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O futuro do Educador Musical no Brasil, mediante o uso das novas tecnologias. O desenvolvimento tecnológico exerceu grande influência na música, tanto nos meios de produção e distribuição quanto em seus estilos e tendências, promovendo novas possibilidades para músicos e compositores, o que torna ainda mais exigente o papel do educador musical na contemporaneidade. O primeiro efeito da tecnologia na música foi o aperfeiçoamento dos instrumentos, através da melhoria técnica dos luthiers (profissionais responsáveis pela fabricação artesanal de instrumentos), já que instrumentos melhores e bem acabados resultam em novas experimentações acústicas e nas explorações de novos timbres. Ao realizar uma revisão histórica, nota-se que em tempos remotos a única forma de transmissão de uma composição musical entre músicos era a escrita, por meio de cópias manuais de partituras, porém, com o desenvolvimento tecnológico, esta realidade mudou significativamente. As novas possibilidades de produção e reprodução de diversas cópias de modo quase instantâneo proporcionaram um primeiro canal de transmissão de informação musical evoluindo até a era do rádio, da televisão, do vídeo e mais recentemente do computador e internet. Todos tiveram um importante significado em suas respectivas épocas de surgimento. A facilidade da transmissão de informações, principalmente pela possibilidade de gravar o som e repassá-lo, marcou um

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Page 1: O futuro do educador - Ivan Aparecido da Silva - IEaD

O futuro do Educador Musical no Brasil, mediante o uso das novas tecnologias.

O desenvolvimento tecnológico exerceu grande influência na música, tanto nos meios de

produção e distribuição quanto em seus estilos e tendências, promovendo novas

possibilidades para músicos e compositores, o que torna ainda mais exigente o papel do

educador musical na contemporaneidade.

O primeiro efeito da tecnologia na música foi o aperfeiçoamento dos instrumentos, através da

melhoria técnica dos luthiers (profissionais responsáveis pela fabricação artesanal de

instrumentos), já que instrumentos melhores e bem acabados resultam em novas

experimentações acústicas e nas explorações de novos timbres.

Ao realizar uma revisão histórica, nota-se que em tempos remotos a única forma de

transmissão de uma composição musical entre músicos era a escrita, por meio de cópias

manuais de partituras, porém, com o desenvolvimento tecnológico, esta realidade mudou

significativamente.

As novas possibilidades de produção e reprodução de diversas cópias de modo quase

instantâneo proporcionaram um primeiro canal de transmissão de informação musical

evoluindo até a era do rádio, da televisão, do vídeo e mais recentemente do computador e

internet. Todos tiveram um importante significado em suas respectivas épocas de surgimento.

A facilidade da transmissão de informações, principalmente pela possibilidade de gravar o

som e repassá-lo, marcou um novo período em que o acesso à música é extremamente

simples. Pode-se aprender com os grandes mestres do passado, aprender com a música vinda

de países distantes, aprender com metodologias feitas por professores de renome, ou até

mesmo aprender com os próprios erros

Nos dias de hoje os músicos estão completamente envolvidos com as tecnologias, inserindo-

as em sua rotina diária de trabalho, já que entender de equipamentos eletrônicos e digitais

passa a ser um requisito básico no processo de produção, criação e divulgação de trabalhos

musicais. A tendência é que no ensino da música as tecnologias estejam cada vez mais

presentes, e que professores precisem incluir tais recursos em suas metodologias.

Page 2: O futuro do educador - Ivan Aparecido da Silva - IEaD

Contudo, a formação do professor de música também deve passar por uma reflexão profunda

e ampla do seu currículo formal, proposto pelo sistema educacional vigente; considerando que

o estudo e conhecimento (epistemologia) da arte não se configuram somente pelo fazer

artístico, é preciso também refletir, exercitar o julgamento, comparar, analisar, interpretar,

assim como entender o lugar da arte no tempo e na cultura.

Tais saberes talvez sejam imprescindíveis, posto que a experiência vivida pelos alunos,

futuros professores, têm influência significativa e exerce grande importância na própria ação

pedagógica.

Há uma preocupação com a formação intelectual através das disciplinas do curso, no que diz

respeito às teorias, textos e conteúdos para o domínio de conhecimentos no processo de

ensino/aprendizagem, indispensáveis para uma boa formação do professor. Mas, apenas o

conhecimento teórico não é o suficiente. A necessidade da prática é indiscutível. Porém, a

falta de articulação entre a prática e o conhecimento teórico ainda é sentida na preparação e

formação do educador, deixando para um segundo momento a experiência e a vivência da arte

(observar, experimentar, construir e viver).

Na educação musical, busca-se conciliar a racionalidade com a emoção.  Esse é um dos

aspectos importantes a serem considerados no processo de ensino aprendizagem, ou seja,

buscar na música a essência da vida. E a música poderia proporcionar ainda, por meio de

vivências claras e profundas, experiências expressivas e conhecimentos significativos sobre a

sociedade, a cultura e política.

Para Platão (427-347 a.C) citado por D'Olivet (2002, p. 11) O homem bom... é um músico

por excelência, porque cria uma harmonia não com a lira ou qualquer outro instrumento, mas

com o todo da sua vida.

De acordo com Hentschke (2004), quanto mais completa e abrangente for à cultura geral e

musical do licenciado em música, maior amplitude e domínio ele demonstrará na prática de

sala de aula, pois música e cultura são elos importantes no processo de ensino aprendizagem.

Mas isso não é tudo, com a constante evolução das tecnologias, não basta somente pensar na

formação dos professores do ponto de vista pedagógico, é preciso formação e domínio das

tecnologias musicais.

Nesse processo de aprendizagem destaca-se a evolução da EaD, que vem tendo uma crescente

ascensão desde seu surgimento em meados do século XIX.

Page 3: O futuro do educador - Ivan Aparecido da Silva - IEaD

De acordo com o Professor José Manuel Moran (www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm)

estamos numa fase de transição na educação à distância. Muitas organizações estão se

limitando a transpor para o virtual, adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou

disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-

mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares

diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos

predominantemente individuais para os grupais na educação à distância. Das mídias

unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas

e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da

comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em

tempo real).

As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de

transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a

distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem,

principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão

diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.

Teremos aulas à distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais

com interação à distância.

No texto Tendências da educação online no Brasil – José Manuel Moran

(http://www.eca.usp.br/prof/moran/tendencias.htm)

Moran diz: A tendência é que a educação seja cada vez mais importantes para as pessoas,

corporações, países, para o mundo como um todo. Com as tecnologias cada vez mais rápidas

e integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente e as formas de

ensinar e aprender também.

A educação será cada vez mais complexa, porque a sociedade vai tornando-se em todos os

campos mais complexa, exigente e necessitada de aprendizagem contínua. A educação

acontecerá cada vez mais ao longo da vida, de forma seguida, mais inclusiva, em todos os

níveis e modalidades e em todas as atividades profissionais e sociais.

As tecnologias na educação do futuro também se multiplicam e se integram; tornam-se mais e

mais audiovisuais, instantâneas e abrangentes. Caminhamos para formas fáceis de vermo-nos,

ouvirmo-nos, falarmo-nos, escrevermo-nos a qualquer momento, de qualquer lugar, a custos

progressivamente menores (embora altos para a maior parte da população).

Page 4: O futuro do educador - Ivan Aparecido da Silva - IEaD

As modalidades de cursos serão extremamente variadas, flexíveis e “customizadas”, isto é,

adaptadas ao perfil e momento de cada aluno. Não se falará daqui a dez ou quinze anos em

cursos presenciais e cursos a distância. Os cursos serão extremamente flexíveis no tempo, no

espaço, na metodologia, na gestão de tecnologias, na avaliação. Também não se falará de “e–

learning”, mas de “learning” simplesmente, de aprendizagem.

Para Loureiro (2003), o momento atual vem trazendo, no campo musical, inúmeras

novidades, com produções nos mais variados estilos, exigindo dos professores e dos

profissionais da música uma nova maneira de perceber, experienciar e ouvir.

Fontes:

NETSABER ARTIGOS

Educação Musical e Tecnologia

Autor: Welington Tavares

http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_513/artigo_sobre_educacao_musical_e_tecnologia

Tendências da educação online no Brasil - José Manuel Moran

http://www.eca.usp.br/prof/moran/tendencias.htm

O que é educação à distância - José Manuel Moran

http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm

Data: 27 de fevereiro de 2011

Page 5: O futuro do educador - Ivan Aparecido da Silva - IEaD

Imagem retirada da Atividade de Letramento Digital - Grupo G4 – Autor: Ivan Aparecido da Silva

Ivan Aparecido da Silva – 430943

Educação Musical – Pólo Itapetininga

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