o homem lésbico v3 mais corrigido

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O Homem Lsbico: Uma Anlise Sobre o Conceito do "Afeminado e dos Papis de Gnero na SociedadeAutora Melissa Ellen Colao de Vasconcelos; Co-autor Alessandro Dutra Bezerra; Co-autora Nathlia Carvalho da Silva; Orientador: Francisco Felipe Paiva FernandesUniversidade Federal de Campina Grande, Paraba, Brasil. (seguido do e-mail.)

RESUMO

O objetivo do presente estudo a anlise do conceito estereotipado do homem afeminado e do seu papel na sociedade. Problematizando os papis absolutos de gnero em categorias sexuais de homem e mulher, demonstrar-se-, por meio do processo de meta-anlise e de uma reviso sistemtica sobre o tema, como os papis de gnero constroem o discurso histrico-cultural e a inveno da heteronormatividade. Analisamos para este fim os livros O Homem Lsbico, "A Inveno da Heterossexualidade", e "A Reinveno do Corpo - Sexualidade e Gnero na Experincia Transexual", entre outras obras de relevncia para o tema. Por fim, buscamos contribuir para a diminuio do preconceito com o grupo social dos afeminados e maior reflexo crtica sobre o estudo de gnero e sexualidade.Palavras-chave:Homossexualidade; Preconceito; Papis de Gnero; Representao Social; Sexualidade.

Introduo

Buscamos, por meio desta anlise, estudar e entender a representao social do papel altamente estereotipado e de conotao pejorativa do homem "afeminado", independentemente de sua orientao sexual. Para isso lanamos mo do livro O Homem Lsbico, primeiro romance do professor Hlio Santos, que contesta papeis de gnero e apresenta uma viso diferenciada do homem afeminado. Primeiro, entendamos o que representa na contemporaneidade o esteretipo do homem que no aceito como tal: De acordo com o Dicionrio Online de Portugus [referenciao], o afeminado aquele que "1) Deixou de possuir as maneiras viris; que no possui modos considerados msculos. 2) Tende a ser fraco; que demonstra fraqueza. 3) Associado frequentemente ao homossexual masculino; 4) Que demasiadamente delicado; em que h excesso de delicadeza e/ou de sensualidade." Percebem-se claramente que as palavras tpicas usadas para adjetiv-los seguem o seguinte padro: feminino, homossexual, fraco, delicado, sensual em excesso, frgil, mole, pusilnime, voluptuoso, adamado. Analisamos, portanto, o motivo de tais pensamentos, freqentes na sociedade sob o rtulo de senso comum.

Foi abordado por Giancarlo Cornejo em A Guerra Declarada Contra O Menino Afeminado o fato de o homem considerado pela sociedade como afeminado ser no raro caricaturado, banalizado e futilizado; comparado e visto como inferior ao homossexual discreto, tambm sendo visto como mau exemplo tico e smbolo de promiscuidade; considerado um "vilo comum da sociedade" e por fim, provocar desconforto ao questionar os papeis de gnero por no "se encaixar" nos mesmos.Cornejo dir que o afeminado tem um papel social de grande influncia ao simbolizar a liberdade, a auto-expresso e a sinceridade, postura que frequentemente se choca com os valores conservadores, porm, por se distanciar da postura tipicamente viril, visto como mulher e com isso "atrapalha", "confunde", "distrai" o movimento gay do objetivo principal, sendo marginalizado pelo mesmo movimento que deveria inclu-lo e proteg-lo; enfim, exige da sociedade mais tolerncia e cabea aberta do que atualmente tem.

Almejamos, com este estudo, apontar os efeitos subjetivos das consequncias sociais da perpetuao de conceitos pr-concebidos de papel de gnero e realizar um questionamento da conceituao do ser "afeminado" como feminino, do feminino como fraco, e em contrapartida, do senso comum, que d preferncia ao modo de ser discreto. Na busca por tal objetivo, visamos tambm diminuir o preconceito para com o grupo social dos afeminados; esclarecer informaes a respeito do mesmo e, por fim, contribuir para a formao de informao sobre a rea do conhecimento e estudo de gnero e sexualidade, que possui grande relevncia e est em acentuada ascenso. A PARTIR DE QUE TERICO, OU PESQUISA PODEMOS AFIRMAR QUE ISSO UM GRUPO?

OLHA OS ESPAOSSSSSSSSSSSSSSS

A FORMATAO TA BIZARRA

Metodologia

Escolhemos como metodologia o processo de meta-anlise a partir de uma reviso sistemtica sobre o tema dos chamados afeminados, e elaboramos uma problemtica a respeito do tema, listando diversos tpicos propostos para abordagem e suas respectivas hipteses. A partir da trajetria escolhida, passamos coleta da literatura.

Encontramos numerosos artigos e estudos relevantes para o tema, finalmente decidindo pela escolha de trs livros. Contextualizamos o entendimento contemporneo da sexualidade com "A Inveno da Heterossexualidade", colocamos em pauta a utopia da criao do homem "O Homem Lsbico", fazendo com este pontes para temas de papeis de gnero, imaginrio do senso comum e preconceito em "A Reinveno do Corpo - Sexualidade e Gnero na Experincia Transexual".

Partimos a realizar uma pesquisa terica das informaes relacionadas nestes trs livros, depois executando uma anlise crtica dos mesmos em busca de concluses que pudessem sugerir os rumos do entendimento da sexualidade e afeminofobia no futuro, assim como sua relevncia no presente frente s lutas contra os papeis de gnero nos ltimos anos.Resultados e DiscussoNo livro A Inveno da Heterossexualidade, o autor Jonathan Ned Katz defende a ideia bsica de que a heterossexualidade no uma disposio natural dos seres humanos, mas sim um conceito, uma construo social e histrica, e como tal deve ser analisada. Katz reexamina a distino bsica feita por nossa sociedade entre heterossexual/homossexual, e a criao de um modo de vida normativo que classifica o primeiro como normal e bom e o segundo como anormal e ruim.

Ao longo do livro, Katz traz consigo questionamentos a respeito da origem da heterossexualidade, propondo que toda a formulao deste aparato ideolgico venha exatamente do fato de nunca ter sido questionado (ou pelo menos no com frequncia) a origem dessa classificao taxionmica htero/homossexual. Para ele, a heterossexualidade significa um arranjo histrico particular dos sexos e seus prazeres. (1995, p. 25).

J Judith Butler, criadora da teoria Queer, coloca que o cultivo de corpos com sexos diferentes, corpo-homem e corpo-mulher, por ter aparncias "naturais" biolgicas indica uma disposio heterossexual natural, se constituindo como um mecanismo para reproduzir a heterossexualidade. Sendo assim temos a heterossexualidade como uma matriz que dar sentido s diferenas entre os sexos. Butler faz uso do conceito de gnero como "uma sofisticada tecnologia social heteronormativa, operacionalizada pelas instituies mdicas, lingsticas, domsticas, escolares e que produzem constantemente corpos-homens e corpos-mulheres."

Ainda, segundo Katz: Geralmente supomos que a heterossexualidade to antiga quanto procriao e a luxria de Ado e Eva, eterna como o sexo e a diferena entre os sexos e daqueles primeiros seres humanos. Imaginamos que essencial, imutvel e no tem uma histria. (1995, p.25). Partindo dessa premissa, Katz aborda a importncia de se estudar no s o homossexual, mas tambm o heterossexual e sua histria. Sua anlise demonstra ainda pontos nos quais esse questionamento a respeito da origem da sexualidade esbarra: a) a heterossexualidade como forma de sobrevivncia da espcie humana; b) a relao sexual perptua homem e mulher; e c) o prazer fsico tem que ser proporcionado pela unio heterossexual.

Katz trata da influncia da obra A Histria da Sexualidade, de Michel Foucault, na interpretao da histria sexual por parte dos pesquisadores, bem como o impulso que os movimentos de gays, lsbicas e feministas exerceu para o estudo da histria da homossexualidade. O autor cita um exemplo de sociedade no heterossexual, a da Grcia antiga, no qual alerta sobre os perigos de classificar as sociedades antigas nos padres heterossexuais e homossexuais, visto que cada sociedade organizava as pessoas e a sexualidade de maneiras muito diferenciadas. Em textos, aparecem relatos de intimidades entre homens livres com mulheres e rapazes. Foucault salienta que h uma hierarquia entre o amor terreno inferior dos homens livres concentrado nos atos, e o seu amor celestial, definido por uma apreciao da beleza dos rapazes, objetos superiores. Aquela distino entre amor terreno e celestial muito diferente do nosso contraste de categorias sexuais entre heterossexual e homossexual.

O Homem Lsbico o primeiro romance de Hlio Santos, renomado professor universitrio e conhecido ativista dos direitos humanos, de comprometimento profundo s causas do gnero e sexualidade e s desigualdades sociais e de classes no Brasil.

O livro contar o processo de nascimento e criao de um jovem garoto de acordo com as convices e teorias de sua me, renomada palestrante e ativista do feminismo e da melhor amiga da mesma, uma importante psicanalista. Victor cresce sob a influncia dessas mulheres poderosas que j tem um plano determinado para ele desde antes do mesmo nascer. Seu nome j denunciava suas expectativas: Victor, de vitria. As duas mes, sem laos sanguneos ou amorosos, equilibram-se em torn-lo um bom homem e, talvez, uma boa mulher. Isso acontece ao dar o espao necessrio para que sua espontaneidade aflore: os garotos ao redor de Victor tm uma educao de amarras, de limites, de tentar se enquadrar. Precisam caber no sonho de homem digno e msculo de seus pais. Faltam quotes do livro O Homem Lsbico? NO FICA CLARO A RELAO ENTRE OS TRS TERICOS E A ANLISE QUE VCS PROPE SOBRE O HOMEM AFEMINADO, O LEITOR NO CONSEGUIR FAZER A PONTE. VCS TEM QUE PENSAR QUE O LEITOR DE VCS UM BURRO E IGNORANTE, AO ECREVER LEMBREM DOS OBJETIVOS DE VCS PARA NO SE DESVIAREM.

De acordo com Berenice Bento, autora do livro 'A Reinveno do Corpo', a sociedade em que estamos inseridos coloca o gnero em ligao direta com a genitlia, ou seja, devemos agir conforme o papel social criado para o nosso sexo biolgico. O que nos leva a acreditar que h uma concordncia entre gnero, sexualidade e corpo. "Vagina-mulher-emoo-maternidade-procriao-heterossexualidade assim como pnis-homem-racionalidadepaternidade-procriao-heterossexualidade." H mecanismos para punir, normatizar, esconder as pessoas que no seguem tal padro. Mas as diferenas existem; pessoas como Victor existem.Concluses

O livro vem em um tempo de imensa relevncia: o movimento feminista e o momento de crescente expresso por parte da comunidade LGBT tem em comum a contestao dos papeis de gnero, temtica principal abordada pelo livro.

A mera existncia de Victor j um golpe contra o orgulho das identidades de gnero. Um garoto que no apenas tem maneirismos e aparncia delicados, mas orgulha-se dos mesmos e sabe us-los a seu favor. Toma responsabilidades e deveres na casa associadas com o personagem feminino. Participa de palestras feministas e ensina seus conceitos para mulheres que so desvalorizadas ou controladas em algum aspecto de suas vidas. E como se no fosse o suficiente, profundamente admirado por isso por todos ao seu redor. Victor retratado como um jovem gentil e atencioso que querido aonde quer que v, e cuja timidez contrasta com o vasto conhecimento e experincia sexual.

O nome do livro, enfim, surge do comentrio atnito de uma das mulheres da vida de Victor: ele sabe como tocar uma mulher, sabe faz-la se sentir valorizada, apresenta um entendimento intrnseco com a mesma por ter construdo tal entendimento consigo mesmo: um homem que sabe usar o seu eu feminino em conjunto com o masculino, de forma a praticamente tornar-se capaz de se conectar com qualquer pessoa ao sentir profunda empatia tanto com seu gnero tanto quanto o oposto, vivendo em profunda anlise crtica e reflexo de ambos.

A primeira contestao aos papeis de gnero, est no ttulo do livro, de acordo com o mesmo, uma provocao a qual o autor no resistiu. Percebe-se que o entendimento do termo "homem lsbico" pode induzir s mais diversas interpretaes, sendo a maior delas o entendimento de que se trata de mais um termo pejorativo para o homem afeminado. Uma anlise um pouco mais aprofundada do termo apresenta outro entendimento: um homem que sente atrao por mulheres como uma mulher. E esse termo um resumo enxuto do conceito que o livro tenta transparecer, mas ao longo de sua escrita acaba indo bem mais alm.

Victor o retalho de mltiplas ideologias, o retrato de uma utopia. Acima de tudo, ele representa um futuro possvel e at provvel para o homem contemporneo, o ser tolerante e intelectual, que aceita todas as crenas, cores e preferncias. No tempo em que se passa a trajetria do livro, temos um garoto gentil numa sociedade doente. Em algumas dcadas, talvez, a utopia de um mundo com identidades e gneros que coexistem em harmonia se espalhe entre as pessoas, cada vez mais abertas ao novo. Nesse mundo, Victor ser a regra e no a exceo e, assim, no precisar exilar-se de esferas sociais ou sofrer preconceitos mal direcionados ao ser carinhoso com uma mulher, atencioso com um homem e acima de tudo, um homem sem medo de ser honesto com seus sentimentos e capaz de usar suas emoes a seu favor, como forma de potencializar e dar significado sua existncia. O Homem Lsbico uma ideia agora, porm vive em nosso futuro e busca a chance de mostrar o quo bons realmente podemos ser.

Referncias Bibliogrficas

SANTOS, H. (2011). O Homem Lsbico. Global, 303.

CORNEJO, G. (2012). A Guerra declarada contra o menino afeminado. In: http://www.ufscar.br/cis/2011/04/a-guerra-declarada-contra-o-menino-afeminado/

SEDGWICK, E. K. (1991). How to bring your kids up gay. Social Text, 18-27

KATZ, J. N. A Inveno da Heterossexualidade.FOUCAULT, M. A Histria da Sexualidade[ FONTE 12 NO CORPO DO TEXTO. ]Retira essa palavra, vc no acha melhor apenas papel esteriotipado

Colocar ano do livro entre parntese

Os espaamentos entre pargrafos no est em acordo com a ABNT,

Ano do livro

No incio vcs apontam para o estudo do livro o homem lesbico, aqui vcs j querem apontar para as consequncias. Fica incongruente, vcs devem relacionar o romance com esse objetivo, por exemplo,: Almejamos, com a anlise do romance O homem lesbico, apontar para os efeitos subjetivos das consequncias sciais....... na medida em que a literatura pode expor de forma contundente os diversos processos sociais responsveis pela excluso e marginalizao de grupos sociais especficos..... apenas uma ideia

Reviso sitemtica no uma boa, pois vcs no realizaram isso, coloca atravs de um olhar ou perspectiva.

Quais so? Se vc colocar isso tem que colocar os autores ou pelo menos os ttulos.

Partimos a realizar? Bizarro, Realizamos talvez

ano

ano

coloca, uma das principais autoras da teoria queer

semanticamente no est boa

a ponte entre Katz e Santos est prejudicada, ta muito abrupto