o double decker da comil está chegando - abrati.org.br · conhecendo de perto a realidade das...

68
DEZEMBRO/2011 ANO 16 Nº 67 Volvo fará ônibus híbrido em Curitiba O Double Decker da Comil está chegando A ABRATI premia empresas do setor por suas boas práticas A Scania fornece 289 chassis articulados para o Projeto Transmilênio

Upload: vandiep

Post on 10-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DEZEMBRO/2011 ANO 16 Nº 67 Volvo fará ônibus híbrido em Curitiba

O Double Decker da Comil está chegando

A ABRATI premia empresas do setor por

suas boas práticas

A Scania fornece 289 chassis articulados para o Projeto Transmilênio

ANDE MAIS DE ÔNIBUS. MENOS POLUIÇÃO,

www.marcopolo.com.br

MAIS PRESERVAÇÃO... TERRA MAIS VIVA.Andar mais de ônibus proporciona vantagens para a qualidade de vida, para o meio ambiente, para a diminuição da poluição e dos congestionamentos nas cidades e para todo mundo. Embarque na ideia por uma mobilidade sustentável porque o futuro tem um só caminho e uma só direção: a preservação.

A Irizar comemora 120 anos

empenhada em

vigoroso processo de

expansão internacional.

umárioS

Em noite festiva, os

representantes das

empresas vencedoras

da primeira edição

receberam em

Brasília o Prêmio

ANTP/ABRATI de

Boas Práticas no

Transporte Rodoviário

de Passageiros.

Na última reunião do ano entre os associados e

a Diretoria da ABRATI , o diretor-geral da ANTT,

Bernardo Figueiredo, destacou as contribuições

do setor ao processo da licitação.

Realizado no dia 7 de dezembro, o jantar

anual de confraternização da ABRATI contou, mais uma

vez, com a presença de integrantes do poder público, de

parlamentares e de elevado número de associados.

18

12 14

Mais duas importantes empresas – a Gontijo, de Belo Horizonte, e a Progresso,

de Recife – incorporaram novos ônibus a suas frotas. Todos com

carroçarias Marcopolo Geração 7 e motorização Scania.

No inicio de 2012, a Comil passa

a produzir seu primeiro ônibus

Campione Double Decker, além do

novo Campione HD 4.05.

Tradicional empresa de

transporte rodoviário

de passageiros do Rio

de Janeiro, a Bel-Tour é

conhecida pela qualidade

dos seus serviços e

pela busca permanente

por inovação.

30

LEIA MAIS:

Cartas................................................................ 6

Carta do Presidente .......................................... 7

Bagageiro ......................................................... 8

ICA .................................................................. 22

Volvo híbrido .................................................. 26

A Bus World em Kortrijk ................................. 36

Caminhos Musicais Guanabara ...................... 54

Marcopolo Top de Marketing ........................ 61

Scania mobilidade .......................................... 62

Scania novos motores .................................... 64

Opinião ........................................................... 66

46

50

58

6 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A Revista ABRATI é uma publicação da

Associação Brasileira das Empresas de

Transporte Terrestre de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, edição e editoração eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima – MTb 7903

Impressão

Gráfica e Editora Athalaia – Brasília

Imagem da capa

Divulgação Comil

Esta revista pode ser acessada via

internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

Presidente Renan Chieppe

Vice-PresidenteLuiz Wagner Chieppe

Diretor Administrativo-FinanceiroPaulo Alencar Porto Lima

DiretoresCarlos Alberto de O. Medeiros, Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu, Francisco Tude de Melo Neto, Jacob Barata Filho, Leônidas Elias Júnior, Letícia Sampaio Kitagawa, Mário Luft, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Pedro Antonio Teixeira, Sandoval Caramori,Telmo Joaquim Nunes e Washington Peixoto Coura.

SuperintendenteJosé Luiz Santolin

Assessoria TécnicaAtaíde de Almeida

Assessoria de Comunicação SocialCiro Marcos Rosa

SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT Torre A – 8º andar - Entrada 10/20 CEP: 70.070–944Brasília - Distrito Federal

Telefone: (061) 3322-2004Fax: (061) 3322-2058/3322-2022E-mail: [email protected] Internet: http://www.abrati.org.br

PIRATAS – 1O inevitável parabéns redundante

à ABRATI pela edição nº 66 da revista.

Ótimos destaques! Excelente cobertu-

ra da operação dos piratas.

Agora eu digo uma coisa: em rela-

ção aos piratas, tanto o que a ANTT

não faz quanto o pouco que ela faz

é por falta de vontade, organização

e foco, reflexo da lentidão e falta de

prioridade características dos órgãos

públicos. De outra sorte, e eu até diria

que se fosse eu, grande parte do sis-

tema clandestino já estaria quebrado

e fora de operação. Aliás, sequer teria

chegado ao ponto que chegou! Sei de

casos que bastou a aplicar a lei devida

ao setor, e os veículos piratas nunca

mais saíram dos pátios de apreensão.

É só pontuar e focar as ações. Duvido

que eles resistam!

Por menor que seja o contingente

disponível para o trabalho, basta es-

tratégia enxuta e bem definida para

combater e eliminar, pelo menos a

quase zero, essa praga que nos aflige.

Esse atentado à vida! Não tem essa de

liminar em outros estados, as linhas

são interestaduais. A ANTT, ligada

direto à Presidência da República, tem

que ter autonomia e mão pesada o su-

ficiente para resolver isso! O negócio é

tão absurdamente atrevido que vemos

os clandestinos até usando todos os

pontos de apoio de excelência que nós

usamos. Cita-se a exemplo, os postos

da Rede Graal no sudeste e pontos es-

tratégicos ao longo da BR-153, da Rio

Bahia e da BR-040, comuns à Gontijo,

Satélite Norte, Transbrasiliana, Real

Expresso, Cometa, Expresso Itamarati,

Itapemirim, Entram e tantas outras.

Uma vergonha pra a Agência admi-

tir sua incapacidade, que na verdade

é recursos e pessoal mal alocados.

Uma ofensa para os ônibus que dão

seu tudo para fazer valer um dos mais

artasC

nobres e solenes direitos de nosso

povo: Ir e Vir! Ir e Vir com dignidade,

respeito e a devida qualidade. Força

aos ônibus... respeito aos nossos

“faróis”!!!

[email protected]

Delvanor Soares da Paz

SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP

PIRATAS - 2A matéria da edição 66 (setembro

de 2011) mostra com exatidão o que

precisa ser feito para acabar com a

farra dos ônibus piratas. Basta o poder

público querer. Os piratas agem tão

livremente que não se preocupam em

ocultar-se, seja nas cidades do Norte

e Nordeste, seja nas grandes capitais

como São Paulo e Rio de Janeiro. A

alegação de que falta pessoal para

fiscalizar é procedente, mas mesmo

com a atual escassez de gente seria

possível coibir essa atividade cujos

praticantes hoje se dão ao luxo de ter

endereço certo e usar cartão de visita.

Douglas G. Ferrentini

LIMEIRA – SP

TRANSPÚBLICOTive o prazer de visitar a Transpú-

blico em São Paulo e pude ver que

a indústria de ônibus do Brasil tem

conquistado grandes avanços, como

retratado pela Revista ABRATI. O

melhor é a variedade de montadoras

e encarroçadoras existentes, muitas

delas com sua produção orientada

para importantes segmentos do setor

de transporte rodoviário de passagei-

ros. O pior é o fato de que esses pro-

dutos tão avançados ainda precisam

trafegar em vias públicas e rodovias

malconservadas, cheias de buracos,

sem sinalização e sem perspectivas

de melhorar.

Atílio Mariano de Souza

SÃO PAULO – SP

arta do PresidenteC

Justo reconhecimento às boas práticas

H á muitos anos as empresas de transporte rodoviário de passageiros vêm se

dedicando a desenvolver sistemas que possam contribuir para o aprimora-

mento dos serviços prestados aos usuários, e que tornem as viagens cada vez

mais seguras e confortáveis.

Elas operam com frotas modernas, periodicamente renovadas, como as que

têm sido mostradas na Revista ABRATI, e cujos ônibus nada ficam a dever aos que

circulam em outros países. O trabalho das empresas encontra correspondência nos

resultados das pesquisas que a ABRATI realiza e que mostram índices bastante

elevados de satisfação com o serviço, atingindo mais de 87%.

As mesmas pesquisas indicam que o passageiro leva mais em consideração a

segurança, o conforto e a regularidade, e menos o fator preço, preocupando-se mais

com a oferta do serviço na hora desejada, que permita o seu deslocamento para

outras cidades a qualquer momento. E, hoje, as empresas ligam todos os municípios

brasileiros, com abrangência só comparável à Empresa de Correios e Telégrafos.

Conhecendo de perto a realidade das empresas e suas preocupações com

a implantação de programas de qualidade e boas práticas de gestão, a ABRATI,

em parceria com a ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos – houve

por bem criar, neste ano, o Prêmio ANTP/ABRATI de Boas Práticas no Transporte

Rodoviário de Passageiros.

O prêmio tem por finalidade reconhecer e premiar boas práticas desenvolvidas

por empresas operadoras de transporte rodoviário de passageiros que atuam nos

segmentos interestadual e internacional. Nesta primeira edição, candidataram-se

oito empresas, que inscreveram 16 “cases”, os quais foram avaliados por um júri

independente formado por cinco especialistas em transporte e marketing.

O objetivo da ABRATI ao criar o Prêmio Boas Práticas foi reconhecer e premiar

as inúmeras ações empreendidas pelas empresas do sistema regular. O setor tem

estado sempre à frente na prestação de serviços de qualidade aos passageiros;

suas operadoras trabalham rotineiramente os conceitos de qualidade, responsa-

bilidade social e responsabilidade ambiental. Com o Prêmio, a ABRATI quer dar

maior visibilidade a essas ações e às empresas que as desenvolvem.

Grande número de associadas da ABRATI já manifestou o desejo de partici-

par das próximas edições do Prêmio. Várias delas não puderam inscrever-se na

primeira edição, em virtude do prazo reduzido entre a decisão de criar o Prêmio

e o julgamento dos trabalhos. Para o próximo ano, haverá maior prazo e temos

certeza de que haverá um número ainda mais elevado de empresas interessadas

em mostrar as Boas Práticas que vêm implementando.

O setor interestadual e internacional tem

estado sempre à frente na prestação de serviços de qualidade

aos passageiros, e isso é feito por operadoras

que trabalham rotineiramente os

conceitos de qualidade, responsabilidade social

e responsabilidade ambiental.

Júlio

Fer

nand

es

Renan Chieppe, Presidente da ABRATI.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 7

8 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

B A G A G E I R O

PREMIAÇÃO PRODUTO

BRT

RANKING

MERCEDES-BENZ É “EMPRESA DO ANO” PELA SEGUNDA VEZ CONSECUTIVA

CARROÇARIA CAIO SOLAR COMPLETA UM ANO DE SUCESSO NO FRETAMENTO

TERCEIRA FASE DO SISTEMA TRANSMILÊNIO ADQUIRE MAIS 295 ÔNIBUS DA SCANIA

NOBRE SEGURADORA ESTÁ ENTRE AS 20 MAIORES SEGURADORAS DO BRASIL

Pelo segundo ano

consecutivo a Mercedes-

Benz do Brasil foi

escolhida como “Empresa

do Ano” no Prêmio

AutoData – Os Melhores

do Setor Automotivo.

O prêmio é uma das

principais iniciativas

de reconhecimento a

empresas e executivos

do setor automotivo. “A

conquista dessa dupla

premiação coroa o êxito

da nossa Companhia nos

investimentos que tem feito

visando o fortalecimento

de suas operações no

País”, declarou Joachim

Joachim Maier

Maier, vice-presidente de

Vendas da Mercedes-Benz

do Brasil. Nessa que foi

a 12 edição do prêmio,

a companhia também

conquistou o troféu de

“Montadora do Ano”,

acumulando assim as

duas mais importantes

premiações do evento .

Conforme divulgado na Revis-

ta Valor Econômico – Anuário

2011 – a Nobre Seguradora

está entre as 20 maiores

Seguradoras do País. Mere-

cendo o 8º lugar em menor

índice de sinistralidade, entre

as grandes e, o destaque de

11º lugar no Ranking das

“20 mais rentáveis sobre o

patrimônio líquido, entre as

grandes”. Pedro Albuquer-

que – Diretor Presidente da

Nobre Seguradora – afirma

que os excelentes resultados

obtidos pela Companhia,

decorrem de alguns fatores

como: excelente prestação

de serviços; produtos que

atendem a necessidade do

segurado e a observância a

uma ética impecável na con-

dução dos negócios.

Pedro Jorge de Almeida

Albuquerque, Diretor-Presidente

da Nobre Seguradora: a

primeira no ranking nacional,

não partencendo a bancos ou

a capital estrangeiro.

A carroçaria Caio Solar,

desenvolvida especialmente

para o setor de fretamento,

completou um ano de

bem-sucedida presença

no mercado. Desde o seu

lançamento, em 2010,

ela tem conquistado a

preferência de clientes de

todo o País. A característica

que mais a diferencia dos

demais produtos para o

segmento é a maior largura

da categoria – 2.600

mm –, que proporciona

maior conforto para os

passageiros, com mais

A Scania Colômbia vai

fornecer mais 295 chassis

de ônibus para a Coobus,

cooperativa que atua no

Sistema Integrado de

Transporte Público de

Bogotá. Os ônibus vão

espaço para movimentação

no interior do veículo, além

de várias configurações e

espaçamentos, de acordo

com a distribuição das

poltronas. A largura do

corredor supera a que

é exigida pelas normas

vigentes.

operar na terceira fase

do sistema TransMilenio.

São 277 chassis modelo

K250 4x2 e 18 articulados

modelo K310 6x2/2. As

unidades serão entregues

em 2012 e 2013.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 9

DESEMPENHO

VENDA

FAMOSOS

RESPONSABILIDADE SOCIAL

MARCOPOLO PRODUZ 8.982 UNIDADES E CRESCE 24,6% NO TERCEIRO TRIMESTRE

MASCARELLO FORNECE 20 ÔNIBUS ROMA PARA EMPRESA DE DUQUE DE CAXIAS

PILOTOS DA FÓRMULA 1 DESFILAM EM INTERLAGOS A BORDO DO ACCELO

PROGRAMA DA MERCEDES-BENZ DE COMBATE À DEPENDÊNCIA QUÍMICA

O Programa de Prevenção e

Recuperação de Dependen-

tes mantido pela Mercedes-

-Benz do Brasil está comple-

tando 26 anos de existência.

No programa, o tratamento é

feito com foco no combate

à dependência química, que

envolve não somente o uso

de drogas ilícitas e do álcool,

A Mercedes-Benz oferece tratamento gratuito em clínicas

especializadas para a recuperação de dependentes químicos.

A Marcopolo S.A. registrou

crescimento de 24,6% no

terceiro trimestre de 2011

no Brasil, em relação ao

mesmo período de 2010.

A receita líquida chegou a

R$ 888,6 milhões, sendo

produzidas 8.982 unidades.

A Mascarello entregou 20 unidades do seu ônibus Roma

350 para a Expresso Mangaratiba, de Duque de Caxias,

Estado do Rio de Janeiro. As carroçarias foram montadas

sobre chassis modelo VW 17.260 EOT.

No recente Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1,

realizado no autódromo de Interlagos, em São

Paulo, o tradicional desfile dos pilotos foi

em um caminhão Mercedes-Benz Accelo 1016, já

dotado da nova tecnologia BlueTec 5, que atende a

norma Proconve P7. Para a finalidade, o caminhão

recebeu uma carroçaria especial.

A produção global nos nove

primeiros meses do ano foi

de 23.242 unidades, o que

resultou na receita líquida

de R$ 2,420 bilhões. A

previsão é fechar o ano

com uma produção global

de 30.200 unidades.

mas também abrange o vício

em tabaco e medicamentos.

As atividades promovem o

resgate à qualidade de vida

e reinserção social, e contam

com o acompanhamento de

assistentes sociais, médi-

cos, enfermeiros e facilita-

dores. Inclui tambem apoio

aos familiares.

MERCADO GLOBAL

MARCOPOLO COMPRA PARTICIPAÇÃO NA ENCARROÇADORA LÍDER DA AUSTRÁLIA

A Marcopolo assinou

contrato para comprar

75% de participação

na empresa Volgren

Australia Pty. Limited, de

Melbourne, Austrália. A

Volgren é líder no mercado

australiano, com 40%

de market share. Maior

encarroçadora de ônibus

daquele país, ela emprega

mais de 560 funcionários.

No ano fiscal de julho/10

a junho/11, vendeu 698

carroçarias e alcançou

receita de 207,1 milhões

de dólares australianos – o

correspondente a R$ 383

milhões. O contrato prevê

que a Marcopolo terá o

direito de, ao final de três

anos, adquirir os restantes

25% de participação.

O pequeno mercado

australiano tem crescido à

média de 12% ao ano.

euniãoR

Diretor-Geral da ANTT promete diálogoBernardo Figueiredo compareceu ao auditório da ABRATI no início da tarde de 7 de dezembro, dia

da última reunião de 2011 entre a Diretoria e as associadas, e fez um relato sobre os preparativos para

a realização da licitação das linhas interestaduais de ônibus, no primeiro semestre de 2012.

O Diretor-Geral da ANTT, Bernardo

Figueiredo, garantiu aos empresá-

rios do setor de transporte rodoviário

interestadual e internacional de pas-

sageiros que não vê dificuldade em

fazer alguma mudança no modelo que

a Agência está desenhando para licitar

as linhas interestaduais. Ele informou

que espera lançar o edital correspon-

dente ainda em dezembro de 2011,

mas ressalvou que até o fim de janeiro

de 2012 a ANTT pretende continuar

dialogando com os empresários em

torno de uma minuta do futuro contrato

de prestação de serviços.

Figueiredo fez essas declarações

no dia 7 de dezembro, quando compa-

receu à sede da ABRATI, em Brasília,

para falar aos empresários sobre as

licitações, a convite da Diretoria da

ABRATI e do presidente Renan Chie-

ppe. Prometeu introduzir nas regras

que vão disciplinar a prestação dos

serviços “instrumentos que possibili-

tem eventuais reajustes, para que os

próprios empresários possam utilizá-

-los no futuro”. Mas não entrou em

detalhes nem avançou no raciocínio,

apenas observou que a ideia da Agên-

cia é que o edital e o futuro contrato

“sejam permeáveis”.

Bernardo Figueiredo também in-

formou que no momento os técnicos

da Agência estão reavaliando todo o

trabalho de montagem do novo mode-

lo. “As contribuições que recebemos

Representantes das empresas associadas lotaram o auditório da Associação e participaram das discussões.

Foto

s: Jú

lio F

erna

ndes

Patrocínio

Copatrocínio

12 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Francisco Tude, da Auto Viação

Progresso, o presidente Renan Chieppe e

o deputado federal Mauro Lopes.

Cláudio Nelson Abreu tratou das atividades

desenvolvidas pelo GT da Desoneração.

O diretor-geral da ANTT qualificou de “muito importantes” para a modelagem da licitação

as contribuições apresentadas pelas empresas operadoras por intermédio da ABRATI.

Bernardo Figueiredo e o vice-presidente

da ABRATI, Luiz Wagner Chieppe.

Paula Barcellos apresentou informe sobre

as propostas do GT de Marketing.

Patrocínio

Copatrocínio

nos obrigaram a fazer uma reavaliação

do que havíamos realizado”, disse,

acrescentando que vê como natural a

possibilidade de assumir o erro e fazer

as correções necessárias. “Estamos

felizes com a contribuição da ABRATI.

Queremos construir um processo e dar

um salto de qualidade.”

Perguntado sobre se o tempo não é

exíguo para a preparação adequada do

processo licitatório, o Diretor-Geral da

ANTT respondeu: “O prazo não vai nos

obrigar a fazer nada de forma inadequa-

da. De todo modo, teremos a oportunida-

de de criar instrumentos de revisão e de

rearranjo daquilo que estamos fazendo”.

O atual mandato de Bernardo Figuei-

redo à frente da Agência Nacional de

Transportes Terrestres vai até 17 de

fevereiro de 2012, mas o Governo já

encaminhou mensagem ao Senado Fe-

deral propondo sua recondução ao cargo.

Ao agradecer a visita do Diretor-

-Geral, o presidente Renan Chieppe

reafirmou a confiança dos empresários

em um processo licitatório que atenda

aos interesses das operadoras, do

Governo e, sobretudo, dos usuários de

transporte interestadual de passageiros.

“Continuamos trabalhando, investindo

e confiando. E achamos que o Governo

precisa ter sensibilidade na condução

desse processo”.

Na última reunião do ano na ABRATI,

expressivo número de associados lotou o

auditório da ABRATI para discutir assun-

tos de interesse do setor e tomar conhe-

cimento dos informes apresentados por

Cláudio Nelson Abreu, do Grupo de Tra-

balho de Desoneração e Infraestrutura, e

por Paula Corrêa, do Grupo de Trabalho

de Marketing. O coordenador dos grupos,

Luiz Wagner Chiep pe, vice-presidente

da ABRATI, também discorreu sobre o

trabalho realizado até aqui.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 13

Patrocínio

Copatrocínio

onfraternizaçãoC

Encontro de encerramento do ano reúne empresários, executivos, políticos e integrantes de órgãos do Governo Federal

Na noite de 7 de dezembro,

aproximadamente 300

convidados participaram

do coquetel e jantar de

confraternização da ABRATI,

no Clube Naval de Brasília.

Como acontece todos os anos,

o tradicional evento,

que marca o encerramento

formal das atividades da

Associação, no ano, mais uma

vez ensejou aos participantes

estabelecer ou renovar

contatos, além de rever amigos

e conhecidos. Patrocinada

pela Mercedes-Benz do Brasil

e copatrocinada pela Ipiranga

Produtos de Petróleo e pela

FABUS, a festa serviu ainda

como uma pausa necessária

na intensa atuação que as

empresas e sua Associação

nacional desenvolveram ao

longo de 2011.Gilson Mansur, Aguinaldo Mariano, Ricardo José, Constantino Basile Valtas e Curt Axthelm,

todos da Mercedes-Benz.

Renan Chieppe, Bernardo Figueiredo e Abílio Gontijo Júnior.

Foto

s: A

gênc

ia F

ull T

ime

14 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Patrocínio

Copatrocínio

Otávio Cunha e Luiz Wagner Chieppe.

João Gurcaz, deputado federal Mauro Lopes, Renan Chieppe, senador Acyr Gurcaz, Paulo

Corso e Mário Luft.

Reinaldo Conti, João Paulo Ranalli, Roger Mansur, Axier

Etzarreta e Wanderley Perez Avilez.

Washington Coura, Renan Chieppe e

Robson Rodrigues.

Maurício Ferreira, Milton Ferreira da Silva Jr., Flávio Coelho Dantas, Eden Affonso, Marcelo

Aragão, Hélio Alves, Valdecir Castro, Marcos Morandin e Marcos Aurélio Mourão, todos da

Ipiranga Produtos de Petróleo.

Ricardo José, Renan Chieppe, Gilson Mansur e Curt Axthelm.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 15

Patrocínio

Copatrocínio

onfraternizaçãoC

Luiz Wagner Chieppe, Heinz Kumm Júnior, Bernardo Figueiredo, Renan

Chieppe, Marcelo Antunes e Carlos Otávio de Souza Antunes.

Wilson Pereira, Mário Luft, Gilson Mansur e Ricardo José.

Luiz Roberto Ribeiro e Deoclécio Corradi.

João Gurcaz, Ramiro de Lima Dias e

José Luiz Santolin.

Bernardo Figueiredo, Noboru Ofugi, Manoel Lucívio de

Loyola e Renan Chieppe.

Marco de Luca e

José Luis Gonçalves.

Altair Moreira, Carlos Otávio de Souza Antunes,

Vivaldo Mazon e Heinz Kumm Júnior.

Foto

s: A

gênc

ia F

ull T

ime

16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Patrocínio

Copatrocínio

Alexandre Resende, Denise

Cadete, senador Ricardo

Ferraço e Valeska Pinto.

João Jodailson Caldas Rolin de

Oliveira e Antonio Carlos Abreu.

Mário Luft, Ricardo Rocha, Paulo Roberto Petersen, Doreni

Caramori e Pedro Teixeira.

Mônica e Renan Chieppe, Paulo Corso, Márcia e Luiz

Wagner Chieppe.

Jocimar Moreira e Cláudio Flor. Heron Manzini e Joel Fernandes.

Eduardo Monteiro Pinto, Paulo Humberto Gonçalves e Antônio Bruzzi.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 17

Patrocínio

Copatrocínio

remiaçãoP

As ganhadoras do Prêmio Boas PráticasNa noite de 7 de dezembro, durante a festa de confraternização, a ABRATI (Associação Brasileira

das Empresas de Transporte de Passageiros) e a ANTP (Associação Nacional do Transporte Público)

premiaram as empresas ganhadoras do Prêmio Boas Práticas no Transporte Rodoviário de Passageiros.

O prêmio Boas Práticas foi instituído

no início do segundo semestre

deste ano com a finalidade de reco-

nhecer e premiar boas práticas desen-

volvidas por empresas operadoras de

transporte rodoviário de passageiros

que atuam nos segmentos interesta-

dual e internacional. Oito empresas

candidataram-se ao prêmio nesta

sua primeira edição, inscrevendo 16

cases, que foram avaliados por um júri

independente formado por cinco espe-

cialistas em comunicação e marketing.

“Nosso propósito ao criar o Prê-

mio Boas Práticas foi reconhecer e

premiar as inúmeras ações praticadas

pelas empresas do sistema regular de

transporte de passageiros por ônibus

nos segmentos interestadual e inter-

nacional – informa Renan Chieppe, pre-

sidente da ABRATI. – Nosso setor tem

estado sempre à frente na prestação

de serviços de qualidade aos passa-

geiros, e isso é feito há muitos anos

por operadoras que trabalham rotinei-

ramente os conceitos de qualidade,

responsabilidade social e ambiental.

Pretendemos dar maior visibilidade a

essas ações a às empresas que as

desenvolvem.”

Na festa da premiação, da esquerda para a direita: Dacio Ferreira, Paula Barcellos, Fernanda Peroba, Mário Luft, Renan Chieppe, Carlos Otávio

de Souza Antunes, Paulo Porto Lima, Angélica Lopes, Halinka Garcia, Rodrigo Mont’Alverne, Almir Spironeli e Carlos Magalhães.Fo

tos:

Agê

ncia

Ful

l Tim

e

18 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Patrocínio

Copatrocínio

Categoria Adesão dos Colaboradores1º lugar – JCA Holding Transportes (RJ), case “Novos Caminhos JCA – Uma estratégia de transformação organizacional a partir dos valores”.2º lugar – Viação Águia Branca (ES), case “Gestão de pessoas, um processo contínuo”.3º lugar – Expresso Guanabara (CE), case “Adesão dos Colaboradores”.

Categoria Atendimento ao Cliente1º lugar – Viação Águia Branca (ES), case “Jeito Águia Branca de atender”.2º lugar – Expresso Guanabara (CE), case “Atendimento ao Cliente”.3º lugar – Viação Garcia (PR), case “Inovação tecnológica: conforto e segurança ao passageiro Garcia”.

Categoria Responsabilidade Sócio Ambiental1º lugar – Viação Águia Branca (ES), case “A Sustentabilidade no Transporte Rodoviário de Passageiros”.2º lugar – Expresso Guanabara (CE), case “Responsabilidade Sócio Ambiental”.3º lugar – Empresas Reunidas Paulista de Transporte (SP), case “Esporte como Ferramenta de Desenvolvimento Social e Humano”.

Dacio Ferreira, Valeska Pinto e Valesca Falqueto.

O presidente Renan

Chieppe, da ABRATI,

abriu a cerimônia.

Denise Cadete, da ANTP,

falou sobre os objetivos

do Prêmio.

Carlos Otávio de Souza Antunes e Noboru Ofugi.

Vencedoras

Mário Luft e Alexandre Resende, da ANTP.

Valeska Pinto, Noboru Ofugi, Alexandre Resende e José Luiz Paiva Mota.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 19

Patrocínio

Copatrocínio

remiaçãoP

Valeska Pinto e Carlos Magalhães.

Paulo Porto Lima e Denise Cadete.

José Luiz Paiva Mota e Rodrigo Mont’Alverne.

Maxwel Lopes, Denise Cadete e Paula Barcellos.

Paula Barcellos, Maxwell Lopes, Valesca Falqueto, Virgílio

Pasolini, Fernanda Peroba e Dacio Ferreira.

Virgílio Pasolini, Noboru Ofugi e Fernanda Peroba.

Alexandre Resende, Almir Spironeli e Valeska Pinto.

Rodrigo Mont’Alverne, Angélica Lopes. Paulo Porto Lima, Halinka Garcia,

Carlos Magalhães, Eliza Ferraz e Larissa Maia.

Foto

s: A

gênc

ia F

ull T

ime

20 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

erceiro setorT

O ICA conquista o Prêmio Itaú–Unicef de 2011Mantido pela Viação Santa Cruz, o ICA – Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente de Mogi

Mirim – foi o vencedor do Prêmio Itaú-Unicef edição 2011, pelo trabalho que vem desenvolvendo

desde 2002 por intermédio do Projeto Carpe Diem. A premiação, atribuída na categoria Grande Porte,

reconheceu o Carpe Diem como um dos cinco melhores projetos na área em todo o Brasil.

Iniciativa da Fundação Itaú Social e

do Unicef, Fundo das Nações Unidas

para a Infância, o prêmio conquistado

pelo ICA tem o objetivo de identificar

e dar visibilidade ao trabalho de orga-

nizações da sociedade civil, sem fins

lucrativos, que desenvolvam, em arti-

culação com a escola pública, ações

socioeducativas voltadas a crianças e

adolescentes com 6 a 18 anos de ida-

de, em condições de vulnerabilidade,

formando uma rede de proteção social

e educação.

Implantado em 2002, o projeto

Carpe Diem resultou de estudo que

definiu a arte-educação como principal

ferramenta para o desenvolvimento de

crianças e adolescentes. A metodolo-

gia do projeto é aplicada em diferentes

pontos do município de Mogi Mirim-SP,

dentro de uma perspectiva multiplica-

dora e descentralizadora.

Os espaços de atuação são a sede

da instituição e escolas públicas,

unidades nas zonas norte e leste

da cidade, e organizações parceiras.

Atualmente, são atendidos aproxima-

damente 660 crianças e adolescentes,

em articulação com os poderes público

e privado, e com a sociedade civil

organizada.

O ICA foi criado em 1997, por ini-

ciativa de Sofia Idalina Mantovani Ma-

zon, co-fundadora da Viação Santa Cruz

S.A. Até o ano de 2013, a instituição

pretende alcançar todas as crianças,

adolescentes e jovens da cidade de

Mogi Mirim, trabalhando para que suas

realidades sociais sejam transforma-

das a partir de uma atuação positiva

e tendo em mente a construção de um

mundo melhor alicerçado na verdade,

no bem e no belo.

A atuação do ICA procura desenvol-

ver em crianças, adolescentes e jovens

que se encontrem em situação de

vulnerabilidade social a consciência da

realidade e de suas potencialidades,

através do aprimoramento moral, ético

e de cidadania. Busca, ainda, criar

oportunidades de atuação positiva na

sociedade.

As atividades da instituição estão

pautadas nos valores da ética, solida-

riedade, respeito, determinação, fé,

responsabilidade e transparência.

O ICA conta com o apoio do Grupo

Santa Cruz, do qual fazem parte a Via-

ção Santa Cruz, o Expresso Cristália

e Viação Nasser. Também participam

instituições, redes sociais, fundações,

Comunicação como parte das atividades educacionais desenvolvidas pelo Projeto Carpe Diem.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

22 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

escolas, parceiros governamentais

e não governamentais. Os projetos

desenvolvidos situam-se nas áreas

educacional, cultural e social. Além do

Programa Carpe Diem, são implemen-

tadas numerosas outras iniciativas

complementares.

Na parte educacional, o ICA man-

tém o projeto “Espiral da Leitura”,

focado em ações de incentivo à lei-

tura no município. Na parte cultural,

o projeto “Acorde” intensifica as

atividades de Especialização Musical;

o “Trupe Sofia” aperfeiçoa em jovens

talentos as atividades de circo, teatro

e dança. E o “Quintal Cultural” abre,

gratuitamente, o espaço físico do ICA

à população para apresentações de

grupos artísticos da cidade e região.

A atuação na parte social se con-

cretiza por meio dos projetos “Ícaro”,

que oferece cursos gratuitos na área

metal-mecânica para maiores de 14

anos; do “Menina Mulher”, que incenti-

va e orienta o desenvolvimento afetivo

e a saúde sexual de adolescentes

entre 13 e 18 anos, e do “Asas”, que

busca garantir a igualdade de oportu-

nidade para deficientes, por meio de

ações voltadas para a capacitação

profissional.

Com o objetivo de manter, desen-

volver e criar novos projetos, o ICA

criou ferramentas para a captação de

recursos de forma sistemática. Por

meio de parcerias, mantém estreitos

laços com empresas da cidade e

região. Também utiliza leis de renún-

cia fiscal e participa de concursos

nacionais, como o Criança Esperança,

Instituto HSBC Solidariedade, ABRINQ,

entre outros.

A administração do ICA está es-

truturada em três grandes núcleos:

Núcleo de Administração e Finanças,

Núcleo Sócio Educativo e Núcleo de

Relações com a Comunidade. Cada um

desses núcleos possui coordenações

específicas conforme a demanda da

área como, por exemplo, as coorde-

nações Educacional, Cultural e Social

voltadas à execução dos projetos, e

as coordenações Administrativa e de

Comunicação, voltadas ao gerencia-

mento financeiro e da equipe de cola-

boradores, à captação de recursos e

à consolidação da imagem do ICA. Os

três núcleos reportam-se à Coordena-

ção Geral que, por sua vez, reporta-se

à Diretoria.

Literatura, uma das áreas de atuação do projeto Carpe Diem que mais motivam as crianças.

As atividades artísticas também constituem frentes de atuação do projeto.

Anteriormente à conquista do

Prêmio Itaú-Unicef 2011, o trabalho

desenvolvido pelo ICA foi premiado

em vários momentos desde a sua

fundação. Em 2000, o ICA esteve

entre as 20 melhores instituições do

País, na avaliação do Prêmio Criança

da Fundação Abrinq. Em 2005 foi

semifinalista regional pela Fundação

Itaú Social e o Unicef, com o Prêmio

Itaú-Unicef. Em 2007, como finalista

nacional, ficou entre as 33 melhores

organizações do Brasil.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 23

Os Ônibus Scania estão completando 100 anos.Para celebrar o nosso centenário, preparamos uma surpresa especial:Pacotes com Preços Fixos – 100 Anos de Ônibus Scania.

Faça revisões em seu veículo regularmente.

Scania Serviços

A Scania oferece um portfólio completo de soluções para manter seu veículo sempre rodando, com toda a produtividade e baixo custo operacional. E agora com uma novidade especial: Pacotes com Preços Fixos – 100 Anos de Ônibus Scania. Você pode realizar reparos e manutenção com peças Scania e mão de obra especializada inclusa (executada no tempo padrão da Scania), sem ter surpresas com custos extras, já que os preços dos pacotes são prefixados. Confira todas essas vantagens no site www.servicos.scania.com.br ou vá até uma das Casas Scania do Brasil e aproveite!

RIN

O C

OM

ontadoraM

Volvo vai produzir ônibus híbrido no BrasilA montadora de Curitiba mantém a aposta no ônibus híbrido (biodiesel e eletricidade), vence a

disputa interna na Volvo mundial e vai produzir em Curitiba o primeiro híbrido fora da matriz sueca.

O anúncio foi feito simultaneamente à notícia de que a Volvo vai investir mais R$ 210 milhões na

ampliação de sua planta na capital paranaense, inclusive com a construção da fábrica do híbrido.

Além da fábrica de ônibus híbridos

com motores elétrico e a biodiesel,

também serão construídas em Curitiba

uma fábrica de câmbios e uma fábrica

de cabines de caminhão, acrescidas

de novas alas administrativas e de

um espaço destinado ao atendimento

de clientes de caminhões. As obras

estarão concluídas até dezembro do

próximo ano. Serão cerca de 300.000

metros quadrados de novas alas,

prevendo-se a geração de mais 2.000

empregos. O atual quadro de funcioná-

rios da montadora é de quase 5.000

pessoas.

Curitiba venceu a Índia e o México

na disputa interna para a implantação

da fábrica do híbrido. O investimento

na nova linha será de R$ 16 milhões,

sendo abertas 30 vagas de alta quali-

ficação para engenheiros. O desenho

do chassi do híbrido – movido a eletri-

cidade e a biodiesel – será feito em

Curitiba. Boa parte do desenvolvimento

do produto será local, em cooperação

com os parceiros que produzem as

carroçarias, já que no Brasil a Volvo

fabrica somente o chassi do ônibus,

sendo o encarroçamento de responsa-

bilidade de outras empresas.

DOIS MOTORES

O processo de pré-produção come-

çará já no próximo ano, prevendo-se

a montagem de 80 unidades. O pro-

duto definido é um chassi padrão, na

configuração 4x2 eixos. Será adotada

tecnologia similar à usada da Fórmula

1 para transformar a energia mecânica

das frenagens em energia elétrica.

Os dois motores funcionam em

paralelo ou de forma independente.

Além de ser usado como gerador de

energia durante as frenagens, o motor

elétrico é utilizado para arrancar o ôni-

bus e acelerá-lo até uma velocidade de

aproximadamente 20 quilômetros por

hora. Já o motor a biodiesel entra em

funcionamento em velocidades mais

altas. A cada vez que se acionam os

freios, a energia de desaceleração é

utilizada para carregar as baterias.

Quando o veículo está parado, seja no

trânsito, seja em pontos de parada ou

em semáforos, o motor a biodiesel é

automaticamente desligado.

Os estudos da Volvo demonstram

que o tempo em que o veículo fica

parado pode representar até 50% do

período total de operação do ônibus.

Durante todo esse tempo, não há

emissão de poluentes, pois o motor

a biodiesel se apaga completamente.

A primeira linha de Curitiba a operar

o ônibus híbrido será a Interbairros 1,

que circula em bairros no entorno do

Centro.

Um ônibus híbrido – o HibriBus – já foi testado pela Volvo em algumas capitais brasileiras.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

26 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

O modelo Volvo B420R 8x2 foi

eleito o ônibus do ano pelo prêmio

AutoData 2011, promovido pela revis-

ta AutoData. O veículo, produzido em

Curitiba pela Volvo Bus Latin America

desde agosto de 2010, destina-se aos

segmentos rodoviário e de turismo.

“É um orgulho receber este prêmio,

que endossa a tradição da Volvo em

veículos rodoviários e em inovação.

O B420R 8x2 oferece uma solução

avançada para o segmento de turismo,

trazendo o que há de melhor em tecno-

logia”, disse o presidente da Volvo Bus

Latin America, Luis Carlos Pimenta.

Equipado com motor de 12 litros

e 420cv de potência, o chassi Volvo

B420R 8x2 atende a todos os padrões

Volvo B420R 8x2 é eleito ônibus do ano

de exigências das empresas que ope-

ram na área, especialmente no que se

refere a conforto, maior capacidade de

transporte e segurança. O veículo já sai

Foi fechado o maior contrato de venda de ônibus da Volvo na

Colômbia. Serão 688 chassis de ônibus da marca destinados à

terceira fase de expansão do Sistema Transmilênio, de Bogotá. O

negócio, estimado em US$ 110 milhões, totaliza 145 unidades,

sendo 48 articuladas e 97 biarticuladas, que se destinam às

operadoras G Movil e Express. “A venda reafirma a posição da

Volvo como o principal fornecedor de soluções de BRTs na América

Latina, principalmente em função da alta capacidade de transpor-

te dos nossos chassis e de seus baixos custos operacionais”,

afirmou Luis Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.

de fábrica com uma série de atributos

como computador de bordo para diag-

nóstico de falhas; o freio motor mais

potente do mercado; caixa de câmbio

eletrônica inteligente I-Shift e arquitetu-

ra eletrônica de última geração.

“O modelo reúne toda a nossa

experiência em transporte rodoviário

e performance de veículos. A alta

tecnologia permite que o chassi tenha

500 quilos a menos que os da concor-

rência, mantendo os padrões Volvo de

qualidade e segurança”, explica José

Luis Gonçalves, gerente de ônibus

rodoviários da Volvo Bus Latin America.

A maior venda de ônibus para o Projeto Transmilênio

A grande maioria dos articulados em Bogotá é Volvo.

José Luis GonçalvesJosé Luis Pimenta

O ônibus B420R 8x2 com carroçaria Marcopolo da Geração 6.

Cré

dito

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 27

mpresaE

Conforto e inovação é com a Bel-TourUma das mais tradicionais empresas de transporte rodoviário de passageiros do Rio de Janeiro, a

Bel-Tour é também uma das mais modernas, seja por manter sua frota sempre renovada e atualizada,

seja por utilizar os mais avançados processos de treinamento e preparação do seu pessoal.

Ela se destaca ainda pela permanente busca por inovação.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

30 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Fundada em 1963 na cidade do Rio

de Janeiro, em seu início a Bel-Tour

era uma transportadora turística que

operava com apenas três veículos.

Pouco depois, porém, ingressou no

segmento de fretamento contínuo e ob-

teve contratos importantes para trans-

portar o pessoal de diversas unidades

da Marinha e da Petrobras. Firmou-se

nesse mercado e, aos poucos, graças

à qualidade dos seus serviços, foi con-

quistando grandes clientes do setor

industrial e de órgãos públicos. A frota

aumentou continuamente.

Um dos momentos marcantes de

sua trajetória como transportadora de

pessoas ocorreu em 1985, quando,

já com 80 ônibus, comprou a empre-

sa Rivera, permissionária de linhas

rodoviárias entre a cidade do Rio de

Janeiro e cidades do Sul de Minas

Gerais. Desde então, os passageiros

que se deslocam nas duas direções

acostumaram-se a contar com um

transporte de qualidade no qual se

destacam o conforto e a segurança dos

veículos, a pontualidade nas viagens

e o alto nível do tratamento recebido

dos funcionários da empresa.

QUALIFICAÇÃO

Em oito das linhas interestaduais

é oferecido o serviço executivo. Para

todas elas funciona o serviço de venda

de passagens por telefone, evitando

que o cliente tenha que se deslocar

apenas para comprar a passagem.

Para manter o alto padrão dos seus

serviços, a Bel-Tour mantém atualmen-

te uma frota de 115 veículos, cuja

idade média é de aproximadamente

4,8 anos. Essa frota roda cerca de

456.000 quilômetros por mês, divi-

didos entre os veículos que cobrem

as linhas interestaduais (206.000

quilômetros mensais) e os que fazem

fretamento (250.000 quilômetros

mensais).

O treinamento e o comprometimento do pessoal garantem a prestação do melhor serviço.

A limpeza e a perfeita higienização dos carros da Bel-Tour, somadas ao melhor atendimento, tornam as viagens sempre muito agradáveis.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 31

O quadro de pessoal é de 300

funcionários e são mantidas quatro es-

paçosas garagens cuja área total soma

9.900 m². As oficinas estão estrutu-

radas para a adequada manutenção

preventiva da frota. Esse cuidado se

soma à alta qualificação dos demais

profissionais envolvidos na operação

para garantir baixo nível de panes e

índice de acidentes próximo de zero.

UNIDADES DE NEGÓCIO

A diretoria, o corpo gerencial e

demais colaboradores com cargo de

chefia participam constantemente

de treinamento e dinâmicas, do que

resulta a incorporação de modernas

técnicas de gestão cujo foco é sem-

pre o aperfeiçoamento dos serviços

prestados.

Com o mesmo objetivo, a Bel-

-Tour mantém um eficiente setor de

RH, de maneira a fazer com que os

processos de seleção, treinamento e

desenvolvimento continuado de todos

colaboradores resultem em impacto

positivo na organização.

A companhia é administrada pelos

sócios Alberto Garcia Fernandes Velas-

co e Martinho Ferreira de Moura.

A atuação da empresa se desdo-

bra em quatro unidades de negócio.

São as seguintes: 1) linhas rodoviá-

rias interestaduais; 2) encomendas;

3) fretamento e 4) serviço de vans

Paineiras-Corcovado. Esta última uni-

dade oferece um eficiente serviço de

vans que operam exclusivamente na

atividade de transporte de turistas e

visitantes entre as Paineiras e o alto

do Corcovado, onde está localizada

a grande estátua do Cristo Redentor,

uma das maiores atrações turísticas

da cidade do Rio de Janeiro.

COMPROMETIMENTO

Graças ao alto grau de compro-

metimento do conjunto da empresa

com os objetivos do negócio, ela pode

oferecer aos seus clientes uma vasta

gama de alternativas de serviços que

vão de passeios turísticos, congressos

e eventos diversos, a visitas pontuais

e transporte eventual de grupos em

percursos de curta, média e longa

distância para qualquer lugar do

Brasil e até mesmo do exterior. São

atendidas pessoas físicas, empresas,

associações, sindicatos, condomínios,

instituições religiosas, instituições de

ensino e outras.

No segmento de fretamento contí-

nuo, a Bel-Tour faz o transporte diário

de equipes, funcionários de empresas,

órgãos públicos e outros, também em

percursos de curta, média e longa

distância.

mpresaE

32 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Linhas rodoviárias interestaduaisRio de Janeiro (RJ) – São Lourenço (MG)

Rio de Janeiro (RJ) – Lambarí (MG)

Rio de Janeiro (RJ) – Varginha (MG)

Rio de Janeiro (RJ) – Alfenas (MG)

Rio de Janeiro (RJ) – Lavras (MG), via Barra Mansa

Rio de Janeiro (RJ) – Lavras (MG), via Três Rios

Rio de Janeiro (RJ) – Campo Belo (MG)

Rio de Janeiro (RJ) – Pouso Alegre (MG)

Rio de Janeiro (RJ) – Monte Sião (MG)

Barra Mansa (MG) – Varginha (MG)O fretamento para transporte

de pessoal de empresas e órgãos

públicos é uma atividade que

exige alta especialização.

A Bel-Tour atua nessa área

desde a década de 1960.

A permanente renovação da

frota possibilita à Bel-Tour oferecer aos seus

clientes um transporte da mais alta qualidade.

Cidades atendidas por seccionamentos: Três Rios (RJ), Barra Mansa (RJ),

Engenheiro Passos (RJ), Cruzeiro (SP), Conceição do Rio Verde (MG), Campanha

(MG), Cambuquira (MG), Três Corações (MG) e Santa Rita do Sapucaí (MG).

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 33

eiraF

Bus World, pujança em tempo de crise

Apesar da crise econômica na Europa – uma triste

realidade, hoje –, a indústria ligada aos ônibus, por fatores

diversos, demonstrou a sua força em Kortrijk, Bélgica.

36 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Por Cláudio Nelson C. R. Abreu

Diretor da ABRATI

e do Grupo Santa Cruz

Com o rodoviário

Futura a VDL enfrentou

e venceu concorrentes

muito fortes. Ficou

com o título de

Coach of The Year 2012.

A exemplo do que aconteceu na edição anterior

(2009), na Bus World Europe deste ano, realizada

de 21 a 26 de outubro, a tônica foi a preocupação com

o meio ambiente. Sobretudo nos ônibus urbanos, os

híbridos ganham cada vez mais espaço. É interessante

notar que os fabricantes preferem não falar no preço

desses veículos, cujos clientes são ou empresas

públicas ou empresas privadas com tarifa subsidiada.

Visitar a Bus World é uma experiência interessante.

Rever conhecidos, alguns que até se tornaram amigos,

conhecer novidades, é sempre prazeroso.

Por incrível que pareça, foi lá que vim a conhecer o

engenheiro Diego Jimenez, da Bosch, que revelou: em

breve teremos por aqui a possibilidade de transmitir

nos monitores de vídeo instalados no interior dos ôni-

bus a mesma imagem do GPS, para que o passageiro

tenha as informações básicas sobre a viagem. Aquilo

que já existe nos aviões (o flight map).

Na feira contatei mais um brasileiro, o engenheiro

Jean Goedert, da Pedro Sanz, empresa espanhola que

tem fábrica no Brasil e fornece material para diversos

fabricantes de ar-condicionado. Aproveitei a conversa

para discutir as possíveis razões da diferença sensível

de temperatura entre a frente, o meio e a traseira do

salão de passageiros, o que chega a incomodar.

Fechados os números da feira de 2011, pode-se

concluir que foram batidos alguns recordes. Casos,

por exemplo, da área de exposição (61.000 m2 ago-

ra, contra 48.500 m2 em 2009) e da quantidade de

visitantes (31.698 agora, contra 28.127 em 2009).

Por coincidência, o número de países dos visitantes

permaneceu o mesmo, 118, porém caiu o número de

expositores: 340 expositores de 32 países, contra 389

de 34 países em 2009). Desse total, 70 (quantidade

igual à de 2009) eram fabricantes de ônibus.

Nas páginas seguintes, uma visão geral do que foi

mostrado em Kortrijk.

Júlio

Fer

nand

es

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 37

eiraF

Já está se tornando tradição: em

Kortrijk a Scania foi a montadora que

apresentou o estande mais clean,

mostrou lançamentos e fez a melhor

coletiva de Imprensa, com começo,

meio e fim, inclusive com espaço para

perguntas e respostas. Ou seja, fez o

óbvio, e com louvor.

Na coletiva de imprensa, fiel as

suas origens, Martin Lundstedt, um

dos principais executivos da Scania

para o segmento ônibus, lembrou os

100 anos do primeiro ônibus da marca.

Os lançamentos foram os ônibus ur-

banos Citywide LE (low entry) e Citywide

LF (low floor), ambos integrais Scania,

que são oferecidos com dois ou três

eixos, além da versão articulada com

18m de comprimento. São equipados

com motores longitudinal (o LE) e trans-

versal (o LF) de 5 cilindros e 9 litros.

A versão LE tem motor com potências

Scaniade 230/280/320 cv (diesel/biodiesel),

270 cv (bioetanol) e 270/305 cv (gás

natural/biogás). A versão LF tem motor

com potências de 230/280 cv (diesel/

biodiesel), 270 cv (bioetanol) e 270 cv

(gás natural/biogás).

Para reduzir as emissões do CO2, a

montadora criou um programa denomi-

nado Ecosolution, que busca maximi-

zar a eficiência do veículo, operando de

preferência com biodiesel, bioetanol ou

biogás. O Ecosolution prevê inclusive

o treinamento do motorista e o seu

acompanhamento.

A Scania mostrou ainda o rodo-

viário Touring HD 6x2, encarroçado

no conceito de ônibus integral pela

chinesa Higer, com 13,70m de com-

primento, 3,80m de altura e motor de

480 cv, além do intermunicipal OmniEx-

press, com 12,20m de comprimento,

3,20m de altura e motor de 320 cv. A

carroçaria tem estrutura em aço inox

e revestimento de alumínio.

No próprio ambiente do estande

a Scania realizou um interessante

workshop, com duração em torno

de 30 minutos, em horários pré-

-determinados. O tema era “Moving

People. Changing Minds”. Conduzido

pelos diretores do segmento de ônibus

rodoviários e intermunicipais, Anders

Dewoon, e do segmento de ônibus

urbanos e suburbanos, Anders Liss, o

debate teve a ver com o desafio de as

pessoas utilizarem ônibus na cidade e

se sentirem confortáveis e felizes – o

que constitui enorme desafio nos dias

de hoje, especialmente onde não há

corredores exclusivos e a velocidade

média vem caindo.

Faz parte da equipe o hoje amigo

Rolf Hedberg, que já trabalhou na

Scania Brasil.

O ônibus rodoviário Touring HD 6x2: dotado de chassi Scania, tem motor de 480 cv e é encarroçado pela empresa chinesa Higer.

38 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A VDL Bus & Coach, empresa holande-

sa, a cada ano vem se destacando entre

as montadoras europeias. Faz parte do

VDL Groep e, em 2010, acumulou vendas

de 426 milhões de euros. Tem atuação

diversificada, que vai da produção de

sistemas para o setor de agricultura até

o de mecatrônica.

Há tempos acompanho a evolução

da VDL, seja pela leitura de notícias em

revistas especializadas, seja visitando

seus estandes na Bus World e na IAA,

ocasiões em que sempre tenho o pra-

zer de conversar com Wim Chatrou, um

dos seus grandes colaboradores. Neste

ano, a companhia conseguiu conquistar

o honroso título de “Coach of the Year

2012” para o seu modelo rodoviário

Futura, “the travel expert”, disputando

com concorrentes muito fortes. O veículo

Essa fabricante belga que produz ônibus integrais e

semi-reboques para carga, fez um facelift e introduziu uma

série de melhoramentos no item conforto de passageiros

e motorista da sua tradicional linha de ônibus, agora

com a sigla TX (em lugar do T9, como antes). Entre os

vários modelos rodoviários apresentados em seu amplo

estande destacamos o TX 17 Astronef, com 14,04m de

comprimento, 3,73m de altura e motor DAF de 462 cv.

A Van Hool, que informa ter uma receita anual em

torno de 300 milhões de euros no segmento ônibus,

exporta para vários países, inclusive os Estados Unidos

da América. Fabrica ônibus urbanos híbridos e desenvolve

pesquisas na área.

Durante a Bus World foi assinado um acordo de

cooperação pelo qual a Scania escolheu a Van Hool

como encarroçadora preferencial de seus chassis para

upper e double-deckers. Assim como já acontece com

os Scania+Higher, os Scania+Van Hool passarão a ter

assistência técnica, incluindo a carroçaria, na própria rede

de concessionárias autorizadas Scania.

No ano passado, com o modelo Citea (acima), a VDL já havia conquistado o título de

ônibus do ano 2011. Agora, ganhou o título de ônibus do ano 2012, com o modelo

rodoviário Futura, apresentado na página de abertura desta matéria.

Rodoviário TX 17 Astronef, da Van Hool.

VDL

Van Hool

exposto era do modelo 6x2, com 14,845m de comprimento, 3,70m de altura

e motor DAF de 462 cv.

Trata-se de mais uma prova de que a VDL está no caminho certo: ano pas-

sado, ela já havia conquistado o título de “Bus of The Year 2011” para o seu

modelo urbano Citea, com 12,0m de comprimento, 2,92m de altura e motor

Cummins de 224 cv. Que eu saiba, é algo inédito montadoras ganharem em

sequência tão cobiçados prêmios.

Seguindo tendência das grandes montadoras europeias, ela atua também

no mercado de ônibus usados (“second-hand buses) para alavancar a venda

dos seus novos. Pena que essa prática não tenha chegado ao Brasil até agora;

seria mais uma opção para os empresários.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 39

Celebrando os 125 anos do au-

tomóvel, a Mercedes-Benz lançou o

primeiro ônibus equipado com motor

Euro VI, a ser exigido na Europa em

2014. Trata-se do Travego L Edition

1, 6x2, com 14,03m de comprimento,

Continua sendo uma fabricante

de ônibus com personalidade própria,

com bastante sobriedade, riqueza

de acabamentos e preocupação com

segurança.

Acabei finalmente “descobrindo”

que Setra vem da palavra alemã

“selbsttragend”, que numa tradução

livre significa auto-sustentável ou auto-

-portante, vale dizer, uma estrutura tipo

monobloco.

A Setra, que é controlada desde

1995 pelo grupo Daimler, via Evobus

(que também controla a Mercedes-

-Benz ônibus), destacou os 60 anos

da sua marca (antes, durante 40 anos,

operou como Kässbohrer, nome da

família do seu fundador, Otto).

Setra

eiraF

Na Bus World, a Setra lançou uma

edição especial do seu luxuoso ônibus

rodoviário modelo S 416 HDH, 6x2,

com 13,19m de comprimento, 3,86m

de altura e motor Mercedes-Benz OM

457 hLA de 455 cv potência.

Em primeiro plano, exemplar do rodoviário S 416 HDH, da Setra: luxo e bom acabamento.

Travego L Edition 1: a Mercedes-Benz já na era Euro VI. O tradicional modelo urbano Citaro: motor de 299 cv.

Mercedes-Benz3,71m de altura e motor OM 471 com

476 cv. A montadora garante que o

novo motor foi exaustivamente testado

e apresenta vantagens em relação ao

Euro V, como o menor consumo de

combustível e de AdBlue (Arla 32).

Dentre outros produtos expostos, o

urbano Citaro também teve o seu lugar

de destaque: o modelo em questão ti-

nha 12,105m de comprimento, 3,12m

de altura e motor OM 457(h)LA EEV

com 299 cv.

40 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

O Skyliner, da Neoplan, sempre muito imponente.

O rodoviário 9500 Em 2012 a Volvo vai produzir o híbrido 7900, lançado agora na Bus World.

Rodoviário Lion’s Coach, destaque da MAN.

Nas palavras do presidente e CEO da Volvo

Bus Corporation, Håkan Karlsson, o ônibus urba-

no híbrido é a melhor solução. Coerente, a Volvo

lançou oficialmente na Bus World o modelo 7900,

que estará disponível no mercado em meados de

2012 e substituirá o 7700.

Sem novidades perceptíveis, o destaque da MAN no segmento dos

rodoviários foi o Lion’s Coach. Já na Neoplan, o destaque era o imponente

Skyliner, com 14,0m de comprimento e 4,0m de altura, motor MAN D 2676

LOH EEV com 504 cv. Ponto a favor da MAN/Neoplan é o fato de terem sido

as montadoras que disponibilizaram ao público prospectos técnicos com-

Volvo

MAN/Neoplan

pletos sobre toda a sua linha de produtos,

de chassis a ônibus integrais, passando

por motores.

A MAN apresentou ônibus urbanos a gás

e também a diesel, na versão Euro VI.

O 7900 apresenta consumo 37% menor (o 7700 é 35% menor) em

relação ao ônibus a diesel equivalente em tamanho. O 7900 híbrido

tem dois motores: um Volvo D5F, a diesel, com 219 cv, e outro, elé-

trico, com 163 cv. Entre outros produtos, a Volvo apresentou também

o rodoviário 9500, com 12,29m de comprimento, 3,61m de altura e

motor Volvo D9B380, com 380 cv.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 41

Com presença em vários

países, entre eles o Brasil, a Iri-

zar, que fechou o ano de 2010

com receita de 433 milhões

de euros, lançou o luxuoso

rodoviário i6, que tem 12,92m

de comprimento, 3,50m de

altura e motor DAF PR265 com

360 cv.

Apresentando-se como subsidiária integral

da Tata Motors, segunda maior fabricante de

ônibus do mundo (a primeira é a Daimler/

Evobus), a Tata Hispano mostrou ônibus rodo-

viários, urbanos e um híbrido. Destaque para o

rodoviário Xerus, com 14,0m de comprimento

e 3,85m de altura, sobre chassi Mercedes-

-Benz OC 500 6x2, e para o luxuoso Naya, com

13,0m de comprimento e 3,85m de altura,

sobre chassi Volvo B13R. O híbrido foi o CNG/

elétrico, provando que a empresa investe em

novas tecnologias.

A exemplo da Bus World 2009, a

Temsa, de origem turca e controlada

pelo poderoso grupo Sabanci, ocu-

pou novamente um galpão inteiro só

para ela. Apresentou vários produtos,

dos quais destaco o Safari HD, com

14,075m de comprimento, 3,668m de

altura e motor DAF MX340 de 460 cv.

eiraF

Irizar

Rodoviário i6, o novo lançamento da Irizar.Abaixo, em primeiro

plano, o Safari HD, com

14,07 m de comprimento.

O rodoviário Xerus, produzido na Espanha pela Tata, com chassi Mercedes-Benz.

Tata Hispano

Temsa

42 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Em um amplo estande, a Irisbus apresentou vários

produtos, dos quais se destaca o rodoviário Magelys,

com 12,20m de comprimento, 3,62m de altura e motor

Iveco de 380 cv. Fora do estande, no pátio externo da

feira, havia a nova Daily Tourys. Em conversa com um

dos seus representantes no estande, restou esclarecido

que a Irisbus não tem planos de vir para o Brasil no curto

prazo. E que, quando vier, será apenas como fabricante

de chassi.

É uma companhia chinesa, com ações listadas na bolsa de

valores de Hong Kong e que tem entre seus acionistas Warren

Buffet, com algo em torno de 10% do capital. É uma montadora

de automóveis e veículos leves e está muito focada em tecno-

logia. Em 2010, firmou uma joint venture com a Daimler para

o desenvolvimento de carros elétricos na China. No mesmo

ano, segundo informa, obteve receita de aproximadamente 6,8

bilhões de dólares americanos. Apresenta-se como a primeira

fabricante de um ônibus 100% elétrico, o e-BUS 12, que é um

urbano com 12,0m de comprimento e 3,2m de altura. O motor

elétrico tem 217 cv e autonomia de 250 km.

IrisbusBYD

O ônibus elétrico e-BUS, da BYD: urbano com autonomia de 250 km.

O modelo Bravo, da espanhola Ayatz. Modelos Spica e Glory, ambos da Beulas, outra espanhola.

O Magelys, rodoviário com motorização da Iveco.

Ayatz Beulas

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 43

eiraF

King Long

Sunsundeghi

Viseon

Youtong

A King Long expôs o rodoviário XMQ6130Y.

Outra chinesa, a Youtong, mostrou o seu modelo 6119.

A Sunsundeghi (Espanha) destacou o Sideral 2000, com chassi Volvo.O modelo C12HD, da Viseon (Alemanha).

44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

rota roroF

Gontijo completa renovação com mais 142 ônibus

46 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A Empresa Gontijo de

Transportes foi uma das

primeiras a adquirir ônibus

da Geração 7 da Marcopolo

para suprir suas necessidades

de renovação anual de frota.

Todos eles, como sempre,

montados sobre chassis

Scania. Agora, para completar

a programação de 2011, a

companhia incorporou mais

um lote de veículos com a

mesma configuração.

Foram mais 142 ônibus novos, sen-

do 100 para a Gontijo e 42 para a

São Geraldo, do mesmo grupo. Todos

já estão em operação.

Os veículos são equipados com o

que há de mais moderno em termos

de segurança e conforto para os

passageiros.

Todos têm chassi Scania 6X2

K-420, equipados com motor de

420cv dotados de injeção eletrônica.

A caixa de marchas dispõe de Confort

Shift com acionamento eletropneumá-

tico e retarder. A suspensão é contro-

lada eletronicamente.

A carroçaria é Marcopolo, do mo-

delo G7, com 46 lugares, sanitário,

ar-condicionado digital e calefação,

poltronas de última geração e banco

do motorista com regulagem eletro-

pneumática.

A Gontijo é uma das principais

operadoras brasileiras de transporte

rodoviário interestadual e internacional

Vill

ela

Des

ign

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 47

nhecidos pelo tratamento atencioso

que atribuem ao público. Esse é o

resultado de um trabalho permanente

de preparação, sempre voltada à pres-

tação do melhor serviço, com ênfase

nos aspectos de segurança e conforto

das pessoas que utilizam os ônibus

da empresa.

rotaF

Um dos novos Scania/Marcopolo G7 incorporados à frota da Gontijo.

de passageiros. É também uma das

mais tradicionais, tendo sido fundada

em 1943 por Abílio Pinto Gontijo,

pioneiro que continua à frente dos

negócios até hoje.

A frota da Gontijo é composta de

cerca de 900 veículos, que rodam

aproximadamente 12 milhões de qui-

lômetros por mês e percorrem grande

parte do território brasileiro, além de

fazerem uma linha internacional que

liga Salvador a Assunção, Paraguai.

São operados mais de 200 serviços

interestaduais e intermunicipais.

O Parque Rodoviário Gontijo, em

Belo Horizonte, onde a empresa está

instalada, tem mais de 20.000 metros

quadrados de área construída, em um

terreno de aproximadamente 100.000

metros quadrados. A capacidade de

operação é de 2.000 ônibus. São

mantidas outras garagens – mais de

meia centena – em 19 estados.

ALTO DESEMPENHO

No setor de transporte rodoviário

de passageiros, a Gontijo sempre se

destacou pelo alto desempenho em

crescimento da receita operacional,

rentabilidade sobre o patrimônio,

baixo endividamento e liquidez. Os

resultados são explicados pela efici-

ência administrativa que caracteriza

sua atuação, baseada em um bem-

-sucedido modelo de gestão familiar

em que a grande preocupação é buscar

de forma permanente a racionalização

e redução dos custos, sempre que

possível combinada com um ritmo

moderado de crescimento, de acordo

com as condições da economia.

A seleção criteriosa do pessoal

e o treinamento e retreinamento de

todos os colaboradores pelo menos

uma vez por ano, ao lado da utilização

dos veículos e equipamentos mais

atualizados, constituem os pilares da

política de qualidade da empresa. A

Gontijo é famosa pela competência e

urbanidade do seu pessoal, refletido

na atenção e no tratamento dispensa-

do aos milhares de passageiros. Seus

motoristas, bilheteiros, trocadores e

demais colaboradores que mantêm

contato direto com o público são co-

Padronizados, os carros são configurados para o serviço convencional.

Foto

s: V

illel

a D

esig

n

48 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

rodutoP

A encarroçadora acaba de anunciar o

que chamou de “um novo conceito de

transporte de passageiros de alto padrão”.

Trata-se do seu primeiro veículo double

decker, o Campione DD. A decisão

de produzir o veículo ocorre em

momento de forte crescimento do setor

de transporte público, com aumento

da demanda por ônibus de turismo de

qualidade, graças, principalmente, à

proximidade da Copa do Mundo de

2014 e da Olimpíada de 2016.

O primeiro Double Decker da Comil foi anunciado

simultaneamente com a mudança de design do

modelo Campione HD 4.05. Ambos seguem o mesmo

estilo de linhas suavemente arredondadas.

Apostando no crescimento dos mercados interno

e externo, a encarroçadora investiu R$ 8 milhões na

concepção dos dois novos produtos.

Seguindo o conceito de evoluir nas áreas que, sem

abrir mão da qualidade, proporcionem economia para as

empresas de transporte, a encarroçadora desenvolveu

várias inovações. Por exemplo, realizou estudos biodinâ-

micos com o objetivo de reduzir o consumo de combus-

tível e o desgaste de pneus. O resultado se materializou

na curvatura frontal dos carros. Os veículos também

se destacam pelos detalhes cromados, que conferem

requinte e sofisticação, como nos automóveis de luxo.

Contemplando a utilização desses ônibus para turismo

e viagens de longa distância, a carroçaria é dotada de

ampla área envidraçada e de teto solar opcional, o que

proporciona uma perfeita visão da paisagem.

Comil anuncia seu Double Decker

50 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A curvatura frontal dá

ao Campione DD um design

futurista que, além da beleza,

cumpre papel importante na

economia de combustível e de pneus.

Div

ulga

ção

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 51

NOVO CONCEITO

Também internamente, tanto o

Campione DD como o HD seguem o

mesmo design. Ambos apresentam um

novo conceito em que as linhas, cores

e texturas são mais suaves. Além

disso, incorporam soluções de espaço

e ergonomia que proporcionam maior

conforto e segurança ao usuário. Um

novo porta-pacotes, mais compacto,

e um novo sistema de iluminação e

de direcionamento do ar-condicionado

foram desenvolvidos para valorizar a

individualidade do usuário. O sistema

de som integrado e a opção de moni-

tores em LED completam o conforto

do passageiro.

A escada de acesso tem corrimão

em ambos os lados, com iluminação

indireta integrada aos degraus para

facilitar a plena utilização noturna sem

perturbar os passageiros. Dentre os

principais diferenciais de iluminação

está a utilização total de lâmpadas

Led, com sistema “fade in/fade out”,

que liga e desliga as luzes lentamen-

te, aumentando o conforto visual dos

passageiros.

Nos toaletes, foram aplicados os

mais modernos sistemas para garantir

a higiene. Projetados em PMMA (Poli-

metil Meta Acrilato) e com aditivos an-

timicrobianos, os banheiros dispõem

de torneiras acionadas por sensor de

aproximação. O design tem cantos

arredondados e superfícies lisas,

garantindo fácil limpeza e reduzindo o

tempo de manutenção.

PISO INFERIOR

No modelo DD, o comprador pode-

rá optar por diversos incrementos no

piso inferior como, por exemplo, sofás,

mesa de jogos, bar, equipamentos de

entretenimento, entre outros. Para o

modelo HD, onde o piso inferior se

torna um compartimento de cargas, a

preocupação foi dar ao cliente o maior

volume da categoria: 20 m3.

Nos dois modelos, a cabine do mo-

torista foi concebida a partir de estu-

dos ergonômicos voltados ao conforto

do motorista e de seu auxiliar, o que

proporcionou um produto com amplo

espaço interno, excelente campo de

visibilidade externa e um painel em que

todos os comandos eletrônicos são de

fácil acesso e manuseio.

Segundo Tiago Zanette, gerente de

engenharia da Comil, os veículos esta-

rão disponíveis a partir de janeiro de

2012 nas configurações de chassi 6x2

e 8x2 para chassis Mercedes-Benz,

Scania e Volvo. A expectativa é de que

em 2012 sejam comercializadas cerca

de 150 unidades dos dois modelos.

A América Latina é o principal

mercado do ônibus Double Decker.

São grandes consumidores desse

segmento a Argentina, o Peru, o Chile

e o Brasil. Cada país, em particular,

tem um perfil de uso para esse tipo de

carro. Na Argentina, por exemplo, o DD

é utilizado no transporte rodoviário de

linhas entre províncias e em viagens

internacionais e de turismo. A prática

também já é adotada por algumas

empresas brasileiras.

ançamentoL

O modelo HD segue o desenho do

Double Decker e apresenta o mesmo

requintado acabamento. Destaca-se o

bagageiro de grande capacidade.

52 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A movimentação das empresas de

transporte rodoviário de passageiros

para renovar suas frotas em todo o

País, somada à boa aceitação da linha

Campione, lançada em 2010, possibi-

litou à Comil vender 1.140 ônibus nos

primeiros oito meses de 2011. No ano

passado, em igual perío do (janeiro a

agosto), haviam sido comercializadas

781 unidades. Com o desempenho

deste ano, a empresa atingiu o market

share de 17,4% no segmento. Sua

expectativa é encerrar o ano com cerca

de 2.000 unidades vendidas, ou 56%

mais que em 2010.

Segundo Dario Ferreira, diretor co-

mercial da Comil, a Transpúblico deste

ano, em São Paulo, foi muito positiva

para as vendas da encarroçadora:

“Fizemos contato com novos clientes

A encarroçadora supera a expectativa de vendas de rodoviários de janeiro a agosto

potenciais de diversas regiões do País

e recebemos clientes do mercado in-

ternacional. Todos gostaram muito dos

lançamentos, gerando perspectivas de

bons negócios que devem continuar

se revertendo em vendas até o fim

deste ano e o início de 2012”, infor-

ma Ferreira. Ele acredita que a família

Campione de rodoviários conquistou

o mercado pelo design inteligente, o

conforto e a segurança. “Pensamos

em todos os públicos: no empresário,

no chefe de garagem, no gerente de

operação/manutenção, no motorista

e no usuário final.”

Mesmo antes da Transpúblico,

uma série de importantes negócios

já havia sido acertada. Em março, por

exemplo, a empresa comemorou a

marca de 35.000 rodoviários Campio-

ne comercializados, fechando a venda

de 79 unidades para o Grupo Santa

Cruz, de Mogi-Mirim, São Paulo.

Outra transação importante foi com

a empresa Princesa dos Campos, do

Paraná. Os carros, modelos Campione

3.65 e 3.45, foram entregues em abril

e imediatamente passaram a atender

linhas rodoviárias intermunicipais da

operadora.

Em Minas Gerais, os resultados

também foram expressivos para a

Comil no período. Entre os destaques

figurou a venda de 20 novos ônibus

Campione 3.25 para a Expresso Gar-

dênia. Segundo o diretor de vendas,

Antônio Afonso da Silva, a nova con-

figuração das carroçarias do modelo

Campione foi decisiva para a concreti-

zação do negócio.

O novo design do rodoviário Campione ajudou a Comil a consolidar sua posição entre as principais fabricantes da categoria no Brasil.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 53

ulturaC

Caminhos Musicais GuanabaraAo patrocinar a Orquestra Filarmônica Estrelas da Serra, formada por crianças e jovens da cidade de

Croatá, no interior cearense, a Expresso Guanabara reafirma seu compromisso de contribuir para o

desenvolvimento da cultura no País.

Com visão pioneira e inovadora,

a Expresso Guanabara tem pre-

sença destacada no apoio a diversas

iniciativas socioculturais nas regiões

onde opera. Investir na cultura regional

faz parte da política de atuação da

empresa e é por isso que, anualmente,

a empresa é premiada com o Selo de

Responsabilidade Social concedido

pelo Governo do Estado do Ceará.

Dentro dessa filosofia, a empresa

lançou em 2010 o projeto “Caminhos

Musicais Guanabara”, desenvolvido

com a Orquestra Filarmônica Estrelas

da Serra, que realizou apresentações

em várias cidades do interior cearense.

Em 2011, a Guanabara deu conti-

nuidade ao projeto, levando a orques-

tra para concertos em cidades não só

do Ceará, mas também de outros esta-

dos: no Piauí, Parnaíba; na Paraí ba, Pa-

tos; no Rio Grande do Norte, Mossoró.

E no Ceará, em cidades como Sobral,

Crato e Juazeiro do Norte.

Concerto na cidade de Mossoró, durante a turnê Caminhos Musicais Guanabara.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

54 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A Orquestra Filarmônica Estrelas

da Serra surgiu no cenário musical cea-

rense em 2009 e, com o apoio do Pro-

jeto Caminhos Musicais Guanabara,

teve ascensão surpreendente. Hoje,

é considerada uma das melhores do

Ceará. Além da música de qualidade,

o que mais encanta é que a orquestra

é formada por crianças e jovens de

nove a 21 anos, todos estudantes da

rede municipal de ensino do municí-

pio de Croatá. Regida pelo maestro

Hélio Júnior, a Filarmônica tem 40

componentes que tocam saxofones,

trompetes, flautas, clarinetas, baixo,

bateria, dentre outros instrumentos.

Hélio Júnior, que antes de assumir

a regência da orquestra era guarda mu-

nicipal em Croatá, conta que começou

a desenvolver seus dons musicais “por

livre e espontânea pressão da minha

mãe”, que o matriculava em aulas de

música e o obrigava a aprender a tocar

qualquer instrumento que visse pela

frente. Depois de muita insistência

dela, Hélio Júnior, enfim, tomou gosto

pelo estudo da música e fez alguns

cursos de regência, embora se consi-

dere um autoditada.

Para ele, o apoio da Guanabara foi

fundamental na trajetória da orquestra.

“Nós somos o corpo e a Guanabara

é o sangue que nos alimenta”, diz

o regente. E exemplifica o tamanho

dessa importância: “Graças ao patro-

cínio da Guanabara, fomos a primeira

orquestra do Ceará a gravar um DVD

em alta definição; a primeira a realizar

uma turnê interestadual com apresen-

tações em locais abertos ao público;

abrimos os concertos do pianista

Arthur Moreira Lima e somos uma das

poucas do Ceará que dispõe de sede

com sala acústica para ensaios, sala

de inclusão digital, sala de instrumen-

tos etc., tudo isso patrocinado pela

Guanabara”.

O fundador da orquestra é o músico

Silvério Oliveira, que fazia parte da

Banda Municipal de Croatá e teve a

ideia de criar uma escolinha de música

para incentivar as crianças carentes da

região. A partir daí, nasceu a Filarmô-

nica. Hoje o projeto beneficia mais de

200 crianças de baixa renda do mu-

nicípio de Croatá. Os jovens talentos

que compõem a orquestra executam

um repertório eclético, composto de

músicas regionais, populares e inter-

A sede da orquestra dispõe de sala para ensaios dotada de revestimento acústico.

Corte de fita simbólica pela prefeita de Croatá, Aurineide Veras, pelo gerente de Marketing

da Guanabara, Rodrigo Mont’Alverne, e pelo regente Hélio Júnior.

nacionais, emocionando o público por

onde passa.

A Expresso Guanabara acredita

firmemente que o desenvolvimento

social, assim como o crescimento

econômico, deve ter como um de seus

pilares o incentivo às manifestações

culturais. Por isso, apoia e patrocina

artistas das mais diversas áreas,

sempre com o intuito de respaldar a

cultura como ícone indispensável ao

conhecimento humano.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 55

rotaF

Os novos Double Deckers da Auto Viação Progresso

58 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A Empresa Auto Viação Progresso S/A, de Recife, incorporou à sua frota 26 novas unidades dos

modelos da Geração 7 da Marcopolo, sendo seis 1800 Double Decker. Todos os ônibus DD operam o

serviço leito e contam com chassis Scania equipados com motores de 420 cv e câmbios automáticos.

Div

ulga

ção

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 59

O s novos Double Decker da Progres-

so já estão rodando no sistema

non stop (sem paradas intermediárias)

nas linhas que ligam Recife às capi-

tais de Alagoas, Paraíba e Maranhão.

Os salões receberam a configuração

própria adotada pela empresa, que

consiste em 40 leitos distribuídos nos

dois pisos. Foram instalados quatro

monitores na parte de cima e um na

parte de baixo. É oferecido serviço de

bordo, com rodomoças e, entre outros

itens de conforto, os passageiros

também dispõem de internet a bordo

e carregador de celular.

Proporcionar o máximo de conforto

aos passageiros é um dos pontos mais

valorizados na política operacional

da Auto Viação Progresso. A escolha

dos carros de quatro eixos e do mais

avançado sistema de frenagem e troca

rotaF

de marchas para os novos veículos

atende a essa política.

Aos 77 anos, a Viação Progresso

se mantém como uma das empresas

de ônibus mais modernas do País.

Trabalha continuamente para oferecer

novas comodidades aos seus passa-

geiros, tanto nos ônibus como nos

terminais. São exemplos as salas VIP

instaladas nos principais terminais por

onde passam suas linhas. A renovação

constante da frota e os mais eficientes

canais de comunicação postos à dis-

posição dos usuários também ilustram

como essa política é levada a sério.

Como sempre fez ao longo de toda

a sua história, a empresa não se des-

cuida das áreas de apoio, manutenção

e operação. A venda de passagens é

um exemplo. Além de a emissão de

bilhetes ser informatizada, a compa-

nhia mantém um serviço de entrega

que pode ser acionado sempre que

o usuário queira receber o bilhete em

sua residência ou escritório.

Por entender que a pontualidade e

o bem-estar estão entre as exigências

mais sensíveis do usuário, a empresa

criou um rigoroso sistema de avaliação

das paradas, em todas as suas linhas.

Graças a isso, foram eliminadas as pa-

radas desnecessárias, o que tornou as

viagens mais rápidas e confortáveis. É

uma forma de a empresa demonstrar

respeito ainda maior aos que utilizam

os seus serviços. Com o mesmo pro-

pósito, os programas de treinamento

e reciclagem dos motoristas estão

sempre sendo aperfeiçoados e atua-

lizados, e incorporam rotineiramente

todos os novos conceitos de qualidade

no atendimento ao passageiro.

Os novos Double Decker 1800 da Geração 7 tornaram-se uma atração a mais nas linhas da Progresso para os estados vizinhos a Pernambuco.

Div

ulga

ção

60 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

Prêmio AutoData, outra conquistaA Marcopolo também conquistou o Prêmio AutoData 2011 na categoria

Encarroçador de Ônibus. O prêmio se deveu ao excelente desempenho

alcançado nos últimos anos, sobretudo em 2010, quando registrou receita

líquida e volume de produção recordes.

A conquista também destacou o programa de investimentos da empresa

– R$ 300 milhões, de 2011 a 2015 –, a contínua ampliação da capacidade

produtiva em suas plantas em todo o mundo, com destaque para as fábricas

brasileiras, e a formação de mão de obra qualificada, fator essencial para

elevação da produtividade e competitividade internacional da companhia.

O prêmio é um reconhecimento da AutoData Editora às empresas, pro-

dutos e profissionais do setor que mais se destacaram ao longo do ano na

busca de objetivos determinados, inovações, tecnologia e produtividade.

econhecimentoR

Mais um Top de Marketing para a MarcopoloA encarroçadora de Caxias do Sul conquistou o Prêmio Top de Marketing ADVB 2011 na categoria

especial Top Responsabilidade Social, que reconhece empresas que cultivaram e desenvolveram o

conceito de responsabilidade social empresarial em 2010.

Aconquista foi possível porque em

2010 a Marcopolo continuou de-

senvolvendo diversos projetos sociais

voltados aos seus colaboradores e à

comunidade no entorno de todas as

suas unidades, tanto no Brasil como

no exterior. São projetos que abrangem

uma extensa gama de atua ção social

e ambiental e contribuem para o apri-

moramento nas áreas de educação e

carreira, qualidade de vida, integração

com as famílias dos colaboradores,

reconhecimento e valorização, de-

senvolvimento social e preocupação

ambiental.

Em todas as unidades fabris da

Marcopolo foram oferecidos programas

para atender às necessidades espe-

cíficas do quadro funcional. Também

foram concedidas bolsas de estudo

para o ensino regular e para o estudo

de idiomas em algumas unidades fora

do Brasil, contemplando uma necessi-

dade gerada pela internacionalização.

Um dos projetos de maior destaque

é a Escola de Formação Profissional

Marcopolo, cujo objetivo é proporcio-

nar aos jovens das comunidades do

entorno da empresa, especialmente

aqueles em situação de vulnerabilida-

de social, oportunidade de formação

técnica e social, dando-lhes condições

de entrar no mercado de trabalho e,

assim, melhores perspectivas de vida.

Div

ulga

ção

As ações ambientais sempre contam com a participação dos colaboradores.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 61

Além dos veículos voltados aos sistemas BRT (Bus Rapid Transit), a Scania tem uma proposta

mais flexível e de custo mais baixo que pode ser implementada de maneira isolada ou em

conjunto com outras soluções de mobilidade urbana. Trata-se do Bus Rapid Service – o BRS.

Proposta da Scania para mobilidade urbana

ransporteT

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

62 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

A Scania aproveitou o evento de

lançamento da sua linha 2012

de chassis e motores para ônibus

para apresentar o projeto “Mobilidade

Urbana: Soluções Scania”, com forte

destaque para uma solução que já vem

sendo implementada na cidade do Rio

de Janeiro: o sistema BRS (Bus Rapid

Service), de grande simplicidade e pra-

ticidade, e que, além de não demandar

intervenções drásticas na infraestrutu-

ra viária das cidades, tampouco exige

investimentos elevados, como é o caso

dos corredores especiais (BRTs).

O sistema não requer o uso de

ônibus articulados ou biarticulados,

mas apenas a adequada preparação e

sinalização das vias por onde vão tra-

fegar os ônibus. Estes se diferenciam

dos convencionais por certas caracte-

rísticas como, por exemplo, motoriza-

ção traseira, suspensão pneumática,

piso baixo, espaço interno mais amplo

e maior comodidade para o operador.

O sistema começou a ser implan-

tado no Rio a partir da aquisição, pelo

Grupo Breda, de 200 unidades do

chassi K 230 4x2 da Scania. Encar-

roçados pela Neobus, inicialmente

os veículos estão operando entre o

centro e a Zona Sul da cidade, em

vias normais onde foram demarcadas

as faixas privativas (não segregadas)

do BRS. Ao trafegar por essas vias,

praticamente exclusivas, os ônibus

reduzem em pelo menos 30 por cento

o tempo de viagem.

Também simultaneamente ao lan-

çamento da nova linha, a Scania pro-

moveu no Rio de Janeiro uma palestra

do consultor de infraestrutura e plane-

jamento estratégico em trânsito urbano

Cláudio de Senna Frederico, que falou

sobre as alternativas para a mobilidade

urbana nas grandes cidades brasilei-

ras, considerando que esse mercado

promete demandar investimentos nos

próximos anos, em razão dos eventos

que o Brasil vai sediar.

Cláudio de Senna sustentou que,

“para realizar investimentos em in-

fraestrutura na malha de transporte

urbano é preciso ter planejamento,

veículos adequados e reorganização

operacional, tudo isso visando a um

serviço mais rápido, eficiente e seguro

para os passageiros”.

O gerente executivo de Vendas de

Ônibus da Scania no Brasil, Wilson

Pereira, informou que, com a chegada

dos jogos da Copa do Mundo de 2014

e da Olimpíada de 2016, a montadora

vai intensificar o trabalho junto às

prefeituras das cidades sedes para

oferecer soluções ideais de transporte.

Denominado Mega BRS, o veículo é apontado como ideal para o sistema de faixas privativas.

Ônibus com carroçaria Neobus: desenho arrojado, motorização traseira, piso baixo, suspensão pneumática, espaço interno mais amplo.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 63

ançamentoL

A nova linha de motores ScaniaOs novos motores chegam para atender com melhor desempenho e economia de combustível a

norma brasileira Proconve P7, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2012. Na realidade, também

estão enquadrados nas principais normas do mundo inteiro, desde a Euro 3 e a Euro 4.

No dia 25 de novembro, no Rio de

Janeiro,a Scania apresentou sua

nova linha de motores de ônibus, como

parte de um lançamento mundial que

se propõe oferecer veículos ainda mais

potentes, econômicos e sustentáveis.

Conforme afirmou na ocasião o ge-

rente executivo de Vendas de Ônibus

no Brasil, Wilson Pereira, é mais um

importante passo no processo de evo-

lução contínua dos produtos da marca.

Segundo ele, a nova plataforma de

motores “chega ao mercado brasileiro

de chassis de ônibus para proporcionar

aos operadores ainda mais economia

e, à sociedade, um ar mais limpo”.

Os produtos da linha 2012 de

motores e chassis Scania para ônibus

Baseada na plataforma global de motores da Scania, a nova linha tem várias potências, divididas em dois pacotes: 9 litros e 13 litros.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

64 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011

oferecem as opções de 9 litros e de 13

litros, que substituem os atuais moto-

res de 9, 11 e 12 litros. Os motores

da Série K têm potências de 250 hp

até 440 hp. Os da Série F são motores

dianteiros e têm 250 hp ou 310 hp.

Além dos motores, a linha 2012

continua oferecendo como opcionais

novas versões da caixa de câmbio

automatizada – Opticruise – e retarder.

Na nova arquitetura, ligeiras alte-

rações no diâmetro e no curso dos

pistões, e um aumento da cilindrada,

resultaram em ganhos de 9% no torque

e 5% na potência.

Unidades injetoras controladas

eletronicamente são usadas para a

alimentação de combustível, e um

turbocompressor convencional fornece

expressiva pressão adicional já a partir

das baixas rotações.

Os motores de 5 cilindros em

linha, de 8,9 litros, estão sendo subs-

tituídos. Em seu lugar, entram duas

novas unidades de 9,3 litros, com

maior diâmetro e potências de 250 e

310 hp. Os torques oferecidos são,

respectivamente, de 1.150 e 1.550

Nm. Eixos balanceadores duplos no

cárter tornam a operação do motor

suave e flexível. Os motores mantêm

as mesmas características de seus

irmãos maiores de 6 cilindros.

Os novos motores de 6 cilindros

de 12,7 litros dão continuidade aos

seus antecessores de 11,7 litros. As

opções de potência, uniformemente

distribuídas de 360, 400 e 440 hp,

asseguram excelente desempenho,

informa o fabricante.

O MOTOR A ETANOL

O motor sustentável de 9 litros

da Scania será o único do mercado

brasileiro a dispensar o uso do Arla

32 ou qualquer outro reagente químico

para atender à norma Proconve P7.

Abastecido com etanol adicionado a

5% de aditivo promovedor de ignição,

o motor reduz em até 90% a emissão

de CO2 no meio ambiente.

“Há 20 anos vendemos esse ôni-

bus na Europa, o que nos possibilitou

adquirir uma grande experiência no

segmento. Por isso pudemos sair na

frente na disputa pelo mercado brasi-

leiro”, observa Cristopher Podgorski,

vice-presidente de Vendas e Marketing

da Scania para a América Latina.

Todos os motores Scania têm câmaras de combustão idênticas e dividem vários componentes.

Wilson Pereira: “Um importante passo na

evolução contínua de nossos produtos”.

Cristopher Podgorski: “Temos mais de 20

anos de experiência em ônibus a etanol”.

REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 65

piniãoO

Uma atividade que pede liberdade de criação

Div

ulga

ção

Ivan Comodaro, da

Comtex Assessoria Empresarial

O setor de transporte não produz

somente empregos, transporte,

impostos e lucros, mas um avanço no

desenvolvimento de toda a tecnologia

voltada para o segmento rodoviário.

Ideal é que as rodovias e termi-

nais rodoviários acompanhem essa

evolução.

O setor é destituído de benesses e

penduricalhos governamentais, como a

imprensa divulga sobre outros e vários

segmentos econômicos.

Faço um complemento à carta

do leitor Rodrigo Lisboa de Quadros

(Revista ABRATI nº 66), quando fala

da licitação e faz menção ao grupo de

pioneiros do setor. Olvidou o sr. Tito

Mascioli, da Viação Cometa, com quem

trabalhei por muitos anos.

Sem desmerecer ninguém, a Come-

ta foi um verdadeiro marco divisório,

fundamental no desenvolvimento do

setor, trazendo para o País, dos Es-

tados Unidos e da Europa, avanços

importantíssimos e inestimáveis na

gestão e operação do transporte.

Trouxe o conceito da altíssima

produtividade nas linhas operadas,

escolhidas com uma visão estratégica

e aplicando regras e normas de gestão

desconhecidas por aqui.

Implantou um sistema de TI quan-

do alguns bancos ainda não a pos-

suíam. Importou e implantou aquilo

que o Governo não fez, que foi o Siste-

ma de Radiocomunicação, conectando

ônibus, agências, garagens, escritórios

e rodoviárias.

TI mais radiocomunicação foram a

internet da época.

Importou a mais moderna frota

do País, composta pelo GM chamado

de Morubixaba, todo em duralumínio,

com suspensão a ar, motor traseiro,

design avançadíssimo, ar-condiciona-

do. Com o que existia na época, era

como comparar uma nave espacial e

um avião monomotor, conhecido por

teco-teco.

Desenvolveu na manutenção o con-

ceito de revisões preventivas e correti-

vas, como se aplicava na aviação, pois

ele foi oficial de alta patente na Força

Aérea Italiana, donde trouxe conceitos

tecnológicos avançados.

O sr. Jelson Antunes, para quem

tive a honra de trabalhar por muitos

anos, dizia assim para os outros:

“Quando for falar da Cometa, escove

os dentes antes”.

Poderíamos discorrer sobre um

número infindável de empreendedores

que contribuíram para a Nação, com

seus intelectos privilegiados, brilhan-

tes e imensuráveis. Como também

alguns homens do Governo.

Os atuais empreendedores preci-

sam ter liberdade de ação e criação,

pois o setor conta com pessoas de

notável inteligência, patriotismo, e que

amam o que fazem.

Os atuais empreendedores

precisam ter liberdade de ação e criação, pois o setor conta com pessoas de notável inteligência e patriotismo, e que amam

o que fazem.

Ivan Comodaro ingressou na Viação

Cometa em 9 de maio de 1966, com 25

anos de idade, e desligou-se da empresa no

dia 3 de agosto de 2009, com 68 anos.Foi

inicialmente Encarregado de Estatísticas e,

mais tarde, Chefe do Departamento de Pla-

nejamento e Controle, cargo ocupado por

29 anos. Em 1986 e nos 12 anos seguintes

enfrentou talvez o seu maior desafio pro-

fissional: a implantação e implementação

da famosa Ponte Rodoviária Rio-SãoPaulo,

operada em conjunto pelas empresas Co-

meta, Itapemirim e Expresso Brasileiro. Em

2002, Comodaro foi promovido a Superin-

tendente Geral da Viação Cometa. Nos 43

anos em que colaborou com a companhia,

ele testemunhou o desenvolvimento e ex-

pansão do sistema brasileiro de transporte

rodoviário de passageiros, para o qual deu

contínuas e importantes contribuições.

Nesse processo, teve o privilégio de tra-

balhar diretamente com dois gigantes do

transporte rodoviário de passageiros no

Brasil, Tito Mascioli (fundador e artífice da

Cometa) e Jélson da Costa Antunes, criador

do Grupo JCA e mais tarde dono da Cometa.

66 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011