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  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 1/48

    ALERTA: O que voc vai ler nas prximas linhas polmico e revelador. O texto pode ser ofensivo adeterminadas audincias. Recomenda-se discriona leitura.

    Ol. Meu nome Felipe Miranda.

    H quase cinco anos, eu fundei, junto ao Caio Mesquita e ao Rodolfo Amstalden,

    a Empiricus Research, a primeira casa de pesquisa independente voltada a

    investimentos do Brasil.

    Hoje, a Empiricus referncia em recomendaes de investimento, contando com

    200 mil leitores diariamente. Chegamos a um tamanho que nem ns mesmos

    aventvamos quando da criao da Companhia. Agradeo todos os dias por isso.

    Aos leitores e a nossos profissionais seria impossvel chegar aqui sem

    tamanhas competncia e paixo. a nossa vocao, de fato.

    Talvez a esta altura voc j conhea a Empiricus por conta de nossos servios

    prestados nos ltimos anos. Temos ajudado milhares de investidores a ganhar

    dinheiro com o cenrio de queda da Bolsa brasileira desde nossa fundao, alta

    dos imveis e comportamento voltil da taxa de cmbio.

    Ns alertamos nossos leitores, por exemplo, a evitar as aes da Petrobras,

    pouco antes do incio de seu derretimento. Tambm recomendamos vender aes

    de construtoras s vsperas de problemas emblemticos de estouro de

    oramento, parcerias mal feitas e de prticas que desrespeitavam os acionistas

    minoritrios. Evitamos com isso prejuzos da ordem de at 90%.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 2/48

    Alguns de nossos leitores ficaram ricos apostando na queda das aes de

    Petrobras ou de grandes incorporadoras. Outros ganharam bom dinheiro

    seguindo a recomendao de comprar dlar a R$ 1,90.

    Em outras palavras, nossos assinantes puderam lucrar mesmo num ambiente

    extremamente desafiador para o mercado de capitais. Que seja de meu

    conhecimento, no h uma nica empresa de pesquisa e/ou consultoria no Brasil

    com histrico to consistente de acerto em suas recomendaes de investimento

    aos clientes.

    Aqui cito apenas exemplos mais contundentes. Poderia perder um tempo enorme

    na lista de acertos. Mas eu no escrevo este texto para isso.

    Fao referncia capacidade de fazer nossos assinantes ganharem dinheiro num

    ambiente difcil to somente por uma questo: h tempos muito mais difceis por

    vir. Projetamos a mais importante crise para o Brasil desde 1994. Ela est a,

    batendo nossa porta.

    S por isso eu tenho dedicado uma enormidade de tempo e dinheiro nos ltimos

    meses preparando este material.

    Em resumo, quero falar de um evento especfico cuja ocorrncia deve se dar num

    futuro bastante prximo, com implicaes pronunciadas sobre as finanas de

    cada brasileiro e, at mesmo, sobre nosso modo de vida.

    Esta esperada crise encontra suas razes no colapso do sistema financeiro de

    2008, cujo pice marcado pela quebra do centenrio banco norte-americano

    Lehman Brothers e pelo consequente caos em Wall Street. Para tentar neutralizar

    impactos do tsunami externo por aqui, o Brasil abandonou os pilares tradicionais

    de poltica econmica e seguiu uma srie de medidas heterodoxas, com

    implicaes trgicas, conforme ser visto um pouco frente.

    Para nosso caso, os problemas a ser vistos nos prximos meses sero muito

    piores do que os vivenciados em 2008. Se houve quem classificasse a crise de

    seis anos atrs como uma marolinha para o Brasil, desta vez no existir espao

    para qualquer metfora parecida. Isso ficar claro em alguns minutos.

    Adiantando um pouco, to logo haja catlise do que eu projeto, teremos

    disparada da inflao, aumento destacado do desemprego, interrupo do

    crdito, maior endividamento da populao e grande salto do dlar.

    Acredite: o argumento aqui, conforme ficar evidente, estritamente tcnico. No

    fao uma projeo sequer sem o devido embasamento, tampouco tenho a

    pretenso de assustar o leitor.

    Tenho uma vida dedicada a investimentos e s recomendaes financeiras.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 3/48

    Comecei a investir em aes ainda aos 14 anos, por influncia de meu pai e

    tambm meu heri -, que era um grande investidor de Bolsa. Solidifiquei a

    prtica com a teoria. Cursei Economia na USP e um mestrado em Finanas na

    FGV, de onde me tornei professor aos 26 anos. Criado em educao jesuta, eu

    aceitei ao chamado da minha vocao e tenho me dedicado s finanas

    integralmente.

    Fiz toda minha carreira profissional como analista de investimentos, para, ento,

    fundar a Empiricus. Jamais colocaria uma vida construda sob os pilares da tica,

    do amor ao trabalho e da dedicao por conta de uma simples tese catastrofista.

    Tudo que fao aqui levar meu esforo de pesquisa dos ltimos meses a uma

    concluso lgica.

    Eu fiz o mesmo quando alertei que as aes da incorporadora PDG, na poca a

    R$ 9,00, atingiriam R$ 1,50. Rigorosamente o mesmo com Gafisa, Brookfield,

    Hering e Marisa. De novo, apenas alguns exemplos. Quando dos primeiros

    anncios, ningum levou a srio. A princpio, fui taxado de louco. O tempo provou

    de que lado estava a sanidade.

    J expus em oportunidades anteriores o grosso de meu racional, tanto a nossos

    leitores quanto em conferncias de economia. Alguns ouvintes ficaram furiosos.

    Mas, veja: nenhum deles conseguiu refutar minha pesquisa, embora sejam

    incapazes, ao menos por enquanto, de aceitar a intensidade das concluses

    previstas.

    Por conta disso, antes de prosseguir com a leitura, fao um alerta a voc:

    As palavras a serem ditas aqui geraro polmica. Elas podem ofender

    bastante gente. Esquerdistas, direitas, petistas, tucanos e qualquer outra

    classificao semelhante. Com efeito, eu j recebi uma enxurrada de emails de

    dio sobre minha tese.

    Reconheo que, a princpio, as ideias e solues a serem apresentadas podem

    parecer radicais. Talvez at mesmo antipatriticas.

    Minha sensao de que, ao ler o comeo desta carta, voc dir: No h espao

    para isso acontecer. No aqui. No agora.

    Tenha um pouco mais de pacincia. Respondo com o pedido de que prossiga at

    o final da argumentao. E lembre-se:

    Ningum acreditou em mim inicialmente quando eu alertei para os problemas

    das construtoras, a fragilidade do modelo de negcios das varejistas de moda, a

    dvida da Petrobras.

    Ningum tambm supunha que o dlar poderia ultrapassar R$ 2,10 quando ele

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 4/48

    estava a R$ 1,90 em poucos meses, a taxa de cmbio voou a R$ 2,45.

    Foi exatamente o que aconteceu. E o que nos traz data presente.

    Os exatos mesmos problemas antes identificados para as empresas acima ou

    para nossa taxa de cmbio agora ameaam a economia brasileira como um todo.

    Vou explicar exatamente como chegamos at aqui. Ficar claro como falamos de

    algo importante e crtico para voc e para cada brasileiro.

    A prxima fase desta crise vai afetar cada ponto de nosso modo de vida.

    A poupana de milhes de pessoas ser dizimada. A mudana vai afetar seus

    negcios e seu emprego. Veremos impactos dramticos sobre as poupanas, os

    investimentos e as aposentadorias.

    Alm de outras implicaes menores, mas tambm importantes. Os destinos de

    viagem sero alterados, a escola dos filhos pode ser revista, local e forma sua

    famlia faz compras talvez mude.

    Mais especificamente, fao referncia volta de condies anteriores ao Plano

    Real. Os mais antigos sabem do tamanho do problema. Os mais jovens podem

    perguntar a seus pais.

    Falo de inflao alta, perda da metade do poder de compra do salrio ao longo

    do ms, congelamento de preos, problemas de desabastecimento, falta de

    produtos nas prateleiras, impossibilidade de planejamento por consumidores e

    empresrios.

    Vou explicar como cada um desses eventos vai ocorrer. Ento voc poder decidir

    por voc mesmo se h ou no embasamento em minha argumentao. De minha

    parte, eu nunca estive to convicto a respeito dessa crise quanto de qualquer

    outra situao em minha vida.

    Economia no admite experincias de laboratrio. Erros cobram seu preo e as

    consequncias so grandes. Obviamente, o mais importante aqui no

    exatamente o que est acontecendo, mas sim o que voc pode fazer a respeito.

    Dito de outra forma, voc estar preparado quando esta crise se materializar?

    O que eu proponho neste material mostrar a voc exatamente aquilo que eu

    mesmo estou fazendo, para proteger e at mesmo aumentar meu prprio

    patrimnio, da mesma maneira que voc poder fazer.

    Note que eu poderia, com quase 100% de certeza, afirmar que a maior parte dos

    brasileiros no estar preparada quando os preos de produtos bsicos

    dispararem, seu acesso a crdito secar, bancos fecharem e seus cartes de

    crdito pararem de funcionar.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 5/48

    A forma de viver de cada brasileiro est prestes a mudar isso eu lhes prometo.

    Nesta carta, vou mostrar exatamente o que est acontecendo.

    Voc pode questionar cada um de meus apontamentos. Ao final, vai perceber que

    estou certo em todas as alegaes, uma por uma.

    Ento, voc poder julgar e decidir por voc mesmo.

    Da, pergunta-se: voc vai agir agora para proteger a si mesmo e a sua famlia da

    catstrofe econmica que est sendo formada?

    Eu espero que sim. E por isso que escrevo esta carta.

    Vou lev-lo exatamente pelo caminho que eu mesmo estou seguindo

    pessoalmente, para que voc, caso queira, possa segui-lo tambm. Infelizmente,

    no posso garantir que voc sair desta crise sem nenhum ferimento. Mas posso

    lhe assegurar que voc estar muito frente daqueles que no

    seguirem os passos propostos.

    Peo desculpas. Estou apressando um pouco as coisas.

    Deixe-me dar um passo atrs e mostrar, nos termos mais simples possveis, o

    que est acontecendo, o porqu de tamanha preocupao e qual meu

    prognstico para os prximos 12 meses

    O Maior Problema desde o Incio do Plano Real

    Eu acredito que ns, como brasileiros, estamos prestes a observar um verdadeiro

    colapso no nosso sistema econmico, com desdobramentos relevantes sobre o

    cotidiano de cada cidado.

    Basicamente, h cerca de cinco anos, o Governo brasileiro mudou

    dramaticamente sua poltica econmica. Passamos a desafiar dcadas de um

    conhecimento acumulado e consolidado em macroeconomia. Abandonamos o

    pilar ortodoxo para nos render maior interveno do Estado na Economia, a

    uma economia pautada no assistencialismo e ao estmulo excessivo ao consumo.

    Qual o resultado? Falncia das contas pblicas e impossibilidade das famlias

    continuarem aumentando o consumo nesta velocidade.

    Mais uma vez, aponto esses elementos a partir de meus conhecimentos em

    contabilidade e em finanas. Com o mesmo vis crtico que analiso empresa,

    observo as contas pblicas e o balano das empresas.

    Veja, por exemplo, a questo mais simples associada anlise de uma

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 6/48

    companhia com aes listadas em Bolsa, a saber: sua capacidade de gerar caixa.

    Ou seja, quanto varia seu caixa, ponderado pelas mudanas na dvida

    evidentemente, ano aps ano? Se uma empresa queima caixa de forma

    sustentada, sua prpria existncia em longo prazo est em risco. Dificilmente

    voc compraria a ao de uma empresa que, resultado aps resultado, queima

    caixa.

    O Brasil, se entendido de forma anloga, tem queimado caixa de maneira

    sistemtica. O total de suas despesas supera suas receitas. Pior ainda, a diferena

    em desfavor das receitas tem aumentado. O dficit nominal brasileiro, que mede

    esta relao, mira os 4% ao ano e as contas pblicas tiveram em maio seu pior

    resultado da histria, mesmo com uma contabilidade nacional bastante criativa e

    uma poro de receitas extraordinrias.

    A sustentabilidade das contas do Estado brasileiro est em risco, como fruto de

    uma poltica deliberada de aumento dos gastos pblicos.

    Os empresrios no confiam mais no Brasil e veem seu espao ocupado pelo

    setor pblico. H, inclusive, um termo tcnico para isso: crowding-out.

    Sem confiana, os empresrios simplesmente no investem. aquilo que se

    convencionou chamar de esprito animal dos empresrios. A relao

    Investimento sobre PIB, que nunca foi uma maravilha, vem caindo de maneira

    consistente: depois de atingir o pice de 19,5% no fim de 2010, recuou para

    apenas 18,1%.

    Somente essa variao impe impacto negativo da ordem de 0,5% na

    capacidade de crescimento do PIB.

    Breve pausa para reflexo: h certo consenso entre os mais competentes

    economistas de que a varivel-chave para o crescimento sustentvel e de longo

    prazo, sem inflao, o investimento. Isso porque, ao investir, o empresrio

    aumenta sua capacidade produtiva frente e pode responder a aumentos da

    demanda oferecendo mais produtos. Caso contrrio, ou seja, sem investimentos,

    s pode responder com aumentos de preo.

    Agora, pasmem!

    Perguntada recentemente sobre as razes para o Brasil no crescer, a presidente

    Dilma respondeu da seguinte forma: Eu no sei.

    Se no temos um diagnstico, como poderemos sequer considerar um bom

    prognstico?

    Isso absolutamente inacreditvel, no mesmo?

    Entretanto, no se d a devida publicidade ao fato.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 7/48

    Talvez voc discorde sobre o quo ruim est a situao da economia brasileira.

    Eu respeito sua opinio. Peo, porm, que considere os seguintes pontos todos

    os dez elementos estritamente factuais:

    1 - O crescimento mdio do PIB no governo Dilma, se confirmadas as projees

    de consenso para 2014, deve ser de 1,8% ao ano. Veja: esse o pior

    resultado desde o governo Collor. Temos a primeira evidncia emprica e

    incontestvel de que retornamos a condies anteriores a 1994. O grfico

    abaixo resume a evoluo recente da economia brasileira:

    H ainda de se pontuar que minha projeo de 1,3% para crescimento da

    economia brasileira em 2014 est entre as mais otimistas.

    O Banco Santander, por exemplo, j estima evoluo de apenas 0,9% neste ano,

    enquanto o brilhante economista Affonso Celso Pastore sugere pfio crescimento

    de 1% em 2014 e de, acreditem, 0,8% em 2015.

    Mas este crescimento mais baixo desde a Era Collor no resultado de uma

    conjuntura internacional desfavorvel?

    A simples observao da imagem abaixo comprova a resposta negativa. O

    grfico compara a evoluo do PIB brasileiro nos governos Dilma, Lula, FHC,

    Itamar e Collor, contextualizando com o resto do mundo, os pases

    emergentes/pobres e nossos vizinhos latino-americanos. Eis o resultado:

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 8/48

    At 2013, mesmo sem considerar o resultado pfio previsto para este ano,

    observamos o crescimento mais baixo desde a Era Collor.

    2 - A inflao tem sido persistentemente alta e acima do centro da

    meta , de 4,5% ao ano. Simplesmente, temos ignorado esses 4,5% e observado,

    de maneira sistemtica, uma inflao beirando o teto da meta.

    A imagem abaixo ilustra bem o argumento:

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 9/48

    Mas isso no o pior.

    As estimativas para a inflao oficial de 2014, conforme levantamento do

    prprio Banco Central junto a agentes de mercado, rondam exatamente os

    6,50%, teto da meta. E at mesmo o Relatrio Trimestral de Inflao, do nosso

    BC, projeta 6,40% para este ano, colado nos 6,50%.

    Isso particularmente problemtico porque corremos um risco grande de

    estourar o intervalo da meta, ferindo a credibilidade do Banco Central e impondo

    um custo alto sociedade.

    A rigor, em 12 meses, j estamos acima da meta. No intervalo

    encerrado em junho, a inflao foi de 6,52%.

    Para 2015, a situao no muito diferente. A mediana das projees dos

    economistas tambm aponta inflao prxima a 6,50%.

    No custa lembrar: o trabalhador quem mais sente os efeitos negativos da

    inflao, ao ter o poder de compra de seu salrio corrodo pela escalada dos

    preos.

    Sim, h coisas ainda mais desagradveis a respeito da inflao. J teramos

    estourado o teto da meta no fosse pelo controle de preos. Ou seja, estamos

    artificialmente maquiando a inflao, ao represar alguns preos, com exemplos

    mais claros nos setores de energia e combustveis.

    Sem desoneraes, a inflao ronda 8,50% ao ano.

    O prprio governo admite controlar preos, sem nenhum tipo de

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 10/48

    constrangimento. Em entrevista Folha de S. Paulo em 14 de maio, o ministro

    Mercadante reconheceu que o governo controla preos de combustveis e energia

    eltrica.

    O represamento de preos tem consequncias conhecidas e desastrosas, como

    sugesto de maior inflao futura, desalinhamento de preos relativos e

    destruio de determinados setores.

    O setor de etanol foi simplesmente destrudo pelo controle deliberado do preo

    da gasolina. Veja o que diz matria do jornal Valor Econmico, do dia 17 de

    junho de 2014:

    A indstria de etanol do Brasil enfrenta tanto presses de aumento do custo da

    terra e da mo de obra, como tornou-se uma vtima no intencional do controle

    de preos da gasolina para frear a inflao, avalia a Agncia Internacional de

    Energia.

    E completa:

    No Brasil, a AIE nota que o aumento da capacidade de produo de etanol

    estagnou, vrias plantas foram fechadas e mais capacidade pode estar em risco.

    Quando todos achvamos que havamos consolidado a poltica de combate

    inflao, passamos a cometer erros triviais, com impactos gigantescos sobre a

    sociedade. Nem sequer estamos sendo criativos. Tivemos a proeza de resgatar

    erros antigos e com consequncias conhecidas.

    Esses dois primeiros pontos j seriam suficientes para provarmos o argumento

    do quo grave o problema atual. Combinamos simplesmente baixssimo

    crescimento econmico e inflao alta.

    Temos, portanto, o mais negativo dos mundos, a chamada estagflao.

    Mas, calma. H coisas graves ainda pela frente, capazes de reforar o

    prognstico de algo simplesmente catastrfico para os prximos 12 meses.

    Falamos de inflao que pode chegar a 15% ao ano, forte reduo do poder de

    compra, aumento do desemprego para 10% e interrupo sbita do crdito, com

    consequente dificuldade das famlias em arcar com suas obrigaes financeiras.

    Estamos prestes a observar concreta mudana em nosso cotidiano. Precisamos

    nos blindar.

    Continuemos na nossa lista

    3 - As contas pblicas esto completamente desajustadas , de tal sorte

    que o Governo brasileiro vai, em breve, encontrar grandes dificuldades para se

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 11/48

    financiar. Ou seja, as taxas de juro devem subir com vigor, impactando

    fortemente o oramento das famlias e a capacidade de crdito.

    No h como brigar contra os fatos. Vemos uma clara deteriorao das contas

    pblicas brasileiras.

    Nossa economia para pagar dvida e juros, o chamado supervit primrio, foi, na

    mdia, de 3,1% do PIB no intervalo de 2001 a 2008, sem considerar aqui receita

    de dividendos e concesses.

    Considerando agora o intervalo de 2009 a 2013, esse percentual caiu para 1,5%

    do PIB. Para 2014, devemos terminar com menos de 1% do PIB, algo que ,

    obviamente, insuficiente para estabilizar dvida bruta ou lquida.

    Isso sem nenhum incremento significativo do investimento pblico. O que tem

    aumentado o consumo do governo esta mtrica bateu 22% do PIB, o nvel

    mais alto da srie histrica iniciada em 1995.

    Mais uma proeza notvel ao Brasil: somos um dos poucos pases do mundo em

    que essa varivel supera o investimento.

    4 - O resultado de nossas relaes com o resto do mundo, que j era pssimo,

    fica cada vez pior. O chamado dficit em transaes correntes, medida do

    saldo de nossas contas com o exterior sem considerar as

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 12/48

    movimentaes de capital , vem crescendo sistematicamente e atinge

    nveis preocupantes .

    Em maio, o dficit brasileiro em conta corrente montou a US$ 6,635 bilhes, o

    mais alto para um ms de maio em toda a srie histrica.

    O desempenho inclusive pior do que projetado pelo prprio BC, em US$ 6

    bilhes. Soma-se ao j delicado resultado apresentado at abril, conforme

    demonstrado por grfico abaixo:

    Qual o problema disso?

    Para que no haja sada lquida de dlares do Brasil e perda de reservas

    internacionais, precisamos da entrada de moeda estrangeira por meio da conta

    de capital.

    Por sua vez, a conta de capital possui, grosso modo, duas subdivises: i)

    Investimento Estrangeiro Direto (IED); e ii) Investimentos de portflio.

    O ponto nevrlgico aqui que o IED est inferior ao dficit em conta corrente.

    Portanto, para fechar nosso balano com o resto do mundo, estamos

    dependendo do investimento em portflio, que muito voltil e sensvel menor

    das mudanas das condies da economia mundial.

    Por enquanto, com o Brasil oferecendo um juro estratosfrico e os Bancos

    Centrais mundiais mantendo juro zero, parece no haver grande problema.

    Mas a situao est prxima de mudar. O Banco Central norte-americano deve

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 13/48

    comear a subir sua taxa de juro em 2015, voltando a atrair recursos para os

    ttulos dos EUA hoje presentes nos mercados emergentes.

    Neste momento, vai faltar dlar no Brasil . Teremos uma disparada da taxa de

    cmbio, com impactos diretos sobre a inflao, sobre os importadores e sobre as

    empresas com dvida em dlar.

    Peo a devida ateno a este ponto. Em resposta crise, o Banco Central dos EUA

    injetou uma quantidade cavalar de dlares no mercado. Conforme mostra o

    grfico abaixo, os ativos totais do Fed saram de US$ 869 bilhes em agosto de

    2007 para US$ 4,3 trilhes em junho de 2014.

    Ou seja, para voltar normalidade histrica, o Banco Central norte-americano

    precisa retirar cerca de US$ 3,5 trilhes do sistema. As condies de liquidez vo

    mudar dramaticamente a partir de 2015.

    5 - O mercado de trabalho se enfraquece em ritmo assustador.

    A criao lquida de postos de trabalho em maio foi de 58.836, segundo dados

    do Caged. Trata-se do pior ms de maio desde 1992. Estamos com novo

    argumento de situao sem precedentes desde o Plano Real.

    Isso no coincidncia.

    Por que o desemprego, ento, ainda no aumentou?

    Simplesmente, por uma questo de forma de se medir. S considerado

    desempregado quem est procurando emprego, mas no encontra.

    O desemprego no aumenta simplesmente porque as pessoas tm desistido de

    procurar emprego.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 14/48

    Tomo a liberdade de emprestar argumento do excepcional economista

    Alexandre Schwartsman para o fechamento do primeiro trimestre: a Populao

    em Idade Ativa cresce entre 1% e 1,5% ao ano (1,3% no trimestre em questo),

    enquanto a gerao lquida de empregos foi prxima a zero.

    Trocando em midos, s h reduo da taxa de desemprego porque parcela da

    populao simplesmente desistiu do mercado de trabalho, e no se pode atribuir

    o pleno emprego competncia da gesto pblica.

    6 - Estamos beira do apago .

    Os analistas do banco Brasil Plural escreveram relatrio recentemente apontando

    uma pequena chance de 100% de racionamento de energia ainda em 2014. De

    acordo com eles, o nvel dos reservatrios chegar a 10% em novembro, a se

    manter o atual ritmo.

    Isso extremamente preocupante.

    Para usar as palavras dos prprios analistas, h um elefante poltico que no

    pode ser ignorado.

    Sejamos justos aqui. H um nico culpado para o nvel to baixo dos atuais

    reservatrios: So Pedro. Realmente, choveu muito pouco e ningum detm

    controle sobre isso. Ponto final.

    Agora, a falta de planejamento, a concentrao da matriz energtica e o

    impedimento ao aumento da capacidade de oferta de energia culpa total e

    irrestrita do Governo.

    Em setembro de 2012, foi anunciada a famosa MP 579, que alterou as regras

    para concesses de energia, com o objetivo de reduzir as tarifas de eletricidade

    de novo, o tal controle de preos.

    A medida destruiu a rentabilidade de empresas de energia, adicionou incerteza

    jurdica ao marco regulatrio do setor e, portanto, afastou iniciativas em prol de

    novos investimentos.

    Alm disso, desrespeitou contratos existentes.

    O exemplo de Cemig emblemtico. A companhia tinha concesses vencendo

    em 2015, com renovao automtica prevista para mais 20 anos, conforme

    definido em contrato inicial.

    Quando se fala em renovao automtica de qualquer contrato, supe-se,

    obviamente, preservao das mesmas condies iniciais.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 15/48

    Ento, veio a MP 579 propondo condies completamente diferentes para a

    renovao das concesses, ferindo com clareza o pressuposto de automtica.

    O resultado foi a devoluo, pela Cemig, das usinas de So Simo, Jaguara e

    Miranda, por no aceitar a aplicao das novas regras.

    Ou h uma nova definio para o conceito de renovao automtica ou houve

    quebra de contrato.

    7 - A Petrobras foi simplesmente destruda .

    O grfico abaixo apresenta a evoluo das aes da Petrobras nos ltimos cinco

    anos. Ele fala por si s:

    De uma mxima de R$ 40,00, as aes chegaram mnima de R$ 12,57.

    O patrimnio nacional sendo simplesmente reduzido a 1/3 de seu valor. Quem

    tinha R$ 40 mil em aes da Petrobras chegou mnima de R$ 12.570.

    Alm de ser historicamente motivo de orgulho, Petrobras tem em sua base de

    acionistas milhares de brasileiros, de forma direta ou atravs da aplicao de seu

    FGTS.

    Estamos mexendo com a poupana do cidado comum.

    Chegamos a essa situao simplesmente porque a empresa tem o preo de seus

    produtos controlado pelo Governo. Quando impede-se o reajuste de preo da

    gasolina, Petrobras se v obrigada a comprar produtos por um preo superior a

    seu preo de venda.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 16/48

    O resultado? Queimas sucessivas de caixa, num momento em que a companhia

    tem um ambicioso plano de investimento para tocar, e exploso de sua dvida

    lquida.

    Mais uma conquista para o Brasil: Petrobras hoje apresenta a maior dvida

    corporativa de todo o mundo. A evoluo abaixo resume a questo.

    8. Com inveja da Petrobras, a Eletrobras, outra estatal relevante,

    tambm foi destruda.

    Eletrobras nunca foi exemplo de eficincia. A empresa historicamente reduto do

    PMDB, possui rentabilidade sobre o patrimnio baixa e entra em projetos ruins,

    para atender anseios polticos.

    Sempre foi assim. E a empresa, de uma forma ou de outra, se virava. Mas a

    situao degringolou a partir da MP 579 a mesma que falei acima.

    O grfico abaixo traz a trajetria das aes de Eletrobras nos ltimos cinco anos.

    No muito diferente de Petrobras:

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 17/48

    A situao de Eletrobras ainda mais complicado do que aquela apresentada

    acima para Cemig. A empresa tambm foi exposta a condies piores (e de

    baixssima rentabilidade) para renovar concesses.

    Mas, diferentemente de Cemig e de outros participantes de mercado, Eletrobras

    aceitou termos que implicavam retornos negativos para determinados projetos.

    Isso porque era do interesse da Unio (principal acionista e que votou

    proporcionalmente s suas aes em Assembleia) manter as concesses pouco

    rentveis.

    A resposta foi imediata. Suas aes simplesmente derreteram em Bolsa.

    Ultrajados com a questo, acionistas minoritrios recorreram CVM (regulador

    do mercado de capitais), basicamente dizendo que a Unio no poderia votar na

    Assembleia sobre o tema, por uma questo de conflito de interesse o que me

    parece bvio, no mesmo? A Unio prope novos termos, que s servem a ela

    mesma, e vota sobre a questo?

    Assim diz o artigo 115, pargrafo 1 da Lei das S.A.s: o acionista deve exercer o

    direito de voto no interesse da companhia e ser considerado voto abusivo

    aquele exercido com o fim de causar dano companhia, aos seus acionistas ou a

    obter vantagem ou que possa resultar em prejuzos.

    A adeso renovao das concesses sob os termos previstos pela MP 579

    trouxe benefcio exclusivo ao controlador (o Governo) e prejuzo aos demais.

    A Unio reagiu ao pedido dos minoritrios.

    Fez uma oferta bastante justa para compensar os danos bilionrios: um evento

    sobre mercado de capitais, com a presena do ministro Guido Mantega.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 18/48

    E o pior: a CVM flerta com o aceite da proposta.

    Pode parecer engraado, mas somente para quem no acionista de Eletrobras.

    A prtica inibe no somente investimentos nas aes de Eletrobras, mas tambm

    de outras aes do setor eltrico, alm de inibir a confiana de empresrios no

    segmento.

    9. A indstria brasileira fica menor, a cada dia.

    De novo, imagens valem mais do que mil palavras:

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 19/48

    A produo industrial brasileira est simplesmente atnita. Isso num Governo que

    supostamente tinha uma poltica industrial explcita.

    O tal Plano Brasil Maior, lanado em 2011, tinha objetivos muito bem definidos

    para 2014. Eram eles:

    - aumentar a taxa de investimento dos 18,4% vistos em 2010 para

    22,4% do PIB;

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 20/48

    - elevar dispndio empresarial de Pesquisa e Desenvolvimento como

    percentual do PIB de 0,59% para 0,90%; e

    - diversificar a pauta de exportaes, aumentando a participao

    brasileira no comrcio internacional de 1,36% para 1,60%.

    Pronto. Chegamos em 2014, o que nos d a prerrogativa de analisar se atingimos

    os resultados.

    A concluso assustadora. No cumprimos nenhum dos trs objetivos.

    A relao Investimento sobre PIB no somente descumpriu a meta de 22,4%,

    como inclusive caiu frente ao ponto inicial. Dos 18,4%, batemos vergonhosos

    18,1%.

    Sobre o investimento em P&D, ainda no h dados muito atualizados. Mas

    pesquisas feitas para 2011 apontaram uma enorme subida da razo gastos em

    P&D sobre PIB de 0,49% para 0,50%. Algum, em s conscincia, admitiria um

    crescimento dessa relao para 0,90% em trs anos?

    A respeito das exportaes, a coisa fica ainda mais pitoresca. No diversificamos

    nossa pauta, tampouco aumentamos nossa representatividade na corrente de

    comrcio mundial. A participao dos produtos manufaturados nas exportaes

    era de 39,4% em 2010. Passou a 38,7% em 2013. Tnhamos 1,35% da

    exportao mundial em 2010. Encerramos o ano passado em 1,29%.

    A poltica industrial um fracasso retumbante.

    O Medo Poltico Tambm

    Os pontos acima resumem o tamanho de nosso problema econmico. Mas ainda

    preciso de, ao menos, uma meno honrosa questo poltica.

    Em entrevista recente ao Valor Econmico, Armnio Fraga, ex-presidente do

    Banco Central, falou assim:

    O brasileiro gosta do seu pas, gosta de morar aqui, de investir aqui. Mas o grau

    de incerteza hoje tal que as pessoas esto pensando em investir fora do Brasil,

    esto pensando at em sair do Brasil. H um medo que vai alm da economia,

    medo poltico tambm. H uma sensao de medo que as pessoas no tm

    coragem de manifestar abertamente. Medo de uma atitude contra a liberdade de

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 21/48

    imprensa, contra a democracia.

    H razo de ser nesse medo.

    No h nada mais antidemocrtico e desrespeitoso democracia quanto uma

    lista negra de jornalistas, a serem perseguidos pelo Estado e seus defensores.

    Veja, ento, texto recente publicado no site do partido do Governo:

    Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demtrio Magnoli,

    Guilherme Fiza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobo, Gentili, Marcelo

    Madureira entre outros menos votados, suas pregaes nas pginas dos veculos

    conservadores estimulam setores reacionrios e exclusivistas da sociedade

    brasileira a maldizer os pobres e sua presena cada vez maior nos aeroportos,

    nos shoppings e nos restaurantes.

    Tratam crticos como inimigos de guerra e convocam companheiros a lutar.

    H exemplos semelhantes na Histria daqueles que no respeitam a liberdade

    de imprensa e querem calar as vozes dissonantes.

    Em 10 de fevereiro de 1933, Joseph Goebbels, responsvel pelo marketing do

    Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista, alertou assim: Um dia nossa

    pacincia vai acabar, e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!

    O resto da Histria todo mundo conhece.

    O princpio democrtico deve ser respeitado em sua integralidade.

    Alm de ferir o preceito da liberdade, qualquer recrudescimento dessa condio

    teria um resultado rpido e com consequncias desastrosas: fuga de capitais,

    tanto de brasileiros remetendo seu dinheiro ao exterior quanto de estrangeiros

    preferindo outros mercados ao nosso.

    Tudo isso trar consequncias gigantescas antes do que as pessoas pensam. Para

    ser preciso, j est trazendo.

    Os primeiros passos dessa crise esto em curso. Esto acontecendo justamente

    agora, bem em frente aos nossos olhos.

    Desculpe, mas eu no consigo esgotar o tema em sua totalidade. A esta

    altura, porm, imagino que j tenha ficado claro que voc precisa proteger seu

    patrimnio e aumentar sua poupana nos prximos anos.

    Em poucos minutos, vou lhe mostrar exatamente como eu estou protegendo meu

    dinheiro, e o que eu recomendo que voc tambm faa.

    Antes, deixe-me mostrar exatamente como chegamos neste ponto

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 22/48

    A morte do Brasil aos 20 anos de idade

    O Brasil, tal qual ns conhecemos hoje, nasceu em 1994, com a estabilizao da

    economia.

    Antes disso, tnhamos um outro pas, em que famlias, amedrontadas com a

    inflao, corriam para o supermercado to logo recebiam seus salrios,

    empresrios no investiam por conta da falta de confiana na moeda e da

    incerteza jurdica, consumidores no compravam porque a inflao era galopante

    e no existia crdito.

    O Plano Real marca, inequivocamente, um novo Brasil. Com isso, at mesmo o

    maior dos radicais, de esquerda ou direita, h de concordar. A Histria comea

    em 1994. O perodo anterior era pr-Histria.

    A implementao do Plano Real divide-se em trs partes. A primeira marca o

    ajuste fiscal, com a criao do Fundo Social de Emergncia e do Imposto sobre

    Movimentaes Financeiras.

    A segunda corresponde ao perodo da URV, caracterizado pela indexao

    completa da economia e alinhamento forado de todos os preos relativos.

    Finalmente, a ltima transforma a URV em moeda, com a introduo do Real. Eis

    o impacto imediato do Plano:

    A inflao desabou com o real.

    Em paralelo, houve vigoroso crescimento econmico, sob empurro da demanda

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 23/48

    reprimida, confiana nos negcios e recomposio dos salrios reais.

    O crescimento da economia em 1994 foi de 5,9%. A indstria andou muito bem e

    tambm a agropecuria, cuja evoluo foi de 5,5%, rendendo-a o apelido de

    ncora verde do real.

    O surto de crescimento durou pouco.

    Para manter a inflao baixa, foi usada a chamada ncora cambial. O real foi

    foradamente sobrevalorizado por meio de taxas de juros muito altas.

    A consequncia foi bvia: baixo crescimento econmico e disparada das

    importaes nos anos seguintes.

    Para manter o cmbio apreciado e oferecer dlares ao mercado na taxa

    desejada, chegamos a perder US$ 1 bilho de reservas internacionais por dia,

    durante vrios dias.

    Duas crises simultneas como resultado: nas contas externas e nas contas

    pblicas.

    A semente da destruio estava plantada. O estouro do modelo era inevitvel.

    A resposta veio em 1999, quando inicia-se uma nova fase, marcada pelo famoso

    trip macroeconmico . Abandona-se a ncora cambial, com o novo regime

    sendo detalhado em junho.

    Ficaram definidos como elementos centrais da poltica econmica:

    1 cmbio flutuante;

    2 metas de supervit primrio; e

    3 sistema de metas de inflao.

    O trip caracteriza o final do Governo FHC e tambm o primeiro mandato do

    Governo Lula.

    Durante esse perodo, observamos dois ciclos de crescimento no Brasil. O

    primeiro veio do rali das commodities. O preo dos produtos que vendemos ao

    exterior ficou 40% mais caro frente ao preo dos produtos que compramos do

    setor.

    o que os economistas chamam de melhora dos termos de troca. Com 40% de

    ganho chegando de navio do exterior, pudemos distribui-los entre os cidados

    brasileiros.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 24/48

    E o segundo ciclo representou a exploso do consumo sob empurro do crdito.

    Qual o problema? Ambos acabaram.

    As commodities andam de lado ou at mesmo caem desde a crise de 2008. E as

    famlias brasileiras, sem crescimento econmico, j muito endividadas e

    enfrentando juros muito altos, no conseguem mais crescer seu consumo.

    Precisamos de um terceiro. Mas no h nenhum sinal de que ele vai acontecer. Ao

    contrrio, o modelo est esgotado e as coisas tendem a piorar fortemente.

    Precisamos agir antes disso.

    Ficar claro para voc nas prximas linhas.

    Em resposta crise de 2008, o Governo brasileiro abandonou o clssico trip

    macroeconmico e adotou a chamada nova matriz econmica . Entre as

    medidas mais emblemticas da nova poltica econmica, destaco:

    - Aumento dos gastos pblicos;

    - Maior interveno do Estado na Economia;

    - Lenincia no combate inflao;

    - Incremento da participao do BNDES, com estmulo criao e ao

    fortalecimento de gigantes nacionais;

    - Controle de preos;

    - Atuaes pesadas e frequentes no mercado de cmbio;

    - Novo marco regulatrio do setor petrleo e publicao da MP 579

    (aquela do setor eltrico;

    - Criatividade na contabilidade nacional; e

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 25/48

    - Concesses mal feitas, fixando-se simultaneamente taxa de retorno e

    qualidade , bvio, numa bivalncia inatingvel .

    Deixe que o prprio Governo apresente a tal nova matriz econmica.

    Em entrevista ao Valor em dezembro de 2012, Mrcio Holland, secretrio de

    Poltica Econmica, apresentou os pontos do novo trip da seguinte forma: i)

    taxa de juro baixa; ii) taxa de cmbio competitiva; e iii) consolidao fiscal

    amigvel ao investimento.

    Sobre a taxa de juro, Holland destacou a queda de 5,25 pontos percentuais em

    12 meses, num processo que permitiria aos agentes econmicos rever seus

    modelos de negcio e criar um ambiente favorvel ao crescimento. Parecia fazer

    sentido.

    O governo Dilma havia comeado com taxa Selic de 10,75% ao ano, levara o juro

    bsico num primeiro momento a 12% para combater a inflao e logo

    implementara afrouxamento monetrio vigoroso, levando o juro ao piso histrico

    de 7,25% ao ano.

    No h mentiras nisso. Mas h uma nuance de interpretao.

    Atingimos a mnima histrica para os juros simplesmente por uma janela de

    oportunidade criada pelo contexto internacional, com juros reais negativos em

    todo mundo, como resposta dos Bancos Centrais desenvolvidos quebra da

    Lehman Brothers em setembro de 2008.

    No houve qualquer novo equilbrio de taxa de juro.

    A Selic j superior quela do incio do Governo Dilma. E deve subir (muito) mais

    para combater a inflao em 2015.

    Agora preciso falar em tom severo da tal taxa de cmbio competitiva.

    A poltica cambial brasileira tem sido desastrosa. Simplesmente ignoramos o

    pressuposto do cmbio flutuante.

    Primeiro, a tentativa do Governo era depreciar o real, para poder aumentar a

    competitividade das nossas exportaes e estimular a indstria. D-lhe IOF e

    coisas parecidas.

    Agora, o Banco Central usa o cmbio como instrumento de combate inflao,

    deixando claro nas atas de suas reunies que precisa do dlar a R$ 2,20 para

    manter a Selic no nvel atual.

    A turma de Alexandre Tombini vem sistematicamente vendendo dlares (de

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 26/48

    forma direta ou por meio de swaps cambiais) para impedir a inflao.

    Com isso, reduz reservas internacionais num momento de farta liquidez global.

    Estamos queimando munio quando mais precisaramos guard-la.

    Com isso, tornamo-nos cada vez mais frgeis s vsperas do incio do ciclo de

    alta das taxas de juro pelo mundo. Quando efetivamente precisaremos vender

    dlares, estaremos com nvel de reservas no limite. De novo, vai faltar dlar.

    Para encerrar o ponto e combater em carter definitivo a hiptese de taxa de

    cmbio competitiva, no h qualquer ganho de competitividade das exportaes

    vindo da melhora dos fundamentos da economia brasileira.

    A desvalorizao do real nos ltimos tempos resultado exclusivo do elevado

    dficit externo e da falta de poupana pblica.

    A imagem abaixo resume o quo competitivas tm se tornado nossas

    exportaes na comparao com outros emergentes:

    Ficou para o final a questo fiscal. No foi toa. Aqui temos a cereja do bolo.

    A poltica fiscal brasileira tem sido ultrajante, no havendo qualquer tipo de

    consolidao, muito menos amigvel ao investimento. O governo tem, cada vez

    mais, ocupado o espao do investimento privado, sem ele mesmo preencher

    adequadamente essa lacuna.

    Na entrevista em questo, Mrcio Holland foi categrico. No ano que vem

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 27/48

    (2013), voltamos meta de supervit cheia, sem desconto. Ou seja, falvamos

    de um primrio de 3,1% do PIB para 2013.

    E o que aconteceu, de fato? O supervit primrio do ano passado foi de 1,9% do

    PIB, mesmo com as receitas extraordinrias do campo de Libra e do Refis.

    Filtrando por esses elementos, teramos um primrio pfio de 0,9% do PIB.

    Algum poderia argumentar que o primrio foi menor porque o prprio governo

    resolveu fazer investimentos, tendo notado ausncia desse componente no setor

    privado. Isso j seria ruim, per se, dado o impacto de queda mdia da

    produtividade. Mas nem sequer verdadeiro.

    Tirando as estatais, o investimento pblico da Unio passou de R$ 59,4 bilhes

    em 2012 (equivalente a 1,35% do PIB) para R$ 63,2 bilhes em 2013 (1,31% do

    PIB).

    Ento, pergunta-se: a que consolidao fiscal se refere o governo?

    Eu no tenho nada contra o Sr. Mrcio Holland. Ao contrrio. Eu gosto dele. Fui

    seu aluno no mestrado da FGV. Ele certamente um sujeito de bem, trabalhador

    e bom economista. Mas o diagnstico est completamente errado, beirando a

    dissimulao.

    Qual o resultado da nova matriz econmica?

    H pouco tempo, o Brasil era destino certo do investidor estrangeiro. O

    queridinho entre os BRICs (grupo que rene tambm Rssia, ndia e China).

    Atramos a Copa do Mundo, seremos sede das Olmpiadas. Em pouco tempo,

    ganharamos posto da quinta maior economia do mundo, algo impensvel antes.

    Protagonizamos a capa da revista The Economist, talvez a mais importante do

    mundo sobre economia e finanas.

    Em novembro de 2009, a conceituada revista britnica trouxe o Cristo Redentor

    em forma de foguete, desgarrando-se do morro do Corcovado e dirigindo-se a

    maiores altitudes. O Brasil teria decolado, com argumentos esmiuados numa

    longa reportagem de 14 pginas.

    A imagem era inspiradora:

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 28/48

    Pouco tempo depois, como resultado da desastrosa nova matriz econmica,

    aquele conjunto de medidas adotada pelo governo brasileiro em resposta crise

    de 2008, as coisas haviam mudado completamente.

    Exatos quatro anos depois, a mesma The Economist, tambm em reportagem de

    capa de 14 pginas, questionava: o Brasil estragou tudo?

    A imagem, desta vez, j no inspirava ningum.

    Bastaram quatro anos para destruirmos todo o otimismo.

    A ideia de quinta maior economia do mundo foi abandonada, a presena entre os

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 29/48

    BRICs foi at mesmo questionada e especialistas apontam legado nulo dos

    grandes eventos esportivos.

    Talvez voc ainda esteja anestesiado pelo futebol da Copa do Mundo. Mas peo

    que saia do escopo esportivo por um minuto.

    Veja, por exemplo, o que diz matria da CNBC publicada no dia 26 de junho:

    Especialistas em mercados emergentes esto pessimistas em investir no Brasil, a

    despeito da Copa do Mundo. ()

    No h potencial positivo algum neste Governo, mesmo se tudo der certo,

    afirma Drausio Giacomelli, responsvel por pesquisa de mercados emergentes

    do Deutsche Bank.

    No se trata de ganhar ou no a Copa. Falemos do que interessa: um Governo

    incapaz de entregar os anseios populares por educao, transporte e

    infraestrutura no geral. Eles podem entregar estdios, mas no o que realmente

    importa, diz ele.

    Giacomelli tambm critica a conduo da poltica monetria na administrao

    Dilma: Eles fizeram tudo errado desde o comeo. Colocaram-se na pior posio

    possvel para um mercado emergente, de estagflao (baixo crescimento e alta

    inflao).

    A agncia internacional de classificao de risco Standard and Poors j rebaixou

    o rating brasileiro, de forma que, na opinio da agncia, h um maior risco de

    que o pas d um calote em sua dvida.

    E a agncia Moodys acaba de alertar para a mesma possibilidade, caso o

    prximo governo no tome atitudes severas.

    A situao certamente j no boa. E deve piorar muito mais. A Economia

    impiedosa. Se voc comete erros de poltica econmica, no passa impune.

    O economista Ricardo Amorim, aquele que comenta no programa Manhattan

    Connection, foi outro que recentemente alertou.

    Em matria com o economista, o site InfoMoney, citando Amorim, trouxe o

    seguinte: a inflao est alta e grvida. Os preos administrados tero de subir

    aps as eleies porque os governos vm represando todo tipo de tarifa pblica

    h dois anos. A conta dever ser parcelada porque, se subir tudo de uma vez, a

    inflao das tarifas pode chegar a 14% em 2015.

    A pergunta : o que acontece a partir de agora?

    A metfora com a gravidez clssica. No existe inflao um pouco alta. Inflao

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 30/48

    necessariamente cresce. E deve crescer muito.

    Marcio Garcia, professor de Economia da PUC-RJ, trouxe tese semelhante em

    resposta ao jornal Valor Econmico de 27 de junho: A inflao no vai ficar

    parada nos 6,5%, h uma inflao represada de 1,5 ponto percentual; os [preos]

    monitorados vo ter que subir; o cmbio no pode ficar muito tempo nesse nvel

    de R$ 2,20 porque o dficit em conta corrente continua crescendo e elevado.

    Tudo isso vai colocar presso na inflao. Se voc no tiver um BC que leve a

    inflao de volta meta, passamos por um outro regime. Um regime turco,

    argentino ou at venezuelano.

    A situao mesmo grave.

    Depois de represar preos por dois anos, o Governo precisar soltar as amarras

    em 2015. Somente esse movimento, supondo uma liberao nica, deve colocar

    a inflao brasileira em 10% ao ano.

    Mas temos riscos ainda maiores.

    O Banco Central norte-americano deve comear a subir sua taxa bsica de juro

    justamente em 2015. Isso vai causar um grande retorno de recursos para os EUA,

    com maior demanda por dlar.

    Ou seja, a taxa de cmbio pode caminhar rapidamente para cima. O dlar no

    salta gradualmente quando se trata de valorizaes.

    Eu tenho um mestrado em cmbio e, se tem uma coisa que aprendi, que a

    moeda norte-americana, quando se move para cima, o faz atravs de grandes

    saltos.

    O dlar deve bater, com margem para algo ainda mais alto, R$ 2,50.

    Essa uma projeo conservadora e est bastante alinhada quela prevista para

    2015 pela mediana das estimativas dos economistas brasileiros, conforme o

    relatrio Focus, levantamento feito pelo prprio Banco Central.

    Temos dois problemas importantes derivados dessa subida de taxa de juro nos

    EUA.

    O primeiro a grande dificuldade para fechar nossas contas com o exterior.

    Lembre-se que estamos dependendo da conta de capitais para fechar o balano

    e observaremos justamente fuga de capitais. Pela terceira vez, fao o alerta: vai

    faltar dlar.

    E o segundo relacionado ao reforo importante ao problema da inflao, atravs

    do famoso repasse cambial. A disparada do dlar significa aumento do preo

    dos produtos transacionados no mercado internacional, os chamados tradeables.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 31/48

    Aos poucos, tambm os no tradeables, por uma questo de preos relativos,

    tambm vo reagindo. Em certo tempo, temos uma escalada generalizada dos

    ndices de preos apenas por conta do efeito cmbio.

    Peo a gentileza de prestar ateno nas seguintes variaes: entre

    maio e junho do ano passado, o Ibovespa, nosso principal ndice de

    2013, caiu nada menos do que 15,12%. Em paralelo, o dlar disparou

    10,69%. Em apenas dois meses.

    Por que tamanha mudana? Simplesmente porque o Banco Central dos EUA, em

    maio de 2013, sinalizou que poderia, em breve, comear a reduzir seus estmulos

    economia e subir suas taxas de juro.

    Uma simples sinalizao verbal foi suficiente para causar destruio de valor

    para as aes brasileiras e essa valorizao do dlar. Imagine quando houver, de

    fato, aumento das taxas de juro nos EUA.

    Um investidor norte-americano que estivesse comprado em aes brasileiras em

    maio do ano passado teria perdido 25% em apenas dois meses. Voc acha

    mesmo que este sujeito vai ficar comprado em nossas aes quando o juro

    comear a subir l fora?

    Eu acho que no.

    E toda essa disparada do dlar vai tambm impactar sobre a inflao.

    Combinando o repasse integral das tarifas pblicas represadas e a

    desvalorizao esperada do cmbio, entendo que a inflao brasileira pode

    chegar a 12% ao ano , para uma meta de 4,5%.

    No h sada para uma inflao bem acima da meta. O Banco Central ter de

    subir a taxa Selic. E como a diferena entre a inflao projetada e a meta

    grande, o movimento dos juros ter de ser expressivo.

    No haveria surpresa em vermos taxa Selic de 15% ao ano.

    A implicao imediata de um juro bsico desse tamanho bvia: recesso.

    Imagino que voc entenda esse conceito.

    Se o Brasil cresce 1% ao ano com juro bsico de 11% ao ano, quanto vai crescer

    com a Selic a 15%?

    Falamos de estagnao da economia, queda dos salrios, aumento dramtico do

    desemprego, esgotamento do crdito, queda vertiginosa do preos dos imveis

    (muito sensveis s taxas de juro) e aumento do endividamento das famlias.

    Tudo isso num ambiente de inflao alta.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 32/48

    J temos: o menor crescimento econmico desde o Governo Collor, a menor

    criao de postos de trabalho para um ms de maio desde 1992, o pior

    resultado das contas pblicas para um ms de maio de toda a srie histrica e o

    maior dficit em conta corrente para um ms de maio em toda a srie histrica

    do Banco Central.

    E teremos: a maior taxa Selic desde 2006 e descumprimento da meta de

    inflao, com a maior variao de preos desde 2002.

    Rasgamos o que foi construdo em 1994 e aperfeioado em 1999, sob o

    pretexto de implementao de uma nova matriz econmica, heterodoxa.

    Temos um nico resultado prtico: voltamos a 1993.

    Se, metaforicamente, nasce um novo Pas em 1994, com a

    estabilizao da economia, podemos dizer que a nova matriz

    econmica e suas consequncias representam o falecimento desse

    Brasil .

    Morremos aos 20 anos de idade, de forma prematura.

    Isso coisa da Venezuela Mas, no Brasil? possvel?

    Eu conheo amigos, colegas e familiares ainda reticentes em aceitar essa ideia.

    Talvez voc esteja com postura semelhante tambm.

    o que os psiclogos chamam de normalcy bias, uma espcie de estado

    mental em que os seres humanos entram quando deparam-se com um desastre

    ou uma grande crise. As pessoas simplesmente subestimam tanto a

    probabilidade de uma catstrofe quanto seus efeitos.

    Alguns chegam a reconhecer o problema, mas afirmam: uma crise dessas

    propores impossvel. Pode ser coisa de Venezuela, Argentina Mas no

    Brasil, no.

    Pois bem. Veja o que aconteceu com a Gr-Bretanha nos anos 70.

    Embora muitas pessoas no saibam, a libra esterlina foi a reserva de valor

    clssica por cerca de 200 anos. A moeda era a grande referncia internacional at

    o final da Segunda Guerra.

    A partir de ento, quando a Europa se recompunha com o Plano Marshall, os

    britnicos passaram a perseguir uma agenda social-nacionalista, com o governo

    tomando conta da maior parte das indstrias, sob a alegao de maior

    distribuio de renda.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 33/48

    Em pouco tempo, o pas basicamente quebrou.

    Uma marca emblemtica ocorre em 1967, quando o Partido Trabalhista decide

    por uma desvalorizao da moeda de 14%, de maneira sbita. Isso,

    supostamente, teria impacto positivo no endividamento das famlias.

    O desdobramento, porm, foi justamente o empobrecimento da populao,

    procedido por rpido aumento da inflao, culminando no famoso Inverno do

    Descontentamento na dcada de 70.

    Para conter a inflao, salrios foram congelados, greves aconteciam

    diariamente nos mais variados setores, at mesmo em postos de sade. A

    situao chegou a ser to grave que alguns hospitais passaram a atender

    somente casos de pacientes cujo estado era de emergncia.

    Em 1975, a inflao britnica subiu a 26,9% em apenas um ano!

    Em 1974, o governo local estabelecera a chamada semana de trs dias, em que

    o uso de energia eltrica nos negcios foi limitado a trs dias por semana, sem

    permisso de hora-extra. As televises tinham de interromper suas transmisses

    s 22h30, como forma de economizar energia.

    Imagine isso. A Inglaterra foi uma superpotncia global por 150 anos. Quando

    comearam a permitir um pouco de inflao a partir da desvalorizao de sua

    moeda, as coisas simplesmente colapsaram.

    A foto abaixo evidencia o tamanho do problema. Isto Londres, com lixo

    empilhado na praa porque no havia dinheiro suficiente para pagar aos lixeiros

    um salrio minimamente justo:

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 34/48

    Talvez voc ainda esteja ctico sobre a possibilidade dessas coisas acontecerem

    aqui e agora. Mas eu posso lhes garantir: j esto acontecendo!

    Com efeito, a inflao brasileira j estaria acima da meta e beirando os 10% ao

    ano caso as tarifas de energia e os preos da gasolina no estivessem sendo

    controlados.

    Outro exemplo: no comeo dos anos 90, um certo pas europeu resolveu brincar

    de conviver com um pouco mais de inflao e com um governo gastador.

    Rapidamente, a poupana pblica acabou. Qual foi o prximo passo do governo?

    Simples! Passaram a contar com a poupana da populao, limitando o acesso

    das pessoas s suas contas nos bancos pblicos.

    E, obviamente, para financiar suas operaes, o tal pas comeou a imprimir

    moeda, em ritmo frentico. Sem dinheiro, a infraestrutura local caia em pedaos

    e a inflao galopava, mesmo com tentativas de controle de preos.

    A esta altura, o desemprego batia 30%.

    J era suficientemente ruim, mas ficou pior, muito pior.

    Um brilhante economia teve a genial ideia de exigir das empresas o

    preenchimento de uma srie de documentos governamentais a cada vez que seus

    preos fossem reajustados para cima. O racional era de que isso retardaria o

    processo inflacionrio, pois parte do tempo empresarial seria consumido

    justamente para preencher os formulrios.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 35/48

    Qual foi o resultado?

    Obviamente, mais inflao.

    Para preencher os documentos, as firmas viram-se obrigadas a contratar mais

    funcionrios. E como o processo era bastante demorado, a resposta imediata foi

    comear a aumentar preos de produtos bsicos em velocidade ainda maior, de

    forma que precisariam preencher os formulrios apenas uma vez.

    A inflao diria beirava 100%. Sim, preos dobrando da noite para o dia, no

    mais perfeito caos econmico.

    A resposta governamental foi a mais tpica dos planos econmicos adotados em

    perodos de hiperinflao: a criao de uma nova moeda, removendo seis zeros

    da anterior.

    De novo, no funcionou.

    Veja o tamanho do percentual abaixo:

    5.000.000.000.000.000%.

    No brincadeira. Esse foi o percentual (cinco quatrilhes) de aumento dos

    preos desse pas entre outubro de 1993 e janeiro de 1995.

    As pessoas no podiam comprar comida, simplesmente estocavam ou passavam

    fome. Postos de gasolina foram fechados, o nmero de nibus em operao caiu

    60%, apages eram generalizados e recorrentes, e as pessoas foram proibidas

    de aceitar cheque.

    Enquanto isso, o discurso do governo era de que a inflao acontecia por

    sanes sem justificativa contra a populao e o Estado. Incrivelmente, nunca h

    culpados na gesto de poltica econmica.

    Isso aconteceu, de fato, e nessas exatas propores, na Iugoslvia. E, em menor

    medida, tivemos situaes semelhantes em Islndia e Grcia, onde o estrago s

    no foi maior por conta dos planos de resgate financeiro internacional.

    Esse o caminho natural e devidamente documentado daqueles que optam pela

    via da tolerncia inflao e do gasto pblico irresponsvel.

    No precisamos ir muito longe para ter novos exemplos. Ao nosso lado, temos

    as referncias trgicas de Venezuela e Argentina, que sucumbem ao caos

    econmico, financeiro e social por conta de medidas inadequadas de poltica

    econmica.

    Mais do que isso, no precisamos sequer cruzar as fronteiras, basta recorrer ao

    nosso prprio passado. Anteriormente ao Plano Real, a desconfiana com nossa

    moeda era tal que o poder de compra do trabalhador caia pela metade durante

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 36/48

    um nico ms e o empresrio no pensava em investir, sem visibilidade para o

    futuro, com um novo plano econmico por ano.

    Entre 1990 e 1994, o crescimento mdio do PIB foi de 1,3% ao ano, enquanto a

    inflao anual foi de 1.210%. Isso depois de j termos vindo da famosa Dcada

    Perdida. Do perodo de 1986 a 1991, tivemos cinco choques (Plano Cruzado,

    Bresser, Vero, Collor I e Collor II).

    No h como existir consumo nem investimento em ambiente de tamanha

    desconfiana sobre a moeda e incerteza sobre o futuro.

    Foram vrias tentativas de congelamento e tabelamento de preos, com

    resultados trgicos. A qualidade dos produtos era pssima e vendiam-se,

    inclusive, latas vazias nas prateleiras dos supermercados era o melhor que se

    podia oferecer quele preo tabelado.

    Problemas de abastecimento e falta de produtos eram recorrentes, o que

    obviamente resultava, ao final, na ruptura com os congelamentos de preos. D-

    lhe volta da inflao, que ultrapassava 80% ao ms.

    A imagem abaixo representativa do tamanho do problema. Simplesmente,

    faltavam produtos nas prateleiras:

    Talvez o ponto mximo da adversidade seja a restrio do acesso poupana

    por meio do Plano Collor.

    Lanado no mesmo dia da posse do presidente Collor, o novo plano reintroduziu

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 37/48

    o cruzeiro como padro monetrio e estabeleceu, mais uma vez, congelamento

    do preo de bens e servios. Novos tributos foram criados, afetando ainda mais o

    poder de compra e a confiana dos empresrios.

    Mas foi no mbito financeiro que se deu a maior mudana: o sequestro de

    liquidez. Sem dvida, foi a medida mais traumtica. Todas as aplicaes

    financeiras superiores a NCr$ 50.000 foram bloqueadas por um perodo de 18

    meses.

    O cidado simplesmente no poderia acessar seu prprio dinheiro. O Plano

    colocou a economia em recesso e no foi capaz de conter a inflao de forma

    sustentada.

    Tenho uma experincia pessoal marcante e extremamente negativa nesse

    sentido. s vsperas do Plano Collor, meu pai havia comprado um apartamento.

    Comprometia-se a pagar as parcelas restantes nos meses seguintes. O acesso ao

    dinheiro foi bloqueado e simplesmente perdemos o apartamento. Nossa famlia

    precisou de anos para se recuperar do golpe.

    No h nada mais assustador do que ter seu dinheiro bloqueado. Governos

    desesperados tomam medidas desesperadas.

    Os maiores experts esto agindo

    Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde, o maior e possivelmente o melhor

    investidor brasileiro. Ele tem um histrico impressionante e secular de bons

    resultados. Stuhlberger est pessimista com os mercados brasileiros a curto

    prazo e tem comprado dlares. O gestor escreveu o seguinte em carta recente a

    seus cotistas:

    Continuamos acreditando na tese de depreciao do real (). D para ficar

    otimista com o Brasil no mdio prazo pelas suas potencialidades, mas

    aparentemente teremos de passar por uma turbulenta arrumao de casa no

    caminho. Apertem os cintos! (grifo meu)

    Jim Rogers, um dos maiores investidores do mundo, especialista em mercados de

    commodities (como o brasileiro) e fundador do Quantum Fund junto a George

    Soros, concedeu entrevista h poucos meses Exame. Perguntado se o Brasil

    ainda um bom lugar para investir, respondeu, categoricamente, assim:

    No. O governo brasileiro est cometendo erros. Deveria ser um lugar

    maravilhoso para investir, mas seu governo segue cometendo erros, colocando

    tarifas especiais contra alguns de seus melhores parceiros, controle cambial e

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 38/48

    por a vai. O Brasil segue fazendo coisas que restringem a economia. Por isso,

    no estou investindo e no quero investir no Brasil, enquanto tiverem um governo

    anti-capitalismo ou anti-eficincia. Enquanto tiverem um governo que no

    entenda a economia eu no quero investir a.

    Eu prefiro investir na Rssia. A Rssia no est tomando medidas para

    desencorajar a eficincia e os investimentos, e o Brasil est. A Rssia tem uma

    moeda flutuante, o Brasil faz controle cambial.

    Mark Mobius, da Franklin Templeton, um dos grandes conhecedores de

    mercados emergentes. Em maro deste ano, matria do Wall Street Journal

    trouxe o seguinte comentrio do gestor:

    O Brasil corre o risco de entrar em recesso caso no seja capaz de corrigir

    presses que incluem gastos pblicos elevados, endividamento dos

    consumidores e racionamento de energia. A Templeton est menos entusiasmada

    com as aes de grandes empresas brasileiras.

    A lista de grandes investidores histricos ficando pessimistas com o Brasil

    grande.

    Os maiores experts esto agindo antecipadamente. Eles sabem que h srios

    problemas com a economia nacional.

    A boa notcia que voc pode fazer o mesmo.

    No importa o que acontea, eu tenho uma srie de maneiras para voc proteger

    seu patrimnio e seguindo cada um dos passos voc pode duplicar ou at

    mesmo triplicar sua poupana nos prximos anos.

    O que voc deve fazer?

    Bem, tenho dedicado minha pesquisa somente a isso nos ltimos meses.

    Encontrei um nmero surpreendente de coisas simples que voc pode fazer para

    blindar seu dinheiro e at mesmo encher um pouco mais o bolso quando essa

    crise estourar.

    Aqui est minha recomendao

    O que voc pode fazer para proteger a si e a sua famlia E ainda realmente ganhar muito dinheiro

    Ento, o que voc pode fazer para proteger seu patrimnio e, eventualmente,

    ainda aumentar sua poupana nos prximos anos?

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 39/48

    Bom, h uma srie de passos financeiros simples e rentveis que eu acredito que

    voc possa e deva adotar, imediatamente.

    E aqui h algo importante a se manter em mente: falo estritamente de suas

    finanas. Seu bem-estar, sua segurana pessoal e de sua famlia, infelizmente

    depende das circunstncias. Apenas recomendo preparo para interrupes sbitas

    de energia e gua, alm do aumento de roubos, furtos, arrastes e sequestros.

    Vejo uma probabilidade significativa de que essas coisas aconteam nos

    prximos dois anos.

    Lembre-se: o governo no poder ajudar no momento da crise. Ao contrrio, ele

    estar focado em salvar a si mesmo, e poder aumentar impostos, congelar

    salrios e dificultar seu acesso poupana.

    De minha parte, h uma nica alada em que eu posso realmente ajud-lo e ela

    restringe-se ao escopo de proteger seu patrimnio nos prximos anos e buscar

    solues criativas e seguras para, possivelmente, ainda increment-lo.

    Cada um dos passos aqui recomendados so possveis e simples de implementar

    ao menos por enquanto. Uma grande demora para coloc-los em prtica,

    porm, vai torn-los mais caros, difceis e at mesmo impossveis de se

    concretizar.

    Caso voc adote esses movimentos agora, no somente estar mais preparado

    para lidar com a crise quando ela vier, como, no meu entendimento, tambm

    poder fazer um pouco mais de dinheiro frente.

    E se eu estiver errado?

    Aqui entra a melhor parteNesse caso, voc tambm ser capaz de aferir

    grandes ganhos.

    Mesmo se o resultado desta crise projetada for apenas uma inflao moderada,

    voc ainda estar preparado para se sair muito, muito bem.

    Seguem os passos especficos que voc deve tomar imediatamente:

    PASSO #1: APLIQUE PARTE DE SEUS INVESTIMENTOS PARA ALMDO ALCANCE DO GOVERNO BRASILEIRO (isso perfeitamente legal,

    e mais simples do que voc imagina)

    Eu sei que voc provavelmente ainda no acredita quando eu digo que o Governo

    brasileiro adotar uma srie de medidas para salvar a si mesmo, coisas

    inimaginveis neste momento.

    Mas lembre-se: Governos desesperados tomaro atitudes desesperadas. No nos

    faltam exemplos histricos disso, no mesmo?

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 40/48

    Acho possvel que tenhamos nacionalizao de certos planos de previdncia,

    aumento de impostos sobre movimentao financeira e ganhos de capital e

    empecilhos adicionais para se mandar dinheiro ao exterior.

    Na hiptese mais radical, at mesmo restries temporrias de acesso

    poupana podem acontecem.

    Por isso, eu recomendo fortemente: parte de seus investimentos deve ser feita

    fora do Brasil.

    Isso mais seguro e diminui o acesso do Governo a sua poupana.

    Por favor, no me leve a mal. Mas quanto menos o Governo souber de seus

    investimentos, melhor. Trata-se de uma questo de proteo e de respeito s

    liberdades individuais.

    Em reforo, lembre-se da mxima de no colocar todos os ovos na mesma cesta.

    fundamental diversificar entre algumas moedas.

    H formas simples e rentveis de voc investir para alm dos domnios do

    governo brasileiro, de forma plenamente legal.

    Eu mesmo estou pessoalmente investindo neste momento uma parcela

    significativa de meu portflio em um desses ativos. E minha ideia mant-lo em

    minha carteira por muito tempo. Independentemente do que vier a acontecer, sei

    que terei uma bela poro de dinheiro longe das garras do Planalto brasileiro.

    Para no me tornar prolixo, no vou lhe contar exatamente o que estou fazendo

    nesta carta, mas vou explicar em detalhes num relatrio, de ttulo: Como ganhar

    dinheiro com este modelo de crescimento econmico?

    Nessa pea, fao uma contextualizao do modelo e mostro como precisamos

    de um novo ciclo de crescimento. Identifico as melhores oportunidades de

    investimento nesse quadro e recomendo formas explcitas de diversificar entre

    moedas, alm de enaltecer estratgias rentveis de aplicar em dlar.

    No se preocupe caso voc no tenha familiaridade com investimentos

    internacionais. Tenho esmiuado um guia sobre como investir no exterior, a que

    os assinantes da Empiricus tm acesso imediato.

    Ser um prazer dar-lhe acesso a esse contedo, que eu considero fundamental.

    Alm disso, eu gostaria de enviar-lhe informaes muito relevantes sobre

    PASSO #2: COMO SE PROTEGER DA INFLAO?

    Estou falando aqui de comprar o quanto voc puder de proteo contra a

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 41/48

    inflao. Resgato aqui o fato estilizado: inflao como uma gravidez,

    inevitavelmente cresce.

    Voc precisa estar protegido da esperada escalada da inflao. Caso contrrio,

    seu salrio e seus investimentos vo ser corrodos pela disparada dos preos,

    reduzindo fortemente o poder de compra da sua famlia.

    Ganhos acima da inflao. isso que interessa ao trabalhador e ao investidor. E

    com esse tipo de recomendao de investimento que estou comprometido.

    Voc pode ter retornos reais (acima da inflao) atravs de investimentos em

    renda fixa, cmbio e aes. H boas aplicaes nesse escopo. E h timas

    aplicaes nesse escopo.

    Dediquei tudo o que eu sei sobre isso para montar um relatrio com as timas

    aplicaes para se proteger e ganhar da inflao. No documento chamado O

    problema da inflao, denuncio a raiz da inflao brasileira, proponho solues

    para a questo e aponto os melhores investimentos para ganhar do drago.

    Eu tambm gostaria de dar-lhe acesso a esse valioso contedo. Vou mostrar

    exatamente como num instante.

    Antes, deixe-me falar sobre o terceiro passo a ser seguido agora:

    PASSO#3: CUIDADO COM AES DE ESTATAIS (E COM O SEU FGTS)

    Aes de empresas estatais so tradicionalmente complicadas. Isso porque, em

    vrias situaes, a empresa usada como instrumento para se fazer poltica

    social. A prtica contraria o interesse dos acionistas, interessados em ver a

    maximizao de valor para a firma e no para o setor pblico.

    Como essas coisas, por vezes, entram em conflito, comprar estatais j

    normalmente um pouco mais desafiador.

    Mas o que vem acontecendo com o caso brasileiro gritante. O atual Governo

    simplesmente destruiu a Petrobras, impedindo reajustes de preos para conter a

    inflao e forando pesados investimentos para explorar o pr-sal.

    Petrobras hoje tem a maior dvida corporativa do mundo e, embora sua

    presidente negue, deve ter de pedir mais dinheiro ao mercado em breve.

    Isso particularmente importante. Primeiro pois se trata de um grande

    patrimnio nacional, que j figurou entre as maiores empresas do mundo e

    perdeu essa condio.

    Depois porque milhares de brasileiros possuem aes da companhia e, ainda

    pior, uma infinidade de pessoas tem seu FGTS, que seria um poupana segura e

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 42/48

    de longo prazo, em papis de Petrobras.

    A poupana de milhares de brasileiros foi castigada por uma prtica nefasta e

    anti-mercado.

    Sabendo da importncia do tema, encomendei a nosso analista de Petrobras

    uma pesquisa profunda. Ele preparou um longo e detalhado relatrio com o

    histrico dos acontecimentos sobre a companhia, concluindo com o que fazer

    com as aes da empresa.

    Entendo que este seja o melhor contedo j produzido sobre Petrobras em toda

    a histria.

    E como se no fosse suficiente, o mesmo relatrio traz ainda a nica ao de

    empresa estatal em que vale a pena investir.

    No tenho dvida de que se trata de material extremamente til para cada

    cidado brasileiro.

    Vamos ao penltimo passo, to ou at mesmo mais importante quanto os trs

    iniciais

    PASSO#4: APRENDA O SEGREDO DOS 100%

    Se voc gostaria de ter a oportunidade de fazer muito dinheiro durante a prxima

    crise, uma forma certa de fazer isso aprender as imbricaes de uma estratgia

    de investimento pouco comum. Essa frmula tem produzido uma verdadeira

    fortuna para alguns investidores.

    A Empiricus j tem recomendado essa estratgia de maneira muito bem sucedida

    a alguns de seus principais clientes, todos amplamente satisfeitos.

    E veja: no estamos falando de aes aqui. Voc no precisa ter uma nica ao

    sequer para embarcar nessa estratgia. Tambm no h relao com posies

    short (vendidas) de aes.

    De forma simples e direta, uma maneira de se extrair renda do mercado com

    um perfil seguro, com ganhos que podem chegar a 100%, sem possuir ou mesmo

    tocar uma ao.

    Fao uma ressalva: embora a estratgia seja extremamente segura e envolva uma

    entrada de caixa inicial, sob determinadas circunstncias, haver situaes em

    que voc ter de comprar a ao subjacente a um preo menos favorvel do que

    as condies de mercado correntes. Portanto, por favor entenda: h risco

    envolvido e provavelmente a estratgia no servir para todo mundo.

    Mas se trata, indubitavelmente, de uma prtica robusta, em especial nos

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 43/48

    momentos de maior incerteza e stress financeiro. Uma vez que voc a absorva e

    compreenda seu funcionamento, suspeito que nunca mais queira investir sem ela

    novamente.

    por isso que recebe o nome de segredo dos 100%.

    A estratgia tem sido a forma com que uma poro de clientes da Empiricus vem

    apresentando ganhos formidveis, mesmo em tempos difceis para os mercados.

    E, em momentos ainda mais negativos, como eu espero para os prximos dois

    anos, essa ser uma prtica incrivelmente rentvel e lucrativa.

    Tudo o que voc precisa saber sobre isso est num vdeo gravado pelo meu

    scio Rodolfo Amstalden, de ttulo: O Segredo dos 100% A forma mais

    simples de fazer dinheiro quando os mercados esto muito arriscados.

    Esta aula explica exatamente como funciona a estratgia. Com isso, voc poder

    decidir se ela est adequada a seu perfil, alm de mostrar exatamente como tirar

    proveito, comeando imediatamente.

    Finalmente, chegamos ao ltimo passo. Depois disso, falarei exatamente como

    ter acesso a esse contedo indispensvel queles que querem ganhar dinheiro de

    verdade quando a prxima crise chegar

    PASSO#5: CERTIFIQUE-SE DE QUE VOC DETM O ATIVO QUEPODER SALVAR VOC E SUA FAMLIA, NO IMPORTA O QUO

    RUIM A SITUAO POSSA FICAR

    No h exatamente como precisar o quo ruim a situao pode ficar.

    Eu realmente acredito em escalada da inflao, desabastecimento de gua e

    energia, grande desemprego e intensas manifestaes sociais, mesmo que por

    alguns meses apenas.

    A boa notcia que h um ativo que voc pode comprar, altamente disponvel no

    Brasil, que pode ajud-lo a proteger seu patrimnio e de sua famlia do caos. E

    mais: marca o posicionamento adequado para fazer at mesmo uma fortuna em

    alguns anos.

    No estou falando de ttulos pblicos, ttulos privados, uma moeda ou metais

    preciosos. Obviamente, tambm no tem nada a ver com o mercado acionrio.

    O que estou falando aqui um ativo muito poderoso que famlias abastadas tm

    usado por sculos para blindar seu patrimnio, preservar e ainda aumentar suas

    fortunas.

    Veja o que aconteceu, por exemplo, com o ndice global que mede o

    desempenho dessa classe de ativos entre 1991 e 2009, batendo a principal

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

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    referncia de aes nos EUA em 430% no perodo.

    E o melhor, sem volatilidade, conforme mostra o grfico abaixo:

    A respeito desse ativo, o famoso investidor multimilionrio Barton Biggs certa

    vez escreveu: ele protege tanto sua riqueza quanto sua prpria vida. algo

    realmente prova de bala.

    Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, quando milhares de famlias

    perderam a totalidade de seu patrimnio para a inflao ou para a atuao do

    governo, esse foi um dos poucos ativos que permitiu s pessoas preservarem e

    at aumentarem sua riqueza.

    Grandes investidores em todo mundo tm exposio relevante a esse tipo de

    ativo, alguns deles inclusive aumentando suas posses nos ltimos tempos. Nos

    EUA, casos clssicos so Bill Gates, Sam Walton (do Wal-Mart), Charles Schwab,

    a famlia Ford, entre outros. No Brasil, vrios exemplos tambm como Antnio

    Ermrio de Moraes, Lrio Parisotto, Mrio Celso Lopes, Blairo Maggi.

    Como j mencionei, voc pode facilmente entrar para essa classe hoje. H uma

    gama de oportunidades na rea e de forma bastante barata.

    Eu escrevi um relatrio completo sobre isso, de nome: O ativo mais valioso do

    mundo em tempos de crise.

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    H vrias formas de se fazer esse investimento e eu vou mostrar exatamente

    como. Isso poder salvar voc e sua famlia caso as coisas fiquem realmente

    ruins.

    No gostaria de falar mais sobre isso aqui nesta carta. A verdade que quanto

    menos pessoas souberem sobre este investimento, melhor.

    Ento, como voc pode comear agora e de forma prtica a adotar cada um

    desses passos?

    Veja, minha empresa, a Empiricus Research, faz pesquisa econmica e financeira.

    Ns temos uma equipe de 15 pessoas e nosso principal objetivo encontrar

    investimentos seguros e rentveis. Ideias que voc provavelmente no vai ouvir

    de mais ningum.

    Desde que comeamos nesse negcio, ajudamos cidados brasileiros, pessoas-

    comuns e investidores a se proteger e a ganhar bastante dinheiro.

    Mrcio T., do Rio de Janeiro, recentemente nos escreveu dizendo:

    Amigos, confesso que sou um sujeito orgulhoso, mas preciso agradec-los pelo

    que proporcionaram na minha vida. Comecei a ler a Empiricus dois anos atrs.

    Coincidncia ou no, meu patrimnio passou de R$ 150 mil para R$ 323 mil

    nesse perodo.

    De So Paulo, Daniela S. enviou email assim:

    Peo que continuem assim.

    Joel C. entrou em contato conosco do Cear:

    Realizei o sonho da minha esposa de comprar um apartamento de frente para o

    mar. Com a ajuda de vocs, vou atrs de um barco. Minha esposa j autorizou a

    cham-lo de Empiricus!

    L de Minas, veio uma mensagem inusitada e carinhosa da Valdete A.:

    Se no tivesse que comer quentinho, eu juro que mandava uma caixa de po-de-

    queijo para vocs. Antecipei minha aposentadoria graas ao sucesso das

    recomendaes que vocs me deram. Isso no tem preo, gente.

    No h nada que me deixe mais feliz do que este tipo de mensagem.

    Mas, em contrapartida, preciso confessar: neste exato momento, estou

    verdadeiramente preocupado com nossos leitores e com muitos cidados

    brasileiros, trabalhadores honestos, que sero pegos de total surpresa quando

    da chegada da inevitvel prxima crise.

    por isso que escrevi esta carta. E por isso que eu gostaria de enviar-lhe todos

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

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    os detalhes sobre exatamente como as coisas vo se dar, cada passo exato para

    voc proteger suas economias e prosperar na crise.

    Voc pode ficar parado esperando os problemas chegarem, vendo seu

    patrimnio diminuir de maneira sbita e irreparvel. Ou tomar as rdeas para si,

    protegendo ativamente seu destino financeiro.

    Por favor, ao menos passe os olhos no trabalho serssimo que eu desenvolvi.

    Tenho convico de que voc ter toda a informao necessria sua disposio.

    O mais interessante que voc pode olhar minha pesquisa e receber tudo que foi

    mencionado aqui, sem nenhum tipo de risco ou de obrigao.

    Simplesmente deixe-me saber se voc gostaria de experimentar a assinatura de

    meus relatrios quinzenais, atravs da srie chamada Criando Riqueza O Fim

    do Brasil. Em caso positivo, voc ter acesso imediato a:

    Alm disso tudo, a cada 15 dias, eu vou lhe enviar um novo relatrio, sempre

    perseguindo as melhores ideias de investimento no atual contexto. Vou mant-lo

    sempre atualizado sobre a formao e os desdobramentos dessa crise financeira,

    mostrando formas pouco originais de ganhar dinheiro.

    Para que no haja nenhuma lacuna nesse processo, toda semana enviaremos,

    somente a nossos clientes pagantes, um vdeo com comentrios e perspectivas

    de investimentos para os prximos meses, apresentado por mim e pelo meu

    scio Rodolfo Amstalden.

    Ento, quanto custaria todo esse contedo? Por quanto voc pode comear?

    Pois bema assinatura de um ano da srie custa apenas R$ 238,80, podendo ser

    dividida em 12 parcelas mensais de R$ 19,90. Pagando vista, sai por R$

    191,04.

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 47/48

    Mas, neste momento, voc pode experimentar a assinatura anual por uma oferta

    muito especial, basicamente por metade do preo. O preo promocional de R$

    118,80 pela assinatura anual, em 12 parcelas mensais de R$ 9,90 apenas.

    vista, o preo de R$ 99,79 por um ano inteiro.

    Por que to barato?

    Em termos prticos, desenhamos um preo que permita que voc simplesmente

    experimente nosso produto, para ver se ele realmente se adequa sua pretenso.

    Alm disso, quero que o contedo seja acessvel a milhares de pessoas, de modo

    a potencializar seu poder econmico. Estou convicto de que, em conjunto, os

    leitores que acompanharem a srie e aplicarem suas ideias protegero milhares

    de reais em patrimnio, e ganharo outros milhes. Muito mais do que eu faria

    sozinho.

    por isso que, atravs dessa carta, ns estamos oferecendo a assinatura to

    barata.

    Fique vontade para ponderar essa oferta, e voc ver que no h risco algum.

    Isso porque, durante os primeiros 30 dias, caso voc leia meu material e, por

    alguma razo, entenda que ele no atende a seu perfil, voc ser reembolsado

    em 90% de seu custo. Cobramos 10% de taxa apenas para cobrir nossos custos

    operacionais.

    Em outras palavras, ao concordar com os termos aqui apresentados, voc estar

    apenas aceitando experimentar meu trabalho para ver se gosta.

    Eu espero que voc considere minha oferta seriamente. Do fundo do corao,

    tenho convico de que esta ser uma das melhores decises financeiras que

    voc tomar em toda sua vida.

    Para comear, simplesmente clique no link abaixo, que vai lev-lo a uma pgina

    para confirmar sua assinatura. Sua ordem ser processada imediatamente, e voc

    ter acesso a todo esse meu trabalho na mesma hora.

    Um forte abrao,

    Felipe Miranda

    Scio-fundador da Empiricus Research

  • 19/7/2014 O Fim do Brasil | Empiricus Research - Anlises de Investimentos

    http://www.empiricus.com.br/o-fim-do-brasil/ 48/48

    Julho de 2014

    Se quiser conhecer mais sobre a Empiricus, acesse nosso site em

    www.empiricus.com.br ou mande um email para [email protected]

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    publicadas pelos principais veculos de imprensa, brasileiros e internacionais.

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