o império em apuros

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8/18/2019 O Império Em Apuros http://slidepdf.com/reader/full/o-imperio-em-apuros 1/12 FIGUEIREDO, Luciano Raposo de Almeida- “O Império em apuros: alteraçes ultramarinas e das pr!ticas pol"ticas no império colonial portu#u$s, séculos %&II e %&III'( - as alterações que se concentram no atlântico a partir da segundo metade dos seiscentos não correspondem apenas a reações às reorientações da politica imperial portuguesa, a natureza dos discursos políticos dos súditos apresentam também sensíveis mutações- discurso da rebelião começaria a delinear um novo tipo de súdito - suspeita de irredentismo reforçada pela comparação de aver na ação rebelde dos !uminenses inspiração na revolta da "ataluna, quando os vassalos espan#is passaram a viver sob domínio franc$s - oportunismo- ações contrastam com as manifestações de lealdade ao soberano que marca as primeiras ações de protesto - ine%istindo condições ist#ricas para viabilizar um suposta independ$ncia das col&nias, a intenção de desligar de 'ortugal parecia sobreviver apenas no imagin(rio nativista - restauraç)o- o*+etio poss"el independ$ncia- utopia- Ealdo .a*ral de /ello Fase p0s Restauraç)o século )*++ fase p#s-restauração- in!uenciada pelas ideias da restauração- problemas regionais rompimento com a spana cultura política mestiça conquistar o sertão na luta contra os gentios período seguinte à restauração- marcado por grandes a!ições no império ultramarino- instabilidade e insegurança queda do preço do açúcar, medo das invasões, impossibilidade da coroa socorrer os colonos com auda .nanceira amparados na ideologia produzida para a restauração- colonos responderam aos preuízos que a centralização representava para sua autonomia através da deposição e e%pulsão dos governadores e vice- reis as conting$ncias da distancia, ao diminuírem as condições de representação politico dos vassalos unto ao rei, corroíam a natural vocação participativa ancorada na pr#pria noção de comunidade política gestada em 'ortugal restauração da constituição politica do reino parecia realidade inalcanç(vel aos súditos moradores do ultramar

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FIGUEIREDO, Luciano Raposo de Almeida- “O Império em apuros:alteraçes ultramarinas e das pr!ticas pol"ticas no império colonialportu#u$s, séculos %&II e %&III'(

- as alterações que se concentram no atlântico a partir da segundo metadedos seiscentos não correspondem apenas a reações às reorientações da

politica imperial portuguesa, a natureza dos discursos políticos dos súditosapresentam também sensíveis mutações- discurso da rebelião começaria adelinear um novo tipo de súdito

- suspeita de irredentismo reforçada pela comparação de aver na açãorebelde dos !uminenses inspiração na revolta da "ataluna, quando osvassalos espan#is passaram a viver sob domínio franc$s

- oportunismo- ações contrastam com as manifestações de lealdade aosoberano que marca as primeiras ações de protesto

- ine%istindo condições ist#ricas para viabilizar um suposta independ$nciadas col&nias, a intenção de desligar de 'ortugal parecia sobreviver apenasno imagin(rio nativista

- restauraç)o- o*+etio poss"el independ$ncia- utopia- Ealdo.a*ral de /ello

Fase p0s Restauraç)o

− século )*++

− fase p#s-restauração- in!uenciada pelas ideias da restauração-

problemas regionais

− rompimento com a spana

− cultura política mestiça

− conquistar o sertão na luta contra os gentios

− período seguinte à restauração- marcado por grandes a!ições noimpério ultramarino- instabilidade e insegurança

− queda do preço do açúcar, medo das invasões, impossibilidade da

coroa socorrer os colonos com auda .nanceira− amparados na ideologia produzida para a restauração- colonos

responderam aos preuízos que a centralização representava para suaautonomia através da deposição e e%pulsão dos governadores e vice-reis

− as conting$ncias da distancia, ao diminuírem as condições derepresentação politico dos vassalos unto ao rei, corroíam a naturalvocação participativa ancorada na pr#pria noção de comunidadepolítica gestada em 'ortugal

− restauração da constituição politica do reino parecia realidadeinalcanç(vel aos súditos moradores do ultramar

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− distancia do soberano- tornava os governadores presas f(ceis doscolonos- súditos e%ploravam os limites de sua autonomia em reaçõespoliticas contra a centralização- monop#lio de contratadores, controlesobre o fornecimento de mão de obra e .scalidade

− consequ$ncias da ve%ação da e%ploração colonial e%plodia no colodos governadores

−  crise revolucion(rio europeia de /012- esc#cia, "ataluna, 3(poles,'ortugal- restituiu a dignidade a rebelião, .rmando liderançasempenadas na reforma politica e na independ$ncia, crentes nopoder da ustiça e no equilíbrio politico e social

1ociedade i*érico-*arroca

− sociedade ibérico barroca na 4mérica

− conceituar o tempo ibério e barroco- 1 últimas décadas do )*++ e 5últimas décadas do )*+++

− barroco- subetividade- imagin(rio- eito de ser na col&nia

− "oroa- e%citar visualmente os colonos e outras coroas

− sociedade de espet(culos

− tornar pública suas ierarquias

− castigo- esquarteamento

− características barrocas

− forte conteúdo litúrgico- rituais coneciam uma obrigatoriedadedecisiva, pois pavimentavam o camino para o legalismo do alvoroço

− politica barroca- teoria da legitimidade da dissimulação- garantir aestabilidade e a defesa da ordem- re!etia um pragmatismo advindodo temor, de inspiração coeva, de que a presença politica dosgrandes promovesse a articulação de resist$ncias locais contra ogoverno central, em defesa da utilidade publica e do bem geral

/oimentos mission!rios

− padres- compania de esus- movimentos mission(rios no sertão

2uadro reolucion!rio

− o que é o quadro revolucion(rio colonial

− movimentos coloniais- 6germes7 dos movimentos de independ$ncia-istoriogra.a separatista- não é o caso desse te%to

− conte%to de motim como um confronto entre grupos distintos

− motins não são movimentos pré- independ$ncia

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− pacto colonial- institucional e político- vassalos com deveres eobrigações com o rei- tratados urídicos do rei com obrigações comseus vassalos- poder do rei destituído

− rebeliões- encaradas com pragmatismo- recomendava cautela esangue frio pro parte do soberano- tratas com bastante cuidado tudoaquilo que pudesse atrair o #dio dos vassalos contra os governantes

−  reação em cadeia- e%ist$ncia de problemas comuns, certa coer$ncianas praticas politicas ativadas para superar situações de tensão ereauste

− instabilidade politica- marca dos novos tempos- úbilo e descon.ança

− onda de e%pulsão dos governadores

− +mpacto da ideologia politica restauradora pesa para se compreendera ocorr$ncia de tantas inquietações, concentradas em tão curtoperíodo de tempo, por diferentes partes do +mpério

− doutrina voltada para legitimar o rompimento com a spana-redesena as bases das relações que estruturavam o poder real em'ortugal

− primeiros impulsos da independ$ncia portuguesa- discurso politico deuma restauração de car(ter constitucional- reintegrar, sob a noção debem comum, as autonomias politicas e os privilégios dos grupossociais, não tendo ainda o car(ter de uma restauração din(stica ounacional- refunda as bases das concepções politicas da nação

portuguesa europeia, peninsular e ultramarina, determinariaimplicações centrais para esse debate

− reavivou o papel de equilíbrio entre a obedi$ncia 8atributo dossúditos9 e a ustiça 8do soberano9 na reg$ncia do pacto que presidia amonarquia- o rei que governar com ustiça ser( devidamenteobedecido, desde que respeito usos e costumes, o direito natural e asregras tradicionais- do contr(rio averia rebelião

− relações politicas- revolta contra os reis opressores

− fragilidade de segurança das praças diante do empeno dos inimigos:

irritação dos esuítas com a centralização metropolitana : insatisfaçãogeneralizada com a sobrecarga .scal: di.culdade de equilibrar oscircuitos comerciais metropolitanos com os circuitos mercantispr#prios desenvolvidos pelos grupos locais

− implementação de novas medidas administrativas- reaçõesinusitadas, mas plenamente legitimas contra as autoridades alinomeadas

− natureza dos discursos políticos dos rebeldes coloniais iria oscilar emperfeita sincronia com a densidade da politica centralizadora

− resposta das oligarquias instaladas nos domínios ultramarinos àpolitica de centralização imperial lançada pelo 'ortugal restaurado

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− -/002- revigoramento do pacto colonial, com a regulamentação dacirculação de bens e a intervenção da ordem na política local quandoo reino .cou livre das ameaças das potencias europeias 8;olanda espana9- recuo do império portugu$s na <sia, consumido pelasresist$ncias locais e devastadores ataques dos inimigos europeus

− essa operação torcera a vocação do império a favor da 4mérica e docircuito atlântico

− e%pulsão dos governadores- conteúdo de critica à .gura dosgovernadores encontra uma parceria inusitada- "onselo =ltramarinodenunciava a preocupação em virtude da ocorr$ncia de epis#diossemelantes e simultâneos com o que acabara de se passar no rio na<sia e <frica

− rebeliões- mecanismos de negociação dos súditos com interesseslocais conspurcados pela politica colonial, encetada pelos

administradores reais− revolta de .dalgos ultramarinos- restabelece o plano do dialogo

politico com o soberano > manifestação da desordem foi um planointermedi(rio entre o reino e as comunidades

− rebelião- garantir posições, interesses e privilégios- proclamarobedi$ncia e .delidade ao soberano, e não o apelo à resist$ncia aotirano

− a e%peri$ncia da coroa em lidar com as revoltas nos seus domíniosultramarinos, inscritas na conuntura imediata à restauração,

sistematizou um conunto de orientações marcado pelo pragmatismocom que tais alterações deveriam ser tratadas> re.nar suas ações nogoverno colonial em época de crise

L0#ico de Anti#o Re#ime

− movimentos de in.delidade ao rei- deveriam ser combatidos

− amotinados elaboravam sua legitimidade, o rei tratava de perdoar e ogovernador atacado se encolia

− invenção de in.éis ao monarca- legitimação da .gura régia

− ma%imizando a imagem do rei- deveria ser preservada

− serviços locais que os vassalos prestaram na demanda da monarquiaportuguesa

− marcado por uma l#gica especí.ca de 4ntigo ?egime- quando a .gurado rei é colocada em %eque também est( inserido nessa l#gica

− por que naquele momento o monarca que ir( assumir 8@ABoão +*9 eravisto como alguém que estava rompendo com o controle entrevassalos e reiC

− ?ei- ameaça a subsist$ncia da capitania de D'- rei de D' e não reiportugu$s- combater o cativeiro indigena- 4mador Eueno da ?ibeira

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− ideia err&nea de separação

− rei perdoando- também se a.rma monarca

− 4ntigo ?egime- l#gica coletivista

− @A Boão *- consolidar autoridade de monarca na 4mérica portuguesa

− festa colonial- contraponto que evitava os perigos dos motins-reabilitar o pacto

− capitão Fulliver- viagem a Gaputa- reino governado por um soberanoque adotava estranas atitudes com os súditos que se rebelavam ourecusavam pagar tributos ao rei- privar a cidade do sol e cuva:enormes pedras para quebrar os telados das casas: dei%ava a iladespencar sobre suas cabeças, causando destruição universal

− acreditavam que com administradores virtuosos a estabilidadepolitica colonial estaria garantida

− 3a cultura politica do antigo regime era de certo modo natural aconverg$ncia entre as praticas politicas dos vassalos rebeldes e ospareceres e%arados pelo Hribunal =ltramarino na dura condenaçãodos governadores

− discurso metropolitano abandona a con.ança anterior-condenação dapratica das e%pulsões e enunciava a percepção do signi.cado nocivodessas atitudes no império

− cAuA- tentaria equilibrar o desassossego dos súditos oprimidos porgovernadores

− percepção da possibilidade da critica ao governador e%travasar emdireção ao soberano

− domínios coloniais- discursos ali gerado vai reiterar a t#pica do maugoverno usti.cando dessa forma o ato e%tremo de constranger eatacar aqueles que representavam simbolicamente a pessoa do rei

− traição ao rei- lugar de destaque no discurso politico

− produzir a imagem do traidor- suspeitas pespegadas aosgovernadores

− rei traído- comoção de gente- .dalguia ultramarina capitalizando asemoções populares

− praticas politicas dos colonos- apelo à suspeita de conduta desleal àcoroa atirado contra as autoridades nomeadas serviu para mitigar osriscos políticos que implicavam tais atos

− capacidade dos colonos em instrumentalizar em seu favor asfragilidades da defesa portuguesa em preservar seus domínios

manifestou-se ainda na alegada ameaça de rompimento com asoberania da coroa portuguesa

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− suspeita de uma possível troca de soberania demonstrava ooportunismo de !ertar com um irredentismo impens(vel sob a culturapolitica do antigo regime

− discurso dos vassalos- novas bases para alcançar suas demandas

− pesou sobre os insurretos a descon.ança de que para manterem seusdireitos e suas conquistas estivessem buscando apoios e%ternos,como os dos espan#is no rio da 'rata e em Devila, e até o deolandeses

−   colonos- instrumentalizar as fragilidades da relação col&nia-metr#pole

− evitar uma punição e%emplar e violenta, contradizendo o universopolitico da época onde a gravidade do ato de insurreição para aordem mon(rquica sugeria o emprego de uma viol$ncia imediata e

e%emplar para os culpados

− súditos distantes do soberano cediam à sua natureza turbulenta eindisciplinada

− repressão violenta deveria ser evitada entre .dalgos, pois colocavaem risco o equilíbrio das ierarquias, ameaçando as depend$ncias eas trocas clientelares, premissa fundamental no ultramar

− se assiste diante da repressão às rebeliões coloniais- recomendaçõesde dissimulação e segredo

− brandura era a melor arma- dissimulação é o meio mais seguroentre a conservação do estado e a autoridade dos príncipes

− buscar impedir que o discurso evoluísse da critica ao governador paraa critica ao rei

− como encetar o bom governo sob as e%ig$ncias do mercantilismoC

Dinastia dos 3ra#ança

conte%to dos motins- dinastia de Eragança se a.rma- rea.rma valoresde 4ntigo ?egime

− Eragança- l#gica do perdão e do castigo

Identidade re#ional

− pensar de maneira diferente cada motim- em que região est(acontecendo- que identidade foi construída naquele espaço peloscolonos

− nativismo- associada à cultura política mestiça

Re*elies

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- Eaia- /01/- vice-rei dom Borge Iascarenas, marques de Iontalvão, foie%pulso sob suspeita de traição: Iacau-/010- @iogo Iascarenas foitrucidado por uma multidão furiosa

- Iarques de Iontalvão- primeiro a sofrer as ostilidades geradas peloambiente de dúvida que a restauração motivava- reúne de imediato os

representantes eclesi(sticos, civis e militares locais para aclamar o novosoberano- rei manda instruções para o caso do vice rei resistir às ordens desubmissão ao reino aclamado

- deposição do vice-rei- instrumentalizada por grupos locais com os quais seincompatibilizava- vertente da pratica politica dos súditos ultramarinos

- Guis Earbalo- empenado na e%pulsão do vice-rei- alvo de rebeliãoquando governava o rio de aneiro- programa de arroco .scal sobre osmoradores- rigorosas medidas .scais para atender à despesa de presídios eforti.cações 8invasões olandesas9

- Guis Erabalo- sua maestade entristecida por não poder au%iliar ossúditos- pesar do rei costurado à e%pectativa da antiga lealdade dosportugueses- Eaia sobrecarregada de tributos devido a guerra- dispor docofre com a moeda cunada na capitania para enviar a outra, ameaçando ocomercio da cidade, irritou a população local

- povo tenta tomar o cofre dos o.ciais da Jazenda- governador leva o cofrepara sua resid$ncia- povo não se intimida

- @om @iogo "outino Iascarenas- ascensão iniciado no posto de capitãoda fortaleza foi cercada de criticas pela população local devido assucessivas derrotas que sofreu- nomeação para governador- atraso do

pagamento do soldo precipitou uma sublevação castrense que atacou ogovernador e o senado da câmara de Iacau- população leal ao governadorpegou em armas- guerra civil- assassinato do governador

- capitão general de "eilão- insegurança gerada pela invasão dosolandeses gerou insatisfação dos capitães e soldados- e%pulsam capitão-mor da ila- governador e seus parentes traíram 'ortugal vendendoconquistas para el rei de castela

- antipatia mútua entre rein#is e naturais da conquista em diferentes partesdo império- conde de 4*idos- .dalgos dali mimosos e pouco disciplinados emenos obedientes

- insatisfação dos .dalgos- reúnem a população que gritava viva el rei dom Boão, morra o mau governo- vice rei acusado de castelano- conde deKbidos recebe ordem de prisão

-/002- rebelião no ?io de Baneiro- tensões de natureza .scal- depuseram ogovernador da capitania- rea.rmaram vossa maestade como seu rei esenor

- ?B- um dos principais polos econ&micos de todo império- grande produtorae e%portadora de açúcar, consumidora de escravos: comerciantes atuandointensivamente nas trocas no 4tlântico sul e no acesso às zonas espanolas

na 4mérica através do ?io da 'rata- moradores viviam com pesadasta%ações e eram obrigados a pagar para manutenção das tropas de defesa-

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recursos com frequ$ncia desviados para outras .nalidades- tensão entreautoridades .scais e colonos

- Dalvador de D( e Eenevides- movimento pela sua deposição- despotismo,preencer altos postos da capitania com seus parentes, agir sem possuir

 urisdição em diversas esferas, coibir o direito que possuíam alguns colonos

de comunicação direta ao rei- politica de apro%imação do governador com a"ompania de Besus na defesa dos índios contra a escravidão, ferindo osinteresses dos grupos econ&micos deseosos da utilização dessa fonte demão-de-obra

- novo governo composto por representantes dos grupos privilegiadospromoveu eleições para a câmara e aprovou uma constituição quereformava a administração da cidade- temor de um contra-ataque dogovernador deposto- entrada de Dalvador "orreia e retomada dos principaisfortes da cidade- amotinados desmobilizados e o líder da revolta enforcadotendo sua cabeça e%posta do pelourino

- 'ernambuco- /000- governador Ber&nimo de Iendonça Jurtado deposto deser acusado de inúmeros males ao bem comum- corrupção e praticasdesp#ticas mediante prisões ilegais, e%ecução de dividas, apropriação detributos reais, etc- governador é enviado para à metr#pole e a câmaraorganizou-se em Bunta 'rovis#ria

- alcança também a <frica

- 4ngola- Hristão da "una- interesses lesados e atos de tirania, nepotismo evenalidade- elegeram a câmara para cuidar da cidade até que seu reinotivesse outro governador

- "onde de Kbidos- .gura central 8acusado de castelano9Ima#ens

− imagem de covarde- fracassos militares

− imagem de tirano- também aparece associada à noção de distanciadeles em relação ao soberano- falta de administração presencial-impossibilidade da concessão de merc$s e graças esperadas dosoberano

− tirano- impuna pesada tributação, dilacerava o equilíbrio entre os

grupos de poder locais, suspendia privilégios costumeiros e rompia acadeia de redes clientelares

−  papeis bem de.nidos

− o direito e a ustiça, que em ultima analise legitimavam o bomgoverno, se prestavam também como instrumento de acusaçãocontra os tiranos e todos que estivessem a governar de formadesp#tica > ações dos .dalgos movimentando a ustiça local parafazer valer a ustiça dLel rei, como ocorre nos casos de Foa 8/0MN9,'ernambuco 8/0009 e rio de aneiro 8/002-/00/9, quando ogovernador recebeu com alguma solenidade, a ordem de deposição

das mãos da autoridade udiciaria local

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− importância da ritualização se mostrava também nas reações dosgovernadores perante as rebeliões, quando o desespero tomava aforma de pungente covardia, desapego e resignação, ou fúria,traduzida na vontade de reação

5as /inas de uma América 6ortu#uesa

- con!itos em Iinas no século )*+++

- governador do rio se dirige par ao sertão de minas- sofre com a insol$nciados moradores- teve seu camino logrado pelas tropas emboabas lideradaspor Ianuel 3unes *iana- é e%pulso de minas

- #dio dos sertanistas às intromissões reguladoras da metr#pole

- administrador geral das minas- dom ?odrigo de "astelo Eranco- quis sefazer de s#cio dos sertanistas nas descobertas das esmeraldas, prata e

outro- é morto

- súditos das conquistas não contavam com melor sorte que osgovernadores

- re!e%o das mudanças que se operavam na politica colonial- metr#poletantalizada pelo ouro e convencida do fracasso asi(tico, endurecia nasprimeiras décadas dos setecentos as formas e intervenção real na américa,acelerando o processo que se vina arrastando desde a paz com a ;olanda

- subtração das autonomias locais: controle da magistratura régia:

tributação escorcante: transfer$ncia das despesas para os colonos,concentração de poder nos altos postos da administração real na col&nia,insegurança de ameaças e invasões por parte das potencias inimigas,coerção dos comerciantes coloniais a favor dos negociantes metropolitanos,falta de atenção as demandas dos súditos, opressões e ve%ações da ustiça,pobreza- ambiente de forte instabilidade interna

- /O2P-/O50- diversas rebeliões na américa- autoridade regia confrontadapor moradores insatisfeitos

- prec(rio abastecimento de sal, m( repartição das terras ou minas

produtivas, .scalidade, atrasos do pagamento das tropas, escravidão efornecimento de mão-de-obra

- guerra dos emboabas como ponto de partida, seguido de con!itos emdiversas (reas da américa

- contrastadas com as rebeliões do século anterior, nota-se as perman$nciase continuidades no plano do discurso e pratica politica

- qualidade dos governadores conecia ainda papel de relevo nade!agração de instabilidades

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- alterações pernambucanas- mascastes % açucarocracia- desgastesmotivados pela ine%peri$ncia das autoridades em lidar com os podereslocais 8câmaras, pr#-omens, ordens religiosas9 que se combinou com ointeresse de enriquecer à custa do e%ercício do cargo

- oportunismo através da instrumentalização das fragilidades do domínioluso diante das potencias concorrentes- ameaça de se colocarem a serviçode algum potencia estrangeira

- praticas politicas centradas na lealdade ao soberano > marcada por forteritualização

- ativou-se com vigor desesperado os fundamentos em torno do zelo com aproteção real e os ideais de constituição, bom governo e ustiça, operando acritica as autoridades apro%imados da tirania contra o bem comum

- transformações substantivas nos discursos e nas praticas politicas naprimeira metade do dezoito > no discurso dos súditos ultramarinos e nasrespostas da metr#pole

- de um lado tendeu a concentrar as contestações no atlântico, de outro, aadensar suas pratica, averia no novo mundo impactos decisivos nae%peri$ncia politica sob o antigo regime

- e%peri$ncia de e%pulsar governadores dei%ou de se repetir- e%pulsõestrocadas por negociações e concessões estabelecidas sob a preservação daautoridade regia

- pratica da luta politica de so.sticou- maneam com maestria os recursos urisdicionalistas e a ritualística do teatro da revolta

- critica ao quinto- revoltas de 'itangui e motins do sertão do rio sãoJrancisco

- apro%imação da critica do soberano- desa.ava-se o rei as escâncaras

- desaparecimento dos .dalgos para dar lugar aos e%traordin(riospotentados

- novo padrão de lutas no império onde encoliam as conuras tramadas poruma aristocracia desenraizada para surgirem manifestações dedescontentamento com ampla participação social lideradas pelos poderososda terra com seu etos muito bem encrustado no imagin(rio da conquistada col&nia

- potentado dirigiu motim e a resist$ncia, organizando o poder local- senadoapoia o protesto

- como pano de fundo a disputa pelo controle do mercado local de bens, deomens e de símbolos

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- continuidade e enriecimento da politica colonizadora combinados com ase%peri$ncias de resistencias- Iinas como ameaça- emerg$ncia doimagin(rio nativista

- no fundo essencial, quem rompe o pacto colonial são os agentes

metropolitanos, seus fundadores, pela pr#pria dinâmica d sistema colonialde base mercantilista

- unção da sobreviv$ncia da politica barroca, das praticas politicas deantigo regime e das identidades gestadas sob a condição colonial

- combinação do nativismo que emergia em diferentes partes da américacom os padrões ancestrais da cultura politica portuguesa > resist$nciasediadas em Iinas geratriz