o impacto das folhas de pagamento na economia do curimataÚ

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O IMPACTO DAS FOLHAS DE PAGAMENTO NA ECONOMIA DO CURIMATAÚ Um levantamento do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú Manassés de Oliveira Israel Buriti Galvão

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Um levantamento do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú

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Page 1: O IMPACTO DAS FOLHAS DE PAGAMENTO NA ECONOMIA DO CURIMATAÚ

O IMPACTO DAS FOLHAS DE

PAGAMENTO NA ECONOMIA DO

CURIMATAÚUm levantamento do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú

Manassés de Oliveira Israel Buriti Galvão

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Manassés de Oliveira Israel Buriti Galvão

O IMPACTO DAS FOLHAS DE

PAGAMENTO NA ECONOMIA DO

CURIMATAÚUm levantamento do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú

Nova Palmeira-PB SINPUC

2012

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__________________________________________________________________________________

GALVÃO, Israel Buriti; OLIVEIRA, Manassés de. O impacto das folhas de pagamento na economia do Curimataú: um levantamento do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú. - 1ª ed. Nova Palmeira: SINPUC, 2012.

ISBN 978-85-66504-00-2 __________________________________________________________________________________

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Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú (SINPUC) _______________________________________________________________________

Sede Rua Almisa Rosa, 18 – Centro, 58.184-000, Nova Palmeira-PB Subsede de Picuí Rua Antônio Paulino, 130 – Pedro Salustino, 58.187-000, Picuí-PB Subsede de Baraúna Rua Castelo Branco, s/n – Centro, 58.188-000, Baraúna-PB.

_______________________________________________________________________

Diretoria Sebastião José dos Santos Presidente Maria Eliete de Araújo Vice-presidente Cícera Isabel Batista de Melo Secretária-geral Maria Elisabete dos Santos Dantas Secretária de finanças Josenilson Macedo de Araújo Secretário de formação Vera Rita Almeida de Macedo Secretária de organização Edilândia Ferreira de Lima Secretária de comunicação Airy Ysmênia de Lima Medeiros Secretária da mulher Maria Risoneide Queiroz Santos Secretária de juventude Antônia Maria do Nascimento Marques Conselho fiscal Maria José de Oliveira Conselho fiscal Maria Pereira dos Santos Macedo Conselho fiscal Roselita Silveira da Silva Santos Suplente de secretaria Celiana da Costa Araújo Suplente de secretaria Natanael Gomes de Oliveira Suplente de secretaria

Maria da Conceição Bezerra Suplente do Conselho Fiscal Eliete Queirós dos Santos Suplente do Conselho Fiscal Maria Cely dos Santos Suplente do Conselho Fiscal Erivaneide Dantas dos Santos Delegada de base de Picuí Wagner Tavares Vasconcelos Delegado de base de Pedra Lavrada Ednaldo Rocha Silva Delegado de base de Damião Josenildo Alves da Paixão Delegado de base de Baraúna Ilsoneide Lima Pereira Guimarães Delegada de base de Olivedos Rita Risonete do Nascimento Moura Delegada de base de Frei Martinho Jucileide Gomes de Medeiros Suplente de delegado de base Josalba Targino dos Santos Suplente de delegado de base Edvaldo da Costa Suplente de delegado de base Jadiel dos Santos Lima Suplente de delegado de base Ilzonete Lima Guimarães Suplente de delegado de base Eva Wilma Oliveira Gomes Suplente de delegado de base

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Sumário PRIMEIRA PARTE Apresentação ............................................................................................................................. 05 Introdução ................................................................................................................................ 06 Base de dados ............................................................................................................................ 07 Metodologia .............................................................................................................................. 08 SEGUNDA PARTE Picuí ........................................................................................................................................... 10 Pedra Lavrada ............................................................................................................................ 11 Nova Palmeira ........................................................................................................................... 12 Damião ...................................................................................................................................... 13 Baraúna ..................................................................................................................................... 14 Olivedos ..................................................................................................................................... 15 Frei Martinho ............................................................................................................................. 16 TERCEIRA PARTE Dados integrados ....................................................................................................................... 17 Propostas ................................................................................................................................... 20 Conclusão .................................................................................................................................. 22 Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 24

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PRIMEIRA PARTE

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Apresentação O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú (SINPUC) tem sua atuação focada em sete municípios que, integrados, abrigam uma população de 45.738 habitantes e um contingente de 1.933 trabalhadores efetivos. No Curimataú são poucos os dados disponibilizados pelas administrações locais para que possamos traçar um perfil da importância econômica dos servidores públicos municipais na alimentação da economia de cada cidade na qual atuamos. Essa realidade permanece mesmo após a aprovação da Lei de Acesso à Informação, em novembro de 2011. Isso torna o trabalho de planejamento de nossas secretarias profundamente difícil. Quantos são os servidores lotados nas prefeituras dessas sete cidades? Quanto recebem? Quais são os seus direitos? Eles são respeitados? Eles têm planos de cargos, carreira e remuneração? Essas são algumas perguntas recorrentes na mente dos nossos sindicalistas. Para saber mais sobre esse contingente de trabalhadores, a quem devemos recorrer? As opções são pouquíssimas. Em primeiro lugar porque os gestores tocam administrações anacrônicas, sem base técnica e sem atualização profissional. Depois, porque costumam encarar o sindicato como um inimigo, quando deveria vê-lo como um mediador qualificado entre as prefeituras e a sua base. Nossa proposta, neste documento, é analisar – de maneira integrada – dados relativos às folhas de pagamento das prefeituras de Picuí, Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Damião, Baraúna, Olivedos e Frei Martinho. Queremos com isso apontar para um único caminho: a valorização dos profissionais que integram o corpo funcional desses municípios. Esse pequeno levantamento quer discutir a riqueza econômica gerada por médicos, enfermeiros, professores, garis, motoristas, jardineiros, agentes administrativos entre vários outros trabalhadores que, ao mesmo tempo em que realizam ações fundamentais para o desenvolvimento local, precisam de formação continuada, valorização profissional e garantias de direitos. Essas mesmas categorias precisam também de um sindicato forte, maior em número de filiados, depositário da confiança de sua base e preparado econômica, técnica e politicamente para representar essa massa de trabalhadores que sustenta o desenvolvimento local e aporta recursos significativos, mensalmente, no Curimataú Paraibano. Os salários dos trabalhadores públicos alimenta a locomotiva do desenvolvimento local. Uma categoria forte, que produz riqueza material para os seus municípios, precisa de um sindicato forte. Essa é a nossa tese: a força de nossa base é o que determina nossa vocação e condiciona as nossas lutas. “A luta será dura, a vida será dura, mas tu virás comigo”. Pablo Neruda

Sebastião dos Santos Presidente do SINPUC

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Introdução Os municípios interioranos não despertam, muitas vezes, a atenção do país. Tudo gira em torno dos grandes centros: as metrópoles e megalópoles. Educação, segurança pública, transporte, economia, todos são assuntos das grandes cidades, do cidadão metropolitano. Em 1903, Georg Simmel escreveu: “As grandes cidades, principais sedes do intercâmbio monetário, acentuam a capacidade que as coisas têm de poderem ser adquiridas muito mais notavelmente do que as localidades menores1”. Não há dúvida: o interior do Brasil é um lugar reservado, segundo a lógica cultural predominante, aos seus nativos. O desenvolvimento está nas cidades grandes. O quadro desenhado acima é simplista e ultrapassado. O Brasil está se interiorizando. A federalização de políticas, a universalização de serviços públicos e o aumento da escolaridade média do brasileiro, estão reconfigurando a paisagem do interior. O país cresce para todos os lados e precisa assimilar melhor essa realidade. Os fluxos de capitais fluem em direção às pequenas cidades e, elas, também são sede do intercâmbio monetário. Mas, parece, só os ladrões de banco estão enxergando isso. Conhecendo a realidade local e o potencial econômico de sua base, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú (SINPUC), resolveu fazer um levantamento e apresentar à sociedade a riqueza econômica que os servidores municipais geram na região. Quais os objetivos deste levantamento? O primeiro deles é indicar, de maneira clara, o poder econômico dos servidores assistidos pelo SINPUC. O segundo é experimentar a utilização de bases de dados da Internet para mapear indicadores sociais e diagnosticar, estrategicamente, as demandas da população dos municípios do Curimataú. Por último, o que motiva este trabalho, é a exemplificação da possibilidade de consolidar essas informações públicas para definir planos e compreender processos gerados nesse recorte espacial. Em médio prazo, o conjunto de instituições sediadas aqui poderão juntar esforços nesse mesmo sentido e ajudar no fortalecimento e consolidação deste documento. O SINPUC representa todos os servidores públicos municipais de Olivedos, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Picuí, Baraúna, Damião e Frei Martinho. Contudo, apenas os servidores efetivos, que gozam de estabilidade na administração pública, podem ser filiados ao sindicato. Nas próximas páginas há um mapeamento de dados referente aos servidores efetivos e comissionados lotados nas prefeituras dos municípios indicados acima. Reunimos, nesta primeira edição, apenas os indicadores ligados a estes dois segmentos de trabalhadores, mas, o nosso público-alvo, são os servidores investidos nos cargos por concurso público. Portanto, os efetivos. Quanto aos comissionados, computamos os dados gerados por eles para o controle do trabalho. Queremos evidenciar, do ponto de vista econômico, a diferença entre as categorias, o que cada uma gera para os seus municípios. Numa próxima edição, este relatório há de incorporar dados acerca dos servidores inativos que, assim como os efetivos, podem filiar-se ao SINPUC e representam uma base de importante incentivo econômico para a região.

1 SIMMEL apud VELHO, 1979, p. 17.

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Base de dados

Para conduzirmos este trabalho, utilizamos dados gerados pelas próprias prefeituras e reunidos no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (SAGRES), do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). As informações foram produzidas a partir da análise dos dados de 2011 disponíveis no sítio eletrônico do tribunal.

O SAGRES foi desenvolvido por técnicos do próprio TCE-PB, visando alcançar uma melhor utilização dos dados enviados pelos jurisdicionados, cuja guarda, rastreabilidade e recuperação, bem como o tempo necessário à análise, emissão de pareceres e geração de relatórios de auditoria, até o exercício financeiro de 2001, eram bastante prejudicados pela forma de encaminhamento até então praticada (em papel), justificando, assim, a busca de novas soluções. (TCE, 2010, p. 06)

Os balancetes dos municípios estudados indicam seis categorias funcionais constantes em suas respectivas folhas de pagamento: efetivos, comissionados, à disposição, eletivos, contratação por excepcional interesse público e inativos/pensionistas. Para o nosso levantamento, consideramos apenas as duas primeiras categorias, efetivos e comissionados, e não computamos os dados das câmaras municipais. O motivo da nossa escolha decorre do objetivo experimental desta primeira edição. Nela, nos contentamos apenas em desenvolver uma síntese dos demonstrativos das folhas de pagamento apresentados pelo TCE-PB. Nas próximas edições, pretendemos fazer um levantamento que leve em conta o maior número possível de fontes, visto que é necessário atualizar as informações a cada seis meses e acompanhar a evolução da valorização dos servidores públicos municipais do Curimataú. Outras fontes que tratam de despesas públicas e controle social, disponíveis no ciberespaço2, podem enriquecer este levantamento se compararmos os dados do SAGRES aos encontrados no Banco do Brasil, através do relatório de Distribuição da Arrecadação Federal (DAF), Tribunal de Justiça da Paraíba, ministérios e governo do estado, por exemplo. Mas o cruzamento desses dados e o diagnóstico transdisciplinar necessário no seu processamento é uma equação que só pode ser resolvida por um conjunto de profissionais lotados em diversas instituições espalhadas pelo Curimataú. Este esforço será tentado a posteriori. Além do SAGRES do TCE-PB, utilizamos os sítios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para a produção deste relatório. O primeiro se justifica por causa da nossa abordagem sobre a demografia da região. O segundo, devido a mensuração que fizemos do poder político dos governos locais e por apontarmos a necessidade de organização dos trabalhadores públicos para o fortalecimento de suas demandas. O último demonstra, por meio dos índices do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o nível do IDH-M3 de cada município pesquisado no contexto deste relatório.

2 O ciberespaço (que também chamarei de “rede”) é o novo meio de comunicação que surge da interconexão

mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. (LÉVY, 1999, p. 17) 3 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (dados do Censo de 2000). Cf. www.pnud.org.br

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Metodologia Para a realização dos cálculos deste relatório, estabelecemos cinco categorias nas quais distribuímos os dados coletados: Dados gerais, Receitas, Contingente, Investimento em folha e Salários. Em Dados gerais temos a reunião de cinco parâmetros que indicam o número da população, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município, informações sobre o Poder Executivo (nome do prefeito, partido ao qual pertence, data de início de governo e se o gestor foi, ou não, reeleito), Poder Legislativo (composição, nome do presidente, quantidade de vereadores nas bases aliada e oposicionista) e, por último, a relação institucional da prefeitura com o sindicato. No item Receitas reunimos a receita anual, a média mensal e a média per capta de cada município. Para a obtenção das receitas, consideramos a soma4 dos repasses mensais disponibilizada no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (SAGRES) e publicada no sítio eletrônico do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. A média mensal é o resultado da divisão da receita anual pelo número de meses do ano. A média per capta é fruto da divisão da receita anual pelo número de habitantes do município. Em Contingente subdividimos o item em quatro indicadores: Média, Comissionados, efetivos e Diferença. Para chegarmos aos resultados neste recorte, somamos os números de servidores, tanto efetivos quanto comissionados, publicados a cada mês no SAGRES. As somas das categorias de servidores foram independentes. Para obtenção da média, adicionamos o total de servidores efetivos ao de comissionados. O resultado foi dividido por 12. A média de Comissionados é o total desta categoria dividido por 12. Por sua vez, a média de Efetivos é o total destes servidores dividido por 12. Para o estabelecimento da diferença média entre comissionados e efetivos, subtraímos o total de efetivos pelo de comissionados. O resultado foi dividido por 12. O quarto item, Investimento em folha, refere-se aos valores garantidos pelos municípios para o pagamento de pessoal e foi dividido em duas categorias: Anual e Mensal. Os valores anuais, por sua vez, têm quatro subdivisões: Total, Comissionados, Efetivos e Diferença. Para a Média mensal delimitamos três categorias: Comissionados, Efetivos e Diferença. O valor da folha anual total é o resultado da soma dos pagamentos mensais dos servidores comissionados e efetivos realizados no ano-base (2011). O valor dos comissionados é a soma dos pagamentos desta categoria em 2011. Da mesma forma obtivemos o valor anual dos efetivos. A diferença entre uma e outra categoria é a subtração do total pago aos comissionados pelo valor dos efetivos. A média mensal dos comissionados é fruto da divisão da folha anual desta categoria pelo número de meses do ano. O mesmo entendimento foi utilizado para se chegar à média mensal da folha de efetivos. A subtração da média dos comissionados pela dos efetivos, resultou na diferença média mensal entre as categorias.

4 O cálculo não levou em consideração eventuais estornos indicados nos demonstrativos. Estornos são correções de

lançamentos para anular o efeito de erro na contabilidade da receita. Como o SAGRES não disponibiliza o detalhamento do balancete de estorno, entendemos que o resultado da soma no sistema já é corrigido.

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Por último temos o item Salários. Para o cômputo dos salários médios, com base nos registros do SAGRES, dividimos o valor de cada média mensal das folhas de efetivos e comissionados, pelas respectivas médias de contingente destes servidores. Com o cálculo, chegamos às médias salariais dos comissionados e dos efetivos5. A diferença salarial é o resultado da subtração das médias salarias obtidas com as operações descritas antes.

5 Os valores reais dos salários podem oscilar minimamente, para mais ou para menos, em face das particularidades

a que estão submetidos alguns servidores, como o recebimento de gratificações e adicionais. O SAGRES não dá esses detalhes. Portanto, as médias obtidas neste relatório, indicam os salários com base nos dados disponibilizados pelo sistema do TCE-PB.

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SEGUNDA PARTE

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Picuí

Dados Gerais De acordo com o Censo de 2010, Picuí tem uma população de 18.222 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,606. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pelo prefeito Rubens Germano Costa, sem partido. O político assumiu o governo em 2005 e se reelegeu em 2008. O Poder Legislativo é majoritariamente oposicionista. A composição é de nove vereadores, sendo quatro da situação (Maria Ednalva Dantas, Roseli Alves de Macedo, Guionaldo Neto Dantas e Joseilton de Lima Azevedo) e cinco da oposição (Olivânio Dantas Remígio, Paulo Silva Lira, José Roberto Dantas, Odimar de Oliveira Vasconcelos e Jozelma Cecilia da Costa Dantas). O presidente da câmara é José Roberto Dantas. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como difícil.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

27.284.862,69 2.273.738,56 1.497,36

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

681 46 635 589

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

10.826,213,82 815.323,02 10.010.890,80 9.195.567,78

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

67.943,59 834.240,90 766.297,32

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

1.466,41 1.312,56 153,85

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Página | 13

Pedra Lavrada

Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2010, Pedra Lavrada tem uma população de 7.475 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,581. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pelo prefeito José Antônio Vasconcelos da Costa, do DEM. O político assumiu o governo em 2005 e se reelegeu em 2008. O Poder Legislativo é majoritariamente situacionista. A composição é de nove vereadores, sendo sete da situação (Robson Vasconcelos Cordeiro, Alexsandro dos Santos Buriti, Agenor Sabino Júnior, Carlos Antônio Nunes da Silva, Alberto Edson Farias de Oliveira, Guriatan Ferreira Dantas e Hemerson Maerton Cordeiro Costa) e dois da oposição (Cirilo Cordeiro de Lucena Neto e Erivonaldo Macedo Oliveira). O presidente da câmara é Agenor Sabino Júnior. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como regular.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

11.927.718,33 933.976,53 1.595,68

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

381,25 35,5 345,75 310,25

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

4.981.626,05 347.907,19 4.633.718,86 4.285.811,67

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

28.992,27 386.143,24 357.150.97

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

816,68 1.116,83 300,14

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Página | 14

Nova Palmeira

Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2010, Nova Palmeira tem uma população de 4.361 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,632. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pelo prefeito José Petronilo de Araújo, do PP. O político assumiu o governo em 2005 e se reelegeu em 2008. O Poder Legislativo é majoritariamente oposicionista. A composição é de nove vereadores, sendo quatro da situação (Manoel José dos Santos, Sebastião de Lima Azevedo, Ana Maria Ferreira e João Francisco de Oliveira Filho) e cinco da oposição (Sebastião Hugo Dantas, Ailton Gomes de Medeiros, Edson Francisco Camargo, Gilvan Dantas de Mendonça e Gilmário Pereira de Araújo). O presidente da câmara é Ailton Gomes de Medeiros. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como ótima.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

8.401.507,48 700.125,62 1.926,51

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

268 26,5 241,5 215

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

3.032.508,61 333.235,63 2.699.272,98 2.366.037,35

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

27.769,64 224.939,42 197.169.78

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

1.047,91 931,43 116,48

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Página | 15

Damião

Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2010, Damião tem uma população de 4.900 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,527. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pela prefeita Maria Eleonora Soares, do PMDB. A política assumiu o governo em 2009 e não foi reeleita em 2012. O Poder Legislativo é majoritariamente situacionista. A composição é de nove vereadores, sendo cinco da situação (José Paulino de Oliveira Neto, Avaniso Marques de Araújo, Rubens Ferreira de Sousa, Josuel Silva Rodrigues e João de Deus Mendes Marques) e quatro da oposição (Francisco Berto da Silva, Damião Barbosa Galdino, Raimundo de Azevedo Melo e Maria do Carmo Santos Sousa). O presidente da câmara é Francisco Berto da Silva. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como difícil.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

9.981.431,02 831.785,92 2.037,03

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

257,58 37,16 220,41 183,25

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

3.641.627,55 496.616,68 3.145.010,87 2.648.394,19

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

41.384,72 262.084,24 220.699,52

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

1.113,49 1.189,04 75,55

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Baraúna

Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2010, Baraúna tem uma população de 4.220 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,592. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pelo prefeito Alyson José da Silva Azevedo, do PMDB. O político assumiu o governo em 2009 e foi reeleito em 2012. O Poder Legislativo é majoritariamente situacionista. A composição é de nove vereadores, sendo seis da situação (Ione Cavalcante de Oliveira, José Jandir de Pontes Cândido, Sérgio Reis Alves de Sousa, Antônio Lunguinho de Almeida, Joailson dos Santos Abreu e Maria de Fátima Nascimento) e três da oposição (Ivan Gomes da Silva, Reginaldo Rodrigues de Lima e Emília de Souza Silva Almeida). A presidente da câmara é Ione Cavalcante de Oliveira. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como regular.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

8.928.114,38 744.009,53 2.115,67

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

228 38,58 189,41 150,83

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

3.107.668,07 485.020,61 2.622.647,46 2.137.626,85

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

40.418,38 218.553,96 178.135,57

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

1.047,56 1.153,83 106,27

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Olivedos

Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2010, Olivedos tem uma população de 3.627 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,627. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pelo prefeito Josimar Gonçalves Costa, do PMDB. O político assumiu o governo em 2005 e se reelegeu em 2008. O Poder Legislativo é majoritariamente situacionista. A composição é de nove vereadores, sendo seis da situação (Virginia Gonçalves Borges, Marisaldo Rocha Oliveira, Edgley Tavares da Silva, Francisco de Assis Batista Souza, Elidio Pereira Guimarães e Maria das Graças Silva de Sousa Lima) e três da oposição (José de Deus Anibal Leonardo, Joaquim Verissimo de Sousa, Uirson da Costa Guimaraes). O presidente da câmara é Marisaldo Rocha Oliveira. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como regular.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

8.229.131,94 685.761,00 2.268,85

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

166,75 21,66 145,083 123,41

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

2.012.843,51 301.686,86 1.711.156,65 1.409.469,79

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

25.140,57 142.596,39 117.455,82

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

1.160,33 982,86 177,48

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Frei Martinho

Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2010, Frei Martinho tem uma população de 2.933 habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica, para a localidade, um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,610. Atualmente, o Poder Executivo é ocupado pelo prefeito Francivaldo Santos de Araújo, do PMDB. O político assumiu o governo em 2009 e não foi reeleito em 2012. O Poder Legislativo é majoritariamente situacionista. A composição é de nove vereadores, sendo sete da situação (Jugliel Lettieri Pereira Dantas, João de Deus Pinto, Eder de Oliveira Dantas, Francisco Batista de Moura, Marcos Antônio de Araújo, Edmilson de Souto Silva e Altemiles Martins de Souza) e dois da oposição (Antônio Pereira de Araújo Neto e Renaildo Dantas). O presidente da câmara é Marcos Antônio de Araújo. A relação institucional da gestão com o SINPUC é classificada como regular.

Receitas

Receitas (R$)

Anuais Médias mensais Médias anuais per capta

7.394.316,29 616.193,02 2.521,08

Contingente

Contingente de servidores

Média Comissionados Efetivos Diferença

199,16 43,75 155,41 111,66

Investimento em folha

Investimento em folha (R$)

Anual

Total Comissionados Efetivos Diferença

2.382.803,40 546.957,47 1.835.845,93 1.288.888,46

Média mensal

Comissionados Efetivos Diferença

45.579,79 152.987,16 107.407,37

Salários

Salários médios (R$)

Comissionados Efetivos Diferença

1.041,82 984,37 57,46

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TERCEIRA PARTE

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Dados integrados

Dados Gerais O município com a maior população é Picuí (18.222). Pedra Lavrada ocupa a segunda posição com 7.475 habitantes. Damião tem 4.900 moradores, Nova Palmeira (4.361), Baraúna (4.220), Olivedos (3.627) e, Frei Martinho, abriga 2.933. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), de acordo com os dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é melhor em Nova Palmeira (0,632). Depois vem Olivedos (0,627), seguido por Frei Martinho (0,610), Picuí (0,606), Baraúna (0,592), Pedra Lavrada (0,581) e, por último, Damião (0,527). Os prefeitos de Picuí (Rubens Germano Costa), Pedra Lavrada (Antônio Vasconcelos da Costa), Nova Palmeira (José Petronilo de Araújo) e de Olivedos (Josimar Gonçalves Costa), estão no segundo mandato. Maria Eleonora Soares (Damião), Alyson José da Silva Azevedo (Baraúna) e Francivaldo Santos de Araújo (Frei Martinho), foram eleitos em 2008 e cumprem o primeiro mandato. Cada uma das câmaras municipais dos sete municípios é composta por nove parlamentares. Em cinco delas os prefeitos têm maioria política: Pedra Lavrada (sete contra dois), Frei Martinho (sete contra dois), Baraúna (seis contra três), Olivedos (seis contra três) e Damião (cinco contra quatro). A oposição é majoritária em dois municípios: Picuí (cinco contra quatro) e Nova Palmeira (cinco contra quatro). A relação institucional dos gestores para com o SINPUC foi medida em quatro níveis: difícil, regular, boa e ótima. Em Nova Palmeira ela foi classificada como ótima. Em Pedra Lavrada, Baraúna, Olivedos e Frei Martinho, regular. Picuí e Olivedos têm uma relação péssima no tratamento aos sindicalistas. Este parâmetro indica o grau de abertura dos governos locais às negociações com as categorias de trabalhadores representadas pelos sindicalistas e suas respostas aos pedidos de informação formulados pelos membros do sindicato.

Receitas

Quantos às receitas totais, o município de Picuí é o que mais detém ativos, R$ 27.284.862,69. Este foi o valor recebido pela administração no ano de 2011. Em seguida vem Pedra Lavrada (R$ 11.927.718,33), Damião (R$ 9.981.431,02), Baraúna (R$ 8.928.114,38), Nova Palmeira (R$ 8.401.507,48), Olivedos (R$ 8.229.131,94) e, por último, Frei Martinho (R$ 7.394.316,29). A variação desses recursos depende do nível de enquadramento de cada município estabelecido no Código Tributário Nacional (CTN)6. Quando analisamos as receitas pela média mensal, a ordem de classificação não é alterada, visto que o divisor é o mesmo para o conjunto de municípios. Desse modo a liderança permanece com Picuí, que recebe mensalmente R$ 2.273.738,56. O segundo colocado é Pedra Lavrada (R$ 933.976,53), depois Damião (R$ 831.785,92), Baraúna (R$ 744.009,53), Nova Palmeira (R$ 700.125,62), Olivedos (R$ 685.761,00) e Frei Martinho (R$ 616.193,02). Mudando-se o divisor para obtenção da receita média per capita, ou seja, para saber quanto cada município recebe anualmente, por cada habitante local, temos uma inversão de papéis. A

6 Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966.

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ordem é alterada e Frei Martinho passa a liderar a lista, com uma receita de R$ 2.521,08 para cada cidadão sob sua responsabilidade. Na sequência vem Olivedos (R$ 2.268,85), Baraúna (R$ 2.115,67), Damião (R$ 2.037,03), Nova Palmeira (R$ 1.926,51), Pedra Lavrada (R$ 1.595,68) e, na ponta, Picuí (R$ 1.497,36). Embora seja a unidade de gestão que mais recebe recursos – quando observada na perspectiva absoluta – é a que menos tem dinheiro para gastar em escala relativa ao número de seus habitantes.

Contingente Picuí emprega o maior contingente médio de servidores do Curimataú. São 681 pessoas, entre efetivos e comissionados, que trabalham diretamente para a administração municipal. Em segundo lugar está Pedra Lavrada (381,25), depois Nova Palmeira (268), Damião (257,58), Baraúna (228), Frei Martinho (199,16) e, por último, Olivedos (166,75). A média dos trabalhadores em regime comissionado também é maior em Picuí (46), seguido de Frei Martinho (43,75), Baraúna (38,58), Damião (37,16), Pedra Lavrada (35,5), Nova Palmeira (26,5) e Olivedos (21,66). Os efetivos somam 635 servidores em Picuí, 345,75 em Pedra Lavrada, 241,5 em Nova Palmeira, 220,41 em Damião, 189,41 em Baraúna, 155,41 em Frei Martinho e 145,083 em Olivedos. A diferença numérica média entre estas categorias, em todos os municípios, é maior no número de servidores efetivos. Picuí tem 589 trabalhadores efetivos a mais do que comissionados. O município de Pedra Lavrada tem 310,25. Em Nova Palmeira a diferença é de 215, Damião (183,25), Baraúna (150,83), Olivedos (123,41) e Frei Martinho (111,66).

Investimento em folha

Os servidores públicos municipais de Picuí contribuem, todos os anos, com R$ 10.826,213,82 para a economia local. Em Pedra Lavrada o valor é de R$ 4.981.626,05. Na sequencia, estão Damião (R$ 3.641.627,55), Nova Palmeira (R$ 3.032.508,61), Baraúna (R$ 3.107.668,07), Frei Martinho (R$ 2.382.803,40) e Olivedos (R$ 2.012.843,51). Estes números representam as duas categorias: comissionados e efetivos. Analisada separadamente, a folha anual de comissionados de Picuí garante R$ 815.323,02 para a economia do município. Em segundo lugar vem Frei Martinho, com um montante de R$ 546.957,47. Depois Damião (R$ 496.616,68), Baraúna (R$ 485.020,61), Pedra Lavrada (R$ 347.907,19), Nova Palmeira (R$ 333.235,63) e Olivedos (R$ 301.686,86). Os servidores efetivos respondem por um volume financeiro extremamente mais significativo no contexto econômico local. Em Picuí o aporte da folha anual de efetivos é de R$ 10.010.890,80. Em Pedra Lavrada a categoria é responsável pela injeção R$ 4.633.718,86 na economia. O ranking continua com Damião (R$ 3.145.010,87), Nova Palmeira (R$ 2.699.272,98), Baraúna (R$ 2.622.647,46), Frei Martinho (R$ 1.835.845,93) e Olivedos (R$ 1.711.156,65). A diferença anual de investimento na folha de efetivos de cada município reforça a importância hegemônica da categoria sobre os comissionados. Em Picuí eles garantem, anualmente, R$ 9.195.567,78 a mais no fomento da economia. A superioridade da diferença financeira é de R$ 4.285.811,67 em Pedra Lavrada, R$ 2.648.394,19 em Damião, R$

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2.366.037,35 em Nova Palmeira, R$ 2.137.626,85 em Baraúna, R$ 1.409.469,79 em Olivedos e R$ 1.288.888,46 em Frei Martinho. Dirigindo-se o olhar para o valor médio da folha mensal de comissionados, Picuí paga R$ 67.943,59 por mês aos servidores desta categoria. Frei Martinho posiciona-se em seguida, com o valor de R$ 45.579,79. A escala segue decrescente com Damião (R$ 41.384,72), Baraúna (R$ 40.418,38), Pedra Lavrada (R$ 28.992,27), Nova Palmeira (R$ 27.769,64) e Olivedos (R$ 25.140,57). O valor médio da folha mensal de efetivos é maior em todos os municípios pesquisados. Picuí (R$ 834.240,90), Pedra Lavrada (R$ 386.143,24), Damião (R$ 262.084,24), Nova Palmeira (R$ 224.939,42), Baraúna (R$ 218.553,96), Frei Martinho (R$ 152.987,16) e Olivedos (R$ 142.596,39). Por fim, cabe verificar a diferença mensal de investimento na folha de efetivos. Picuí vem primeiro lugar, com o valor de R$ 766.297,32. Pedra Lavrada fica em segundo (R$ 357.150.97), seguido de Damião (R$ 220.699,52), Nova Palmeira (R$ 197.169.78), Baraúna (R$ 178.135,57), Olivedos (R$ 117.455,82) e Frei Martinho (R$ 107.407,37).

Salários

O salário médio dos servidores comissionados é, em quatro dos sete municípios que compõem este relatório, maior do que a média de vencimentos dos efetivos. Os comissionados ganham mais em Picuí, Frei Martinho, Olivedos e Nova Palmeira. Picuí paga R$ 1.466,41 aos comissionados. Em ordem decrescente seguem Olivedos (R$ 1.160,33), Damião (R$ 1.113,49), Nova Palmeira (R$ 1.047,91), Baraúna (R$ 1.047,56), Frei Martinho (R$ 1.041,82) e Pedra Lavrada (R$ 816,68). A média salarial dos efetivos de Picuí é de R$ 1.312,56. Damião paga R$ 1.189,04, Baraúna R$ 1.153,83, Pedra Lavrada R$ 1.116,83, Frei Martinho R$ 984,37, Olivedos R$ 982,86 e Nova Palmeira R$ 931,43. A diferença média salarial entre efetivos e comissionados é maior em Pedra Lavrada. O município remunera os servidores efetivos com R$ 300,14 a mais do que a categoria comissionada. O contracheque dos efetivos em Olivedos é R$ 177,48 menor do que o dos comissionados. Em Picuí os efetivos também ganham menos. Uma desproporção de R$ 153,85. Em Nova Palmeira a desvantagem dos efetivos é de R$ 116,48. Baraúna paga mais aos servidores estáveis. A diferença é de R$ 106,27. Damião também. Os efetivos recebem remuneração com uma diferença de R$ 75,55. Em Frei Martinho, onde se registra a menor de todas as diferenças, os efetivos ganham R$ 57,46 a menos do que os comissionados.

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Propostas

O SINPUC entende que é um mediador entre os servidores públicos municipais, as prefeituras e os setores econômicos de produção. O sindicato atua na articulação entre estes sujeitos, nos mais diversos cenários possíveis, sabe que o trabalhador que presta serviço à administração pública e tem a contribuição sindical descontada no seu contracheque, exige benefícios à sua rotina laboral e à sua vida social. Com este entendimento, e após mensurar o tamanho da contribuição dos trabalhadores do Curimataú para a economia local resolvemos propor, para as administrações públicas e o setor privado, algumas ações que beneficiam – de forma imediata – a base que representamos.

Administrações públicas

Por administrações públicas entendemos as prefeituras das sete cidades que compõem a base do SINPUC. Nesse sentido, a principal proposta do sindicato é a implementação de planos de cargos, carreira e remuneração, diferenciados para cada categoria de servidor municipal. A garantia da universalização da medida para todos os trabalhadores é um direito que ainda encontra resistência nos municípios do Curimataú. O artigo 39 da Constituição Federal determina que a municipalidade institua regime jurídico único para os servidores públicos e planos de carreira para categorias específicas de trabalho. No parágrafo 7º do mesmo artigo, a Carta Magna afirma que os municípios devem criar leis que garantam a aplicação de recursos orçamentários para programas de qualidade, produtividade, treinamento, desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público oferecido aos cidadãos. Os municípios podem, também, incentivar os servidores sob a forma de adicional e prêmios de produtividade. No entendimento do SINPUC, o que a Constituição Federal garante é que os servidores, para se adequarem à evolução da sociedade, precisam de treinamento constante e incentivos ao trabalho. Nesse contexto, defendemos que os gestores criem cursos de aperfeiçoamento para todas as categorias. Melhorar a capacitação e os salários destes trabalhadores, sem dúvida, aumenta a qualidade dos serviços prestados e a eficiência das gestões locais. Os municípios precisam, urgentemente, garantir equipamentos de segurança do trabalho, valorizar a cooperação e evitar a competição entre os trabalhadores. São necessários, também, a redução do número de cargos comissionados e a urgente realização de concurso para que todos os servidores possam ter estabilidade no emprego e se evite a partidarização da máquina pública. Hoje a média de cargos comissionados nos municípios do Curimataú é de 249 postos de trabalho. Uma redução de 50% nesses cargos abriria, imediatamente, 124 vagas para serem ocupadas por mérito, via concurso público.

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Setor privado

A ação do SINPUC nesse campo pretende propor parcerias a fim de garantir descontos em produtos e serviços de empresas que atuam no Curimataú e em grandes centros do estado, como Campina Grande e João Pessoa. Acordos já estão sendo realizadas nas cidades de Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Olivedos, São Vicente, Picuí, Sossego, Baraúna, Cubati e Frei Martinho. Nos municípios citados, os serviços de provedor de internet para os sócios do SINPUC, têm desconto de R$ 4,90 para planos de 400 e 600 kB. A parceria do sindicato é com o provedor NPL Conectividade. Em Picuí, além do desconto na conta da internet, os sócios compram o botijão de gás com R$ 4,00 de desconto e o garrafão de água mineral por R$ 0,50 a menos do que o consumidor comum. O acordo foi realizado com a distribuidora BN Gás. A vantagem para o servidor associado ao SINPUC é a economia potencial de R$ 9,40 nas contas do final do mês. Por enquanto é algo simbólico. Porém, a meta do sindicato e garantir descontos significativos em diversas empresas que poderão firmar futuros acordos comerciais ainda neste ano. Os descontos podem vir na forma de produtos e serviços. Como o comércio de Campina Grande e João Pessoa é frequentado por moradores do Curimataú, as parcerias vislumbradas aqui poderão ser realizadas nesses dois centros comerciais. Para isso serão feitos contatos com representantes das câmaras de dirigentes lojistas, consultórios médicos e odontológicos, parques aquáticos, supermercados, óticas e lojas diversas. A vantagem desse trabalho de parceria do SINPUC com o setor privado será traduzida na economia do salário do servidor. Hoje o desconto sindical no contracheque é de R$ 6,00 em média. O esforço do sindicato será no sentido de permitir descontos no comércio que, somados, possam aliviar as despesas mensais dos trabalhadores sindicalizados. Para os empresários, estes acordos comerciais garantem a exclusividade de uma clientela potencial de 1.933 consumidores, que movimentam mais de dois milhões de reais a cada mês na região do Curimataú. Para o sindicato, a vantagem é o aumento no número de sócios, a ampliação da infraestrutura técnica-operacional do SINPUC e a melhoraria dos serviços prestados à sua base.

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Conclusão A importância de quaisquer categorias tem íntima relação com o trabalho que desenvolvem e com a soma de recursos que movimentam. Com os parâmetros adotados na metodologia deste trabalho e com os dados consolidados nas páginas anteriores, o SINPUC chega a uma conclusão segura: os servidores públicos municipais que atuam em cargos efetivos no Curimataú garantem, a cada mês, R$ 2.221.545,30 para a economia da região. Em números exatos, em 2011, ano-base deste levantamento, a contribuição desses trabalhadores foi de R$ 26.658.543,55. Lembramos que, para o SINPUC, o Curimataú compreende sete municípios, ou seja, aqueles nos quais o sindicato tem sua base de atuação: Picuí, Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Baraúna, Damião, Olivedos e Frei Martinho. Com este levantamento podemos, seguramente, estimar o impacto das folhas de pagamento na economia da 4ª Região Geoadministrativa do Estado da Paraíba. Para tanto precisamos acrescentar seis municípios no contexto das médias obtidas neste documento: Barra de Santa Rosa, Cubati, Cuité, Nova Floresta, Seridó e Sossego. A média da folha de efetivos que precisamos considerar para cada município do Curimataú é de R$ 317.363,61. Este número representa o valor total mensal do conjunto dos municípios, dividido por sete. Somando os municípios da base do sindicato aos seis da 4ª Região Geoadministrativa e multiplicando o total pela média da folha indicada para cada um deles, concluímos que a contribuição mensal dos efetivos na alimentação da economia local é de exatos R$ 4.125.726,98. Num ano, os servidores estáveis injetam R$ 49.508.723,74 no Curimataú. Com esse dinheiro dá para comprar, todos os anos, uma frota de 2.153 carros populares zero quilômetro7. O SINPUC entende que é preciso unir este segmento de trabalhadores fortalecendo sua capacidade de mobilização. O caminho para se alcançar esta meta é agregar forças. Para que isso ocorra, a filiação de cada servidor efetivo aos quadros do sindicato mostra-se como uma oportunidade de concretização da proposta. Poucos são os municípios onde as câmaras municipais são independentes do Poder Executivo local. Qualquer proposta que enfraqueça os direitos do contingente de trabalhadores públicos municipais do Curimataú passa, livremente, pelos legislativos da região. Onde o Poder Legislativo é uma extensão cega do Executivo, os servidores precisam estar unidos e ter uma representação sindical forte para empreender as lutas necessárias à manutenção da dignidade profissional de cada categoria. Um sindicato forte precisa ter um equipamento administrativo e jurídico capaz de agregar sua base e enfrentar os desmandos das administrações no Curimataú. Um grupo de 1.933 trabalhadores não pode sucumbir aos caprichos de sete gestores. O SINPUC precisa ampliar o número de sócios para poder dar conta das demandas de sua base. Não dá para desenvolver um trabalho grandioso na região com um orçamento deficitário que

7 Valor de um Fiat Uno obtido no site da marca no dia 25/05/2012.

Cf. http://ofertas.fiat.com.br/home/PB/Picui/REC/

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mal consegue pagar um advogado e as despesas de transporte dos sindicalistas nas distâncias regionais. Além disso, é fundamental a contratação de novos profissionais para tornar o sindicato mais eficiente. Comunicação, contabilidade, transporte, assistência jurídica, tudo isso demanda custos que, hoje, o SINPUC não pode garantir. Sem esse apoio de pessoal especializado, o sindicato não consegue desenvolver um trabalho eficiente e, consequentemente, os servidores ficam mais vulneráveis às ações de controle da gestão municipal. Acreditamos, ao terminarmos este diálogo, que demos o primeiro passo para que os servidores sindicalizados e os que ainda não têm vinculação com o SINPUC vejam, de forma clara, o tamanho da força que representam e o quanto ela é importante para o Curimataú paraibano. Demonstramos, para todas as instituições sociais que se interessam pelo desenvolvimento local, o quanto os dados disponibilizados no ciberespaço são estratégicos para a mensuração de nossas demandas e para a definição de políticas de desenvolvimento. O SINPUC é parte de um conjunto maior de instituições do Curimataú e convida todas, escolas, universidades, prefeituras, câmaras, Ministério Público, Poder Judiciário, conselhos tutelares, conselheiros do Orçamento Democrático da Paraíba, rádios, blogs e ONG’s a integrarem este projeto e debaterem estes dados. O primeiro passo foi dado pelo SINPUC. A caminhada deve ser uma decisão coletiva compartilhada com os outros segmentos.

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Referências bibliográficas BRASIL. Acesso à informação pública: uma introdução à Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011. Disponível em < http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov/publicacoes/CartilhaAcessoaInformacao.pdf>. Brasília: Controladoria-Geral da União, 2011. Acesso em: 28/03/2012. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 68/2011 e pela Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a6/94. – Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2012. BRASIL. Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no

inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm> Acesso em: 05/03/2012. BRASIL. O que você precisa saber sobre as transferências constitucionais relativas aos fundos de participação dos estados e municípios. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/servicos/download/cartFPEeFPM.pdf>. Brasília: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Acesso em 04/03/2012 LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. (Coleção Trans) MENDEL, Toby. Liberdade de informação: um estudo de direito comparado. 2ª ed. – Brasília: UNESCO, 2009. PARAÍBA. Sagres On Line: um instrumento de controle social. Disponível em: <http://portal.tce.pb.gov.br/wp-content/uploads/2009/11/2010_cartilha_sagresonline.pdf> Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. João Pessoa: A União, 2010. Acesso em: 05/03/2012. SIMMEL, Georg. A metrópole e a vida mental. Tradução de Sérgio Marques dos Reis. In: Velho, Otávio Guilherme (org.). O fenômeno urbano. 4ª ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 1979. Sites Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) www.ibge.gov.br Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) www.pnud.org.br Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-Minas) http://ead01.virtual.pucminas.br/idhs/02_pnud/relatorios.htm Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) http://www.tre-pb.gov.br/she/pages/consulta/pleito_listar.jsf

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Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) http://sagres.tce.pb.gov.br/index.php Palácio do Planalto www.planalto.gov.br

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