o início da fotografia
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O Incio da Fotografia
Trabalho realizado por: Paulo Paixo
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Para comear, a fotografia deve o seu nome a Sir John Herschel que usou o
termo pela primeira vez em 1839, ano em que o processo fotogrfico ficou a
ser pblico. A mesma palavra vem do grego [ fs] ("luz"), e [grafis]
("estilo", "pincel") ou [graf], e significa "desenhar com luz".
Falando sobre a inveno da fotografia, no podemos afirmar que houve um
nico inventor, ela um resumo de vrias observaes e experincias emmomentos distintos, de vrias pessoas inclinadas para o assunto.
Existem dois distintos processos cientficos que combinam entre si, fazendo a
fotografia possvel, a ptica e a qumica. No ramo da ptica, foi inventado o
aparelho que significava uma descoberta importante para a fotografia, a:
Cmara Escura.
Este aparelho constitudo por uma
caixa perfurada em uma das suas
paredes.O conhecimento do seu princpio ptico
atribudo, por alguns historiadores, ao
chins Mo Tzu no sculo V a.C., outros
indicam o filsofo grego Aristteles (384-
322 a.C.) como o responsvel pelos
primeiros comentrios esquemticos.
Este, um dia, sentado sobre uma rvore,
observou a imagem do sol durante um
eclipse parcial, projectando-se no solo
em forma de meia-lua, quando seus raiospassaram por um pequeno orifcio entre
as folhas, Aristteles descobriu que
quanto menor fosse o orifcio, mais ntida
era a imagem.
No inicio do sculo XI o rabe, Ibn al Haitam ouAlhazem, observa um eclipse
solar com uma cmara escura na corte de Constantinopla.
Nos sculos vindouros, era usada pelos sbios europeus para ver eclipses sem
danificar os olhos e mais tarde era fortemente vista como utenslio auxiliar ao
desenho e pintura, embora muitos artistas se sentiam ofendidos com tal
ferramenta de trabalho. Giovanni Baptista della Porta (1541-1615), cientista
napolitano, em 1558 publicou uma descrio detalhada sobre a cmara e seus
usos no livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalium . Esta cmara
era um quarto estanque luz, possua um orifcio de um lado e a parede sua
frente pintada de branco. Quando um objecto era posto diante do orifcio, do
lado de fora do compartimento, a sua imagem era projectada invertida sobre a
parede branca.
Figura 1 Cmara Escura
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Como j tinha dito antes, o estudo da
ptica e a descoberta da Cmara Escura
no foram os nicos a contribuir para o
progresso do que hoje chamamos de
fotografia, a qumica tambm foi um factor
muito importante neste aspecto.
Cientistas no inicio do sculo XVII vieram a
descobrir que certos compostos qumicos
com a cor prateada, expostos ao sol, viriam
a escurecer, tais como o cloreto de prata eo nitrato de prata.
Em 1727, o professor de anatomia Johann
Heirich Schulze, da universidade alem de
Altdorf, notou que um vidro que continha cido ntrico, prata e gesso se
escurecia quando exposto luz proveniente da janela. Por eliminao, ele
demonstrou que os cristais de prata halognea ao receberem luz, e no o calor
como se supunha, se transformavam em prata metlica negra. Sua inteno
com essas pesquisas era a fabricao artificial de pedras luminosas de fsforo,
como ele as denominava. Como suas observaes foram acidentais e no
tinham utilidade prtica na poca, Schulze cedeu suas descobertas Academia Imperial de Aldorf, em Nuremberga, na apresentao intitulada "De
como descobri o portador da Escurido ao tentar descobrir o portador da Luz".
Shulze no tinha certeza quanto utilidade prtica de sua inveno, mas
observou "No tenho qualquer dvida de que esta experincia poder revelar
ainda outras utilidades de aplicaes aos naturalistas" profetizou o pai da
fotoqumica.
Figura 2 Exemplo da funcionalidade de uma cmara escura.
Fi ura 3 - Johann Heinrich Schulze
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Em meados de Junho/Julho de 1827, foi produzida
a primeira fotografia, usando material que endurece
ao ser exposto luz. Para esta imagem ser
produzida foi preciso oito horas de exposio.
Nipce, universalmente conhecido como ohomem que produziu a primeira fotografia com
sucesso em 1827. Ele era fascinado por Litografia(
arte de reproduzir pela impresso desenhos feitos
com um corpo gorduroso em pedra calcria.) e para
tal, viajava para todo o sitio acompanhado por seu
filho artista que sabia desenhar bem.
Ele experimentou com a litografia o que o levou em sua tentativa a ter uma
fotografia, usando uma cmera obscura. Nipce tambm experimentou com
cloreto de prata, que escurece quando exposto luz, mas finalmente reparou
para o betume, que ele usou em sua primeira tentativa bem sucedida em
capturar a natureza fotograficamente. Ele dissolveu o betume em leo de
lavanda, um solvente usado frequentemente em vernizes e com esta mistura
revestida da folha de peltre, capturar a luz. Ele colocou a folha dentro de uma
cmara escura para captar a imagem e oito horas mais tarde removida e
lavada para retirar o leo de lavanda. A este processo ele denominou como,
Heliografia , gravura com a luz solar.
Nesse mesmo ano em que produziu a sua primeira fotografia, foi para
Inglaterra visitar seu irmo, levando consigo vrias heliografias. L, conhece o
pintor Francis Bauer, que logo reconhece a importncia do seu invento.
Aconselhado a informar ao Rei Jorge IV e Royal Society sobre o trabalho,
Nipce, cauteloso, no descreve o processo completo, levando a Royal Society
a no reconhecer o invento.
Figura 4 - NIPCE, Joseph Nicephore
Figura 5 -primeira heliografia de Nipce
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A quatro de Janeiro de 1829, Nipce resolve fazer parceria com um dos outros
grandes nomes da histria da fotografia, seu nome era, Louis Daguerre.
Louis Jacques Mande Daguerre (figura 6)
com o auxilio das experincias do seu falecido
colega Nipce, fez a descoberta deicisiva, aoencontrar em 1835 uma placa revestida de
prata sensibilizada com iodeto de prata, que
apesar de exposta no apresentava sequer
vestgios de imagem, guardou-a em um
armrio e ao abri-lo no dia seguinte, encontrou
uma imagem revelada. Fez experincias, por
eliminao com os outros produtos que
estavam no armrio, para descobrir que a
imagem latente tinha sido revelada por aco
do mercrio de um termmetro que se viriaa partir dentro do mesmo. Esta importante
descoberta reduziu o tempo de exposio de
uma fotografia, de oito horas para apenas
trinta minutos. Aps a revelao, agora controlada, Daguerre submetia a placa
com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata no
revelados, formando as reas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal
de cozinha, o cloreto de sdio, como elemento fixador, sendo substitudo
posteriormente por tiossulfato de sdio que garantia maior durabilidade
imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia e em 1839
foi declarado ao pblico pelo Governo Francs.
Alguns exemplos de Daguerretipos:
Figura 6
Figura 7 Primeiro Daguerretipo Figura 8 Daguerretipo de Abraham Lincoln
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Enquanto Daguerre dava os primeiros passos na fotografia em Frana, ao
mesmo tempo um nobre escritor e cintista ingls dava tambm os seus no
mesmo ramo, seu nome era, William Henry FoxTalbot.
Fox Talbot, usava a cmara escura para desenhos em suas viagens. Nainteno de fugir da patente do daguerretipo em seu pais e solucionar suas
limitaes tcnicas, pesquisava uma frmula de impressionar quimicamente o
papel.
No ano de 1835, Talbot construiu uma pequena cmara de madeira, com
somente 6,30 cm2, que sua esposa chamava de "ratoeiras". A cmara foi
carregada com papel de cloreto de prata, e de acordo com a obje ctiva utilizada,
era necessrio meia a uma hora de exposio. A imagem negativa era fixada
em sal de cozinha e submetida a um contacto com outro papel sensvel. Desse
modo a cpia apresentava-se positiva sem a inverso lateral.
Figura 9 William Henry Fox Talbot
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Em 1839, quando chegam a Inglaterra os rumores da inveno de Daguerre,
Talbot aprimorando suas pesquisas, precipitadamente publicou seu trabalho e
apresentou Royal Institution e Royal Society logo concluram que o
tiossulfato de sdio seria um fixador eficaz e sugeriu os termos positivo e
negativo. O processo que inicialmente foi baptizado de Calotipia, ficou
conhecido como Talbtipia e foi patenteado na Inglaterra em 1841. Talbot
comprou uma casa em Reading, contratou uma equipa para produzir cpias,
fotografou vrias paisagens tursticas e comercializava as cpias em quiosques
e tendas artsticas em toda a Gr-Bretanha.
Alguns exemplos de Talbtipos de Fox Talbot:
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Em 1851 uma nova era na fotografia foi introduzida pelo senhor, Frederick
Scott Archer. Aps a morte de Daguerre nesse mesmo ano, Archer, um
obscuro escultor londrino, tambm ele com grande interesse pela fotografia e
no satisfeito pela qualidade das imagens , publicou no The Chemist um
invento que em pouco tempo chegou a suplantar todos os mtodos existentes,
foi o processo do "coldio hmido. Este processo era mais bem mais rpidoque os processos convencionais j existentes, reduzindo o tempo de exposio
para apenas dois ou trs segundos.
Com esta inveno, Archer abrira novoshorizontes para a fotografia
O processo de coldio hmido consistia em:
Espalhar cuidadosamente o coldio com iodeto de potssio sobre o vidro,escorrendo o excesso, at formar uma superfcie uniforme. No quarto escuro, com somente uma fraca luz alaranjada, a placa erasubmetida a um banho de nitrato de prata.A placa era exposta na cmara escura ainda hmida, porque a
sensibilidade diminua rapidamente medida que o coldio secava. Otempo mdio de exposio luz do sol era de 30 segundos. Antes que o ter, que se evapora rapidamente secasse , tornando-seimpermevel, revelava-se com cido piroglico ou com sulfato ferroso. A fixagem era feita com tiossulfato de sdio ou com cianeto de potssio(venenoso), para finalmente lavar bem o negativo.
Fi ura 10 Frederick Scott Archer
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E assim se conta o incio da fotografia, esta agora tinha condies de crescer
em popularidade e em quantidade , com as aplicaes do coldio, que durou 30
anos. O nmero de retratistas aumentou consideravelmente, pessoas de todasas classes sociais desejavam retratos, devido a isso foi criada o uso de uma
adaptao barata do processo coldio, chamada Ambrtipo.
FIM
Figura 11 - Jean-Marie Le Bris e a sua mquina voadora "Albatroz II", fotografado por Nadar em 1868