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O Estado Português no Brasil Revolução Industrial (1750) Inglaterra e França Se lançam à Revolução Industrial primeiro que os outros Adoção do Capitalismo Industrial (hegemonia) Portugal Manutenção do Mercantilismo Reformas Pombalinas anuladas por D. Maria I, “a louca” Dependência econômica e política da Inglaterra Europa no Século XIX Surgimento de Napoleão Bonaparte na França Guerras contínuas (defesa de interesses da burguesia) Objetivo de eliminar Inglaterra (maior concorrente) Conflitos econômicos e militares (batalha nos mares – vitória da Inglaterra) Mecanização da produção industrial na Inglaterra Manutenção da hegemonia inglesa – permitia conquistar maiores mercados

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Page 1: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

O Estado Português no Brasil ◦ Revolução Industrial (1750)

◦ Inglaterra e França ◦ Se lançam à Revolução Industrial primeiro que os outros

◦ Adoção do Capitalismo Industrial (hegemonia)

◦ Portugal ◦ Manutenção do Mercantilismo

◦ Reformas Pombalinas anuladas por D. Maria I, “a louca”

◦ Dependência econômica e política da Inglaterra

◦ Europa no Século XIX

◦ Surgimento de Napoleão Bonaparte na França ◦ Guerras contínuas (defesa de interesses da burguesia)

◦ Objetivo de eliminar Inglaterra (maior concorrente)

◦ Conflitos econômicos e militares (batalha nos mares – vitória da Inglaterra)

◦ Mecanização da produção industrial na Inglaterra ◦ Manutenção da hegemonia inglesa – permitia conquistar maiores mercados

Page 2: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Conflitos na Europa ◦ Conflitos entre França e Inglaterra

◦ França ◦ Vitórias em terra

◦ Napoleão impõe hegemonia na Europa (batalha de

Austerlitz)

◦ Inglaterra ◦ Necessidade de comércio marítimo

◦ Invencibilidade inglesa nos mares

◦ Batalha de Trafalgar (1805) – vitória sobre os franceses – Almirante Nelson

◦ Bloqueio Continental (1806)

◦ Imposto por Napoleão – visava estrangulamento econômico Inglês ◦ Impossibilidade de vencer a Inglaterra pelos mares

◦ Decreto de Berlim (1806) – proibição de importação de produtos ingleses

◦ Consequências do Bloqueio ◦ Abalos no comércio britânico e países dependentes do comércio Inglês

◦ Países Baixos e Estados da Igreja se recusam (ocupação militar por Napoleão)

Page 3: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Portugal e o Bloqueio Continental

◦ Portugal e Inglaterra

◦ Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654)

◦ Portugal era “porta de entrada” da Inglaterra na Europa

◦ Portugal “fez valer” o Decreto de Berlim (1806)

◦ Medo de invasão francesa (Napoleão Bonaparte)

◦ Expulsão de ingleses do Reino Português e confisco de bens

◦ Ruptura entre Portugal e Inglaterra

◦ Embaixador inglês Lord Strangford

◦ Atuou junto ao ministro Conde de Linhares

◦ Strangford permaneceu em Lisboa após ruptura com Portugal

◦ Propunha mudança do governo português para o Brasil

◦ Convenção Secreta entre Portugal e Inglaterra (acordo)

◦ Apoio da armada britânica e reconhecimento de legitimidade do gov. português

◦ Portugal cedia Ilha da Madeira à Inglaterra (período de guerra)

◦ Liberdade comercial nos portos brasileiros

Page 4: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Portugal e o Bloqueio Continental

◦ França e Espanha

◦ Tratado de Fontainebleau (1807)

◦ Napoleão sabia da ambiguidade de Portugal (assina com Espanha)

◦ Extinção da Dinastia de Bragança e divisão do território entre Espanha e França

◦ Espanha permitiria passagem da tropa de Napoleão em direção à Portugal

◦ Invasão de Portugal

◦ General Junot (novembro de 1807)

◦ Família Real foge para o Brasil em navios portugueses e ingleses

◦ “A Corte no Brasil” – (1808-1821)

◦ Portugal no Brasil

◦ Príncipe regente, pessoal burocrático, elementos do clero e tropas de guarnição de Lisboa

◦ A Chegada

◦ Chegada ao Brasil em 22 de janeiro de 1808 (Salvador após forte tempestade)

Page 5: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

A Corte no Brasil ◦ Abertura dos portos brasileiros às Nações Amigas (28/01/1808)

◦ Golpe no Pacto Colonial (interesse inglês)

◦ Eliminação da exclusividade da Metrópole sobre comércio na Colônia

◦ Primeiro grande passo para Independência

◦ Monopólio Régio

◦ Alguns produtos continuaram monopólio da Coroa de Portugal

◦ “Pau Brasil e outros produtos notadamente estancados”

◦ Tarifa Alfandegária – 15%

◦ Beneficiava ingleses em detrimento dos portugueses – 16%

◦ Razões da Abertura dos Portos

◦ Expansão do capitalismo industrial inglês (necessitava consumidores)

◦ Interesses da classe dominante no Brasil

◦ Aristocracia rural não queria intermediários (maiores lucros de exportação)

◦ Importação mais barata de gêneros de consumo

◦ Porta voz da elite agrária – José Maria Lisboa (Visconde do Cairu)

Page 6: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

A Corte no Brasil ◦ Alvará de Liberdade Industrial (01/04/1808)

◦ Revogação do Alvará de Proibição de Indústrias e Manufaturas (1785) ◦ Feito por Maria I, “a louca” (contrariando medidas Pombalinas)

◦ Livre estabelecimento de manufaturas e indústrias no Brasil

◦ Fundições em Morro do Pilar e Congonhas (MG) e Fazenda Ipanema (Sorocaba, SP)

◦ Incentivos à implantação de fábricas de tecidos (surto algodoeiro do Maranhão)

◦ Insucesso do Alvará de Liberdade Industrial (ineficaz)

◦ Abertura dos Portos - Falta de proteção aos empreendimentos brasileiros

◦ Direcionamento de recursos para lavoura exportadora escravista

◦ Privilégios concedidos aos comerciantes estrangeiros (Tratados 1810)

◦ Banco do Brasil (12/10/1808)

◦ Decreto cria o Banco do Brasil –manufaturas no Brasil e atividades do Estado

◦ Quebra (1828) após saída de D. João VI para Portugal e independência

Page 7: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

A Corte no Brasil

◦ Interesses Ingleses

◦ Vinda da Família Real atende interesses ingleses

◦ Abertura de Portos e diplomacia britânica favorece comércio Inglês

◦ Envio de artigos desnecessários aos trópicos

◦ Espartilhos, caixões, selas, candelabros (sem velas), artigos de lã e patins de gelo

◦ Medidas de Portugal (alteração na taxação aduaneira)

◦ Mercadorias portuguesas pagariam tarifa de 16% ad valorem

◦ Nações amigas pagariam tarifa de 24% ad valorem

◦ Tratados de 1810 (Strangford) – Renovado em 1826-27 (até 1843)

◦ (1) Tratados de Comércio e Navegação

◦ (2) Tratado de Amizade e Aliança

Page 8: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Tratados de 1810

◦ Tratado de Comércio e Navegação

◦ Facultava à ingleses nomeação de juízes (juízes conservadores)

◦ Direito de extraterritorialidade (dispensa da aplicação de leis em tribunais locais)

◦ Liberdade Religiosa para Ingleses

◦ Primeiro templo Anglicano (1819) – Rio de Janeiro

◦ Taxa Alfandegária privilegiada

◦ Tarifa de 15% para importação de produtos britânicos em domínios portugueses

◦ Retardamento do desenvolvimento industrial no Brasil

◦ Declaração de Porto Franco

◦ Santa Catarina declarada porto franco (ingleses entrarem na região do Prata)

◦ Tratado de Amizade e Aliança

◦ Obrigação de não estabelecer o Tribunal do Santo Ofício no Brasil

◦ Limitava tráfico negreiro às colônias portuguesas na África

Page 9: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Política Interna de D. João

◦ Manutenção do equilíbrio de Interesses (evitar conflitos) ◦ Grandes proprietários de terras (brasileiros)

◦ Comerciantes

◦ Manutenção do luxo da Corte

◦ Estabelecimento de impostos pesados e progressivos – provoca a Rev. De 1817 em Pernambuco.

◦ Concessão de privilégios fiscais

◦ Manutenção do absolutismo e outorga de títulos

◦ Vida Cultural e Científica

◦ Fundação de escolas médico-cirúrgicas na Bahia e no Rio de Janeiro

◦ Cursos de Matemática, Ciências Físicas, Naturais e Engenharia (Real Academia Militar)

◦ Curso de Agronomia na Bahia e laboratório químico no Rio de Janeiro

◦ Real Biblioteca, Teatro Real São João

◦ Vinda da Missão artística francesa (1816)

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Missão Francesa

◦ Vinda da Missão Francesa ao Brasil

◦ Contratação

◦ Trazida pelo francófilo Conde da Barca

◦ Artistas

◦ Dirigido por Joaquim Lebreton

◦ Trouxe pintores, escultores, músicos, gravadores e artífices

◦ Jean Baptiste Debret, Auguste e Nicolas Antoine Tunay, Auguste Grandjean de Montigny

◦ Objetivo

◦ Fundar e dirigir a Escola Real de Ciências, Artes e Ofício no RJ

◦ Divirgências fizeram com que quase todos artistas fossem embora

◦ Debret inaugurou a Academia Imperial de Belas Artes (1826)

Page 11: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Elevação à Reino Unido

◦ Congresso de Viena (1814)

◦ Guerras Napoleônicas e Revolução Francesa

◦ Necessidade de reelaborar mapa europeu

◦ Adoção do Princípio da Legitimidade

◦ Manter equilíbrio europeu (não reconhecimento de novas monarquias ou novos regimes)

◦ Brasil era uma colônia e Portugal deveria voltar para Portugal

◦ Dinastia Bragança precisava voltar para ter legitimidade reconhecida

◦ Solução Encontrada

◦ Proposta de Talleyrand (delegado francês) – manutenção da monarquia

◦ Elevação do Brasil à Reino Unido (legitimação em Viena)

◦ Evitar que o Brasil se tornasse republicano (como na América Espanhola)

◦ Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815)

◦ Assinado em 16/12/1815 – oficializa o fim do Pacto Colonial

◦ Afronte aos interesses ingleses (enquanto estivesse na colônia, seria refugiado)

◦ Extensão do absolutismo europeu na América (obstáculo ao liberalismo inglês)

◦ Aristocracia apóia – importante passo para independência

Page 12: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Política Externa de D. João

◦ Guiana Francesa (1809-17)

◦ Região com presença francesa desde 1644 (após expulsão)

◦ Fuga da Família Real (1808) ◦ D. João determinou, como represália à Napoleão, a invasão da Guiana

◦ Região esteve anexada ao Brasil entre 1809 e 1817

◦ Congresso de Viena (1815) determinou devolução à França

◦ Anexação da Cisplatina (1811-1828)

◦ Interesses espanhóis (descobridores)

◦ Necessidade de mercado de consumo para os ingleses

◦ Pretensões expansionistas da Coroa Portuguesa ◦ Pretexto de defender interesses de Carlota Joquina

◦ Fatores da Invasão (1811 e 1816) ◦ Enfraquecimento do poder da Espanha sobre as colônias (1808)

◦ Formação de Juntas Provisórias de Governo (América Espanhola)

Page 13: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Política Externa de D. João

◦ Anexação da Província da Cisplatina (1811-1828)

◦ Fatores Externos (1808)

◦ Napoleão depõe rei da Espanha Fernando VII em favor de José Bonaparte

◦ Organização de Juntas Provisórias de Governo

◦ Enfraquecimento das Colônias Espanholas - Movimento de Independência

◦ Carlota Joaquina (irmã de Fernando VII) defende interesses espanhóis

◦ Invasão de Portugal à região da Cisplatina (1811)

◦ Ocupação da Cisplatina (1811)

◦ Portugal (D. João) invade região da Cisplatina, atual Uruguai (1811)

◦ Inglaterra obriga Portugal a retirar-se (1813) – medo da expansão portuguesa

◦ Portugal (general Lecor) invade novamente Montevidéu e ocupa Uruguai (1816)

◦ Anexação em 1821

◦ Região oficialmente anexada (1821)

◦ Região (Uruguai) recebe o nome de Província Cisplatina (1821-1828)

Page 14: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Movimento de Independência

◦ Efetuado de cima para baixo (conduzida pela aristocracia rural)

◦ Preocupação em manter unidade nacional

◦ Conciliar conflitos entre classe dominante

◦ Afastar do processo setores mais baixos da sociedade

◦ Processo de Independência

◦ Morte de D. Maria I (a louca) em 1816

◦ O príncipe regente assume como D. João VI (1818)

◦ Inicialmente a elite agrária não desejava independência

◦ A Elite se contentava como Reino Unido (1815)

◦ Movimentos Liberais de 1820

◦ Pressão recolonizadora por Portugal

◦ Exigência da volta de D. João VI

◦ Problemas da Aristocracia (modelo de independência América Espanhola)

◦ Evitar a regressão (como forma de Colônia)

◦ Evitar que ruptura assumisse caráter revolucionário

◦ Movimento Separatista em torno de D. Pedro I

Page 15: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Revolução do Porto (1820)

◦ Crise em Portugal

◦ Fuga da família Real (1807) - Crise se agrava em Portugal

◦ Burguesia Mercantil (Portugal) – não resiste à concorrência britânica

◦ Falta de gêneros de primeira necessidade

◦ Desvalorização da moeda e inflação

◦ Ditadura do Marechal Beresford (Inglês)

◦ Marechal Beresford deveria proteger Portugal da França

◦ Regente inglês que governava Portugal com plenos poderes (D. João no Brasil)

◦ Descontentamento do povo português

◦ Criação do Sinédrio

◦ Liderança de Manuel Fernandes Tomás

◦ Associação de liberais (intelectuais, militares e burocratas)

◦ Pregava expulsão dos ingleses e retorno de D. João VI à Portugal

◦ Se inicia o Movimento Revolucionário (24/08/1820)

Page 16: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Movimento Revolucionário – “Revolução do Porto de 1820”

◦ Iniciada em 24/08/1820

◦ Aproveita ausência de Beresford (havia viajado para o Brasil)

◦ Tropas e povo conseguem adesão de Lisboa

◦ Instalação da Junta Provisional do Conselho do Reino

◦ Exercício em nome do rei e preparação de Constituintes

◦ Abolição do absolutismo e deposição de Beresford

◦ Aprovação da Primeira Constituição Portuguesa (março de 1821)

◦ Proclamada à nação e jurada pelo Rei (já em Portugal em setembro de 1821)

◦ Repercussões no Brasil

◦ Apoio dos seguimentos sociais brasileiros (enquanto não queria recolonizar)

◦ Brasil seria beneficiado com liberalismo do novo governo revolucionário

◦ Manifestantes exigiam que o rei jurasse a Constituição (26/02/1821)

◦ Exigência que o rei jurasse sob a Constituição da Espanha (Portugal não pronta)

◦ Deputados brasileiros deveriam participar da composição

Page 17: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Regência de D. Pedro (1821-22) ◦ D. João retira-se para Lisboa (26/04/1821)

◦ D. João leva o Tesouro Real (ouro do Banco do Brasil)

◦ D. Pedro deveria ficar no Brasil (por decisão do governo português)

◦ Caráter da Revolução Liberal do Porto ◦ Governo Liberal (apenas para Portugal)

◦ Proposta de recolonização do Brasil

◦ Revolução Liberal com aspectos conservadores

◦ Projeto Recolonizador ◦ Portugal queria eliminar influência estrangeira no Brasil

◦ Elevação de taxas alfandegárias sobre produtos ingleses

◦ Províncias brasileiras foram declaradas independentes do Rio de Janeiro (subordinadas à Lisboa)

◦ Tropas portuguesas e brasileiras se uniriam sob comando português

◦ Supressão de tribunais do Rio de Janeiro

◦ Províncias brasileiras seria governadas por Juntas Provisórias (aprovadas por Lisboa)

◦ Exigência da volta de D. Pedro à Portugal (outubro de 1821)

Page 18: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Reação brasileira

◦ Ameaça de recolonização

◦ Necessidade de reação

◦ Tensão nas facções liberais do Partido Brasileiro

◦ Proprietários de terra e escravos

◦ Aristocracia rural liderada por José Bonifácio

◦ Defendiam manutenção do Reino Unido

◦ Contrários à traumas dos rompimentos com Portugal

◦ Setores Urbanos

◦ Liderança de Gonçalves Ledo, Clemente Pereira e padre Januário Barbosa

◦ Intelectuais, profissionais liberais e pequenos comerciantes

◦ Radicais - defendiam ruptura com Lisboa (e até mesmo a República)

◦ Participação da Imprensa e Maçonaria

◦ Atuação como partido político

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Movimento de Independência

◦ Pressão para retirada de D. Pedro (dezembro de 1821)

◦ Pressão da Corte Portuguesa

◦ Apoiada pelo Partido Português

◦ Partido Brasileiro (liberais)

◦ Rompimento com Portugal se torna inevitável

◦ Coalizão de forças liberais dentro da Maçonaria

◦ Ala conservadora liderada por José Bonifácio se tornou predominante

◦ Rompimento com Portugal dependia da permanência de D. Pedro no Brasil

◦ Permanência de D. Pedro

◦ Abaixo assinado (pedindo que ficasse) correu o país

◦ Entrega do documento – Clemente Pereira

◦ Reunião com D. Pedro (9/1/1822) - que diz que fica

◦ Dia do Fico (09/01/1822)

◦ D. Pedro desobedece às ordens da Corte e fica no Brasil

Page 20: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Desobediência de D. Pedro

◦ Portugal envia tropas (tenente-coronel Jorge de Avilez)

◦ Reação da população armada

◦ Portugueses retiram-se para Niterói (e depois para Portugal)

◦ Ministério (Fiel à Portugal)

◦ Exoneração do príncipe (deposição de D. Pedro)

◦ Nomeação de José Bonifácio para Pasta do Reino e Negócios Estrangeiros

◦ Pasta do Reino e Negócios Estrangeiros

◦ Comandada por José Bonifácio

◦ Funcionou como Ministério Brasileiro

◦ Publicação de Decretos (estimulando independência)

Page 21: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Cronologia da Independência

◦ 16/02/1822 – Criação do Conselho dos Procuradores da Província do RJ

◦ Março de 1822 – Tropas portuguesas impedidas de desembarcar

◦ 04/04/1822 – Decreto do “Cumpra-se” – nenhum ato da Corte teria validade

◦ 13/05/1822 – D. Pedro aceita título de “Defensor Perpétuo do Brasil”

◦ 03/06/1822 – D. Pedro convoca Assembléia Nacional Constituinte

◦ Agosto de 1822 – Declaradas inimigas tropas que desembarcassem no Brasil sem autorização

◦ 06/08/1822 – D. Pedro encaminha às nações livres manifeste que pede reconhecimento dos direitos do Brasil

◦ 14/08/1822 – D. Pedro parte para província de São Paulo (pacificar ânimos exaltados que ameaçam prestígio de José Bonifácio)

◦ 07/09/1822 – D. Pedro retorna de Santos (inspeção de defesas do litoral) e encontra emissários às margens do rio Ipiranga – Grito do Ipiranga

Page 22: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimento de Independência

◦ Grito do Ipiranga

◦ Cartas de José Bonifácio, D. Leopoldina e decisões da Corte

◦ Oficializou “simbolicamente” a independência

◦ Rompimento com Portugal se inicia em 1808 (Período Joanino)

◦ Independência do Brasil (1822)

◦ Atendeu interesses de conservadores

◦ Não altera a ordem econômica e social

◦ Latifúndio, escravidão e dependência econômica da Inglaterra

◦ Independência na América Espanhola

◦ Deposição do rei espanhol Fernando VII

◦ Motivados pela posse do “rei fantoche” José Bonaparte (1808)

◦ Apoio da Inglaterra e grupos separatistas (liberdade comercial)

◦ Simon Bolívar e Francisco Miranda (Republicanos)

◦ San Martin (Monarquia Constitucional)

Page 23: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Independência do Brasil

◦ Independência Política (???) ◦ Independência proclamada por um português

◦ Primeiro imperador e assessores portugueses

◦ O imperador do Brasil era herdeiro do trono luso

◦ Independência Econômica (???) ◦ Éramos dependentes da Inglaterra

◦ Manutenção da economia latifundiária, voltada para exportação

◦ Manutenção da escravidão

Page 24: O Estado Português no Brasil · Portugal e o Bloqueio Continental Portugal e Inglaterra Relações comerciais, militares e diplomáticas (após 1654) Portugal era “porta de entrada”

Movimentos de Independência

◦ Independência na América

◦ (1776) Estados Unidos - Inglaterra

◦ (1791) Haiti - França

◦ (1811) Venezuela e Paraguai – Espanha

◦ (1816) Argentina - Espanha

◦ (1818) Chile - Espanha

◦ (1819) Colômbia – Espanha - Constituição da Colômbia 11/05/1823

◦ (1821) México e Peru – Espanha

◦ (1822) Brasil - Portugal

◦ (1822) Equador - Espanha

◦ (1825) Bolívia - Espanha

◦ (1828) Uruguai – Espanha e do Brasil

◦ (1830) Panamá - Espanha

◦ (1838) Costa Rica, Honduras e Nicarágua- Espanha

◦ (1841) El Salvador – Espanha

◦ (1844) República Dominicana – França

◦ (1847-48) Guatemala – Espanha