aula de sociologia para o ensino médio: eua reatam relações diplomáticas com cuba

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Aula de Sociologia no Ensino Médio – EUA reatam relações diplomáticas com Cuba Nome:…………………………..………….………….. Turma:……….…………… Data: / / 1) Observe a charge abaixo do chargista jordaniano Omar Al Abdallat, publicada em: <http://www. cartoonmovement. com/cartoon/28480>. Nela estão sobrepostos dois símbolos antagônicos. Faça uma descrição da charge, revelando quais seriam estes símbolos e qual deles deve possuir maior força no contexto em que foi publicada, ou seja, durante a visita do presidente norte-americano Barak Obama à Cuba em março de 2016? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________. 2) Conforme a charge apresentada acima, marque a alternativa que melhor representaria o significado da visita do presidente norte-americano à ilha caribenha em março de 2016. (A) A visita representa a recolonização da ilha em curso pelos E.U.A, tornando-a parte do território norte-americano; (B) Para celebrar a visita e melhor reatar as relações diplomáticas entre os dois países, o chargista indica um possível rótulo para o famoso refrigerante; (C) A imagem indica a fama que o ex-líder da Revolução Comunista de 1959 possui nos E.U.A, cujo governo Obama passou a apoiar tal movimento na atualidade, sendo que tal líder é venerado como se fosse uma estrela pop, principalmente pelos cubanos residentes em Miami; (D) A imagem representa a transformação econômica que Cuba pode começar a vivenciar após a visita do presidente norte-americano e o reinício das relações diplomáticas entre E.U.A e Cuba, no sentido de aprofundar a presença do livre mercado na ilha; (E) A charge demostra que nunca o famoso refrigerante terá espaço na ilha caribenha, a não ser em suas versões diet e zero. 3) No início do século XX, os E.U.A tiveram uma política bastante agressiva no Caribe, tendo inclusive ocupado militarmente o Haiti entre 1915 e 1934. Tal política que incluía Cuba estava voltada para transformar as ilhas da região em fornecedoras de matérias-primas, principalmente cana-de-açúcar para as indústrias norte-americanas que se instalavam na região, aproveitando a

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Aula de Sociologia no Ensino Médio – EUA reatam relações diplomáticas com Cuba

Nome:…………………………..………….………….. Turma:……….…………… Data: / /

1) Observe a charge abaixo do chargista jordaniano Omar Al Abdallat, publicada em: <http://www.cartoonmovement.com/cartoon/28480>. Nela estão sobrepostos dois símbolos antagônicos. Façauma descrição da charge, revelando quais seriam estes símbolos e qual deles deve possuir maiorforça no contexto em que foi publicada, ou seja, durante a visita do presidente norte-americanoBarak Obama à Cuba em março de 2016?

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2) Conforme a charge apresentada acima, marque a alternativa que melhor representaria osignificado da visita do presidente norte-americano à ilha caribenha em março de 2016.

(A) A visita representa a recolonização da ilha em curso pelos E.U.A, tornando-a parte do territórionorte-americano;(B) Para celebrar a visita e melhor reatar as relações diplomáticas entre os dois países, o chargistaindica um possível rótulo para o famoso refrigerante;(C) A imagem indica a fama que o ex-líder da Revolução Comunista de 1959 possui nos E.U.A,cujo governo Obama passou a apoiar tal movimento na atualidade, sendo que tal líder é veneradocomo se fosse uma estrela pop, principalmente pelos cubanos residentes em Miami;(D) A imagem representa a transformação econômica que Cuba pode começar a vivenciar após avisita do presidente norte-americano e o reinício das relações diplomáticas entre E.U.A e Cuba, nosentido de aprofundar a presença do livre mercado na ilha;(E) A charge demostra que nunca o famoso refrigerante terá espaço na ilha caribenha, a não ser emsuas versões diet e zero.

3) No início do século XX, os E.U.A tiveram uma política bastante agressiva no Caribe, tendoinclusive ocupado militarmente o Haiti entre 1915 e 1934. Tal política que incluía Cuba estavavoltada para transformar as ilhas da região em fornecedoras de matérias-primas, principalmentecana-de-açúcar para as indústrias norte-americanas que se instalavam na região, aproveitando a

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mão-de-obra barata destes países. Para isso, era necessário que governos favoráveis aos interessesdos Estados Unidos estivessem no poder tanto em Cuba quanto no Haiti. Em Cuba, o governoditatorial de Fulgencio Batista aliado dos E.U.A acabou sendo derrubado por um movimentopopular em 1959 e desde esta época as relações comerciais e diplomáticas entre os E.U.A e Cubaforam interrompidas. Assim Cuba, após a Revolução de 1959 que destituiu Fulgencio Batista e queelegeu os E.U.A como seu principal inimigo, passaria a ser governada por uma ditadura comandadapor Fidel Castro que para sobreviver política e economicamente se aproximaria, na época:

(A) do Brasil, pois em 1964 o país passaria a viver sob uma ditadura militar que aproximaria os doispaíses na negação de princípios democráticos;(B) da Alemanha Ocidental, que após o fim da II Guerra Mundial procurava novos parceiroscomerciais, fornecedores de matérias-primas tropicais;(C) da União Soviética, que durante o período conhecido por Guerra Fria buscava ampliar ainfluência do bloco socialista em países da periferia do capitalismo, tendo até instalado mísseisnucleares no território cubano. O episódio ficou conhecido como a crise dos mísseis de 1962;(D) da África, pois Cuba enviaria tropas para ajudar os socialistas numa guerra civil em Angola nosanos de 1970;(E) da França, para oferecer aos franceses um lugar turístico como destino tropical e lucrar com aconstrução de hotéis e restaurantes.

4) A visita de Barack Obama à Cuba e, depois, à Argentina em março de 2016 faz parte de umanarrativa política mais ampla. Durante os primeiros anos do século XXI, vários países da AméricaLatina foram governados por partidos populistas de esquerda, que preferiram manter fortes laçoscomerciais com a China do que formar um bloco de livre comércio com os EUA, aproveitando osaltos preços internacionais das commodities que exportavam. Os principais países da região quemais marcadamente adotaram uma política de esquerda foram o Brasil, a Argentina, a Venezuela, aBolívia e o Equador. A Argentina foi o primeiro país a se afastar dessa política ao eleger o liberalMacri em 2015, assim, Barack Obama queria influenciar os demais países a tomarem o mesmorumo político. No mapa abaixo, com os contornos da divisão política do Continente Americano,circule a América Latina, faça um E no território dos Estados Unidos, um B no do Brasil, um A noterritório da Argentina, um V no da Venezuela e um C no de Cuba.

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Leia a reportagem do jornal The New York Times sobre a visita de Barack Obama à Cuba.

Obama, em discurso em Havana, diz que Cuba não tem nada a temer dos E.U.Apor: Julie Hirschfeld Davis 22/03/2016tradução: Rodrigo Belinaso Guimarães

HAVANA - O presidente Obama nesta terça (22/03/2016) fez um pedido em alto e bom som pormudança e maior abertura para o governo autocrático de Cuba, realizando um apelo direto aopresidente Raúl Castro para afrouxar seu controle sobre a política e a economia, pois há o risco deledesperdiçar os frutos deste degelo histórico nas relações entre os dois países.

“É tempo de levantar o embargo, mas mesmo que nós o levantemos amanhã, os cubanos nãoperceberiam seu potencial sem uma mudança contínua aqui em Cuba,” disse Obama, em umdiscurso que foi transmitido ao vivo em Cuba. “Se você não pode acessar informação online, sevocê não pode ser exposto a diferentes pontos de vista, você não alcançará todo o seu potencial e,ao longo do tempo, a juventude perderá todas as esperanças.”

O discurso foi endereçado à Raúl Castro, que ouviu atentamente em uma galeria do GrandeTeatro de Havana. Obama disse que Cuba não tinha nada a temer dos E.U.A. Assim, ele fez umdiscurso apaixonado em favor dos princípios da democracia e do livre mercado.

“Eu quero que vocês saibam que eu acredito que minha visita aqui demonstra que vocês nãoprecisam temer uma ameaça dos Estados Unidos,” disse Obama para Raúl Castro. “Eu estoutambém confiante que vocês não precisam temer as diferentes vozes entre o povo cubano.”

O discurso foi proferido no mesmo prédio onde Calvin Coolidge, o último presidente norte-americano que visitou Cuba, falou há 88 anos. Tratou-se de um momento emocionante em queObama promoveu a superação de meio século de hostilidade e isolamento entre os Estados Unidos eCuba, talvez a principal realização em política estrangeira do final de seu governo.

“Eu venho aqui para soterrar as últimas remanescências da Guerra Fria nas Américas,” disseo presidente. “Eu venho aqui para estender uma mão de amizade para o povo cubano.”

Obama arrancou mais aplausos quando disse à audiência que ele tinha pedido ao Congressopara rescindir o embargo comercial com Cuba e quando ele proclamou que era tempo de “deixarpara trás as batalhas ideológicas do passado.”

Benjamin J. Rhodes, conselheiro de Obama sobre segurança nacional que esteve à frente dasconversações secretas que permitiram o degelo há 15 meses, afirmou que o discurso foi aoportunidade do presidente colocar em perspectiva as mudanças e o debate que tem sido realizadodesde então, particularmente para os cubanos daqui e dos Estados Unidos.

5) Sublinhe na reportagem uma passagem no discurso de Obama onde ele expõe explicitamente suavisão de que Cuba é um país fechado e que restringe direitos de seus cidadãos.

6) Em seu discurso, Barack Obama faz referência à Guerra Fria, que foi um período histórico quecompreendeu a disputa econômica e política entre os blocos capitalista (EUA) e comunista (URSS)após o fim da II Guerra Mundial em 1945 até o colapso do bloco comunista simbolizado pela quedado Muro de Berlim em 1989. O termo Guerra Fria faz referência ao fato de que não houve umaguerra real entre os Estados Unidos e a União Soviética, mas ocorreram conflitos regionaisimportantes na periferia dos blocos, tal como a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã, a Guerra doAfeganistão, etc. Esta também foi uma época em que havia um medo crescente no Ocidente,alimentado pelo cinema, de que o fim do mundo ou a aniquilação da humanidade poderia sercausado:(A) Por invasores alienígenas;(B) Por uma guerra nuclear entre as duas superpotências;(C) Pelo abandono do cristianismo nos países comunistas;(D) Por uma crise ambiental devido ao consumismo nos países capitalistas;(E) Por um colapso na produção de alimentos devido ao aumento populacional no mundo.

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O jornal The New York Times também publicou um ensaio fotográfico sobre a vida dapopulação em Cuba após mais de meio século de bloqueio comercial com os E.U.A. Veja

abaixo o ensaio.

Cuba à Beira da Mudança

Fotografias: New York TimesTexto: Azam Almed

Tradução: Rodrigo Belinaso Guimarães

É uma terra de interminável espera e erosão palpável. Mesmo depois de todas estasdécadas, uma excepcional sinceridade permanece entre o povo cubano.

Cuba às vezes pode parecer uma nação abandonada. A degradação dolorida de suascidades, a vegetação selvagem de seu interior, o litoral que permaneceu inabitado – meioséculo de isolamento mergulharam o país na decadência. Ainda assim, poucos lugares domundo transbordam uma abundância de vida tal como existe em Cuba, um contrasteprofundamente presente em sua grandeza desbotada.

Eles esperam, cobertos de esperanças. Por páginas da internet para download. Pelovai e vem de turistas e suas compras. Por uma bandeira para ser levantada. Cubanos sabemcomo esperar. Assim, depois de décadas de governo comunista, eles estão menos preparadospara lidar com o sentimento de oportunidade que permeia agora sua ilha e, também, com aresistência de seu governo em deixá-los aproveitarem-se disso.

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Sair de Havana é essencial, revelador, mas de todo modo quase impossível. Voos sãoirregulares, eles parecem possuir um tempo próprio – se isso fosse possível. A procura porum carro que possa enfrentar estradas esburacadas e a infraestrutura antiga levará ao ápicequalquer paciência. O esforço, entretanto, vale a pena. O interior do país revela toda acomplexidade, beleza e idiossincrasia de uma das últimas fronteiras remanescentes nomundo.

Qualquer um que observe a distância, verá que a destruição é palpável. Pinturasdescascam das paredes. Estruturas se curvam para um dos lados. Fachadas de casas separtem deixando-as como casas de bonecas, cujo interior está exposto. Entretanto,aproximando o olhar, há enfeites dispostos em prateleiras. Pisos quebrados, varridos elimpos. Flores de plástico arrumadas perfeitamente. Um orgulho silencioso em todo odetalhe.

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A revolução está cabada. Isto já faz décadas. Mas você não saberia disto através daretórica ou da adulação conferida a esta parte da história cubana, ao menos pelos líderes doPartido Comunista. Assim, quando o som das ondas se acalmam e a propaganda se cala, oque você encontra é um apego militar pela relevância histórica, porém isto já tem um lugarincerto na Cuba de hoje. Como muitas coisas lá, seu armamento ultrapassado e seus oficiaissuperiores têm permanecidos fechados em uma cápsula do tempo por mais de 50 anos.

Os adornos do passado são literais em Cuba – os antigos chevrolets, os pôsteresdesbotados de Fidel. Isto tudo pode, às vezes, parecer um estudo histórico, um museu desingularidades, até você precisar ir para algum lugar e perceber que estes carros clássicosnão são apenas bonitos, mas um meio de transporte vital para as massas de Havana. (…)

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O turismo é imprescindível na Cuba atual. Selfies no Malecon. Fotos dos carrosclássicos. Camisetas de Che. Para os cubanos, o turismo é agora o maior apelo da emergenteordem econômica. Este é uma das poucas formas de escapar dos salários mensais quedariam apenas para pagar por uma hora de estacionamento em Miami. Os cubanos se unempara oferecer serviços fora de suas áreas de especialização. Aqui, médicos dirigem táxis,engenheiros vendem pamonhas como ambulantes e agricultores oferecem passeios decavalo aos viajantes.

Em uma terra de imagens icônicas, talvez nada seja mais venerado, comercializado epenetrante dos que as imagens dos heróis revolucionários da nação. O grau zero dessaiconografia é a Plaza de la Revolucíon. Os contornos negros de Fidel Castro, Ernesto CheGuevara e Camilo Cienfuegos enfeitam os muros de prédios que contornam a Plaza, suasimagens pairam sobre o coração da nação.

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Embora a sociedade cubana tenha permanecido fechada ao mundo por meio século,lá permanece uma incrível abertura entre as pessoas da nação. Ao entrar aleatoriamente emqualquer apartamento, o pior que você receberia seria um olhar receoso, seguido por umabrincadeira. Cubanos parecem estar afastados de qualquer preocupação com privacidade queinfesta os outros países. A vida é vivida em público aqui, portas escancaradas de noite,acenando para os transeuntes.

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7) No ensaio fotográfico do jornal norte-americano The New York Time, em várias passagens dotexto, ressalta-se o fato de que a ilha caribenha não se desenvolveu economicamente, permanecendomaterialmente muito parecida com a época da Revolução Comunista de 1959, ou pior, apresentandonítidos sinais de decadência em seus prédios e em sua infraestrutura. Assinale a alternativa que nãorepresenta uma citação para exemplificar aquilo que foi exposto acima:(A) “A vida é vivida em público aqui, portas escancaradas de noite, acenando para os transeuntes;”(B) “Os adornos do passado são literais em Cuba – os antigos chevrolets, os pôsteres desbotados deFidel;”(C) “Como muitas coisas lá, seu armamento ultrapassado e seus oficiais superiores têmpermanecidos fechados em uma cápsula do tempo por mais de 50 anos;”(D) “Fachadas de casas se partem deixando-as como casas de bonecas, cujo interior está exposto;”(E) “A degradação dolorida de suas cidades, a vegetação selvagem de seu interior, o litoral quepermaneceu inabitado – meio século de isolamento mergulharam o país na decadência.”

8) Silvio Gallo, no livro didático Ética e Cidadania, explica o conceito de ideologia, tratando-ocomo uma forma de manter o domínio político em uma sociedade. O autor afirma que: “Uma formade manter-se no poder é usar a violência contra todos aqueles que forem contrários a ela. Mas aviolência pode voltar-se também contra aqueles que estão no poder: a violência pode gerar a revoltado povo. É, então, muito mais fácil e mais eficiente dominar as pessoas pelo convencimento. É aíque entra a ideologia: ela constituirá um corpo de ideias produzidas pela classe dominante que serádisseminado por toda a população, de modo a convencer a todos de que aquela estrutura social é amelhor ou mesmo a única possível. Com o tempo, essas ideias se tornam as ideias de todos; emoutras palavras, as ideias da classe dominante tornam-se as ideias dominantes na sociedade.” Assim,em várias passagens do texto do The New York Times, percebe-se a sobrevivência da ideologiaque deu sentido à Revolução Comunista de 1959 na vida social do povo cubano. Dessa forma,assinale a alternativa que apresenta uma citação do texto que melhor exemplifique a presença daideologia da Revolução de 1959 entre o povo cubano:(A) “Ao entrar aleatoriamente em qualquer apartamento, o pior que você receberia seria um olharreceoso, seguido por uma brincadeira;”(B) “Os contornos negros de Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuegos enfeitam osmuros de prédios que contornam a Plaza, suas imagens pairam sobre o coração da nação;”(C) “Aqui, médicos dirigem táxis, engenheiros vendem pamonhas como ambulantes e agricultoresoferecem passeios de cavalos aos viajantes;”(D) “Para os cubanos, o turismo é agora o maior apelo da emergente ordem econômica;”(E) “O interior do país revela toda a complexidade, beleza e idiossincrasia de uma das últimasfronteiras remanescentes no mundo.”

9) Em setembro de 2015, o jornal The New York Times publicou um estudo sobre o estado socialde Cuba, em meio a visita do Papa Francisco à ilha. Nele se afirma que: “A repressão em Cuba temmuito aspectos. Pessoas cujas críticas cruzam uma linha invisível podem perder seu emprego,perceber que seus filhos estão proibidos de frequentar a escola ou podem ser impedidos de irem alocais de propriedade do Estado. O Observatório dos Direitos Humanos diz que é 'virtualmenteimpossível' saber o número de prisioneiros políticos porque o sistema de justiça cubano é muitoobscuro. (…) O que é claro é que dissidentes continuam a ser perseguidos e detidos por espaçoscurtos de tempo: 4.264 pessoas foram detidas nos primeiros 8 meses de 2015, significativamentemenos do que no mesmo período de 2014, quando as prisões atingiram um ápice, mas muito similaraos anos recentes” (tradução de Rodrigo Belinaso Guimarães). Em relação a este texto, assinale aalternativa que melhor apresenta um direito humano que estaria sendo violado em Cuba nesteperíodo:(A) Ninguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de

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escravos, sob qualquer forma, são proibidos;(B) Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade;(C) Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade;(D) Toda a pessoa tem direito ao repouso e ao lazer e, especialmente, a uma limitação razoável daduração do trabalho e a férias periódicas pagas;(E) Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este direito implica aliberdade de manter as suas próprias opiniões sem interferência e de procurar, receber e difundirinformações e ideias por qualquer meio de expressão independentemente das fronteiras.

10) A blogueira do jornal O Estado de São Paulo esteve presente no show dos Rolling Stones emCuba logo após a visita de Barack Obama à ilha caribenha e relatou o seguinte: A banda subiu aopalco às 20h37, determinada a seduzir os cubanos. Jagger se dirigiu várias vezes à plateia em umespanhol carregado de sotaque inglês. A frase de mais significado político veio depois das duasprimeiras canções. “Sabemos que antes era difícil escutar nossa música em Cuba, mas aquiestamos. Os tempos estão mudando, não?”, exclamou o vocalista, sem receber uma respostaentusiasmada do público. Muitos em Cuba ainda estão céticos quanto aos rumos do país, mesmodepois do restabelecimento de relações diplomáticas com os EUA. “Aqui estamos finalmente.Estamos certos de que esta será uma noite inesquecível”, declarou Jagger, vestindo uma camisapink e dançando sem parar. A música foi para o Ocidente um fator de mudança nas atitudes juvenisnas décadas finais do século XX, bandas como os Rolling Stones inseriram nestas sociedades umacultura de rebeldia juvenil contra autoridades constituídas. Atualmente, o Rock perdeu muito desuas qualidades políticas para se converter em um entretenimento global que produz grandesespetáculos para o consumo em massa. Porém, a reportagem resgata algum sentido político para aapresentação dos Rolling Stones em Cuba, assim, este sentido pode ser melhor expresso através daalternativa:(A) As pessoas em Cuba talvez possam agora ter suas próprias bandas de rock, demonstrando muitoentusiasmo com o show dos Rolling Stones;(B) As pessoas em Cuba aproveitaram o show dos Rolling Stones para expressarem sua aprovaçãodo regime comunista, demonstrando muito entusiasmo com o governo de Raúl Castro;(C) Os Rolling Stones disseram que coisas que antes eram proibidas agora podem se tornarrealidade na ilha, mas a plateia não reagiu com entusiasmo, parecendo não acreditar em grandesmudanças;(D) Os Rolling Stones acreditam que o povo cubano viverá melhor sob o regime comunista, já queo povo poderá ouvir suas músicas;(E) Os Rolling Stones fizeram apologia ao consumismo ao tocarem de graça num país onde poucaspessoas teriam condições de pagarem o ingresso que normalmente é cobrado em seus shows.