite de

Mel lo25

Ana Palmira Belini deOliveira Granger

Hedemil Gomes Felipe26

Luiz Francisco GrottaPaulo Sérgio Rossi

Wilson Francisco Araújo27

Alexandre Aparecido daSilva

Aline de Freitas VasquezArtur Assalin da SilvaJadis Dalton Ferreira

ViellaWagner Cândido da

SilvaWilson Aparecido Leonelo

28Vera Terezinha Dias

Guioto29

Benedito de Castro FilhoJosé Ricardo LisiLilian de Simone

30Ataliba Vicente JúniorGeremias Lourenço de

CastroMauro José Zancheta

31Wilson Gonzaga Júnior

DIG DIG DIG DIG DIG PEDEPEDEPEDEPEDEPEDE PRISÃOPRISÃOPRISÃOPRISÃOPRISÃO DEDEDEDEDE

DONOSDONOSDONOSDONOSDONOS DEDEDEDEDE SUPERMERCADOSSUPERMERCADOSSUPERMERCADOSSUPERMERCADOSSUPERMERCADOSEstabelecimentos comercializavam leites furtados da marca

Jussara no Jardim Aeroporto e Vila Chico Júlio

A DIG (Delegacia de Investigações Gerais)de Franca, pediu, em 12 de junho, a prisão pre-ventiva dos irmãos donos de uma rede de super-mercados da cidade que estava vendendo leitefurtado em dois estabelecimentos da marca.

Nas duas lojas varejistas, os policiais civisapreenderam 20% dos produtos subtraídos emabril. Os leites estavam sendo comercializadosem uma franquia do Jardim Aeroporto e outrana Vila Chico Júlio. Eram caixas de leite longavida e latas de leite condensado que haviamsido furtados da empresa de laticínios Jussara,desviando a rota do caminhão que transporta-va a mercadoria.

Após conclusão das investigações, os pro-prietários da rede responsável pelos estabele-cimentos tiveram pedido de prisão por recepta-ção e formação de quadrilha. O delegado dr.Marcio Murari foi o responsável pelas investi-gações do caso.

A DIG e a Justiça não informaram os nomesdos suspeitos, pois o processo corre de formasigilosa. Os donos da rede de supermercadosforam ouvidos pela especializada.

O CrimeO furto aconteceu em 30 de abril, quando

um caminhão da Jussara, que seguia de Patro-cínio Paulista para Cerquilho - ambos em SãoPaulo -, teve sua rota desviada para Franca efoi diretamente para um depósito.

Com a ocorrência do furto, a DIG foi acio-nada e, assim como os diretores da marcaJussara, monitoraram supermercados que po-deriam ter comprado a carga furtada. Dessa for-ma, conseguiram chegar ao endereço dos de-pósitos da rede de supermercados de Franca, oque direcionou as diligências dos policiais ci-vis nos estabelecimentos da marca responsá-vel pelo armazém.

Em 05 de maio, a equipe encontrou, nosdois supermercados, os lotes de leite longa vidae leite condensado, que batiam com osdisponibilizados pela marca prejudicada pelocrime. Dando sequência à ação, os agentes bus-caram os irmãos, mas não conseguiram, naque-le momento, encontrá-los. Assim, os gerentesdos estabelecimentos foram conduzidos à DIGpara prestarem depoimento. Os funcionáriosnão souberam explicar como os produtos fo-ram adquiridos.

Mesmo em caso de total devolução da car-ga furtada, os proprietários irão arcar com asconsequências e não serão isentos das penali-dades. O valor total da carga furtada chega àcasa dos R$ 70.000,00 e os itens apreendidosforam devolvidos à empresa de laticínios.

por: Hugo Luque

Delegado Márcio Murari,da DIG de Franca

Foto: Reprodução EPTV

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Julho de 2020 13BEBEDOURO

PPPPPOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIAOLÍCIA C C C C CIVILIVILIVILIVILIVIL ESCLARECEESCLARECEESCLARECEESCLARECEESCLARECE QUAQUAQUAQUAQUATROTROTROTROTRO ROUBOSROUBOSROUBOSROUBOSROUBOSDois autores foram identificados e já estão presos, numa ação rápida e eficiente realizada por policiais civis da cidade

A Polícia Civil esclareceu, durante omês de junho, quatro roubos à mão arma-da que teriam ocorrido os meses de abril emaio na cidade de Bebedouro. Dois ho-mens foram identificados como autores doscrimes e já estão recolhidos a unidadesprisionais.

A identificação dos suspeitos é resulta-do de um trabalho de Inteligência e cruza-mento de informações, realizado por equi-pes do 2º Distrito Policial da cidade. A apu-ração teve início a partir do registro dosroubos a pedestres e estabelecimentos co-merciais.

Um dos autores, de 24 anos, foi detidono início do mês no decorrer das investiga-ções. O outro suspeito, de 29, foi preso noúltimo dia 7 após ser flagrado pela PolíciaMilitar durante uma tentativa de roubo con-tra uma padaria e teve a prisão preventivadecretada. Ambos foram recolhidos emunidade prisional da SAP (Secretaria deAdministração Penitenciária).

LutoOs policiais civis de Bebedouro ainda

lamentam a morte prematura do investiga-dor e Chefe de Investigações da DISE (De-legacia de Investigações Sobre Entorpe-centes) de Bebedouro, Leonardo JoséAlves do Nascimento, de 42 anos. Ele mor-reu no dia 28 de março, vítima de um infartofulminante.

No cargo há 18 anos, Leonardo inte-grava a DISE há mais de 10 anos e parti-cipou de operações policiais de grandes des-taques, como as grandes apreensões dedrogas feitas pela especializada em 2012,quando foram apreendidos respectivamen-te 271 e 553 quilos de maconha. Leonardotambém participou de operações de vulto,como a Santa Terezinha, Camaro, Tentá-culo, Primavera, Replay, entre tantas ou-tras.

Ele integrava o GOE (Grupo de Ope-rações Especiais) de Bebedouro e atuouem várias ações na região do Deinter-3

(Departamento de Polícia Judiciária do In-terior), com sede em Ribeirão Preto e queresponde por 93 cidades da região, entreelas, Bebedouro.

Segundo o titular da DISE Bebedouro,dr. Maurício Vieira Silva, Leonardo desem-penhou suas funções de maneira exemplare muito profissional, tanto que assumiu a

Chefia dos Investigadores da DISE há cer-ca de três anos. “O falecimento do investi-gador Leonardo vai deixar uma grande la-cuna na Polícia Civil de Bebedouro, tendoem vista sua grande capacidade profissio-nal e pessoa exemplar”, destacou.Com informações da SSP e da DISE

Bebedouro

O chefe dosinvestigadores da

DISE deBebedouro,

Leonardo, quefaleceu aos 42

anos

Foto: Arquivo DISE Bebedouro

Na tarde de 29 de junho, policiaiscivis das Delegacias de Polícia de In-vestigações Gerais e de Investigaçõessobre Entorpecentes de Casa Bran-ca (Deinter 9) surpreenderam dois ir-mãos comercializando o implementoagrícola (ensiladeira/picadeira), fur-tado em outubro de 2019, no municí-pio de Santa Rita do Passa Quatro/SP, de que foram vítimas um homeme seus familiares.

Os investigadores receberam infor-mações privilegiadas de que ummáquinario (picadeira) havia sido loca-lizado pelo real proprietário, em um pá-tio, na cidade de Santa Cruz das Pal-meiras. Os agentes surpreenderam osirmãos no momento em que uma nego-ciação seria feita com o dono doimplemento agrícola que havia sido fur-tado 8 meses atrás.

Na oportunidade, também foram

apreendidos um caminhão Ford/Cargo1622 (Munk), uma caminhonete VW/Saveiro, de possíveis origens ilícitas,além de aparelhos de celular e umaagenda com informações de transa-ções comerciais.

Os investigados foram presos e au-tuados em flagrante por receptaçãoqualificada e recolhidos à Cadeia Pú-blica de Casa Branca.

Por: policiacivil.sp.gov.br

DIG CDIG CDIG CDIG CDIG CASAASAASAASAASA B B B B BRANCARANCARANCARANCARANCA PRENDEPRENDEPRENDEPRENDEPRENDE RECEPTRECEPTRECEPTRECEPTRECEPTADORESADORESADORESADORESADORESHomens foram flagrados enquanto negociavam implemento agrícola que havia sido furtado

Implemento recuperado por policiais civisde Casa Branca

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Julho de 202014 ENTREVISTA

EEEEEUMAURIUMAURIUMAURIUMAURIUMAURI L L L L LÚCIOÚCIOÚCIOÚCIOÚCIO DADADADADA M M M M MAAAAATTTTTAAAAAIniciando sua oitava passagem à frente do Sinpol, o investigador inativo fala sobre sua carreira na Instituição e sobre suas habilidades

sindicais, que lhe renderam respeito e credibilidade como sindicalista

“Descobri no início da carreira que a Delegacia é o esgoto humano da sociedade”

Uma história que começou há 25 anos,em 1995, ganha agora, a partir de 01 de julhode 2020, mais um capítulo. Em 1995, o entãoinvestigador da ativa, Eumauri Lúcio daMata, que era primeiro vice-presidente dadiretoria, presidida pelo escrivão JoséRubens Vieira, assumia pela primeira vez apresidência do Sinpol. O escrivão assumiusua cadeira como vereador e renunciou àpresidência do sindicato.

Eumauri começava, então, uma longa tra-jetória. Naquele mesmo ano, ele foi eleitopresidente para três anos frente ao Sinpol.Foi reeleito em 1998 e 2001. Neste período,construiu a Chácara do Sinpol, um clubesocial que não apenas reúne os policiais ci-vis para momentos de lazer, como tambémhospeda policiais civis e familiares, em ca-sos de diligências ou tratamentos médicospor Ribeirão Preto. A Chácara do Sinpol, porconta da pandemia, segue fechada.

Nas três gestões seguintes, 2004, 2007 e2010, ele não quis ser presidente, mas indi-cou e ajudou a eleger os vitoriosos nos plei-tos: Antonio Carlos Sampaio no primeiro eMaria Alzira da Silva Corrêa nos dois se-guintes. Com a renúncia de Maria Alzira em2012, Eumauri assume a presidência, reele-gendo-se em 2013, 2017 e 2020. Esta é a oita-va vez em que ele preside o Sinpol e orgu-lha-se de jamais ter perdido uma eleição,desde que assumiu em 1995, pela primeiravez.

Em entrevista exclusiva, Eumauri fez umbalanço de sua vida como policial civil ecomo sindicalista. E revelou que, após ter oprazer de inaugurar a nova Sede Social - emdata ainda não definida por conta dapandemia do novo coronavírus -, pretendeencerrar sua vida sindical.

Jornal do Sinpol: O senhor costuma di-zer que jamais perdeu uma eleição no Sinpol.Como é essa história?

Eumauri Lúcio da Mata: Na realidade,acho que alguns méritos eu tenho, porquetodas as vezes que participei de alguma elei-ção [no Sinpol] diretamente ou apoiando al-guma pessoa, eu me elegi, nunca perdi. Tenhoesse orgulho de que alguma coisa tenho feitoao longo do tempo para que pudesse estarsendo eleito, reeleito, elegendo pessoas quenão tinham conhecimento nenhum de sindi-cato, nunca militaram em associação [de clas-se] e eu os elegi. Claro que há sempre o des-gaste, pois fazer política é, muitas vezes, a artede vender ilusão e sempre se tem a ideia deque o novo vai mudar o que não foi mudado

ainda. Mas para estar há tanto tempo [desde1995], alguma coisa eu devo ter feito para re-ceber a confiança dos colegas filiados. E éuma situação difícil. Aqui dentro da Polícia[Civil] a gente observa que as pessoas que-rem ficar bem com seus superiores, é uma si-tuação perfeitamente normal, porque quemgosta mais dele é ele mesmo. E você tem derasgar isso e dizer que não é bem assim, vocêtem que também fazer sua parte para contri-buir. Vou admitir que nesta última eleição nãoera para eu estar concorrendo. Tudo tem ahora de iniciar e a hora de acabar. Geramos,nascemos, vivemos e morremos. Acho que oSindicato já está precisando de pessoas maisnovas, com sangue, com mais energia. No quedependeu somente do sindicato, nós sempre

fomos muito bem. Mas acabei concorrendoporque tivemos um enorme trabalho para cons-truir a obra [nova sede social] e eu queria terao menos um pouco de prazer em sentar nacadeira de presidente. Tive brigas homéricas[durante a construção], cheguei até a perder aamizade com pessoas que não concordavam.Mas acho que tudo o que se constrói parauma entidade, não tem quem vá furtar. Igualnossa chácara. Não. Construiu e acabou. Osindicato não é para ter dinheiro, é para gastarem favor de seus sindicalizados. Essepatrimônio estando lá, ninguém vai violar. Nãovai causar tentação em ninguém.

Jornal do Sinpol: O que levou o senhor aseguir a carreira policial?

Eumauri Lúcio da Mata: Já era funcio-nário público, trabalhava no [Instituto] AdolfoLutz, como técnico de laboratório. Lá tinha ascarreiras e era nível 21. Foi feita umareestruturação na qual achávamos que iría-mos subir e regredimos de 21 para 16. O salá-rio praticamente baixou. Comecei a pensar:‘bom, aqui não tenho mais espaço’. Foi ondevoltei a estudar. Fiz Educação Física, curseiaté o terceiro ano de Direito. Depois parei.Embora Direito fiz quando já estava na Secre-taria da Segurança. E isso foi o que me levou aprestar concurso. Tínhamos no Adolfo Lutzuma pessoa chamada Jair Cardoso de Morais.Ele gostava demais da Polícia Civil. Só falavadisso. Um dia ele falou que iria abrir concursoe me chamou pra convidar a prestar para in-vestigador. E começou a me acender a vonta-de, pois ganhava mais, bem mais. Aí presteiconcurso. Passei e ele não. E ele prestou paratodas as carreiras: investigador, escrivão,motorista [tinha naquela época], carcereiro eaté delegado, pois era bacharel em direito. Masnão passou. Não era burro, não. Era muito in-

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Julho de 2020 15

teligente. Mas tinha tanta vontade que aca-bou não conseguindo. Eu nem sabia o que eraPolícia, o que fazia, nada. Foi onde me aventu-rei e estou até hoje na Secretaria da Seguran-ça.

Jornal do Sinpol: Como investigador,tira popularmente falando, o senhor tevegrandes histórias. Cite uma que lhe marcou.

Eumauri Lúcio da Mata: Não sabia que,na Polícia Civil, uma delegacia é o esgoto hu-mano da sociedade. Tudo de ruim que acon-tece com a população cai na Polícia. Mas nãosabia que tinha tantos problemas assim. Masquando você entra e começa a atender as ocor-rências, começa a se inteirar do que realmenteacontece. Naquela época [quando foi aprova-do no concurso para investigador], a nomea-ção saia às vezes um ano depois que vocêestá estagiando. Aqui tinha uma quadrilhachamada ‘Quadrilha do Pedrão’. Eram em maisou menos oito. Tinha um determinado núme-ro de veículos, entre opalas, caminhonetes efuscas. Eles entravam dentro das casas e ‘fa-ziam a mudança’. Muitas casas onde fui regis-trar a ocorrência não tinha uma mesa ou ca-deira para sentar [levaram tudo], tinha que es-crever na prancheta, em pé. A tal ponto queisso apavorou a cidade. Então montou-se umaequipe chamada Ronda 9, que era compostapor oito investigadores e um delegado, o dou-tor José Manoel, para tentar prender essa qua-drilha. Naquela época não recebíamos nenhu-ma informação, sempre tiveram sorte de nin-guém anotar placas suspeitas, nada. E viviamapavorando a cidade. Fazíamos quatro inves-tigadores rodando diuturnamente, se revezan-do com os outros quatro, para tentar achar.Eles agiam em bairros nobres da época. Tive asorte de participar do esclarecimento, de pren-der essa quadrilha. Não lembro se por muitoserviço ou por falta de material, dificilmente oIC (Instituto de Criminalística) te dava algumcaminho, informava se a digital pertence a fu-lano. Na gíria policial, o que fazíamos era combase na ‘caguetagem’ ou alguém anotava umaplaca. E foi aí que alguém anotou uma placade um veículo suspeito e nos passou. Chega-mos na casa do Pedrão na [Rua] Martins Pena

[bairro dos Campos Elíseos, zona Norte deRibeirão Preto], cujo número não me recordo.Encontramos cinco ou seis membros da qua-drilha lá, todos tomando uísque da melhorqualidade. Pegamos todos, levamos para o 4ºDistrito, onde tinha vários investigadores, oescrivão Pedro Rossi [finado], entre outros.Separamos um em cada cômodo do DP, queera na Rua Albuquerque Lins e falamos comum deles: ‘olha, o fulano está dizendo queesses furtos são todos seus”. O cara assusta-do dizia: “não, eu só dirigi” (risos) e todosentregaram. Chegamos na casa do receptador,se não me engano seu nome é SidneyRodrigues, que morava na Rua Camilo de Ma-tos, perto do campo do Comercial. Era por voltade nove, nove e pouco da manhã. Ficamos atéseis horas da tarde levando coisas furtadaspara o Distrito. Ele parecia que só acumulava.Tinha de tudo. Conseguimos elucidar e pren-der essa quadrilha que somente furtava, nãoroubava. Lembro que quando fui fazer a últi-ma prova, que já era para nomeação, levei umelogio que a Câmara Municipal [de RibeirãoPreto] fez pelo caso. Cheguei lá, o delegadosó perguntou: ‘eles furtavam ou roubavam?’Disse que furtavam o patrimônio. Fui aprova-do na hora. É um caso que rende um livro.Mas o que me marcou mesmo foi pela quanti-dade de arrombamento e furto qualificado.

Jornal do Sinpol: Na época em que o se-nhor ingressou na Polícia Civil, por estatu-to era vedado se organizar em torno de sin-dicatos na Instituição. Como foi que surgiua APOCIRP [Associação dos Policiais Civisda Região de Ribeirão Preto], embrião doSinpol?

Eumauri Lúcio da Mata: Hoje não te-nho amizade com o Zé Rubens [José RubensVieira, fundador da Apocirp e ex-presidentedo Sinpol]. Mas as qualidades dele não pos-so diminuir. Foi o sujeito que deu o impulsopara a criação da Apocirp e para o Sinpol. Eunão era militante da Apocirp, era apenas asso-ciado. Zé Rubens viu a possibilidade de mon-tar um sindicato, com a mudança na Consti-tuição Federal. E foi feito isso. E absorveu oativo e o inativo da Apocirp. Ali iniciou-se a

vida do sindicato. A grande diferença entremim e o Zé Rubens era uma só: o meu partidoera o PC, da Polícia Civil. Já o Zé Rubens era oPTB, o PDT, o P não sei o quê. Ele vivia omovimento na parte política, que concordo,devemos sim ter o político. Quanto mais poli-ciais políticos tiver, é melhor. Mas não pode-mos somente pensar só na política.

Jornal do Sinpol: Surgido o Sinpol, a pri-meira grande luta foi contra o então gover-nador Fleury, pela não punição aos 51 poli-ciais civis envolvidos numa manifestação,em que deram as costas a ele, na inaugura-ção da duplicação da Rodovia CândidoPortinari, em 1994.

Eumauri Lúcio da Mata: Nosso primei-ro presidente foi o Campi, pessoa que respei-to muito. Pela educação e honestidade. Nin-guém cai por acaso no sindicato, é eleito. Sefor eleito, você fez por merecer. Aí veio o ZéRubens. Como era o primeiro vice-presidente,estávamos sempre juntos reivindicando. Nes-sa época, o Fleury, um sujeito muito maldoso,dificultava nossa vida. Cheguei a bancar commeu dinheiro, como vice-presidente, paraquando chegasse o final do mês, era reembol-sado pelo sindicato. Para que pudéssemosestar presente nas audiências. Ele marcavaaudiência sete horas da manhã, para nos difi-cultar. Chegava lá e ele desmarcava. Nós fazí-amos os movimentos. Ele veio na inaugura-ção, pra frente do Regatas [Clube], com o an-tigo prefeito de Jardinópolis, Amauri. Não seiquem teve essa ideia, mas diante do palan-que, onde inclusive eu e o Zé Rubens estáva-mos no palanque para tentar ser recebido pelo

Fleury para reivindicar. Quando ele estava dis-cursando, ele começou a gritar que não ía re-ceber mais ninguém, que viraram as costas.Quando olhei, tinha um grupo de policiais ci-vis que deu as costas. Sabia que daria proble-ma. Dois dias depois começou a esparramar.Foram 10 para Presidente Prudente, 10 paraSantos e para outras regiões. Em todo lugarsempre tem os caguetas, que anotam os no-mes. E aí começaram a dar o serviço. Eu e o ZéRubens não fomos mandados para lugar al-gum. Mas no meu holerite veio que ficaria trêsmeses sem receber porque saiu que estavapreso. Mas conseguimos reverter com a aju-da dos políticos que não estavam contentescom o que o Fleury estava fazendo, pois está-vamos reivindicando. Na ocasião, a sede erana Rua Paraíba e tínhamos um gabinetedentário. Os colegas não íam ao sindicato nempara tratar dente. Nem passavam na rua. Pen-sei que isso iria acabar com o sindicato. Masnossa vitória, muito pelo contrário, levantouo sindicato. Pessoas de outras regiões pedin-do proposta para se filiar. Foi onde o Sinpoladquiriu mais corpo e cresceu. Devemos aosenhor Fleury (risos).

Jornal do Sinpol: Foi nesta época que oSinpol cresceu e passou a ter planos maisousados. O primeiro, realizado, foi a com-pra da sede própria.

Eumauri Lúcio da Mata: Até quem viuessa casa para vender, se não me falha a me-mória, foi o Júlio [Júlio César Machado, dire-tor do sindicato]. Tínhamos o dinheiro, poisonde não existe rato, o dinheiro avoluma, va-mos aplicando. Se tivesse rato, não tinha um

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tostão. Aí compramos essa casa onde é a sedeatual. Daí para a frente fomos avançando.

Jornal do Sinpol: E foi nessa época que osenhor assumiu a presidência pela primeiravez?

Eumauri Lúcio da Mata: Sim, o Zé Rubensse afastou para assumir como vereador em Ri-beirão Preto. Eu assumi e daí para a frente, fuieleito e reeleito. Chegou uma hora que, eu te-nho senso, dar oportunidade para outro. Aíapoiei o Sampaio [Antônio Carlos Sampaio, es-crivão, presidente entre 2004 e 2007]. Conse-gui elegê-lo. Mas discordei com a política queele pregava. Era mais atuante, de ir para SãoPaulo. Com ele, notei um certo acanhamento eacabei me afastando. Na eleição seguinte,apoiei a Maria Alzira [da Silva Correa, investi-gadora e presidente entre 2007 e 2012]. Pedipara sair da chapa do Sampaio, porque nãoconcordava com a forma dele administrar. Emcima da hora, conseguimos montar uma chapa.Insistiram para que eu fosse candidato, masnão quis. A Maria Alzira, pessoa que não te-nho nada contra, principalmente no que tangea honestidade, foi indicada por mim e pelos

demais diretores. Conseguimos formar emcima da hora. Tinha três chapas concorren-do: a da situação, do Sampaio e outras duas,a minha e a apoiada pelo Zé Rubens, ambasopositoras. Começamos a trabalhar e a MariaAlzira, por não participar de movimentos po-líticos, tinha uma certa dificuldade durante acampanha e saí trabalhando como se o can-didato a presidente fosse eu. E conseguimoseleger Maria Alzira. No dia da votação, elesse importavam mais comigo do que com acandidata à presidência. Fiscais das duaschapas ficavam me marcando. Notei que ti-nha uma certa liderança, todos os fiscais fi-cavam de olho em mim. E conseguimos noseleger.

Jornal do Sinpol: Voltando um poucono tempo, o senhor tornou-se presidente e,logo em 1995, elegeu-se novamente, comreeleição em 1998 e 2001. E neste períodosurge o projeto da Chácara do Sinpol, inau-gurada em 2004. Foi um projeto exclusiva-mente seu?

Eumauri Lúcio da Mata: Vamos abrirum parêntese. Por quê a chácara? Ao notar

que quando vinha uma equipe de policiais deregiões longínquas fazer uma diligência, che-gava de tarde, concluindo ou não a diligência,tinha que ficar aqui. Se tivesse um delegadonessa diligência, ele ia até a regional da Asso-ciação dos Delegados e se acomodava lá. Oscolegas investigadores e escrivães, tínhamosque descer na baixada passando a caneca na-quelas pensões para tentar acomodar os cole-gas. A diligência teria que prosseguir e elesnão tinham a verba em mãos. O correto seria jávirem com a diária na mão, mas não davamesse dinheiro. Só depois que fizessem a dili-gência é que iam tentar receber o dinheiro. Eolhe lá. Vinham sem dinheiro, eles dormiam emdelegacias, um sofrimento danado. Eu semprepensei em ter nosso espaço com acomoda-ções para não pedir para ninguém para aco-modar. E fui alimentando essa ideia para cons-trução de algo. Até porque jogávamos fute-bol de salão na quadra da antiga Regional esabia que a quadra seria desativada por contade obras. Nesta época, fiquei sabendo que opresidente de uma entidade muito rica deBrasília deu um desfalque, fugindo com o di-nheiro que eles tinham para comprar um hos-pital. Ele fugiu com tudo. Isso me preocupou,pois o Sinpol tinha um bom dinheiro em caixa.Resolvi investir em patrimônio, mais uma vez.Sindicato não é para ter dinheiro em banco,mas para reverter em prol dos associados. Foiquando surgiu o projeto da Chácara com qua-dras, piscinas e apartamentos para acomodarquem vem de fora. Até em casos de saúde,quando um escrivão do Rio de Janeiro dormiano chão dos corredores do Hospital das Clíni-cas para acompanhar um parente e o Signei[Sebastião Signei de Morais, investigadoraposentado] me disse. Acomodamos o cole-ga em nossa Chácara, assim como vários ou-tros colegas que vieram para fazerquimioterapia ou por problemas de saúde.Comecei a pensar nisso e, com a ajuda doCarlos Henrique Pisciotini, que na época eratesoureiro nosso, foi possível desenvolveresse projeto. O Carlos nos ajudou muito nes-te processo de construção, que boa parte foifeito por outro policial, o Idelfonso, que já ti-nha sido mestre de obras. Ele não deu o térmi-no da obra por discordarmos de algumas coi-sas, mas o Idelfonso deu uma grande ajuda,mandava bem. Foi aí que construímos a Chá-cara do Sinpol. Tudo o que o sindicato tem,pouco mas nosso, foi feito em minha gestão.

Jornal do Sinpol: Durante suas gestões,o Sinpol, um sindicato de Ribeirão Preto,interior, tornou-se referência para os demaissindicatos e associações, inclusive os da

Capital. A que o senhor atribui tamanhacredibilidade?

Eumauri Lúcio da Mata: Temos a felici-dade de ter algumas pessoas que dominambem leis, o que não é minha praia, eu procuropesquisar. Tem aqui no nosso meio o JúlioCésar Machado. Ele manja muito bem de leis,está pronto a qualquer hora. Nessa mudançada Constituição, ele esteve direto em Brasília.Temos também um capital em termos de Ribei-rão Preto. Associações antiquíssímas no Es-tado não desfrutam desta credibilidade. Aquinão tem escândalos, nem terá enquanto esti-ver aqui, escândalo ou desvio. Isso deucredibilidade. Associado àquilo que citei doFleury, os colegas nossos que foram transfe-ridos chegavam aos locais e o pessoal costu-mava dizer que eles não deveriam ter viradoas costas, deveriam sim ter jogado tijolo oupedra no [então] governador. Éramos bem re-cebidos na chegada. Não lutávamos só pelonosso salário, mas pelo salário da Polícia Ci-vil. Quem seriam nossos algozes também viamessa situação. Já nesta época ganhamos mui-ta credibilidade. Pessoas de longe queriam seassociar e muitos continuam conosco até hoje.

Jornal do Sinpol: O senhor imaginaquantos quilômetros já gastou na estradapara resolver os problemas do Sinpol? So-bretudo nas viagens entre Ribeirão Preto eSão Paulo?

Eumauri Lúcio da Mata: Costumo di-zer, quando a gente vai, quantas vezes quepassava em Campinas e pegava a Bandeiran-tes, praticamente não tinha nada. Hoje é pré-dio para tudo quanto é lado. Olho e falo:“quantas vezes será que ainda estarei indo evoltando?’ Enfim, todas as vezes que fui cha-mado, eu correspondi. Cheguei muitas vezessozinho a São Paulo. E não tínhamos carro.Tinha meu Corcel [Ford] 76, ainda o modeloI, quantas vezes fui com esse carro? Depoiscom uma Belina, que saia com o Zé Rubens.Com tantos sindicatos regionalizados, nóséramos muitas vezes o único a ir para SãoPaulo com dois ou três ônibus para protes-tar. Chegava lá, perguntavam: ‘cadê os cole-gas da Capital?’ Fazíamos um grande movi-mento. Daí no ano seguinte, alguém de lá saiacandidato a deputado estadual. Eles só pen-savam neles. O Zé Rubens via isso e dizia:‘temos a força do interior. Se podemos mon-tar sindicatos regionalizados, vamos nósmontar’. E hoje, se estivéssemos dependen-tes de São Paulo, não teríamos nada. Nem seiquantas vezes fui a São Paulo, quantas se-cretarias eu percorri. Deveria até ter somado.E olha que, se não tinha ninguém para me

Fotos: Hugo Luque

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Julho de 2020 17acompanhar, ia sozinho.

Jornal do Sinpol: Nestes 25 anos em queo senhor esteve à frente do Sinpol, teve Co-vas, Alckmin, Serra, Goldman, França e ago-ra Dória no comando do Palácio dos Ban-deirantes. Na sua opinião, quem foi o piorde todos?

Eumauri Lúcio da Mata: A verdade é umasó: até chegar ao PSDB, era uma no cravo,outra na ferradura. Perdíamos uma, ganháva-mos outra. Chegou ao PSDB, aí começou adesanimar. Era só no ferro, só no ferro, só noferro. De lá para cá, não ganhamos mais nada.Não terminou ainda, mas é progressivamente:o primeiro foi ruim, o segundo pior, o terceiropior ainda, até chegar a esse aí [Dória], quepelo visto será o campeão. Agora, escuto muitoas vozes das ruas, o que o povo pensa. Achoque esse moço atingiu o que tinha de atingir eestá só para baixo, tamanhas besteiras quefez. Falou que não abandonaria a prefeiturapara ser candidato e, logo em seguida, nomesmo descaramento do mundo, igual ao Ser-ra, abandonou e se candidatou ao governa-dor. Mas esse, logo em seguida, pisou no cri-ador, a criatura massacrando o criador. Peloque sinto, esse será o pior de todos.

Jornal do Sinpol: Durante grande partedesta década, o Sinpol realizou, com respon-sabilidade, a construção da nova sede soci-al, sem endividar o sindicato, que seria inau-gurada em abril, não fosse por conta dapandemia. Como o senhor descreve essanova conquista?

Eumauri Lúcio da Mata: Tinha a inten-ção de construir alguma coisa maior. Aqui emnossa sede, por mais que se faça algo, é umacasa, tem seu espaço limitado. Tudo muitocomplicado. Queria alguma coisa que, realmen-te, cheirasse a novo, avançado, para um sin-dicato. E aí começou a florar a ideia de cons-truirmos alguma coisa. Como falo: dinheiro épara ser aplicado em favor do associado. Tí-nhamos um dinheiro parado em aplicaçõesquando surgiu a ideia de se construir algumacoisa. Na época, as pessoas que concorda-ram, deram suas sugestões e começamos anos associar do doutor Samuel Zanferdini [de-

legado e ex-vereador em Ribeirão Preto]. Emtermos de Polícia ele foi o vereador que esta-va pronto a te receber a qualquer hora e qual-quer lugar. E não apenas eu, que era presiden-te do Sinpol, não. Qualquer pessoa que o pro-curasse, estava pronto a resolver, pelo menosouvir e tentar resolver. O doutor Samuel tinhaprograma de rádio, era trabalhador, inclusivede domingo. Graças ao doutor Ademar Birches[delegado aposentado], ficamos sabendo deum terreno próximo onde ele mora. “Lá perto,tem um terreno que foi doado pela Prefeitura,para a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto,na Ribeirânia. Mas parece que eles não têm apretensão de construir, está lá, apenas cerca-do por telas.’ Fomos, falamos com o doutorSamuel, que foi ver o terreno conosco e cons-tatou que estava mesmo doado para a Orques-tra Sinfônica, mas que havia expirado o prazopara que a concessão fosse concretizada, nãohavia nenhum sinal de que teria algoconstruído. Então fomos atrás de uma lei paraconseguir esse terreno. Deu um grande traba-lho. Aí graças ao doutor Samuel, consegui-mos e empregamos todos os recursos que tí-nhamos. Foi um processo terrível, sofremosmuito para evitar onerar o associado. A em-presa que iniciou a construção faliu. Aí con-seguimos uma outra. Na hora de pôr as ferra-gens, a empresa que era de Jaú, também faliu.Olha, foi um desastre. Mas graças a Deus, nãoprecisamos aumentar mensalidade, nem nada.Fizemos um financiamento que o governo des-tinava a entidades, com juros baixos, inclusi-ve já quitamos. Não devemos mais nada. Foi oque nos deu o impulso final. Hoje está prontopara ser inaugurada. Já estava até com datamarcada para a inauguração, quando veio apandemia. Devemos demais para o doutorSamuel Zanferdini. Por isso que devemos terpoliciais civis eleitos vereador, deputados,enfim, que nos representem.

Jornal do Sinpol: O que o associadodo Sinpol pode esperar em mais esta ges-tão do Eumauri, o oitavo frente à presi-dência do sindicato?

Eumauri Lúcio da Mata: A mesma bri-ga que sempre tive, terei até o último dia.

Vejo horizontes terríveis. Esse atual gover-nador deve ser o pior que já tivemos.Estamos muito desgastados, um númeromuito pequeno na ativa, muitos se aposen-taram e não vêm sendo substituídos. Nãotemos um corpo de policiais civis mais jo-vens. E o governo vem cozinhando em águamorna há muito tempo. Isso tudo reflete nosindicato. Às vezes a pessoa não vê exata-mente qual foi sua própria participação, maselege logo um culpado e este poderá ser osindicato. Embora fizemos tudo para que nãoacontecesse isso. A grande maioria é teste-munha de nossa briga para levar esse pes-soal para a Assembleia Legislativa, porquepolítico só vê número. Número é gente, évoto. Político só vê isso aí. Eu vou na fren-te, de peito aberto com a bandeira, inclusivefui na ativa também. Mas precisamos ter umaforça de retaguarda, para que o político vejaque tem mais gente insatisfeita. Agora, quan-to minha atuação, será igual ao de sempre:sempre brigando, sempre tentando. Tudo oque chega em minhas mãos, tento solucio-nar. Às vezes eu tento, nem sempre consi-go. E até levo a pessoa junto comigo paraver como funciona a briga por suas preten-

sões. Realmente estarei tentando. Aqui étudo transparente. Todo mês o balanceteestá afixado no nosso quadro para quemquiser ver. Se não entender, é só nos cha-mar que chamamos o tesoureiro, pessoa denotório saber na área, para explicar tudo. Seexistem comentários, ninguém tem coragemde falar na frente, porque se falar, provamosque está tudo transparente. Estou aqui parao que desejarem. Vou continuar brigando.Agora, por exemplo, vamos entrar com umaAdin [Ação de Inconstitucionalidade] pe-los aposentados relativa aos cálculosatuariais. Não sei se teremos sucesso, por-que envolve estatística, a arte de mentir pornúmeros. Enfim, o que o sujeito precisar demim, estou aqui. Meu telefone é o mesmodesde que entrei na Polícia Civil, meu celu-lar não desligo, é 24 horas ligado. Enquantotiver forças, estarei aqui para trabalhar. Sem-pre me elogiam pela educação com que tra-to a pessoa e, junto ao meu nome, criou-seuma marca. Hoje as pessoas falam sempre“Eumauri do Sinpol”. Muitos nem sabem quemeu nome é Eumauri Lúcio da Mata, apenas“Eumauri do Sinpol”. E isso é um orgulhoque levarei sempre comigo.

“Muitos colegas me conhecem apenas como Eumauri do Sinpol: incorporaram o nomedo sindicato como meu sobrenome”

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Julho de 202018 FRANCA II

3º DP 3º DP 3º DP 3º DP 3º DP DEDEDEDEDE F F F F FRANCARANCARANCARANCARANCA PRENDEPRENDEPRENDEPRENDEPRENDE QUADRILHAQUADRILHAQUADRILHAQUADRILHAQUADRILHAApós a identificação dos suspeitos, os policiais civis cumpriram os mandados de prisão preventiva contra membros de quadrilha que

furtava casas na cidade

A Polícia Civil, através do 3º DP(Distrito Policial) de Franca, em ope-ração conjunta com a DelegaciaSeccional de Polícia do município,desmantelou uma quadrilha que pra-ticava furtos residenciais em doisbairros da zona Leste da cidade. Oscrimes foram cometidos no final demarço.

Os agentes efetuaram as deten-ções cumprindo mandados de prisãopreventiva contra os três suspeitosidentificados e acusados de furtaremas residências nas madrugadas de 25e 26 de março, nos bairros São Josée Santo Agostinho.

A equipe do 3º DP, coordenadapelo delegado dr. Leopoldo GomesNovais, esclareceu um total de 11crimes da mesma modalidade prati-cados pelo trio. Todas as infraçõesse enquadram nas modalidades defurto tentados ou consumados.

Uma série de vítimas da quadri-lha registrou boletins de ocorrênciano 3º DP. A partir de então, os poli-ciais civis iniciaram as investiga-ções, em uma verdadeira caça aosresponsáveis pelos delitos que ater-rorizaram a população dos bairroscom seus crimes rapidamente exe-cutados.

O primeiro passo foi identificar eresponsabilizar criminalmente todosos envolvidos no caso, levando no-vamente paz aos cidadãos da zona

Leste de Franca. Desta forma, os in-vestigadores iniciaram o trabalho dediligências, sendo auxiliados por umaequ ipe do IC ( In s t i t u to deCriminalística), recolhendo tudo quefosse possível relacionar aos crimi-nosos das cenas dos crimes.

Nas residências, foram coletadasamostras que continham as digitaisdos responsáveis pelos delitos. Pa-ralelamente, ocorreu o trabalho deanálise das imagens captadas emcâmeras de segurança das residên-cias e imediações, que possibilitariaum concreto reconhecimento fácil,permitindo que esses responsáveistivessem seus rostos identificados,ajudando no trabalho dos investiga-dores. Com a identificação, a buscados suspeitos para interrogatório fi-cou mais simples.

Os t r ê s su spe i to s fo r amindiciados pela prática dos crimes defurtos qualificados e tentados emcontinuidade delitiva, realizados du-rante o repouso noturno dos mora-dores das casas que tiveram objetossubtraídos. Além disso, ainda foramacusados de destruição e rompimen-to de obstáculos e concurso de agen-tes, assim como associação crimino-sa .

Os CrimesNa madrugada de 25 e 26 de mar-

ço, os três suspeitos realizaram, deforma extremamente rápida e eficaz,

furtos em diversas residências nazona Leste de Franca. Eles aprovei-tavam o horário e o momento de re-pouso dos moradores e entravamfurtivamente nas casas, forçando asfechaduras elétr icas dos portõescom um alicate.

O trio identificava também rapi-damente o imóvel que seria ataca-do. De forma inconsequente, os acu-sados ignoravam a existência decâmeras de segurança - grandes aju-dantes dos policiais civis nas inves-tigações que levaram à identificaçãodos suspeitos -, ou a presença de mo-radores e vigilantes noturnos próxi-mos às casas.

Após verificarem a presença deveículos automotores nas garagensdos imóveis, o grupo iniciava o deli-to. Eles buscavam carros, motos ebicicletas para serem furtados, masaproveitavam a situação e tambémlevavam outros objetos. Ficou claroque se tratava de uma quadrilha mui-to fria e calculista, que não se im-portava com a presença de pessoasnos locais e só deixava as residên-cias quando terminavam os furtos.Porém, mesmo com a frieza dos sus-peitos, os policiais civis do 3º DPconseguiram identificar e prender to-dos.

por: Hugo Luque

Dr. Leopoldo, titular do 3º DP de Franca

Foto: www.gcn.net.br

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Julho de 2020 19REGIÃO

OOOOOPERAÇÃOPERAÇÃOPERAÇÃOPERAÇÃOPERAÇÃO F F F F FENDAENDAENDAENDAENDA RESULRESULRESULRESULRESULTTTTTAAAAA EMEMEMEMEM PRISÃOPRISÃOPRISÃOPRISÃOPRISÃO DEDEDEDEDE

TRAFICANTESTRAFICANTESTRAFICANTESTRAFICANTESTRAFICANTESPoliciais civis e militares realizaram ação em São José do Rio Pardo e contaram com apoio do Canil da GCM de Tapiratiba. Grande

quantidade de drogas foi apreendida

Policiais civis de São José do Rio Par-do realizaram um intenso trabalhoinvestigativo e conseguiram identificar in-tegrantes do tráfico de drogas que agiamnaquela cidade e região com bastante in-tensidade. Para coibir o trabalho destestraficantes, os policiais civis organizaramuma operação e solicitaram o apoio doCanil da GCM (Guarda Civil Municipal)de Tapiratiba, cidade vizinha.

No dia 08 de julho, os policiais civis eos integrantes do Canil da GCM deTapiratiba foram a campo e conseguiramrealizar um grande trabalho, que resultouem prisões e em apreensões de uma ex-pressiva quantidade de drogas. A quadri-lha seria comandada por AOJ, conhecidopor Castor, que contava com o apoio deGHTF, responsável pelo armazenamentoda droga bruta; RBS, responsável peloarmazenamento da droga fracionada; eLHMF, conhecido por Zulu, que era o res-ponsável pelo recebimento das drogasvendidas.

Diante das evidências levantadas du-rante as investigações, a equipe solicitoupreviamente mandado de busca e apre-ensão em diversos endereços onde esta-riam os envolvidos e, no dia 08,deflagraram a operação, denominada Fen-da.

Na residência de AOJ, apreenderamum aparelho celular, uma balança de pre-

cisão e R$ 648 em cédulas. No imóvelonde estava GHTF, encontraram 21 tijo-los de maconha, além de duas porções damesma droga e outras duas de cocaína.Também apreenderam uma balança deprecisão. Na casa de RBS, a única mu-lher do grupo, os policiais civis encontra-ram 51 cápsulas com cocaína. Já no imó-vel relacionado a LJMF, encontraram 65cápsulas contendo cocaína e duas porçõesde maconha.

Em todos os imóveis, os policiais civiscontaram com a importante participaçãoda equipe do Canil da GCM de Tapiratibapara apreender as drogas. Os quatro in-vestigados foram autuados em flagrantepor tráfico de drogas e associação para otráfico e encaminhados a instituiçõesprisionais, onde aguardarão à disposiçãoda Justiça.

TapiratibaNo dia seguinte, a ação da GCM ocor-

reu em Tapiratiba, em conjunto com aequipe da Polícia Civil local. Segundo oinvestigador Fabiano Frigo, em decorrên-cia dos trabalhos de inteligência, a GCMde Tapiratiba apurou denúncia de tráficode drogas. Com o Canil da GCM, saírama campo, encontrando grande quantidadede maconha com averiguados. Dois de-les escaparam. Mas foram feitas umaprisão e uma apreensão de adolescente.Os foragidos já estão com as prisões de-

cretadas e seguem sendo procurados.Mais drogas

Em diligências com o objetivo de re-cuperar um celular furtado, os investiga-dores do SIG de Tapiratiba flagraram

SWBE em posse de substância entorpe-cente. Também com o apoio da GCM, elefoi preso em flagrante no dia 14 de julho.Com informações da Polícia Civil de

Tapiratiba

Acima, ação conjunta entre Polícia Civil, Polícia Militare Canil da Guarda Civil Metropolitana de Tapiratiba,

que ocorreu em São José do Rio Pardo; ao lado,apreensão que foi realizada em parceria entre Canil da

GCM e Polícia Civil de Tapiratiba

Fotos: Divulgação Polícia Civil

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