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O ESPORTE BOCHA ADAPTADA COMO ELEMENTO DE
TRANSFORMAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
Rodrigo Almeida da Silva Aluno concluinte do CEDF/UEPA
Delson Eduardo da Silva Mendes
Professor Orientador do CEDF/UEPA [email protected]
Ricardo Reis Gomes
Professor Coorientador do CEDF/UEPA [email protected]
RESUMO: Este estudo objetivou destacar a importância da bocha adaptada enquanto esporte e elemento de inclusão social à pessoa com deficiência, fortalecendo a prática existente no projeto do Núcleo de Esporte e Lazer - NEL/ PROPAZ, e para isso foi necessário reunir as possíveis e mais relevantes informações sobre a bocha adaptada, em livros e artigos e assim identificar os significados e valores envolvidos através deste esporte e mostrar através da pesquisa bibliográfica a importância da inclusão social e por fim apresentar a bocha adaptada com o intuito de propagar sua importância na sociedade. Para tanto, foi utilizado como método para abordagem do tratamento da coleta de dados a pesquisa bibliográfica qualitativa, através do estudo levantado no referencial teórico sobre o esporte bocha adaptada como elemento de transformação e inclusão social. A partir das análises de dados pode-se perceber a importância da bocha no processo de inclusão social e na qualidade de vida das pessoas com deficiência. Por meio do estudo realizado foi possível observar que a bocha adaptada é capaz de proporcionar benefícios importantes, quanto a inclusão social, às pessoas com deficiência.
Palavras Chave: Bocha Adaptada. Inclusão social. Pessoa com deficiência.
INTRODUÇÃO
A bocha é considerada um dos esportes mais antigo do mundo, que
iniciou a sua prática na Itália e chegou ao Brasil pelo processo de colonização e
se difundiu por algumas regiões, a qual é praticada até os dias atuais, esta
modalidade só foi reconhecido como esporte no ano de 1943.
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A bocha adaptada (B.A) é um esporte oriundo do esporte clássico, a qual
também apresenta sua filosofia, regras, termos específicos da modalidade e um
sistema de classificação funcional porque os atletas possuem deficiência em
diferentes graus de comprometimento motor.
Essa modalidade tem como uma de suas características a simplicidade
do jogo, pois este consiste na obtenção de pontos através do lançamento das
bolas, a fim de que elas se aproximem o máximo possível do ponto
aleatoriamente determinado no início da partida no ato do lançamento da bola
branca, o bolim. Pela sua simplicidade a bocha é um esporte muito praticado por
idosos em suas regiões de influência, apesar de ter uma certa adesão ao público
jovem.
Segundo (REIS, 2002) há várias formas de jogar a B.A. Alguns atletas
usam os pés, outros as mãos. Há ainda a possibilidade de utilização de calha
dependendo da classificação funcional a qual o atleta foi inserido. Neste caso o
atleta é auxiliado por um “Calheiro”, que não pode observar o jogo nem conversar
com o jogador.
Através da B.A e de vários outros esportes a inclusão social está cada vez
mais presente na sociedade, pois através das atividades físicas adaptadas com
uma boa frequência estimula a qualidade de vida, a integração social segundo
(TSUTSUMI, 2004).
Esta pesquisa focou-se em colher informações sobre qual a importância
da B.A na inclusão social de atletas praticante da modalidade, tendo como um
ponto de referência o CIIC (Centro Integrado de Inclusão e Cidadania). Também
será abordado a inclusão social através da B.A e sua importância no meio social,
bem como o esporte bocha adaptada como elemento de transformação e
inclusão social.
A atenção foi direcionada a pesquisa para as áreas de inclusão de
pessoas com deficiência na sociedade, e buscou-se reunir dados e informações
com o propósito de responder ao seguinte problema: Qual a importância da B.A
e seus benefícios à inclusão social de pessoas com deficiência?
O presente trabalho tem como objetivo geral destacar a importância da
B.A enquanto esporte e elemento de inclusão social à pessoa com deficiência,
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fortalecendo a prática existente no projeto do Núcleo de Esporte e Lazer - NEL/
PROPAZ1.
Este estudo se propõem abordar um assunto de estimada importância à
sociedade, estimulando novas visões em relação a pessoa com deficiência, pois
assim poderá haver mais inclusão e menos desigualdade através do esporte.
Possui também uma relevância pessoal, pois a motivação encontrada para
desenvolvê-lo, tem a intenção de promover conhecimento sobre as pessoas com
deficiência praticantes da modalidade bocha à sociedade que ainda tem pouca
informação sobre este assunto, e talvez por isto ainda é muito excludente.
Segundo (HEIL, 2008) a sociedade relaciona a pessoa com deficiência como
sendo um indivíduo improdutivo, entretanto, a deficiência não faz dele uma
pessoa melhor ou pior que as outras, isso está ligado às suas características
próprias, e que a deficiência é meramente uma das condições humana e
individual deste.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizada pesquisa bibliográfica
de caráter participativo visualizando um estudo de caso. A pesquisa bibliográfica
baseou-se em livros e artigos da área de desporto adaptado e inclusão social. O
estudo de caso foi desenvolvido através de questionários e aplicação de
entrevistas, envolvendo pessoas ligadas diretamente a prática da B.A
Este trabalho de conclusão de curso estrutura-se em três capítulos,
distribuídos da seguinte forma: no primeiro capítulo trata sobre a legislação e o
esporte adaptado; o segundo capítulo, a informação tratada busca trazer mais
conhecimentos sobre a estrutura e organização da bocha enquanto esporte
adaptado; no terceiro capítulo, procura-se mostrar o esporte adaptado e sua
relevância no contexto social. E na sequência será apresentado a metodologia
adotada, análise de dados e as considerações finais do estudo.
1 - LEGISLAÇÃO E O ESPORTE ADAPTADO
A carta internacional de educação física da UNESCO, de 1978, dá direito
a toda e qualquer pessoa a usufruir das práticas esportivas e até a atualidade
1 NEL: Localizado na Tv. Dom Romualdo, de Seixas, 1215 - Umarizal, Belém - PA, 66055-200
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este direito ainda é validado na legislação brasileira no decreto Nº 3.298, de 20
de dezembro de 1999.
Sendo assim, toda e qualquer pessoa com deficiência tem o direito de ser
integrada na sociedade exercendo a sua cidadania em diversas áreas: como na
cultura, trabalho, educação, esporte e lazer. Pois estas pessoas também fazem
parte do meio social como todas as outras. A integração da pessoa com
deficiência se realiza em 4 níveis: físico, funcional, social e comunitária segundo
(AMARAL, 1995).
Dentre várias leis e decretos que apontam os direitos das pessoas com
deficiência há um documento a nível internacional, que se trata da Declaração
Internacional De Montreal Sobre Inclusão, aprovada em 5 de junho de 2001 pelo
Congresso Internacional "Sociedade Inclusiva", realizado em Montreal,
Quebec/Canadá, que assim se manifestou.
[...] o acesso igualitário a todos os espaços da vida de um pré-requisito para os direitos humanos universais e liberdades fundamentais das pessoas. O esforço rumo a uma sociedade mais inclusiva para todos é a essência do desenvolvimento social sustentável (DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DE MONTREAL SOBRE INCLUSÃO, 2001, texto digital).
No entanto existem considerações a se fazer, pois as entidades, tais como
os centros especializados de atenção e suporte às pessoas com deficiência têm
uma grande dificuldade de manutenção. Isso talvez em função da pouca
divulgação através da mídia; falta de políticas públicas; recursos públicos
insuficientes; falta de incentivos, entre outros que precisam ser solucionados.
2 - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA BOCHA ENQUANTO ESPORTE
ADAPTADO.
Segundo (NASCIMENTO, 2012) a origem é de dois mil anos atrás, na
época dos imperadores romanos, na antiguidade esse esporte era praticado
pelos gregos quando era jogado com esfera de pedra ao ar livre e com isso a
bocha é considerada um dos esportes mais antigos do mundo.
A difusão deste esporte se deu através dos italianos que chegou ao Brasil
no período de colonização e se difundiu principalmente na região sul e sudeste
onde hoje se encontra as cidades de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
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Paulo e depois por outras regiões brasileiras, a bocha só foi reconhecida como
esporte no Brasil no ano de 1943, mas o Brasil foi representado em campeonato
pela primeira vez no ano de 1957. A partir da década de 60 a bocha afirmou-se
no país conquistando novos adeptos e evoluindo tecnicamente e em 1966 as
mulheres passaram a praticar este esporte.
O jogo da B.A chegou ao Brasil em 1995 através da ANDE (Associação
Nacional de Desportos para Deficientes), possui alguns princípios, assim
descritos, (REIS, 2002).
[...] o jogo é realizado em quadra e se divide em quatro parciais, cujo o tempo varia de cinco a oito minutos. Caso aconteça um empate, a partida vai para o tie break. As bolas, de cores
diferentes para cada jogador ou equipe, têm de ser lançadas o mais perto possível da bola branca. Quem consegue atingir esse objetivo ganha mais pontos. A bocha pode ser jogada individualmente, em duplas ou equipe. Os atletas são classificados conforme suas deficiências nas classes BC1, BC2, BC3 e BC4. [...]. Existem diferentes formas de se jogar a bocha. Alguns atletas usam os pés, outros as mãos. Há ainda a possibilidade de utilização de calha. Neste caso o atleta é auxiliado por um “Calheiro”, que não pode observar o jogo nem conversar com o jogador (REIS, 2002, p. 15).
Foi criado no dia 18 de agosto de 1975 a ANDE, esta foi a primeira
organização no Brasil dedicada as pessoas com deficiência (ARAÚJO, 1998).
Essa associação tem como responsabilidade a organização e desenvolvimento
de esportes para pessoas com Paralisia Cerebral, dentre os quais o Jogo de B.A,
modalidade oferecida para pessoas que possuem também outros tipos de
deficiência física com comprometimento motor.
Assim como a maioria dos esportes adaptados, a B.A também é um
esporte oriundo do esporte clássico, a qual também apresenta sua filosofia,
regras, termos específicos da modalidade e um sistema de classificação
funcional, já que os atletas são pessoas com diferentes graus de
comprometimento motor.
A bocha tem como objetivo a obtenção de pontos através do lançamento
das bolas, a fim de que elas se aproximem o máximo possível do ponto
aleatoriamente determinado no início da partida no ato do lançamento da bola
branca, o bolim.
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A B.A conta com uma quadra específica para a realização dos jogos, a
quadra deve ser plana, lisa e regular, de madeira, cimento ou material sintético.
A quadra é dividida em duas áreas, boxe de jogadores e área de jogo. Cuja as
dimensões totais da quadra são de doze metros e meio de comprimento por seis
metros de largura delimitadas por linhas de quatro centímetro de largura e linhas
de marcação internas de dois centímetros de largura. As linhas limítrofes não
estão inseridas nas áreas que delimitam.
A zona de lançamento é dividida em seis boxes iguais de dois metros e
meio de comprimento e um metro de largura, que são numerados de um a seis.
Na área de jogo, há uma área delimitada por uma linha “V”, cujas laterais distam
três metros da zona de lançamento e do ponto central um metro e meio. O
lançamento da bola mestra (branca) de dentro do boxe de lançamento só será
considerado válido quando ultrapassar essa marca “V”. O ponto central da área
de jogo é marcado por um “X”, onde a bola mestra é colocada no início de cada
parcial extra ou quando for colocada para fora do campo.
O sistema de classificação funcional da B.A classifica os jogadores em
quatro classes diferentes: BC1; BC2; BC3; BC4. A classe BC1 é composta por
pessoas com tetraplegia espástica severa com ou sem atetose e possuem pouca
amplitude de movimentos ou força funcional e todos os movimentos nas
extremidades e no tronco. Esses atletas dependem de cadeira de rodas e de
ajudantes durante o jogo. Na classe BC2 é composta por pessoas com
tetraplegia de severa a moderada, com os mesmos itens relacionados no BC1
porém a BC2 diferencia-se pois não precisa de ajudante. Na classe BC3 os
jogadores possuem um grau de comprometimento maior e necessitam de calha
e Calheiro para que possam realizar as jogadas como suporte para os
arremessos. Na classe BC4 os jogadores possuem diplegia de moderada a
severa com controle mínimo nas extremidades das mãos e ainda com limitações
de tronco e com pouca força funcional nos quatro membros e durante o jogo não
recebem ajuda.
Na bocha, o jogo pode ser disputado individualmente, dupla ou em trio a
partida será vencida pela equipe que primeiro totalizar o número de pontos
estipulados para cada competição que pode ser doze ou quinze, a pontuação
obedecerá a seguinte norma: um ponto para cada bocha da mesma equipe mais
próxima do bolim, em comparação ás bochas da equipe adversária.
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A seleção brasileira de bocha já participou de várias competições, e esta
é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade técnica. Em várias
competições os atletas desta modalidade já levaram o Brasil ao pódio. Contudo
a B.A com todos esses feitos ainda é uma modalidade desconhecida por muitos.
3 - O ESPORTE ADAPTADO E SUA RELEVÂNCIA NO CONTEXTO SOCIAL.
Anteriormente ao período pós-guerra já existia a prática do esporte
adaptado para pessoas surdas nos Estados Unidos (WINNICK,2004; ARAÚJO,
1997). Porém somente no período pós-segunda guerra mundial em 1945 o
esporte adaptado ganhou força, pois com inúmeras pessoas lesionadas e
amputadas devido aos conflitos da guerra deu-se início ao trabalho de
reabilitação nos soldados prejudicados fisicamente pela guerra e um dos
métodos utilizados na época foi a prática esportiva para promover tal finalidade.
E assim muitas das modalidades que existem no esporte adaptado, antes
eram usadas para reabilitação com pessoas deficientes, assim como a B.A. No
Brasil o surgimento do esporte adaptado não foi diferente, pois também se deu
pela reabilitação e já no ano de 1975 o Brasil iniciou sua participação nas
paralimpíadas.
O esporte para pessoas com algum tipo de deficiência iniciou-se como uma tentativa de colaborar no processo terapêutico delas e logo cresceu e ganhou muitos adeptos. Atualmente mais do que terapia o esporte para esta população caminha para o alto rendimento e o nível técnico dos atletas impressiona cada vez mais o público e os estudiosos da área de Educação Física. (GORGATTI, 2005, p.532).
Esporte adaptado é a modificação de um esporte já existente para atender
um público específico na sociedade, porém a essência do esporte permanece.
(WINNICK, 1990) define o esporte adaptado como “experiências esportivas
modificadas ou especificamente designadas para suprir as necessidades
especiais de indivíduos”.
É comum a sociedade associar a pessoa com deficiência a falta de produtividade, ou seja, o fracasso é facilmente apontado e o sucesso é pouco percebido e quando percebido é atribuído com mérito, não sendo valorizado o esforço depositado para tal proeza. O esporte adaptado ocupa/desempenha um papel
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importante na sociedade porque ele combate este tipo de preconceito e estereótipo em torno das pessoas com deficiência. (HEIL, 2008).
Segundo (ZUCHETTO E CASTRO, 2002) o esporte adaptado tem vários
benefícios para a pessoa com deficiência, tais como a melhora da qualidade de
vida e consequentemente a melhora da autoestima da saúde emocional e um
estilo de vida mais ativo com maior autonomia refletindo nas realizações das
tarefas do cotidiano.
(NAHAS, 2006) afirma que: “As atividades físicas e desportivas regulares
podem reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, promover a socialização
e aumentar os níveis e bem-estar geral das pessoas com deficiência”.
De acordo com um estudo realizado envolvendo cento e doze atletas com
deficiência, segundo (MARTIN, 2006) revelou que o desporto é um importante
aspecto para a ampliação das relações sociais desses indivíduos. Através
dessas interações dentro do desporto é possível promover a qualidade de vida
das pessoas com deficiência.
A inclusão social de pessoas está tornando-se uma realidade cada vez
mais presente na sociedade através das atividades físicas e desporto, a B.A tem
sido um exemplo de desporto, pois através das atividades físicas adaptadas com
uma boa frequência estimula a qualidade de vida e a integração social, segundo
(TSUTSUMI, 2004).
Segundo (AZEVEDO; BARROS, 2004) o esporte é uma peça
importantíssima no processo de inclusão social, pois através deste o indivíduo
atingirá a dimensão total de inclusão social. Isso pode ser facilmente
comprovado por ser um instrumento simples, acessível e eficaz, o qual contribui
muito para que o indivíduo se sinta parte do meio social.
Entende-se que o esporte é de suma importância no meio social, o
interessante é que através do esporte a pessoa pode liberar sentimentos como
nervosismo, estresse, raiva, medo, frustração, além de ter o poder de fornecer
aos praticantes sentimentos como satisfação, auto realização, alegria e
autoconfiança, influenciando assim uma visão de si mesmo e nas dos outros.
Por isso consiste a aplicação de mecanismos que podem estar servindo para
treinar e desenvolver habilidades físicas e sociais em deficientes físicos (SOUZA,
2007).
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4 - ANALISE DE DADOS
A pesquisa foi realizada por meio de um questionário semiestruturado
aplicado em uma entrevista com pessoas envolvidas diretamente com o esporte
B.A, a entrevista foi realizada em um atleta da modalidade, treinadora e
responsável pela atleta (mãe), a mesma ocorreu em um projeto do Núcleo de
Esporte e Lazer - NEL/ PROPAZ, tendo como ponto de apoio o CIIC (Centro
Integrado de Inclusão e Cidadania) onde ocorreu os encontros para a realização
das entrevistas no período de final de abril e início de maio de 2016.
O universo da pesquisa compreendeu três respostas obtidas pelos
entrevistados. Este questionário aplicado em uma entrevista foi a ferramenta
metodológica que norteou a pesquisa, sendo que sua elaboração visou discutir
questões relativas a vivência dos entrevistados no âmbito do desporto adaptado
chamado bocha.
Para coleta de dados utilizou-se questões abertas, buscando obter
informações mais abrangentes sobre o assunto objeto de pesquisa. Os
questionários das entrevistas foram divididos em três coletas, um para cada
pessoa entrevistada, já que foram três pessoas, ou seja, os questionários foram
similares, porém se diferenciavam em algumas perguntas especificas para
determinado entrevistado.
Inicialmente para conhecer o perfil dos envolvidos a entrevista foi dividida
em dois campos para respostas, o de identificação dos entrevistados a nível de
escolaridade, idade, nome e sexo; no segundo campo foi para identificar os
processos e relações da bocha na vida destes. Todos os entrevistados se
sentiram à vontade para informar seus dados e por mera coincidência eram
todos do sexo feminino.
Para aprofundar no tema deste estudo, foram apresentadas uma média
de quinze a vinte questões com a finalidade de obter um parecer acerca do
objetivo da pesquisa.
No quadro 1 trata-se da identificação dos entrevistados como o nome,
idade e grau de escolaridade.
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Quadro 1: Análise do perfil dos entrevistados
Perguntas: 1ª Qual o nome completo? / 2ª Qual a idade? / 3ª Qual o nível de escolaridade?
Técnica: 1ª - K. C. S. M. / 2ª - 45 anos / 3ª - Graduada em educação física – especialista
em pedagogia do movimento e algumas formações complementares tais como: oficina de bocha adaptada; curso técnico sobre bocha adaptada; curso de arbitragem.
Atleta: 1ª - D. V. E. S. / 2ª - 14 anos / 3ª - Cursa o 9° ano do ensino fundamental.
Responsável (MÃE): 1ª - G. C. E. / 2ª - 32 anos / 3ª - Graduada em pedagogia.
De acordo com as respostas do quadro 1 todos os entrevistados possuem
um certo grau de escolaridade significativo e ainda percebesse que atleta usufrui
dos seus direitos assegurados pelo decreto Federal nº 914, de 6 de setembro de
1993, onde a inclusão da pessoa com deficiência, respeitadas, as suas
peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à
educação, saúde, trabalho, à edificação pública, seguridade social, transporte,
habitação, cultura, esporte e lazer (BRASIL, 1993).
No quadro 2 trata-se da identificação do processo de introdução a bocha
na vida dos entrevistados.
Quadro 2: Análise de entrevista
Perguntas: 1ª Você conhecia a B.A? / 2ª Como conheceu? / 3ª Há quanto tempo está na bocha?
Técnica: 1ª - Sim / 2ª - através do curso de iniciação à bocha adaptada, pois fui convidada em 2012 pela atual diretora do núcleo de esporte e lazer para assumir junto com a professora C. G. R. P. a modalidade bocha adaptada, com a aceitação do desafio, participamos de um curso de iniciação, em seguida estreamos na nossa 1ª competição regional escolar, viajando com a delegação paraense para a 1ª paralimpíada nacional no mesmo ano com 4 atletas, 3 de Belém e uma atleta de marabá. / 3ª - 4 anos.
Atleta: 1ª - Não conhecia e nunca tinha ouvido falar sobre tal esporte / 2ª - Conheci o esporte graças a técnica que em uma ocasião não formal me convidou a praticar bocha adaptada e com aprovação do convite pela minha mãe, iniciamos a prática da bocha adaptada. / 3ª - 2 anos.
Responsável (MÃE): 1ª - Não conhecia a bocha adaptada / 2ª - Através do convite da
técnica passamos a praticar bocha adaptada pois me preocupava com minha filha pelo fato dela não realizar nem uma atividade física. / 3ª - 2 Anos.
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De acordo com o quadro 2 podemos observar na fala da atleta e da
responsável que o processo de acessibilidade ao esporte só ocorreu por meio
da técnica que aproveitou a oportunidade, pois ambas não conheciam e nunca
se quer já tinha ouvido falar a respeito. Essa situação é reflexo de muitas
pessoas com deficiência na sociedade.
Falar sobre acessibilidade em termos gerais é compreender a possibilidade do acesso, da aproximação, da utilização, do manuseio de qualquer objeto, local ou condição e, tudo isso, deve ser oferecido com facilidade, não exigindo do usuário um esforço excessivo (LANCHOTI 2005, p. 27).
Os direitos das pessoas com deficiências estão assegurados no decreto
nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004 regulamenta as Leis 10.048, de 8 de
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica,
e a lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência
ou com mobilidade reduzida2.
No entanto percebe-se que algo não está certo e por algum motivo não
usufruem de seus direitos. Uma das causas para que isto esteja acontecendo
além da falta de uma divulgação eficaz, seria por algumas dificuldades e
barreiras detectadas nos transportes públicos, na locomoção urbana. Essas
pessoas não praticam o direito que possuem de ir e vir, o que leva à falta de
participação nos diversos setores da educação, transporte e lazer (NOGUEIRA,
2007).
Segundo (MAZZOTTA 2006) quando existem obstáculos ao acesso aos
bens, serviços sociais e culturais, a liberdade os que são fundamentais à
condição de ser humano, são privados. Pois acessibilidade não é apenas a
possibilidade de entrar em um ambiente, esta é fundamental para que aja
inclusão social.
As dificuldades e limitações das condições de acesso aos bens e serviços sociais e culturais configuram uma das mais
2 As leis 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000 contribuem para a regulamentação de direitos à pessoa com deficiência. Sendo a primeira responsável por dá prioridade de atendimento e a segunda, estabelecer normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade.
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perversas situações de privação da liberdade e de equidade nas relações sociais fundamentais à condição de ser humano (MAZZOTTA, 2006a, p.31).
No quadro 3 trata-se de relatos dos entrevistados a partir das experiências
sobre a convivência do desporto adaptado tais como suas dificuldade,
conquistas, desafios e objetivos.
Quadro 3: Análise de entrevista 2
Perguntas: 1ª Qual (s) a (s) sua (s) maior (s) conquista (s) na B.A? / 2ª Quais as suas principais dificuldades e seu maior (s) desafio (s) na B.A? / 3ª Qual (s) o seu (s) objetivo (s) na B.A?
Técnica: 1ª - Em 2015 na paralimpíada escolares nacional, realizada na cidade de
natal, o Pará obteve o troféu de terceiro colocado na modalidade ficando a frente de rio de janeiro, São Paulo e dos donos da casa, as conquistas foram 1 ouro na classe bc3 e bronze nas classes bc4 e bc2. Além destas conquistas, em 2016 a atleta D. V. E. S. foi indicada ao troféu Rômulo Maiorana na categoria atleta com deficiência. / 2ª - A principal dificuldade é a aquisição de equipamentos mais competitivos, são equipamentos caros e não são fabricados no estado, o maior desafio é aumentar o número de participantes na modalidade. / 3ª - Como treinadora seria a convocação de um dos nossos atletas para compor a seleção brasileira de bocha adaptada.
Atleta: 1ª - Minha maior conquista desde minha chegada a bocha adaptada não está
ligada aos títulos como medalhas troféus conquistados em campeonatos ou pelo fato de ter ganho o prêmio Rômulo Maiorana 2016, mas sim a sensação de liberdade, de hoje poder fazer coisas que antes não fazia e por se sentir parte da sociedade./ 2ª - Minhas principais dificuldades como atleta é a estrutural e a falta de equipamentos, pois estes são muito caros e uma outra dificuldade foi em minha iniciação ao esporte, pois iniciei na classificação funcional bc1, porém por não conseguir desempenhar bem as funções desta classe pois eu não conseguia arremessar a bola em longas distâncias e assim fui inserida na classificação funcional bc3./ 3ª - Meu maior objetivo é continuar sendo atleta pelo resto de minha vida.
Responsável (MÃE): 2ª - A maior dificuldade encontra no esporte foi a falta de
materiais, pois estes são muito caros e a própria técnica teve que ajudar na compra dos materiais e equipamentos para atleta a qual necessitava não só do kit para a prática do esporte, mas também da calha para realizar as jogadas. / 3ª – Um dos meus objetivos é que a bocha adaptada seja a porta de entrada para a inclusão social de muitas pessoas com deficiência, para que se sintam parte da sociedade.
De acordo com o quadro 3 percebe-se na fala dos três entrevistados na
resposta da 2ª pergunta que a principal e maior dificuldade é a estrutural, a
aquisição de equipamentos que segundo a técnica “são equipamentos caros e
não são fabricados no estado” e ainda na fala da responsável observa-se que a
própria técnica chegou a utilizar de seus próprios recursos financeiros para que
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atleta tivesse seus equipamentos e assim poder participar dos campeonatos, a
qual necessitava não só do kit da bocha mas também da calha.
Mais uma vez percebesse que acessibilidade e inclusão social tornam-se
difíceis, pois nem sempre tais direitos são respeitados. Isso justifica-se, muitas
vezes, por carência de vagas, carência de pessoas especializadas, falta de
recursos orçamentários, falta de instalações apropriadas. (FERREIRA, 2006).
Com isso podemos perceber a situação precária pela falta de apoio
financeiro e de reconhecimento de toda a equipe envolvida nesse desporto mas
principalmente da atleta, como se não fosse o suficiente possuir suas próprias
limitações físicas pela deficiência, e um dos fatores que contribui para obter
várias conquistas foi a motivação encontrada no esporte, pois segundo (CRATTY
1984), motivação é um fator que deve estar sempre presente nas pessoas para
que possam deflagrar desejo, esforço, necessidade, objetivo, ambição, amor,
entre outros aspectos que conduz a uma inércia e/ou ação em diversas
situações, estes são um dos valores presente na bocha.
Portanto os mesmos não hesitam em continuar em busca da vitória e com
4 anos de experiência da técnica e 2 anos de prática da atleta com muito esforço
foi suficiente para conquistar títulos importantes em suas carreiras, segunda a
técnica “as conquistas foram 1 ouro na classe bc3 e bronze nas classes bc4 e
bc2. Além destas conquistas, em 2016 a atleta D. V. E. S. foi indicada a vigésima
segunda edição do troféu Rômulo Maiorana3” e venceu na categoria de atleta
com deficiência.
A atleta ainda tem como um dos seus objetivos continuar praticando a B.A
por muito mais tempo afim de obter mais conquistas, assim como a treinadora
que ainda objetiva a convocação de um de seus atletas para compor a seleção
brasileira de B.A, já a mãe da atleta tem como um de seus objetivos que a bocha
adaptada seja a porta de entrada para a inclusão de muitas pessoas com
deficiência na sociedade.
No quadro 4 trata-se ainda de relatos a partir das experiências dos
entrevistados sobre o que deveria melhorar no desporto adaptado e a
importância da bocha na vida da atleta.
3 Troféu Romulo Maiorana foi criado em 1993, é uma das mais antigas premiações do esporte paraense.
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Quadro 4: Análise de entrevista 3
Perguntas: 1ª Na sua opinião o que deveria mudar, no contexto atual, para melhorar a massificação do esporte B.A no Pará? / 2ª Qual foi a importância da B.A para o atleta?
Técnica: 1ª - Divulgação, apoio financeiro para melhorar as condições de material,
implementação dos espaços, pois atualmente nosso incentivo vem da satisfação em realizar o trabalho, recebemos apoio do núcleo de esporte e lazer, dentro de suas possibilidades, através da parceria com o centro integrado de inclusão e cidadania (CIIC) realizamos os treinos nas dependências esportivas do referido espaço. Não existe patrocínio de empresas privadas, são subsidiadas por órgãos do governo do estado como a SEDUC, ANDE, SEEL4 e CPB5. Quanto aos incentivos aos professores, os mesmos são cedidos pela SEDUC, porém sem a gratificação do ensino especial, os materiais usados foram conquistas através de doações. Nossos atletas que alcançaram o podium estão aguardando a liberação da bolsa atleta através do ministro do esporte.
Atleta: 2ª - Desde que comecei a praticar bocha adaptada tudo começou a mudar em minha vida. Minha nova rotina com treinos e campeonatos me proporcionou novas amizades, conhecer novos lugares e contar com uma bolsa atleta. Minha vida antes de se torna atleta era similar a de muitos deficientes, pois eu não praticava nem um esporte, nem sabia se poderia ou se tinha um esporte em que me enquadrasse, mas agora sou uma atleta e já são dois anos de pratica da bocha adaptada e não pretendo para mais e minha família da todo apoio para mim continuar no esporte.
Responsável (MÃE): 1ª - Na minha opinião deveria ser melhor a estrutura do local de
treino um apoio como forma de patrocínio e que este tipo de trabalho seja mais divulgado para que tenha mais visibilidade e mais pessoas com deficiência possam ter essa oportunidade, pois a minha maior decepção foi perceber que a bocha adaptada no Pará não tem apoio do governo. / 2ª - A bocha adaptada foi muito importante na vida de minha filha e para mim também, pois diante de toda a dificuldade conseguimos um meio de torna a vida mais prazerosa. Desde que começamos na bocha já são dois anos de prática do esporte, e notei que os movimentos dos membros superiores melhoraram e ela passou a ser mais expressiva, mais comunicativa e um dos maiores benefícios que o esporte promoveu para minha filha foi a inclusão da mesma no meio social.
De acordo com o quadro 4 percebesse na fala da técnica e da
responsável, assim como já notado na tabela anterior, mais uma vez o descaso
com o desporto adaptado se faz presente, pois segundo os entrevistados ainda
é necessária “divulgação, apoio financeiro para melhorar as condições de
material e implementação dos espaços”,
Como isso observamos a realidade de muitos paraatletas do Brasil não
só destes, mas de toda a equipe envolvida, pois mesmo com os incentivos da
bolsa atleta iniciativa do governo federal, a realidade ainda é uma estrutura
4 SEEL: Secretaria de Estado de Esporte e Lazer. 5 CPB: Comitê Paraolímpico Brasileiro.
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carente para lidar com as necessidades dos paraatletas, infraestrutura
inadequada e ausência de políticas de investimento dos governos constituem as
dificuldades a serem superadas.
Identifica-se através da fala da responsável e da atleta no quadro 3 e no
4 que ao relatar uma de suas dificuldades na adaptação ao esporte pela sua
limitação nos movimentos dos membros superiores e por isso tinha passado da
classe bc1 para a bc3, porém a responsável relata no quadro 4 que uns dos
benefícios foi a melhora dos movimentos dos membros superiores.
Assim destaca-se um dos benefícios obtidos através dos esportes
adaptados o qual foi a melhora do condicionamento físico, pois segundo (PY e
JACQUES, 1999), as atividades físicas desenvolvidas através dos treinos no
desporto adaptado melhora as condições totais do organismo como força,
agilidade, coordenação motora, flexibilidade, postura e resistência física
adquiridas com a prática de exercícios.
Ainda no quadro 3 na fala da atleta observa-se a sua principal conquista
através da bocha adaptada não foram os títulos ou troféus, mas sim os valores
e benefícios gerados pelo esporte tais como citado por ela “a sensação de
liberdade, de hoje poder fazer coisas que antes não fazia e por se sentir parte
da sociedade”.
Outros benefícios gerados pela prática do esporte identificado na fala da
responsável e da atleta foi que a mesma se tornou mais expressiva, mais
comunicativa, com as viajem para campeonatos pode fazer novos amigos e
relatam ainda que o mais importante foi: “um dos maiores benefícios que o
esporte promoveu para minha filha foi a inclusão da mesma no meio social. ”
Diante desses relatos podemos identificar a importância da bocha no
processo de inclusão social desta atleta, pois além dos benefícios gerados pelo
esporte, o esporte também está relacionado ao desenvolvimento das qualidades
sociais, tais como a empatia pelas pessoas e o desenvolvimento da capacidade
de se relacionar dentro de diferentes grupos sociais (ZUCHETTO; CASTRO,
2002).
No processo de inclusão social o esporte é um dos requisitos
indispensáveis para que a pessoa com deficiência possa atingir dimensões totais
do processo de inclusão social, pode-se comprovar tal afirmação pelo fato do
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esporte ser acessível, simples, eficiente e que contribui de uma forma primordial
para que o indivíduo tome seu lugar na sociedade (AZEVEDO; BARROS, 2004).
Um fato relevante é que diante de todas as dificuldades do atleta e toda
equipe existente são identificadas através dos relatos dos entrevistados, o
processo de inclusão social e muitos outros benefícios que poderiam ser
alcançados através da prática do esporte adaptado foram alcançados.
Mostrando-se assim que o esporte assim como a bocha é extremamente
eficiente como forma de inclusão social.
Contudo este estudo possui uma grande importância para a sociedade
pois assim está poderá ser mais inclusiva e menos desigual através do esporte,
assim como a bocha que se mostrou através dos relatos dos entrevistados ser
uma peça importante no processo de inclusão social dentre de vários outros
benefícios que resultaram em uma melhora na qualidade de vida.
5 – METODOLOGIA
O estudo teve por finalidade realizar uma pesquisa aplicada, uma vez que
utilizou conhecimento da pesquisa básica para resolver problemas. Para um
tratamento mais adequado dos objetivos e melhor apreciação do estudo.
Observou-se que ela é classificada como pesquisa exploratória. Por ser um tipo
de pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de um estudo
de caso (GIL, 2008).
Detectou-se a necessidade da pesquisa bibliográfica como procedimento
técnico no momento em que se fez uso de materiais já elaborados: livros, artigos
científicos, revistas e documentos eletrônicos na busca e alocação de
conhecimento sobre a B.A como forma de inclusão social, correlacionando tal
conhecimento com abordagens já trabalhadas por outros autores.
Este estudo envolveu pessoas que estão ligadas diretamente com a B.A
no projeto do NÚCLEO DE ESPORTE E LAZER - NEL/ PROPAZ, como a
treinadora, atleta e responsável pelo atleta, tendo como ponto de referência o
CIIC.6
6 CIIC: Localizado na Av. Alm. Barroso, número 1765 no bairro do Marco no município de Belém do Pará
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A coleta foi realizada através de uma entrevista semiestruturada a qual foi
realizada com a treinadora de B.A, atleta da modalidade e os pais ou responsável
pela atleta.
Os dados obtidos foram analisados considerando as falas dos
entrevistados e posteriormente a elaboração dos textos com as devidas análises
correlacionadas aos autores mencionados.
A abordagem do tratamento da coleta de dados da pesquisa bibliográfica
foi qualitativa, pois busca fonte direta, interpretação de fenômenos e atribuição
de significados. Obtém opinião dos entrevistados com questões abertas.
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou o esporte bocha
adaptada como forma de inclusão social, uma reflexão acerca da importância da
bocha adaptado e benefícios a inclusão social de pessoas com deficiência.
De uma forma geral o estudo mostrou a importância da prática da bocha
adaptada possui, tanto na qualidade de vida da pessoa com deficiência, quanto
no processo de inclusão social da mesma. Ainda destacou-se as principais
dificuldades e barreiras que cercam este processo no âmbito desse desporto
adaptado.
O estudo ainda possibilitou reunir as possíveis e mais relevantes
informações sobre a bocha adaptada, mostrar através da pesquisa bibliográfica
a importância da inclusão social, identificar os significados e valores envolvidos
através deste esporte e por fim apresentar a bocha adaptada como intuito de
propagar sua importância na sociedade.
Já com a entrevista foi possível enriquecer coleta de dados para este
estudo, pois através desta destacou-se muitos fatores que influenciam para que
processo de inclusão ocorra e ainda revelar a verdadeira realidade enfrentada
pelo público entrevistado.
Dada a importância ao tema, torna-se necessário o desenvolvimento de
projetos que visem a melhoria da qualidade dos serviços dedicados aos
paraatletas e toda a equipe, de forma que aja um apoio maior do governo,
divulgação e patrocínio para incentivar ainda mais a prática do esporte para
pessoas com deficiência.
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Neste sentido, esses projetos visariam a melhora da realidade vivenciada
no âmbito do desporto adaptado e assim promovendo mais inclusão social e
qualidade de vida para este público.
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