o fim do brasil - empiricus

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  • 7/21/2019 O Fim Do Brasil - Empiricus

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    ALERTA: O que voc vai ler nas prximaslinhas polmico e revelador. O texto pode

    ser ofensivo a determinadas audincias.Recomenda-se discrio na leitura.

    Ol. Meu nome Felipe Miranda.H quase cinco anos, eu fundei, junto ao Caio Mesquita e aoRodolfo Amstalden, a Empiricus Research, a primeira casa de

    pesquisa independente voltada a investimentos do Brasil.Hoje, a Empiricus referncia em recomendaes deinvestimento, contando com 200 mil leitores diariamente.Chegamos a um tamanho que nem ns mesmos aventvamosquando da criao da Companhia. Agradeo todos os dias porisso. Aos leitores e a nossos profissionais seria impossvelchegar aqui sem tamanhas competncia e paixo. a nossavocao, de fato.Talvez a esta altura voc j conhea a Empiricus por conta de

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    nossos servios prestados nos ltimos anos. Temos ajudadomilhares de investidores a ganhar dinheiro com o cenrio dequeda da Bolsa brasileira desde nossa fundao, alta dos

    imveis e comportamento voltil da taxa de cmbio.Ns alertamos nossos leitores, por exemplo, a evitar as aesda Petrobras, pouco antes do incio de seu derretimento.Tambm recomendamos vender aes de construtoras svsperas de problemas emblemticos de estouro deoramento, parcerias mal feitas e de prticas quedesrespeitavam os acionistas minoritrios. Evitamos com issoprejuzos da ordem de at 90%.

    Alguns de nossos leitores ficaram ricos apostando na quedadas aes de Petrobras ou de grandes incorporadoras. Outrosganharam bom dinheiro seguindo a recomendao de comprardlar a R$ 1,90.Em outras palavras, nossos assinantes puderam lucrar mesmonum ambiente extremamente desafiador para o mercado decapitais. Que seja de meu conhecimento, no h uma nicaempresa de pesquisa e/ou consultoria no Brasil com histricoto consistente de acerto em suas recomendaes deinvestimento aos clientes.Aqui cito apenas exemplos mais contundentes. Poderia perderum tempo enorme na lista de acertos. Mas eu no escrevo estetexto para isso.Fao referncia capacidade de fazer nossos assinantesganharem dinheiro num ambiente difcil to somente por uma

    questo: h tempos muito mais difceis por vir. Projetamos amais importante crise para o Brasil desde 1994. Ela est a,batendo nossa porta.S por isso eu tenho dedicado uma enormidade de tempo edinheiro nos ltimos meses preparando este material.Em resumo, quero falar de um evento especfico cujaocorrncia deve se dar num futuro bastante prximo, comimplicaes pronunciadas sobre as finanas de cada brasileiro

    e, at mesmo, sobre nosso modo de vida.

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    Esta esperada crise encontra suas razes no colapso do sistemafinanceiro de 2008, cujo pice marcado pela quebra docentenrio banco norte-americano Lehman Brothers e pelo

    consequente caos em Wall Street. Para tentar neutralizarimpactos do tsunami externo por aqui, o Brasil abandonou ospilares tradicionais de poltica econmica e seguiu uma sriede medidas heterodoxas, com implicaes trgicas, conformeser visto um pouco frente.Para nosso caso, os problemas a ser vistos nos prximos mesessero muito piores do que os vivenciados em 2008. Se houvequem classificasse a crise de seis anos atrs como uma

    marolinha para o Brasil, desta vez no existir espao paraqualquer metfora parecida. Isso ficar claro em algunsminutos.Adiantando um pouco, to logo haja catlise do que euprojeto, teremos disparada da inflao, aumento destacado dodesemprego, interrupo do crdito, maior endividamento dapopulao e grande salto do dlar.Acredite: o argumento aqui, conforme ficar evidente, estritamente tcnico. No fao uma projeo sequer sem odevido embasamento, tampouco tenho a pretenso deassustar o leitor.Tenho uma vida dedicada a investimentos e s recomendaesfinanceiras. Comecei a investir em aes ainda aos 14 anos, porinfluncia de meu pai e tambm meu heri -, que era umgrande investidor de Bolsa. Solidifiquei a prtica com a teoria.

    Cursei Economia na USP e um mestrado em Finanas na FGV,de onde me tornei professor aos 26 anos. Criado em educaojesuta, eu aceitei ao chamado da minha vocao e tenho mededicado s finanas integralmente.Fiz toda minha carreira profissional como analista deinvestimentos, para, ento, fundar a Empiricus. Jamaiscolocaria uma vida construda sob os pilares da tica, do amorao trabalho e da dedicao por conta de uma simples tese

    catastrofista.

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    Tudo que fao aqui levar meu esforo de pesquisa dosltimos meses a uma concluso lgica.Eu fiz o mesmo quando alertei que as aes da incorporadora

    PDG, na poca a R$ 9,00, atingiriam R$ 1,50. Rigorosamente omesmo com Gafisa, Brookfield, Hering e Marisa. De novo,apenas alguns exemplos. Quando dos primeiros anncios,ningum levou a srio. A princpio, fui taxado de louco. Otempo provou de que lado estava a sanidade.J expus em oportunidades anteriores o grosso de meuracional, tanto a nossos leitores quanto em conferncias deeconomia. Alguns ouvintes ficaram furiosos. Mas, veja:

    nenhum deles conseguiu refutar minha pesquisa, emborasejam incapazes, ao menos por enquanto, de aceitar aintensidade das concluses previstas.Por conta disso, antes de prosseguir com a leitura, fao umalerta a voc:As palavras a serem ditas aqui geraro polmica. Elas

    podem ofender bastante gente. Esquerdistas, direitas,petistas, tucanos e qualquer outra classificao semelhante.Com efeito, eu j recebi uma enxurrada de emails de diosobre minha tese.Reconheo que, a princpio, as ideias e solues a seremapresentadas podem parecer radicais. Talvez at mesmoantipatriticas.Minha sensao de que, ao ler o comeo desta carta, vocdir|: N~o h| espao para isso acontecer. N~o aqui. N~o

    agora.Tenha um pouco mais de pacincia. Respondo com o pedido deque prossiga at o final da argumentao. E lembre-se:Ningum acreditou em mim inicialmente quando eu alerteipara os problemas das construtoras, a fragilidade do modelode negcios das varejistas de moda, a dvida da Petrobras.Ningum tambm supunha que o dlar poderia ultrapassar R$2,10 quando ele estava a R$ 1,90 em poucos meses, a taxa de

    cmbio voou a R$ 2,45.

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    Foi exatamente o que aconteceu. E o que nos traz datapresente.Os exatos mesmos problemas antes identificados para as

    empresas acima ou para nossa taxa de cmbio agora ameaama economia brasileira como um todo. Vou explicar exatamentecomo chegamos at aqui. Ficar claro como falamos de algoimportante e crtico para voc e para cada brasileiro.A prxima fase desta crise vai afetar cada ponto de nossomodo de vida.A poupana de milhes de pessoas ser dizimada. A mudanavai afetar seus negcios e seu emprego. Veremos impactos

    dramticos sobre as poupanas, os investimentos e asaposentadorias.Alm de outras implicaes menores, mas tambmimportantes. Os destinos de viagem sero alterados, a escolados filhos pode ser revista, local e forma sua famlia fazcompras talvez mude.Mais especificamente, fao referncia volta de condiesanteriores ao Plano Real. Os mais antigos sabem do tamanhodo problema. Os mais jovens podem perguntar a seus pais.Falo de inflao alta, perda da metade do poder de compra dosalrio ao longo do ms, congelamento de preos, problemasde desabastecimento, falta de produtos nas prateleiras,impossibilidade de planejamento por consumidores eempresrios.Vou explicar como cada um desses eventos vai ocorrer. Ento

    voc poder decidir por voc mesmo se h ou noembasamento em minha argumentao. De minha parte, eununca estive to convicto a respeito dessa crise quanto dequalquer outra situao em minha vida.Economia no admite experincias de laboratrio. Erroscobram seu preo e as consequncias so grandes.Obviamente, o mais importante aqui no exatamente o queest acontecendo, mas sim o que voc pode fazer a respeito.

    Dito de outra forma, voc estar preparado quando esta crise

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    se materializar?O que eu proponho neste material mostrar a vocexatamente aquilo que eu mesmo estou fazendo, para

    proteger e at mesmo aumentar meu prprio patrimnio, damesma maneira que voc poder fazer.Note que eu poderia, com quase 100% de certeza, afirmar quea maior parte dos brasileiros no estar preparada quando ospreos de produtos bsicos dispararem, seu acesso a crditosecar, bancos fecharem e seus cartes de crdito pararem defuncionar.A forma de viver de cada brasileiro est prestes a mudar isso

    eu lhes prometo. Nesta carta, vou mostrar exatamente o queest acontecendo.Voc pode questionar cada um de meus apontamentos. Aofinal, vai perceber que estou certo em todas as alegaes, umapor uma.Ento, voc poder julgar e decidir por voc mesmo.Da, pergunta-se: voc vai agir agora para proteger a si mesmoe a sua famlia da catstrofe econmica que est sendoformada?Eu espero que sim. E por isso que escrevo esta carta.Vou lev-lo exatamente pelo caminho que eu mesmo estouseguindo pessoalmente, para que voc, caso queira, possasegui-lo tambm. Infelizmente, no posso garantir que vocsair desta crise sem nenhum ferimento. Mas posso lheassegurar que voc estar muito frente daqueles que no

    seguirem os passos propostos.Peo desculpas. Estou apressando um pouco as coisas.Deixe-me dar um passo atrs e mostrar, nos termos maissimples possveis, o que est acontecendo, o porqu detamanha preocupao e qual meu prognstico para osprximos 12 meses

    O Maior Problema desde o Incio do Plano Real

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    Eu acredito que ns, como brasileiros, estamos prestes aobservar um verdadeiro colapso no nosso sistema econmico,com desdobramentos relevantes sobre o cotidiano de cada

    cidado.Basicamente, h cerca de cinco anos, o Governo brasileiromudou dramaticamente sua poltica econmica. Passamos adesafiar dcadas de um conhecimento acumulado econsolidado em macroeconomia. Abandonamos o pilarortodoxo para nos render maior interveno do Estado naEconomia, a uma economia pautada no assistencialismo e aoestmulo excessivo ao consumo.

    Qual o resultado? Falncia das contas pblicas eimpossibilidade das famlias continuarem aumentando oconsumo nesta velocidade.Mais uma vez, aponto esses elementos a partir de meusconhecimentos em contabilidade e em finanas. Com omesmo vis crtico que analiso empresa, observo as contaspblicas e o balano das empresas.Veja, por exemplo, a questo mais simples associada anlisede uma companhia com aes listadas em Bolsa, a saber: suacapacidade de gerar caixa. Ou seja, quanto varia seu caixa,ponderado pelas mudanas na dvida evidentemente, ano apsano? Se uma empresa queima caixa de forma sustentada, suaprpria existncia em longo prazo est em risco. Dificilmentevoc compraria a ao de uma empresa que, resultado apsresultado, queima caixa.

    O Brasil, se entendido de forma anloga, tem queimado caixade maneira sistemtica. O total de suas despesas supera suasreceitas. Pior ainda, a diferena em desfavor das receitas temaumentado. O dficit nominal brasileiro, que mede estarelao, mira os 4% ao ano e as contas pblicas tiveram emmaio seu pior resultado da histria, mesmo com umacontabilidade nacional bastante criativa e uma poro dereceitas extraordinrias.

    A sustentabilidade das contas do Estado brasileiro est em

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    risco, como fruto de uma poltica deliberada de aumento dosgastos pblicos.Os empresrios no confiam mais no Brasil e veem seu espao

    ocupado pelo setor pblico. H, inclusive, um termo tcnicopara isso: crowding-out.Sem confiana, os empresrios simplesmente no investem. aquilo que se convencionou chamar de esprito animal dosempres|rios. A rela~o Investimento sobre PIB, que nunca foiuma maravilha, vem caindo de maneira consistente: depois deatingir o pice de 19,5% no fim de 2010, recuou para apenas18,1%.

    Somente essa variao impe impacto negativo da ordem de0,5% na capacidade de crescimento do PIB.Breve pausa para reflexo: h certo consenso entre os maiscompetentes economistas de que a varivel-chave para ocrescimento sustentvel e de longo prazo, sem inflao, oinvestimento. Isso porque, ao investir, o empresrio aumentasua capacidade produtiva frente e pode responder aaumentos da demanda oferecendo mais produtos. Casocontrrio, ou seja, sem investimentos, s pode responder comaumentos de preo.Agora, pasmem!Perguntada recentemente sobre as razes para o Brasil nocrescer, a presidente Dilma respondeu da seguinte forma: Eun~o sei.Se no temos um diagnstico, como poderemos sequer

    considerar um bom prognstico?Isso absolutamente inacreditvel, no mesmo?Entretanto, no se d a devida publicidade ao fato.Talvez voc discorde sobre o quo ruim est a situao daeconomia brasileira. Eu respeito sua opinio. Peo, porm, queconsidere os seguintes pontos todos os dez elementosestritamente factuais:

    1 -O crescimento mdio do PIB no governo Dilma, se

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    confirmadas as projees de consenso para 2014, deve ser de1,8% ao ano. Veja: esse o pior resultado desde o governoCollor. Temos a primeira evidncia emprica e incontestvel de

    que retornamos a condies anteriores a 1994. O grficoabaixo resume a evoluo recente da economia brasileira:

    H ainda de se pontuar que minha projeo de 1,3% paracrescimento da economia brasileira em 2014 est entre as maisotimistas.O Banco Santander, por exemplo, j estima evoluo deapenas 0,9% neste ano, enquanto o brilhante economista

    Affonso Celso Pastore sugere pfio crescimento de 1% em 2014e de, acreditem, 0,8% em 2015.Mas este crescimento mais baixo desde a Era Collor n~o resultado de uma conjuntura internacional desfavor|vel?A simples observao da imagem abaixo comprova a respostanegativa. O grfico compara a evoluo do PIB brasileiro nosgovernos Dilma, Lula, FHC, Itamar e Collor, contextualizandocom o resto do mundo, os pases emergentes/pobres e nossos

    vizinhos latino-americanos. Eis o resultado:

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    At 2013, mesmo sem considerar o resultado pfio previstopara este ano, observamos o crescimento mais baixo desde aEra Collor.

    2 -A inflao tem sido persistentemente alta e acima docentro da meta, de 4,5% ao ano. Simplesmente, temosignorado esses 4,5% e observado, de maneira sistemtica, umainflao beirando o teto da meta.A imagem abaixo ilustra bem o argumento:

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    Mas isso no o pior.As estimativas para a inflao oficial de 2014, conformelevantamento do prprio Banco Central junto a agentes demercado, rondam exatamente os 6,50%, teto da meta. E atmesmo o Relatrio Trimestral de Inflao, do nosso BC, projeta6,40% para este ano, colado nos 6,50%.Isso particularmente problemtico porque corremos um riscogrande de estourar o intervalo da meta, ferindo a credibilidadedo Banco Central e impondo um custo alto sociedade.A rigor, em 12 meses, j estamos acima da meta. No

    intervalo encerrado em junho, a inflao foi de 6,52%.

    Para 2015, a situao no muito diferente. A mediana dasprojees dos economistas tambm aponta inflao prxima a

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    6,50%.No custa lembrar: o trabalhador quem mais sente os efeitos

    negativos da inflao, ao ter o poder de compra de seu salrio

    corrodo pela escalada dos preos.Sim, h coisas ainda mais desagradveis a respeito da inflao.J teramos estourado o teto da meta no fosse pelo controlede preos. Ou seja, estamos artificialmente maquiando ainflao, ao represar alguns preos, com exemplos mais clarosnos setores de energia e combustveis.Sem desoneraes, a inflao ronda 8,50% ao ano.O prprio governo admite controlar preos, sem nenhum tipo

    de constrangimento. Em entrevista Folha de S. Paulo em 14de maio, o ministro Mercadante reconheceu que o governocontrola preos de combustveis e energia eltrica.O represamento de preos tem consequncias conhecidas edesastrosas, como sugesto de maior inflao futura,desalinhamento de preos relativos e destruio dedeterminados setores.O setor de etanol foi simplesmente destrudo pelo controledeliberado do preo da gasolina. Veja o que diz matria dojornal Valor Econmico, do dia 17 de junho de 2014:A indstria de etanol do Brasil enfrenta tanto presses deaumento do custo da terra e da mo de obra, como tornou-se

    uma vtima no intencional do controle de preos da gasolina

    para frear a inflao, avalia a Agncia Internacional de Energia.E completa:

    No Brasil, a AIE nota que o aumento da capacidade de produode etanol estagnou, vrias plantas foram fechadas e maiscapacidade pode estar em risco.Quando todos achvamos que havamos consolidado a polticade combate inflao, passamos a cometer erros triviais, comimpactos gigantescos sobre a sociedade. Nem sequer estamossendo criativos. Tivemos a proeza de resgatar erros antigos ecom consequncias conhecidas.

    Esses dois primeiros pontos j seriam suficientes para

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    provarmos o argumento do quo grave o problema atual.Combinamos simplesmente baixssimo crescimentoeconmico e inflao alta.

    Temos, portanto, o mais negativo dos mundos, a chamadaestagflao.Mas, calma. H coisas graves ainda pela frente, capazes dereforar o prognstico de algo simplesmente catastrfico paraos prximos 12 meses. Falamos de inflao que pode chegar a15% ao ano, forte reduo do poder de compra, aumento dodesemprego para 10% e interrupo sbita do crdito, comconsequente dificuldade das famlias em arcar com suas

    obrigaes financeiras.Estamos prestes a observar concreta mudana em nossocotidiano. Precisamos nos blindar.Continuemos na nossa lista

    3 -As contas pblicas esto completamente desajustadas,de tal sorte que o Governo brasileiro vai, em breve, encontrargrandes dificuldades para se financiar. Ou seja, as taxas de jurodevem subir com vigor, impactando fortemente o oramentodas famlias e a capacidade de crdito.No h como brigar contra os fatos. Vemos uma claradeteriorao das contas pblicas brasileiras.Nossa economia para pagar dvida e juros, o chamadosupervit primrio, foi, na mdia, de 3,1% do PIB no intervalode 2001 a 2008, sem considerar aqui receita de dividendos e

    concesses.Considerando agora o intervalo de 2009 a 2013, essepercentual caiu para 1,5% do PIB. Para 2014, devemosterminar com menos de 1% do PIB, algo que , obviamente,insuficiente para estabilizar dvida bruta ou lquida.

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    Isso sem nenhum incremento significativo do investimentopblico. O que tem aumentado o consumo do governo estamtrica bateu 22% do PIB, o nvel mais alto da srie histricainiciada em 1995.Mais uma proeza notvel ao Brasil: somos um dos poucospases do mundo em que essa varivel supera o investimento.

    4 -O resultado de nossas relaes com o resto do mundo, quej era pssimo, fica cada vez pior. O chamado dficit emtransaes correntes, medida do saldo de nossas contas

    com o exterior sem considerar as movimentaes de capital,vem crescendo sistematicamente e atinge nveis

    preocupantes.Em maio, o dficit brasileiro em conta corrente montou a US$6,635 bilhes, o mais alto para um ms de maio em toda a sriehistrica.O desempenho inclusive pior do que projetado pelo prprioBC, em US$ 6 bilhes. Soma-se ao j delicado resultado

    apresentado at abril, conforme demonstrado por grficoabaixo:

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    Qual o problema disso?Para que no haja sada lquida de dlares do Brasil e perda dereservas internacionais, precisamos da entrada de moedaestrangeira por meio da conta de capital.Por sua vez, a conta de capital possui, grosso modo, duassubdivises: i) Investimento Estrangeiro Direto (IED); e ii)Investimentos de portflio.O ponto nevrlgico aqui que o IED est inferior ao dficit emconta corrente. Portanto, para fechar nosso balano com oresto do mundo, estamos dependendo do investimento em

    portflio, que muito voltil e sensvel menor das mudanasdas condies da economia mundial.Por enquanto, com o Brasil oferecendo um juro estratosfricoe os Bancos Centrais mundiais mantendo juro zero, parece nohaver grande problema.Mas a situao est prxima de mudar. O Banco Central norte-americano deve comear a subir sua taxa de juro em 2015,voltando a atrair recursos para os ttulos dos EUA hoje

    presentes nos mercados emergentes.Neste momento, vai faltar dlar no Brasil. Teremos umadisparada da taxa de cmbio, com impactos diretos sobre ainflao, sobre os importadores e sobre as empresas comdvida em dlar.Peo a devida ateno a este ponto. Em resposta crise, oBanco Central dos EUA injetou uma quantidade cavalar de

    dlares no mercado. Conforme mostra o grfico abaixo, osativos totais do Fed saram de US$ 869 bilhes em agosto de

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    2007 para US$ 4,3 trilhes em junho de 2014.

    Ou seja, para voltar normalidade histrica, o Banco Centralnorte-americano precisa retirar cerca de US$ 3,5 trilhes dosistema. As condies de liquidez vo mudar dramaticamentea partir de 2015.

    5 -O mercado de trabalho se enfraquece em ritmoassustador.

    A criao lquida de postos de trabalho em maio foi de 58.836,

    segundo dados do Caged. Trata-se do pior ms de maio desde1992. Estamos com novo argumento de situao semprecedentes desde o Plano Real.Isso no coincidncia.Por que o desemprego, ento, ainda no aumentou?Simplesmente, por uma questo de forma de se medir. S considerado desempregado quem est procurando emprego,mas no encontra.

    O desemprego no aumenta simplesmente porque as pessoastm desistido de procurar emprego.Tomo a liberdade de emprestar argumento do excepcionaleconomista Alexandre Schwartsman para o fechamento doprimeiro trimestre: a Populao em Idade Ativa cresce entre1% e 1,5% ao ano (1,3% no trimestre em questo), enquanto agerao lquida de empregos foi prxima a zero.

    Trocando em midos, s h reduo da taxa de desempregoporque parcela da populao simplesmente desistiu do

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    mercado de trabalho, e no se pode atribuir o pleno emprego competncia da gesto pblica.

    6 -Estamos beira do apago.Os analistas do banco Brasil Plural escreveram relatriorecentemente apontando uma pequena chance de 100% deracionamento de energia ainda em 2014. De acordo com eles,o nvel dos reservatrios chegar a 10% em novembro, a semanter o atual ritmo.Isso extremamente preocupante.Para usar as palavras dos prprios analistas, h| um elefante

    poltico que n~o pode ser ignorado.Sejamos justos aqui. H um nico culpado para o nvel tobaixo dos atuais reservatrios: So Pedro. Realmente, choveumuito pouco e ningum detm controle sobre isso. Ponto final.Agora, a falta de planejamento, a concentrao da matrizenergtica e o impedimento ao aumento da capacidade deoferta de energia culpa total e irrestrita do Governo.Em setembro de 2012, foi anunciada a famosa MP 579, quealterou as regras para concesses de energia, com o objetivode reduzir as tarifas de eletricidade de novo, o tal controle depreos.A medida destruiu a rentabilidade de empresas de energia,adicionou incerteza jurdica ao marco regulatrio do setor e,portanto, afastou iniciativas em prol de novos investimentos.Alm disso, desrespeitou contratos existentes.

    O exemplo de Cemig emblemtico. A companhia tinhaconcesses vencendo em 2015, com renovao automticaprevista para mais 20 anos, conforme definido em contratoinicial.Quando se fala em renovao automtica de qualquercontrato, supe-se, obviamente, preservao das mesmascondies iniciais.Ento, veio a MP 579 propondo condies completamente

    diferentes para a renovao das concesses, ferindo com

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    clareza o pressuposto de autom|tica.O resultado foi a devoluo, pela Cemig, das usinas de SoSimo, Jaguara e Miranda, por no aceitar a aplicao das

    novas regras.Ou h uma nova definio para o conceito de renovaoautomtica ou houve quebra de contrato.

    7 - A Petrobras foi simplesmente destruda.O grfico abaixo apresenta a evoluo das aes da Petrobrasnos ltimos cinco anos. Ele fala por si s:

    De uma mxima de R$ 40,00, as aes chegaram mnima deR$ 12,57.O patrimnio nacional sendo simplesmente reduzido a 1/3 deseu valor. Quem tinha R$ 40 mil em aes da Petrobras chegou mnima de R$ 12.570.Alm de ser historicamente motivo de orgulho, Petrobras temem sua base de acionistas milhares de brasileiros, de forma

    direta ou atravs da aplicao de seu FGTS.Estamos mexendo com a poupana do cidado comum.Chegamos a essa situao simplesmente porque a empresatem o preo de seus produtos controlado pelo Governo.Quando impede-se o reajuste de preo da gasolina, Petrobrasse v obrigada a comprar produtos por um preo superior a seupreo de venda.

    O resultado? Queimas sucessivas de caixa, num momento emque a companhia tem um ambicioso plano de investimento

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    para tocar, e exploso de sua dvida lquida.Mais uma conquista para o Brasil: Petrobras hoje apresenta amaior dvida corporativa de todo o mundo. A evoluo abaixo

    resume a questo.

    8. Com inveja da Petrobras, a Eletrobras, outra estatal

    relevante, tambm foi destruda.Eletrobras nunca foi exemplo de eficincia. A empresa historicamente reduto do PMDB, possui rentabilidade sobre opatrimnio baixa e entra em projetos ruins, para atender

    anseios polticos.Sempre foi assim. E a empresa, de uma forma ou de outra, sevirava. Mas a situao degringolou a partir da MP 579 amesma que falei acima.O grfico abaixo traz a trajetria das aes de Eletrobras nosltimos cinco anos. No muito diferente de Petrobras:

    A situao de Eletrobras ainda mais complicado do que

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    aquela apresentada acima para Cemig. A empresa tambm foiexposta a condies piores (e de baixssima rentabilidade) pararenovar concesses.

    Mas, diferentemente de Cemig e de outros participantes demercado, Eletrobras aceitou termos que implicavam retornosnegativos para determinados projetos.Isso porque era do interesse da Unio (principal acionista e quevotou proporcionalmente s suas aes em Assembleia)manter as concesses pouco rentveis.A resposta foi imediata. Suas aes simplesmente derreteramem Bolsa.

    Ultrajados com a questo, acionistas minoritrios recorreram CVM (regulador do mercado de capitais), basicamente dizendoque a Unio no poderia votar na Assembleia sobre o tema, poruma questo de conflito de interesse o que me parece bvio,no mesmo? A Unio prope novos termos, que s servem aela mesma, e vota sobre a questo?Assim diz o artigo 115, pargrafo 1 da Lei das S.A.s: o acionistadeve exercer o direito de voto no interesse da companhia eser considerado voto abusivo aquele exercido com o fim decausar dano companhia, aos seus acionistas ou a obtervantagem ou que possa resultar em prejuzos.A adeso renovao das concesses sob os termos previstospela MP 579 trouxe benefcio exclusivo ao controlador (oGoverno) e prejuzo aos demais.A Unio reagiu ao pedido dos minoritrios.

    Fez uma oferta bastante justa para compensar os danosbilionrios: um evento sobre mercado de capitais, com apresena do ministro Guido Mantega.E o pior: a CVM flerta com o aceite da proposta.Pode parecer engraado, mas somente para quem no acionista de Eletrobras.A prtica inibe no somente investimentos nas aes deEletrobras, mas tambm de outras aes do setor eltrico,

    alm de inibir a confiana de empresrios no segmento.

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    9. A indstria brasileira fica menor, a cada dia.De novo, imagens valem mais do que mil palavras:

    A produo industrial brasileira est simplesmente atnita.Isso num Governo que supostamente tinha uma polticaindustrial explcita.O tal Plano Brasil Maior, lanado em 2011, tinha objetivosmuito bem definidos para 2014. Eram eles:

    - aumentar a taxa de investimento dos 18,4% vistos em

    2010 para 22,4% do PIB;

    - elevar dispndio empresarial de Pesquisa e

    Desenvolvimento como percentual do PIB de 0,59% para

    0,90%; e

    - diversificar a pauta de exportaes, aumentando a

    participao brasileira no comrcio internacional de 1,36%

    para 1,60%.

    Pronto. Chegamos em 2014, o que nos d a prerrogativa deanalisar se atingimos os resultados.A concluso assustadora. No cumprimos nenhum dos trsobjetivos.A relao Investimento sobre PIB no somente descumpriu a

    meta de 22,4%, como inclusive caiu frente ao ponto inicial. Dos18,4%, batemos vergonhosos 18,1%.

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    Sobre o investimento em P&D, ainda no h dados muitoatualizados. Mas pesquisas feitas para 2011 apontaram umaenorme subida da razo gastos em P&D sobre PIB de 0,49%

    para 0,50%. Algum, em s conscincia, admitiria umcrescimento dessa relao para 0,90% em trs anos?A respeito das exportaes, a coisa fica ainda mais pitoresca.No diversificamos nossa pauta, tampouco aumentamos nossarepresentatividade na corrente de comrcio mundial. Aparticipao dos produtos manufaturados nas exportaes erade 39,4% em 2010. Passou a 38,7% em 2013. Tnhamos 1,35%da exportao mundial em 2010. Encerramos o ano passado

    em 1,29%.A poltica industrial um fracasso retumbante.

    O Medo Poltico Tambm

    Os pontos acima resumem o tamanho de nosso problemaeconmico. Mas ainda preciso de, ao menos, uma meno

    honrosa questo poltica.Em entrevista recente ao Valor Econmico, Armnio Fraga, ex-presidente do Banco Central, falou assim:O brasileiro gosta do seu pas, gosta de morar aqui, de investir

    aqui. Mas o grau de incerteza hoje tal que as pessoas esto

    pensando em investir fora do Brasil, esto pensando at em sair

    do Brasil. H um medo que vai alm da economia, medo

    poltico tambm. H uma sensao de medo que as pessoas no

    tm coragem de manifestar abertamente. Medo de uma atitudecontra a liberdade de imprensa, contra a democracia.H razo de ser nesse medo.No h nada mais antidemocrtico e desrespeitoso democracia quanto uma lista negra de jornalistas, a seremperseguidos pelo Estado e seus defensores.Veja, ento, texto recente publicado no site do partido doGoverno:Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demtrio

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    Magnoli, Guilherme Fiza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi,

    Lobo, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados,

    suas pregaes nas pginas dos veculos conservadores

    estimulam setores reacionrios e exclusivistas da sociedadebrasileira a maldizer os pobres e sua presena cada vez maior nos

    aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes.Tratam crticos como inimigos de guerra e convocamcompanheiros a lutar.H exemplos semelhantes na Histria daqueles que norespeitam a liberdade de imprensa e querem calar as vozesdissonantes.

    Em 10 de fevereiro de 1933, Joseph Goebbels, responsvel pelomarketing do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista,alertou assim: Um dia nossa pacincia vai acabar, e calaremosesses judeus insolentes, bocas mentirosas!O resto da Histria todo mundo conhece.O princpio democrtico deve ser respeitado em suaintegralidade.Alm de ferir o preceito da liberdade, qualquerrecrudescimento dessa condio teria um resultado rpido ecom consequncias desastrosas: fuga de capitais, tanto debrasileiros remetendo seu dinheiro ao exterior quanto deestrangeiros preferindo outros mercados ao nosso.Tudo isso trar consequncias gigantescas antes do que aspessoas pensam. Para ser preciso, j est trazendo.Os primeiros passos dessa crise esto em curso. Esto

    acontecendo justamente agora, bem em frente aos nossosolhos.Desculpe, mas eu no consigo esgotar o temaem suatotalidade. A esta altura, porm, imagino que j tenha ficadoclaro que voc precisa proteger seu patrimnio e aumentar suapoupana nos prximos anos.Em poucos minutos, vou lhe mostrar exatamente como euestou protegendo meu dinheiro, e o que eu recomendo que

    voc tambm faa.

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    Antes, deixe-me mostrar exatamente como chegamos nesteponto

    A morte do Brasil aos 20 anos de idade

    O Brasil, tal qual ns conhecemos hoje, nasceu em 1994, com aestabilizao da economia.Antes disso, tnhamos um outro pas, em que famlias,amedrontadas com a inflao, corriam para o supermercadoto logo recebiam seus salrios, empresrios no investiam porconta da falta de confiana na moeda e da incerteza jurdica,consumidores no compravam porque a inflao era galopantee no existia crdito.O Plano Real marca, inequivocamente, um novo Brasil. Comisso, at mesmo o maior dos radicais, de esquerda ou direita,h de concordar. A Histria comea em 1994. O perodoanterior era pr-Histria.A implementao do Plano Real divide-se em trs partes. A

    primeira marca o ajuste fiscal, com a criao do Fundo Socialde Emergncia e do Imposto sobre MovimentaesFinanceiras.A segunda corresponde ao perodo da URV, caracterizado pelaindexao completa da economia e alinhamento forado detodos os preos relativos. Finalmente, a ltima transforma aURV em moeda, com a introduo do Real. Eis o impactoimediato do Plano:

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    A inflao desabou com o real.Em paralelo, houve vigoroso crescimento econmico, sob

    empurro da demanda reprimida, confiana nos negcios erecomposio dos salrios reais.O crescimento da economia em 1994 foi de 5,9%. A indstriaandou muito bem e tambm a agropecuria, cuja evoluo foide 5,5%, rendendo-a o apelido de }ncora verde do real.O surto de crescimento durou pouco.Para manter a inflao baixa, foi usada a chamada }ncoracambial. O real foi foradamente sobrevalorizado por meio de

    taxas de juros muito altas.A consequncia foi bvia: baixo crescimento econmico edisparada das importaes nos anos seguintes.Para manter o cmbio apreciado e oferecer dlares aomercado na taxa desejada, chegamos a perder US$ 1 bilho dereservas internacionais por dia, durante vrios dias.Duas crises simultneas como resultado: nas contas externas enas contas pblicas.A semente da destruio estava plantada. O estouro domodelo era inevitvel.A resposta veio em 1999, quando inicia-se uma nova fase,marcada pelo famoso trip macroeconmico. Abandona-se ancora cambial, com o novo regime sendo detalhado emjunho.Ficaram definidos como elementos centrais da poltica

    econmica:

    1 cmbio flutuante;2 metas de supervit primrio; e3 sistema de metas de inflao.

    O trip caracteriza o final do Governo FHC e tambm oprimeiro mandato do Governo Lula.

    Durante esse perodo, observamos dois ciclos de crescimento

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    no Brasil. O primeiro veio do rali das commodities. O preo dosprodutos que vendemos ao exterior ficou 40% mais caro frenteao preo dos produtos que compramos do setor.

    o que os economistas chamam de melhora dos termos detroca. Com 40% de ganho chegando de navio do exterior,pudemos distribui-los entre os cidados brasileiros.E o segundo ciclo representou a exploso do consumo sobempurro do crdito.Qual o problema? Ambos acabaram.As commodities andam de lado ou at mesmo caem desde acrise de 2008. E as famlias brasileiras, sem crescimento

    econmico, j muito endividadas e enfrentando juros muitoaltos, no conseguem mais crescer seu consumo.Precisamos de um terceiro. Mas no h nenhum sinal de queele vai acontecer. Ao contrrio, o modelo est esgotado e ascoisas tendem a piorar fortemente.Precisamos agir antes disso.Ficar claro para voc nas prximas linhas.Em resposta crise de 2008, o Governo brasileiro abandonou oclssico trip macroeconmico e adotou a chamada novamatriz econmica. Entre as medidas mais emblemticas danova poltica econmica, destaco:

    - Aumento dos gastos pblicos;

    - Maior interveno do Estado na Economia;

    - Lenincia no combate inflao;

    - Incremento da participao do BNDES, com estmulo

    criao e ao fortalecimento de gigantes nacionais;

    - Controle de preos;

    - Atuaes pesadas e frequentes no mercado de cmbio;

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    - Novo marco regulatrio do setor petrleo e publicao da

    MP 579 (aquela do setor eltrico;

    - Criatividade na contabilidade nacional; e

    - Concesses mal feitas, fixando-se simultaneamente taxa

    de retorno e qualidade , bvio, numa bivalncia

    inatingvel.

    Deixe que o prprio Governo apresente a tal nova matriz

    econmica.Em entrevista ao Valor em dezembro de 2012, Mrcio Holland,secretrio de Poltica Econmica, apresentou os pontos donovo trip da seguinte forma: i) taxa de juro baixa; ii) taxa decmbio competitiva; e iii) consolidao fiscal amigvel aoinvestimento.Sobre a taxa de juro, Holland destacou a queda de 5,25 pontospercentuais em 12 meses, num processo que permitiria aosagentes econmicos rever seus modelos de negcio e criar umambiente favorvel ao crescimento. Parecia fazer sentido.O governo Dilma havia comeado com taxa Selic de 10,75% aoano, levara o juro bsico num primeiro momento a 12% paracombater a inflao e logo implementara afrouxamentomonetrio vigoroso, levando o juro ao piso histrico de 7,25%ao ano.

    No h mentiras nisso. Mas h uma nuance de interpretao.Atingimos a mnima histrica para os juros simplesmente poruma janela de oportunidade criada pelo contextointernacional, com juros reais negativos em todo mundo, comoresposta dos Bancos Centrais desenvolvidos quebra daLehman Brothers em setembro de 2008.No houve qualquer novo equilbrio de taxa de juro.A Selic j superior quela do incio do Governo Dilma. E deve

    subir (muito) mais para combater a inflao em 2015.

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    Agora preciso falar em tom severo da tal taxa de cmbiocompetitiva.A poltica cambial brasileira tem sido desastrosa.

    Simplesmente ignoramos o pressuposto do cmbio flutuante.Primeiro, a tentativa do Governo era depreciar o real, parapoder aumentar a competitividade das nossas exportaes eestimular a indstria. D-lhe IOF e coisas parecidas.Agora, o Banco Central usa o cmbio como instrumento decombate inflao, deixando claro nas atas de suas reuniesque precisa do dlar a R$ 2,20 para manter a Selic no nvelatual.

    A turma de Alexandre Tombini vem sistematicamentevendendo dlares (de forma direta ou por meio de swapscambiais) para impedir a inflao.Com isso, reduz reservas internacionais num momento defarta liquidez global. Estamos queimando munio quandomais precisaramos guard-la.Com isso, tornamo-nos cada vez mais frgeis s vsperas doincio do ciclo de alta das taxas de juro pelo mundo. Quandoefetivamente precisaremos vender dlares, estaremos comnvel de reservas no limite. De novo, vai faltar dlar.Para encerrar o ponto e combater em carter definitivo ahiptese de taxa de cmbio competitiva, no h qualquerganho de competitividade das exportaes vindo da melhorados fundamentos da economia brasileira.A desvalorizao do real nos ltimos tempos resultado

    exclusivo do elevado dficit externo e da falta de poupanapblica.A imagem abaixo resume o quo competitivas tm se tornadonossas exportaes na comparao com outros emergentes:

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    Ficou para o final a questo fiscal. No foi toa. Aqui temos acereja do bolo.A poltica fiscal brasileira tem sido ultrajante, no havendoqualquer tipo de consolidao, muito menos amigvel aoinvestimento. O governo tem, cada vez mais, ocupado oespao do investimento privado, sem ele mesmo preencheradequadamente essa lacuna.Na entrevista em quest~o, M|rcio Holland foi categrico. Noano que vem (2013), voltamos meta de supervit cheia, semdesconto. Ou seja, fal|vamos de um prim|rio de 3,1% do PIB

    para 2013.E o que aconteceu, de fato? O supervit primrio do anopassado foi de 1,9% do PIB, mesmo com as receitasextraordinrias do campo de Libra e do Refis. Filtrando poresses elementos, teramos um primrio pfio de 0,9% do PIB.Algum poderia argumentar que o primrio foi menor porqueo prprio governo resolveu fazer investimentos, tendo notadoausncia desse componente no setor privado. Isso j seria

    ruim, per se, dado o impacto de queda mdia daprodutividade. Mas nem sequer verdadeiro.Tirando as estatais, o investimento pblico da Unio passou deR$ 59,4 bilhes em 2012 (equivalente a 1,35% do PIB) para R$63,2 bilhes em 2013 (1,31% do PIB).Ento, pergunta-se: a que consolidao fiscal se refere ogoverno?

    Eu no tenho nada contra o Sr. Mrcio Holland. Ao contrrio.Eu gosto dele. Fui seu aluno no mestrado da FGV. Ele

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    certamente um sujeito de bem, trabalhador e bomeconomista. Mas o diagnstico est completamente errado,beirando a dissimulao.

    Qual o resultado da nova matriz econmica?H pouco tempo, o Brasil era destino certo do investidorestrangeiro. O queridinho entre os BRICs (grupo que renetambm Rssia, ndia e China).Atramos a Copa do Mundo, seremos sede das Olmpiadas. Empouco tempo, ganharamos posto da quinta maior economiado mundo, algo impensvel antes.

    Protagonizamos a capa da revista The Economist, talvez a maisimportante do mundo sobre economia e finanas.Em novembro de 2009, a conceituada revista britnica trouxe oCristo Redentor em forma de foguete, desgarrando-se domorro do Corcovado e dirigindo-se a maiores altitudes. O Brasilteria decolado, com argumentos esmiuados numa longareportagem de 14 pginas.A imagem era inspiradora:

    Pouco tempo depois, como resultado da desastrosa novamatriz econmica, aquele conjunto de medidas adotada pelogoverno brasileiro em resposta crise de 2008, as coisashaviam mudado completamente.Exatos quatro anos depois, a mesma The Economist, tambm

    em reportagem de capa de 14 pginas, questionava: o Brasilestragou tudo?

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    A imagem, desta vez, j no inspirava ningum.

    Bastaram quatro anos para destruirmos todo o otimismo.A ideia de quinta maior economia do mundo foi abandonada, apresena entre os BRICs foi at mesmo questionada eespecialistas apontam legado nulo dos grandes eventosesportivos.Talvez voc ainda esteja anestesiado pelo futebol da Copa doMundo. Mas peo que saia do escopo esportivo por umminuto.

    Veja, por exemplo, o que diz matria da CNBC publicada no dia26 de junho:Especialistas em mercados emergentes esto pessimistas eminvestir no Brasil, a despeito da Copa do Mundo. ()

    No h potencial positivo algum neste Governo, mesmo se tudo

    der certo, afirma Drausio Giacomelli, responsvel por pesquisa

    de mercados emergentes do Deutsche Bank.No se trata de ganhar ou no a Copa. Falemos do que

    interessa: um Governo incapaz de entregar os anseios popularespor educao, transporte e infraestrutura no geral. Eles podem

    entregar estdios, mas no o que realmente importa, diz ele.Giacomelli tambm critica a conduo da poltica monetria na

    administrao Dilma: Eles fizeram tudo errado desde o comeo.

    Colocaram-se na pior posio possvel para um mercado

    emergente, de estagflao (baixo crescimento e alta inflao) .

    A agncia internacional de classificao de risco Standard andPoors j| rebaixou o rating brasileiro, de forma que, na opini~o

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    da agncia, h um maior risco de que o pas d um calote emsua dvida.E a agncia Moodys acaba de alertar para a mesma

    possibilidade, caso o prximo governo no tome atitudesseveras.A situao certamente j no boa. E deve piorar muito mais.A Economia impiedosa. Se voc comete erros de polticaeconmica, no passa impune.O economista Ricardo Amorim, aquele que comenta noprograma Manhattan Connection, foi outro que recentementealertou.

    Em matria com o economista, o site InfoMoney, citandoAmorim, trouxe o seguinte: a inflao est alta e grvida. Ospreos administrados tero de subir aps as eleies porque os

    governos vm represando todo tipo de tarifa pblica h dois

    anos. A conta dever ser parcelada porque, se subir tudo de uma

    vez, a inflao das tarifas pode chegar a 14% em 2015.

    A pergunta : o que acontece a partir de agora?A metfora com a gravidez clssica. No existe inflao umpouco alta. Inflao necessariamente cresce. E deve crescermuito.Marcio Garcia, professor de Economia da PUC-RJ, trouxe tesesemelhante em resposta ao jornal Valor Econmico de 27 dejunho: A infla~o n~o vai ficar parada nos 6,5%, h| umainflao represada de 1,5 ponto percentual; os [preos]

    monitorados vo ter que subir; o cmbio no pode ficar muitotempo nesse nvel de R$ 2,20 porque o dficit em contacorrente continua crescendo e elevado. Tudo isso vai colocarpresso na inflao. Se voc no tiver um BC que leve ainflao de volta meta, passamos por um outro regime. Umregime turco, argentino ou at venezuelano.A situao mesmo grave.Depois de represar preos por dois anos, o Governo precisar

    soltar as amarras em 2015. Somente esse movimento,

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    supondo uma liberao nica, deve colocar a inflao brasileiraem 10% ao ano.Mas temos riscos ainda maiores.

    O Banco Central norte-americano deve comear a subir suataxa bsica de juro justamente em 2015. Isso vai causar umgrande retorno de recursos para os EUA, com maior demandapor dlar.Ou seja, a taxa de cmbio pode caminhar rapidamente paracima. O dlar no salta gradualmente quando se trata devalorizaes.Eu tenho um mestrado em cmbio e, se tem uma coisa que

    aprendi, que a moeda norte-americana, quando se movepara cima, o faz atravs de grandes saltos.O dlar deve bater, com margem para algo ainda mais alto, R$2,50.Essa uma projeo conservadora e est bastante alinhadaquela prevista para 2015 pela mediana das estimativas doseconomistas brasileiros, conforme o relatrio Focus,levantamento feito pelo prprio Banco Central.Temos dois problemas importantes derivados dessa subida detaxa de juro nos EUA.O primeiro a grande dificuldade para fechar nossas contascom o exterior. Lembre-se que estamos dependendo da contade capitais para fechar o balano e observaremos justamentefuga de capitais. Pela terceira vez, fao o alerta: vai faltar dlar.E o segundo relacionado ao reforo importante ao problema

    da inflao, atravs do famoso repasse cambial. A disparada dodlar significa aumento do preo dos produtos transacionadosno mercado internacional, os chamados tradeables. Aospoucos, tambm os no tradeables, por uma questo depreos relativos, tambm vo reagindo. Em certo tempo,temos uma escalada generalizada dos ndices de preosapenas por conta do efeito cmbio.Peo a gentileza de prestar ateno nas seguintes variaes:

    entre maio e junho do ano passado, o Ibovespa, nosso

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    principal ndice de 2013, caiu nada menos do que 15,12%.

    Em paralelo, o dlar disparou 10,69%. Em apenas dois

    meses.

    Por que tamanha mudana? Simplesmente porque o BancoCentral dos EUA, em maio de 2013, sinalizou que poderia, embreve, comear a reduzir seus estmulos economia e subirsuas taxas de juro.Uma simples sinalizao verbal foi suficiente para causardestruio de valor para as aes brasileiras e essa valorizaodo dlar. Imagine quando houver, de fato, aumento das taxasde juro nos EUA.

    Um investidor norte-americano que estivesse comprado emaes brasileiras em maio do ano passado teria perdido 25%em apenas dois meses. Voc acha mesmo que este sujeito vaificar comprado em nossas aes quando o juro comear a subirl fora?Eu acho que no.E toda essa disparada do dlar vai tambm impactar sobre ainflao.Combinando o repasse integral das tarifas pblicas represadase a desvalorizao esperada do cmbio, entendo que ainflao brasileira pode chegar a 12% ao ano, para uma metade 4,5%.No h sada para uma inflao bem acima da meta. O BancoCentral ter de subir a taxa Selic. E como a diferena entre ainflao projetada e a meta grande, o movimento dos juros

    ter de ser expressivo.No haveria surpresa em vermos taxa Selic de 15% ao ano.A implicao imediata de um juro bsico desse tamanho bvia: recesso.Imagino que voc entenda esse conceito.Se o Brasil cresce 1% ao ano com juro bsico de 11% ao ano,quanto vai crescer com a Selic a 15%?Falamos de estagnao da economia, queda dos salrios,

    aumento dramtico do desemprego, esgotamento do crdito,

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    queda vertiginosa do preos dos imveis (muito sensveis staxas de juro) e aumento do endividamento das famlias.Tudo isso num ambiente de inflao alta.

    J temos: o menor crescimento econmico desde o GovernoCollor, a menor criao de postos de trabalho para um ms demaio desde 1992, o pior resultado das contas pblicas para umms de maio de toda a srie histrica e o maior dficit emconta corrente para um ms de maio em toda a srie histricado Banco Central.E teremos: a maior taxa Selic desde 2006 e descumprimentoda meta de inflao, com a maior variao de preos desde

    2002.Rasgamos o que foi construdo em 1994 e aperfeioado em1999, sob o pretexto de implementao de uma nova matrizeconmica, heterodoxa.Temos um nico resultado prtico: voltamos a 1993.Se, metaforicamente, nasce um novo Pas em 1994, com a

    estabilizao da economia, podemos dizer que a nova

    matriz econmica e suas consequncias representam o

    falecimento desse Brasil.Morremos aos 20 anos de idade, de forma prematura.

    Isso coisa da Venezuela Mas, no Brasil? possvel?

    Eu conheo amigos, colegas e familiares ainda reticentes emaceitar essa ideia. Talvez voc esteja com postura semelhantetambm. o que os psiclogos chamam de normalcy bias, umaespcie de estado mental em que os seres humanos entramquando deparam-se com um desastre ou uma grande crise. Aspessoas simplesmente subestimam tanto a probabilidade de

    uma catstrofe quanto seus efeitos.

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    Alguns chegam a reconhecer o problema, mas afirmam: umacrise dessas propores impossvel. Pode ser coisa deVenezuela, Argentina Mas no Brasil, n~o.

    Pois bem. Veja o que aconteceu com a Gr-Bretanha nos anos70.Embora muitas pessoas no saibam, a libra esterlina foi areserva de valor clssica por cerca de 200 anos. A moeda era agrande referncia internacional at o final da Segunda Guerra.A partir de ento, quando a Europa se recompunha com oPlano Marshall, os britnicos passaram a perseguir umaagenda social-nacionalista, com o governo tomando conta da

    maior parte das indstrias, sob a alegao de maiordistribuio de renda.Em pouco tempo, o pas basicamente quebrou.Uma marca emblemtica ocorre em 1967, quando o PartidoTrabalhista decide por uma desvalorizao da moeda de 14%,de maneira sbita. Isso, supostamente, teria impacto positivono endividamento das famlias.O desdobramento, porm, foi justamente o empobrecimentoda populao, procedido por rpido aumento da inflao,culminando no famoso Inverno do Descontentamento nadcada de 70.Para conter a inflao, salrios foram congelados, grevesaconteciam diariamente nos mais variados setores, at mesmoem postos de sade. A situao chegou a ser to grave quealguns hospitais passaram a atender somente casos de

    pacientes cujo estado era de emergncia.Em 1975, a infla~o brit}nica subiu a 26,9% em apenas umano!Em 1974, o governo local estabelecera a chamada semana detrs dias, em que o uso de energia eltrica nos negcios foilimitado a trs dias por semana, sem permisso de hora-extra.As televises tinham de interromper suas transmisses s22h30, como forma de economizar energia.

    Imagine isso. A Inglaterra foi uma superpotncia global por 150

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    anos. Quando comearam a permitir um pouco de inflao apartir da desvalorizao de sua moeda, as coisas simplesmentecolapsaram.

    A foto abaixo evidencia o tamanho do problema. Isto Londres, com lixo empilhado na praa porque no haviadinheiro suficiente para pagar aos lixeiros um salriominimamente justo:

    Talvez voc ainda esteja ctico sobre a possibilidade dessascoisas acontecerem aqui e agora. Mas eu posso lhes garantir: j

    esto acontecendo!Com efeito, a inflao brasileira j estaria acima da meta ebeirando os 10% ao ano caso as tarifas de energia e os preosda gasolina no estivessem sendo controlados.Outro exemplo: no comeo dos anos 90, um certo paseuropeu resolveu brincar de conviver com um pouco mais deinflao e com um governo gastador. Rapidamente, apoupana pblica acabou. Qual foi o prximo passo do

    governo? Simples! Passaram a contar com a poupana dapopulao, limitando o acesso das pessoas s suas contas nosbancos pblicos.E, obviamente, para financiar suas operaes, o tal pascomeou a imprimir moeda, em ritmo frentico. Sem dinheiro,a infraestrutura local caia em pedaos e a inflao galopava,mesmo com tentativas de controle de preos.

    A esta altura, o desemprego batia 30%.J era suficientemente ruim, mas ficou pior, muito pior.

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    Um brilhante economia teve a genial ideia de exigir dasempresas o preenchimento de uma srie de documentosgovernamentais a cada vez que seus preos fossem

    reajustados para cima. O racional era de que isso retardaria oprocesso inflacionrio, pois parte do tempo empresarial seriaconsumido justamente para preencher os formulrios.Qual foi o resultado?Obviamente, mais inflao.Para preencher os documentos, as firmas viram-se obrigadas acontratar mais funcionrios. E como o processo era bastantedemorado, a resposta imediata foi comear a aumentar preos

    de produtos bsicos em velocidade ainda maior, de forma queprecisariam preencher os formulrios apenas uma vez.A inflao diria beirava 100%. Sim, preos dobrando da noitepara o dia, no mais perfeito caos econmico.A resposta governamental foi a mais tpica dos planoseconmicos adotados em perodos de hiperinflao: a criaode uma nova moeda, removendo seis zeros da anterior.De novo, no funcionou.Veja o tamanho do percentual abaixo:5.000.000.000.000.000%.No brincadeira. Esse foi o percentual (cinco quatrilhes) deaumento dos preos desse pas entre outubro de 1993 e janeirode 1995.As pessoas no podiam comprar comida, simplesmenteestocavam ou passavam fome. Postos de gasolina foram

    fechados, o nmero de nibus em operao caiu 60%, apageseram generalizados e recorrentes, e as pessoas foramproibidas de aceitar cheque.Enquanto isso, o discurso do governo era de que a inflaoacontecia por sanes sem justificativa contra a popula~o e oEstado. Incrivelmente, nunca h| culpados na gest~o depoltica econmica.Isso aconteceu, de fato, e nessas exatas propores, na

    Iugoslvia. E, em menor medida, tivemos situaes

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    semelhantes em Islndia e Grcia, onde o estrago s no foimaior por conta dos planos de resgate financeiro internacional.Esse o caminho natural e devidamente documentado

    daqueles que optam pela via da tolerncia inflao e do gastopblico irresponsvel.No precisamos ir muito longe para ter novos exemplos. Aonosso lado, temos as referncias trgicas de Venezuela eArgentina, que sucumbem ao caos econmico, financeiro esocial por conta de medidas inadequadas de polticaeconmica.Mais do que isso, no precisamos sequer cruzar as fronteiras,

    basta recorrer ao nosso prprio passado. Anteriormente aoPlano Real, a desconfiana com nossa moeda era tal que opoder de compra do trabalhador caia pela metade durante umnico ms e o empresrio no pensava em investir, semvisibilidade para o futuro, com um novo plano econmico porano.Entre 1990 e 1994, o crescimento mdio do PIB foi de 1,3% aoano, enquanto a inflao anual foi de 1.210%. Isso depois de jtermos vindo da famosa Dcada Perdida. Do perodo de 1986 a1991, tivemos cinco choques (Plano Cruzado, Bresser, Vero,Collor I e Collor II).No h como existir consumo nem investimento em ambientede tamanha desconfiana sobre a moeda e incerteza sobre ofuturo.Foram vrias tentativas de congelamento e tabelamento de

    preos, com resultados trgicos. A qualidade dos produtos erapssima e vendiam-se, inclusive, latas vazias nas prateleirasdos supermercados era o melhor que se podia oferecerquele preo tabelado.Problemas de abastecimento e falta de produtos eramrecorrentes, o que obviamente resultava, ao final, na rupturacom os congelamentos de preos. D-lhe volta da inflao,que ultrapassava 80% ao ms.

    A imagem abaixo representativa do tamanho do problema.

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    Simplesmente, faltavam produtos nas prateleiras:

    Talvez o ponto mximo da adversidade seja a restrio doacesso poupana por meio do Plano Collor.Lanado no mesmo dia da posse do presidente Collor, o novoplano reintroduziu o cruzeiro como padro monetrio eestabeleceu, mais uma vez, congelamento do preo de bens eservios. Novos tributos foram criados, afetando ainda mais opoder de compra e a confiana dos empresrios.Mas foi no mbito financeiro que se deu a maior mudana: o

    sequestro de liquidez. Sem dvida, foi a medida maistraumtica. Todas as aplicaes financeiras superiores a NCr$50.000 foram bloqueadas por um perodo de 18 meses.O cidado simplesmente no poderia acessar seu prpriodinheiro. O Plano colocou a economia em recesso e no foicapaz de conter a inflao de forma sustentada.Tenho uma experincia pessoal marcante e extremamentenegativa nesse sentido. s vsperas do Plano Collor, meu pai

    havia comprado um apartamento. Comprometia-se a pagar asparcelas restantes nos meses seguintes. O acesso ao dinheirofoi bloqueado e simplesmente perdemos o apartamento.Nossa famlia precisou de anos para se recuperar do golpe.No h nada mais assustador do que ter seu dinheirobloqueado. Governos desesperados tomam medidasdesesperadas.

    Os maiores experts esto agindo

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    Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde, o maior e

    possivelmente o melhor investidor brasileiro. Ele tem umhistrico impressionante e secular de bons resultados.Stuhlberger est pessimista com os mercados brasileiros acurto prazo e tem comprado dlares. O gestor escreveu oseguinte em carta recente a seus cotistas:Continuamos acreditando na tese de depreciao do real ().D para ficar otimista com o Brasil no mdio prazo pelas suas

    potencialidades, mas aparentemente teremos de passar por uma

    turbulenta arrumao de casa no caminho. Apertem os cintos!(grifo meu)Jim Rogers, um dos maiores investidores do mundo,especialista em mercados de commodities (como o brasileiro)e fundador do Quantum Fund junto a George Soros, concedeuentrevista h poucos meses Exame. Perguntado se o Brasilainda um bom lugar para investir, respondeu,

    categoricamente, assim:No. O governo brasileiro est cometendo erros. Deveria ser umlugar maravilhoso para investir, mas seu governo segue

    cometendo erros, colocando tarifas especiais contra alguns de

    seus melhores parceiros, controle cambial e por a vai. O Brasil

    segue fazendo coisas que restringem a economia. Por isso, no

    estou investindo e no quero investir no Brasil, enquanto tiverem

    um governo anti-capitalismo ou anti-eficincia. Enquanto

    tiverem um governo que no entenda a economia eu no queroinvestir a.Eu prefiro investir na Rssia. A Rssia no est tomando medidas

    para desencorajar a eficincia e os investimentos, e o Brasil est.

    A Rssia tem uma moeda flutuante, o Brasil faz controle

    cambial.Mark Mobius, da Franklin Templeton, um dos grandesconhecedores de mercados emergentes. Em maro deste ano,matria do Wall Street Journal trouxe o seguinte comentrio

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    do gestor:O Brasil corre o risco de entrar em recesso caso no seja capazde corrigir presses que incluem gastos pblicos elevados,

    endividamento dos consumidores e racionamento de energia. ATempleton est menos entusiasmada com as aes de grandes

    empresas brasileiras.A lista de grandes investidores histricos ficando pessimistascom o Brasil grande.Os maiores experts esto agindo antecipadamente. Elessabem que h srios problemas com a economia nacional.A boa notcia que voc pode fazer o mesmo.

    No importa o que acontea, eu tenho uma srie de maneiraspara voc proteger seu patrimnio e seguindo cada um dospassos voc pode duplicar ou at mesmo triplicar suapoupana nos prximos anos.O que voc deve fazer?Bem, tenho dedicado minha pesquisa somente a isso nosltimos meses. Encontrei um nmero surpreendente de coisassimples que voc pode fazer para blindar seu dinheiro e atmesmo encher um pouco mais o bolso quando essa criseestourar.Aqui est| minha recomenda~o

    O que voc pode fazer para proteger a si e a suafamlia

    E ainda realmente ganhar muito dinheiro

    Ento, o que voc pode fazer para proteger seu patrimnio e,eventualmente, ainda aumentar sua poupana nos prximosanos?Bom, h uma srie de passos financeiros simples e rentveisque eu acredito que voc possa e deva adotar, imediatamente.E aqui h algo importante a se manter em mente: falo

    estritamente de suas finanas. Seu bem-estar, sua segurana

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    pessoal e de sua famlia, infelizmente depende dascircunstncias. Apenas recomendo preparo para interrupessbitas de energia e gua, alm do aumento de roubos, furtos,

    arrastes e sequestros. Vejo uma probabilidade significativa deque essas coisas aconteam nos prximos dois anos.Lembre-se: o governo no poder ajudar no momento da crise.Ao contrrio, ele estar focado em salvar a si mesmo, e poderaumentar impostos, congelar salrios e dificultar seu acesso poupana.De minha parte, h uma nica alada em que eu possorealmente ajud-lo e ela restringe-se ao escopo de proteger

    seu patrimnio nos prximos anos e buscar solues criativas eseguras para, possivelmente, ainda increment-lo.Cada um dos passos aqui recomendados so possveis esimples de implementar ao menos por enquanto. Umagrande demora para coloc-los em prtica, porm, vai torn-los mais caros, difceis e at mesmo impossveis de seconcretizar.Caso voc adote esses movimentos agora, no somente estarmais preparado para lidar com a crise quando ela vier, como,no meu entendimento, tambm poder fazer um pouco maisde dinheiro frente.E se eu estiver errado?Aqui entra a melhor parteNesse caso, voc tambm ser|capaz de aferir grandes ganhos.Mesmo se o resultado desta crise projetada for apenas uma

    inflao moderada, voc ainda estar preparado para se sairmuito, muito bem.Seguem os passos especficos que voc deve tomarimediatamente:

    PASSO #1: APLIQUE PARTE DE SEUSINVESTIMENTOS PARA ALM DO ALCANCE DOGOVERNO BRASILEIRO (isso perfeitamente legal, e

    mais simples do que voc imagina)

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    Eu sei que voc provavelmente ainda no acredita quando eudigo que o Governo brasileiro adotar uma srie de medidaspara salvar a si mesmo, coisas inimaginveis neste momento.

    Mas lembre-se: Governos desesperados tomaro atitudesdesesperadas. No nos faltam exemplos histricos disso, no mesmo?Acho possvel que tenhamos nacionalizao de certos planosde previdncia, aumento de impostos sobre movimentaofinanceira e ganhos de capital e empecilhos adicionais para semandar dinheiro ao exterior.Na hiptese mais radical, at mesmo restries temporrias de

    acesso poupana podem acontecem.Por isso, eu recomendo fortemente: parte de seusinvestimentos deve ser feita fora do Brasil.Isso mais seguro e diminui o acesso do Governo a suapoupana.Por favor, no me leve a mal. Mas quanto menos o Governosouber de seus investimentos, melhor. Trata-se de umaquesto de proteo e de respeito s liberdades individuais.Em reforo, lembre-se da mxima de no colocar todos osovos na mesma cesta. fundamental diversificar entrealgumas moedas.H formas simples e rentveis de voc investir para alm dosdomnios do governo brasileiro, de forma plenamente legal.Eu mesmo estou pessoalmente investindo neste momentouma parcela significativa de meu portflio em um desses

    ativos. E minha ideia mant-lo em minha carteira por muitotempo. Independentemente do que vier a acontecer, sei queterei uma bela poro de dinheiro longe das garras do Planaltobrasileiro.Para no me tornar prolixo, no vou lhe contar exatamente oque estou fazendo nesta carta, mas vou explicar em detalhesnum relatrio, de ttulo: Como ganhar dinheiro com estemodelo de crescimento econmico?

    Nessa pea, fao uma contextualizao do modelo e mostro

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    como precisamos de um novo ciclo de crescimento. Identificoas melhores oportunidades de investimento nesse quadro erecomendo formas explcitas de diversificar entre moedas,

    alm de enaltecer estratgias rentveis de aplicar em dlar.No se preocupe caso voc no tenha familiaridade cominvestimentos internacionais. Tenho esmiuado umguia sobrecomo investir no exterior, a que os assinantes da Empiricus tmacesso imediato.Ser um prazer dar-lhe acesso a esse contedo, que euconsidero fundamental.Alm disso, eu gostaria de enviar-lhe informaes muito

    relevantes sobre

    PASSO #2: COMO SE PROTEGER DA INFLAO?

    Estou falando aqui de comprar o quanto voc puder deproteo contra a inflao. Resgato aqui o fato estilizado:inflao como uma gravidez, inevitavelmente cresce.Voc precisa estar protegido da esperada escalada da inflao.Caso contrrio, seu salrio e seus investimentos vo sercorrodos pela disparada dos preos, reduzindo fortemente opoder de compra da sua famlia.Ganhos acima da inflao. isso que interessa ao trabalhadore ao investidor. E com esse tipo de recomendao deinvestimento que estou comprometido.Voc pode ter retornos reais (acima da inflao) atravs de

    investimentos em renda fixa, cmbio e aes. H boasaplicaes nesse escopo. E h timas aplicaes nesse escopo.Dediquei tudo o que eu sei sobre isso para montar um relatriocom as timas aplicaes para se proteger e ganhar dainfla~o. No documento chamado O problema da inflao,denuncio a raiz da inflao brasileira, proponho solues para aquesto e aponto os melhores investimentos para ganhar dodrago.

    Eu tambm gostaria de dar-lhe acesso a esse valioso contedo.

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    Vou mostrar exatamente como num instante.Antes, deixe-me falar sobre o terceiro passo a ser seguidoagora:

    PASSO#3: CUIDADO COM AES DE ESTATAIS (ECOM O SEU FGTS)

    Aes de empresas estatais so tradicionalmente complicadas.Isso porque, em vrias situaes, a empresa usada comoinstrumento para se fazer poltica social. A prtica contraria ointeresse dos acionistas, interessados em ver a maximizao

    de valor para a firma e no para o setor pblico.Como essas coisas, por vezes, entram em conflito, comprarestatais j normalmente um pouco mais desafiador.Mas o que vem acontecendo com o caso brasileiro gritante. Oatual Governo simplesmente destruiu a Petrobras, impedindoreajustes de preos para conter a inflao e forando pesadosinvestimentos para explorar o pr-sal.

    Petrobras hoje tem a maior dvida corporativa do mundo e,embora sua presidente negue, deve ter de pedir mais dinheiroao mercado em breve.Isso particularmente importante. Primeiro pois se trata deum grande patrimnio nacional, que j figurou entre asmaiores empresas do mundo e perdeu essa condio.Depois porque milhares de brasileiros possuem aes dacompanhia e, ainda pior, uma infinidade de pessoas tem seu

    FGTS, que seria um poupana segura e de longo prazo, empapis de Petrobras.A poupana de milhares de brasileiros foi castigada por umaprtica nefasta e anti-mercado.Sabendo da importncia do tema, encomendei a nossoanalista de Petrobras uma pesquisa profunda. Ele preparou umlongo e detalhado relatrio com o histrico dosacontecimentos sobre a companhia, concluindo com o quefazer com as aes da empresa.

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    Entendo que este seja o melhor contedo j produzido sobrePetrobras em toda a histria.E como se no fosse suficiente, o mesmo relatrio traz ainda a

    nica ao de empresa estatal em que vale a pena investir.No tenho dvida de que se trata de material extremamentetil para cada cidado brasileiro.Vamos ao penltimo passo, to ou at mesmo maisimportante quanto os trs iniciais

    PASSO#4: APRENDA O SEGREDO DOS 100%

    Se voc gostaria de ter a oportunidade de fazer muito dinheiro

    durante a prxima crise, uma forma certa de fazer isso aprender as imbricaes de uma estratgia de investimentopouco comum. Essa frmula tem produzido uma verdadeirafortuna para alguns investidores.A Empiricus j tem recomendado essa estratgia de maneiramuito bem sucedida a alguns de seus principais clientes, todosamplamente satisfeitos.E veja: no estamos falando de aes aqui. Voc no precisater uma nica ao sequer para embarcar nessa estratgia.Tambm no h| rela~o com posies short (vendidas) deaes.De forma simples e direta, uma maneira de se extrair rendado mercado com um perfil seguro, com ganhos que podemchegar a 100%, sem possuir ou mesmo tocar uma ao.Fao uma ressalva: embora a estratgia seja extremamente

    segura e envolva uma entrada de caixa inicial, sobdeterminadas circunstncias, haver situaes em que vocter de comprar a ao subjacente a um preo menos favorveldo que as condies de mercado correntes. Portanto, por favorentenda: h risco envolvido e provavelmente a estratgia noservir para todo mundo.Mas se trata, indubitavelmente, de uma prtica robusta, emespecial nos momentos de maior incerteza e stress financeiro.

    Uma vez que voc a absorva e compreenda seu

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    funcionamento, suspeito que nunca mais queira investir semela novamente. por isso que recebe o nome de segredo dos 100%.

    A estratgia tem sido a forma com que uma poro de clientesda Empiricus vem apresentando ganhos formidveis, mesmoem tempos difceis para os mercados. E, em momentos aindamais negativos, como eu espero para os prximos dois anos,essa ser uma prtica incrivelmente rentvel e lucrativa.Tudo o que voc precisa saber sobre isso est num vdeogravado pelo meu scio Rodolfo Amstalden, de ttulo: OSegredo dos 100%A forma mais simples de fazer dinheiro

    quando os mercados esto muito arriscados.Esta aula explica exatamente como funciona a estratgia. Comisso, voc poder decidir se ela est adequada a seu perfil,alm de mostrar exatamente como tirar proveito, comeandoimediatamente.Finalmente, chegamos ao ltimo passo. Depois disso, falareiexatamente como ter acesso a esse contedo indispensvelqueles que querem ganhar dinheiro de verdade quando aprxima crise chegar

    PASSO#5: CERTIFIQUE-SE DE QUE VOC DETM OATIVO QUE PODER SALVAR VOC E SUA FAMLIA,NO IMPORTA O QUO RUIM A SITUAO POSSA

    FICAR

    No h exatamente como precisar o quo ruim a situao pode

    ficar.Eu realmente acredito em escalada da inflao,desabastecimento de gua e energia, grande desemprego eintensas manifestaes sociais, mesmo que por alguns mesesapenas.A boa notcia que h um ativo que voc pode comprar,altamente disponvel no Brasil, que pode ajud-lo a protegerseu patrimnio e de sua famlia do caos. E mais: marca oposicionamento adequado para fazer at mesmo uma fortuna

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    em alguns anos.No estou falando de ttulos pblicos, ttulos privados, umamoeda ou metais preciosos. Obviamente, tambm no tem

    nada a ver com o mercado acionrio.O que estou falando aqui um ativo muito poderoso quefamlias abastadas tm usado por sculos para blindar seupatrimnio, preservar e ainda aumentar suas fortunas.Veja o que aconteceu, por exemplo, com o ndice global quemede o desempenho dessa classe de ativos entre 1991 e 2009,batendo a principal referncia de aes nos EUA em 430% noperodo.

    E o melhor, sem volatilidade, conforme mostra o grficoabaixo:

    A respeito desse ativo, o famoso investidor multimilionrioBarton Biggs certa vez escreveu: ele protege tanto sua riquezaquanto sua prpria vida. algo realmente { prova de bala. Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, quando

    milhares de famlias perderam a totalidade de seu patrimniopara a inflao ou para a atuao do governo, esse foi um dospoucos ativos que permitiu s pessoas preservarem e ataumentarem sua riqueza.Grandes investidores em todo mundo tm exposio relevantea esse tipo de ativo, alguns deles inclusive aumentando suasposses nos ltimos tempos. Nos EUA, casos clssicos so Bill

    Gates, Sam Walton (do Wal-Mart), Charles Schwab, a famliaFord, entre outros. No Brasil, vrios exemplos tambm como

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    Antnio Ermrio de Moraes, Lrio Parisotto, Mrio Celso Lopes,Blairo Maggi.Como j mencionei, voc pode facilmente entrar para essa

    classe hoje. H uma gama de oportunidades na rea e deforma bastante barata.Eu escrevi um relatrio completo sobre isso, de nome: O ativomais valioso do mundo em tempos de crise.H vrias formas de se fazer esse investimento e eu voumostrar exatamente como. Isso poder salvar voc e suafamlia caso as coisas fiquem realmente ruins.No gostaria de falar mais sobre isso aqui nesta carta. A

    verdade que quanto menos pessoas souberem sobre esteinvestimento, melhor.Ento, como voc pode comear agora e de forma prtica aadotar cada um desses passos?Veja, minha empresa, a Empiricus Research, faz pesquisaeconmica e financeira.Ns temos uma equipe de 15 pessoas e nosso principal objetivo encontrar investimentos seguros e rentveis. Ideias que vocprovavelmente no vai ouvir de mais ningum.Desde que comeamos nesse negcio, ajudamos cidadosbrasileiros, pessoas-comuns e investidores a se proteger e aganhar bastante dinheiro.Mrcio T., do Rio de Janeiro, recentemente nos escreveudizendo:Amigos, confesso que sou um sujeito orgulhoso, mas preciso

    agradec-los pelo que proporcionaram na minha vida. Comecei aler a Empiricus dois anos atrs. Coincidncia ou no, meu

    patrimnio passou de R$ 150 mil para R$ 323 mil nesse perodo.De So Paulo, Daniela S. enviou email assim:Peo que continuem assim.Joel C. entrou em contato conosco do Cear:Realizei o sonho da minha esposa de comprar um apartamentode frente para o mar. Com a ajuda de vocs, vou atrs de um

    barco. Minha esposa j autorizou a cham-lo de Empiricus!

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    L de Minas, veio uma mensagem inusitada e carinhosa daValdete A.:Se no tivesse que comer quentinho, eu juro que mandava uma

    caixa de po-de-queijo para vocs.Antecipei minhaaposentadoria graas ao sucesso das recomendaes que vocsme deram. Isso no tem preo, gente.No h nada que me deixe mais feliz do que este tipo demensagem.Mas, em contrapartida, preciso confessar: neste exatomomento, estou verdadeiramente preocupado com nossosleitores e com muitos cidados brasileiros, trabalhadores

    honestos, que sero pegos de total surpresa quando dachegada da inevitvel prxima crise. por isso que escrevi esta carta. E por isso que eu gostaria deenviar-lhe todos os detalhes sobre exatamente como as coisasvo se dar, cada passo exato para voc proteger suaseconomias e prosperar na crise.Voc pode ficar parado esperando os problemas chegarem,vendo seu patrimnio diminuir de maneira sbita e irreparvel.Ou tomar as rdeas para si, protegendo ativamente seudestino financeiro.Por favor, ao menos passe os olhos no trabalho serssimo queeu desenvolvi. Tenho convico de que voc ter toda ainformao necessria sua disposio.O mais interessante que voc pode olhar minha pesquisa ereceber tudo que foi mencionado aqui, sem nenhum tipo de

    risco ou de obrigao.Simplesmente deixe-me saber se voc gostaria deexperimentar a assinatura de meus relatrios quinzenais,atravs da srie chamada Criando RiquezaO Fim do Brasil. Emcaso positivo, voc ter acesso imediato a:

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    Alm disso tudo, a cada 15 dias, eu vou lhe enviar um novorelatrio, sempre perseguindo as melhores ideias deinvestimento no atual contexto. Vou mant-lo sempreatualizado sobre a formao e os desdobramentos dessa crisefinanceira, mostrando formas pouco originais de ganhardinheiro.Para que no haja nenhuma lacuna nesse processo, todasemana enviaremos, somente a nossos clientes pagantes, umvdeo com comentrios e perspectivas de investimentos paraos prximos meses, apresentado por mim e pelo meu scio

    Rodolfo Amstalden.Ento, quanto custaria todo esse contedo? Por quanto vocpode comear?Pois bema assinatura de um ano da srie custa apenas R$238,80, podendo ser dividida em 12 parcelas mensais de R$19,90. Pagando vista, sai por R$ 191,04.Mas, neste momento, voc pode experimentar a assinaturaanual por uma oferta muito especial, basicamente por metade

    do preo. O preo promocional de R$ 118,80 pela assinaturaanual, em 12 parcelas mensais de R$ 9,90 apenas. vista, opreo de R$ 99,79 por um ano inteiro.Por que to barato?Em termos prticos, desenhamos um preo que permita quevoc simplesmente experimente nosso produto, para ver se elerealmente se adequa sua pretenso.

    Alm disso, quero que o contedo seja acessvel a milhares depessoas, de modo a potencializar seu poder econmico. Estou

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    convicto de que, em conjunto, os leitores que acompanharema srie e aplicarem suas ideias protegero milhares de reais empatrimnio, e ganharo outros milhes. Muito mais do que eu

    faria sozinho. por isso que, atravs dessa carta, ns estamos oferecendo aassinatura to barata.Fique vontade para ponderar essa oferta, e voc ver que noh risco algum. Isso porque, durante os primeiros 30 dias, casovoc leia meu material e, por alguma razo, entenda que eleno atende a seu perfil, voc ser reembolsado em 90% de seucusto. Cobramos 10% de taxa apenas para cobrir nossos custos

    operacionais.Em outras palavras, ao concordar com os termos aquiapresentados, voc estar apenas aceitando experimentarmeu trabalho para ver se gosta.Eu espero que voc considere minha oferta seriamente. Dofundo do corao, tenho convico de que esta ser uma dasmelhores decises financeiras que voc tomar em toda suavida.Para comear, simplesmente clique no link abaixo, que vailev-lo a uma pgina para confirmar sua assinatura. Sua ordemser processada imediatamente, e voc ter acesso a todo essemeu trabalho na mesma hora.Um forte abrao,

    Felipe Miranda

    Scio-fundador da Empiricus ResearchJulho de 2014

    http://www.empiricus.com.br/fimdobrasil/attachment/captura-de-tela-2014-07-10-as-16-09-35/?cp_pk=&utm_source=afiliados&utm_medium=&utm_campaign=
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    Se quiser conhecer mais sobre a Empiricus, acesse nosso siteem

    www.empiricus.com.brou mande um email [email protected]

    As opinies de nossos analistas aparecem frequentemente emreportagens publicadas pelos principais veculos de imprensa,

    brasileiros e internacionais.

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