o ensino de cincias e sua relação com a tecnologia

8/16/2019 o Ensino de Cincias e Sua Relação Com a Tecnologia

1/24


2/24

Página 2

Dessa forma, os novos conhecimentos nos permitem também formular

novas hipóteses, levantar outras dúvidas, detectar novos erros e continuar a

questionar, através de uma aprendizagem e investigação muito mais dinâmica

e interessante sempre com espírito de curiosidade e com vontade de

descobertas.

Diante desse cenário, é importante e necessário que a escola repense

sua prática e esteja “alerta” às mudanças que estão acontecendo e a forma

com que as novas gerações estão sendo alfabetizadas.

Compreendemos a necessidade de trabalhar o tratamento

contextualizado de problemas científicos, por serem elementos importantes na

capacitação do sujeito para o pleno exercício de sua cidadania, buscando-se

promover a compreensão básica de Ciências e de seus impactos na vida

cotidiana do aluno, considerando-se que a apropriação do conhecimento

científico deve ser sistematizada pela escola nas aulas de Ciências.

É importante que a escola como instituição e os professores como os

principais responsáveis pelo desenvolvimento intelectual das novas gerações,

estejam atentos ao descompasso existente entre a escola e o mundo exterior,

seja quanto aos recursos didáticos disponíveis, seja quanto às formas pelas

quais a escola tem mantido sua maneira de organizar-se como instituição e

também de lidar com o currículo escolar, em torno do qual o ensino, razão

primordial da sua própria existência, se desenvolve.

Sabemos que o ensino de Ciências na rede pública é bastante limitadodevido à falta de recursos e a falta de capacitação de alguns professores,

porém há alternativas e várias formas de se levar o conhecimento científico

para a sala de aula de forma moderna e contemporânea, despertando nos

alunos o interesse pela Ciência.

Como abordam os Parâmetros Curriculares (2000), embora façamos

uso cotidiano das diversas tecnologias que nos são apresentadas, portamo-

nos passivamente como meros usuários desses produtos e serviços, sem

http://www.getpdf.com/


3/24

Página 3

sequer procurar refletir numa abordagem interdisciplinar sobre que impactos

esse desenvolvimento causou ou causará as pessoas e ao meio ambiente.

Dessa forma, na medida em que o indivíduo não conhece essa

informação, não exerce sua autonomia, o que impede o exercício da cidadania

crítica e consciente, limitando seus passos na proposição e buscas de

melhorias sociais.

Diante do exposto, nossa inquietação teve por objetivo geral investigar

como professores e alunos, dentro desse espaço “intramuros” denominado

sala de aula, associam o ensino de Ciências, no ensino fundamental I, ao

desenvolvimento tecnológico.

É importante ressaltar, que a informação preenche uma parte da

aprendizagem de um indivíduo, mas não a completa. Os alunos precisam

identificar os caminhos que suas próprias pernas podem trilhar. Devem

descobrir estratégias compatíveis com suas necessidades, selecionar e

separar o que é mais relevante e, principalmente, aceitar a orientação

estabelecida por alguém mais experiente, no caso, o seu educador.

O presente trabalho foi realizado em uma escola da Rede Estadual de

Pernambuco, através de entrevistas com quatro professoras e doze alunos,

todos do ensino fundamental I, e tem por objetivos específicos as seguintes

questões:

(1) Que conceitos relativos à tecnologia são trabalhados nas aulas de

Ciências?;

(2) Que recursos tecnológicos são utilizados como ferramentaspedagógicas e quais os reflexos na aprendizagem de Ciências?

Para a coleta de dados foram utilizadas como instrumento da pesquisa

duas entrevistas com questões estruturadas, sendo 11 questões destinadas

aos professores e 10 questões destinadas aos alunos.



4/24

Página 4

Nessa perspectiva, buscamos analisar aspectos didático-

metodológicos em situações de ensino formal e as concepções alternativas no

ensino dos conhecimentos científicos, por exemplo: a experimentação para o

ensino; a utilização de novas tecnologias no ensino (vídeo, computador e

televisão).

Na última fase deste trabalho, foram realizadas a análise e as

confrontações dos resultados das entrevistas realizadas junto aos sujeitos da

pesquisa, à luz do referencial teórico apresentado.

Historicidade do ensino de Ciências

Conforme citam os PCN (2000) e Delizoicov e Angotti (1994), a história

do ensino de Ciências ocorreu da seguinte forma:

observa-se na maioria das escolas o uso apenas do livro didático e o quadro

negro para o ensino desta área do conhecimento.

Até o final da década de 1950, o ensino de Ciências ainda não era

obrigatório e acontecia apenas nas duas últimas séries do antigo ginásio,

utilizando-se uma concepção que não admitia a experimentação.

A partir da LDB de 1961, passa-se a ensinar Ciências em todas as

séries do ginásio. Porém, só em 1971 esse ensino passa a ter caráter oficial.

(...) o ensino de Ciências só chega à escola elementar emfunção de necessidades geradas pelo processo de industrialização;ou seja, a crescente utilização de tecnologia nos meios de produçãoimpõe uma formação básica em Ciências. (DELIZOICOV e

ANGOTTI, 1994, p. 24)

A preocupação em desenvolver atividades práticas com vista a uma

experimentação, com investigação para produzir aprendizado, começa a

aparecer de maneira marcante na década de 1970. O aluno começa, então a

vivenciar o Método Científico.

Nos anos 80, surgem as discussões sobre a relação educação e

sociedade, em paralelo à "Ciência, Tecnologia e Sociedade”, que são

importantes até hoje.



5/24

Página 5

Inicia-se uma aproximação do ensino de Ciências Naturais ao ensino

de Ciências Humanas e Sociais, reforçando a percepção da Ciência como

construção humana e não como "verdade natural”.

O acesso ao conhecimento científico se dá de várias maneiras dentro

e fora do ambiente escolar, mas é na escola que a formação de conceitos

científicos é introduzida sistematicamente, oportunizando ao ser humano a

compreensão da realidade e a superação de problemas que lhe são impostos

no dia a dia, contribuindo para fazer com que o educando aprenda a viver na

sociedade em que está inserido.

Nessa linha de pensamento, a disciplina de Ciências passa a ser

dimensionada como um espaço adequado para trazer à discussão e a reflexão

os conhecimentos científicos e tecnológicos e sua relação com a ética, uma

vez que instrumentaliza o aluno para compreender a gravidade das situações-

problema de interesse da comunidade em que está inserido e da sociedade

em que vivemos.

(...) a história das idéias cientificas e a história das relações doser humano com seu corpo, com os ambientes e com os recursosnaturais devem ter lugar no ensino, para que se possa construir comos alunos uma concepção interativa de Ciências e Tecnologia (PCN,p. 32).

O ensino de Ciências, na atualidade, tem como desafio dar a

oportunidade aos alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos, uma

leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, à diversidade cultural,

social e à produção científica. Com essa abordagem marcada por significados,sentidos e aplicabilidade, favorecendo a compreensão das inter-relações e

transformações manifestadas no meio (local, regional, global), as reflexões e a

busca de soluções para as problemáticas contemporâneas, como por exemplo:

a preservação ambiental frente às necessidades da produção industrial; a da

ética em relação à produção científica, entre outras.



6/24

Página 6

Ao longo do Ensino Fundamental, o ensino de Ciências, deve ter como

desafio oferecer aos cidadãos a aquisição dos conhecimentos essenciais ao

desenvolvimento de capacidades indispensáveis para se situarem nesta

sociedade complexa, entenderem o que acontece ao seu redor e assumirem

uma postura crítica, para intervir no seu contexto social. Só assim estaremos

oferecendo condições para que os alunos exerçam sua cidadania,

considerando a formação de cidadãos críticos que possam tomar decisões

relevantes na sociedade.

A relação da Ciência com as novas tecnologias

Com a crescente evolução do século XIX e XX, o homem foi obrigado

a dominar/explorar a natureza e com isso proporcionar uma revolução

industrial/cientifica que culminou com um avanço tecnológico sem dimensão.

Avanço este que acarretou profundas mudanças na natureza e em todos os

pilares da sociedade.

Esse avanço não teria sido possível, se o homem não tivesse investido

em Ciência e tecnologia. A conquista tecnológica vem colocando os indivíduosdiante de novos desafios que, na verdade, muitos deles não estão preparados

para enfrentar.

O avanço tecnológico apesar de contribuir para a melhoria contínua,

também pode provocar danos irreparáveis ao ambiente e não beneficiar a

população em geral, além de muitos indivíduos não conseguirem entender e se

apropriarem das conquistas cientificas e tecnológicas.

Tal fato se dá, principalmente pelo despreparo dos cidadãos que não

foram devidamente alfabetizados nos processos cientifico e tecnológico do

ensino de Ciências.

Como citam os PCN (1997, p. 25), apesar da maioria da população

fazer uso e conviver com incontáveis produtos científicos e tecnológicos, osindivíduos pouco refletem sobre os processos envolvidos na sua criação,



7/24

Página 7

produção e distribuição, tornando-se assim indivíduos que, pela falta de

informação, não exercem opções autônomas, subordinando-se às regras do

mercado e dos meios de comunicação, o que impede o exercício da cidadania

crítica e consciente.

Sendo as novas tecnologias produtos do desenvolvimento científico

(novos saberes, novos produtos, novas formas de comunicar). A revolução

tecnológica se efetiva, em tantos usos, pela utilização da imagem, do som, da

informação como algo que se transmite de um ponto a outro como forma de

comunicação.

Assim, quando se mudam as tecnologias o próprio homem social semodifica, da mesma forma que o surgimento do automóvel e mais

recentemente do celular modificou hábitos da vida urbana. Pensar o ensino de

Ciências em relação com o cotidiano não é ficar no nível do senso comum,

mas transformar o cotidiano em objeto de investigação e pesquisa,

querendo ou não, vivemos numa sociedade completamentedominada pela Ciência. Ela está em tudo: nos remédios, nos

alimentos transgênicos, no ambiente poluído, nos computadores. Háainda a energia nuclear, a engenharia genética, a clonagem, ascélulas-tronco. Sem um conhecimento básico de Ciências, a pessoanão pertence ao mundo moderno (GLEYSER, 2005, p. 23).

Dessa forma é importante considerar o ensino de Ciências como o

principal aliado para se entender o desenvolvimento tecnológico. Aliás, os

Parâmetros Curriculares Nacionais, registram que “numa sociedade em que se

convive com a supervalorização do conhecimento científico e com a crescente

intervenção da tecnologia no dia-a-dia, não é possível pensar na formação deum cidadão crítico à margem do saber cientifico” (PCN, p. 23).

Vivemos num mundo que tem pressa, mudanças ocorrem de forma

global e significativa em todos os ramos da sociedade, mudanças estas, que

obrigam a sociedade a adaptar-se a novas situações e adquirir novos

conhecimentos. Por isso é cada vez mais necessária a familiaridade com

novas tecnologias para se viver num mundo em contínua transformação. Visto

que, houve tempo em que se precisava dos “braços dos trabalhadores”. Com a



8/24

Página 8

revolução industrial os tempos mudaram e hoje a economia se interessa pelos

“cérebros”, pela inteligência deles.

Os novos tempos desafiam os cidadãos a estarem aptos para viverem

em contextos sociais que requerem conhecimentos e domínios de habilidades

que avançam a cada dia. Relacionar o ensino de Ciências com as novas

tecnologias, nada mais é do que fazer com que o aluno compreenda que a

presença do conhecimento científico e tecnológico é marcante em nosso

cotidiano.

Contudo, hoje no mundo todo, lidamos com duas categorias de

analfabetos, os que realmente não sabem ler, e os que não conseguem

acompanhar o avanço tecnológico, pois tanto nos meios acadêmicos como no

mercado de trabalho, a incorporação das novas tecnologias ocorre numa

velocidade tão intensa que se torna difícil acompanhá-las. Desta forma, há

uma necessidade de melhor compreensão da Ciência como tal, para se formar

indivíduos pensantes e produtivos, capazes de alcançar um conhecimento

científico a ser assimilado ao fluxo cultural da atualidade tecnológica em que

vivemos.

Os desafios do ensino de Ciências e o papel do professor de Ciências

A complexidade com que vem se dando o avanço tecnológico é bem

mais ampla do que o entendimento que dela possuem grande parte dos

professores do ensino fundamental e médio. Tanto no ensino de Ciências,

assim como no de outras áreas do conhecimento é fundamental usar todos os

recursos disponíveis para melhorar o aprendizado.

A introdução de novos recursos na sala de aula, ou naeducação em geral, demanda uma nova postura do professor e dosalunos, tanto em relação ao conhecimento, como na relaçãoprofessor-aluno e a própria prática pedagógica (PADILHA eCAVALCANTE, 2001, p. 1).

Para Delizoicov e Angotti (1994, p. 46) “hoje, e cada vez mais (...), a

Ciência e os resultados de suas aplicações tecnológicas estão permeando a

nossa vida, interferindo no processo social, seja com aspectos positivos, sejacom negativos.” “(...) o ensino-aprendizagem de Ciências deve nortear-se pela



9/24


10/24

Página 10

O professor, sujeito principal do processo educativo, transforma-se

agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por

pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Como também, coordena o

processo de apresentação dos resultados pelos alunos, questiona alguns

dados, contextualiza os resultados e os adapta à realidade dos alunos.

Transforma informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida,

em sabedoria – o conhecimento em ética.

Dessa forma, torna-se relevante um trabalho que proporcione a

interação entre professores, alunos, computador e outros recursos

audiovisuais, para que através, das tecnologias da inteligência, o processo de

ensino e aprendizagem possa ganhar dinamismo, inovação e poder de

comunicação inusitada, bem como o desenvolvimento de competências que,

de acordo com Perrenoud (1999), é a capacidade de agir eficazmente em um

determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se

a eles.

A utilização do computador (informática), a TV, o vídeo, a música e as

ferramentas multimídias tornaram-se suportes que podem auxiliar o professor

a superar estas dificuldades enfrentadas, em vez de disputar sua atenção, tudo

depende de saber utilizar suas potencialidades em seu benefício, em prol do

processo de ensino e aprendizagem. A partir de suas possibilidades, a difusão

e interdisciplinaridade dos níveis de abordagem dos conteúdos são ampliadas,

rompendo as barreiras do currículo.

Segundo Oliveira (et al 2001), o ato de ensinar e aprender ganha um

novo suporte com o uso de diferentes tipos de softwares educacionais (de

desenvolvimento cognitivo) - softwares que quando inseridos no projeto

pedagógico da escola e do professor tornam-se um recurso que auxiliam o

aluno a construir determinado conhecimento relativo ao conteúdo estudado,

mas de forma interativa e motivadora. Seja através de pesquisas na Internet e

de outras formas de trabalho pedagógico com o computador, por exemplo.



11/24

Página 11

Com efeito, uma base educacional pautada numa realidade que exige

dos indivíduos a capacidade de se comunicar em diversas linguagens é o

grande instrumento para a evolução da economia baseada no conhecimento,

pois não é possível agregar conhecimento e tecnologia a geração/elaboração

de qualquer bem, serviço ou produto quando os recursos humanos disponíveis

não têm bases educacionais para atuar e intervir nessa realidade.

O uso das novas tecnologias no cotidiano escolar

Atualmente, a tecnologia está presente em todos os momentos do dia-

a-dia: na vida de cada um através dos aparelhos elétricos e inteligentes,

celulares, agendas eletrônicas, microcomputadores e Internet, em que basta

um clique para se conectar com o mundo inteiro.

Frente a essa realidade, é ilimitada a tarefa da escola em levar ao

aluno ferramentas pedagógicas que lhe permita realizar simulações com os

conteúdos apresentados em sala-de-aula, proporcionando-lhe ir além da teoria

- aprender fazendo, vivenciando uma interação real com o conteúdo didático.É, também, função da escola orientar os alunos para que estabeleçam

mecanismos de seleção e organização das inúmeras informações recebidas

quanto a sua relevância e credibilidade. Nessa visão, Behrens (in Moran et al,

2003) faz a seguinte observação:

“Os professores e os alunos podem utilizar as tecnologias dainformação para estimular o acesso à informação e à pesquisaindividual e coletiva, favorecendo processos para aumentar ainteração entre eles.”(p. 97).

De acordo com Almeida e Fonseca (2000), aprender fazendo, agindo,

experimentando é o modo mais natural, intuitivo e fácil de aprender, além do

fato de que a informática transforma a informação estática em algo completo e

dinâmico, desenvolvendo ambientes de interação e aprendizagem. Por isso,

muitas escolas já investem neste processo oferecendo laboratórios de

informática para os professores ministrarem suas aulas através de softwares eoutros programas para crianças.



12/24

Página 12

O domínio dos fundamentos científicos hoje em dia éindispensável para que se possa realizar tarefas tão triviais como lerum jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, decisões arespeito de questões ambientais, por exemplo, não podem prescindirda informação cientifica que deve estar ao alcance de todos (BIZZO,2002, p. 12).

Várias são as razões para considerar as novas tecnologias,

principalmente da comunicação como ferramentas importantes de

aprendizagem. As vantagens pedagógicas do uso de tais ferramentas no

ensino e aprendizagem de Ciências assim como outras disciplinas do ensino

fundamental podem auxiliar a criança a absorver o impacto da velocidade com

que as novas tecnologias passam a fazer parte do dia-a-dia das pessoas.

Nesse sentido, Perrenoud (2000) reflete que o uso das tecnologias da

inteligência digital aumentará a eficácia do ensino e permitirá que sejam

criadas situações de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio

de uma divisão de trabalho que tanto a informação quanto a dimensão

interativa são assumidas pelo professor e pelos recursos tecnológicos.

Segundo o mesmo autor (idem, p. 128), formar alunos para as

tecnologias: ...é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético

e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a

capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de

imagens, (...) de procedimentos e de estratégias de comunicação.

“Embora o homem comum, aquele que constitui a imensamaioria da população brasileira, de pouca ou nenhuma escolaridade,

faça uso e conviva com as novas tecnologias, tem pouca chance derefletir sobre elas, colocando-se em situação de mero espectador. Àmargem de um conhecimento para ele intangível.” “Enquanto quepessoas escolarizadas também se colocam nessa posição, revelandoum distanciamento entre o seu repertorio de conhecimento e aquelede caráter cientifico”(DELIZOICOV e ANGOTTI, 1994. p 46).

Desta forma, ao utilizar as tecnologias da inteligência como

instrumentos enriquecedores no processo ensino e aprendizagem espera-se

que um salto qualitativo seja dado possibilitando maior interação dos alunos na

construção do conhecimento, mediada por tecnologias.



13/24

Página 13

Método de Estudo

Para entender de que maneira professores e alunos de uma escola da

rede estadual de Pernambuco associam o ensino de Ciências, no ensino

fundamental I, ao desenvolvimento tecnológico, entrevistamos quatro

professoras, sendo uma de cada uma das primeiras quatro séries, e doze de

seus alunos, sendo três de cada uma dessas séries, buscando investigar: (1)

que conceitos relativos à tecnologia são trabalhados nas aulas de Ciências? e

(2) que recursos tecnológicos são utilizados como ferramentas pedagógicas e

quais os reflexos na aprendizagem de Ciências?

Em relação ao perfil dos entrevistados, três professoras tinham

formação em magistério em nível médio e uma com graduação em Pedagogia

além de pós-graduação na área. Todas elas com no mínimo quinze anos de

experiência no magistério e trabalhando também em outras unidades

educacionais. A amostra de alunos foi composta por doze crianças de idades

entre sete e dez anos.

Nessa perspectiva, aplicamos as entrevistas através de um

questionário com 11 questões estruturadas para as professoras (anexo I) e 10

questões também estruturadas para os alunos (anexo II), sendo as respostas

às questões principais agrupadas por similaridade em algumas categorias:

Como diz Szymansky (apud Lellis 2003, p. 60), a categorização

concretiza a imersão do pesquisador nos dados e a sua forma particular deagrupá-los segundo a sua compreensão. Podemos chamar esse momento de

explicitação de significados. Diferentes pesquisadores podem construir

diferentes categorias a partir do mesmo conjunto de dados, pois essa

construção depende da experiência pessoal, das teorias do seu conhecimento

e das suas crenças e valores.



14/24

Página 14

Para permitir a análise de dados, apresentamos abaixo três quadros

sintéticos das respostas apresentadas por professoras e alunos às questões

listadas nos anexos 1 e 2, mostrando a quantidade de indivíduos e a

percentagem que cada resposta obteve dentro da amostra:

Quadro 1

RESPOSTAS AFIRMATIVAS DE PROFESSORAS QUANTIDADE DEPROFESSORAS

%

GOSTA DE CIÊNCIAS 4 100%

ASSOCIA CIÊNCIAS COM DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO 2 50%

CIENCIAS É TÃO IMPORTANTE QUANTOPORTUGUES/MATEMATICA

4 100%

UTILIZAM TV/VÍDEO NAS AULAS 4 100%

UTILIZA O LABORATÓRIO DE INFORMATICA 1 25%

UTILIZA PESQUISAS NA WEB 1 25%

USO DE AULAS PRÁTICAS 3 75%

ENTENDE QUE O NR DE AULAS DE CIENCIAS SEJA IGUAL AODE PORTUGUES/MATEMATICA

1 25%

O ENSINO CONTRIBUI PARA A FORMAÇÃO SOCIAL DO ALUNO 3 75%

O ENSINO AJUDA A ENTENDER DESENVIMENTOTECNOLOGICO

2 50%

PROFESSOR PRECISA ESTAR ATUALIZADO 3 75%

ASSOCIAM O CONHECIMENTO PREVIO DOS ALUNOS AOSCONHECIMENTOS CIENTÍFICOS

3 75%

É PRECISO MELHORAR O ENSINO DE CIENCIAS 4 100%

Quadro 2

RESPOSTAS AFIRMATIVAS DOS ALUNOS QUANTIDADE DEALUNOS

GOSTA DE CIÊNCIAS 11 92%

ASSOCIAM CIÊNCIAS COM DESENVOLVIMENTOTECNOLOGICO

7 58%

UTILIZAM TV/VÍDEO NAS AULAS 8 67%

USO APENAS DO LD SATISFAZ 3 25%

O USO DO COMPUTADOR TORNA A APRENDIZAGEM MAISEFICAZ 8 67%

ENTENDE QUE A QUANTIDADE DE AULAS DE CIENCIAS SEJAIGUAL À DE AULAS DE PORTUGUES/MATEMATICA

12 100%

AULAS PRÁTICAS SÃO MAIS EFICAZES QUE AULAS TEORICAS 12 100%

O ENSINO AJUDA A ENTENDER O DESENVOLVIMENTOTECNOLOGICO

12 100%

TÊM DIFICULDADES DE ENTENDER OS CONCEITOSCIENTIFICOS

9 75%

ASSOCIA O ENSINO DE CIENCIAS A REALIDADETECNOLÓGICA

8 67%

O ENSINO DE CIENCIAS APENAS VISTO COMO NOÇOES DESAUDE 4 33%



15/24

Página 15

Quadro 3

RESPOSTAS NEGATIVAS DE PROFESSORAS/ALUNOS QUANTIDADE DEPROFESSORAS

%

NÃO ASSOCIA CIÊNCIAS COM DESENVOLVIMENTOTECNOLOGICO

2 50%

NÃO UTILIZA O LABORATÓRIO DE INFORMATICA 3 75%NÃO UTILIZA PESQUISAS NA WEB 3 75%O USO APENAS DO LD SATISFAZ 4 100%NÃO UTILIZA AULAS PRÁTICAS 1 25%NÃO DEFENDE QUE A QUANTIDADE DE AULAS DE CIENCIAS SEJAIGUAL À DE AULAS DE PORTUGUES/MATEMATICA

3 75%

NÃO RESPONDEU SE O ENSINO CONTRIBUI PARA AFORMAÇÃO SOCIAL DO ALUNO

1 25%

NÃO RESPONDEU O ENSINO AJUDA A ENTENDERDESENVIMENTO TECNOLOGICO

2 50%

PROFESSOR PRECISA ESTAR ATUALIZADO 1 25%NÃO ASSOCIA O CONHECIMENTO PREVIO DOS ALUNOS AOSCONHECIMENTOS CIENTÍFICOS

1 25%

QUANTIDADE DEALUNOS

NÃO GOSTAM DE CIÊNCIAS 1 8%NÃO TÊM DIFICULDADES DE ENTENDER OS CONCEITOSCIENTIFICOS

3 25%

Resultados

Como podemos observar nos quadros 1 e 2, apenas metade das

professoras (precisamente duas) e pouco mais que a metade dos alunos (sete

deles) em suas falas associam a Ciência com o desenvolvimento tecnológico

“... sem a Ciência o homem não teria chegado a lugarnenhum.”(Professora 3)

“... através da Ciência o homem chegou a todo essedesenvolvimento tecnológico.”(Professora 4)

“É tudo que se relaciona com invenções, descobertas, se nãoexistisse a Ciência, a gente não comeria macarrão, não existiria

óculos, computadores, várias coisas.” (Aluno 7).

Identificamos que além do livro didático todas as professoras fazem

uso de outros recursos nas aulas de Ciências:

“Trabalhamos com vídeos (...)”.(Professoras 1, 2, 3, 4)“(...) passeios.”(Professoras 2, 3, 4)“(...) pesquisas na internet”(Professora 4).

Contudo, como se observa no quadro 2, só 67% (sessenta e sete por

cento) dos alunos citam o uso de outros recursos.



16/24

Página 16

A maioria das professoras salientou a importância das aulas práticas

para se adquirir habilidades

“O livro didático não é suficiente para nenhuma disciplina,

mostrar as coisas práticas é mais fácil, porém nem sempre podemosnos utilizar dos recursos necessários, temos que usar a imaginaçãopara levar aos alunos uma aula de Ciências com um pouco mais dequalidade (...)”. (Professora 2)

Elas percebem a apropriação dos conhecimentos adquiridos por seus

alunos através do comentário entre eles e professora sobre o que aprenderam.

Duas das professoras defenderam que o ensino de Ciências é

importante no mundo moderno porque trata dos avanços e por isso deveria ter tanta importância quanto Matemática e Língua Portuguesa.

“Todas as disciplinas são importantes para a formação dosalunos, acho que se tem dado pouca importância ao ensino deCiências, e no mundo moderno é relevante que o individuo tenha umconhecimento um pouco mais avançado sobre Ciências (...)”.(Professora 4)

Três professoras declararam que o ensino da disciplina na escola

pública colabora com a formação social do aluno, enquanto uma não

respondeu o que a pergunta pedia.

“Acredito estar contribuindo com a formação dos alunos,mostrando que a Ciência faz parte da vida deles e que eles precisamrelacionar a Ciência com o desenvolvimento do mundo. (...)”. (Professora 1)

A maioria delas entende que é necessário estar atualizada para fazer

uso das novas tecnologias na sala de aula.

“O professor é o responsável pelo aprendizado do aluno, entãoé nosso papel estarmos sempre acompanhando as novasdescobertas e procurando trazer para a sala de aula novosconhecimentos e passar para os alunos de forma segura eatualizada.”(Professora 4).

Com exceção de um aluno, todos responderam que gostam de

estudar Ciências e apenas quatro deles entendem que Ciências tem haver

com tecnologia, computadores, enquanto que os demais associam o ensinoapenas com os conteúdos que estão estudando em sala.



17/24

Página 17

“Adoro! Porque explica um monte de coisas interessantes, eufaço experiências, e também aprendo sobre como as coisasfuncionam. Ex.: computador.”(Aluno 12).

Assim, podemos inferir que a maioria (sete alunos) consegue perceber

que a Ciência é o motor que impulsiona o desenvolvimento tecnológico.

Com exceção de um aluno que respondeu desejar que as aulas de

Ciências fossem dadas todos os dias – por ele gostar de Ciências, os demais

responderam que as aulas deveriam acontecer em mesmo número que as

aulas de Língua Portuguesa e Matemática ministradas.

“Sim, Ciências é só um dia na semana, é muito pouco, não dápara aprender tudo o que a tia explica, sabe?”(Aluno 5).

Oito alunos entendem que apenas a utilização do livro didático não é

suficiente e a aprendizagem é mais eficaz quando se utilizam outros recursos,

como o vídeo, o computador, experiências, etc.

Como se observa no quadro 4 abaixo, os recursos didáticos mais

comumente utilizados nas aulas de Ciências são:

Quadro 4

RECURSOS MAIS UTILIZADOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS SEGUNDO OS ALUNOSQTD ALUNOS RECURSO

7 EXPERIENCIAS5 VÍDEOS4 PASSEIOS2 APENAS O LD2 PESQUISAS

“Não, eu acho que se a gente fizer mais experiências e tiver

aula de computador, é melhor.”(Aluno 12).

Todos os doze alunos responderam que as aulas práticas

(experienciais) são as que mais contribuem para a aprendizagem de Ciências,

enquanto que essa unanimidade não foi atingida com as professoras.

Quando foi perguntado se o aluno considerava que a utilização de

outros recursos, tal como, pesquisas para exemplificar as teorias científicas

resultam numa aprendizagem mais fácil. Cinco alunos disseram gostar mais



18/24

Página 18

das aulas práticas, passeios, enquanto que os demais se limitaram a citar o

livro didático.

Três alunos disseram não ter dificuldade em entender os conceitos

apresentados nas aulas de Ciências, enquanto nove disseram ter dificuldades

de acompanhar os textos, a leitura (dificuldades de ler e escrever)

“Eu acho Ciências muito importante, mas é difícil para a genteentender tudinho.”(Aluno 12).

Oito alunos relacionaram o ensino de Ciências ao seu dia-a-dia

através dos eletrodomésticos e eletro portáteis (TV, celular, computador),

energia elétrica, fábricas, alimentos; enquanto outros comentaram sobre

higiene bucal, alimentação, limpeza corporal.

“Tudo o que faço lembra Ciências, os objetos que temos emcasa lembram Ciências, TV, DVD, celular, o computador.”(Aluno 3)

“Quando eu vejo as fábricas, os remédios, o computador, a TV,o celular, os alimentos que a tia explica, sabe?”(Aluno 12).

Todos os alunos responderam que o ensino de Ciências é muito

importante para acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Exemplos

citados: o clone, a cura de doenças, as coisas que o homem inventa, ocomputador, o desenvolvimento do mundo. Indiferente a essa visão, como se

verifica no quadro 1, só 50% (cinqüenta por cento) das professoras

explicitaram essa necessidade.

“Sim, quanto mais estudamos, mais entendemos que o mundose desenvolve rapidamente e isso é a tecnologia que faz parte daCiência.”(Aluno 3)

“Sim, para se chegar ao desenvolvimento tecnológico, é muito

importante estudar Ciências.”(Aluno 9)

A partir das falas de professoras e dos alunos, percebemos que apesar

de a maioria deles gostarem da disciplina, a associação do desenvolvimento

tecnológico com as aulas de Ciências, se faz de maneira muito superficial e os

conceitos relativos à Ciência e Tecnologia ainda não são devidamente

trabalhados da forma como prescrevem os Parâmetros Curriculares Nacionais

para o ensino de Ciências Naturais, e embora em alguns momentos se faça

uso de outros recursos pedagógicos, principalmente da TV e do vídeo, as



19/24

Página 19

aulas de Ciências ainda acontecem muito vinculadas ao livro didático, não

favorecendo o debate e a reflexão dessa temática dentro da sala de aula.

Verificamos que se faz pouco uso dos laboratórios, tanto de Ciências

como de informática instalados na escola, entretanto as professoras se utilizam

de outros recursos para ministrar aulas práticas, tais como: passeios,

experiências com plantas e o projeto “Aprendendo com a Natureza” em

parceria com uma grande indústria.

Como diz Macetto (in Moran et al, 2003, p. 133), em educação escolar,

(...) até hoje não se valorizou adequadamente o uso de tecnologia visando a

tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e mais eficaz.

Todos os alunos entendem que as aulas práticas são mais eficazes

que as teóricas para a assimilação do conhecimento cientifico e que o ensino

de Ciências ajuda a entender o desenvolvimento tecnológico.

Porém 75% desses sujeitos têm dificuldades para entender os

conceitos científicos principalmente porque ainda não dominam

completamente a leitura.

Observamos que as professoras embora tenham noção da importância

que é instrumentalizar às aulas de Ciências para que se entenda o

desenvolvimento tecnológico, o sistema educacional no qual elas estão

inseridas, não lhes dá amplas condições de trabalho com vista a atender o que

realmente recomenda os PCN e a LDB. Deixando assim de fazer uma relação

direta de Ciências com as novas tecnologias, estando os alunos inseridosnesse cenário a partir de seus conhecimentos prévios e o que aprendem no

cotidiano, pouco refletindo sobre o impacto das tecnologias no mundo.

Ao questionarmos as professoras sobre o que fazer para melhorar o

ensino oferecido pela escola pública e o que mudar no papel do professor

diante do avanço tecnológico, elas citaram que seria necessário melhores

condições para o professor; com relação à quantidade, status iguais para asáreas do saber e um maior uso das tecnologias existentes dentro da escola e



20/24

Página 20

daquelas que a escola pública ainda não teve acesso. Porém, curiosamente

não foi citado, claramente, que é necessário e imprescindível à formação

permanente, continuada, do profissional docente.

“Mais interesse por parte do professor (ex.: a escola oferecelaboratório), mais pouco utilizamos ou quase não utilizamos porcausa da responsabilidade que temos ao levarmos nossos alunospara conhecer ou utilizar os equipamentos.”(Professora 2)

Considerações finais

A Ciência Moderna amplia a relação entre a Ciência e a Tecnologia,

mostrando como ambas se favorecem tendo por objetivo permitir uma melhor

qualidade de vida para o cidadão. Entretanto, o ensino de Ciências encontrado

na escola pública, ainda insiste na assincronia de querer se pautar no

paradigma do copiar, transcrever, e memorizar, decorar, desconsiderando-se

que a alfabetização para o mundo moderno deve ser dada numa perspectiva

mais dialogada permitindo ao educando e cidadão a construção de uma visão

de mundo consistente e da apropriação dos saberes escolares sobre os mais

diversos olhares como determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educaçãovigente.

Nesse caminho, a escola precisa, através de uma linguagem

significativa fazer com que os educandos reflitam sobre o que existe, porque

surgiu, como se deu o desenvolvimento, a quem beneficiou e por que,

permitindo ao aluno problematizar e buscar respostas para o que acontece no

mundo e na sua realidade, como prescrevem os Parâmetros Curriculares

Nacionais.

Segundo MORAN (in MORAN et al, 2003. p. 32), aprendemos quando

relacionamos, integramos. Uma parte importante da aprendizagem acontece

quando conseguimos integrar todas as tecnologias, as telemáticas, as

audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas, corporais.



21/24

Página 21

É necessário salientar que a utilização pura e simples de recursos

didáticos que explorem as tecnologias que se apresentam no cotidiano, por si

só, não será a solução para os diversos problemas que perpassam o ensino e

a aprendizagem de Ciências na atualidade, mas contribuirão para motivar o

interesse do aluno pela busca do saber e permitirá a ele, no mínimo, uma

maior experimentação.

Porém, a falta de investimentos adequados ao aparelhamento que

atenda as demandas contemporâneas e permitam a alunos e a professores

fazerem simulações, utilizarem à interdisciplinaridade nas temáticas

trabalhadas em sala de aula. Aliada a ausência de capacitação dos recursos

humanos para o manuseio desses materiais põe a grande maioria das escolas

públicas como formadoras de cidadãos em descompasso com as exigências

impostas pela modernidade, seja no nível intelectual quando se trata do

domínio das várias linguagens da contemporaneidade, seja no nível

instrumental.

Percebemos então que a globalização e os avanços tecnológicos

imprimem aos profissionais da educação a necessidade da formação

permanente por que precisam estar capacitados para levar aos alunos os

conceitos tecnológicos de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.



22/24

Página 22

Referências bibliográficas

ALMEIDA, Fernando José; FONSECA Jr., Fernando Morares. Proinfo: projetose ambientes inovadores. Secretaria de Educação à Distância. Brasília:Ministério da Educação, 2000. 96p.

ANGOTTI, José André Peres, AUTH, Milton Antonio. Ciência e Tecnologia:Implicações Sociais e o Papel da Educação. Revista Ciência & Educação, v.7,n.1, p.15-27, 2001.

BRASIL. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Ministério da Educação eCultura, Brasília.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para Educação: Ciências Naturais.Secretaria de Educação Fundamental - Brasília: MEC/SEF, 1997 e 2000.

DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André Peres. Metodologia do Ensinode Ciências. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.

GLEYSER, Marcelo. A Ciência se torna fascinante quando você não fica só nateoria. Revista Nova Escola. São Paulo, 2005.

LELLIS, Luciana de Oliveira. Um estudo das mudanças relatadas porprofessores de Ciências a partir de uma ação de formação continuada.Dissertação de mestrado em ensino de Ciências, Faculdade de Educação,Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.

MORAN, Jose Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida.Novas tecnologias e mediação pedagógica. 7.ed. Campinas, SP: Papirus,2003. 173 p.

OLIVEIRA, C.C.; COSTA, J. W.; MOREIRA, M. Ambientes informatizados deaprendizagem: produção e avaliação de software educativo. Campinas:Papirus, 2001. 144p.

PADILHA, Maria Auxiliadora Soares; CAVALCANTE, Patrícia Smith;Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Educação. O fazer

pedagógico em ambientes virtuais de estudo: reflexões sobre a pratica doprofessor. Recife, 2001.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed Editora, 1999. 90p.

___________________. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000. 192p.



23/24


24/24

Anexo 2ROTEIRO DA ENTREVISTA REALIZADA COM OS ALUNOS

QUESTÃO 1:O(A) Aluno(a) gosta de Ciências? Por quê?

QUESTÃO 2:O que você entende por Ciências? (conceitue com as suas palavras)

QUESTÃO 3:Em sua opinião, as aulas de Ciências deveriam ser em mesmo número que asaulas de língua portuguesa e matemática?

QUESTÃO 4:Você considera que apenas a utilização do livro didático é suficiente para suaformação?

QUESTÃO 5:Quais os recursos (materiais) além do livro didático são utilizados nas aulas deCiências?

QUESTÃO 6:Você considera que a utilização de outros recursos (tal como pesquisas) paraexemplificar as teorias científicas resulta numa aprendizagem mais fácil?

QUESTÃO 7:O que você mais gosta nas aulas de Ciências?

QUESTÃO 8:Quais as dificuldades que você tem para entender os conceitos em Ciências?

QUESTÃO 9:De que forma você relaciona o ensino de Ciências ao seu dia-a-dia?

QUESTÃO 10:Em sua opinião, aprender Ciências é importante para acompanhar (entender) odesenvolvimento tecnológico?

o ensino de cincias e sua relação com a tecnologia

Documents