o espelho de shakespeare...william shakespeare nasceu em stratford-upon-avon, warwickshire,...

73
O ESPELHO DE SHAKESPEARE RAFAEL RAFFAELLI 2019

Upload: others

Post on 08-Feb-2021

3 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • O

    ESPELHO

    DE

    SHAKESPEARE

    RAFAEL RAFFAELLI

    2019

  • 2

    1. INTRODUÇÃO

    “Assim no futuro, o irmão do passado, eu poderei ver-me como agora aqui estou sentado mas por

    reflexão daquilo que então eu serei.” (Joyce, Ulisses)

    No início do seu texto seminal, “Shakespeare Nosso Contemporâneo”, Jan Kott

    coloca: “Shakespeare é semelhante ao mundo ou à vida. Cada época encontra nele o que

    busca ou o que quer” (2003:27).

    Kott trata Shakespeare como um espelho das circunstâncias da vida, sua obra

    refletindo as questões da condição humana no momento histórico e na ambiência cultural em

    que seus espectadores travam contato com ela.

    O emprego da metáfora do espelho, como imagem da alma, é frequente na

    Antiguidade e na Idade Média. O mito de Narciso enfatiza justamente o espelho d’água que

    reflete a imagem que fascina.

    No entanto, para Platão ou para o venerável Beda, espelhos são condenáveis, pois

    para o primeiro só servem para ampliar as aparências e, conforme o segundo, para ampliar o

    número de homens. Por outro lado, na perspectiva de Plotino o cosmos é uma sucessão de

    espelhismos, o mundo visível como uma imagem ao espelho do Criador.

    No Renascimento, com a preocupação de se captar o elemento natural, o espelho

    ganha prestígio: “O espelho é nosso mestre” dirá Leonardo da Vinci. A metáfora do palco

    como um espelho é generalizada durante esse período, em conformidade com o conceito de

    imitatio, como é descrito por Shakespeare em Hamlet: “The purpose of playing (...) both at

    the first and now, was and is to hold as ‘twere the mirror up to nature (...). (Ato III, Cena

    II). Na mesma cena, o próprio Hamlet é definido como “the glass of fashion and the mould

    of form, th’observed of all observes (...)”.

    Essa preocupação com a expressão da natureza, da sua incertitude e incongruência,

    traduzida nos oximoros nos quais se debatem seus personagens, funda a ideia da

    personalidade moderna, enquanto um conjunto de características idiossincráticas que

  • 3

    identifica uma pessoa - na sua força ou na sua fraqueza, no bem ou no mal - na relação com

    as circunstâncias em que vive. Nenhum herói é sem mácula, nenhum vilão é só mau: os

    indivíduos são dúbios e contraditórios na sua complexidade. O original em Shakespeare é a

    “invenção do humano, a instauração da personalidade conforme hoje a conhecemos”.

    (Bloom, 2000:29).

    Isso o torna perene.

    Como afirma Barbara Heliodora, “o que impressiona na figura de Shakespeare está

    precisamente em uma certa radicalidade em saber dizer as coisas novas, em expressar a

    aurora dos tempos modernos” (2004: X).

    Na Modernidade, o espelho se torna o símbolo de uma verdade difusa, que não se

    contenta mais com o conhecimento dogmático, que busca a episteme nas infinitas reflexões

    da razão. Ele reflete uma nova imagem do mundo e do homem

    Na Filosofia, é primeiro em Descartes que surge essa nova imagem, onde o sujeito

    busca sua certeza no espelho de seu pensamento – no ‘cogito’ - e, mais tarde em Kant, com

    seu ‘sapere aude’ (ousar conhecer). Quando refletimos, espelhamos na consciência o fluxo

    de nosso pensamento, que deve ser livre para seguir o caminho que lhe aprouver, sem baliza

    teórica – escolástica-aristotélica – ou religiosa – o cristianismo, com seus mistérios onde a

    razão é alheia. Assim, o pensamento se laiciza e libera o espírito da Modernidade.

    Mas nosso intuito - mais que decifrar o fato que para o homem do Renascimento o

    mundo é um espelho - é analisar o que está envolvido na nossa reflexão sobre a obra

    shakespeariana, pois nela vemos estampada a imagem da nossa cultura e do nosso tempo.

    Como vimos, Shakespeare foi um apaixonado por espelhos e suas obras contêm

    vários exemplos do uso dessa metáfora. Suas peças são espelhos da condição humana e suas

    imagens se reproduzem indefinidamente nas obras de incontáveis artistas aos quais essas

    imagens fascinaram e que, por sua vez, também as reproduzem, cada qual gerando suas

    próprias reflexões sobre a matéria bruta da humanidade que a gerou. Os caminhos - diz

    Hermann Soergel, personagem de Borges - “todos me llevaban a Shakespeare” (2004:82).

  • 4

    Mas Shakespeare também espelha algo ou alguém. Ele nasce no mesmo ano em que

    morre o maior artista da Renascença, Miguel Ângelo, à imagem do qual é fundada uma nova

    escola – o Maneirismo, criada à sua maneira, ao seu estilo - rompendo a moldura formal

    renascentista. A metáfora do labirinto, tão cara aos maneiristas, é claramente expressa pela

    “mousetrap” (ratoeira), através da qual Hamlet prende a consciência do rei Cláudio e também

    a nossa.

    No espelho embaciado - a fortiori estilhaçado - que a Modernidade nos legou,

    miramos os reflexos da obra de Shakespeare como fragmentos da fissão/ficção de nosso

    próprio mundo – fendido e imajado –, mas transbordante de significados.

    O cristal renascentista tornou-se a tela pela qual se reflete o mundo.

    E sobre esse labirinto especular, nos debruçamos.

  • 5

    2. PEQUENA BIOGRAFIA DE WILLIAM SHAKESPEARE

    William Shakespeare nasceu em Stratford-Upon-Avon, Warwickshire, Inglaterra,

    possivelmente em 23 ou 26 de abril de 1564, embora não existam registros de seu nascimento.

    Seus pais, John Shakespeare e Mary Arden, tiveram oito filhos, sendo William o mais velho.

    Em 1582 Shakespeare se casou com Anne Hathaway, filha de um fazendeiro. No

    mesmo ano tiveram uma filha, Susanna. Dois anos depois nasceram os gêmeos Hamnet e

    Judith. Mais tarde, em 1596, Hamnet veio a falecer com onze anos.

    Entre 1585 e 1592 não existem registros confiáveis da vida de Shakespeare.

    Em 1592 ele se estabeleceu em Londres como ator e teatrólogo e encontrou um

    mecenas, Henry Wriothsley. Entretanto, seu trabalho foi interrompido temporariamente pelo

    fechamento dos teatros em 1593 devido à peste.

    A companhia teatral em que Shakespeare trabalhava chamava-se "Lord

    Chamberlain's Men", tendo mudado sua denominação para "The King's Men" depois do

    início do reinado de Jaime I em 1603. Com o sucesso de suas encenações, Shakespeare

    tornou-se um homem rico.

    Em 1611, Shakespeare aposentou-se e deixou Londres, morrendo em 23 de abril de

    1616, com a idade de 52 anos, de causa ignorada.

  • 6

    3. SHAKESPEARE: LINHAS DO TEMPO

    LINHA DO TEMPO 1438-1699

    ARTE, FILOSOFIA, CIÊNCIA, POLÍTICA

    1438

    Fundação da Academia Platônica de Florença (Marcílio Ficino, Cosimo de Médicis)

    1440

    Publicada “De Docta Ignorantia” de Nicolau de Cusa

    1445

    Nasce Botticelli

    1446

    Início da construção da capela do King’s College em Cambridge

    1448

    Desenvolvimento da imprensa por Gutenberg

    1450

    “A Batalha de San Romano” de Paolo Ucello

    “O Jovem David” de Andrea del Castagno

    Nasce Signorelli

    Nasce Hieronymus Bosch

    1452

    Nasce Leonardo da Vinci

    1453

    Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (‘final Idade Média’)

    1459

    “A Viagem dos Magos” (Afresco, Palazzo Medici-Riccardi) de Benozzo Gozzoli

    1460

    “A Agonia no Horto” de Andrea Mantegna

  • 7

    1470

    “Apolo e Dafne” de Antonio Pollaiuolo

    1471

    Nasce Dürer

    1475

    Nasce Miguel Ângelo

    1479

    “O Parnasso” de Mantegna

    1482

    “Primavera” de Botticelli

    1484

    Nasce François Rabelais

    1485

    “Nascimento de Vênus” de Botticelli

    “Jardim das Delícias” de Bosch

    1488

    Nasce Ticiano (Tiziano Vecellio)

    1490

    “A Flagelação de Cristo” de Luca Signorelli

    1492

    Descoberta da América por Colombo

    Nasce Giulio Romano (Giulio Pippi)

    1497

    Nasce Holbein

    1498

    “A Última Ceia” de Leonardo

    1499

    “Pietá” de Miguel Ângelo

    1500

    Descoberta do Brasil por Cabral

    “Coroação da Virgem” de ‘Master of Moulins’

    1501

    “Natividade Mística” de Botticelli

  • 8

    1502

    “Estudo em Aquarela” de Dürer

    “Mona Lisa” (Gioconda) de Leonardo

    1503-1504

    “A Sagrada Família” (Tondo Doni) de Miguel Ângelo

    1505

    “A Tempestade” de Giorgione

    “A Virgem do Prado” de Rafael Sanzio

    “Nossa Senhora com Santos” de Giovanni Bellini

    “A Descida da Cruz” de Sodoma

    1507

    “Eva” de Dürer

    1509

    Início do reinado de Henrique VIII na Inglaterra

    1510

    “Paraíso e Inferno” (Tríptico) de Bosch

    Morre Botticelli

    1511

    Publicada “O Elogio da Loucura” de Erasmo

    Inauguração do afresco “A Escola de Atenas” (Stanza Della Signatura) de Rafael

    1512

    Inauguração dos afrescos do teto da Capela Sistina de Miguel Ângelo

    1514

    Afrescos da “Villa Farnesina” de Rafael

    “O Amor Sagrado e o Amor Profano” de Ticiano

    1515

    Publicada “O Príncipe” de Maquiavel

    “Moisés” de Miguel Ângelo

    “Rapariga no Toucador” de Giovanni Bellini

    “Perseu Libertando Andrômeda” de Piero di Cosimo

    1516

    Publicada “De Immortalitate Animae” de Pomponazzi

    Publicada “Orlando Furioso” de Ariosto

    Morre Bosch

    1518

  • 9

    “O Papa Leão X com Dois Cardeais” de Rafael

    1519

    Morre Leonardo

    Conquista do Império Asteca por Cortez

    1520

    Publicada “Manifesto à Nobreza da Nação Alemã” de Lutero

    Início da circunavegação do globo terrestre por Fernão de Magalhães

    Morre Rafael

    1523

    “Moisés e as Filhas de Jetro” de Rosso Fiorentino

    Morre Signorelli

    1524

    Conquista do Império Inca por Pizarro

    Nasce Luís de Camões

    1525

    “Noli me Tangere” de Correggio

    1527

    “Sala dos Gigantes”, afrescos do Palazzo Del Tè, de Giulio Romano

    1528

    Morre Dürer

    1529

    “Batalha entre Alexandre e Dario” de Altdorfer

    1530

    “Visitação” de Jacobo Pontormo

    “Uma Dama como Lucrecia” de Lorenzo Lotto

    1531

    Ruptura religiosa entre Inglaterra e Roma

    1532

    Publicada “Pantagruel” de Rabelais

    “Retrato de Henrique VIII” de Hans Holbein

    “Vênus” de Lucas” Cranach, O Velho

    “Madona do Pescoço Comprido” de Parmigianino

    1533

    “Os Embaixadores” de Holbein

    “Dánae” de Francesco Primaticcio

  • 10

    1534

    Publicada “Gargantua” de Rabelais

    1536

    Publicada “Instituição da Religião Cristã” de Calvino

    1537

    “Ninfa da Fonte Sagrada” de Cranach

    1538

    “Vênus de Urbino” de Ticiano

    1540

    “Retrato de Francisco I a Cavalo” de François Clouet

    1541

    Inauguração do afresco “O Juízo Final” (Capela Sistina) de Miguel Ângelo

    Nasce El Greco (Domenikos Theotocopoulos)

    1543

    Morre Copérnico e publicação de sua obra “De Revolutionibus...”

    Morre Holbein

    1546

    Publicada “O Terceiro Livro...” (série Gargantua-Pantagruel) de Rabelais

    “O Papa Paulo III com Alexandre e Gustavo Farnese” de Ticiano

    Morre Giulio Romano

    1547

    Final reinado Henrique VIII

    Início do reinado de Eduardo VI

    Nasce Miguel de Cervantes Saavedra

    1550

    “Alegoria de Vênus e Cupido” de Agnolo Bronzino

    1553

    Final do reinado de Eduardo VI

    Início do reinado de Maria I

    Morre François Rabelais

    1555

    Início da perseguição aos protestantes ingleses

    1556

    “Diana e Acteão” de Ticiano

  • 11

    1558

    Final do reinado de Maria I

    Início do reinado de Elizabeth I

    1561

    Nasce Francis Bacon

    Nasce Luis de Góngora y Argote

    1562

    Início das guerras religiosas em França

    Nasce Lope de Vega

    “Descoberta do Corpo de São Marcos” de Tintoretto

    1564

    Nasce William Shakespeare

    Nasce Galileu Galilei

    Nasce Christopher Marlowe

    Morre Miguel Ângelo

    1565

    “Um Casamento Aldeão” de Pieter Bruegel, O Velho.

    1572

    Nasce John Donne

    Nasce Ben Jonson

    Massacre da “Noite de São Bartolomeu” em França

    Publicada “Os Lusíadas” de Camões

    1573

    Nasce Caravaggio

    “Verão” de Giuseppe Arcimboldo

    1575

    Publicação da “Jerusalém Libertada” de Tasso

    Trabalhos astronômicos de T. Brahe

    1576

    Abertura do “The Theatre” (Londres)

    Morre Ticiano

    1577

    Abertura do “Curtain Theatre” (Londres)

    Nasce Peter Paul Rubens

    “O Enterro do Conde de Orgaz” de El Greco

    1580

  • 12

    Início da publicação dos “Ensaios” de Montaigne

    “Moisés Salvo das Águas” de Veroneso (Paolo Caliari)

    Nasce Francisco de Quevedo Villegas

    Morre Camões

    1583

    “A Anunciação” de Tintoretto

    1584

    Publicação de “Do Infinito, do Universo e dos Mundos” de Bruno

    1587

    Abertura do “Rose Theatre” (Londres)

    Execução da Rainha Maria da Escócia

    1588

    A “Invencível Armada” espanhola é derrotada

    1590

    “Rapaz Encostado a Uma Árvore” (miniatura) de Nicholas Hilliard

    1593

    Morre Christopher Marlowe

    Nasce G. de la Tour

    Representação de “Titus Andronicus” (entre1593-94)

    1594

    Nasce Poussin

    1595

    Abertura do “Swan Theatre” (Londres)

    1596

    Nasce René Descartes

    1597

    Publicados os “Ensaios” de Francis Bacon

    1598

    Publicação de “Henrique IV, Part I”

    Promulgação do Édito de Nantes

    Shakespeare atua na primeira encenação da peça “Every Man in His Humor” de Jonson

    1599

    Abertura do primeiro “Globe Theatre” (Londres)

    “Tomé, o Incrédulo” (“As Dúvidas de Tomás”) de Caravaggio

  • 13

    1600

    Abertura do “Fortune Theatre” (Londres)

    Nasce Pedro Calderón de la Barca

    Execução de Bruno

    “Natureza Morta” de Juan Sánchez-Cotán

    1600-1601

    Primeira encenação de “Hamlet”

    1602

    Campanella escreve a “Cidade do Sol”

    “O Enterro de Cristo” de Caravaggio

    1603

    Termina o reinado de Elizabeth I

    Início do reinado de James I

    1604-05

    Primeira encenação de “Doctor Faustus” de Marlowe

    Primeira encenação de “Othello”

    1605-06

    Primeiras encenações de “Macbeth” e “King Lear”

    Publicada a primeira parte da obra “Don Quixote” de Cervantes

    1606

    Nasce Rembrandt

    Invenção da primeira máquina de fiar

    1608

    Nasce John Milton

    1609

    Publicada “Astronomia Nova” de Kepler

    1610

    “A Abertura do Quinto Selo” (“Visão de S.João”) de El Greco

    Morre Caravaggio

    1611

    Publicada a versão do Rei Jaime da Bíblia na Inglaterra

    Publicada a peça “O Alquimista” de Jonson

    Início do reinado de Gustavo Adolfo na Suécia

    Telescópio de Kepler

    1612

    Primeira representação de “Henrique VIII”

  • 14

    1613

    Incêndio destrói o primeiro “Globe Theatre” (Londres)

    Publicada “La Fábula de Polifemo y Galatea” de Góngora

    1614

    Morre El Greco

    Encenada a peça “Fuente Ovejuna” de Lope de Veja

    Publicada a segunda parte da obra “Don Quixote” de Cervantes

    1616

    Morre William Shakespeare

    Morre Miguel de Cervantes

    1618

    Início da “Guerra dos Trinta Anos” entre Inglaterra e França

    “O Rapto das Filhas de Leucipo” de Rubens

    1620

    “Judite e Holofernes” de Artemísia Gentileschi

    1621

    Publicada “Comédias’ de Lope de Vega

    1622

    Nasce Molière (Jean-Baptiste Poquelin)

    1623

    Publicado o “Primeiro Folio” das obras de Shakespeare

    Nasce Blaise Pascal

    Publicada a “Cidade do Sol” de Campanella

    1625

    Final do reinado de Jaime I

    Início do reinado de Carlos I

    “Desembarque de Maria de Médicis em Marselha” de Rubens

    1626

    Morre Francis Bacon

    1627

    “O Tempo Vencido pela Esperança, pelo Amor e pela Beleza” de Simon Vouet

    Morre Góngora

    1629

    Carlos I dissolve o Parlamento

  • 15

    Descoberta da circulação do sangue por Harvey

    1631

    Morre John Donne

    Publicado “Juguetes de la Niñez” de Quevedo

    1632

    Condenação de Galileu

    “Lição de Anatomia” de Rembrandt

    “O Julgamento de Páris” de Rubens

    Nasce Vermeer

    1635

    Morre Lope de Vega

    “Carlos I da Inglaterra” de Van Dyck

    1637

    Morre Ben Jonson

    Publicada “Discurso do Método” de Descartes

    1638

    “Os Pastores Árcades” (“Et in Arcadia Ego”) de Nicolas Poussin

    1639

    Nasce Jean Racine

    “Exaltação do Governo de Urbano VII” (afresco – Palazzo Barberini) de Pietro da Cortona

    1640

    Independência de Portugal (separação das coroas ibéricas)

    Publicada “Elementos da Lei Natural e Política” de Hobbes

    “Endymion Porter” de William Dobson

    “São Jerônimo e o Anjo” de Guido Reni

    “São Paulo, o Eremita” de Jusepe Ribera

    “As Três Graças” de Rubens

    Morre Peter Paul Rubens

    1642

    Início das Guerras Civis Inglesas

    Fechamento dos teatros londrinos

    Morre Galileu

    Pascal inventa a máquina de calcular

    “Ronda da Noite” de Rembrandt

    1643

    Início do reinado de Luís XV em França

    1644

  • 16

    Torricelli inventa o barômetro

    1645

    Morre Quevedo

    1647

    “A Visão de Santa Tereza” de Bernini

    “O Trapaceiro com o Às de Ouros” de La Tour

    “Carlos I com Tiago, Duque de Iorque” de Peter Lely

    1648

    Final da “Guerra dos Trinta Anos”

    1649

    Final do reinado de Carlos I

    Início do governo de Cromwell

    1650

    Morre René Descartes

    “O Papa Inocêncio X” de Diego de Silva y Velázquez

    “Natal” de La Tour

    “São Francisco de Assis” de Francisco de Zurbarán

    1651

    Publicada a obra “Leviatã” de Hobbes

    1653

    Encenada a primeira peça de Molière (“L’Étourdi”)

    1654

    Fermat desenvolve o cálculo das probabilidades

    Morre La Tour

    1656

    Huyghens inventa o relógio de pêndulo

    “As Meninas” de Velázquez

    1657

    Boyle inventa a bomba pneumática

    1658

    Restabelecimento da monarquia na Inglaterra

    1659

    Encenada a peça “As Preciosas Ridículas” de Molière no “Théâtre du Petit Bourbon”

    1660

  • 17

    Publicada “Gramática de Port-Royal” de Arnauld e Lancelot

    “A Leiteira” de Jan Vermeer

    1661

    Spinoza inicia a composição da “Ética”

    1662

    Publicada “Lógica de Port-Royal” de Arnauld e Nicole

    1664

    Newton e Leibniz desenvolvem o cálculo diferencial

    Primeira peça (“Thebaide”) de Racine encenada

    Encenada “Tartufo” de Molière

    1665

    Publicada “Don Juan” de Molière

    Morre Poussin

    1667

    Publicada “O Paraíso Perdido” de Milton

    1669

    Morre Rembrandt

    Encenada a peça “Britannicus” de Racine

    1672

    Abertura do “Observatório de Paris”

    1673

    Encenada a peça “O Inválido Imaginário” de Molière

    Morre Molière

    1675

    Abertura do “Observatório de Greenwich”

    Morre Vermeer

    1674

    Morre John Milton

    1677

    Publicada “Fedra” de Racine

    1678

    “A Imaculada Conceição de Escorial” de B.E.Murillo

    1680

    Publicada “Tratado da Natureza e da Graça” de Malebranche

  • 18

    1681

    Morre Pedro Calderón

    1682

    Classificação das espécies vegetais por J.Gray

    1683

    Publicada “Digressão Sobre os Antigos e os Modernos” de Fontenelle

    1684

    Publicada “Meditações Sobre o Conhecimento” de Leibniz

    1685

    Revogação do Édito de Nantes

    1699

    Morre Jean Racine

    LINHA DO TEMPO 1099-1620

  • 19

    POLÍTICA INGLESA

    1099 – Os Cruzados capturam Jerusalém e Godfrey de Bouillon é eleito rei

    1100 - Início do reinado de Henrique I, filho mais novo de William, o Conquistador

    1114 - Matilda (Maud), filha de Henrique I esposa o imperador Henrique V

    1118 - Hugues de Payens funda a ordem dos Templários

    1120 - William, herdeiro de Henrique I, morre num naufrágio. Assume Stephen.

    1129 - Imperatriz Matilda, viúva de Henrique V, esposa Geoffrey, o Belo, Conde de Anjou,

    chamado o "Plantageneta".

    1141 – Início do reinado de Matilda, que é deposta por um levante popular, reassumindo

    Stephen

    1153 – Henrique de Anjou, filho de Matilda, invade a Inglaterra e obriga Stephen a fazê-lo

    herdeiro do trono inglês

    1154 – Início do reinado de Henrique II, cujos domínios incluem também mais da metade

    do território francês. É eleito o Papa Adriano IV (Nicholas Breakspear, o único papa inglês)

    e seu pontificado se estende até 1159.

    1155 - Henrique II nomeia Thomas Becket como Chanceler do reino.

    1162 - Becket é nomeado Arcebispo de Canterbury e entra em conflito com Henrique II

    sobre os direitos eclesiásticos.

    1164 - Promulgadas as “Constituições de Clarendon” estabelecendo leis para o julgamento

    de membros da Igreja, obrigando Becket a fugir para a França.

    1170 - Becket retorna à Inglaterra e é assassinado.

    1173 - Rebelião dos filhos mais velhos de Henrique II (Henrique, Ricardo e Geoffrey),

    apoiados por sua mãe, Eleanor de Aquitânia. Thomas Becket é canonizado.

    1189 - Início do reinado de Ricardo I, ‘Coeur de Lion’ (Coração de Leão), filho

    sobrevivente de Henrique II.

    1191 - Os corpos de Rei Arthur e Guinevere são supostamente exumados de um túmulo na

    Abadia de Glastonbury. Ricardo I conquista Chipre e domina a cidade de Acra.

  • 20

    1192 - Ricardo I conquista Jaffa, fazendo a paz com Saladino. Quando de seu retorno à

    Inglaterra, é capturado pelo seu inimigo o duque Leopoldo da Áustria.

    1194 – Ricardo I é libertado após pagamento de resgate e retorna à Inglaterra.

    1199 – Início do reinado de João Lackland, filho mais novo de Henrique II.

    1203 – O rei João ordena o assassinato de seu sobrinho Arthur, duque da Britânia.

    1207 - Papa Inocêncio III indica Stephen Langton (que foi a pessoa responsável pela

    divisão da Bíblia em capítulos) como Arcebispo de Canterbury, mas o rei João impede que

    ele assuma o cargo.

    1208 - Papa Inocêncio III estabelece um interdito religioso em relação à Inglaterra.

    1209 – É fundada a Universidade de Cambridge. Papa Inocêncio III excomunga o rei João.

    1213 - Papa Inocêncio III declara a deposição do rei João, que abdica. João retoma o trono

    após acordo com a Santa Sé sobre as propriedades da Igreja na Inglaterra.

    1215 – Os barões ingleses obrigam o rei João a assinar a “Carta Magna” (Magna Carta),

    que restringe o poder real.

    1216 – Início do reinado de Henrique III, que assume com nove anos de idade.

    1227 - Henrique III assume pessoalmente o governo

    1264 – Henrique III é derrotado por uma aliança de barões ingleses, liderados por Simão de

    Montfort, que força a nomeação de um Parlamento incluindo burgueses das maiores

    cidades do país.

    1265 – Eduardo, filho de Henrique III, derrota Simão de Montfort em batalha.

    1269 - Reconstrução da Abadia de Westminster.

    1272 - Início do reinado de Eduardo I.

    1283 - Eduardo I derrota e mata Llewellyn, príncipe de Wales, conquistando Wales de

    forma definitiva.

    1290 - Eduardo I expulsa os judeus da Inglaterra.

    1291 – A Escócia reconhece Eduardo I como suserano.

    1295 – Eduardo I promulga o “Parlamento Modelo” (Model Parliement), no qual os nobres

    e burgueses estão representados.

  • 21

    1296 - Eduardo I depõe John Balliol do trono escocês.

    1297 – O escocês William Wallace derrota os ingleses na batalha de Cambuskenneth.

    1298 - Eduardo I derrota Wallace na batalha de Falkirk e reconquista a Escócia.

    1305 – Wallace é executado pelos ingleses.

    1306 – Nova rebelião escocesa contra o domínio inglês, liderada por Robert Bruce, que é

    coroado rei da Escócia como Roberto I.

    1307 – Início do reinado de Eduardo II.

    1312 – A ordem dos Templários é extinta.

    1314 – Bruce derrota Eduardo II na batalha de Bannockburn, tornando a Escócia

    independente.

    1327 – O Parlamento depõe Eduardo II, que é sucedido por seu filho. Início do reinado de

    Eduardo III.

    1333 - Eduardo III invade a Escócia e derrota os escoceses na batalha de Halidon Hill.

    1337 – Felipe de França ataca o território da Aquitânia, pertencente a Eduardo III, o qual

    reagiu declarando-se rei de França. Início da “Guerra dos 100 Anos” (termina em 1453).

    1346 - Eduardo III invade a França e derrota o exército de Felipe VI na batalha de Crécy.

    1347 – Tomada de Calais pelos ingleses.

    1348 – A epidemia de peste bubônica (‘black death’) atinge a Inglaterra.

    1360 – Eduardo III abandona sua pretensão ao trono de França e é selado o acordo de paz

    de Bretigny.

    1369 – A guerra entre Inglaterra e França recomeça.

    1373 - João de Gaunt, duque de Lancaster, filho de Edward III, lidera uma nova invasão da

    França.

    1374 - João de Gaunt retorna à Inglaterra e assume provisoriamente o governo

    1375 – A “Trégua de Bruges” faz cessar temporariamente as hostilidades entre Inglaterra e

    França.

    1376 – Eduardo, o Príncipe Negro, reúne “O Bom Parlamento” (The Good Parliament),

  • 22

    que introduz diversas reformas no governo. Após a morte de Eduardo, assume

    provisoriamente João Wyclif, um teólogo de Oxford que nega a transubstanciação.

    1377 – Início do reinado de Ricardo II, filho de Eduardo, o Príncipe Negro.

    1381 – Início da “Revolta dos Camponeses”.

    1389 - Ricardo II assume pessoalmente o poder.

    1394 - Ricardo II ataca e domina a Irlanda.

    1396 - Ricardo II casa-se com a princesa Isabella de França, de sete anos de idade.

    1399 – Morte de João de Gaunt. Seu filho mais velho, Henrique de Bolingbroke, depõe

    Ricardo II. Início do reinado de Henrique IV.

    1400 - Ricardo II é assassinado e Owen Glendower proclama-se príncipe de Wales,

    iniciando uma rebelião contra Henrique IV.

    1402 - Henrique IV invade Wales.

    1413 – Início do reinado de Henrique V.

    1415 - Henrique V invade a França, derrotando os franceses na batalha de Agincourt.

    1416 - Morre Owen Glendower.

    1422 - Morrem Henrique V da Inglaterra e Carlos VI da França. Início do reinado de

    Henrique VI.

    1424 – João, duque de Bedford, - regente do trono inglês - derrota os franceses em Cravant.

    1428 - Henrique VI inicia o cerco a Orleans.

    1429 – Um exército francês liderado por Joana d’Arc (Jeanne d'Arc), liberta Orleans.

    Carlos VII é coroado rei de França em Rheims.

    1430 – Joana d’Arc é capturada pelos ingleses.

    1431 - Joana d'Arc é queimada como bruxa em Rouen. Henrique VI é coroado rei de

    França em Paris.

    1453 – Fim da “Guerra dos 100 Anos”. Henrique VI enlouquece.

    1454 - Ricardo, duque de York, fica como regente do trono inglês durante o impedimento

    de Henrique VI.

  • 23

    1455 - Henrique VI recupera-se. Inicia-se a “Guerra das Rosas” (War of the Roses) entre as

    casas reais de York e Lancaster, que se estenderá até 1485.

    1460 – Ricardo de York é morto na batalha de Wakefield. Henrique VI é capturado na

    batalha de Northampton.

    1461 – Eduardo, filho de Ricardo de York, derrota seus adversários nas batalhas de

    Mortimer's Cross e Towton. Início do reinado de Eduardo IV.

    1465 - Henrique VI feito prisioneiro por Eduardo IV

    1470 – Eduardo IV é derrotado por Warwick, que recoloca Henrique VI no trono.

    1471 – Eduardo IV derrota e mata Warwick na batalha de Barnet. Morre Henrique VI,

    provavelmente morto na Torre de Londres.

    1475 - Eduardo IV invade a França. A “Paz de Piequigny” encerra as hostilidades entre

    Inglaterra e França.

    1483 - Morre Eduardo IV. Seu filho, Eduardo V, torna-se rei, mas é deposto pelo seu tio

    Ricardo, duque de Gloucester. Eduardo V e seu irmão são assassinados na Torre de

    Londres. Início do reinado de Ricardo III.

    1485 - Henrique Tudor, apoiado por Carlos VIII de França, derrota e mata Ricardo III na

    batalha de Bosworth Field.

    1486 – Início do reinado de Henrique VII (Tudor). Ele esposa Elizabeth de York buscando

    unir as casas deYork e Lancaster.

    1487 - Vitória de Henrique VII na batalha de Stoke Field, confronto final das “Guerras das

    Rosas” (Wars of the Roses)

    1502 - Margaret, filha de Henry VII, esposa Jaime IV da Escócia.

    1509 – Início do reinado de Henrique VIII.

    1513 – Jaime IV da Escócia é assassinado. Os escoceses são derrotados na batalha de

    Flodden Field.

    1517 - Martinho Lutero prega suas "95 Teses" contra a prática de venda de indulgências, na

    porta da igreja de Wittenberg. Início da reforma protestante.

    1521 - Henrique VIII recebe o título de "Defensor da Fé" do papa Leão X , devido à sua

    oposição a Lutero

    1529 - Henrique VIII demite o Lorde Chanceler Thomas Wolsey, por não conseguir a

  • 24

    anuência do papa quanto ao seu divórcio de Catarina de Aragão, e o substitui por Thomas

    More.

    1532 - Thomas More renuncia devido à questão do divórcio de Henrique VIII.

    1533 - Henrique VIII esposa Ana Bolena e é excomungado pelo papa Clemente VII.

    Thomas Cranmer é nomeado Arcebispo de Canterbury.

    1534 - Henrique VIII é declarado o dirigente supremo da Igreja da Inglaterra no “Ato de

    Supremacia” (Act of Supremacy).

    1535 - Thomas More é decapitado na Torre de Londres.

    1536 - Anne Bolena é decapitada por ordem de Henrique VIII, que esposa Jane Seymour.

    Inicia-se a dissolução dos monastérios ingleses sob a direção de Thomas Cromwell, tarefa

    completada em 1539.

    1537 - Jane Seymour morre após dar a luz a um menino, o futuro rei Eduardo VI.

    1540 - Henrique VIII esposa Ana de Cleves e, após divorciar-se, casa-se novamente com

    Catherine Howard. Thomas Cromwell é executado, acusado de traição.

    1542 - Catherine Howard é decapitada por infidelidade ao rei.

    1543 - Henrique VIII casa-se com Catherine Parr. Henrique VIII e Carlos V (Imperador do

    Sacro Império Romano) fazem uma aliança contra a Escócia e França.

    1544 - Henrique VIII e Carlos V invadem a França.

    1547 – Início do reinado de Eduardo VI, com o duque de Somerset atuando como Protetor

    do rei.

    1550 - Duque de Northumberland substitui o duque de Somerset como Protetor do rei.

    1553 – Morre EduardoVI, e Lady Jane Grey é proclamada rainha pelo duque de

    Northumberland, mas seu reinado dura somente nove dias. Início do reinado de Maria I,

    filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão. Restauração dos bispos católicos na

    Inglaterra.

    1554 - Execução de Lady Jane Grey

    1555 – Inglaterra retorna ao catolicismo e os protestantes são perseguidos. Cerca de 300

    pessoas - incluindo o Arcebispo de Canterbury, Thomas Cramner - são queimadas na

    fogueira.

    1558 - Morre Maria I. Início do reinado de Elisabeth I, filha de Henrique VIII e Ana

    Bolena. A Inglaterra perde Calais, sua última possessão em França.

  • 25

    1563 – Editados “Os 39 Artigos” (The Thirty-nine Articles), que completam o

    estabelecimento da Igreja Anglicana.

    1564 - Nasce William Shakespeare

    1567 – Maria, rainha da Escócia abdica. Jaime VI torna-se rei da Escócia.

    1568 – Maria, rainha da Escócia foge para a Inglaterra e é aprisionada por Elizabeth I no

    castelo de Fotheringay.

    1584 - Conspiração contra Elizabeth I na qual está envolvida Maria, rainha da Escócia.

    1587 – Execução de Maria, rainha da Escócia. A Inglaterra entra em guerra com a Espanha

    até 1603.

    1588 – Derrota da armada espanhola.

    1597 – Início da rebelião irlandesa que dura até 1601.

    1601 – O duque de Essex se rebela contra Elisabeth I e é executado.

    1603 – Morre Elizabeth I. O rei Jaime VI da Escócia torna-se Jaime I da Inglaterra.

    1604 – Jaime I bane os Jesuítas da Inglaterra.

    1605 – A “Conspiração da Pólvora” (Gunpowder Plot), na qual conspiradores católicos

    tentaram explodir conjuntamente o Parlamento e Jaime I.

    1607 – Parlamento recusa a proposta de união entre Inglaterra e Escócia. É fundada a

    colônia de Virginia, na América do Norte.

    1611 – A versão do rei Jaime da Bíblia é finalizada.

    1614 - James I dissolve o Parlamento.

    1616 - Morre William Shakespeare

    1618 – Início da “Guerra dos Trinta Anos”.

    1620 – O navio "Mayflower", conduzindo os peregrinos ingleses, aporta em Cape Cod,

    Massachusetts, e é fundada New Plymouth.

    ( traduzido, adaptado e ampliado a partir do material presente em http://search.eb.com/shakespeare)

  • 26

    4. CRONOLOGIA E DIVISÃO POR TIPO DAS OBRAS DE SHAKESPEARE

    CRONOLOGIA PROVÁVEL DAS PEÇAS DE SHAKESPEARE

    1589-1592

    Henry VI, Parte 1; Henry VI, Parte 2; Henry VI, Parte 3

    1592-1593 Richard III; The Comedy of Errors

    1593-1594 Titus Andronicus; The Taming of the Shrew

    1594-1595 The Two Gentlemen of Verona; Love's Labour's Lost; Romeo and Juliet

    1595-1596 Richard II; A Midsummer Night's Dream

    1596-1597 King John; The Merchant of Venice

    1597-1598 Henry IV, Parte 1; Henry IV, Parte 2

    1598-1599 Much Ado About Nothing; Henry V

    1599-1600 Julius Caesar; As You Like It

    1600-1601 Hamlet; The Merry Wives of Windsor

    1601-1602 Twelfth Night; Troilus and Cressida

    1602-1603 All's Well That Ends Well

    1604-1605 Measure for Measure; Othello

    1605-1606 King Lear; Macbeth

    1606-1607 Antony and Cleopatra

    1607-1608 Coriolanus; Timon of Athens

    1608-1609 Pericles

    1609-1610 Cymbeline

    1610-1611 The Winter's Tale; The Tempest

    1612-1613 Henry VIII; The Two Noble Kinsmen (apud http://search.eb.com/shakespeare)

    PEÇAS DE SHAKESPEARE POR TIPO

    COMÉDIAS

    The Comedy of Errors (A Comédia dos Erros)

    Love's Labour's Lost (Trabalhos de Amor Perdidos)

    The Two Gentlemen of Verona (Os Dois Cavalheiros de Verona)

    The Taming of the Shrew (A Megera Domada)

    A Midsummer Night's Dream (Sonho de Uma Noite de Verão)

    The Merchant of Venice (O Mercador de Veneza)

    Much Ado About Nothing (Muito Barulho Por Nada)

    The Merry Wives of Windsor (As Alegres Comadres de Windsor)

    As You Like It (Do Jeito que Você Gosta)

    Twelfth Night (Noite de Reis)

  • 27

    As comédias ‘negras’

    All's Well That Ends Well (Tudo Está Bem, Quando Acaba Bem)

    Measure for Measure (Medida por Medida)

    Troilus and Cressida (Tróilo e Créssida)

    ROMANCES

    Péricles (Péricles)

    The Winter's Tale (O Conto do Inverno)

    Cymbeline (Cimbeline)

    The Tempest (A Tempestade)

    The Two Noble Kinsmen (Os Dois Honoráveis Parentes)

    HISTÓRICAS

    Henry VI, Parte 1 (Henrique VI)

    Henry VI, Parte 2

    Henry VI, Parte 3

    Richard III (Ricardo III)

    King John (Rei João)

    Richard II (Ricardo II)

    Henry IV, Parte 1 (Henrique IV)

    Henry IV, Parte 2

    Henry V (Henrique V)

    Henry VIII (Henrique VIII)

    TRAGÉDIAS

    Titus Andronicus (Tito Andrônico)

    Romeo and Juliet (Romeu e Julieta)

    Julius Caesar (Júlio César)

    Hamlet (Hamlet)

    Othello (Otelo)

    King Lear (Rei Lear)

    Macbeth (Macbeth)

    Timon of Athens (Timão de Atenas)

    Antony and Cleopatra (Antônio e Cleópatra)

    Coriolanus (Coriolano)

    AS PEÇAS ROMANAS

    Julius Caesar (Júlio César)

    Antony and Cleópatra (Antônio e Cleópatra)

    Coriolanus (Coriolano)

    (apud http://search.eb.com/shakespeare)

  • 28

    5. PEÇAS DE SHAKESPEARE EM ORDEM ALFABÉTICA E SINOPSES DE

    OBRAS SELECIONADAS

    All's Well That Ends Well (Tudo Está Bem, Quando Acaba Bem)

    Antony and Cleópatra (Antônio e Cleópatra)

    As You Like It (Do Jeito que Você Gosta)

    The Comedy of Errors (A Comédia dos Erros)

    Coriolanus (Coriolano)

    Cymbeline (Cimbeline)

    Hamlet (Hamlet)

    Principais Personagens: Hamlet, príncipe da Dinamarca; Cláudio, rei da

    Dinamarca; Gertrudes, mãe de Hamlet e rainha da Dinamarca; Polônio,

    conselheiro do rei; Ofélia, filha de Polônio; Laertes, filho de Polônio; Horácio,

    amigo de Hamlet; Rosencrantz e Guildenstern, cortesãos; Fortimbrás, príncipe

    da Noruega.

    Sinopse: Após a morte do Rei Hamlet da Dinamarca, seu irmão Cláudio desposa a

    Rainha Gertrudes e torna-se rei. O único filho do finado rei, Hamlet, entra em contato

    com um espectro nas muralhas do castelo de Elsinore que, dizendo ser seu pai, o

    instiga a vingar-se de seu tio Cláudio. Hamlet, com o intuito de desmascarar Cláudio,

    finge-se de louco e rejeita Ofélia, filha de Polônio, que é o conselheiro do rei.

    Organiza a seguir uma encenação teatral na qual se representa o crime cometido por

    Cláudio, o qual reage de maneira intempestiva, confirmando as suspeitas de Hamlet.

    Mas ao invés de matar o rei, Hamlet mata Polônio, que estava escondido no quarto

    da rainha a espionar. Hamlet é, então, enviado para a Inglaterra acompanhado por

    Rosencrantz e Guildenstern para entregar uma carta ao rei inglês que continha uma

    ordem determinando sua execução. Nesse ínterim, Ofélia enlouquece e deixa-se

    afogar num ribeiro. Hamlet escapa ao complô e retornando à Dinamarca, chega a

    Elsinore no momento do enterro de Ofélia. Transtornado, entra em luta corporal com

    Laertes, irmão de Ofélia. Laertes, decidido a vingar a morte de seus parentes, entra

    num conluio com Cláudio quanto a uma disputa de esgrima, na qual pretendiam

    assassinar Hamlet com um florete com a ponta envenenada. No decorrer da luta

    Hamlet recebe um toque, mas em seguida os floretes são trocados e Laertes é

    envenenado pela sua própria arma. À beira da morte revela a participação de Cláudio

  • 29

    no episódio e avisa a Hamlet que ele também irá morrer. Enquanto isso, a rainha bebe

    uma taça de vinho envenenada que era destinada a Hamlet, morrendo também.

    Hamlet finalmente mata Cláudio e morre em seguida. Vacante, o trono da Dinamarca

    é tomado por Fortimbrás da Noruega, que determina um enterro de herói a Hamlet.

    Henry IV, Parte 1 (Henrique IV)

    Henry IV, Parte 2

    Henry V (Henrique V)

    Henry VI, Parte 1 (Henrique VI)

    Henry VI, Parte 2

    Henry VI, Parte 3

    Henry VIII (Henrique VIII)

    Julius Caesar (Júlio César)

    King John (Rei João)

    King Lear (Rei Lear)

    Principais Personagens: Lear, rei da Bretanha; Goneril, Regane e Cordélia,

    filhas de Lear; duque da Cornualha, marido de Regane; duque de Albany, marido

    de Goneril; rei de França, marido de Cordélia; conde de Kent, defensor de

    Cordélia; conde de Glócester, conselheiro do rei; Edgar, filho de Glócester;

    Edmundo, filho bastardo de Glócester; Bobo da corte.

    Sinopse: Cansado das lides reais, Rei Lear decide dividir seu reino entre suas filhas

    Goneril, Regane e Cordélia, de acordo com o amor que elas sentem por ele. Para tanto,

    pede-lhes que expressem em palavras esse amor. Enquanto Goneril e Regane

    esmeram-se em adulações vazias, Cordélia insiste em afirmar que o ama da maneira

    que uma filha deve amar seu pai. Achando insuficiente essa resposta, Lear a deserda

    e bane do reino o conde de Kent, que havia tomado seu partido. Apesar de renegada

    pelo pai, Cordélia é desposada pelo rei de França e parte. Lear doa suas posses para

    as filhas mais velhas e respectivos maridos, mas mantendo para si o título de rei.

    Decidido a ter uma vida errante e despreocupada, Lear segue com um séquito de

    cavaleiros para o castelo de Regane, que se recusa a abrigá-lo. Enfurecido, Lear vai

    até o castelo de Goneril, onde recebe o mesmo tratamento infamante. Arrasado pela

    ingratidão das duas filhas, Lear passa a vagar em meio à tempestade acompanhado

    do Bobo e fica louco. Encontra Edgar, herdeiro de Glócester, que havia sido expulso

    de sua casa devido às artimanhas de seu meio-irmão Edmundo, que procura lhe

  • 30

    ajudar. Glócester, o pai, também tenta auxiliar o rei, mas tem seus olhos arrancados

    por ordem do duque da Cornualha, marido de Regane. O velho Glócester e Lear são

    conduzidos a Dover, respectivamente por Edgar e Kent, para encontrarem-se com

    Cordélia, que acabara de desembarcar junto com as tropas francesas. Lear e a filha

    mais nova se reconciliam, mas são derrotados em batalha e feitos prisioneiros por

    Edmundo, que ordenada o enforcamento de Cordélia. Goneril envenena Regane por

    ciúmes de Edmundo, mas acaba por cometer suicídio quando fica sabendo que ele

    morreu combatendo Edgar. Antes de morrer, Edmundo revela que havia ordenado a

    execução de Cordélia e o duque de Albany envia um mensageiro para salvá-la.

    Entretanto, ele chega tarde demais. Lear carrega o corpo da filha nos braços e,

    prostrado pela dor, morre em seguida. Glócester e Edgar morrem e o duque de Albany

    torna-se rei.

    Love's Labour's Lost (Trabalhos de Amor Perdidos)

    Macbeth (Macbeth)

    Principais Personagens: Duncan, rei da Escócia; Malcolm, filho mais velho de

    Duncan; Donalbain, filho mais novo de Duncan; Macbeth, general, barão de

    Glamis e Crawdor, rei da Escócia; Lady Macbeth, esposa de Macbeth; Banquo,

    general e barão; Fleance, filho de Banquo; Macduff, barão de Fife; três feiticeiras.

    Sinopse: Retornando de uma batalha contra Macdonald, inimigo do Rei Duncan, os

    generais Macbeth e Banquo encontram três feiticeiras que predizem que Macbeth se

    tornará barão de Crawdor e depois rei da Escócia, mas que os descendentes de Banquo

    tornar-se-ão reis em seguida. Duncan efetivamente nomeia Macbeth barão de

    Crawdor, o que o faz acreditar na profecia. Impelido por Lady Macbeth, ele resolve

    assassinar Ducan, aproveitando-se do fato do rei estar pernoitando em seu castelo.

    Após matá-lo, Macbeth imputa a culpa aos guardas e os liquida antes que possam se

    expressar. Sentindo-se ameaçados, os filhos de Duncan fogem. Macbeth assume o

    trono vacante, concretizando a primeira parte da predição das feiticeiras. Banquo é

    morto por ordem de Macbeth – tentando evitar que o restante da profecia se concretize

    -, mas seu filho Fleance consegue escapar. No banquete de coroação, Macbeth é

    assombrado pelo fantasma de Banquo e fica perturbado pelo remorso, gerando

    desconfiança nos demais nobres presentes, que começam a conspirar contra ele.

    Macduff foge para a Inglaterra e Macbeth determina que sua família seja massacrada.

    Macbeth procura novamente as feiticeiras e elas lhe advertem que ele só poderá ser

    morto por um homem que não nasceu de mulher e que só será derrotado quando a

    floresta de Birnan caminhar ao seu encontro. Confiante com essas predições

    aparentemente impossíveis de serem concretizadas, Macbeth trava batalha contra

    Macduff e Malcolm, que haviam atacado seu castelo. Sentindo-se invencível devido

    às profecias das feiticeiras, Macbeth só percebe o perigo quando é comunicado do

    suicídio de sua enlouquecida esposa e vê as árvores caminhando em sua direção, um

    artifício usado pelos adversários para confundir as suas tropas. Derrotado, Macbeth

    tem sua cabeça cortada por Macduff, que havia nascido por meio de uma cesariana.

    Macduff leva a cabeça de Macbeth até Malcolm que, sucedendo ao pai, torna-se o

    novo rei da Escócia.

  • 31

    Measure for Measure (Medida por Medida)

    The Merchant of Venice (O Mercador de Veneza)

    The Merry Wives of Windsor (As Alegres Comadres de Windsor)

    A Midsummer Night's Dream (Sonho de Uma Noite de Verão)

    Much Ado About Nothing (Muito Barulho por Nada)

    Othello (Otelo)

    Principais Personagens: Brabâncio, senador de Veneza; Otelo, general negro no

    comando do exército veneziano, o “Mouro de Veneza”; Desdêmona, filha de

    Brabâncio e esposa de Otelo; Cássio, lugar-tenente de Otelo; Iago, alferes de Otelo;

    Emília, esposa de Iago e criada de Desdêmona; Roderigo, cavalheiro veneziano

    apaixonado por Desdêmona; duque de Veneza.

    Sinopse: Brabâncio é informado por Roderigo e Iago que sua filha Desdêmona havia

    se casado secretamente com Otelo e quer vingar-se dele. Porém, os turcos atacam

    Chipre – uma possessão veneziana – e Otelo é convocado pelo duque de Veneza para

    combatê-los. Otelo e Desdêmona partem para Chipre, juntamente com Roderigo, Iago

    e Cássio. Iago - que se sentia prejudicado por Otelo por ter sido preterido em benefício

    de Cássio numa promoção de carreira - começa a fazer intrigas envolvendo

    Desdêmona e o seu rival. Cássio comete uma falta e é convencido por Iago a pedir a

    intervenção de Desdêmona junto a Otelo para evitar sua punição. Iago sugere a Otelo

    que esse interesse de Desdêmona por Cássio é movido por algo mais que amizade.

    Otelo resiste a princípio, mas gradualmente é convencido pela maledicência de Iago

    que sua esposa está envolvida em um relacionamento amoroso com Cássio. Emília

    encontra um lenço de sua ama no chão e o entrega a Iago, que o repassa a Cássio.

    Quando Cássio devolve o lenço, Otelo obtém o que ele acredita ser a prova definitiva

    da infidelidade de sua esposa. Tomado pelo ciúme – insuflado por Iago – Otelo mata

    Desdêmona, estrangulando-a. Emília conta a Otelo a sua versão dos fatos e o

    convence da traição de Iago. Iago mata Emília, mas consegue escapar da fúria de

    Otelo e acaba preso. Roderigo tenta matar Cássio, seguindo ordens de Iago, mas só o

    fere e acaba morto ele próprio no confronto. Otelo percebe a imensidão de seu erro e,

    após pedir perdão a Cássio, suicida-se abraçado ao corpo de Desdêmona.

    Pericles (Péricles)

    Richard II (Ricardo II)

    Richard III (Ricardo III)

    Romeo and Juliet (Romeu e Julieta)

    The Taming of the Shrew (A Megera Domada)

  • 32

    The Tempest (A Tempestade)

    Timon of Athens (Timão de Atenas)

    Titus Andronicus (Tito Andronico)

    Troilus and Cressida (Tróilo e Créssida)

    Twelfth Night (Noite de Reis)

    The Two Gentlemen of Verona (Os Dois Cavalheiros de Verona)

    The Two Noble Kinsmen (Os Dois Honoráveis Parentes)

    The Winter's Tale (O Conto de Inverno)

  • 33

    6. OBRAS CINEMATOGRÁFICAS SOBRE AS PEÇAS DE SHAKESPEARE

    Antony and Cleópatra (Antônio e Cleópatra)

    (1)

    Espanha/Suíça/Inglaterra; 1972

    Duração: 160 minutos

    Produção: Transac/Izaro/Folie

    Diretor: Charlton Heston

    Elenco: Charlton Heston (Antony); Hildegard Neil (Cleopatra); Fernando Rey (Lepidus)

    As You Like It (Do Jeito Que Você Gosta)

    (1)

    Inglaterra; 1936

    Duração: 97 minutos

    Produção: Inter-Allied

    Diretor: Paul Czinner

    Elenco: Henry Ainley (Duke Senior); Felix Aylmer (Duke Frederick); Laurence Olivier

    (Orlando); Elisabeth Bergner (Rosalind)

    (2)

    Inglaterra; 1992

    Duração: 117 minutos

    Produção: Sands Films

    Diretor: Christine Edzard

    Elenco: Andrew Tiernan (Orlando/Oliver); Emma Croft (Rosalind); Cyril Cusack (Adam);

    James Fox (Jaques)

    Hamlet (Hamlet)

    (1)

    França; 1900

    Duração: 3 minutos

    Produção: Maurice

    Diretor: Clément Maurice

    Elenco: Sarah Bernhardt (Hamlet); Pierre Magnier (Laertes)

  • 34

    (2)

    França; 1907

    Duração: 10 minutos

    Produção: Méliès

    Diretor: Georges Méliès

    Elenco: Georges Méliès (Hamlet)

    (3)

    Inglaterra; 1913

    Duração: 54 minutos

    Produção: Hepworth/Gaumont

    Diretor: E. Hay Plumb

    Elenco: Johnston Forbes-Robertson (Hamlet)

    (4)

    Alemanha; 1920

    Duração: 117 minutos

    Produção: Art Film

    Diretor: Svend Gade/Heinz Schall

    Elenco: Asta Nielsen (Hamlet)

    (5)

    Inglaterra; 1948

    Duração: 152 minutos

    Produção: Two Cities Films

    Diretor: Laurence Olivier

    Elenco: Laurence Olivier (Hamlet); Jean Simmons (Ophelia); Eileen Herlie (Gertrude)

    (6)

    Alemanha; 1960

    Duração: 127 minutos

    Produção: Bavaria Attelier

    Diretor: Franz Peter Wirth

    Elenco: Maximilian Schell (Hamlet)

    (7)

    Título do Filme: Ophelia

    França; 1962

    Duração: 105 minutos

    Produção: Boreal Pictures

    Diretor: Claude Chabrol

    Elenco: André Jocelyn (Yvan/Hamlet); Juliette Mayniel (Lucie/Ophelia); Alida Valli

    (Claudia Lesurf/Gertrude); Claude Cerval (Adrien Lesurf/Claudius)

    (8)

    Título do Filme: Gamlet

    URSS; 1964

  • 35

    Duração: 148 minutos

    Produção: Lenfilm

    Diretor: Grigori Kozintsev

    Elenco: Innokenti Smoktunovsky (Hamlet)

    (9)

    Inglaterra; 1969

    Duração: 117 minutos

    Produção: Woodfall Film Productions

    Diretor: Tony Richardson

    Elenco: Nicol Williamson (Hamlet); Marianne Faithfull (Ophelia); Judy Parfitt (Gertrude);

    Anthony Hopkins (Claudius)

    (10)

    USA; 1990

    Duração: 135 minutos

    Produção: Icon Productions

    Diretor: Franco Zeffirelli

    Elenco: Mel Gibson (Hamlet); Helena Bonham Carter (Ophelia); Glenn Close (Gertrude);

    Alan Bates (Claudius)

    (11)

    Título do Filme: A Midwinter's Tale (In the Bleak Midwinter)

    Inglaterra; 1995

    Duração: 98 minutos

    Produção: Midwinter Films

    Diretor: Kenneth Branagh

    Elenco: Michael Maloney (Joe Harper que atua como Hamlet), Richard Briers (Henry

    Wakefield que atua como Claudius), John Sessions (Terry du Bois que atua como

    Gertrude), Julia Sawalha (Nina Raymond que atua como Ophelia)

    (12)

    Inglaterra/USA; 1996

    Duração: 242 minutos

    Produção: Castle Rock Entertainment

    Diretor: Kenneth Branagh

    Elenco: Kenneth Branagh (Hamlet); Kate Winslet (Ophelia); Julie Christie (Gertrude);

    Charlton Heston (Player King)

  • 36

    Henry IV, Part 1&2 (Henrique IV, Parte 1&2) (inclui Henry V)

    (1)

    Título do Filme: Chimes at Midnight

    Espanha/Suíça; 1966

    Duração: 119 minutos

    Produção: Internacional Films/Alpine

    Diretor: Orson Welles

    Elenco: Orson Welles (Falstaff); Keith Baxter (Prince Hal); John Gielgud (Henry IV);

    Margaret Rutherford (Mistress Quickly)

    Henry V (Henrique V)

    (1)

    (o mesmo que Henry IV)

    (2)

    Inglaterra; 1944

    Duração: 137 minutos

    Produção: Two Cities Films

    Diretor: Laurence Olivier

    Kenneth Branagh no papel de Hamlet (1996), contracenando com

    Julie Christie como Gertrude

    Castle Rock Entertainment (courtesy Kobal)

  • 37

    Elenco: Laurence Olivier (Henry V); Robert Newton (Pistol); Leslie Banks (Chorus);

    Renée Asherston (Katherine)

    (3)

    Inglaterra; 1989

    Duração: 138 minutos

    Produção: Samuel Goldwyn/Renaissance Films

    Diretor: Kenneth Branagh

    Elenco: Kenneth Branagh (Henry V); Derek Jacobi (Chorus); Ian Holm (Fluellen); Judi

    Dench (Mistress Quickly)

    Kenneth Branagh como Henrique V (1989), com Emma Thompson no

    papel de Katharine

    Renaissance Films/BBC/Curzon Films (courtesy Kobal)

    Julius Caesar (Júlio César)

    (1)

    USA; 1950

    Duração: 90 minutos

    Produção: Avon Productions

    Diretor: David Bradley

    Elenco: Charlton Heston (Mark Antony)

    (2)

    USA; 1953

    Duração: 121 minutos

  • 38

    Produção: MGM

    Diretor: Joseph L. Mankiewicz

    Elenco: Marlon Brando (Mark Antony); James Mason (Brutus); John Gielgud (Cassius);

    Louis Calhern (Julius Caesar)

    (3)

    Inglaterra; 1970

    Duração: 117 minutos

    Produção: Commonwealth United

    Diretor: Stuart Burge

    Elenco: Charlton Heston (Mark Antony); Jason Robards (Brutus); John Gielgud (Julius

    Caesar); Diana Rigg (Portia)

    King John (Rei João)

    (1)

    Inglaterra; 1899

    Duração: 2 minutos (?)

    Produção: British Mutoscope and Biograph Co.

    Diretor: Sir Herbert Beerbohm Tree

    Elenco: Sir Herbert Beerbohm Tree (King John)

    King Lear (Rei Lear)

    (1)

    Título do Filme: Karol Lear

    URSS; 1970

    Duração: 140 minutos

    Produção: Lenfilm

    Diretor: Grigory Kozintsev

    Elenco: Yuri Yarvet (Lear)

    (2)

    Inglaterra/Dinamarca; 1970

    Duração: 137 minutos

    Produção: Filmways (London)--Athene/Laterna Films (Copenhagen)

    Diretor: Peter Brook

    Elenco: Paul Scofield (Lear); Irene Worth (Goneril); Jack MacGowran (Louco); Anne-Lise

    Gabold (Cordelia)

    (3)

  • 39

    Inglaterra; 1984 (Produção para TV – Prêmio Emmy)

    Duração: 158 minutos

    Produção: BBC (David Plowright)

    Diretor: Michael Elliot

    Elenco: Laurence Olivier (Lear); Anna Calder-Marshall (Cordelia

    (4)

    Título do Filme: Ran (Chaos)

    Japão/França; 1985

    Duração: 160 minutos

    Produção: Toho

    Diretor: Akira Kurosawa

    Elenco: Tatsuya Nakadai (Hidetora Ichimonji - Lear); Akira Terao (Taro); Jinpachi Nezu

    (Jiro); Daisuke Ryu (Saburo); Mieko Harada (Kaede); Yoshiro Miyazaki (Sue); Peter

    (Kyoami o Louco)

    Excerto dos Diálogos do Filme (tradução para o português a partir da versão inglesa do original japonês)

    Kyoami (Bobo): Um ovo de serpente é branco e puro. Um de ave é manchado e sujo. [A serpent's egg is

    white and pure. A bird's is speckled and soiled.]

    Hidetora (Lear): Isto é um castelo ... Aqui está uma parede. [This is a castle... Here's a wall.]

    K.: O pássaro trocou o ovo manchado pelo branco. [The bird left the speckled egg for the white.]

    H.: Estranho… [Strange...]

    K.: O ovo fende-se; uma serpente surge. [The egg cracks; out comes a snake.]

    H.: Espaço vazio sobre a parede. Por quê? [Empty space above the wall. Why?]

    K.: O pássaro é abocanhado pela serpente. [The bird is gobbled by the snake.]

    H.: Onde estou? Quem sou? [Where am I? Who am I?]

    K.: Pássaro estúpido! [Stupid bird!]

    K: O Homem nasceu chorando. Quando já chorou o suficiente, morre. [Man is born crying. When he has

    cried enough, he dies]

    H: Estou perdido… [I am lost...]

    K: Tal é a condição humana. [Such is the human condition] (apud http://www.imdb.com)

    Macbeth (Macbeth)

    (1)

    Título do Filme: Macbeth

    USA; 1948

    Duração: 89 minutos

    Produção: Republic Pictures/Mercury Production

    Diretor: Orson Welles

    Elenco: Orson Welles (Macbeth); Jeanette Nolan (Lady Macbeth); Dan O'Herlihy

    (Macduff)

    http://www.imdb.com/name/nm0676201/http://www.imdb.com/name/nm0619938/http://www.imdb.com/name/nm0676201/

  • 40

    (2)

    Título do Filme: Throne of Blood (Trono Manchado de Sangue)

    Japão; 1957

    Duração: 105 minutos

    Produção: Toho

    Diretor: Akira Kurosawa

    Elenco: Toshiro Mifune (Taketoki Washizu - Macbeth); Isuzu Yamada (Asaji - Lady

    Macbeth)

    (3)

    Inglaterra; 1971

    Duração: 140 minutos

    Produção: Playboy Productions/Caliban Films

    Diretor: Roman Polanski

    Elenco: Jon Finch (Macbeth); Francesca Annis (Lady Macbeth)

    The Merchant of Venice (O Mercador de Veneza)

    (1)

    Título do Filme: Il mercante di Venezia

    Itália; 1910

    Duração: 8 minutos

    Produção: Film d'Arte Italiana

    Jon Finch no papel de Macbeth (1971)

    Caliban Films/Playboy Productions (courtesy Kobal)

  • 41

    Diretor: Gerolamo Lo Savio

    Elenco: Ermete Novelli (Shylock); Françasca Bertini (Portia)

    (2)

    Título do Filme: Shylock

    França: 1913

    Duração: 33 minutos

    Produção: Eclipse

    Diretor: Henri Desfontaines

    Elenco: Harry Baur (Shylock); Pépa Bonafé (Portia)

    (3)

    Título do Filme: Der Kaufmann von Venedig

    Alemanha; 1923

    Duração: 64 minutos

    Produção: Peter Paul Felner-Film Co.

    Diretor: Peter Paul Felner

    Elenco: Werner Krauss (Shylock); Henny Porten (Portia); Max Schreck (Duke of Venice);

    Carl Ebert (Antonio)

    A Midsummer Night's Dream (Sonho de Uma Noite de Verão)

    (1)

    USA; 1909

    Duração: 8 minutos

    Produção: Vitagraph Company

    Diretor: Charles Kent

    Elenco: Maurice Costello (Lysander); Dolores Costello (Fairy); William Ranous (Nick

    Bottom)

    (2)

    USA; 1935

    Duração: 132 minutos

    Produção: Warner Brothers

    Diretor: Max Reinhardt and William Dieterle

    Elenco: Dick Powell (Lysander); Olivia de Havilland (Hermia); Mickey Rooney (Puck);

    James Cagney (Nick Bottom)

    (3)

    Inglaterra; 1996

    Duração: 105 minutos

    Produção: Edenwood Productions

    Diretor: Adrian Noble

    Elenco: Lindsay Duncan (Hippolyta/Titania); Alex Jennings (Theseus/Oberon); Desmond

    Barrit (Nick Bottom)

  • 42

    Much Ado About Nothing (Muito Barulho Por Nada)

    (1)

    Inglaterra /USA; 1993

    Duração: 110 minutos

    Produção: Samuel Goldwyn/Renaissance Films

    Diretor: Kenneth Branagh

    Elenco: Kenneth Branagh (Benedick); Emma Thompson (Beatrice); Michael Keaton

    (Dogberry); Denzel Washington (Don Pedro)

    Othello (Otelo)

    (1)

    Alemanha; 1922

    Duração: 93 minutos

    Produção: Wörner Film

    Diretor: Dimitri Buchowetzki

    Elenco: Emil Jannings (Othello); Werner Krauss (Iago); Ica von Lenkeffy (Desdemona)

    (2)

    Marrocos; 1952

    Duração: 91 minutos

    Emma Thompson no papel de Beatrice, com Kenneth Branagh como

    Benedick, em Much Ado About Nothing (1993)

    Copyright Archive Photos/fotos international

  • 43

    Produção: Films Marceau/Mercury Productions

    Diretor: Orson Welles

    Elenco: Orson Welles (Othello); Micheál MacLiammóir (Iago); Suzanne Cloutier

    (Desdemona); Robert Coote (Roderigo)

    (3)

    URSS; 1956

    Duração: 108 minutos

    Produção: Mosfilm

    Diretor: Sergei Yutkevich

    Elenco: Sergei Bondarchuk (Othello); Andrei Popov (Iago); Irina Skobtseva (Desdemona)

    (4)

    Inglaterra; 1995

    Duração: 124 minutos

    Produção: Elencole Rock/Dakota Films/Imminent Films

    Diretor: Oliver Parker

    Elenco: Laurence Fishburne (Othello); Kenneth Branagh (Iago); Irène Jacob (Desdemona)

    Othello, 1995

    Laurent Fishburne (Otelo) e Kenneth Branagh (Iago)

    Richard III (Ricardo III)

    (1)

    Inglaterra; 1911

    Duração: 16 minutos

    Produção: Co-operative Cinematograph

    Diretor: Frank R. Benson

    Elenco: Frank R. Benson (Richard III)

    (2)

    USA; 1912

    Duração: 55 minutos

    Produção: Shakespeare Film Co./Richard III Film Co.

    Diretor: James Keane [Keene]

    Elenco: Frederick Warde (Richard III); James Keane [Keene] (Richmond)

  • 44

    (3)

    Inglaterra; 1955

    Duração: 138 minutos

    Produção: London Film Productions

    Diretor: Laurence Olivier

    Elenco: Laurence Olivier (Richard III); John Gielgud (Clarence); Ralph Richardson

    (Buckingham); Claire Bloom (Lady Anne)

    (4)

    USA; 1995

    Duração: 105 minutos

    Produção: Bayly/Paré

    Diretor: Richard Loncraine

    Elenco: Ian McKellen (Richard III); Jim Broadbent (Buckingham); Kristin Scott Thomas

    (Lady Anne); Annette Bening (Queen Elizabeth)

    (5)

    Título do Filme: Looking for Richard

    USA; 1996

    Duração: 109 minutos

    Produção: Jam Productions

    Diretor: Al Pacino

    Elenco: Al Pacino (Richard III); Aidan Quinn (Richmond); Alec Baldwin (Clarence);

    Winona Ryder (Lady Anne)

    Annette Bening no papel de Rainha Elizabeth, dançando com John

    Wood como Rei Edward em Richard III (1995)

    United Artists (courtesy Kobal)

  • 45

    Romeo and Juliet (Romeu e Julieta)

    (1)

    USA; 1936

    Duração: 126 minutos

    Produção: MGM

    Diretor: George Cukor

    Elenco: Leslie Howard (Romeo); Norma Shearer (Juliet); John Barrymore (Mercutio);

    Basil Rathbone (Tybalt).

    (2)

    Título do Filme: Les Amants de Vérone

    França; 1949

    Duração: 110 minutos

    Produção: Films de France

    Diretor: Andre Cayatte

    Elenco: Serge Reggiani (Romeo); Anouk Aimée (Juliet)

    (3)

    Título do Filme: Giulietta e Romeo

    Inglaterra/Itália; 1954

    Duração: 138 minutos

    Produção: Verona Productions

    Diretor: Renato Castellani

    Elenco: Laurence Harvey (Romeo); Susan Shentall (Juliet); Flora Robson (Nurse)

    (4)

    Título do Filme: Giulietta e Romeo

    Itália/Espanha; 1964

    Duração: 90 minutos

    Produção: Imprecine/Hispamer Film

    Diretor: Riccardo Freda

    Elenco: Gerald Meynier (Romeo); Rosemarie Dexter (Juliet)

    (5)

    Itália/Inglaterra; 1968

    Duração: 139 minutos

    Produção: B.H.E./Verona Productions/Dino de Laurentiis Cinematografica

    Diretor: Franco Zeffirelli

    Elenco: Leonard Whiting (Romeo); Olivia Hussey (Juliet); Michael York (Tybalt)

    (6)

    USA; 1996

    Duração: 120 minutos

    Produção: Bazmark

    Diretor: Baz Luhrmann

  • 46

    Elenco: Leonardo DiCaprio (Romeo); Claire Danes (Juliet); Brian Dennehy (Montague);

    Paul Sorvino (Capulet)

    The Taming of the Shrew (A Megera Domada)

    (1)

    USA; 1929

    Duração: 68 minutos

    Produção: Pickford Corporation

    Diretor: Sam Taylor

    Elenco: Mary Pickford (Katharina); Douglas Fairbanks (Petruchio)

    (2)

    USA/Itália; 1966

    Duração: 122 minutos

    Produção: Royal Films International (N.Y.) F.A.I. Production

    Diretor: Franco Zeffirelli

    Elenco: Elizabeth Taylor (Katharina); Richard Burton (Petruchio)

    The Tempest (A Tempestade)

    (1)

    Inglaterra; 1979

    Duração: 96 minutos

    Produção: Boyd's Company

    Diretor: Derek Jarman

    Elenco: Heathcote Williams (Prospero); Karl Johnson (Ariel); Toyah Willcox (Miranda)

    (2)

    Título do Filme: Prospero's Books

    UK/Holanda/França/Itália; 1991

    Duração: 124 minutos

    Produção: Allarts/Cine/Camera One/Penta

    Diretor: Peter Greenaway

    Elenco: John Gielgud (Prospero); Isabelle Pasco (Miranda); Michael Clark (Caliban)

    Titus Andronicus (Tito Andrônico)

    (1)

    Título do Filme: Titus

  • 47

    USA; 2000

    Duração: 162 minutos

    Produção: Twentieth Century Fox

    Diretor: Julie Taymor

    Elenco: Anthony Hopkins (Titus Andronicus), Jessica Lange (Tamora), Osheen Jones

    (Young Lucius), Harry J. Lennix (Aaron)

    Twelfth Night (Noite de Reis)

    (1)

    Título do Filme: Dvenadtsataya noch

    URSS; 1955

    Duração: 90 minutos

    Produção: Lenfilm

    Diretor: Yakow Fried

    Elenco: Katya Luchko (Sebastian/Viola); Anna Larionova (Olivia)

    (2)

    Inglaterra/USA; 1996

    Duração: 134 minutos

    Produção: Renaissance Productions

    Diretor: Trevor Nunn

    Elenco: Imogen Stubbs (Viola); Helena Bonham Carter (Olivia); Richard E. Grant (Sir

    Andrew Aguecheek); Steven Mackintosh (Sebastian)

    The Winter's Tale (O Conto de Inverno)

    (1)

    Título do Filme: Una tragedia alla corte di Sicilia

    Itália; 1914

    Duração: 32 minutos

    Produção: Milano Films

    Diretor: Baldassare Negroni

    Elenco: Pina Fabbri (Paulina); V. Cocchi (Leontes)

    (2)

    Inglaterra; 1966

    Duração: 151 minutos

    Produção: Cressida/Hurst Park Productions

    Diretor: Frank Dunlop

    Elenco: Laurence Harvey (Leontes); Jane Asher (Perdita)

    (Traduzido, adaptado e ampliado a partir do material presente em http://search.eb.com/shakespeare. Imagens dos

    filmes de diversas fontes)

  • 48

    7. OBRAS EM ARTES PLÁSTICAS

    IMAGENS DE WILLIAM SHAKESPEARE

    1. 2. 3. 4. 5.

    6. 7. 8. 9. 1. Monumento a Shakespeare em Stratford, Gheerart Janssen, c.1616-1623.

    2. A Gravura Droeshout, da página de rosto do First Folio, publicado em 1623.

    3. A Gravura Marshall da edição de 1640 dos poemas de Shakespeare, possivelmente copiada da Gravura

    Droeshout.

    4. A Gravura Faithorne da edição de 1655 da obra The Rape of Lucrece, copiada da Gravura Droeshout.

    5. O Retrato Flower (nome do antigo proprietário), por artista desconhecido. Cópia tardia.

    6. O Retrato Chandos, atribuido a John Taylor. Identidade incerta.

    7. Retrato em miniatura por Nicholas Hilliard, 1588. Poderia ser um retrato de Shakespeare com 24 anos.

    8. The Soest Portrait, Gerard Soest (d. 1681).

    9. O Retrato Sanders, atribuido a John Sanders. Supostamente pintado em 1603, é provavelmente uma farsa.

    IMAGENS DOS TEATROS “THE SWAN” E “THE GLOBE”

    1. 2. 3. 4. 1. The Globe. Desenho do século XVII (reprodução de “View” de Visscher), c. 1616.

    2. The Globe. Reprodução.

    3. The Swan. Cópia de um ensaio feito por de Witt, c. 1595.

    4. The New Globe. Reconstrução do The Globe, Londres, 1998.

  • 49

    IMAGENS DE REIS E ATORES

    1. 2. 3. 4. 1. Elizabeth I. Do ‘Retrato Armada’ por George Gower.

    2. James I. Por Mytens, 1621.

    3. Richard Burbage, o principal ator da companhia de Shakespeare. Possivelmente um autorretrato.

    4. Edward Alleyn, o mais famoso dos atores elisabetanos. Pode ter atuado em Titus Andronicus.

    (Traduzido e adaptado de http://www.hollowaypages.com)

    IMAGENS DE HAMLET

    HAMLET An original painting by H. Fuseli, R.A.

    IMAGENS DE OFÉLIA (HAMLET)

    Millais, Ophelia

  • 50

    Redon, Ophélie

    Delacroix, Ophélie

    Delacroix, La Mort d'Ophélie

    Préault, Ophélie

    Delaroche, La Jeune Martyre

    (obra inspirada em Ofélia)

    (Traduzido e adaptado de http://un2sg4.unige.ch)

  • 51

    IMAGENS DE MACBETH

    THE THREE WITCHES, 1827

    A painting by Alexandre-Marie Colin

    Macbeth and Banquo Meeting the Witches on the Heath. Theodore Chasseriau, 1855

  • 52

    IMAGENS DE REI LEAR

    KING LEAR WEEPING OVER THE DEAD BODY OF CORDELIA

    A painting by James Barry, c. 1786

    Cordelia in the Court of King Lear. John Gilbert, 1873

  • 53

    8. OBRAS LITERÁRIAS REFERENTES ÀS PEÇAS DE SHAKESPEARE

    ARTHUR RIMBAUD

    Ophélie

    I

    Sur l'onde calme et noire où dorment les étoiles

    La blanche Ophélia flotte comme un grand lys,

    Flotte très lentement, couchée en ses longs voiles ...

    - On entend dans les bois lointains des hallalis.

    Voici plus de mille ans que la triste Ophélie

    Passe, fantôme blanc, sur le long fleuve noir;

    Voici plus de mille ans que sa douce folie

    Murmure sa romance à la brise du soir.

    Le vent baise ses seins et déploie en corolle

    Ses grands voiles bercés mollement par les eaux;

    Les saules frissonnants pleurent sur son épaule,

    Sur son grand front rêveur s'inclinent les roseaux.

    Les nénuphars froissés soupirent autour d'elle;

    Elle éveille parfois, dans un aune qui dort,

    Quelque nid, d'où s'échappe un petit frisson d'aile:

    - Un chant mystérieux tombe des astres d'or.

    II

    O pâle Ophélia! belle comme la neige!

    Oui, tu mourus, enfant, par un fleuve emporté!

    - C'est que les vents tombant des grands monts de Norwège

    T'avaient parlé tout bas de l'âpre liberté;

    C'est qu'un souffle, tordant ta grande chevelure,

    A ton esprit rêveur portait d'étranges bruits;

    Que ton coeur écoutait le chant de la Nature

    Dans les plaintes de l'arbre et les soupirs des nuits;

    C'est que la voix des mers folles, immense râle,

    Brisait ton sein d'enfant, trop humain et trop doux;

    C'est qu'un matin d'avril, un beau cavalier pâle,

    Un pauvre fou, s'assit muet à tes genoux!

  • 54

    Ciel! Amour! Liberté! Quel rêve, ô pauvre Folle!

    Tu te fondais à lui comme une neige au feu:

    Tes grandes visions étranglaient ta parole

    - Et l'Infini terrible effara ton oeil bleu!

    III

    - Et le Poète dit qu'aux rayons des étoiles

    Tu viens chercher, la nuit, les fleurs que tu cueillis,

    Et qu'il a vu sur l'eau, couchée en ses longs voiles,

    La blanche Ophélia flotter, comme un grand lys.

    Arthur Rimbaud (1854 - 1891), Poésies (1895), Ophélie (1870).

    JAMES JOYCE

    ULISSES – CENA DA BIBLIOTECA (excertos)

    - Nossos jovens bardos irlandeses – censurava John Eglinton – têm que criar ainda uma personagem que o

    mundo ponha lado a lado com o HAMLET do saxão Shakespeare, se bem que eu o admire, como com idolatria

    o admirava o velho Ben. (p.210)

    - Todas essas questões são puramente acadêmicas – pitonisou Russell de sua sombra. – Quero dizer, saber se

    HAMLET é Shakespeare, James I ou Essex. Discussão de clérigos sobre a historicidade de Jesus. A arte tem

    de revelar-nos idéias, essências espirituais sem forma. A suprema questão sobre uma obra de arte está em quão

    profunda é uma vida que ela gera. A pintura de Gustave Moreau é a pintura das idéias. A mais profunda poesia

    de Shelley, as palavras de HAMLET, põem nosso espírito em contato com a sabedoria eterna, o mundo das

    idéias de Platão. Tudo o mais é especulação de estudantezinhos para estudantezinhos. (p.210-211)

    - Esse estudantezinho modelo – dizia Stephen – acharia as meditabundâncias de HAMLET sobre a pós-vida de

    sua alma principesca, o improvável, insignificante, adramático monólogo, tão vazio como os de Platão. (p.211)

    Dessas palavras o senhor Best volveu uma cara inofensiva para Stephen.

    - Mallarmé, não sei se sabe – disse ele – escreveu aqueles maravilhosos poemas em prosa que Stephen

    MacKenna costumava ler para mim em Paris. Aquele sobre HAMLET. Ele diz: il se promène lisant au livre de

  • 55

    lui-même, na sei se sabe, lendo o livro de si-mesmo. Ele descreve HAMLET representado numa cidade francesa,

    não sei se sabe, uma cidade provinciana. Fizeram propaganda para isso. (p.212-213)

    - Acabará convencendo-se de que o HAMLET é uma história de fantasmas – disse John Eglinton em reparo ao

    senhor Best. (p.213)

    - Que é um fantasma? – dizia Stephen com picante energia. – O que se esvaiu na impalpabilidade através da

    morte, através da ausência, através da mutação de maneiras. A Londres elisabetana jazia tão longe de Stratford

    quanto a corrupta Paris jaz da Dublin virginal. Quem é o fantasma do limbo patrum, voltando ao mundo que o

    esquecera? Quem é o rei HAMLET? (p.214)

    - A peça começa. Um ator aproxima-se entre sombras, metido na cota de malhas refugada de algum peralvilho

    da corte, um homem bem plantado de voz de baixo. É o fantasma, o rei, um rei e não-rei, e o ator é Shakespeare,

    que estudou HAMLET ao largo dos anos de sua vida, o que não era vaidade para o desempenho do papel do

    espectro. Dirige sua fala a Burbage, o jovem ator que o defronta além das xalmas fúnebres, chamando-lhe por

    um nome:

    HAMLET, eu sou o espectro de teu pai

    jungindo-o a ouvir. A um filho ele fala, o filho de sua alma, o príncipe, o jovem HAMLET, e ao filho de seu

    corpo, Hamnet Shakespeare, que morreu em Stratford para que seu tocaio pudesse viver para sempre.

    - É possível que esse ator Shakespeare, um fantasma por ausência, e na vestidura de uma Dinamarca enterrada,

    um fantasma por morte, dizendo sua própria fala ao nome do seu próprio filho (tivesse Hamnet Shakespeare

    vivido, teria sido o gêmeo do príncipe HAMLET), é possível, quero saber, ou é provável que ele não tivesse

    tirado ou antevisto a conclusão lógica dessas premissas: tu és o filho esbulhado: eu sou o pai assassinado tua

    mãe é a rainha culpada, Ann Shakespeare, de nascimento Hathaway?

    - Mas esse escarafunchar na vida privada de um grande homem – começava Russel impacientemente.

    Estás tu aí, ó veraz.

    - Interessante apenas para o escrivão da paróquia. O que quero dizer é que temos as peças. Quero dizer que

    quando lemos a poesia do King Lear que é que nos importa como viveu o poeta? Quanto ao viver, nossos

    criados podem fazê-lo por nós, disse-o Villiers de l’Isle. Bisbilhotando e fuxicando nos mexericos de copa e

    cozinha do dia, no bebericar do poeta, nas dívidas do poeta. Temos King Lear: e é imortal. (p.214-215)

    - Mas Ann Hathaway? – disse esquecidamente a voz plácida do senhor Best. – Sim, porque parece que estamos

    esquecendo-nos dela como o próprio Shakespeare dela se esqueceu.

    - (...) É de crer que o escritor de Anthony and Cleópatra, peregrino apaixonado, tivesse os olhos atrás da cabeça

    a ponto de haver escolhido a mais feia rameira de todo o Warwickshire para com ela deitar? Bem: abandonou-

    a e conquistou o mundo dos homens. Mas os seus rapazolas-mulheres são as mulheres de um rapazola. A vida

    delas, pensamentos, linguagem são-lhes emprestados por machos. Escolheu ele mal? Ele foi é escolhido, parece-

    me. Se outros têm sua vontade, Ann tem seu caminho [“If others have their will Ann hath a way”]. (p.217)

    - Mas HAMLET é tão pessoal, não é? – argüia o senhor Best. – Explico-me, uma espécie de documento privado,

    não sei se me entendem, da sua vida privada. Explico-me, não me interessa um caracol, não sei se me entendem,

    quem foi morto ou quem é o culpado... (p.221)

  • 56

    - No que nós, ou a mãe Dana, tecemos e destecemos nossos corpos – disse Stephen -, no dia a dia, as moléculas

    deles entrecruzando-se daqui para ali, assim tece e destece o artista a sua imagem. E assim como o sinal do meu

    peito direito está onde estava quando eu nasci, embora meu corpo tenha sido tecido de novos fios no correr dos

    tempos, assim através do espírito do pai inquieto a imagem do filho não-vivente se mostra. No intenso instante

    da imaginação, quando a mente, diz Shelley, é um tição evanescente, aquilo que eu era é aquilo que eu sou e o

    que em possibilidade eu posso vir a ser. Assim no futuro, o irmão do passado, eu poderei ver-me como

    agora aqui estou sentado mas por reflexão daquilo que então eu serei. (p.221)

    - Sim – disse o senhor Best juvenilmente – sinto HAMLET muito jovem. A amargura pode vir do pai mas as

    passagens com Ofélia são seguramente do filho.

    Confundiu alhos com bugalhos. Ele é em meu pai. Eu sou em seu filho.

    - Esse sinal é o último a se ir – disse Stephen, rindo.

    John Eglindon fez um nada agradável muxoxo.

    - Se isso fosse a natimarca do gênio – disse ele -, o gênio seria uma droga no mercado. As peças dos últimos

    anos de Shakespeare que Renan tanto admirava tanto respiram um outro espírito.

    - O espírito da reconciliação – sussurrou o bibliotecário quacre.

    - Não pode haver reconciliação – disse Stephen -, se não tivesse havido rompimento.

    Dito, isso.

    - Se você quer saber quais foram os eventos que lançaram sua sombra sobre o inferno do tempo de King Lear,

    Othello, HAMLET, Troilus and Cressida, olhe para ver quando e como as sombras se desvanecem. Que abranda

    o coração do homem, Náufrago em tempestades hórridas, Provado, como outro Ulisses, Péricles, príncipe de

    Tiro? (p.222)

    Eles ouvem. E no vestíbulo de suas orelhas eu verto.

    [Stephen] - A alma fora antes mortalmente atingida, um veneno vertido no vestíbulo de uma orelha adormecida.

    Mas aqueles que foram feitos para morrer no sono não podem saber do como de suas vascas a menos que seu

    Criador dote suas almas desse conhecimento da vida por vir. Do envenenamento e da besta de duas costas que

    urdira aquilo, o espectro do rei HAMLET não podia saber, não fosse ele dotado desse conhecimento pelo seu

    criador. Eis por que a fala (seu magro e enfadonho inglês) está sempre voltada para alhures, para trás. Violador

    e violado, o que é que ele quereria mas não quereria, vai com ele dos ebúrneos globos azultorneados de Lucrecia

    ao peito de Imgênia, nu, com seu qüinqüimáculo sinal. Ele leva de volta, saturado da criação que empilhara

    para esconder-se de si mesmo, cão velho lambendo chaga velha. (p.224)

    [Stephen] – (...) Mas ela, a devassa rameira, não fementia o pacto conjugal. Dois feitos se degradam na mente

    desse fantasma: um pacto quebrado e o labrego obtuso em quem ela descarregava seus favores, irmão do marido

    defunto. A doce Ann, eu o tomo por assentado, tinha o sangue quente. Uma vez no ataque duas vezes no ataque.

    Stephen voltejou ousadamente na cadeira.

    - O ônus da prova lhes cabe, não a mim – disse ele, enrugando a fronte. – Se se contestar que na quinta cena do

    HAMLET ele brande contra ela a infâmia, digam-me por que não há menção a ela durante os trinta-e-quatro

    anos entre o dia em que ela casou com ele e o dia em que ela o enterrou. Todas essas mulheres viram seu homem

    por baixo e embaixo: Mary, ao seu bom John, Ann ao seu pobre e querido Willun, quando este foi e morreu

    nela, raivoso de ser o primeiro a ir-se (...). (p.231)

  • 57

    - E o sentido de propriedade – disse Stephen. – ele retirou Shylock de dentro do próprio bolso fundo. Filho de

    um malteiro e agiota, ele mesmo era um cerealeiro e agiota com dez fangas de trigo açambarcados durante os

    motins de fome. Seus devedores não há dúvida que eram aqueles de diversas confissões mencionados por

    Chettle Falstaff, que depõem quanto à correção de suas transações. Processou um seu ator pelo preço de umas

    poucas sacas de malte e reivindicou sua libra de carne como juros a cada empréstimo feito. Como de outra

    forma podia o cavalariço e contra-regra de Aubrey fazer-se depressa rico? Todos os acontecimentos levam água

    ao seu moinho. Shylock concorda com a caça aos judeus que se seguiu ao enforcamento e esquartejamento de

    López, o sanguessugueiro da rainha, seu coração de hebreu sendo puxado para fora enquanto o judeu ainda

    estava vivo: HAMLET e Macbeth com o advento ao trono de um filosofrasto escocês com um pendor para os

    assados de bruxos. A armada perdida é objeto de chacota em Love’s Labour Lost. As pompas, as histórias

    navegam de velas pandas numa maré de entusiasmo à Mafeking. Os jesuítas de Warwickshire são

    inquisitoriados e temos uma teoria do equívoco de porteiro. A Sea Venture chega à pátria das Bermudas e a

    peça que Renan admirava é escrita com Patsy Caliban, nosso primo na América. Os sonetos melosos seguem-

    se aos de Sidney. Quanto à fada Elisabeth, vulgo Bess a cenouriça, a bruta virgem que inspirou The Merry

    Wives of Windsor, que algum meinherr da Alamânia tateie ao longo de sua vida pelas significações fundilatentes

    nas funduras do saco de roupa suja. (p.233-234)

    - O meigo Will está sendo rudemente tratado – o meigo senhor Best disse meigamente.

    - Que Will? – pilheriou doce Buck Mulligan. – Já estamos a nos embrulhar.

    - A vontade (“will”) de viver – filosofou John Eglinton – para a pobre da Ann, viúva de Will, é a vontade

    (“will”) de morrer. (p.235)

    - (...) O filho nascituro desfigura a beleza: nascido, traz pena, divide afeto, aumenta cuidados. É um varão: seu

    crescimento é declínio do pai, sua juventude é inveja do pai, seu amigo é inimigo do pai. (p.237)

    - (...) Quando Rutlandbaconsouthanptonshakespeare ou outro poeta do mesmo nome na comédia dos erros

    escreveu o HAMLET, ele não era o pai de seu próprio filho meramente, mas, já não sendo um filho, ele era e se

    sentia o pai de toda a sua raça, o pai do próprio avô, o pai do seu inascido neto, que, ademais, jamais nasceria,

    porque a natureza, como a compreende o senhor Magee, aborrece a perfeição. (p.237)

    - Quanto à sua família – disse Stephen -, o nome de sua mãe vive na floresta de Arden. A morte dela deu dele

    a cena com Volumnia em Coriolanus. A morte do filho menino é a cena da morte do jovem Arthur em King

    John. HAMLET, o príncipe negro, é Hamnet Shakespeare. Quais são em The Tempest, em Péricles, em Winter’s

    Tale as garotas nós sabemos. Quem são Cleópatra, a caldeirada de carne do Egito, e Cressida e Vênus, podemos

    supor. Mas há um outro membro da família que é registrado. (p.238)

    - Dir-se-á que esses nomes já estão nas crônicas de onde ele tirou a matéria-prima de suas peças. Por que os

    escolheu a outros? Richard, corcundo fidaputa, abortado, faz o cerco a uma viúva Ann (que é que há dentro de

    um nome?), corteja-a e conquista-a, essa fidaputa de viúva alegre. Richard o conquistador, o terceiro irmão,

    veio depois de Willian o conquistado. Os outros quatro atos da peça pendem frouxos desse primeiro. De todos

    os reis Richard é o único rei de Shakespeare não escudado pela reverência, esse anjo do mundo. Por que é que

    a subtrama do King Lear, em que Edmund figura, é tirada da Arcadia, de Sidney, e recozida com uma lenda

    céltica mais velha que a história? (p.241)

    - Isso era a maneira de Will – defendeu John Eglinton. – Hoje não deveríamos combinar uma saga nórdica com

    um excerto de uma novela de George Meredith. Que voulez-vous?, diria Moore. Ele põe a Boêmia à beira-mar

    e faz Ulisses citar Aristóteles.

    - Por quê? – respondia Stephen a si mesmo. – Porque o tema do falso ou do usurpador ou do adúltero irmão ou

    todos os três num só é para Shakespeare o que o pobre não é, sempre com ele. A nota de banimento, banimento

    do coração, banimento do lar, soa ininterruptamente de The Two Gentleman of Verona para diante, até que

    Próspero quebra o seu bastão, enterra-o algumas braças debaixo da terra e afoga seu livro. Ela duplica a si

  • 58

    mesma no meio da vida dele, reflete-se a si mesma na outra, repete-se a si mesma, prótase, epítase, catástase,

    catástrofe. (...) Isso está em infinita variedade em cada lugar do mundo que ele criou, em Much ado about

    nothing, duas vezes em As you like it, em The Tempest, em HAMLET, em Measure for Measure, e em todas as

    outras peças que não li.

    Ele gargalhava para libertar seu espírito da servidão de seu espírito.

    O juiz Eglinton resumiu.

    - A verdade está no meio – afirmou ele. – Ele é o espectro e o príncipe. E é tudo em tudo.

    - Ele é – disse Stephen. – O rapaz do primeiro ato é o homem maduro do quinto ato. Tudo em tudo. Em

    Cymbeline, em Othello ele é cáften e corno. Ele age e deixa agir. Amador de um ideal ou de uma perversão,

    como José ele mata a verdadeira Carmen. Seu intelecto irrepousante é Iago cornilouco incessantemente a querer

    que o mouro que há dentro dele deva sofrer.

    - E que personagem é Iago? – exclamou indômito John Eglinton. – Quando tudo se disser, Dumas fils (ou é o

    Dumas père?) estará com a razão. Depois de Deus, Shakespeare foi quem mais criou. (p.242)

    - O homem não o deleita nem a mulher tampouco – disse Stephen. – Ele retornou depois de uma vida de ausência

    àquele torrão da terra em que nascera, em que sempre fora, homem e menino, uma testemunha silente e aí,

    terminada a jornada da vida, ele planta sua amoeira na terra. Então morre. A ação terminara. Os coveiros

    enterram HAMLET père e HAMLET fils. Um rei e um príncipe por fim na morte, com música de fundo. (...)

    Cada vida são muitos dias,