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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 687 Maio de 2011 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Crônicas de Além-Mar ........... 12 De coração para coração .......... 4 Divaldo responde ................... 15 Editoria .................................... l2 Emmanue ................................. l2 Espiritismo para as crianças .. 14 Estudando a série André Luiz .. 5 Grandes vultos do Espiritismo 7 Histórias que nos ensinam ..... 13 Jane Martins Vilela ................ 13 Joanna de Ângelis .................... 2 José Viana Gonçalves ............ 12 Marcelo Damasceno do Vale . 15 Meimei ................................... 10 Orson Peter Carrara ................. 3 Pedro A. Lobo .......................... 7 Rogério Coelho ...................... 16 Seminários, palestras e outros eventos ..................... 11 Sidney Francez Fernandes ..... 15 Wellington Balbo ................... 12 Ainda nesta edição Entrevista: Lucy Dias Ramos Inter-Regional Centro reúne um ótimo público União da Vitória sediou nos dias 9 e 10 de abril mais um en- contro da Inter-Regional Centro, evento que reuniu espiritistas domiciliados nas regiões abrangidas pelas UREs 12ª e 15ª. Na noite do dia 9, sábado, du- rante cerca de 2 horas, como habi- tualmente se faz, reuniram-se os presidentes e representares das Casas Espíritas da Inter-Regional Centro, além da comitiva da dire- toria executiva da FEP e dos pre- sidentes da 12ª e da 15ª UREs. No domingo, dia 10, realizou- se o encontro geral do qual partici- param 94 pessoas, além dos traba- lhadores do evento e da equipe da FEP, os quais foram divididos em 8 setores. Antes, porém, da divisão, Francisco Ferraz Batista, presiden- te da FEP, apresentou uma série de advertências de Allan Kardec e Bezerra de Menezes a respeito da Unificação no Movimento Espíri- ta. Págs. 8, 9 e 10 Em seu livro “Maior que a vida”, Lucy fala sobre a desencarnação da filha Uma crua e dura análise do que vemos hoje nas igrejas “A igreja atual é um ponto de diversão como qualquer outro, é um botequim de festas onde se mercadejam frangos e leitões.” Com estas palavras de Cairbar Schutel, Rogério Coelho inicia sua análise do que vem ocorren- do nos arraiais religiosos, espe- cialmente no Brasil, em que a prática da simonia e o interesse mercantilista infelizmente têm dado o tom. As religiões – diz o confrade – se transformaram num merca- do consumidor onde impera a lei da oferta e da procura. “Consta- tada essa realidade, podemos apli- car os modelos de comportamen- to do consumidor aos pseudorreligiosos de um modo geral. Então podemos perguntar: Como uma pessoa opta por um movimento religioso ou troca um pelo outro? Que benefícios es- pera receber e como avalia se está de fato recebendo o desejado ao seguir as normas de sua opção religiosa?” Pág. 16 O presente de Danilo para sua mãe querida “Danilo queria muito fazer uma surpresa para sua mãe. Ainda fal- tavam muitos meses para o Dia das Mães, mas Danilo já estava pen- sando que presente poderia dar a sua mãe.” Assim se inicia a linda história que Célia Xavier Camargo conta na página “Espiritismo para crian- ças”, em uma homenagem especi- al a todas as mães do mundo. Pág. 14 4 anos da revista espírita O Consolador A revista O Consolador, que surgiu no cenário espírita em 18 de abril de 2007, completou 4 anos de existência no mês passado, pe- ríodo no qual já foi acessada em 105 países de todos os cinco con- tinentes do globo. Os números registrados no site www .oconsolador .com – em que a revista pode ser vista – realmen- te são expressivos: 1.026.000 downloads de textos, 1.922.000 visitas ao site e 5.964.000 impres- sões da revista, eis os dados relati- vos ao período de 18 de abril de 2007 a 31 de março de 2011. Dentre os continentes em que a revista é lida, destaca-se a Eu- ropa, com 39 países. Os núme- ros relativos aos outros continen- tes são: América – 27 países; Ásia – 22 países; África – 13 países e Oceania – 4 países. No ranking das nações, Brasil, Es- tados Unidos da América do Norte e Portugal são aquelas que apresentam o maior número de leitores. Pág. 6 Coral Espírita Nosso Lar vai de novo a Minas O Coral Espí- rita Nosso Lar participou nos dias 21, 22 e 23 de abril de uma nova caravana que par- tiu de Londrina em visita a Minas Gerais. A carava- na foi organizada por trabalhadores do Centro Espíri- ta Anita Borela de Oliveira. A primeira cidade visitada foi Uberaba, onde o Coral se apresentou na casa de assistência mantida pelo con- frade Juninho. No dia seguinte o Coral fez apresentações em Sacra- mento, onde cantou na conhecida Gruta dos Palhares (foto). Pág. 11 Durante cinco anos, nossa companheira Lucy Dias Ramos (foto), de Juiz de Fora-MG, acom- panhou a luta de Sandra, sua fi- lha mais velha, que enfrentou um câncer e, depois de desencarnar, Autora de outros livros, Lucy, graduada em Ciências Sociais e Administração Hospitalar, natural da cidade mineira de Rio Novo, reside há muitos anos em Juiz de Fora, onde participa da equipe da AME Juiz de Fora e coordena vá- rios grupos de estudos. Durante as anotações que fez antes do falecimento da filha, ela não pensava num futuro livro. Seus escritos eram uma espécie de catarse que fazia bem a ela mesma; nada mais que isso. Foi uma amiga psicóloga, com a qual fez terapia naquela fase, que lhe aconselhou transformar as anotações em um livro que vi- esse a beneficiar outras pessoas. Assim foi feito e o livro foi con- cluído após um ano da desencar- nação de Sandra. Págs. 3 e 10 enviou-lhe confortadoras mensa- gens psicografadas pela conhecida médium Suely Caldas Schubert. Essa experiência e as mensagens constam do seu mais novo livro, intitulado “Maior que a vida”.

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Page 1: O IMORTAL - oconsolador.com.br · Em seu livro “Maior que a vida”, Lucy fala sobre a desencarnação da filha ... na foi organizada por trabalhadores do Centro Espíri-ta Anita

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 687 Maio de 2011 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Crônicas de Além-Mar ........... 12De coração para coração .......... 4Divaldo responde ................... 15Editoria .................................... l2Emmanue ................................. l2Espiritismo para as crianças .. 14Estudando a série André Luiz .. 5Grandes vultos do Espiritismo 7Histórias que nos ensinam ..... 13Jane Martins Vilela ................ 13Joanna de Ângelis .................... 2José Viana Gonçalves ............ 12Marcelo Damasceno do Vale . 15Meimei ................................... 10Orson Peter Carrara ................. 3Pedro A. Lobo .......................... 7Rogério Coelho ...................... 16Seminários, palestrase outros eventos ..................... 11Sidney Francez Fernandes ..... 15Wellington Balbo ................... 12

Ainda nesta edição

Entrevista: Lucy Dias RamosInter-Regional Centroreúne um ótimo públicoUnião da Vitória sediou nos

dias 9 e 10 de abril mais um en-contro da Inter-Regional Centro,evento que reuniu espiritistasdomiciliados nas regiõesabrangidas pelas UREs 12ª e 15ª.

Na noite do dia 9, sábado, du-rante cerca de 2 horas, como habi-tualmente se faz, reuniram-se ospresidentes e representares dasCasas Espíritas da Inter-RegionalCentro, além da comitiva da dire-toria executiva da FEP e dos pre-

sidentes da 12ª e da 15ª UREs.No domingo, dia 10, realizou-

se o encontro geral do qual partici-param 94 pessoas, além dos traba-lhadores do evento e da equipe daFEP, os quais foram divididos em8 setores. Antes, porém, da divisão,Francisco Ferraz Batista, presiden-te da FEP, apresentou uma série deadvertências de Allan Kardec eBezerra de Menezes a respeito daUnificação no Movimento Espíri-ta. Págs. 8, 9 e 10

Em seu livro “Maior que a vida”, Lucyfala sobre a desencarnação da filha

Uma crua e dura análise doque vemos hoje nas igrejas

“A igreja atual é um ponto dediversão como qualquer outro, éum botequim de festas onde semercadejam frangos e leitões.”

Com estas palavras de CairbarSchutel, Rogério Coelho iniciasua análise do que vem ocorren-do nos arraiais religiosos, espe-cialmente no Brasil, em que aprática da simonia e o interessemercantilista infelizmente têmdado o tom.

As religiões – diz o confrade– se transformaram num merca-

do consumidor onde impera a leida oferta e da procura. “Consta-tada essa realidade, podemos apli-car os modelos de comportamen-to do consumidor aospseudorreligiosos de um modogeral. Então podemos perguntar:Como uma pessoa opta por ummovimento religioso ou troca umpelo outro? Que benefícios es-pera receber e como avalia se estáde fato recebendo o desejado aoseguir as normas de sua opçãoreligiosa?” Pág. 16

O presente de Danilo para sua mãe querida“Danilo queria muito fazer uma

surpresa para sua mãe. Ainda fal-tavam muitos meses para o Dia dasMães, mas Danilo já estava pen-

sando que presente poderia dar asua mãe.”

Assim se inicia a linda históriaque Célia Xavier Camargo conta

na página “Espiritismo para crian-ças”, em uma homenagem especi-al a todas as mães do mundo. Pág.14

4 anos da revista espíritaO Consolador

A revista O Consolador, quesurgiu no cenário espírita em 18de abril de 2007, completou 4 anosde existência no mês passado, pe-ríodo no qual já foi acessada em105 países de todos os cinco con-tinentes do globo.

Os números registrados no sitewww.oconsolador.com – em quea revista pode ser vista – realmen-te são expressivos: 1.026.000downloads de textos, 1.922.000visitas ao site e 5.964.000 impres-sões da revista, eis os dados relati-

vos ao período de 18 de abril de2007 a 31 de março de 2011.

Dentre os continentes em quea revista é lida, destaca-se a Eu-ropa, com 39 países. Os núme-ros relativos aos outros continen-tes são: América – 27 países;Ásia – 22 países; África – 13países e Oceania – 4 países. Noranking das nações, Brasil, Es-tados Unidos da América doNorte e Portugal são aquelas queapresentam o maior número deleitores. Pág. 6

Coral Espírita Nosso Larvai de novo a Minas

O Coral Espí-rita Nosso Larparticipou nosdias 21, 22 e 23 deabril de uma novacaravana que par-tiu de Londrinaem visita a MinasGerais. A carava-na foi organizadapor trabalhadoresdo Centro Espíri-ta Anita Borela de Oliveira. A primeira cidade visitada foi Uberaba,onde o Coral se apresentou na casa de assistência mantida pelo con-frade Juninho. No dia seguinte o Coral fez apresentações em Sacra-mento, onde cantou na conhecida Gruta dos Palhares (foto). Pág. 11

Durante cinco anos, nossacompanheira Lucy Dias Ramos(foto), de Juiz de Fora-MG, acom-panhou a luta de Sandra, sua fi-lha mais velha, que enfrentou umcâncer e, depois de desencarnar,

Autora de outros livros, Lucy,graduada em Ciências Sociais eAdministração Hospitalar, naturalda cidade mineira de Rio Novo,reside há muitos anos em Juiz deFora, onde participa da equipe daAME Juiz de Fora e coordena vá-rios grupos de estudos.

Durante as anotações que fezantes do falecimento da filha, elanão pensava num futuro livro.Seus escritos eram uma espéciede catarse que fazia bem a elamesma; nada mais que isso. Foiuma amiga psicóloga, com aqual fez terapia naquela fase, quelhe aconselhou transformar asanotações em um livro que vi-esse a beneficiar outras pessoas.Assim foi feito e o livro foi con-cluído após um ano da desencar-nação de Sandra. Págs. 3 e 10

enviou-lhe confortadoras mensa-gens psicografadas pela conhecidamédium Suely Caldas Schubert.Essa experiência e as mensagensconstam do seu mais novo livro,intitulado “Maior que a vida”.

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O IMORTALPÁGINA 2 MAIO/2011

EditorialEMMANUEL

É conhecida a advertênciaevangélica a respeito do perdão.Ensinou-nos Jesus que constituimedida salutar a busca de nos-sos adversários e a reconciliaçãocom eles, antes de oferecermosa Deus nossas oferendas e pre-ces.

A doutrina ensinada pelos Es-píritos superiores inclui o perdãodas ofensas, a indulgência paracom as imperfeições alheias e abenevolência para com todosentre as virtudes que formam oconceito de caridade tal como aentendia Jesus.

Como a caridade é, conformea Doutrina Espírita, o caminhoúnico da salvação – pois nãoexiste outra maneira de se inter-pretar a máxima Fora da cari-dade não há salvação, adotadapor Kardec –, o perdão faz bemem qualquer circunstância, so-bretudo às pessoas que o conce-dem, não apenas às que são per-doadas.

Os espiritistas, todas as vezesque examinavam essa questão,jamais pensaram em benefíciosmateriais.

O bem resultante do perdãofoi considerado sempre uma re-compensa para o Espírito eterno,

No teu círculo de amigos nãofaltam aqueles que cultivam a vio-lência, a arrogância, o espíritoperturbador...

Bulhentos, irrequietos, gostamde promover desordens sempre ar-mados contra tudo e todos.

Cuidado com eles! Aconse-lham a anarquia, estimulam as ar-ruaças, encorajam a malquerença.

Não te inspires na sua poluição

Fenômenos mediúnicos existem nagênese de todas as religiões, mas desa-parecem, à maneira de fogo-fátuo, noraio circunscrito da hora em que se ex-primem. Contudo, os livros que nascemdeles permanecem, por tempo indeter-minado, nos horizontes do espírito.

Há quem sorria ironicamente, di-ante da narrativa hindu, na qual Arjuna,espantado, observa as sublimes mani-festações de Krishna; entretanto, nospoemas do Bagavat-Gitá palpitamcânticos imperecíveis das mais altas vir-tudes.

Há quem descreia da História,quando afirma que Zoroastro recolheuensinamentos de Ormuzd (Espírito),nas eminências do Albordjeh; no entan-to, as páginas do Zend-Avesta gravamcom mestria a luta do bem contra o mal.

Há quem discuta a impossibilida-de de haver Moisés revelado tantos po-deres, à frente dos egípcios assombra-dos, mas o código de mandamentos porele recebido de Jeová, no cimo do mon-te, é seguro alicerce aos preceitos es-senciais da justiça.

Há quem veja loucura na decisãode Sidarta, ao abandonar o palácio pa-terno, sob a inspiração da Esfera Supe-rior, a fim de consagrar-se aos infeli-zes; todavia, as lições guardadas porseus discípulos formam o venerávelcaminho budista do pensamento reto.

Há quem duvide dos fatos admirá-veis que cercaram, na Terra, a presençado Cristo, relacionando acontecimen-

Perdoar faz bem sempreainda que não significasse van-tagem alguma em termos pura-mente materiais.

Usemos um exemplo colhidoà vida.

Uma pessoa é espoliada poralguém, sofrendo por isso umenorme prejuízo. Ao perdoar aoseu algoz, ela não obtém, comesse gesto, nenhuma compensa-ção material ou financeira, umavez que seus benefícios serãotão-somente de ordem espiritu-al.

Esse era o pensamento domi-nante quando se falava no valordo perdão, até que um fato novoveio mostrar que o efeito de per-doar aos que nos prejudicam ouofendem vai além de uma sim-ples satisfação interior que eno-brece a alma capaz desse gesto.

A novidade veio-nos deMichigan (Estados Unidos),onde pesquisadores do HopeCollege, situado na mencionadacidade, garantem que perdoar asofensas é uma forma de mantera saúde e pode ser até mesmocrucial para a sobrevivência daespécie.

Comparando-se osbatimentos cardíacos, a taxa desuor e outras reações de pessoas

expostas ao sofrimento ou à rai-va que conseguiram ou não per-doar, foi que os pesquisadoresamericanos concluíram que per-doar faz bem ao corpo e não so-mente à alma, algo que Jesus,com toda a certeza, sabia.

Fosse de outro modo, o Mes-tre não teria insistido tanto no as-sunto, que houve por bem incluiraté mesmo no modelo de preceque passou à posteridade com onome de Oração Dominical.

É fácil, pois, compreenderesta singela lição que Joanna deÂngelis inseriu no cap. 23 de seulivro Episódios Diários,psicografado por Divaldo Fran-co:

“Só os homens de pequenoporte moral se desforçam, tom-bando em fosso mais profundo doque aquele em que se encontra oseu perseguidor.

Se desculpas o acusador, ésmelhor do que ele.

Se perdoas ao inimigo, te en-contras em mais feliz situação doque a dele.

Se ajudas a quem te fere, sejapor qual motivo for, lograste serum homem de bem, um verda-deiro cristão.

Desforço, jamais! “

Um minuto com Joanna de Ângelismental, responsável pelo seu com-portamento alienado. Trata-os comgentileza, no entanto poupa-te àsua convivência malfazeja. Elessão cansativos pela instabilidade eexaurem aqueles que os cercam,em razão da agressividade em quese debatem.

*Há quem aconselhe revide a

qualquer ofensa; reproche a toda

Fenômenos e livrostos medianímicos cuja legitimidade de-safia todas as exigências da metapsí-quica e da parapsicologia contemporâ-neas; entretanto, o Evangelho continuasendo o Livro Divino da Humanidade.

E, ainda hoje, há quem lance sar-casmo sobre os médiuns da atualidade,mas os livros basilares de Allan Kar-dec prosseguem como sólidos funda-mentos da Doutrina Espírita, que atua-liza agora as revelações do Mestre dosmestres.

Como é fácil observar, os fenôme-nos mediúnicos representam a ostreiradas interrogações e dos experimentoshumanos, O livro edificante, contudo,é a pérola que passa a guarnecer o te-souro crescente da sabedoria que nun-ca morre.

Eduquemos, assim, a mediunidade,entre nós, para que ela possa surpreen-der e fixar a emoção e a ideia, a pala-vra e o trabalho dos mensageiros quesupervisionam e conduzem o aperfei-çoamento terrestre, porque, em verda-de, nesse ou naquele documentário, olivro é o comando mágico das multi-dões e só o livro nobre, que esclarece ainteligência e ilumina a razão, será ca-paz de vencer as trevas do mundo.

JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros li-vros, de Episódios Diários, doqual foi extraído o texto acima.

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EMMANUEL, que foi o mentor es-piritual de Francisco Cândido Xavier ecoordenador da obra mediúnica do sau-doso médium mineiro, é autor, entre ou-tros livros, de Seara dos Médiuns, doqual foi extraído o texto acima

insinuação; respostas ácidas às pro-vocações...

O fogo não se acaba, quandose lhe atira combustível. Assimtambém acontece com o mal. Aúnica alternativa é a que decorreda ação do bem, que apaga as la-baredas da violência e estabelecea paz na qual o progresso se firma.

És instrumento da vida, para atua e a felicidade geral.

Esparze alegria, sem fomentaro pandemônio. Irradia dignidade,sem carantonha ou simulação si-suda. Favorece a paz, sem pieguis-mo ou receio da perturbação.

Tua realidade íntima, tua for-ma de vida pessoal.

Vive em paz, e apazigua todosquantos se acerquem de ti.

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O IMORTALMAIO/2011 PÁGINA 3

Lucy Dias Ramos (foto), gra-duada em Ciências Sociais e Ad-ministração Hospitalar, natural deRio Novo-MG e radicada em Juizde Fora-MG há várias décadas, éde família espírita e vincula-se àCasa Espírita daquela cidade mi-neira. Participante da equipe daAME Juiz de Fora, na qual inte-gra o Conselho Fiscal, e coorde-nadora de vários grupos de estu-dos, Lucy viveu experiência pe-culiar com a desencarnação da fi-lha Sandra, que depois lhe envioumensagens psicografadas porSuely Caldas Schubert, relatadasem seu mais recente livro. Conhe-ça um pouco mais da conhecidae lúcida autora.

Seu mais recente livro abor-da uma vivência pessoal. Qualfoi essa vivência e qual o títuloda obra e editora?

Meu mais novo livro, intitula-do “Maior que a Vida”, publicadopela Federação Espírita Brasileira,é uma narrativa de minha vivênciaao lado de minha filha mais velha,que era médica e lutou durante cin-co anos contra o câncer. Sendo tam-bém espírita, vivemos nós duasuma experiência dolorosa, mascom resignação e serenidade ínti-ma, usando de todos os recursosque a Doutrina Espírita nos conce-de. Líamos juntas, orávamos e en-frentávamos este transe dolorosocom coragem e confiança em Deus.Todos os dias eu retornava ao meular e escrevia o que havíamos vivi-do durante aquele dia, como um di-ário, anotações que se transforma-ram no livro.

Nos capítulos da obra, essaexperiência conjugada de co-

ORSON PETERCARRARA

[email protected] De Matão, SP

Um depoimento de mãe sobre a desencarnação de sua filha

genros e noras), alguns outros quenão são espíritas, receberam muitobem o livro, principalmente os quecompõem a família de minha filha,como seu marido e filhos. Mesmoaqueles amigos que são de outrasreligiões estão lendo o livro e fa-zendo comentários favoráveis.

Quais outros são os livros desua autoria? Relacione título eeditora, por favor.

Recados de Amor (2008) e Lu-zes do Entardecer (2009), amboseditados pela FEB. Já em fase fi-nal na gráfica, também a ser edita-do pela FEB, com lançamento pre-visto para 2011, o livro Gotas deOtimismo e Paz, com prefácio denosso estimado confrade RogérioCoelho. Será um livro diferente,com mensagens enfocando nossavivência e nossas lutas diárias, pro-curando mostrar como a DoutrinaEspírita nos motiva a sermos feli-zes e viver tranquilos, mesmo emprocessos de reajuste e dor.

De que forma você sentiu emsi mesma a importância do co-nhecimento espírita diante dofato doloroso?

Foi de grande importância,principalmente por sentir o confor-

to e o apoio espiritual durante osmomentos mais difíceis. A presen-ça constante dos amigos espiritu-ais e benfeitores que nos ampara-vam amenizou o sofrimento, e o co-nhecimento espírita nos deu a cer-teza do reencontro além de nos de-monstrar a transitoriedade da vidafísica. Fomos nos preparando e nosalimentando com esse conhecimen-to e, nas horas de desdobramentoespiritual pelo sono físico, aconte-ciam encontros com familiares eamigos desencarnados, quando sen-tíamos quanto estávamos sendoajudados a superar esse transe difí-cil.

Com a experiência vivida, oque você teria a dizer a pessoasque vivem situações semelhan-tes?

Que não se desesperem. Confi-em em Deus, porque tudo passaráum dia, a dor será menos intensa eprecisamos prosseguir vivendocom serenidade íntima. Quantomais calmos e confiantes, mesmosofrendo, nossos entes que já par-tiram receberão os reflexos de nos-sos pensamentos, de nossas atitu-des e não merecem receber emana-ções de nossa intemperança e denossa dor com desequilíbrio. Pre-cisam se refazer e seguir suadestinação espiritual, como nóstambém um dia faremos. Eles tam-bém sentem nossa falta, sentemsaudades, mas não podemos impe-dir sua caminhada nessa outra di-mensão de vida e tentar retê-los anosso lado. Se você os ama, ore econfie em Jesus. O intercâmbio es-piritual dará a você o alívio e a se-renidade necessários. Mas é preci-so que você esteja bem harmoniza-do intimamente para poder estar emcontato com seu ente querido semperturbá-lo com suas lágrimas e in-quietações... Ao se preparar paradormir, ore a Jesus, peça por você

nhecimento do Espiritismo e a si-tuação vivida estão desdobradasde que forma?

Procurei destacar o valor do co-nhecimento espírita e da vivênciaevangélica que sempre procuramoster em nossa vida de relação, ali-mentando a esperança nos coraçõesdos que venham a passar por situa-ções semelhantes. A primeira partedo livro contém a narrativa dos fa-tos que vivemos e a segunda partemensagens escritas sobre a morte.Algumas delas eram palestras quefiz após a morte de minha filha,quando integrava o Grupo dos En-tes Queridos, na Casa Espírita quepresta apoio e assistência espiritu-al aos que sofrem a dor da separa-ção física dos familiares que parti-ram para o mundo espiritual.

Qual a razão principal de tertransformado uma experiênciapessoal em livro?

Durante as anotações antes dofalecimento de Sandra, não pensa-va num futuro livro, escrevia comouma catarse que fazia bem paramim mesma. Uma amiga psicólo-ga com a qual fiz terapia naquelafase, sabendo que escrevo, aconse-lhou-me a transformar minhas ano-tações em um livro que viesse abeneficiar muitas pessoas. Concluío livro logo após um ano de suadesencarnação. Foi difícil. Algunscapítulos escrevi chorando, e o quenarra seus últimos dias eu não con-segui reler ainda. Ressalto que oobjetivo principal é reafirmar quecom a fé e o amor no mundo ínti-mo encontramos força para prosse-guir vivendo e trabalhando no bem,superando o sofrimento.

Toda a sua família é de forma-ção espírita? Como foi a reaçãodos demais familiares na ocorrên-cia e sua descrição em livro?

Minha família é de formação es-pírita, mas alguns familiares (como

Em seu mais novo livro intitulado “Maior que a Vida”, a autora narra sua vivência ao lado de sua filha mais velha, que lutou durantecinco anos contra o câncer e, após desencarnar, enviou-lhe confortadoras mensagens psicografadas por Suely Caldas Schubert

Lucy Dias Ramos

Entrevista: Lucy Dias Ramos

e por ele... Certamente você o en-contrará durante o sono físico.

Essa temática de separaçãotemporária de entes queridos ésempre oportuna para aborda-gem? E qual a melhor forma deabordagem para o público e nosdiálogos individuais?

Considero oportuna porquetodos já passamos por isso, ou es-taremos em situações idênticas. Éimportante ressaltar o valor dacrença na imortalidade da alma ea possibilidade do reencontro, quepoderá ser de várias maneiras atéque possamos ir, também, para omundo espiritual. Devemos des-tacar, também, a transitoriedadeda vida física, procurar despertarem cada pessoa que nos ouça, ounos procure para um diálogoesclarecedor, a necessidade dodespojamento, de nos irmos liber-tando da vida material em todosos sentidos (pessoas, coisas, bensmateriais, títulos etc.). E, sobre-tudo, incentivar o trabalho nobem. Quando minha filha desen-carnou, procurei intensificar ain-da mais meu trabalho na Casa Es-pírita, indo todos os dias, fazeroutras tarefas como atendimentofraterno, palestras no Grupo dosEntes Queridos, escrevia mais in-tensamente etc. Isto ajudou bas-tante até que voltasse a realizarapenas as tarefas que já fazia eque considero uma bênção poderestar ainda realizando. (Continuana pág. 10 desta mesma edição.)

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O IMORTALPÁGINA 4 MAIO/2011

De coração para coração

Há certos assuntos que, verdadeseja dita, só conseguem tomar o nos-so tempo e nada edificam. Um deles éessa polêmica sobre a real identidadede André Luiz. Amigos de ChicoXavier, como o Hércio Arantes, afir-mam ter o médium identificado emCarlos Chagas a pessoa de André. Nãosatisfeito com o uso de um pseudôni-mo, episódios e fatos relacionadoscom sua vida e sua família teriam sidotambém modificados.

Segundo relatou no livro “Nos-so Lar”, André Luiz tinha filhas eum filho e falecera relativamentemoço, visto que seus descendentesestavam ainda no início da adoles-cência. Carlos Chagas teve dois fi-lhos, ambos já formados por ocasiãode seu falecimento.

André arrependeu-se de ter apoi-ado seu pai numa decisão que levouuma pessoa à miséria. Chagas ficouórfão de pai aos 4 anos.

E assim – se aceita a informaçãode Hércio Arantes – vários episódiosmencionados como tendo ocorridoefetivamente com André Luiz não se-riam verdadeiros, como sempre sepensou, especialmente dois deles, dosmais emocionantes de sua obra, que

foram seu reencontro com a esposa,casada novamente, e com o seu ve-lho avô, um indivíduo avarento queconfundia poeira com ouro em pó.

Se fôssemos adotar para com essasuposta revelação o critério de Erasto,tão conhecido dos espíritas (“Melhoré repelir dez verdades do que admitiruma única falsidade, uma só teoriaerrônea”), é evidente que ela, tãodeslocada da boa lógica, não passa-ria por crivo nenhum e morreria naprópria fonte em que surgiu.

Mas é bom que não percamostempo com isso, porque há outrospontos – pelo menos quatro deles –que estão a nos indicar ser realmentetemerário admitir, sem maior exame,que Carlos Chagas desencarnado te-nha sido o autor da série Nosso Lar.

Ei-los:1. Nunca se viu, em lugar ne-

nhum, declaração feita pelo próprioChico Xavier sobre o assunto. O queexiste são relatos que atribuem a eletal declaração. O que Chico Xavierescreveu é o que Suely CaldasSchubert inseriu no seu livro Teste-munhos de Chico Xavier, pág. 96e seguintes. Em carta datada de 12/10/1946, Chico escreveu a Wantuil

de Freitas que desde fins de 1941Emmanuel vinha se dedicando aostrabalhos de André Luiz. Desde en-tão, ele via sempre aquele cavalhei-ro espiritual ao lado de Emmanuel eassim decorreram quase dois anos.

2. O livro Nosso Lar foi con-cluído antes de 3 de outubro de1943, data em que Emmanuel assi-nou o prefácio da obra, confirman-do assim a informação posta em car-ta pelo médium, que disse que qua-se dois anos foi o tempo que decor-reu entre seu primeiro contato comAndré (fins de 1941) e a conclusãodo primeiro livro (outubro de 1943).

3. Carlos Justiniano Ribeiro Cha-gas, que faleceu no Rio de Janeiro em8 de novembro de 1934, nasceu em 9de julho de 1879. Tinha ele, portan-to, dez anos de idade quando foi pro-clamada a República do Brasil e, comisso, o fim do período imperial. Ora,no livro Testemunhos de ChicoXavier, na pág. 98, Chico Xavier in-formou ter-se familiarizado, em pou-co tempo, com André Luiz, que par-ticipava de suas preces e perdia tem-po conversando com ele. Diz o mé-dium: “Contava-me histórias interes-santes e muitas vezes relacionou re-

O que nos advém da ausência de bom senso

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected] Londrina

cordações do Segundo Império, o queme faz acreditar tenha sido ele, AndréLuiz, também personalidade da épo-ca referida”. É de admirar como al-guém, ainda criança, de apenas dezanos de idade, pudesse ser uma per-sonalidade de um período que se en-cerrou em novembro de 1889.

4. André Luiz fora informado porLísias ter passado mais de 8 anos noUmbral. Essa informação, como to-das as demais, poderia ter sido tam-bém um dado inventado. Ele talveznem tenha passado pelo Umbral; éisso que certamente todo mundo ima-gina, sobretudo quando se conhece abiografia de Carlos Chagas. Afinal,se sua história foi alterada, por queesse dado seria verdadeiro? Ocorreque essa informação foi confirmadapelo Espírito do próprio Carlos Cha-gas, segundo consta do livro Na Pró-xima Dimensão, do Espírito deInácio Ferreira, psicografia de CarlosA. Baccelli, 1ª edição, no qual lemos,no capítulo 35, pág. 221:

“(...) Durante um bom tempo, eutambém achei tudo muito diferentepor aqui; inclusive, o Umbral, ondeestive durante uns oito anos, meparecia mais humano... Aos poucos,porém, me habituei e, hoje, quandodevo ir à Terra, confesso-lhes que,para mim, os nossos irmãos encar-nados ainda vivem de maneira pri-mitiva (...)”. (Grifamos.)

Em face do exposto, admitindocomo verdade esse dado, o Espíritode Carlos Chagas teria saído do Um-bral nos últimos meses de 1942, oque não corresponde ao que ChicoXavier disse em carta a Wantuil deFreitas. Não esqueçamos que Chico

disse que André era visto ao lado deEmmanuel desde fins de 1941.

Além disso, temos em sua obrainformações pormenorizadas sobrea eclosão da 2ª. Guerra Mundial, ini-ciada em 1939, relatos que teriamsido mera fantasia de alguém que,estando na mesma época no Umbral,sem contato com ninguém, não po-deria ter acompanhado os mencio-nados acontecimentos.

Saindo do Umbral em fins de1942, não teria sido possível a ele terescrito as três primeiras obras atribu-ídas a André Luiz. Conforme ChicoXavier registrou em carta, foi-lhe pre-ciso um prazo de preparação de qua-se dois anos, além do próprio temponecessário à elaboração das obras,como mostra um interessante artigopublicado na revista “O Consolador”em 20/12/2009, que o leitor pode lerna internet clicando neste link – http://www.oconsolador.com.br/ano3/138/especial.html

Aos que insistem em defender edivulgar tais ideias deixamos, porfim, registrado aqui um alerta.

Imaginem o que aconteceria sealguém ligado à família de CarlosChagas viesse a público para dizerque o filme “Nosso Lar” baseia-senuma farsa; que o grande médico nãoteve filhas; que não deixou criançasórfãs; que sua esposa não se casousegunda vez, e que, por fim, haven-do falecido em 1934 e tendo passado8 anos no Umbral (como ele própriodisse numa das obras publicadas porCarlos A. Baccelli), não poderia tervisto e acompanhado os primeirosmomentos da 2ª. Guerra Mundial, ini-ciada, como todos sabem, em 1939.

As locuções “é preciso”, “éproibido”, “é necessário”, “ébom”, “é feio” podem ficar inva-riáveis em frases deste tipo:

- É preciso cautela.- Vitamina é bom para a saú-

de.- Não foi preciso rodeios.- É proibido entrada.- Piruetas em plena rua é feio.Contudo, se nas frases houver

determinação, a concordânciadeve ser a regular:

- É proibida a entrada.- Será necessária muita ajuda.

Pílulas gramaticais- A vitamina C é boa para a

saúde.- Não foram precisos muitos

recursos para terminar a obra.- São necessários muitos dó-

lares para quitar a dívida.*

O vocábulo “epidemia” é uti-lizado quando o fato abarca gran-de número de pessoas numa áreaextensa. Esse termo é aplicável,porém, somente quando se tratade seres humanos. Se o fato serefere a animais, o vocábulo a serusado é “epizootia”.

Édson pergunta-nos: “É ver-dade que o Alcorão foi escritomediunicamente?”

Sim. Foram os dons mediú-nicos de Maomé que o levaram aescrever o Alcorão. Quando elecontava 40 anos, o anjo Gabriellhe apareceu no monte Hira mos-trando-lhe um livro que o acon-selhou a ler. Três vezes Maoméresistiu a essa ordem e só paraescapar ao constrangimento so-bre ele exercido é que consentiuem o ler. Ele disse então haversentido “que um livro tinha sidoescrito em seu coração”.

bas de dizer é verdade, teu maridofoi visitado pelo grande Nâmous,que outrora visitou Moisés; ele seráprofeta deste povo”.

A missão de Maomé não foi,pois, um cálculo premeditado desua parte, porque ele mesmo sóse convenceu depois de nova apa-rição do anjo. O Alcorão – livrosagrado dos muçulmanos - não éuma obra escrita por ele de cabe-ça fria e de maneira continuada,mas o registro feito por seus ami-gos das palavras que pronuncia-va quando inspirado, diríamosmelhor: mediunizado.

O Espiritismo respondeProfundamente perturbado com

sua visão e de volta ao monte Hira,presa da mais viva agitação, julgou-se ele possuído por Espíritos malig-nos e ia precipitar-se do alto de umrochedo quando uma voz se fez ou-vir: “Ó Maomé! tu és enviado deDeus; eu sou o anjo Gabriel!” Levan-tando os olhos, ele viu então o co-nhecido anjo sob forma humana, quedesapareceu pouco a pouco no hori-zonte. Essa visão aumentou-lhe a per-turbação, embora sua esposa se es-forçasse por acalmá-lo. Varaka, pri-mo dela, pessoa afamada por sua sa-bedoria, explicou-lhe: “Se o que aca-

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O IMORTALMAIO/2011 PÁGINA 5

caminho de melhora positiva. Embo-ra não possua consciência exata desua situação, já chora, já padece comas recordações de seu passado triste.Foi ele o autor da calúnia que des-truiu o lar de Ismália e Alfredo, masseus crimes não se resumiram a isso.Ele envenenou o Espírito doutras se-nhoras, traiu outros amigos e destruiua alegria e a paz de outros santuáriosdomésticos. E as imagens de seuscrimes povoam a sua mente, em pe-sadelos constantes. Foi o próprioAlfredo que o trouxe para o Posto,quando Paulo se encontrava em re-gião abismal. Alfredo o trata comoirmão e Ismália intercedeu por ele,tendo já preparado sua volta à Terra,na condição de filho de uma de suasvítimas na última existência terres-tre. (Cap. 27, págs. 144 a 148)

41. Visitas - Amigos da colônia“Campo da Paz” chegam à casa deIsmália e Alfredo. É o casal Bacelare duas jovens, que foram transpor-tados até o Posto em um belo carro,tirado por dois soberbos cavalosbrancos. O veículo era quase idên-tico aos velhos carros do serviço pú-blico do tempo de Luís XV. Do Pos-to até a colônia a distância era apro-ximadamente de três léguas. Bace-lar tinha a seu cargo a chefia de tur-mas de assistência a criaturas em lu-tas na Terra, que nem sempre, porviverem sob véus de profunda igno-rância, desejam tal assistência. Alémdisso, enfrenta também o “descul-pismo” dos encarnados que prome-tem trabalhar, quando estão na erra-ticidade, mas não assumem suasobrigações, quando estão na Cros-ta. (Cap. 28, págs. 149 a 153)

42. “Campo da Paz” - Com ocasal Bacelar também vieram emvisita ao Posto de Socorro Cecília,filha do casal, e Aldonina, sobrinha.Cecília sonha com uma visita a“Nosso Lar”, mas, para consegui-lo,é preciso atender a algumas obriga-ções importantes. A colônia “NossoLar” é muito avançada, comparati-

Continuamos a apresentar o tex-to condensado da obra “Os Mensa-geiros”, de André Luiz, psicografa-da pelo médium Francisco CândidoXavier e publicada pela editora daFederação Espírita Brasileira.

Questões preliminaresA. Onde fica e quando surgiu

a colônia Campo da Paz?“Campo da Paz” localiza-se

numa região inferior próxima daCrosta terrestre, e foi fundada hámais de dois séculos por benfeito-res espirituais que pretendiam criarum instituto de socorro imediato aosque são surpreendidos com a mortefísica, em estado de ignorância oude culpas dolorosas. (Obra citada,cap. 29, pp. 154 a 158.)

B. Existem instituições de entre-tenimento em Campo da Paz?

Sim, e são parecidas com asexistentes na colônia “Nosso Lar”.Contudo, estando muito próxima daCrosta, as tempestades que a atin-gem obrigam seus moradores a ser-viços constantes. A colônia mais seassemelha a um avançado centro deenfermagem, rodeado de perigos,porque os ignorantes e infelizes acercam por todos os lados. (Obracitada, cap. 30, págs. 161 e 162.)

C. Quantos reencarnaçõesCampo da Paz prepara por dia?

Em média, 15 a 20 reencarna-ções diárias. (Obra citada, cap. 30,págs. 162 e 163.)

Texto para leitura40. O caso Paulo - Ele parecia

um louco fundamente irritado, emseu quarto. Quando André abriu aporta, Paulo fixou nele seu olharinexpressivo e gritou estentorica-mente. Aniceto adiantou-se e cum-primentou-o, atencioso: - “Como vai,Paulo?” O enfermo aquietou-se. Ani-ceto aproveitou o ensejo para mos-trar a diferença existente, na vida es-piritual, entre os que dormem, os queestão loucos e os que sofrem. Em“Nosso Lar” não há nenhum Espíri-to situado no primeiro caso, que é omais grave. Ele mostrou então queos que gemem e sofrem, em qualquerparte, estão melhorando. “Toda lá-grima sincera é bendito sintoma derenovação”, disse o instrutor. Pauloé, naquele momento, um doente a

vamente com “Campo da Paz”. SeusMinistérios são verdadeiras univer-sidades de preparação espiritual; daía vontade imensa que a jovem temde conhecê-la. “Campo da Paz”, lo-calizada em plena região inferior, foifundada há mais de dois séculos porbenfeitores espirituais que pretendi-am criar um instituto de socorroimediato aos que são surpreendidosna Crosta com a morte física, em es-tado de ignorância ou de culpas do-lorosas. Mas nem os Espíritosevolvidos estimam trabalhar lá. Otrabalho é meritório, mas as aquisi-ções são lentas. Bacelar ali se en-contra há mais de cinquenta anos,depois de ter sido socorrido na pró-pria colônia. Sua esposa reuniu-sea ele mais tarde e, vinte anos atrás,Cecília e Aldonina foram atraídas àcolônia, para ali dar continuidade aolar terrestre. No momento, Cecíliaaguardava a chegada de alguém queainda se encontrava encarnado naTerra. (Cap. 29, págs. 154 a 158)

43. Casamento em “Campo daPaz” - As jovens relatam o caso deIsaura, que se casou em “Campo daPaz”, havia três anos, e foi residirem “Nosso Lar”, em companhia doesposo, funcionário do Ministériodo Esclarecimento. Ele morara em“Campo da Paz”, mas foi convoca-do a serviços em “Nosso Lar”, ra-zão de ter levado consigo a noiva.Antônio, o noivo, poderia levá-lasem qualquer formalidade, já que seencontrava em posição evolutivasuperior à dela. Um dos chefes deserviço na colônia aconselhou, po-rém, que Isaura se preparasse porseis anos consecutivos em “Campoda Paz”, antes da partida, esclare-cendo que, num casamento de al-mas, é indispensável apurar o enxo-val dos sentimentos. Isaura aceitoua sugestão e trabalhou durante todoesse tempo em “Campo da Paz”, ad-quirindo valores culturais e aprimo-rando o campo do pensamento.(Cap. 30, págs. 159 a 161)

44. Centro de enfermagem -Há em “Campo da Paz” instituiçõesde entretenimento parecidas com“Nosso Lar”, mas, estando muitopróxima à Crosta, as tempestadesque a atingem obrigam seus mora-dores a serviços constantes. Lá nãoexistem Ministérios da União Divi-na e da Elevação. A colônia mais seassemelha a um avançado centro deenfermagem, rodeado de perigos,porque os ignorantes e infelizes acercam por todos os lados. De dezem dez quilômetros, nas zonas vizi-nhas à colônia, há Postos de Socor-ro que funcionam como Instituiçõesde assistência fraternal e sentinelasativas, ao mesmo tempo. (Cap. 30,págs. 161 e 162)

45. Assistência à infância - Ce-cília e Aldonina desenvolvem ali ta-refas de assistência junto dos recém-encarnados. “Campo da Paz” prepa-ra, em média, 15 a 20 reencarnaçõesdiárias e torna-se imprescindível as-sistir os companheiros ou tutelados,pelo menos no período infantil maistenro, que compreende os primeirossete anos de existência carnal. Elasvão muito à Crosta, mas sempre emgrupos, usando as faculdades devolitação. (Cap. 30, págs. 162 e 163)

Frases e apontamentosimportantes

86. É indispensável aprender aservir e passar. (Bacelar, cap. 28,pág. 151)

87. O progresso humano não éuma questão de dias. Não tenhamosilusões. (Aniceto, cap. 28, pág. 151)

88. Os doentes comuns, na Ter-ra, muito raramente lembram a me-dicina preventiva. De modo quaseinvariável, esperam a positivaçãodas moléstias para buscarem o re-curso preciso. Necessitam de anes-tésicos para o socorro do bisturi. Fo-gem ao regímen tão logo surja a pri-meira melhora. Confundem o méto-do de tratamento, apenas se registreo primeiro sinal de cura. Detestama dor que restabelece o equilíbrio.

MARCELO BORELA DEOLIVEIRA

[email protected] Londrina

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(9ª Parte)(Bacelar, cap. 28, pág. 152)

89. A cooperação dos encarnadosé outro problema. A maioria dos ir-mãos que se propõem ao serviço,partem daqui prometendo, mas gos-tam de viver descansados, no plane-ta. Poucos fogem ao estalão comum.Raramente encontramos companhei-ros encarnados com bastante dispo-sição para amar o trabalho pelo tra-balho, sem ideia de recompensa. (...)À força de viciarem raciocínios, con-fundem igualmente a visão. Enxer-gam tormentas onde há paisagens ce-lestes, montanhas de pedra onde ocaminho é gloriosa elevação. (Bace-lar, cap. 28, págs. 152 e 153)

90. E o “desculpismo”? Nesseterreno de assistência espiritual, ve-rão, um dia, quantos pretextos sãoinventados pelas criaturas terrestrespor fugir ao testemunho da verdadedivina, nas tarefas que lhes são pró-prias. Os mordomos da responsabi-lidade alegam excesso de deveres, osservidores da obediência afirmamausência de ensejo. Os que guardampossibilidades financeiras montamguarda ao patrimônio amoedado, osque receberam a bênção da pobrezade recursos monetários aconselham-se com a revolta. Os moços decla-ram-se muito jovens para cultivar asrealidades sublimes, os mais idososafirmam-se inúteis para servi-las.(Bacelar, cap. 28, pág. 153)

91. Onde a maioria vive com abondade, a maldade da minoria ten-de sempre a desaparecer. “NossoLar”, portanto, mesmo para os quechoram, possui soberanas vantagensespirituais. (Cecília, cap. 29, pág. 155)

92. Em “Nosso Lar” há muitosEspíritos sofredores, mas em “Cam-po da Paz”, conhecemos muitos Es-píritos obsessores. Lá poderá exis-tir muita gente que ainda chora; masem nosso meio há muita gente quese revolta. É mais fácil remediar oque geme, que atender ao revolta-do. (Cecília, cap. 29, pág. 156)(Continua no próximo número.)

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O IMORTALPÁGINA 6 MAIO/2011

O IMORTAL na internetAlém de circular com seu formato impresso, o jornal O

Imortal pode ser visto também na internet, bastando para issoacessar o site www.oconsolador.com, em cuja página inicialhá um link que permite o acesso do leitor às últimas ediçõesdo jornal, sem custo algum.

Para contactar a Redação do jornal, o interessado deve uti-lizar este e-mail: [email protected].

Com a edição número 204 –datada de 10 de abril de 2011 – arevista O Consolador completou4 anos de vida, período em queampliou de forma considerávelsua penetração e os números quenos dão notícia de sua utilizaçãoe aproveitamento por parte deseus leitores.

Eis os números registrados de18 de abril de 2007 a 31 de mar-ço de 2011, nos quais não estãoos dados relativos à edição 203,que circulou na internet depois dolevantamento feito, ou seja, nodia 2 de abril:

Itens NúmerosContinentes alcançados 5Países que jáacessaram a revista 105Downloads de textospublicados 1.026.000Visitas ao site darevista 1.922.000Impressões da revista 5.964.000

Países que já acessaram arevista – No total, desde o lan-çamento da revista até o dia 31de março de 2011, foram, comodissemos, 105 os países de todosos continentes em que houveacesso à revista, assim distribuí-dos pelos continentes:

Europa – 39 paísesAmérica – 27 paísesÁsia – 22 paísesÁfrica – 13 paísesOceania – 4 países.

Matérias veiculadas nosquatro primeiros anos – Até odia 10 de abril de 2011, incluin-

A revista O Consoladorcompletou 4 anos de existência

do, pois, a edição número 204, a revista publicou:

Matérias QuantidadeArtigos doutrinários 1.836Cartas de leitores 1.968Colunas com notícias sobre esperanto,livros novos e movimento espírita 1.224Respostas a dúvidas dos leitores 408Entrevistas 204Reportagens especiais 204Cartas ao leitor 204Editoriais 204Mensagens de Emmanuel 204Poesias de conteúdo espírita 204Mensagens mediúnicas de autores diversos 204Textos sobre questões gramaticais 204Páginas destinadas às crianças 204Textos de estudo das obras de André Luiz 204Textos de estudo das obras de Allan Kardec 204Textos de estudo dos Clássicos do Espiritismo 204Lições do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – ESDE 147Textos do estudo sistematizado do Novo Testamento 57

ANGÉLICA [email protected]

De Londrina

Mapa-múndi com os números alcançados pela revista

Em quarenta e oito meses de atividades, a revista já foi acessadaem 105 países de todos os cinco continentes do globo

Ranking dos países em que émaior o número de leitores – Aposição dos países conforme o nú-mero de leitores da revista é, em2011, diferente da apurada emmarço do ano passado. Eis oranking atual, considerando apenas

os números deste ano: 1. Brasil.2. Estados Unidos. 3. Portu-gal. 4. Suécia. 5. México. 6.Japão. 7. Polônia. 8. Colôm-bia. 9. Peru. 10. Suíça.

O site da revista éwww.oconsolador.com

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O IMORTALMAIO/2011 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

Sarah Morais

Nascida no dia 13 de julho de1888, na cidade de Uruguaiana, es-tado do Rio Grande do Sul, SarahMorais desencarnou em 11 de ju-lho de 1932. Foram seus paisGodofredo Velloso da Silveira e D.Bernardina Silveira. Consorciou-secom Josefino da Silva Morais, cujomatrimônio durou 28 anos e do qualtiveram filhos.

Para os seus irmãos, em núme-ro de oito, sempre dispensou cari-nho, amparo e sustentação, visto sera irmã mais idosa da família. Espo-sa, filha, irmã e amiga, sua dedica-ção era uma perene demonstraçãodo elevado grau de espiritualidadeassumido, a tudo atendendo com amáxima solicitude e altruísmo. Emtodos os seus atos, mesmo nos maissingelos, deixava transparecer agrandeza de sua alma de escol, nãopermitindo que seus gestos de ab-negação fossem enaltecidos ou mes-mo percebidos por aqueles a quemservia, pois se considerava obriga-da a dar de si, sem que lhe deves-sem gratidão ou reconhecimento.

Tornando-se espírita, encontroudentro da Doutrina as mais belas e ele-vadas oportunidades de servir ao pró-ximo, servindo dessa forma ao nossoPai Celestial. Fundando a InstituiçãoLegionárias de Maria, na cidade doRio de Janeiro, no dia 5 de janeiro de1928, ela se tornou, para seus compa-nheiros, o exemplo vivo do maiorobjetivo que o ser humano pode rea-lizar na Terra: servir ao próximo, pro-curando despertá-lo para os surtos doprogresso espiritual, não só através depalavras, mas com o exemplo nobili-tante de atos de superioridade moral– amando muito, perdoando sempre,auxiliando o seu semelhante no lar,na comunidade espírita e em muitas evariadas fases da vida no mundo.

Sarah envolvia a todos que delase aproximavam na aura radiante desua fé inquebrantável, incutindo-lhesa certeza da imortalidade da alma eda existência de um Pai que presidea todas as coisas, fazendo-o atravésde palavras penetrantes e esclarece-doras, fundamentadas no exemploque sabia tão bem propiciar.

Apesar de bastante enferma ecom o corpo minado por insidiosamoléstia que a consumia, subia reli-giosamente, todas as semanas, a la-deira de um hospital em Cascadura,para levar alento, conforto, esperan-ça e fé a uma multidão de criaturasabandonadas, que jaziam no isola-mento daquele nosocômio, prestes aabandonar a vida terrena. Suas pala-vras, impregnadas de sinceridade ecom base nos ensinamentos evangé-licos, envolviam a todos os seres ca-rentes de sustentação espiritual nahora da desencarnação. Quantas ce-

nas edificantes e maravilhosas sepassaram naquele ambiente de dor,esquecido pela maioria dos homens!Só Deus poderá julgar e avaliar o tra-balho extraordinário dessa extraor-dinária mulher!

Desejosa sempre de ver o progres-so do seu semelhante, incentivavamuitas pessoas a comparecer às ex-planações doutrinárias nas sessões deestudos do Centro Espírita “Fernan-des Figueira”, em Todos os Santos,sob cujos auspícios foi criada a Insti-tuição “Legionárias de Maria”, quan-do na sua presidência estava o con-frade José Manoel Teixeira, já desen-carnado. Sarah Morais via em cadaser que socorria, em especial nas as-sistidas da Instituição, criaturas liga-das ao seu coração pelos laços espiri-tuais e com imenso carinho as dirigiaao rebanho do Divino Pastor.

Possuía múltiplos dons mediúni-cos, principalmente a psicografia,

conseguindo receber quantidadeapreciável de sonetos, poesias, qua-dras e mensagens que a todos enle-vavam pelo cunho evangélico e es-piritual que continham.

Nos últimos anos de sua existên-cia terrena esqueceu-se totalmente desi, consagrando-se devotadamente aoserviço de amparo ao próximo.Incompreendida, como acontece a to-dos os que têm algo de superior a re-alizar na Terra, foi objeto de censu-ras e críticas por parte daqueles quenão podiam alcançar a sublimidadeda missão que lhe coubera por parti-lha em sua jornada terrena. Jamaisse queixava das dores físicas ou mo-rais pelas quais passava, responden-do sempre, quando inquirida: “Voumelhor do que mereço”. Desta for-ma passou por este mundo sem ja-mais dar qualquer demonstração defraqueza, pois mesmo em seu leitode dor ainda conseguia dispensar

conselhos e orientação para todosaqueles que buscavam soluçõespara seus problemas íntimos.

No dia 11 de julho de 1932 de-sencarnou essa denodada seareira es-pírita, deixando por escrito várias dis-posições que deveriam ser tomadas.Eis algumas delas: não velarem o seucorpo, que deveria ser costurado numlençol e sair do próprio quarto ondedesencarnasse para o túmulo; nãodesejava preces pagas nem florescompradas, preferia que oferecessemos valores delas para os pobres; queninguém usasse luto, pois tinha a cer-teza plena de que uma nova vida aaguardava, onde poderia continuar astarefas iniciadas na Terra e concreti-zar seu sonho no infinito campo dacaridade cristã.

Fonte: Antônio de SouzaLucena e Paulo Alves Godoy. Per-sonagens do Espiritismo. EdiçõesFEESP.

Plantando vento e colhendo tempestade

Virtude pode ser consideradacomo sendo um conjunto de quali-dades sublimadas que somente Deuspossui na sua totalidade absoluta. Narealidade é a sublime essência dobem que se emprega na prática in-condicional do amor.

Essa afirmativa é tão evidente eganhou uma conotação transcenden-tal. Paulo de Tarso (São Paulo), con-siderado o maior e mais importantedivulgador do Cristianismo nascen-te, em uma das primeiras cartas(epístolas) escritas para a igreja deCorinto, chegou a proclamar que oshomens (seres humanos) falam comDeus, e Ele lhes responde na mes-ma intensidade, através das virtudesteologais que estão distribuídas nafé inabalável, aquela que encara arazão face a face em todas as épocasde Humanidade; na caridade, que se

É estranho, mas é verdade. Hoje, serhonesto e cumpridor dos seus deve-res causa admirações, e, em muitoscasos, perplexidades.

Fica uma pergunta: Para onde vaia humanidade? Ninguém sabe. So-mente uma certeza. Para minimizaros defeitos educacionais reinantesque causam variadas anomalias soci-ais, somente será possível com: o re-torno dos pais para a casa de morada,transformando-a em lar, para a con-vivência salutar e fraterna com seusrebentos; a utilização da creche comoestada temporária; as escolas, comoestabelecimento de ensino para ins-trução moral e cívica; e a Psicologiacomo meio auxiliar para orientaçãodo comportamento das crianças.

Fora dessas exigências impera-tivas, a humanidade vai continuardesregrada, a sociedade refém dosmarginais, a família atormentada, aspessoas desesperadas, as cadeiassuperlotadas e os cemitérios abarro-tados.

PEDRO DE ALMEIDA [email protected]

De Campo Grande, MS

* Nada é mais emocionante para um

pai ou uma mãe de família do que aconsideração dispensada pelos seusfilhos. No mundo em que vivemos atu-almente, a família vem sofrendoinvestidas imorais e avassaladoras dasmais variadas maneiras. Os esteios dafamília – papai e mamãe – têmnobilíssimas obrigações e, em últimainstância, os deveres de educar seusfilhos com exemplos dignificantes.

Tem sido publicamente observa-do que essas condicionantes estão sen-do substituídas pela função de prove-dores de bens materiais, eexpectadores no desenvolvimentomoral insatisfatório de suas proles.

Essa inversão de valores paternais,como consequências filiais, está apli-cada abertamente sob alegação de queser moderno é ser liberal. Na convi-vência familiar onde não há limites nainfância e na juventude, a liberdadeexcessiva poderá transformar-se em li-bertinagem. A exceção torna-se regra.

traduz em benevolência para com to-dos, indulgência para com a culpa doirmão, perdão das ofensas; e na espe-rança, que é a morada dos nossos so-nhos. Quem não sonha vegeta.

Diante da magnitude expressivadesse sentimento, tem-se que ter o cui-dado para não tingi-lo com as sombrasda ignorância, transformando atos inde-corosos e horripilantes em virtuderadicalizada. Existem, lamentavelmen-te, pais que adoram repreender os filhos.Muitos desses, no afã de incutir neles origor na masculinidade, dizem: «Se vocêapanhar na rua, quando chegar a casavai apanhar novamente». Como se fos-se virtude usar da violência, ou vingan-ça, para demonstrar superioridade.

Esse tipo de aconselhamento, queainda jornadeia pelos vales tenebro-sos da ignorância humana, facilita eincentiva essas barbaridades que es-tão imperando na sociedade, tangidaspela truculência. Eles estão, com cer-teza, plantando vento e a sociedade vaicolhendo tempestade.

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União da Vitória sedia mais uma vez o encontro da Inter-Regional Centro

Com efeito, um nome sugestivo:União da Vitória...

Os principais teóricos da Psico-logia Social, particularmente da Di-nâmica dos Grupos – que é a ciênciaque analisa os processos, as forças,os elementos que atuam sobre o de-senvolvimento dos grupos e das re-lações interpessoais – afirmam queo processo de união começa com aconvivência, que gera a confiança, eesta, por sua vez, pode facultar umexercício de poder ou de papéis maisconsciente e, portanto, mais saudável.

Logo, não é senão a partir do es-forço pessoal de cada trabalhador, decada dirigente que se estabelece oclima para a formação da verdadeirafamília espírita, na medida em queestamos juntos.

Foi assim que vimos o confradeDanilo Luz sair, sozinho, de Maringá,dirigir seu carro até União da Vitó-ria, deixando esposa e filhas na reta-guarda. Vimos, também, a equipe doSetor de Estudos da Doutrina Espíri-ta da FEP, liderado pelo dr. MarceloKolling, sair de Curitiba, na sexta-feira, deixando seus compromissosprofissionais, indo a Cascavel, paraa realização de um workshop especí-fico para coordenadores de grupos deestudos, sexta, à noite, e sábado, até13 horas, chegando a União da Vitó-ria perto de 21h, no próprio sábado,a fim de confraternizar, de estar jun-to, de aproximar e fortalecer os laçosque sustentam o processo de Unifi-cação no Movimento Espírita.

Foi realmente assim que se deu oencontro da Inter-Regional Centro,congregando a 12ª e a 15ª UREs –Uniões Regionais Espíritas -, sediadasrespectivamente em Guarapuava eUnião da Vitória, cidades situadas nointerior do Estado do Paraná (fotos).

Como no ano anterior, União daVitória foi a cidade que acolheu, deforma comovedora, permeada pelocarinho sustentado pela legítima fra-

ternidade, os integrantes da diretoriaexecutiva da FEP, além dos represen-tantes das Casas das UREs integrantes.

Sábado, 20h, abertura do eventoDurante cerca de 2 horas, como

habitualmente se faz, reuniram-se ospresidentes e representares das CasasEspíritas da Inter-Regional Centro, alémda comitiva da diretoria executiva daFEP e dos dirigentes regionais da FEP(os presidentes das 12ª e 15ª UREs).

Logo na abertura, os convidadospuderam assistir a um vídeo instituci-onal da FEP, disponível no endereço:www.youtube.com/canalfep (instituci-onal), com duração de 10 minutos,contendo a história de 108 anos de ati-vidades promotoras do progresso in-telectual e moral do ser humano, emdiversos setores de atuação. Uma his-tória, sem dúvida alguma, fascinante.

A mesa diretiva do encontro foiformada por Luiz Henrique (1º Viceda FEP), Élcio Borges (diretor da 15a

URE - União da Vitória), FranciscoFerraz Batista (presidente da FEP),Ivan de Souza Dutra (presidente da 12ªURE -Guarapuava), Daniel Dallagnol(2º Vice da FEP), Marcelo Vieira (2ºVice da 15aURE) e José Góes.

O confrade Élcio Borges, represen-tando a URE anfitriã, deu as boas-vin-das e agradeceu pela presença de to-dos.

Francisco, ainda sob os efeitos daextraordinária XIII Conferência Esta-dual Espírita, realizada em março últi-mo, fez referência às manifestações quechegaram à FEP após sua realização.Foram cerca de cem e-mails, todos te-cendo elogios, destacando o Presiden-te que o bom êxito foi o resultado daparticipação dos trabalhadores volun-tários e dos dirigentes que deram a issosustentação; referiu também o recebi-mento de mensagens no facebook, e,dentre todas, nenhuma reclamação.

Foram dezenas de milhares de pes-soas presentes: não houve qualquerpercalço, o que deve também ser cre-ditado à presença dos bons Espíritosque fizeram a sua parte para o bomêxito do evento; catorze paísesconectados à XIII Conferência; em tor-no de cem mil pessoas.

Embalado pelo entusiasmo e sen-sibilizado com os resultados positivos,Francisco concluiu anunciando a pos-sibilidade de se realizar o 4º Congres-so Espírita Brasileiro, no próximo ano,em Curitiba.

Logo após, manifestaram-se os di-rigentes das UREs, representantes daFEP nas regiões. Marcelo Vieira inici-almente agradeceu pela presença detodos, referindo que o Movimento Es-pírita regional está demarcado em an-tes e depois da criação da 15a URE, eque a FEP, em consequência, chegouàs Casas Espíritas locais, o que dáoportunidade a realizações como a queocorria nesta data; que as Casas Espí-ritas têm suas dificuldades, são célu-las frágeis e que necessitam desseapoio, dessa presença. Disse, ainda,que o ano 2010 foi o ano mais impor-tante do Movimento Espírita na região.Também agradeceu pela confiança nacriação da URE local, enfatizando quea união regional é de aprendizado notrabalho, e que esta visita, esta incur-são, no segundo ano consecutivo, for-talece o ânimo de todos; destacou oesforço na realização de palestras, se-minários, reuniões ordinárias do Con-selho Regional Espírita; reuniões comos departamentos dos Centros. Encer-rou a sua fala, reconhecendo positiva-mente a organização da XIII Conferên-cia Estadual Espírita.

Francisco aproveitou a ensanchapara justificar a ausência de dois valo-rosos líderes de União da Vitória: opresidente da 15ª URE, MarceloScaramella, e do diretor doutrinário,Marcelo Ravanello.

Dando continuidade às manifesta-ções, Ivan de Souza Dutra, presidenteda 12ª URE, cumprimentou e agrade-ceu pela presença de todos, acrescen-tando que na respectiva regional, comsede em Guarapuava, na última reu-nião, houve o planejamento para 2011,e que uma das propostas foi retomar ointercâmbio de palestras que existia nopassado entre as casas, com palestran-tes dos próprios Centros, estabelecen-do-se agenda de exposições até o finaldo ano (Guarapuava, Prudentópolis eLaranjeiras do Sul); além disso foi re-

tomado o SERESP (seminário regio-nal espírita, onde o palestrante expõetema da URE com abertura de pergun-tas para o público acadêmico); tambéma retomada da feira regional do livroespírita em local público, agendadapara maio próximo, em Guarapuava.Para as demais cidades serão defini-dos os locais.

Destacou que todas essas ativida-des serão revitalizadas com o apoio daFEP, o que permitiu um engajamentodos trabalhadores e resultados surpre-endentes: todas as Casas Espíritas tra-balhando na feira. Um outro projeto,que é uma grande novidade, é o

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MARCIO [email protected]

De Curitiba

surgimento de uma Casa Espírita emGuarapuava, comissão criada para ela-boração de projeto COMO CONS-TRUIR UMA CASA ESPÍRITA, comajuda da FEP; também será realizadaneste ano a CEME (Confraternizaçãode Mocidade Espírita). Então, são mui-tas atividades que visam, sobretudo, àcongregação da família espírita emtorno de objetivos comuns.

A palavra dos diretoresexecutivos da FEP

Luiz Henrique, primeiro vice, dis-se que a FEP investiu no Recanto Linsde Vasconcellos, com o objetivo de uniros espíritas na formação doutrinária

para melhor divulgar o Espiritismo. ORecanto possui hoje a casa sede, trêsalojamentos onde serão atendidas 180pessoas com hospedagem, além doCentro de Treinamentos, que funcionaráem regime de hotelaria, para 64 hóspe-des, cozinha e refeitório para atenderde 400 a 500 pessoas, anfiteatro para500 pessoas. Essa estrutura servirá nãosó para os paranaenses, mas, também,para os de outros estados,multiplicadores de metodologias e con-teúdos para as regiões onde atuam.

Além disso, informou que o Hos-pital Bom Retiro está hoje com 240leitos, sendo 160 para atendimento do

uma recuperação em 2011. Por outrolado, a Diretoria Executiva tem traba-lhado junto ao diretor técnico no pla-no de atendimento aos pacientes.

Luiz Henrique finalizou a sua falalembrando que a FEP possui, além daslivrarias Mundo Espírita e daquelas queatuam nas próprias Casas Espíritas, pon-tos de venda, em meio não-espírita, dosprodutos FEP. Enfatiza que a EditoraFEP tem catalogado, em sua livraria,cerca de 500 produtos entre CD, DVD elivros, todos de produção própria. As-sim, teremos, nos próximos anos, em tor-no de mil pontos de venda, o que se cons-titui na meta a ser alcançada. Atualmen-te, estabeleceram-se parcerias com 6 fe-derativas que possuem pontos de venda,com possibilidade de ampliação.

Daniel Dallagnol, segundo vice,complementou o que foi apresentadono vídeo institucional, dizendo que aFEP tem diversas frentes que tambémsão frentes doutrinárias. Por exemplo,disse Daniel, “quando a FEP se situaem atendimento à comunidade, tam-bém atende os fins de sua atividade”:a Escola Maria Ruth Junqueira,ofertando cursos profissionalizantes,16.000 certificações profissionalizan-tes por ano, promove a sociedade, en-gendra o progresso, enseja a autono-mia das pessoas que buscam acapacitação. A FEP não atua apenas emtorno de 320 Casas filiadas que pro-movem a inserção social; ela tambémfaz esse papel de assistência social; sãomais de 650 crianças nos Centros deEducação Infantil em Curitiba e Cam-po Largo, além dos resultados alcan-çados pela Livraria Mundo Espírita.

Frequentemente, a FEP recebeconvites do Poder Público para even-tos sociais e visitas, que traduzem oreconhecimento dos investimentos deatividades sociais, uma vez que a Fe-deração é um ótimo parceiro para qual-quer instituição e, sobretudo, para opróprio Governo. As UREs, em tornode 20, também precisam do apoio daDiretoria Executiva da FEP, por seremo braço executivo da Federação nasregiões e legítimas representantes doConselho Federativo Estadual junto àsCasas. As UREs, concluiu Dallagnol,

vão bem e devem contar, sim, com aDirex, que não faz qualquer favor aoatendê-las. Assim, “nos sentimos feli-citados com as referências, e o apoioprosseguirá e será incondicional e asociedade necessita desse apoio”.

Francisco Ferraz, presidente, fezreferência ao Conselho Editorial daFEP, que analisa propostas de obrasque, com frequência, chegam à Fede-rativa. Noticia que este deverá ser umano de bons resultados, pródigo mes-mo, contando com três trabalhos deHaroldo Dutra Dias: Parábolas de Je-sus, Texto e Contexto, Tradução dasCartas de Paulo e o Apocalipse sob aVisão Espírita; com uma obra de SuelyCaldas Schubert a respeito da Mediu-nidade de Divaldo Franco; com o se-gundo livro de Alberto Almeida; e comSandra Borba, na área da educação.

Palavra franqueada aosdirigentes participantes

Aberto espaço aos participantes dareunião, Antonia Bilinski, presidente doCentro Espírita Amor e Caridade, disseque a Casa se confunde com a 15a URE;falou da alegria de receber os amigosda FEP, agradeceu pela realização daXIII Conferência Estadual Espírita. Dis-se que viu a XIII CEE organizada deforma extraordinária. O carinho, o ser-viço, a limpeza, tudo perfeito, qualida-de que só poderia vir da FEP. Destacouo conhecimento compartilhado com asUREs e as Casas Espíritas; o apoio sen-tido em todos os eventos, atividadesdoutrinárias, sociais, livraria espírita,com a excelente qualidade dos livros ecom a opção de se oferecerem os pro-dutos FEP, quase que exclusivamente.Informou que no ano passado houveinvestimentos importantes da região nadivulgação do livro: duas primeiras fei-ras de livros espíritas em Cruz Macha-do, em Paula Freitas e em Bituruna, comos livros da FEP. Em Paula Freitas ha-verá nova feira em maio próximo e, de-pois, mais uma vez nas três cidades jámencionadas.

Concluiu sua fala referindo-se àAção Social da URE, ao grande traba-lho que está em curso na cidade deCruz Machado. Antonia se despediudestacando o carinho com que as Ca-

Na véspera do encontro geral, realizado no dia 10 de abril, reuniram-se presidentes e representares das Casas Espíritas e das UREs 12ª e 15ª com a comitiva da diretoria da FEP

SUS, e convênio com a PrefeituraMunicipal de Curitiba, com 2 CAPS,e internamente 1 CAPS II (saúde men-tal), hospital\dia, hospital\dia particu-lar e ambulatorial. Tudo isso subsidiao atendimento ao SUS, que paga diá-ria de R$ 65,00, o que não é suficientepara todos os custos, configurados emequipe técnica, 4 refeições diárias, en-tre outros. O atendimento particularsubsidia esse custo, sendo o tratamen-to igual para todos os atendidos.

No que diz respeito às finanças,destacou que há 3 meses, o HospitalBom Retiro opera com lucratividade,não mais déficit, o que pode significar

sas do interior recebem as equipesitinerantes, além do apoio incondici-onal da FEP em todas as ações quecontemplam o engrandecimento doMovimento Espírita.

Janina, diretora do DIJ da 15a URE,com sede em União da Vitória, disseque, apesar dos 8 anos de sub-URE,não havia trabalho com a infância. Hámuito por fazer, a partir da instalaçãoda 15a URE, com o apoio, capacitação,sobretudo com as reuniões trimestraisdas quais as UREs participam emCuritiba. Nada obstante as dificulda-des do deslocamento, são muito impor-tantes o encontro, a orientação, o sub-sídio para prosseguir com trabalho ebom ânimo. Reconheceu o apoio dopresidente da 12ª URE, Ivan Dutra,acompanhando, estimulando, e moti-vando todos. No trabalho da 15a URE,enfatizou que as Casas da região sãovisitadas, no mínimo, duas vezes porano. Relatou o encontro realizado naárea do SAPSE, acolhido pela cidadede Cruz Machado, envolvendo, alémdo DIJ, outros setores. Janina finalizousua fala destacando “que a Casa Espí-rita é uma célula, uma ajudando a ou-tra, uma influenciando a outra, assimcomo a FEP e através das URE. So-mos todos um movimento, o que é per-cebido na política da FEP, o que nostem dado muito consolo, muita força,muito ânimo para continuar”.

O presidente Francisco, aprovei-tando esses momentos finais da reu-nião entre dirigentes, questionou fra-ternalmente por que alguns Centrosnão colocam em suas estantes exclu-sivamente os livros da livraria daFEP. Lembrou que uma grande insti-tuição espírita queria 40%, ao invésdos 35% de desconto oferecido nosprodutos da livraria da FEP. Comoparece não ter obtido desconto, re-solveu comprar de uma Livraria quenenhum compromisso tem com oMovimento de Unificação. Assim, orecurso que seria destinado às insti-tuições espíritas, por conta de atitu-des assim, fica na conta de particula-res, que investem para obtenção ex-clusiva de lucro. (Continua na pág.10 desta mesma edição.)

Francisco falando de Unificação

Público presente no seminário sobre Mediunidade

Trabalhadores e dirigentes reunidos

Participantes da área de Estudo da Doutrina

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O IMORTALPÁGINA 10 MAIO/2011

Conta-se que um velho árabeanalfabeto orava com tanto fervore com tanto carinho, cada noite,que, certa vez, o rico chefe de gran-de caravana chamou-o à sua pre-sença e lhe perguntou:

– Por que oras com tanta fé?Como sabes que Deus existe, quan-do nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu: – Grande senhor, conheço a

existência de Nosso Pai Celestepelos sinais dele.

– Como assim? – indagou ochefe, admirado.

O servo humilde explicou-se: – Quando o senhor recebe uma

carta de pessoa ausente, como re-conhece quem a escreveu?

– Pela letra. – Quando o senhor recebe uma

joia, como é que se informa quan-to ao autor dela?

– Pela marca do ourives. O empregado sorriu e acres-

centou: – Quando ouve passos de ani-

mais, ao redor da tenda, como sabe,

Existência de DeusMeimei depois, se foi um carneiro, um ca-

valo ou um boi? – Pelos rastros – respondeu o

chefe, surpreendido. Então, o velho crente convi-

dou-o para fora da barraca e, mos-trando-lhe o céu, onde a Lua bri-lhava, cercada por multidões deestrelas, exclamou, respeitoso:

– Senhor, aqueles sinais, lá emcima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhosocaravaneiro, de olhos lacrimosos,ajoelhou-se na areia e começou aorar também.

Do cap. 2 do livro Pai Nosso,obra de Meimei, psicografada pelo

médium Francisco CândidoXavier.

União da Vitória sedia mais uma vezo encontro da Inter-Regional Centro

(Conclusão da reportagem publicada nas págs. 8 e 9.)

Tatyanna Braga de Moras, di-retora do DIJ-FEP, referiu-se aoEncontro Estadual de JuventudesEspíritas no Recanto Lins de Vas-concellos. Foi a estreia do Cen-tro de Treinamentos, mesmo nãointeiramente concluído. Três diasde muita reflexão. Chegaram atéela relatos das URE de que osjovens retornaram encantadosnão só pela beleza natural, maspelas reflexões realizadas. Aotodo, 110 moços estiveram reu-nidos nesse encontro especial.

Danilo Luz, chamado porFrancisco para relatar o que cons-tatou, afirmou que jovens da re-gião de Maringá, tendo participa-do de reunião de avaliação do en-contro, apresentaram relatos mui-to emocionantes a respeito do am-biente, indescritível, reconhecen-do o local como sendo algo quesuscita emoções que não tinhamexperimentado até então. E, oprincipal, as reflexões às quaisforam convidados a fazer, quenunca tinham feito daquela manei-ra, nunca tinham experimentado,e, dos depoimentos, vários nãoconseguiram encerrar porque che-garam às lágrimas, o que é mara-vilhoso, fantástico, disse Danilo.Está de parabéns a coordenaçãodo DIJ, que acertou no evento.

Domingo, entre 9h30 e 13h.Como de hábito, todos os par-

ticipantes, que somaram 94 pes-

Estudo da Doutrina Espíri-ta, com Marcelo Garcia e Marcioda Cruz, acolhendo 23 pessoas;

Infância e Juventude, comTatyanna Moraes e ElisabethChoinski, com 10 pessoas;

Serviço Social Espírita, comIlírio Kessler e Marco Negrão,recebendo 9 participantes;

Área Administrativa e Ins-titucional, na responsabilidadede Francisco Ferraz e LuizHenrique, com 8 pessoas;

Atendimento Espiritual,com Maria da Graça e ValdecirRozetti, com 7 pessoas;

Comunicação Social Espíri-ta, com Maria Marcon e MariIshyiama, tendo 5 participantes;

Unificação e Expansão, comJosé Virgilio Góes e DanielDallagnol, com 2 pessoas.

Depois dos trabalhos em gru-po, todos se reuniram no auditóriopara as considerações finais, emque ficou destacado o esforço daequipe da 15ª URE, que, além docarinho incomparável, desta feitafez algo surpreendente, que traduza dedicação desse grupo: arrecadourecursos financeiros para promo-ver um café maravilhoso na recep-ção e o jantar de sábado, oferecidoa todos os dirigentes presentes.

Um exemplo digno de nota eprofundamente comovedor quenos faz sentir que nós podemostornar o nosso trabalho no Bemleve, alegre e muito mais valiosoquando fazemos isso com amore desprendimento, acima dos in-teresses pessoais.

MARCIO [email protected]

De Curitiba

soas, além dos trabalhadores doevento e da equipe da FEP, dividi-ram-se em 8 setores. Tivemos, por-tanto, um acréscimo de participa-ção em relação a 2010.

Antes, contudo, da divisão, opresidente da FEP apresentou umasérie de advertências de Allan Kar-dec e do Benfeitor Bezerra deMenezes a respeito da Unificaçãono Movimento Espírita, dentre asquais destacamos os tópicos se-guintes:

Há necessidade de um esforçocoletivo, conforme pondera AllanKardec, ao traçar o Projeto 1868,quando adianta, de início: “um dosmaiores obstáculos, capaz de retar-dar a propagação da Doutrina Es-pírita, seria a falta de UNIDADE”.

“O Espiritismo, que apenasacaba de nascer, ainda é diversa-mente apreciado e muito poucocompreendido em sua essência, porgrande número de adeptos, demodo a oferecer um laço forte queprenda entre si os membros do quese possa chamar uma Associação,ou Sociedade. Impossível é quesemelhante laço exista, a não serentre os que lhe percebem o obje-tivo moral, o compreendem e oaplicam a si mesmos.” (O Livrodos Médiuns, item 334 – AllanKardec)

Concluída a fala breve, todaviaprofunda, de Francisco Ferraz, di-vidiram-se os presentes em 8 gru-pos:

Estudo da Mediunidade, soba coordenação de César Kloss eDanilo Luz, com 30 participantes;

Os vendilhões dos templos(Conclusão do artigo publicado na pág. 16.)

É também saber explicar aosseus profitentes de onde viemos, oque estamos fazendo aqui e paraonde vamos. Mas não com teoriasinverossímeis senão com fatos cien-tificamente comprovados tal comoo faz o Espiritismo, o ConsoladorPrometido por Jesus do qual Kardecfoi o Codificador.

Se as religiões mercantilistas qui-serem preservar sua existência nofuturo próximo em que as pessoasestarão mais esclarecidas e menossuscetíveis de “comprar gato por le-bre”; se quiserem continuar a terforça e influência, na busca de seusideais, necessitarão atualizar sua aná-lise de profitentes, para buscar novasformas de satisfazer às suas necessi-dades, mas não as necessidades ma-teriais, como fazem muitas atualmen-te, pois esse não é o papel a que sedeve prestar uma religião que se pre-ze, mas buscar os meios de satisfazer

às necessidades espirituais, porque aquem primeiro procura o Reino dosCéus, tudo o mais lhe será acrescen-tado de acordo com o merecimento.

O Espiritismo não tem nada atemer dos tempos futuros, porque sesustenta em base científica e ofere-ce a fé raciocinada que pode olhar –de frente – a razão em qualquer épo-ca da Humanidade, não proíbe nempromete nada, não exige dízimos,não mercantiliza a fé, mas emanci-pa as criaturas através do conheci-mento que oferece ao revigorar eratificar os ensinamentos de Jesus edesvelar os horizontes espirituais,provando a existência de Deus, aImortalidade da Alma, a Reencarna-ção, a Pluralidade dos Mundos Ha-bitados e oferecendo a consoladoraComunicabilidade dos Espíritos,enfim, “não dá o peixe”, criandovínculos de dependências perversas,mas “ensina a pescar”, libertando,em definitivo, seus profitentes daspeias da ignorância e submissãoancilosantes. Portanto, “o Espiritis-mo é o futuro da religião”.

A igreja atual é um ponto de diversão como qualquer outro, éum botequim de festas onde se mercadejam frangos e leitões

ROGÉRIO [email protected]

De Muriaé, MG

Entrevista: Lucy Dias Ramos

Um depoimento de mãe sobre adesencarnação de sua filha

(Conclusão da entrevista publicada na pág. 3.)

Cite o que mais lhe chamouatenção na psicografia da mensa-gem de sua filha por intermédioda Suely Caldas Schubert

A semelhança dos conceitos,do que falávamos e tudo o que pas-sei para ela desde sua infância emnosso Culto do Evangelho no Lar.Há um trecho que desejo repetir:“Não há morte, só vida! É umaadaptação lenta, aqui não se correcomo acontece aí, não temos ne-cessidade de contar os minutos,porque o expediente do dia termi-nou e devemos voltar a casa, ao lar– aqui é o Lar. Estamos nele o tem-po todo. Gradualmente nossa cons-ciência se expande e nova percep-ção da vida nos impregna. (...)Uma coisa é certa: predomina oamor!” Em muitas cartas que ela

me escrevia, quando morava emoutra cidade, ou mesmo no Natalou Dia das Mães, o estilo é o mes-mo e sempre falava do amor quenutríamos mutuamente, que iriatranscender a vida física...

A mensagem de Sandra estápublicada no livro?

A mensagem a que você se refe-re está no livro, mas existe outra querecebi uns 6 meses após a desencar-nação, também psicografada pelaSuely Caldas Schubert, que é menosextensa e fala de maneira bem equi-librada sobre a chegada ao mundoespiritual. Está também inserida nolivro. A reação dos amigos e famili-ares foi positiva, coerente com o graude conhecimento da possibilidadedeste intercâmbio espiritual. Masnão ouvi nada que pudesse mostrardescrença ou dúvida com relação aoque foi escrito. Muito confortadorapara todos nós que a conhecemos epudemos conviver com ela.

ORSON PETER [email protected]

De Matão, SP

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O IMORTALMAIO/2011 PÁGINA 11

Estado do ParanáCambé – Todas as quartas-feiras,

às 20h30, o Centro Espírita Allan Kar-dec promove em sua sede, na Rua Pará,292, um ciclo de palestras. Eis as pa-lestrantes de maio: dia 4, Leda Negrini(Londrina); dia 11, Maria EloízaFerreira (Londrina); dia 18, JaneMartins Vilela (Cambé); e dia 25,Eloísa Kulcheski (Londrina).

Curitiba – Aconteceu no dia 29de abril o lançamento do CD Momen-to Espírita Volume 18. Na ocasião hou-ve participação especial de Plínio deOliveira, Paulo Roberto Oliveira e daEquipe de Redatores. O evento acon-teceu no Teatro da FEP.

– Um concerto em homenagem aoDia das Mães será realizado nos dias7 e 8 de maio. O evento acontece noTeatro da FEP (Alameda Cabral, 300),nos seguintes horários: sábado (dia 7)às 20 horas e domingo (dia 8), 18 ho-ras. Os ingressos estão sendo vendi-dos no Teatro e na Livraria MundoEspírita por R$ 15 reais (preço úni-co). O dinheiro arrecadado pela bilhe-teria será destinado a obrasassistenciais de Curitiba. Mais infor-mações pelo (41) 3223-6174.

– O assessor de Comunicação So-cial da FEP e membro do Conselho Fe-derativo Estadual, Carlos Augusto seSão José, ministrará um semináriocom o tema “Depressão, TranstornosPsicológicos e o Vazio da Alma”, nodia 7 de maio. O evento acontecerá noCentro de Estudos Espírita Franciscode Assis (Rua Prefeito Ângelo Lopes,1.278), das 15h às 18h. Serão aborda-dos tipos de depressão, desvios de con-duta, obsessão, fugas e soluções. En-trada franca.

Londrina – A Casa Fabiano deCristo, instituição que presta atendi-mento às famílias carentes no Conjun-to João Turquino (Zona Norte de Lon-drina), promoverá um “Fricassê deFrango” para arrecadar fundos para aentidade. O convite custa R$ 15,00. Aretirada acontece no dia 15 de maio, apartir das 12h, no salão de festas daLoja Maçônica Regeneração III, loca-

Palestras, seminários e outros eventoslizada na Rua Alagoas, 760. Mais infor-mações, com Sônia pelo 3321-8838.

– No dia 8 de maio próximo, a par-tir das 12h30, realiza-se o 1º Almoço deConfraternização do Dia das Mães, umapromoção da URE Metropolitana deLondrina. O almoço será serviço no sa-lão de festas da Loja Maçônica Regene-ração 3ª, na Rua Alagoas, 760. O convi-te custa R$ 15,00, incluso no preço o re-frigerante. O cardápio será constituídode puchero, arroz branco e salada. In-

Carlos Augusto Perandréa; dia 29,Cleide Silva Souza.

– O Coral Espírita Nosso Lar este-ve nos dias 21, 22 e 23 de abril em umacaravana que partiu de Londrina em vi-sita a Minas Gerais. A caravana foi or-ganizada por trabalhadores do CentroEspírita Anita Borela de Oliveira. A pri-meira cidade visitada foi Uberaba, ondeo Coral se apresentou na casa de assis-tência mantida pelo confrade Juninhoe, no fim da tarde, no Lar Espírita IrmãValquíria. No dia seguinte o Coral fezapresentações na cidade de Sacramen-to, no Colégio Allan Kardec e na Grutade Palhares, local em que EurípedesBarsanulfo fazia suas meditações. EmAraxá a apresentação ocorreu no Hos-pital Casa do Caminho. O objetivo doCoral é levar a mensagem espírita atra-vés da música. Essa foi a terceira vezque o Coral se apresentou em Minas. OCoral, que completou 3 anos de vidaem abril passado, é integrado hoje por47 vozes, sob a direção de MarineiFerreira Rezende.

Foz do Iguaçu – Já está disponívelo download com os 4 arquivos (1 horade duração, aprox.), em formato MP3,da entrevista ao médium, conferencistae educador espírita Raul Teixeira, na rá-dio CBN de Foz do Iguaçu/PR (http://www.cbnfoz.com.br/2011/04/02/cbn-en t r ev i s t a -0204- rau l - t e ixe i r a / ) ,acontecida em 15/3/2011 na Terra dasCataratas. A disponibilização dodownload gratuito deu-se pelo RECOR-DE DE ACESSOS que o site da CBNregistrou, de centenas de internautas queescutaram on line a referida entrevista,recorde que atingiu 945 cliques em pou-co tempo, quando o máximo que a CBNFoz havia atingido foram 640 acessosem outras entrevistas e matérias diver-sas.

Ibiporã – A Fraternidade EspíritaMensageiros da Luz promove todo mêspalestras abertas ao público que se rea-lizam sempre às quartas-feiras, pontu-almente às 20h15.

Maringá – Um seminário com otema “A conquista da consciência” estáprogramado para acontecer no dia 6 demaio na Associação Espírita de Maringá(Amem), localizada na AvenidaPaiçandu, 1.156. O evento será coorde-nado por Alan Archeti, das 20h às 22h,e abordará aspectos como o sentido davida; a essência do ser; propósitos dareencarnação; conteúdos perturbadores,entre outros. Entrada franca.

Paranavaí – Será realizado no dia7 de maio um seminário com o tema“Finalidade da Família”, sob coorde-nação de Alan Archeti. O evento acon-tece no Centro Espírita Fé, Amor e Ca-ridade (Rua Guaporé, 1.576), das 14hàs 17h. Entrada franca.

Santo Antônio da Platina – Foirealizado no dia 30 de abril o seminá-rio “A Juventude e a Mediunidade”,coordenado pela equipe do Departa-mento da Juventude (DIJ). O eventoaconteceu na União Espírita JesusNazareno - 4ª URE.

Outras regiões do BrasilBrasília – A FEB tem participado

do Movimento Brasil sem Pobreza. Opresidente da FEB compareceu ao lan-çamento do livro “As Causas da Mi-séria e sua Superação – Reflexões”,de autoria de Ulisses Riedel, nas de-pendências do Senado, em 15 de mar-ço, e prosseguem reuniões para se de-finir ações estratégicas para o Movi-mento. Este Movimento foi iniciadopor Ulisses Riedel, dirigente da ONGUnião Planetária e da TV Supren, deBrasília. Informações no sitewww.uniaoplanetaria.org.br

São Paulo – O III Seminário deSaúde Mental e Espiritismo da AME-SP será realizado no dia 14 de maio,das 8h às 16h, na Age Sênior Center:Av. Brigadeiro Luís Antonio, 4348. Otema desta edição será “O ser e o ado-ecer”, e os expositores convidados são:Alejandro Vera, Mauro Lima, Caroli-na Figuinha, Leandro Romani, RafaelLatorraca e Camila Casaleti. Informa-ções pelo telefone (11)2574-8696 e nosite www.amesaopaulo.org.br

A programação completa é esta:• 8h – Recepção;• 9h – O processo do adoecer para oEspírito;• 9h40 – Um olhar psicológico sobreos fenômenos psíquicos;• 10h20 – Mesa-redonda;• 10h40 – Intervalo;• 11h – Educação Mediúnica e Trans-tornos Mentais;• 11h40 – A contribuição doEneagrama para a profilaxia mental ecrescimento espiritual• 12h20 – Mesa-redonda;• 12h40 – Almoço;• 13h40 – O corpo mental, perispíritoe saúde mental;• 14h20 – A reinserção do indivíduona sociedade;• 15h – Mesa-redonda.

formações com Luiz Cláudio, tel. 9925-6362.

– O Centro Espírita Anita Borela deOliveira, situado no Conjunto Parigot deSouza, está comemorando 5 anos deexistência. Para assinalar a data, eis ospalestrantes convidados para proferirempalestras em maio, aos domingos, às9h30 da manhã: dia 1º, Geraldo Saviani;dia 8, Astolfo Olegário de Oliveira Fi-lho; dia 15, Marinei Ferreira de Rezendee Coral Espírita Nosso Lar; dia 22,

– A programação de palestras feita pela URE Metropolitana Londrina para omês de maio prevê as seguintes palestras:

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Endomarketing, o nome pre-sente no título do artigo acimapode soar estranho ao leitor me-nos familiarizado com os termosaplicados rotineiramente em al-gumas empresas.

Trata-se, numa explicaçãosucinta, de ações implantadasdentro da própria empresa visan-do beneficiar os funcionários. Emoutras palavras é o marketingcom o foco interno.

A ideia basicamente gira emtorno dos dividendos dessasações: é um ciclo que se inicia nasatisfação dos funcionários e de-ságua no atendimento das neces-sidades dos clientes externos.

Capacito meu colaboradorcom um olho em seu crescimen-to pessoal e outro, naturalmente,no crescimento da empresa. As-sim todos ganham.

Exemplo de endomarketing:uma empresa propicia treinamen-to sobre técnicas de oratória aosseus colaboradores. Outro exem-plo: campanha para despertar aimportância da leitura na forma-ção pessoal e crítica do colabo-rador.

As situações em que o endo-marketing pode ser aplicado va-riam ao infinito obedecendo acriatividade de quem coordena ainiciativa.

Você perguntará:Mas o que o centro espírita

tem a ver com o endomarketing?A resposta é simples. Tudo!

Pode-se perfeitamente aplicaro endomarketing na Casa Espíritavisando capacitar e motivar os co-laboradores, sejam eles coordena-dores de reunião mediúnica, diri-gentes, voluntários e demais traba-lhadores.

Primeiro passo é identificar asnecessidades daquele grupo. Perce-beu-se que determinado grupo dereunião mediúnica está derrapandoquando o tema é diálogo entre osparticipantes. Identificada a carência,surge a oportunidade de aplicar oendomarketing, ou seja, as açõesdestinadas a beneficiar os membrosdaquela reunião. Pode-se, portanto,organizar um estudo sobre determi-nado livro que versa sobre a união,diálogo, companheirismo.

Outro exemplo: identificou-seque o centro espírita tem poucosexpositores. Novamente utiliza-seo endomarketing como ferramen-ta para suprir a necessidade daCasa.

Organiza-se, pois, um grupodestinado a formar expositores es-píritas.

O endomarketing é perfeita-mente aplicável em centros espíri-tas de todos os tamanhos, desde ascasas com grande número de cola-

boradores até aquelas cujo núme-ro de colaboradores é pequeno.

Porém, o melhor da aplicaçãodo endomarketing na Casa Espí-rita é que os trabalhadores irãocrescer sob todos os aspectos, in-clusive o espiritual. E não pode-mos deixar de registrar que a evo-lução de todos os componentesde uma instituição espírita ensejabenefícios gigantescos em prol dadivulgação do Espiritismo.

Quanto mais capacitado esti-ver o trabalhador espírita, maisapto ele estará para receber aspessoas que desembarcam nocentro espírita ansiando consoloe esclarecimento.

Vale pensar na ideia do endo-marketing para o centro espírita.

Qualificar os trabalhadorestrata-se de investimento segurona divulgação do Espiritismo.Iniciativas simples como a im-plantação do endomarketingofertará benefícios a todos, sejamtrabalhadores do centro ou fre-quentadores, mas que, num futu-ro próximo, observando os exem-plos dos colaboradores, certa-mente não titubearão em fazerparte da Casa que os recebeu comexcelência de qualidade.

O IMORTALPÁGINA 12 MAIO/2011

ELSA [email protected]

De Londres (Reino Unido)

Os dias lindos de sol e calor se-riam confundidos com o clima bra-sileiro, se não estivéssemos em ple-na capital britânica. Londres estálotada de turistas, chega a ser inte-ressante ficar nas escadarias doMuseu Britânico, observando ospassantes, onde se ouvem os maisvariados idiomas. Pessoas vestidasde todas as formas, descontraídas,algumas já vermelhas do sol das 13horas, muitas com souvenires den-tro das sacolas, onde já trazem a

estampa do casal real Kate e prín-cipe William.

Mais e mais turistas chegam aLondres. Aeroportos lotados. Ho-téis lotadíssimos, mas com tudoisso conseguimos fazer reserva paraDivaldo Franco e Nilson Pereira,que estarão conosco a partir do dia8 de maio.

Os prédios baixos mais próxi-mos da Westminster Abbey já fo-ram transformados em palco para amídia do mundo inteiro. Os canaisde televisão estimulam a todo mo-mento que todos dirijam sua aten-ção para as mais recentes informa-ções a respeito.

Crônicas de Além-Mar

Museu Britânico e o casamento real

ELSA ROSSI, escritora e pales-trante espírita brasileira radicadaem Londres, é membro da Comis-são Executiva do Conselho Espíri-ta Internacional, diretora do Depar-tamento de Unificação para os Paí-ses da Europa, organismo do Con-selho Espírita Internacional, e atu-al presidente da British Union ofSpiritist Societies (BUSS).

Spiritist Society, Debden SpiritistPhilosophy-Spituality in Mind,Solidarity Spiritist Society e SirWilliam Crookes Spiritist Society.

A visitação ao Museu Britânicoencheu-nos de alegria por vermosas múmias milenares, e uma per-gunta vinha sempre à nossa mente.Provavelmente estávamos encarna-dos em alguma parte do mundo na-quela época distante. Alguns dossarcófagos de variados tipos dematerial trazem muito lindamenteornamentos de desenhos que o ar-tista mais sábio de hoje ainda temdúvida sobre o que usavam e comoforam feitos. Hoje temos pincéis,cinzel, equipamentos e utensílios detantas formas e material ao alcancede todos... Mas... e naquela época?

Fica aí a pergunta para as pesqui-sas na Internet, ferramenta essa que osantigos não tinham na Terra, mas cer-tamente já deviam conhecer, pois devi-am usá-la nos mundos de onde vieram.

Em meio a tudo isso, verão lon-drino, casamento real, visitas a mu-seus, múmias milenares, estamos

nós aqui, passo a passo, lentamen-te, levando a mensagemesclarecedora da Doutrina Espírita,somando-se a tantas outras informa-ções muito especiais que nos che-gam, corroborando com os ensinosdos Espíritos através das obras deKardec e André Luiz, mas que tam-bém eles, os chamados Benfeitoresdo lado de lá, sopraram em todas aspartes, como prova o livro que estáfazendo grande sucesso por aqui,“The Shadows lifted from Death”,publicado em Londres, pela Edito-ra Britânica Roundtable PublishingLtd, escrito pelo médium A. H.Burbidge, desencarnado em 1960.

Em meio a tudo isso, fomos vi-sitar o British Museum, após 10 anosdesde a ultima visita. Conosco esta-vam Gilson, Marco Antonio, Juan eo confrade Andrei Moreira, o pales-trante que está visitando alguns gru-pos britânicos, nos quais suas pales-tras estão despertando mais interes-se ainda para os estudos sobre cura,autocura, passes, centros de forca,mediunidade, e muito mais.

Os grupos integrados à BUSSque estão ajudando a beneficiar atodos os participantes são Allan Kar-dec Study Group - Centre forSpiritist Teachings, Bezerra deMenezes Spiritist Society, Fraternity

Endomarketing no centro espíritaWELLINGTON BALBO

[email protected] Bauru, SP

Joio e trigo

Até foi bom que tivesse ocorridoAquele mal-estar entre nós dois;

Porque se o bem ali fosse vencido,A chance só viria bem depois!...

Sei bem que a mesquinhez de muita genteQue aqui milita, faz-lhe oposição,

Mas quem em Deus se mostra firme e crenteJamais se assusta com assombração.

Por fim, eu lhe agradeço a confiançaEm mim depositada, e na esperança,Confio em que Jesus me dê abrigo.

Que a paz possa reinar neste recanto,E a seleção se faça sem espanto,E seja separado o joio do trigo!

O soneto acima integra o livro No Trilhar da Vida, de autoria de

José Viana Gonçalves, publicado em 2009.

JOSÉ VIANA GONÇALVESDe Campos dos Goytacazes, RJ

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O IMORTALMAIO/2011 PÁGINA 13

Estávamos em reunião públi-ca, no Centro Espírita que fre-quentamos, reunião de estudos.Um temporal do lado de fora. Jáeram 21h30, próximo do encer-ramento da reunião, quando che-gou um senhor e ficou lá, no úl-timo lugar. Nós o convidamospara se aproximar, mas ele pre-feriu ficar onde estava, só queriaficar quieto, orando. Observamosque orava com fervor.

Acabada a reunião, nós nosaproximamos e perguntamos oque podíamos fazer por ele. E elenos contou uma história, emoci-

onado. Era um senhor muito sim-ples, de meia idade, exalando umpouco de odor de álcool, mas nãoembriagado, conservando sua lu-cidez e muita polidez, junto comhumildade.

Morava já algum tempo atrásnuma cidade de Mato Grosso doSul. Sua vida estava difícil e elecomeçou a tecer pensamentossombrios de suicídio. Os pensa-mentos estavam se intensifican-do.

Certo dia ele adormeceu bre-vemente, um cochilo, disse-nos.Nesse momento ele viu um se-nhor velhinho, cabelos brancos.“Ele entrou dentro de minha ca-beça”, contou-nos, “olhou-nos ecom a mão, usando o dedo, nos

fez um sinal negativo, disse não.E ouvimos pelo pensamento eledizer que éramos bons, que pa-rássemos com aqueles pensa-mentos, que deveríamos viver elutar pela vida. Isso foi há algunsanos, nunca esqueci. Tenho tudoanotado num caderno lá em casa,com todos os detalhes. Aquelevelho salvou minha vida, quan-do me apareceu. Passo semprepor aqui perto e hoje resolvi en-trar e orar.”

Conversamos um pouco comele. Pensamos conosco que bomque havíamos deixado a portaaberta na hora que já ia adianta-da e um imenso temporal lá fora,daqueles que imaginamos queninguém vai aparecer no Centro

Aparição oportunaJANE MARTINS VILELA

[email protected] Cambé

Histórias que nos ensinam

Rememorando os 25 anos denossa participação neste jornal,republicamos neste mês a entre-vista que nos foi concedida peloDr. Ciro de Albuquerque (foto)em abril de 1986, a qual foi ori-ginalmente publicada na colunaEm Poucas Palavras, que escre-víamos naquela época neste pe-riódico.

“No 40º aniversário dodesencarne de Ivan Santos deAlbuquerque, em 5/4/1946, seuirmão Ciro de Albuquerque gen-tilmente nos contou uma passa-gem que bem retrata o caráternobre daquele Espírito de escol.

Contou-nos Ciro:– Quando estávamos nos for-

mando no curso ginasial, e jáprestes a escolher a profissão quedeveríamos seguir, nosso pai atra-vessava uma fase financeira mui-to difícil. Foi quando o Ivan medisse: - Olha, Ciro, você que jáestá mais adiantado nos estudos,deve continuar. Papai não temrecursos para sustentar a nós dois,e já seria um sacrifício muitogrande ele lhe sustentar em umaescola superior, portanto eu vouprocurar um emprego. Tenho al-guma experiência de assistênciaem enfermaria e irei para SãoPaulo, enquanto você irá para

JOSÉ ANTÔNIOV. DE PAULA

[email protected] Cambé

Espírita, nem os trabalhadores e,no entanto, a espiritualidadedirecionou aquele senhor naque-le momento para lá. Ele nos dis-se que ninguém tinha consegui-do explicar para ele o que foiaquele momento em que ele viuo velhinho lhe dizendo não.

A Doutrina Espírita tem res-postas reveladoras para muitasquestões que atingem as pesso-as.

Os estudos estão proliferan-do em toda parte e, em visitas,que fazemos pelo Paraná, SãoPaulo e Minas Gerais, vemoscom alegria como nossa regiãotem estudos esclarecedores, obe-decendo ao Espírito de Verdadequando nos pediu: “Espíritas,

amai-vos, eis o primeiro ensina-mento, instruí-vos, eis o segun-do.”

Temos visto a obediência àinstrução crescer e isso é gratifi-cante. O conhecimento edifica.

Precisamos ver o amor se in-tensificar mais na atitude, nocomportamento. O amor deveestar em primeiro lugar, por issorepetimos a nós mesmos e aosleitores que é preciso que ame-mos mais, muito mais, amemostanto que deixemos as portas donosso coração abertas para o so-corro fraterno àqueles que nelasbatam, solicitando auxílio.

Histórias como essas são ape-nas algumas daquelas que os es-píritas em todos os centros espí-ritas do Brasil podem escutar etambém, por que não, do Mun-do, porque o Espiritismo se es-tende do Brasil para o Mundoafora, nós o sabemos, voltandopara a Europa, crescendo naAmérica da Norte, pelas mãos debrasileiros espíritas.

Essas histórias nos ensinam.Aprendemos com elas e agrade-cemos aos benfeitores espiritu-ais nos terem conduzido ao Es-piritismo. Esse pensamento é detodos nós, espíritas.

Aproveitemos essa doutrinade luz para melhorarmos o quepudermos nesta encarnação.

Deixemos as portas do nos-so coração abertas e não tema-mos os temporais que ora sur-jam em nossas vidas, porque Je-sus está conosco e, à sua voz,ao seu comando, as tempesta-des se acalmam. Permanecen-do com Ele, permaneceremosem paz.

O senhor que adentrou nossaCasa muito humilde havia pas-sado por imenso temporal em suavida, mas veio o socorro frater-no e ele aproveitou aquele mo-mento. Eliminou os pensamen-tos de suicídio e continua na lutapela vida, na certeza de que estáamparado, de que alguém velapor ele.

Também nós estamos ampa-rados e a escolha do sofrimentosempre será nossa. Cuidemos,portanto, permanecendo confian-tes e certos de que Jesus estáconosco.

Piracicaba estudar Agronomia naFaculdade Luiz de Queiroz, comovocê deseja.

E assim aconteceu... Eu fui paraPiracicaba e ele pra São Paulo,onde logo arrumou um emprego noSanatório, à Rua dos Ingleses, sa-natório este muito famoso na épo-ca, pelo excelente quadro de cirur-giões que o compunha.

O Ivan, sempre com aqueletemperamento solidário que lhe eracaracterístico, logo tornou-se umenfermeiro muito querido. Ele nãosaía, não gostava de diversões; adiversão dele era conversar comoos doentes, consolá-los, ou mesmotrocar ideias.

Um dia, Dr. Júlio Prestes deAlbuquerque – ex-governador doEstado de São Paulo, ex-líder da

senhor é de Itapetininga. Assim,não vejo, no momento, um laçomaior de parentesco, o qual mui-to me honraria.

Em seguida, o Dr. Júlio Pres-tes voltou-se para o Ivan e lhe dis-se: - Ivan, a vida é mãe e mestra,e nós estamos aprendendo sem-pre. Se há alguns anos atrás ocor-resse uma circunstância em queum enfermeiro invocasse razõesde parentesco comigo, muitopouca atenção eu lhe daria, poisnaquela época eu me sentia comuma árvore fecunda que davasombras aos viandantes, que davafrutos, e que oferecia meus ga-lhos para que os pássaros fizes-sem seus ninhos.

Nessa época eu estavaembevecido com as ilusões davida. Mas, hoje, eu sou um ho-mem vivido e sofrido, e aquelaárvore fecunda do passado trans-formou-se em uma árvore secaque não dá mais frutos, e que nemserve mais de pouso para que ospássaros façam seus ninhos.

No entanto hoje, Ivan, eu te-nho condições de avaliar as qua-lidades que exornam um moçocomo você, que está aqui, na florda juventude, esquecido dos pra-zeres do mundo, para se reportardesta forma, como você tem fei-to, aos internos deste Hospital.

Hoje, Ivan, esteja certo deuma coisa, eu é quem me sentiriahonrado em ser seu parente.”

Câmara Federal e candidato eleitoà Presidência da República, no anoem que Getúlio Vargas subiu aopoder – teve um problema renal einternou-se naquele Hospital, fi-cando também sob os cuidados doIvan.

Em pouco tempo, notou que oIvan dispensava a ele as mesmasatenções que dispensava aos de-mais doentes. E, percebendo, tam-bém, o carinho e a preocupaçãocom que ele tratava a todos, lhedisse: - Ivan, eu queria lhe fazeruma indagação! Você também é defamília Albuquerque. Será que nósnão somos parentes?

Então, o Ivan lhe disse: - Olha,Sr. Júlio Prestes, seria uma honrapara mim, um privilégio. Mas aminha família é de Brotas, e a do

Dr. Ciro Albuquerque (no centro, sentado)

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O IMORTALPÁGINA 14 MAIO/2011

A surpresaDanilo queria muito fazer uma

surpresa para sua mãe.Ainda faltavam muitos meses

para o Dia das Mães, mas Danilojá estava pensando que presentepoderia dar a sua mãe.

Não tinha dinheiro para com-prar alguma coisa cara numa loja,como muitos dos seus colegas daescola faziam.

Além disso, a mãe sempre ra-lhava com ele, dizendo que era pre-guiçoso e que não gostava de fa-zer nada; nunca arrumava seusbrinquedos, não guardava a mochi-la ao voltar da escola e, quando setrocava, sempre deixava as roupasespalhadas pelo chão do quarto.

Por isso, queria provar a ela quepoderia ser diferente e merecer seuamor. Assim, queria dar algumacoisa que representasse seu esfor-ço, boa-vontade e trabalho. Dese-java que a mãe se orgulhasse dele!

Pensou... pensou... e resolveu.Chegou a casa depois da aula e

perguntou ao pai:

No dia 1o de maio comemo-ra-se internacionalmente o Dia doTrabalho, reconhecendo a socie-dade a sua importância no pro-gresso da Humanidade.

Considera-se trabalho todaocupação útil.

Trabalho não é apenas o labordo corpo, como o exercício deuma profissão, os esforços para aconquista da alimentação, do ves-tuário, da moradia, da saúde.

Também as ocupações do Es-pírito representam trabalho, nodesenvolvimento das aptidõesque no homem se encontram la-tentes. Por exemplo: pintar, fazermúsica, escrever, etc.

Antigamente, os homens defamília nobre desprezavam o tra-balho braçal, considerando-o in-digno e próprio de escravos. Como tempo, contudo, passou ele a serreconhecido como atividade no-bre e digna.

O trabalho é lei da natureza euma necessidade para o homem.Trabalham, não apenas os sereshumanos, mas também os ver-mes, as plantas, os animais.

Cada criatura na Terra temuma tarefa e executa um determi-nado trabalho, que é muito impor-tante, por pequeno que seja.

Da união do esforço de cada

O trabalho

— Papai, posso lavar o carro?Estou precisando de umas moedas.

— Claro, Danilo. Se você la-var o carro lhe darei as moedas.Mas, para que você quer dinheiro,meu filho?

O menino olhou em torno paraver se estavam sozinhos, e disse emvoz baixa:

— Depois eu conto, papai. Ésegredo!

— Ah!...De tarde, depois que o pai vol-

tou do serviço, Danilo colocouuma roupa velha, pegou o balde, amangueira e foi lavar o carro.

A mãe ficou surpresa. Danilotrabalhando?

Quando o garoto terminou, opai deu-lhes três moedas.

— Obrigado, papai. Valeu!No dia seguinte, ao voltar da

escola, Danilo entrou numa loja ecomprou um pacotinho de semen-tes.

Chegou a casa, deixou a mo-chila, e correu para o quintal. Pe-gou uma pá, remexeu a terra,afofou-a, como tinha visto suamãe fazer tantas vezes, e depoisjogou as sementes que tinha com-prado.

A mãe notou a movimentaçãodo filho, mas não disse nada. De-pois, viu Danilo pegar um regadore molhar a terra.

— O que está fazendo, meu fi-lho?

um é que nascem as grandes em-presas, as atividades comunitári-as, o progresso da sociedade.

Na infância da Humanidade,o homem só aplicava sua inteli-gência para prover suas necessi-dades básicas, isto é, conseguiralimento, se proteger do vento, dachuva, do frio, e se defender dosseus inimigos, os animais selva-gens e outros seres humanos.

O desejo de melhorar, porém,o impeliu às descobertas, às in-venções, ao aperfeiçoamento daciência. Dessa forma, a inteligên-cia do homem se lhe aprimora, amoral se lhe depura. Depois doalimento para o corpo, precisa eledo alimento para o espírito.

E assim, o homem progridesempre, provendo suas necessida-des materiais e aperfeiçoando-seespiritualmente.

Jesus, o ser mais perfeito quejá habitou a Terra, sempre traba-lhou, exercendo a atividade decarpinteiro, que aprendeu comseu pai, José.

O Mestre também deixou cla-ro que Deus, nosso Pai, é o maiortrabalhador, pois criou o Univer-so. E, referindo-se ao Criador,afirmou certa vez:

— “Meu Pai trabalha até hojee eu também trabalho”.

— Estou plantando algumassementes, mamãe.

Desse dia em diante, todas asmanhãs antes de sair para a esco-la, e também ao entardecer, Daniloregava as sementinhas.

A mãe passou a ajudá-lo nessatarefa. Quando apareceram as pri-meiras folhinhas, foi uma grandealegria para Danilo.

Era a primeira vez que via oresultado de um trabalho.

Algum tempo depois, as plan-tinhas estavam crescidas e as pri-meiras flores começaram a nascer,lindas e coloridas.

No Dia das Mães, Danilo le-vantou-se bem cedo, vestiu-se,penteou os cabelos e arrumou oquarto. Depois, foi para a cozinhae arrumou a mesa, fez um suco edeixou tudo pronto. Em seguida,correu para o quintal.

A mãe ainda não tinha acorda-do. Ainda bem!

Logo, ouviu barulho na cozi-nha, e percebeu que a mãe já se ti-nha levantado. Então, abriu a por-ta e, com um grande ramalhete deflores nos braços, ele disse:

— Feliz Dia das Mães!A mãe, mal podendo acreditar,

apanhou as flores, cheia de alegria.— Meu filho, sinto muito or-

gulho de você. Por meses esforçou-se, cuidou das plantinhas, regou-as, tudo para fazer-me uma surpre-sa! E arrumou até a mesa para ocafé!

— Isso mesmo, mamãe. Que-ria provar que também consigo tra-

balhar como as outras pessoas. E,sabe de uma coisa? Estou muitocontente por ter conseguido. Veras sementinhas brotar, as plantascrescerem e depois se transforma-rem nestas lindas flores deu-meuma sensação muito boa. Provei amim mesmo que sou capaz!

Cheia de emoção, a mãe abriuos braços e Danilo correu para ela,aconchegando-se em seu abraço.

— Feliz Dia das Mães, mamãe!— Obrigada, meu filho. Este

foi o presente mais lindo que jáganhei em toda a minha vida.

TIA CÉLIA

Mamães,Mamães,Mamães,Mamães,Mamães,

Neste seu dia, recebam a nossa gratidão e o nossoNeste seu dia, recebam a nossa gratidão e o nossoNeste seu dia, recebam a nossa gratidão e o nossoNeste seu dia, recebam a nossa gratidão e o nossoNeste seu dia, recebam a nossa gratidão e o nossoamor, desejando-lhes um FELIZ DIA DAS MÃES!amor, desejando-lhes um FELIZ DIA DAS MÃES!amor, desejando-lhes um FELIZ DIA DAS MÃES!amor, desejando-lhes um FELIZ DIA DAS MÃES!amor, desejando-lhes um FELIZ DIA DAS MÃES!

Recebam o abraço deRecebam o abraço deRecebam o abraço deRecebam o abraço deRecebam o abraço de

Seus FilhosSeus FilhosSeus FilhosSeus FilhosSeus Filhos

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O IMORTALMAIO/2011 PÁGINA 15

Bullying – Crueldade ou Falha na Educação?

“Seu filho não quer mais ir à es-cola. Não consegue concentrar-se noaprendizado. Tem lapsos de memó-ria. Falta de apetite. Você quer con-versar, mas ele se esquiva. Você ligaa TV para se distrair e assiste, cominteresse, a uma entrevista com a psi-quiatra Dra. Ana Beatriz BarbosaSilva. Autora de vários livros, estáfalando sobre sua mais recente obra:Mentes Perigosas nas Escolas.”

Bullying é uma expressão ingle-sa que sintetiza a violência continu-ada, física, verbal ou através dainternet. Geralmente é praticada por

SIDNEY FRANCEZFERNANDES

[email protected] Bauru, SP

grupos, com intenção injustificávelde provocar sofrimentos físicos oumorais. Normalmente a vítima é in-defesa, quieta, e sofre a violência emsilêncio com medo de mais repre-sálias. Acontece geralmente nas es-colas, mas também em locais de tra-balho ou outros ambientes.

Não é um problema novo, masmuito mais comum do que semprese imaginou. Seus efeitos, gravespara os agressores e vítimas, come-çaram a ser pesquisados nos últimosanos. Quem sofre ou vê sofrer obullying pode passar a ter medo,depressão, pânico, anorexia ebulimia. Em casos mais extremoschegam a ocorrer suicídios e homi-cídios. 60% dos agentes têm a pro-gressão de suas “brincadeiras” para

conflitos no trânsito, agressões emmulheres, envolvimento em brigase têm, no mínimo, uma passagempela polícia até os 24 anos de idade.

Dra. Ana Beatriz Barbosa Sil-va está empreendendo uma verda-deira cruzada brasileira contra obullying. E o assunto ganhou talrepercussão na mídia, órgãos deensino e autoridades, que começama surgir novas leis, puniçõespecuniárias e medidas visando aodespertamento da sociedade parao problema. Dra. Ana foi entrevis-tada, nos últimos meses, por nadamenos do que Serginho Groisman,Jô Soares, Amaury Jr., MaríliaGabriela e Ana Maria Braga, sópara citar os mais conhecidos.

Agentes do bullying agridem por-

que querem se tornar populares, por-que têm problemas em casa, porquenão tiveram bons exemplos dos paisou porque sofreram algum tipo de vi-olência. Poucos, felizmente a mino-ria, praticam o bullying pelo prazermórbido de provocar o sofrimento.

Na escolha de uma escola, ospais da Inglaterra estão dando hojemais importância à existência deuma política de “não bullying”, pas-sando para segundo plano a quali-dade e os métodos de ensino. Osresponsáveis tomam cuidado comas expressões de marketing “nestaescola não há bullying”, pois, ao in-vés de negar a existência da vio-lência, torna-se fundamental preve-ni-la e controlá-la.

O problema é geral. Da socie-dade, da escola e das autoridades,mas o seu controle está nas mãosdos pais. Serão os pais que detec-tarão a mudança de comportamen-to da vítima. Serão os pais que de-verão exigir o envolvimento de di-retores, professores, alunos e detoda escola. Serão os pais dosagressores que reconhecerão osmales que seus filhos estão provo-cando, adotando limites e tratamen-tos, para que não se degenerem evenham a perder suas vidas.

Se nada é feito em relação a essaagressividade, nosso filho pode vira perder os melhores momentos desua vida escolar. Mas, se nada é fei-to em relação ao agressor, ele podese tornar um agressivo marginal.

Absurdamente, alguns mitos eequívocos começam a se formar em

torno do bullying: a culpa é da ví-tima, ela deve resolver o problemapor si própria, a vítima é fraca esensível demais, a criança deve de-fender-se, ou ainda justificando asatitudes do agressor.

O que fazer para combater essaprática nas escolas? Exigir a implan-tação de política antibullying envol-vendo professores, funcionários,alunos e pais. Informar. Sensibili-zar. Conscientizar. Mobilizar. Esta-belecer limites em casa e regras naescola. A melhor forma de tratar obullying é evitar que ele ocorra. Elegeralmente acontece nas escolasonde não há supervisão.

Escolas menores e fisicamentebem tratadas desencorajam obullying. A qualidade de vida dosalunos de cada escola e o tipo derelação intrafamiliar influenciamna sua incidência.

Todas as ações sugeridas sãoimportantes. Mas a principal atitu-de será a de darmos a devida aten-ção aos nossos filhos, passando-lhes confiança, senso moral e res-peito ao próximo. Agressor, vítimae testemunhas silenciosas devemmerecer nossos cuidados.

Todos que querem uma socieda-de menos violenta e mais justa de-vem combater o bullying. Dessa for-ma, estaremos moldando uma soci-edade melhor, enquanto é possível.

“Temos que mudar a sociedadeenquanto ela é mutável: na infân-cia, na juventude e nos bancos es-colares.” (Dra. Ana Beatriz Barbo-sa Silva.)

O ser e o nada

O escritor francês Jean-PaulSartre lançou em meados do sé-culo XX um livro que é conside-rado o marco para o crescimentoda doutrina chamadaexistencialismo. A ideia centraldo pensamento existencialista éque a existência precede à essên-cia (algo como o corpo físico sur-giu primeiro que o espírito). Ain-da segundo essa doutrina nãoexiste nenhum Deus que tenhaplanejado o homem. Oexistencialismo então é o reflexode um pensamento ateu e com-pletamente materialista.

Título do Livro? O Ser e oNada. Sombrio, porém verdadei-ro.

Toda a criação - segundo osateístas (antigamente conhecidoscomo materialistas) - é regidapela acaso, ou por uma combina-ção fortuita de condições que fi-zeram surgir o Universo, depoisa Terra e, por fim, o ser humano,sem a intervenção de nenhumPensamento Diretor (Deus).

Allan Kardec, em comentárioà questão de O Livro dos Espíri-tos que estudamos, expõe com

tivo, que a vida na Terra foi de-senhada por um ser inteligente(Deus), e, a partir daí, eles pro-curam provas na natureza. Os te-óricos do Design Inteligente co-meçam com a esfera natural (asconsequências) para chegarem àconclusão de que tudo foi criadopor um Agente Inteligente.

A Doutrina Espírita, em seusprimórdios, definiu, a partir deseus pesquisadores, a função doacaso dentro da natureza e da cri-ação. Essas definições superamas teorias atuais e oferecem res-postas lógicas ao problema dacriação inicial:

“Certos sábios objetam, naverdade, que as leis universaissão cegas. Mas, de que forma leiscegas poderiam dirigir a marchados mundos no Espaço, regulartodos os fenômenos, todas asmanifestações da vida, e isso comprecisão admirável? Se as leis sãocegas, diremos, evidentemente -devem agir ao acaso. Mas o aca-so é a falta de direção e a ausên-cia de toda inteligência atuante.É, pois, o acaso inconciliável coma noção de ordem e de harmonia.”(Léon Denis – O Grande Enigma– Cap. VI.)

“A Natureza tem horror aoacaso.” (Camille Flammarion –Deus na Natureza – Cap. III.)

MARCELO DAMASCENODO VALE

[email protected] São Bento do Sul, SC

lógica irretocável:A harmonia que regula as for-

ças do Universo revela combina-ções e fins determinados, e por issomesmo um poder inteligente. Atri-buir a formação primária ao aca-so, seria uma falta de senso, o aca-so é cego e não pode produzir efei-tos inteligentes. Um acaso inteli-gente já não seria acaso.

São impressionantes os mala-barismos de pensamento que en-contramos naqueles que não creemnos mitos a respeito da Criação,encontrados em todas as religiões,para justificar a possibilidade deum Universo criado sem Deus.

Contudo, o filósofo americanoQuentin Smith supera-se ao apre-sentar no artigo Big BangCosmology and Atheism a ideia deque nem tudo que teve um come-ço precisaria ter uma causa paraesse começo. Ou seja, o nada podeproduzir Galáxias, Mundos, SeresVivos, Espíritos Eternos.

Em contradição ao pensamen-to de Smith e outros, nos EstadosUnidos, alguns cientistas e pensa-dores cristãos elaboraram a teoriado Design Inteligente, para com-bater os argumentos dos ateístas,os quais ridicularizam ocriacionismo bíblico. Oscriacionistas afirmam que o relatobíblico literal é confiável e defini-

Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinaçãofortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso? “Outro absurdo! Que homem de bom senso

pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.” (Questão 8 de O Livro dos Espíritos.)

Divaldo responde– As pesquisas científicas ca-

minham para a demonstração daexistência da reencarnação e damediunidade. Quais as consequ-ências de tal comprovação para ahumanidade?

Divaldo Franco: Eu somenteespero que contribuam de manei-ra eficaz para mudar os padrõesético-morais. Porque sabendo oindivíduo que ele é o construtorda sua felicidade como da sua des-dita, graças aos renascimentoscorporais, ele terá sempre muitodiscernimento mediante o qual,antes de agir, pensará nos efeitosque advirão. No entanto, quandome recordo que existem mais de800 milhões de reencarnacionistas

na Índia, no Paquistão, e que nãomudaram a atitude agressiva pe-rante a vida, preocupo-me e so-mente concebo que a reencarna-ção, sob o enfoque cristão, logra-rá modificar a sociedade.

– O que deseja dizer com re-encarnação sob o enfoque cris-tão?

Divaldo: A reencarnação noBudismo tem características mui-to específicas, porque o Budismonão se preocupa com Deus e nãoé uma religião, é uma filosofia.Entre os indianos a reencarnaçãoé fatalista: praticou o mal tem quepagar. No Cristianismo, a reen-carnação é edificante: o bem quese faz anula o mal que se fez.

Extraído de entrevista concedida à jornalista Valéria Maciel, deOslo, Noruega, em maio de 2009.

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O IMORTALPÁGINA 16

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

“(...) A minha casa será cha-mada casa de oração, mas vós atendes convertido em covil de la-drões”. - Jesus. (Mt., 21:13).

A prática da simonia1 é tão an-tiga quanto as religiões... Os“atravessadores da fé” jamais es-tiveram inativos e, hodiernamente,estão mais febricitantes que nunca,locupletando-se nos valoresargentários arrecadados – cinica-mente – como passaporte para oCéu, que inúmeros incautos “com-pram” em sua ingenuidade. 2

Cairbar Schutel não ficou in-sensível a essa prática espúria, eprofligou-a energicamente. Eisum pequeno extrato de suas pa-lavras3: “(...) A igreja atual é umponto de diversão como qualqueroutro, é um botequim de festasonde se mercadejam frangos eleitões. Que é a religião do povohoje?! Onde está a fé, a Esperan-ça, a Caridade, que unem, sus-tentam, amparam e elevam amassa popular? O que há são trá-ficos de missas, tráficos de batis-mos, tráficos de casamentos, trá-ficos de nascimentos e tráficos demortos! Tudo são mercadorias,tudo se vende na religião do povo,tudo se mercadeja nas igrejasdessa Babilônia!... A imortalida-de, a comunhão das almas e dossantos, desapareceram do Credo;o Diabo venceu a Divindade: oinferno tragou o Céu!”

As religiões se transformaramnum mercado consumidor ondeimpera a lei da oferta e da procu-ra. Constatada essa realidade, po-demos aplicar os modelos de com-portamento do consumidor aospseudorreligiosos de um modogeral. Então podemos perguntar:Como uma pessoa opta por ummovimento religioso ou troca umpelo outro? Que benefícios esperareceber e como avalia se está de

ROGÉRIO [email protected]

De Muriaé, MG

MAIO/2011

Os vendilhões dos templos

fato recebendo o deseja-do ao seguir as normas desua opção religiosa?

Nos últimos anos te-mos observado a eclosãode grandes batalhas nochamado “mercado reli-gioso”, o que vem for-çando a derrocada de al-gumas vetustas barreirasdogmáticas e novos “mo-dismos” que estão sem-pre a exigir maiorflexibilização dos líderesreligiosos na vã tentativade manter os respectivosrebanhos nos limites deseus arraiais doutrinários.

As letras apocalípticasjá vaticinaram o final dasreligiões mercantilistas4:“(...) E os reis da terra,que se prostituíram comela e viveram em delíci-as, a chorarão, e sobre elaprantearão, quando viremo fumo do incêndio. (...) elamentam os mercadoresda terra; porque ninguémmais compra as suas mercadorias”.

Sem embargo, existem exce-ções felizes, pois podemos obser-var que ainda inúmeras religiõesexistem com uma linha doutrináriasadia, capaz de tornar melhor a cri-atura... Mas, por outro lado, se nãocuidarem com zelo de sua saúdedoutrinária o mercantilismo podecomeçar a vicejar. Vejamos, semmaiores aprofundamentos, os paco-tes religiosos mais conhecidos:

Hinduísmo: Para esta religiãoas atividades de uma pessoa deter-minam seu destino na próximavida. Para eles o espírito despren-de-se do corpo para unir-se a Deus.

Budismo: Ensina que as coisasmateriais não podem trazer felici-dade, e devem se libertar dos pe-cados e paixões. A religião baseia-se no livro sagrado Dhammapada.

Confucionismo: É quase umafilosofia de vida, lutar pela retidãoe pelo aprimoramento do caráter.

Cultivam a benevolência, decoro,sabedoria e sinceridade.

Judaísmo: Os judeus usam aTora (Pentateuco), são bastante tra-dicionais, mas democráticos eemotivos. Conservam ligações fa-miliares distantes.

Islamismo: Seguem o Corão, fa-zem muitos jejuns, são poligamitas etradicionais com as mulheres, chegan-do uma de suas vertentes ao fanatis-mo extremo. Existem três vertentesprincipais: tradicionalistas, funda-mentalistas e uma vertente mais con-ciliadora voltada para a política da boavizinhança e respeito às outras cren-ças. Sua doutrina sustenta-se em cin-co pilares: Aceitar que só há um Deuse que seu profeta é Maomé; rezar cin-co vezes por dia virado para Meca;ajudar os pobres; jejuar no mês sa-grado do Ramadan; e peregrinar atéMeca uma vez.

Protestantismo: Tem um con-teúdo mais flexível, mas com mui-

tas exigências de estilo devida. Proíbe muitas coi-sas. Os rituais prontos sãobem menos comuns.Seus fiéis não sentemtantas dificuldades de se-guir o que eles determi-nam. Algumas são maisliberais e flexíveis, outrasnem tanto... Suas raízesse prendem aoreformador MartinhoLutero.

Evangélicas: Prolife-ram muito rapidamenterecebendo grande migra-ção de fiéis de outras de-nominações religiosas,incluem-se aí os Presbi-terianos, Batistas, etc...

Catolicismo: São mui-to tradicionais, conserva-dores e dogmáticos. Con-servam a hierarquia papalde forma divina. A religiãoé repleta de rituais e roti-nas. Restringe o uso e con-sumo de alguns produtos.

Vemos, dessa forma,que inúmeras são as dificuldades deescolha, principalmente pela imen-sa quantidade de religiões existen-tes. Na maioria das vezes o que im-pera na escolha é uma aproximaçãoentre os valores, crenças e estilo devida do indivíduo e a religião pre-tendida. Após o julgamento, o con-sumidor passará aos processos decompra e uso.

O momento da compra é o mo-mento da negociação entre duas oumais partes. Numa situação de con-sumo tradicional, variáveis taiscomo tempo disponível, conheci-mento do produto, empatia, esfor-ço dedicado para chegar à situaçãode compra e venda, autoridade, sim-patia; jogam um papel determinantenas condições de compra.

Dentro dos parâmetros das va-riáveis citadas, imaginemos umaconversa entre um candidato a fiele uma autoridade religiosa. Existeaí, mesmo que de maneira infor-

mal e pouco explícita um proces-so de negociação em que a auto-ridade religiosa tentará expor as-pectos de sua religião, a fim deconvencer a pessoa a participardaquela titularidade religiosa.Um bom relacionamento entre ofiel e a autoridade nessa negoci-ação é importante, principalmen-te para gerar confiança em quemestá aderindo. A autoridade reli-giosa terá que ter “jogo de cin-tura” para vencer os conflitos deinteresses, ou seja, as defasagensexistentes entre as intenções do“cliente” e a linha doutrinária, afim de gerar confiança e conven-cimento em quem está aderindo.

Tendo se convencido dospossíveis benefícios de um pro-duto, ou serviço, o consumidorpassa a utilizá-lo. Como ferra-menta de propaganda os “teste-munhos” de quem fez a opção eobteve vantagens (principalmen-te materiais) é decisivo na opçãode muitos incautos.

Melhorar as pessoas aproxi-mando-as de Deus e fazendo-ascaminhar na direção do autoconhe-cimento; do conhecimento da Ver-dade que liberta; oferecer umaidentidade e um sentido para a vidadas pessoas, tão necessários parao equilíbrio mental, tal é a garan-tia da perenidade e segurança deuma religião de fato. (Continua napág. 10 desta mesma edição.)

1- Segundo o dicionário Houaiss,simonia significa compra ou vendailícita de coisas espirituais (comoindulgências e sacramentos) ou tem-porais ligadas às espirituais (comoos benefícios eclesiásticos).2 - Este artigo está baseado em umaadaptação das teses de Rodrigo D.de Salvi e Ernesto M. Giglio, res-pectivamente mestrando e doutorem Administração.3 - Cairbar Schutel “Parábolas e En-sinos de Jesus”.p. 228, 12. ed. –Casa Editora “O Clarim”.4 - Apocalipse 18:9 a 11.

A igreja atual é um ponto de diversão como qualquer outro,é um botequim de festas onde se mercadejam frangos e leitões