o espírita e o médium · distribuição : à noite. ... em sã consciência e boa lógica, não...

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 1 r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Curso de Alfabetização para Adultos Dias : 2ª a 5ª feira. Horário : 17:30 às 19:00. Local : C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local : Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia: todo 1° domingo de cada mês. Hora: das 15 às 17 horas r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção : 13 h , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição : à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se ao Departamento Mediúnico Yvonne Pereira (DMYP),do Centro Espírita Irmão Clarêncio, para obter orientação. pag.11 Personalidade Espírita: Fénelon pag.8 Família na Visão Espírita: A Parentela. pag.5 Artigo : A Caridade no Meio Espírita pag.13 Suplemento Infanto-Juvenil pag.12 Clube do Livro Espírita pag.9 Artigo : Lixo Mental Espiritismo e Ecologia : Salvando o Planeta Terra pag.2 pag.3 Artigo : O Verdadeiro Espírita pag.4 Instruções dos Espíritos no Pentateuco Kardequiano pag.6 Relendo a Revista Espírita: As ideias preconcebidas. Editorial Sumário Nesta Edição : O Espírita e o Médium Prezado leitor É com grande alegria que apresentamos mais uma edição do Clareando, sempre com a preocupação de trazer esclarecimentos doutrinários. Neste mês teremos em nossa Casa Espírita um estudo sobre um tema mui- to importante : mediunidade. Sendo esta um instrumento de intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual, é de grande valia compreendermos o que é a mediunidade, sua finalidade e suas consequências. Veremos o quanto é importante a mediunidade com Jesus e o grande valor da Casa Espírita a nos sustentar a cami- nhada. Somos espíritas; mas que tipo de espíritas? Num dos artigos aqui trazidos, o autor nos fala que há dois tipos de espíritas : os que priorizam os fenômenos e os que valorizam mais o aspecto moral da Doutrina. Como ele mesmo nos diz, “ ser ou não ser verdadeiro espírita (...) é, sobretudo , uma questão de sentimento...” Todo espírita sabe que fora da caridade não há salvação. E no meio espí- rita, existe caridade? Leia o artigo sobre este tema e reflita. Mas vamos ficando por aqui para deixar que você percorra as páginas do Jornal, fazendo as necessárias reflexões. Grande abraço.

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Page 1: O Espírita e o Médium · Distribuição : à noite. ... em sã consciência e boa lógica, não podemos classificar como ... Poema Como é linda a Natureza!

Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 1

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Curso de Alfabetização para AdultosDias : 2ª a 5ª feira.Horário : 17:30 às 19:00.Local : C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local : Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia: todo 1° domingo de cada mês.Hora: das 15 às 17 horas

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção : 13 h , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição : à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se ao Departamento Mediúnico Yvonne Pereira (DMYP),do Centro Espírita Irmão Clarêncio, para obter orientação.

pag.11Personalidade Espírita: Fénelon

pag.8Família na Visão Espírita: A Parentela.

pag.5Artigo : A Caridade no Meio Espírita

pag.13Suplemento Infanto-Juvenil

pag.12Clube doLivro Espírita

pag.9Artigo :Lixo Mental

Espiritismo e Ecologia : Salvando o Planeta Terrapag.2

pag.3Artigo :O Verdadeiro Espírita

pag.4Instruções dos Espíritos no Pentateuco Kardequiano

pag.6 Relendo a Revista Espírita: As ideias preconcebidas.

Editorial

Sumário

Nesta Edição :

O Espírita e o MédiumPrezado leitor

É com grande alegria que apresentamos mais uma edição do Clareando, sempre com a preocupação de trazer esclarecimentos doutrinários.Neste mês teremos em nossa Casa Espírita um estudo sobre um tema mui-

to importante : mediunidade. Sendo esta um instrumento de intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual, é de grande valia compreendermos o que é a mediunidade, sua finalidade e suas consequências. Veremos o quanto é importante a mediunidade com Jesus e o grande valor da Casa Espírita a nos sustentar a cami-nhada. Somos espíritas; mas que tipo de espíritas? Num dos artigos aqui trazidos, o autor nos fala que há dois tipos de espíritas : os que priorizam os fenômenos e os que valorizam mais o aspecto moral da Doutrina. Como ele mesmo nos diz, “ ser ou não ser verdadeiro espírita (...) é, sobretudo , uma questão de sentimento...”

Todo espírita sabe que fora da caridade não há salvação. E no meio espí-rita, existe caridade? Leia o artigo sobre este tema e reflita.

Mas vamos ficando por aqui para deixar que você percorra as páginas do Jornal, fazendo as necessárias reflexões.

Grande abraço.

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 2

Procure a Secretaria de Cursos para informações

ConviteVenha estudar conosco as obras de

André Luiz

Notas Espirituais Colaboração : Sandra Lado Cês Duarte

Espiritismo e Ecologia Autora : Beatriz Martins Teixeira

“...à medida que penetramos o domínio da altura, imprimem-se-nos na mente e no coração as leis sublimes de fraternidade e misericórdia. Os grandes orientadores da Humanidade não mediram a própria grandeza senão pela capacidade de regressar aos círculos da ignorância para exemplificarem o amor e a sabedoria, a renúncia e o perdão aos semelhantes.” ( Metelo - Capítulo I )

“Recordemos o Divino Mestre e não desdenhemos a honra de servir, não de acor-do com os nossos caprichos pessoais, porém de conformidade com os seus desígnios e suas leis. Campos imensuráveis de trabalhos aguardam-nos a cooperação fraterna e a semeadura do bem produzirá nossa felicidade sem fim!” ( Metelo - Capítulo I )

“Precisamos divulgar no mundo o conceito moralizador da personalidade congênita, em processo de melhoria gradativa, espalhando enunciados novos que atravessem a zona de raciocínios falíveis do homem e lhe penetrem o coração, restaurando-lhes a esperança no eterno futuro e revigorando-lhe o ser em suas bases essenciais.”(Barcelos - Capítulo II )

Fonte: Obreiros da Vida Eterna / Espírito : André luiz / Psicografia : Francisco Cândido Xavier

S er “ecológico” é resgatar o sentimento de amor entre nós, criaturas, com o Pai, nosso

Criador. Vamos ver o que o amigo Léon Denis nos fala a esse respeito:

“A alma pura comunga com a Natureza inteira; ela se embriaga com os esplendores da obra infinita. Tudo: os astros do céu, as flores do prado, a canção do riacho, a variedade das paisagens terrestres, os ho-rizontes longínquos do mar, a serenidade dos espaços, tudo lhe fala uma linguagem harmoniosa. Em todas essas coisas visíveis, a alma atenta descobre uma manifestação do pensamento invisível que anima o Cosmo. Este reveste para ela um aspecto surpreendente. Torna-se o teatro da vida e da comunhão universais, comunhão dos seres uns com os outros e de todos os seres com Deus, seu Pai.”

Assim, sabedores de que somos todos interdependentes e , com a certeza de que o Pai está em todas as coisas, inclu-sive, dentro de nós, o sentido de respei-to à natureza ganha outro sentido.

Vamos refletir mais sobre isso e mudar atitudes? Dicas:

1. Não corte, nem pode árvores sem autorização, pode ser considerado cri-me ambiental!

2. Não jogue óleos lubrificantes, nem óleo de cozinha diretamente no esgoto.

Salvando o Planeta Terra

(Os postos de gasolina recolhem o óleo lubrificante e o CEIC recolhe o óleo de cozinha)

3. Não desperdice água: feche tor-neiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para lavar calçadas, apro-veite água de chuva. Hoje há mais de 1,4 bilhão de pessoas sem acesso à água potável no mundo!

4. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, apague as luzes, troque as lâmpadas incandescentes por lâmpadas frias.

5. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza.Fontes: Léon Denis / O Grande Enigma / págs 60-61. www.jornalistadiplomado.wordpress.com / 20 Dicas para Preservar o Meio Ambiente.

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Artigo Autor : Nazareno Tourinho

Gotas de Luz

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"O dever do trabalhador é continuar a tarefa que lhe foi conferida, tanto quanto a obrigação do servo fiel é marchar na realização do programa de quem lhe concedeu a bênção do serviço edificante.""Toda modificação para melhor reclama luta, tanto quanto qualquer ascensão exige esforço.É imprescindível a preparação de cada um para a subida espiritual.""Conservar a paz, em Cristo, não é deter a paz do mundo. É encontrar o tesouro eterno de bênçãos nas obrigações de cada dia."

Fonte: Vinhas de Luz.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Estando já consagrado o preceito evangélico que julga o valor de uma árvore pelos seus frutos, em

bela e sugestiva imagem poética, válida como metáfora tanto para seres humanos quanto para doutrinas filosóficas, justi-fica-se plenamente o cuidado de alguns companheiros em defender nossa crença divulgando o perfil do verdadeiro espí-rita traçado por Allan Kardec. Todavia, convém atentarmos para o fato de que a perfeita definição do mesmo não se esgota nestas breves palavras do Codificador que costumamos repetir insistentemente:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.”

Tal frase é apenas parte de uma cintilan-te página de autoria do próprio Kardec, intitulada Os Bons Espíritas, constante do Cap. XVII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, e embora haja sido impressa com destaque, pelo caráter de síntese, não diz tudo o que devemos saber sobre o assunto e precisa ser interpretada correta-mente para não ter alterado o seu sentido genuíno e abrangente.

Às vezes, isolando uma frase de um pe-ríodo, e concentrando nela toda atenção em face do significado saliente, perdemos o fio da meada do pensamento do autor e, consequentemente, não assimilando o conjunto das suas ideias, acabamos formando um juízo falso, ou parcial, até porque, em sã consciência e boa lógica, não podemos classificar como espírita qualquer pessoa pela simples razão de se reformar eticamente de maneira satisfatória, deixando de

O Verdadeiro Esp í r i ta

reconhecer a possibilidade de outras crenças produzirem esse efeito.

De resto, a frase transcrita linhas atrás pede interpretação inteligente e sem primarismo demagógico, pois encerra um enunciado básico que se articula com um complemento: se configura a identidade do espírita pela sua transfor-mação moral também o identifica pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Logo, deixa clara, e implícita, a relatividade, a precariedade mesmo, do aprimoramento íntimo que nos cumpre atingir para ter o direito de reivindicar a condição de espíritas. Torna-se importante percebermos este detalhe a fim de situarmos a filosofia Kardequiana como moralizante e não moralista, distinguindo-a das doutrinas fanáticas que exigem do ser humano uma perfeição simplesmente impossível.

A falta desse entendimento tem levado não poucos expositores espiritistas a um discurso demasiado rigorista, contundente e descaridoso, bem intencionado, sem dú-vida, mas de estilo quase farisaico, fazendo muita gente, séria e digna, praticante de nossos princípios, declarar que ainda não é espírita.

Ora, o que Kardec enfatiza, no texto do qual a mencionada frase representa tão somente um trecho, é a dicotomia entre dois tipos de espíritas, uns ligados “mais aos fe-nômenos do que à moral, que se lhes afigura cediça e monótona”, e outros do tipo para o qual “os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em

suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé.”

Ser ou não ser verdadeiro espírita, portanto, é, sobretudo, uma questão de sentimento, que cedo ou tarde se traduz na melhoria do comportamento sem eliminar a passos de mágica as tendências inferiores naturais em nosso presente estágio evolutivo.

Este assunto, evidentemente, com-portaria reflexões muito mais especio-sas. Como, no entanto, os confrades decerto possuem um exemplar de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, podemos ir ficando por aqui, suge-rindo que não deixem de analisar, na íntegra, a reluzente página de Allan Kardec, na qual encontrarão o retrato do verdadeiro espírita inclusive com o seu contorno intelectual. Nela escreveu o Codificador, referindo-se à Doutrina:

“Será então necessária, para compreen-dê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da Ciência somente requer olhos que ob-servem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encarnado.”Fonte: Reformador – dezembro 1991

PoemaComo é linda a Natureza!Deus nela presente está.Clarêncio instrutor que auxiliaNos convida a caminhar.Irmão para todas as horas.Fraternidade nunca nos faltará.Quero ter sempre este amigoPara felicidade alcançar.

Autora: uma Trabalhadora da Casa de Clarêncio

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 4

Venha estudar conosco O Evangelho Segundo o Espiritismo

Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos para informações

Convite

Semeando o Evangelho de Jesus

Os médiuns atuais - pois que também os apóstolos tinham mediunidade -igualmente rece-beram de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas con-cepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamen-tos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre. Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.

Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam, a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe

quão pouca coisa se faz mis-ter para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convo-que a tanto por sessão. O simples bom senso repele semelhante idéia. Não seria também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os seres que respeitamos, ou que nos são caros? É fora de dúvida que se podem assim obter manifestações; mas, quem lhes poderia garantir a sinceridade? Os Espíritos levianos, mentirosos, brincalhões e toda a caterva dos Espíritos inferiores, nada escrupulosos, sempre acorrem, prontos a responder ao que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade.Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual.Ora, a primeira condição para se granjear a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, o mais absoluto desinteresse moral e material.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXVI, itens 7 e 8

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cum-prir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia.

É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando ini-ciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre arbítrio.

Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. S. Luís. (Paris, 1859.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Capítulo IV / Item 25

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Kardequiano

Necessidade da encarnação

Mediun idade gra tu i ta

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 5

Artigo Autor : Robson Soares Pereira

A caridade é de suma importân-cia na vida de todos nós. Tanto que Jesus a consagrou em várias

passagens como questão primordial para a nossa “salvação”.

Em Mateus (22:34-40), narra o evan-gelista: “Mas os Fariseus, tendo sabido que Ele tapara a boca aos Saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, veio lhe fazer esta pergunta para o tentar: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis aí o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.”

Caridade e humildade, tal é, pois, o úni-co caminho da Salvação... (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. 15, item 5)

Mais abaixo, neste capítulo do Evange-lho, encontramos Paulo falando acerca da necessidade da caridade: - Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze que soa...

A Car idade no Meio Espír i ta

São Paulo de tal forma compreendeu essa verdade, acentuada por Jesus, que coloca, sem equívoco, a caridade acima mesmo da fé, porque a caridade está ao alcance de todo o mundo, do ignorante, do sábio, do rico e do pobre, e porque independe de toda crença particular.

O Espiritismo também a coloca, como não poderia deixar de ser, como a nossa bandeira maior. Mas, infelizmente, embo-ra saibamos disso, em realidade, poucos espíritas a vivenciam como deveriam.

Algumas Instituições distribuem man-timentos, roupas mensalmente a famílias socialmente carentes e só. Outras, fazem o trabalho de dar o “pão espiritual”, mas esquecem que as necessidades materiais fazem parte deste mundo e muitas vezes são imediatas...

Há Instituições que mantêm grupos de visitas a doentes em hospitais, asilos, orfa-natos, leprosários, mas muitas vezes negli-genciam ajuda aos próprios companheiros da Casa nas mais diversas dificuldades.

Falamos em caridade e não procuramos os que se afastam da nossa Casa, ao me-nos para saber o motivo. E que algumas vezes são por problemas da própria Casa;

perdendo-se uma oportunidade de repa-rar falhas que cometemos e que não são apontadas por aqueles que permanecem, até por omissão ou medo de terem que se afastar também.

Vivenciar a caridade é abnegar de si mesmo para auxiliar o próximo, prin-cipalmente o mais próximo de nós. É deixar o orgulho de lado e por a hu-mildade a serviço dessa caridade.

Há confrades que se afastam e que tive-ram durante anos papel importante den-tro da Instituição e sequer são lembrados pelos membros atuais.

Dirigentes que se deixam levar pelo “poder” que o cargo confere e ferem, ma-goam as pessoas, numa mostra de falta de compreensão, paciência, indulgência, fraternidade, benevolência; todas essas virtudes, filhas da caridade.

É preciso repensar o real sentido da caridade como a empreendeu Jesus, para a aplicarmos na sua verdadeira essência dentro do Movimento Espírita e, sobre-tudo, vivenciá-la nas Instituições Espíritas e fora delas, promovendo uma conduta sincera de vida cristã.Fonte: Reformador – 1997

C onvidamos todos a participarem do 18º Encontro Espírita sobre Mediunidade ; o tema do Encontro deste ano será “A CASA ESPÍRITA E O TRABALHO DE EQUIPE”.O objetivo do Encontro é apresentar a Casa Espírita e a tarefa no bem como oportunidades valiosas para o progresso

do espírito encarnado.Estudaremos:Tema 1: A Casa Espírita e a equipe de trabalhadores encarnados;Tema 2: Os sentimentos essenciais ao trabalho em equipe.

Após estes dois temas, teremos dois Centros de Interesse, onde analisaremos:C.I. 1: Eu trabalho na Casa Espírita. Estou aproveitando?C.I. 2: Quero trabalhar na Casa Espírita. Como será ?

“O Estudo deste dia é um esforço conjunto de analisar o tema precisamente visando esclarecimento e, ao mesmo tempo, para relembrar a todos que a Casa Espírita não se mantém por si só e sim, pelo apoio, trabalho e compreensão que todos deverão ter para que a mesma represente de fato o amor de Deus diante da Humanidade”(Dr. Hermann em 07/05/2011)

18° Encontro Espírita sobre MediunidadeDia - 26 / 06 / 2011Horário - 8:00 às 13:00Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio (Rua Begônia, 98 - Vila da Penha) Às 8:00 horas será servido um saboroso "Café da Manhã" e após o Estudo teremos o tradicional "Almoço Fraterno".

"Em Julho"8° Encontro Espírita sobre a FamíliaDia - 24 / 07 / 2011Horário - 8:00 às 13:00Tema - Lar , compromisso de vida espiritual.Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio (Rua Begônia, 98 - Vila da Penha)

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 6

Curso de Atualização para todos os Médiuns

Junho : dia 25 / SábadoHorário : 16 horasLocal : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção

Data : 19 / 06 / 2011

Festa Junina

Relendo a Revista Espírita

Espiritismo na

Web

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

“A emissora da Fraternidade”Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21) 3396.6969

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.tvalvoradaespirita.com.br( Web TV Espírita )

www.orientacaoespirita.org( Grande Portal Espírita )www.cefak.org.br( Centro Espírita Fraternidade Allan Kadec )

F requentemente dissemos para escrutar as comunicações que vos são feitas, submetê-las à análise

da razão e não tomar, sem exame, as inspirações que venham agitar vosso es-pírito sob a influência de causas frequen-temente muito difíceis de constatar, para os encarnados submetidos aos desvios sem número.

As ideias puras que flutuam, por as-sim dizer, no espaço (segundo a ideia platônica) trazidas pelos Espíritos, não podem sempre se alojar sozinhas e iso-ladas no cérebro de vossos médiuns; elas encontram frequentemente o lugar ocupado pelas ideias preconcebidas que escorrem com o jato da inspiração, que a perturbam e a transformam, de ma-neira inconsciente, é verdade, mas algu-mas vezes de maneira bastante profunda para que a ideia espiritual se encontre assim inteiramente desnaturada.

A inspiração encerra dois elementos: o pensamento e o calor fluídico destinado a ativar o espírito do médium dando-lhe o que chamais a verve da composição; se a inspiração encontra o lugar ocupado por uma ideia preconcebida, da qual o médium não pode ou não quer se desligar, nosso pensamento permanece sem intérprete, e o calor fluídico se gasta ativando um pensamento que não é o nosso. Quantas vezes, em vosso mundo egoísta e apaixonado, nós viemos trazer o calor e a ideia! Desdenhais a ideia que a vossa consciência deveria vos fazer reconhecer, e vos apoderais do calor em proveito de vossas paixões terrestres, dilapidando assim algumas vezes o bem de Deus em proveito do mal. Também quantas contas terão que prestar um dia todos os advogados das más causas!

Sem dúvida, seria de desejar que as boas inspirações pudessem sempre dominar as ideias preconcebidas; mas então entravaríamos o livre-arbítrio da vontade do homem, e deste último es-caparia, assim, à responsabilidade que lhe pertence. Mas se não somos senão os conselheiros auxiliares da Humani-dade, quantas vezes não temos a nos felicitar quando nossa ideia, batendo à porta de uma consciência reta, triunfa da ideia preconcebida e modifica a convicção do inspirado!

Não é preciso acreditar, no entanto, que o nosso recurso mal empregado não traia um pouco o mau uso que se pode dela fazer; a convicção sincera encontra

As ideias preconcebidas.entonações que, partidas do coração, chegam ao coração; a convicção simula-da pode satisfazer as convicções apaixo-nadas, vibrando em uníssono da primei-ra, mas leva um frio particular que deixa a consciência insatisfeita, e revela uma origem duvidosa.

Quereis saber de onde vêm os dois elementos da inspiração medianímica? A resposta é fácil: a ideia vem do mun-do extraterrestre, é a inspiração própria do Espírito.

Quanto ao calor fluídico da inspiração, nós o encontramos e o tomamos em vós mesmos; é a parte quintessenciada do fluido vital em emanação; algumas vezes nós o emprestamos do próprio inspirado quando é dotado de uma certa força fluí-dica (ou medianímica, como a chamais), o mais frequentemente o emprestamos às suas companhias na emanação de bene-volência da qual está mais ou menos cer-cado. É por isto que se pode dizer, com razão, que a simpatia torna eloquente.

Se refletirdes atentamente nestas causas, encontrareis a explicação de muitos fatos que espantam de início, mas dos quais todos possuem uma cer-ta intuição. Só a ideia não bastaria ao homem, se não se lhe desse o poder de exprimi-la. O calor é para a ideia o que o perispírito é para o Espírito, o que vosso corpo é para a alma. Sem o corpo, a alma estaria impossibilitada de agitar a matéria; sem o calor, a ideia estaria im-possibilitada de emocionar os corações.

A conclusão desta comunicação é que não deveis jamais abdicar de vossa razão no exame das inspirações que vos são submetidas. Quanto mais o médium tem ideias adquiridas, mais é suscetível de ideias preconcebidas, mais também deve fazer tábula rasa de seus próprios pensamentos, ar-rancar as influências que o agitam e dar, à sua consciência, a abnegação necessária a uma boa comunicação. (Lyon, novembro de 1863. - Méd. Sr. X...)

Fonte : Revista Espírita, maio-1865

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 7 Autora :

Fernanda Barbosa EliasCrônica

P erdoem-me os que têm fé inaba-lável, mas há controvérsia nesse título. Eu já perdi as contas de

quantas coisas eu quis e não tive. E não foram poucas, porque, cá pra nós, eu tô sempre querendo uma coisinha.

"Querer é poder" sempre me pareceu uma expressão meio soberba. E no meu caminho tinha sempre um otimista inveterado pronto pra dizer: “Minha filha, querer é poder”. Mas os fatos quase sempre derrubavam essa teoria. Eu ficava indignada. Tem coisa que a gente ouve em algum momento e passa a repetir como um mantra, sem parar pra refletir. Tem regulamento nesse negócio. Não é assim, eu quero e vou ter. E não é mesmo.

Quando eu tinha uns quinze anos, me apaixonei por um menino. Mas não era a primeira paixão não. Eu vivia suspirando, acho que já nasci apaixonada. Mas o menino não se apaixonou por mim. Taí um exemplo clássico do querer e não poder. Nada no mundo fez aquele menino gostar de mim. Eu chorava, esperneava, rezava, fazia de tudo e nada. Aí, tive uma ideia brilhante. Aos quinze anos a gente tem cada ideia... Resolvi fazer uma simpatia. Mandinga disfarçada, né! É claro que não vou dar a receita aqui, até porque nem preciso dizer que não funcionou. Se ele já não era apaixonado, depois da tal simpatia ele não queria me ver nem pintada de ouro. Algo deu muito errado naquela receita. Então, quando alguém vinha com esse papo de “minha filha, querer é poder”, eu torcia o nariz.

De fato podemos realizar muitos dese-jos, conquistar várias coisas na vida, mas existem aquelas que não dependem só do nosso esforço. Quando a realização do nosso desejo depende do querer do outro, a coisa pode complicar. A gente não aceita, fica infeliz, se frustra e é aí que mora o perigo. A não aceitação daquela situação acaba virando uma ideia fixa, uma obsessão.

A vida nos impõe determinadas lições para o nosso amadurecimento e nem sempre estamos dispostos a aproveitá-las. Mas, certamente, outras virão.

É duro admitir, mas a minha mãe tinha razão quando dizia: "Ora a Deus e descansa, pois se for melhor pra você vai acontecer". Ai, aquilo acabava comigo. Eu não nasci

dotada dessa resignação, tranquilidade e confiança. Eu pensava: "mas se eu sosse-gar, piscar o olho, Deus pode achar que eu já tô conformada e deixar pra lá". Aí mesmo é que eu firmava o pensamento e ficava ali, tomando conta do meu desejo, feito cachorro guardando o osso.

É muito interessante quando a gente começa a fazer parte de uma casa espírita e cria um vínculo com aquela espiri-tualidade. Quando precisamos de algo, de verdade, a solução aparece, a resposta vem. Muitas vezes, espontaneamente. Eles estão ligados em nós, não duvi-demos disso. Mas, devo confessar que algumas vezes eu penso que meu guia tá dando um tempo. Aí, a voz da consciên-cia me diz assim: ainda não chegou a hora, espera, tenha paciência.

Êta, agonia! Poxa, quantas coisas quisemos um dia e

hoje damos graças a Deus por não termos conseguido? Seguimos pela vida atro-pelando tudo, ansiosos por isso e aquilo e não descansamos. Ficamos esgotados, porque desperdiçamos energia, muitas vezes, com frivolidades. Na música "O Quereres", de Caetano Veloso, tem uma parte belíssima que diz assim: "E onde não queres nada, nada falta".

Querer é poder quando detectamos nele um objetivo útil e estamos dispostos a encarar as dificuldades do mundo, dei-xando o desânimo pra lá. As coisas não caem prontinhas das nuvens. Quando queremos algo, temos que buscar mesmo, mas não de forma irrefletida, leviana. Por-que como diz uma grande amiga minha, e com razão, somos muito caprichosos.

No Capítulo IX (ESE), "Bem aven-turados os que são brandos e pacíficos", instruções dos espíritos, vale destacar: "A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte. Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer

para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo." - Um Espírito amigo. (Havre, 1862). Sem dúvida, nossa caminhada ainda é longa. Ainda viveremos muitas situ-ações que nos colocarão à prova. E é justamente na adversidade que conse-guiremos medir a nossa fé. E, verdade seja dita: se tudo fosse muito fácil, a gente também não ia querer!

Beijo grande!

Querer é poder

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 8

Curso :

A Família na Visão EspíritaDia: todas as terças-feiras.Hora: 19:30.Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio.Estudo aberto a todos os interessados.

Temas para Junho :Dia 07 : Relacionamento entre pais e filhos - puberdade e adolescência.Dia 14 : Relacionamento entre pais e filhos - juventude e filhos adultos.Dia 21: Preservando os vínculos familiares - a afetividade entre pais e filhos, o amor materno, autoridade pa-terna, disciplina com amor, a liberdade com responsabilidade.Dia 28 : Relacionamento familiar - conduta entre pais e filhos no lar, respeito, amizade, tolerância, limites, valorização mútua, piedade filial e ingratidão.

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Reunião de Médiuns e Colaboradores

Em Junho : dia 17 / 6ª Feira

Horário : 19 horas

Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Estudo : O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção Gotas de Luz

Reflexão

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

A Família na Visão Espírita A Família na Visão Espírita

"O Senhor Supremo não nos pede sacrifícios e lágrimas e, sim, ânimo sereno para aceitar-lhe a vontade sublime, colocando-a em prática.""Não te endureças, pois, na estrada que o Senhor te levou a trilhar, em favor de teu resgate, aprimoramento e santificação. Recorda a importância do tempo que se chama Hoje.""O cristão é um ponto vivo de resitência ao mal, onde se encontre. Pensa nisto e busca entender a significação do verbo suportar. Não olvides a obrigação de servir com Jesus. É para isto que fomos chamados"

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

“E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.” (Atos, Capítulo VII, Versículo 3).

N os círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus quei-xam-se da sistemática oposição dos parentes, com respeito aos princípios que esposaram para as aquisições de ordem religiosa.

Nem sempre os laços de sangue reúnem as almas essencialmente afins. Frequente-mente, pelas imposições da consanguinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno, sob o mesmo teto.

É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”. O primeiro constituiria o símbolo dos laços eternos do amor, o segundo significaria o cadinho de lutas, por vezes acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade. A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da família. Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos companheiros menos avisados.

A caminho de Jesus, será útil abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na exemplificação, porquanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem palavras, a participar dos direitos da família maior, que é a de Jesus Cristo.

Fonte: Caminho, Verdade e Vida / Espírito: Emmanuel / Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

P a r e n t e l a

O desânimo não é apropriado àqueles que já conhecem o Evangelho do Cristo. Se ele acontece, é porque procede das trevas, das regiões inferiores da espiritualidade, e precisa ser extirpado antes que se transforme numa chaga.

Fica vigilante e não permitas que ele se aposse dos teus pensamentos. Reage com energia, se queres prosseguir com teus propósitos elevados e sadios.

O desânimo prejudica as energias físicas e psíquicas, a ponto de abalar o equilíbrio da vitalidade orgânica, a subtrair a força da personalidade e o entusiasmo pela vida.

Sê vigilante e não te deixes envolver por esse monstro, que ameaça a tua tranquilidade e o curso normal da tua vida!Fonte: Conselhos Úteis / Espírito : Hilda Pereira Magalhães / Psicografia : Hilda Alonso.

Combate ao Desânimo

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 9

Artigo

U m amigo e confrade que trabalha no mundo mágico dos compu-tadores, chamou minha atenção,

há tempos, para uma expressão do jargão cibernético que circula entre os técnicos, algo, assim, como: “de onde entra lixo só pode sair lixo.”

Isso significa, naturalmente, que o computador dá, exatamente, aquilo que recebe, ou seja, ele responde dentro dos conhecimentos confiados às suas memó-rias e segundo a programação que lhe foi atribuída. Não inventa, nem cria; apenas analisa, compara e escolhe, como lhe foi ensinado. Só que faz isso com fantástica eficiência e numa velocidade que não podem os seres humanos imitar.

Mesmo assim, dizia-me um instrutor especializado nos Estados Unidos, na remota década de cinquenta, quando lá estive em trabalho e estudo, que o computador (que começava a enga-tinhar) era um instrumento “stupid”, ou seja, burro; um burro muito veloz, mas, ainda burro.

Queria ele dizer, com isso, que o computador não tem capacidade cria-dora e que a sua inteligência artificial fica dentro dos limites dos informes e dados com os quais foi alimentada a sua memória, bem como da sua capaci-dade de processamento e da competên-cia de seus programadores humanos.

Se, portanto, os técnicos que o ma-nipulam, alimentarem tais memórias com dados sobre a melhor maneira de destruir uma cidade, a máquina responderá, como lhe foi pedido, sem o menor remorso ou escrúpulo. (...)

É por isso que dizem que se entrar lixo nele, só pode sair lixo, da mesma forma que, se for programado para dizer qual o melhor procedimento para ganharmos o reino dos Céus, ele o fará, com a mesma competência e a mesma indiferença, aliás.

Também nós somos computadores. Superinteligentes e dotados de livre arbítrio, programados para alcançar a paz e a felicidade totais, que Cristo caracterizou como o Reino de Deus, explicando, muito bem, que esse Reino já está em nós, cabendo-nos, apenas, realizá-lo. Chegaremos lá, portanto, um dia. O único problema grave, aí, é que permitimos a entrada de uma

L ixo Menta l

quantidade espantosa de “lixo mental” em nossas memórias e, por isso, a cada passo, o programa se desvia e acarreta atrasos imprevisíveis e lamentáveis, seculares, milenares, até.

Que tipo de lixo mental? Tudo quanto você possa imaginar: ódio, vingança, crueldade, hipocrisia, vaidade, intolerância, indiferença... A lista é assustadora e arrasadora; e voluntárias as nossas opções.

Nem sempre, contudo, a gente percebe que está colocando lixo na memória. Por exemplo: uma leitura perniciosa, um filme pornográfico, uma anedota inconvenien-te, uma notícia escandalosa no jornal ou na TV, uma cena chocante na rua, que ao invés de você passar ao largo vai ver de perto, para “conferir”. Enfim, inúmeros atos de verdadeira morbidez espiritual, por melhores que sejam suas intenções.

Digamos que você seja espírita e que frequente um grupo mediúnico sério e devotado à tarefa de socorro espiritual. É bem provável que, no momento crítico, em que toda a sua atenção e concentração estão sendo exigidas para levar a bom ter-mo a tarefa coletiva, comecem a emergir, dos recessos da memória, certas cenas de-primentes vistas ou lidas. A essa altura, já se cortou o fio de sua ligação com o trabalho. Em vez de servir aos que pre-cisam de sua ajuda, você passa a dar tra-balho aos Mentores Espirituais do grupo. Eles precisam construir, imediatamente, um círculo de isolamento em torno de você, para que, além de não ajudar, você, pelo menos, não atrapalhe.

É que sua memória começou, de re-pente, a regurgitar o lixo mental que você botou lá. E, como era de se esperar, nos momentos mais inoportunos. Coin-cidência? Nada disso. Espíritos desarmo-nizados deram, aí, sua contribuição para que, no momento crítico, você fosse neutralizado. (...)

Como poderá haver pureza se o lixo mental está acumulado nas memórias do nosso computador pessoal?

Se você é médium atuante, pior ainda o quadro pois, como sabemos, os Espíritos manifestantes operam prioritariamente com o material que encontram em nós. Se você botou lixo lá, ele vai encontrar lixo e vai utilizar-se do lixo. Ou, então, se é um Espírito

harmonizado que desejaria transmitir, por seu intermédio, uma mensagem de consolo ou de aconselhamento, como vai fazê-lo se só dispõe de lixo para elaborá-la?

Não é preciso concluir este artigo com longos conselhos e sermões. Você sabe o que tem a fazer. É simples, claro e direto: não ponha lixo mental na memória!Hermínio C. Miranda( Transcrito “Presença Espírita” )

Fonte: Revista Espírita Allan Kardec – ano I – nº 2

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 10 . 10

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Artigo

Sugestões Educativas de Marco Prisco

Não faça do silêncio conivência com a calúnia. (Lição 17)

Acautele-se da maledicência, desculpando os erros das outras pessoas. (Lição 45)

A educação cria hábitos. Os costumes resultam da elaboração desses hábitos pelo pensamento. (Lição 24)

Não intercepte a frase , quando alguém estiver explicando, a pre-texto de saber qual o pensamento de quem lhe fala. (Lição 22)

Fonte : Ementário Espírita Psicografia : Divaldo P. Franco

S erá possível alguém "encomendar" aos espíritos uma carga de males para prejudicar a terceiros a quem

odeie, que sejam seus desafetos, de quem se queira vingar?

Para responder esta pergunta convém lembrar primeiramente que:Nós somos espíritos tanto quanto os

que já não habitam mais este mundo, a diferença é que eles não estão ligados a um corpo físico;Tanto eles como nós podemos agir no

campo fluídico (espiritual) e no campo físico (material), sobre os seres e sobre o meio ambiente;A ação se dá pelo pensamento e pela

vontade, podendo os efeitos serem bons ou maus, conforme o impulso que lhes dá origem;Aqui, como no plano espiritual, a lei que

rege o relacionamento dos seres é a mesma: a atração dos semelhantes, a afinidade, a identi-dade de objetivos e interesses.

Feitos estes lembretes, podemos afirmar, em resposta à indagação que dá título a esta página: sim, é possível alguém encarnado aliar-se a um ou mais espíritos para produzir o mal contra uma terceira pessoa.

O que produzirá o mal, não será a forma material utilizada.

Não serão os objetos usados para o "des-pacho", mas os pensamentos e sentimentos emitidos antes, durante e depois da sua preparação. O que age não é a matéria inerte, e sim, o espírito encarnado, ou o desencarnado ou ambos. É o espírito que impregna de fluidos (maus, neste caso) os objetos e endereça pensamentos destruidores sobre a pessoa visada.

A pessoa visada será atingida pelo "mal feito" ?

A mensagem chegará até o destinatário. Este, contudo, não é fatalmente obrigado a aceitá-la. Embora sinta o impacto perturbador, poderá neutralizá-la se alimentar bons senti-mentos e pensamentos, concretizados numa vida digna, cristã; é a defesa natural ensejada a todas as criaturas. Poderá ainda, merecer a proteção, a ajuda dos bons espíritos para a superação dos efeitos da carga maléfica que lhe tenha sido endereçada.

Se, porém, a pessoa não cultiva em si mesma as forças do bem, não saberá como reagir, não terá forças para repelir as su-gestões perturbadoras, passando a sofrer intensamente os efeitos.

Até quando? Até que os efeitos atinjam seu limite natural e comecem a diminuir

Existe o Mal Fe i to ?

ou venham a cessar. Até que se decida a uma nova renovação para o bem, movi-mentando suas próprias forças espirituais para reequilibrar-se. Até que venha a rece-ber um auxílio exterior, pela intervenção de amigos, encarnados ou não.

Por que Deus permite que isso aconteça?Nada no Universo se processa ao acaso.

Há leis que regem a vida e a evolução dos seres. A fundamental é a da ação e reação, dentro da qual está a própria lei do amor que, se acionada, nos dará resultados muito compensadores.

Se, pois, no mundo em que vivemos ainda estamos expostos a que seres encarnados e desencarnados se unam para nos procurarem atingir prejudicialmente é porque ainda pre-cisamos dessas experiências, ou porque ainda merecemos a ação deles sobre nós.

Quando aprendermos a manter um estado de alma equilibrado sempre, sem mais possibilidades de ceder aos impactos perturbadores aqui ou no Além, estaremos vitoriosos e em paz.

E não nos prendamos na observação dos aspectos sofredores do intercâmbio mediúni-co, porque, em verdade, da mesma forma que os maus, os bons espíritos, também podem unir-se a nós, e nós a eles, para a realização, se quisermos, de muito "bem feito" sobre a Terra.

E aos que fizeram o mal, nada acontece?Quem faz o mal lesa primeiramente a si

mesmo, porque tudo o que pensa e deseja movimenta em primeiro lugar o seu próprio ser (mente, perispírito, fluidos). Não se con-segue atingir a outros sem antes havermos prejudicado a nós mesmos.

Além disso, haverá ainda, a volta, o re-torno das ações trazendo para quem agiu o resultado, a colheita das reações obtidas.

Disse Jesus: "É preciso que o escândalo ve-nha, mas ai daquele que por quem ele vier." Sem dúvida, neste mundo de expiações e de provas que é a Terra, ainda por muito tempo haverá necessidade de pagarmos sofrendo e aprendermos chorando as leis da vida. Ai, porém, daquele que se faça ins-trumento dessa dor e desse pranto, porque os acarretará para si mesmo.

Therezinha de Oliveira (Campinas – SP)

( Transcrito de "Alavanca", - Campinas, SP )

Fonte: Revista Espírita Allan Kardec – ano I – Nº 1

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 11 . 11 Seleção de textos : Mário Sérgio de S. EstevesPersonalidade Espírita

F rançois de Salignac de La Mothe, Duque de Fénelon, nasceu no cas-telo da família, em Périgord, em 06

/08 /1651. Desencarnou em Cambrai a 07 / 01 /1715, aos 63 anos de idade.

Até os doze anos, o menino foi educado em casa. Seu preceptor - as fontes consultadas não lhe mencionam o nome - tinha o gosto pelo latim e o grego, e tratou logo de ensinar essas línguas, para que ele pudesse se familiarizar com as obras-primas da literatura clássica.

Ao completar os doze anos de idade, Fénelon passou a frequentar a Univer-sidade de Cahors, onde concluiria os estudos de filosofia, a que daria con-tinuidade no Colégio Du Plessis, em Paris; foi nesse famoso estabelecimento de ensino que se dedicou à teologia e ficou conhecendo o abade de Noailles, também de família nobre, e que acabou alcançando os mais elevados postos na hierarquia eclesiástica francesa.

Aos quinze anos de idade, Fénelon foi incumbido de pregar seu primeiro sermão, com grande sucesso, aliás. Já dá pra perceber, logo nesta introdução, que os altos escalões da igreja e da política eram constituídos por gente de elevada linhagem. Será esse o am-biente em que se movimentará Fénelon pelo resto de sua existência.

Do Colégio Du Plessis, Fénelon passou ao seminário de Saint-Sulpice, então sob a direção de Tronson. Em 1675, o jovem seminarista, de vinte e quatro anos de idade, foi ordenado no seminário de Saint-Sulpice. Durante os próximos três anos, desempe-nhou suas funções eclesiásticas juntamente com os demais sacerdotes daquela paróquia. Cabia-lhe explicar os textos evangélicos ao público, aos domingos e dias santos. Parti-cipava ativamente das tarefas de ensinar o catecismo. A igreja de Saint-Sulpice ainda conserva suas Litanies de L’enfant-Jésus, escritas especialmente para os frequentadores de sua paróquia.

Pretendia o jovem sacerdote, por essa época, partir para o Oriente em missão apostólica, com o propósito de converter ao cristianismo tantos pagãos quantos lhe fosse possível alcançar, com o brilho de sua palavra e a amplitude de sua cultura teoló-gica. Mas não seria esse o seu destino, de vez que “Nouvelles catholiques”, tratava-se de uma instituição incumbida de acolher jovens e senhoras recém-convertidas do protestantismo ao catolicismo, a fim de consolidar nelas a boa e ortodoxa doutrina da igreja. Objetivo paralelo era o de ins-truir aquelas que se mostrassem dispostas a abandonar a “heresia”.

Era grande a preocupação das lideranças católicas - Prelados e leigos - na salvação das almas que tiveram a infelicidade de se deixar atrair pelas “perigosas” ideias de

Fénelon: um Expoente da Codificação EspíritaLutero. Em 1681, o bispo de Sarlat - nobre também - tio de Fénelon, renunciou, em favor do sobrinho, ao decanato de Carenas, que rendia de três a quatro mil libras fran-cesas por ano, Fénelon deixou por algum tempo as Novas católicas, a fim de tomar posse do novo cargo, mas logo retornou a Paris e reassumiu a direção da instituição, posto em que permaneceu por dez anos.

Escreveu nesse período, De L’éducation des filles, primeira obra significativa em sua car-reira de escritor e educador. O livro, solicitado pela duquesa de Beauviller para orientá-la na educação de suas filhas, alcançou grande sucesso, tornando-se obra de referência para as famílias da época, bem como texto de consulta para os estudiosos da pedagogia.

Graças à sua simplicidade, doçura e cari-dade, Fénelon obteve considerável sucesso na tarefa, conseguindo converter rapida-mente grande número de pessoas. Fénelon não se iludiu com suas numerosas con-quistas, reconhecendo que nem todas eram sinceras. Uma avaliação realista, essa. Com os protestantes em minoria e postos fora da lei, o catolicismo tornara-se mais confor-tável ou, no mínimo, mais seguro. Mesmo assim, acrescenta, o resultado de sua missão foi considerado “muito satisfatório”.

Não escapou, no entanto, de algumas críticas. É que as alas mais radicais da igreja atacaram seus métodos de conversão e o consideraram “demasiado condescendentes com os heréticos”. Ele preferiu não se justificar.

Nesse ínterim, vagou-se o bispado de Poi-tiers. O nome de Fénelon foi indicado e o rei concordou, mas a nomeação não chegou a concretizar-se, segundo se diz, por causa das intrigas do nobre senhor de Harlay, arcebispo de Paris, que tinha lá suas divergências com Bossuet, e não via com bom olhos a amizade de Fénelon com o rival. Tudo no melhor estilo da pior política de bastidores.

Por essa mesma época, Fénelon sofreu outro revés. Alguém - seria ainda o senhor arcebispo de Paris ? - convenceu o rei a negar-lhe a nomeação como coadjutor do arcebispo de La Rochelle, que o desejava como colaborador.

Pouco depois, em 1689, os bons ventos do sucesso voltaram a soprar a favor do jovem prelado. O duque de Beauvilliers, designado “governador” do jovem duque de Borgonha - neto do rei e herdeiro pre-suntivo da coroa - escolheu Fénelon para o honroso cargo de preceptor do príncipe. Como estamos lembrados, ele escrevera, a pedido da duquesa de Beauvillers, um livro destinado a orientá-la na educação das filhas do casal.

Fénelon dedicou-se logo a trabalhar no sentido de corrigir o comportamento do príncipe por meio de fábulas, que ele pró-prio ia escrevendo. Escrevia, em seguida,

o curioso Dialogues des Morts (Diálogo dos Mortos), engenhoso e criativo texto, no qual punha a dialogar personalidades histó-ricas do passado, empenhadas em (re)avaliar seus próprios(alheios) atos e postura.

Os últimos anos de Fénelon foram en-tristecidos pelo desencarne de seus melho-res amigos. No final de 1710 perdeu Abbe de Langeron, seu companheiro de toda a vida; em fevereiro de 1712, desencarna seu aluno, duque de Borgonha. Alguns meses mais tarde, o duque de Chevreuse foi levado, e o duque de Beauvillers seguiu em agosto de 1714. Fénelon sobreviveu somente mais alguns meses. Com ele de-sapareceu um dos membros mais ilustres do episcopado francês, certamente um dos homens mais atrativos de sua época. Deve seu sucesso unicamente a seus talentos grandes e virtudes admiráveis.

Fénelon figura na Codificação, em vários momentos, podendo ser citado: “O Livro dos Espíritos”, onde assina Prolegômenos, junto a uma plêiade de luminares espiritu-ais. Igualmente a resposta à questão de nº 917 é de sua especial responsabilidade.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, apresenta-se em vários momentos, discur-sando a cerca da Terceira Revelação e da Revolução Moral do Homem (cap. I, 10); o Homem de Bem e os Tormentos Volun-tários (cap. V,22 - 23); a Lei de Amor (cap. XI, 9); O ódio(cap. XII,10) e Emprego da Riqueza(cap. XVI,13).

Em “O Livro dos Médiuns”, figura no capí-tulo das Dissertações Espíritas (cap. XXXI, 2º parte, itens XXI e XXII), desenvolvendo aspectos acerca de reuniões espíritas e da multiplicidade dos grupos espíritas.

Importante assinalar que os destaques assi-nalados são aqueles em que o espírito assina seu nome, devendo se considerar que deve, como os demais responsáveis espirituais pela Codificação, ter estado presente em muitos outros momentos, dando seu especial con-tributo, eis que foi convidado pelo Espírito da Verdade a compor sua equipe, em tão grandioso empreendimento.

( Fonte : www.e sp ir i t i smogi . com.br )

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 12 . 12

Dia : 12 / 06 / 2011- 16 horasCulto no Lar de

Alice Castro Isídio da Silva

Dia 19 / 06 / 2011 - 16 horasFesta Junina

Dia 26 / 06 / 2011 - 8 horas18° E.E. Sobre Mediunidade

Atividades Doutrinárias

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00

A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar /Entre o Céu e a Terra).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Recordações da Mediunidade).A vida de Yvonne A.Pereira (julho /2011)COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COFTC - Curso de Orientação, Forma-ção e Treinamento para a Cura.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00

Esperanto.

Grupo de Estudos Antônio de Aquino.

Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30

O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.

O Céu e o Inferno.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:20

Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro: Técnica de Passes).Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00

O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Céu e o Inferno.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30

O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.Atualização para médiuns da casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel.

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O Repórter, a exemplo dos Espíritos Hilário Silva e Humberto de Campos, apresenta crônicas agradáveis e descontraídas, que retratam os mais variados aspectos do cotidiano, como relacionamentos familiares, educação de filhos, comportamento no centro espírita e postura diante da mediunidade. As histórias são tão reais que a cada instante o leitor pergunta-se se não é ele mesmo,

ali, vivenciando aquelas situações. E desse questionamento surge a reflexão sobre como se pode mudar para melhor as atitudes na convivência diária, seja ela familiar, profissional, social ou espiritual. Além das lições extraídas de cada "reportagem", é possível encontrar, ao final de cada uma delas, referências para o estudo do tema nas obras de Allan Kardec.

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ruins. Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

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Clareando / Ano VIII / Edição 93 / Junho . 2011 - Pag . 13 . 13

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário juvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês : Um dia a gente cresce Autora : Fátima Moura Edições Léon Denis (www.edicoesleondenis.com.br)

Olá, queridos leitores! Neste mês escolhi falar sobre um tema mui-to sério, que vem causando um

grande mal estar e insegurança a todos nós : o Bullying. Queria, primeiramente, deixar claro que é o ato de zombar de outros em excesso, de praticar chacota com os alunos, colegas de aula e até colegas de trabalho.

Pois é, isto começou nos colégios, mas está se alastrando na sociedade. Bullying é o termo utilizado para descrever atos de violência física, verbal ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo, ou grupo de indivíduos, incapaz de se defender.

Por ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, esse tipo de violência ainda não possui um termo em português, sendo o termo em inglês bullying cons-tantemente utilizado pela mídia. Existem, entretanto, termos como ameaça, assédio, intimidação, judiação e implicância que tam-bém são usados, dependendo da intensidade da violência praticada.

Há três aspectos que se destacam neste tipo de atitude: é agressivo e negativo; é executado repetidamente; ocorre onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

O bullying divide-se em duas categorias: O bullying direto, que é a forma mais co-mum entre os agressores masculinos e a agressão social, e bullying indireto, que é a forma mais comum em agressores do sexo feminino e crianças pequenas, e é carac-terizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de técnicas, que incluem: dar apelidos depreciativos, espalhar comentários, recusar socializar-se com a vítima, intimidar outras pessoas que desejam socializar-se com a

vítima, ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significati-vos, incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades ou defeitos, como o uso de óculos ou aparelhos dentários, etc.

Esse tipo de violência também pode ocorrer em situações envolvendo a faculdade ou a uni-versidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo parentes. Qualquer que seja a situação, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física ou psicológica.

E sabem por quê eu quis que vocês sou-bessem disso tudo?

Porque é preciso que cada um faça uma autoavaliação para saber se está sendo um agressor, mesmo que inconscientemente. É verdade, gente. Alguns destes atos são “corriqueiros” e infelizmente nós mesmos praticamos sem perceber. Exemplo? Chamar o colega de “quatro olhos” ou “pouca telha” é o início da violência verbal que muitas vezes progride para a violência física. Fica aí uma lição do que estamos fazendo, e porque não fazer mais.

Por isso: A T E N Ç Ã O !!!No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capí-

tulo IX, Jesus fala sobre injúrias e violências nos itens 1, 2 e 3:

1. Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. Mateus, cap. V, versículo 4).

2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (S. Mateus, cap. V, versículo 9).

3. Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. - Eu, porém, vos digo que quem quer que se ponha em cólera contra seu irmão merecerá conde-nação no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca merecerá ser condenado pelo

conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá ser condenado ao fogo do inferno. (S. Mateus, cap. V, vv. 21 e 22.)

No item 4, Allan Kardec conclui que “Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabili-dade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.”

“Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? E que toda palavra ofensiva exprime um senti-mento contrário à lei do amor e da ca-ridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.” Há 2.011 anos sabemos disso, agora precisamos colocar em prática.

Vamos dar o exemplo nos vigiando mais e por um ponto final nesta história.

Um beijo a todos,

Tia Patrícia a

Como colocar um ponto final nesta historia.

Bullying: