o domínio holandês no rn

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HISTRIA DO RIO GRANDE DO NORTE EM RESUMOCo nt e x t ualiza o hist rica: O d omnio ho land s no RN Org anizad o r: Franc ima r de Arajo Galvo ( Bachare l e m H is t ria)

AS PRIMEIRAS ATIVIDADES ECONMICAS DA CAPITANIA DO RNAs primeiras atividades econmicas da capitania so caracteristicamente de subsistncia, fundamentando-se na pecuria, na pesca e na agricultura de mantimentos (principalmente mandioca). A cultura da cana-de-acar era pouca expressiva, uma vez que existia apenas o Vale do Cunha com condies especficas para essa cultura. Numa perspectiva geral, verifica-se que a pecuria desempenhou um papel singular na capitania. Foi a nica atividade econmica orientada para o mercado interno e, conseqentemente, os lucros oriundos de sua comercializao permaneceram na mesma.

A TOMADA

DA

FORTALEZA MAGOS

DOS

REIS

O COMRCIO

ENTRE A

HOLANDA PORTUGAL

E

Antes da expanso martima lusitana, os holandeses j faziam comrcio com Portugal. Com o advento da Era dos Descobrimentos, este intercmbio comercial foi intensificado. A Holanda comprava aos portugueses os produtos orientais que eles traziam e os revendiam para toda a Europa. A partir do descobrimento do Brasil, os holandeses passaram tambm a comercializar com produtos da colnia como o exemplo do pau-brasil, acar, sal e peles. Em 1580, com a subordinao de Portugal Espanha, o rei Felipe II lanou uma poltica de represso que afetou diretamente a liberdade de comrcio entre os portugueses e os holandeses. Como forma de fugir do isolamento comercial que lhes fora imposto pelo rei Felipe II, os mercadores holandeses criaram duas grandes empresas martimas: a Companhia das ndias Orientais em 1602 e a Companhia das ndias Ocidentais em 1621.

De posse de numerosas informaes geogrficas e econmicas, colhidas por ocasio das penetraes feitas anteriormente, os holandeses resolveram ento dar o lance definitivo tomando a Fortaleza dos Reis Magos em dezembro de 1633. A esquadra que conquistou este ponto estratgico do territrio potiguar zarpou de Recife no inicio do ms de dezembro. As informaes histricas afirmam que, tal esquadra era composta de 808 homens embarcados em quatro navios e sete iates. As informaes existentes mencionam ainda que, em 20 de dezembro, os holandeses mudaram o nome da Fortaleza dos Reis Magos para Castelo Keulem, em homenagem ao diretor da Companhia das ndias Ocidentais. Durante os vinte e um anos que os holandeses viveram por aqui o Rio Grande do Norte teve os seguintes governadores flamengos: Capito Joris Garstman e Johanes Blaenbeeck; Major Bayet e o Capito Jan Denniger. O raio de ao dos holandeses limitou-se s regies do litoral e do Agreste: Natal, Macaba, Extremoz, So Gonalo, vale do Cear-Mirim, Ars, Nsia Floresta, Goianinha e Canguaretama. Incursionaram tambm pela regio salineira de onde tiravam o sal para conservar seus produtos.

OS MASSACRES HOLANDESES NO RNO regime de violncia e crueldade que caracterizou o domnio holands no Rio Grande do Norte comeou pelo ataque aos moradores do engenho Ferreiro Torto. Segundo Pedro Moura, este foi o segundo engenho da ento Capitania do Rio Grande construdo na segunda dcada do sculo XVII, provavelmente depois de 1614... Francisco Coelho foi o seu primeiro proprietrio e construtor. Aps o massacre de Ferreiro Torto, seguiuse o primeiro assalto de Cunha em 1634, onde surpreendido a noite por tropas holandesas e tapuias, o Capito lvaro Fragoso foi feito prisioneiro com mais 13 homens; 11 morreram e o restante fugiram. Com a destruio dos dois principais ncleos de populao, os invasores estabeleceram o seu domnio a todos, e os que no aceitaram a submisso ou pagaram com a vida ou tiveram que se refugiar no arraial do Bom Jesus, reduto onde Matias de Albuquerque mantinha uma resistncia que causava dificuldades aos invasores. No que se refere ao elemento nativo, interessante constatar que nesse particular a poltica dos holandeses foi sempre protetora e paternal, diferentemente da dos portugueses. Para os holandeses os ndios eram considerados como pssimos inimigos, que podiam comprometer a segurana da colnia, e por outro lado,

OS HOLANDESES NO RIO GRANDE NORTE: MOTIVO DA INVASO

DO

Que motivos teriam determinado a invaso do Rio Grande do Norte pelos holandeses, se existia aqui, naquela poca, apenas o engenho Cunha produzindo acar? Enquanto na conquista de Pernambuco, o fator preponderante foi a produo aucareira, no caso do RN, o que atraiu os holandeses foi a abundncia de gado bovino, secundada pela produo de farinha de mandioca e o fornecimento de peixe seco. Por conseguinte, no cenrio do domnio holands no Nordeste, o Rio Grande do Norte funcionou como retaguarda fornecedora de alimentos, garantindo o abastecimento das tropas invasoras.

com utilssimos aliados, pelo medo que incutiam aos portugueses durante a guerra. No os escravizaram, no os constrangeram ao trabalho, libertaram os ndios que encontraram escravizados.

Fim