o dezoito de abril na uniÃo espÍrita mineira · (mensagem psicografada pelo médium wagner gomes...

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Não poderíamos nós, à luz da evolução que nos define o progresso efetivo, considerar a magna missão do Evangelho no Mundo sem as etapas propostas pelo tempo, que carreia em seu bojo os elementos constitutivos das circunstâncias. Jesus Cristo na Terra é suprema mensagem de sabedoria e amor. Toda a epopéia de Seus testemunhos, erigidos de Sua abnegação inquestionável, assinala-se por lições e advertências, princípios e luzes, capazes de redimirem, graças a seus efeitos na vida de cada um, todas as concepções e hábitos terrestres. Compreendendo, pois, que, na trajetória educativa das almas, a Lei predispõe ao Amor, que a disciplina projeta a espontaneidade e que o esforço consciente autoriza a redenção, Doutrina Espírita com Allan Kardec significa pavimentação harmônica do Caminho Cristão. O Livro dos Espíritos, que nesta hora nos merece ovação fervorosa pelo muito que enseja à mentalidade sensata e iluminativa, se afigura a usina permanente de claridades excelsas, revisando a História, proclamando a filosofia de vida e emoldurando, através de princípios insofismáveis, a Boa Nova do Senhor. Verdade e Amor se conjugam nesta hora do Mundo, em que o fogaréu das paixões faz incendiar todas as obras da ilusão, a fim de que os homens compreendam seu destino em Deus. Amigos, à luz do Consolador que a obra kardequiana encerra, somos requisitados a operar nossa melhoria no rumo do Cristo Amado. No lar, renúncia. Na profissão, honestidade. No Ideal, caráter. Na fé, caridade. Nas relações, respeito. Sem virtude, a criatura soçobra na escuridão de si mesma. Com Jesus, porém, redivivo no legado de Allan Kardec à Humanidade, a vida estua e a vitória do Bem proclama a redenção. Dignifiquemos a Doutrina Espírita, tornando- a, em nós, caminho definitivo para Deus! EMMANUEL (Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão na noite de 18 de abril de 2007, na sede da União Espírita Mineira, em Belo Horizonte, MG, durante evento comemorativo do Sesquicentenário de O Livro dos Espíritos.) Edificação Cristã A comemoração do Sesquicentenário de “O Livro dos Espíritos” assinalou um novo marco de luz e fraternidade para o Movimento Espírita Os 150 anos da Doutrina Espírita no Mundo, comemorados na sede da Casa-Máter do Espiritismo nas Alterosas, uniu trabalhadores encarnados e uma plêiade de amigos e benfeitores da Vida Maior, numa clara demonstração de que os dois planos da vida se empenham, em esforço e confiança, pela renovação moral da Humanidade à luz do Evangelho redentor. Trabalhadores de diversas casas espíritas da Capital e do Interior, além de tarefeiros do Movimento organizado – AME, CRE e diretoria da Federativa Mineira –, lotaram o auditório e a galeria da UEM, numa festa de reconhecimento e esperança, luz e consciência doutrinária que marcou um novo tempo para a história do Espiritismo em Minas Gerais. Na exposição do presidente Honório de Abreu, cuja inspirada palavra prenunciava o espetáculo de elevadas vibrações espirituais daquela noite, foram realçadas as notas de responsabilidade e amadurecimento moral a que todos os trabalhadores do Consolador estão convocados a assumir, tendo em vista a edificação do Mundo Novo com Jesus em busca da paz global. Na mesa diretora do evento, os Espíritos Emmanuel e Irmão X grafaram, céleres, páginas enaltecedoras do momento, através do médium Wagner Gomes da Paixão. E na culminância da reunião, todos puderam beber da bondade do Divino Mestre, através de expressivo fenômeno ocorrido, NESTA EDIÇÃO quando o médium se transfigurou à frente do vasto público presente e todos viram e ouviram a inquestionável manifestação de Chico Xavier, que emocionou profundamente a todos, levando muitos a lágrimas mescladas de saudade e alegria. Após a evidente e insofismável manifestação dos Benfeitores Espirituais, foi lançado o mais recente livro do espírito João Lúcio – Dimensões do Consolador – como parte das comemorações da noite. O médium que o recebeu, Wagner Gomes da Paixão, atendeu por cerca de uma hora todos aqueles que o procuraram em concorrida sessão de autógrafos. Foi grande a procura do livro Dimensões do Consolador, do espírito João Lúcio O médium Wagner Gomes da Paixão mensagem recebida de Irmão X Fontana, Honório, Marival, Maurício e Wagner compuseram a Mesa Diretora do Evento O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA O O O O O E E E SPÍRIT SPÍRIT SPÍRIT SPÍRIT SPÍRITA A A A A M M MINEIR INEIR INEIR INEIR INEIRO O O ÓR ÓR ÓR ÓR ÓRGÃO D GÃO D GÃO D GÃO D GÃO DA UNIÃO ESPÍRIT A UNIÃO ESPÍRIT A UNIÃO ESPÍRIT A UNIÃO ESPÍRIT A UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA FUND A MINEIRA FUND A MINEIRA FUND A MINEIRA FUND A MINEIRA FUNDADO EM 1908 ADO EM 1908 ADO EM 1908 ADO EM 1908 ADO EM 1908 ANO 98 | BEL ANO 98 | BEL ANO 98 | BEL ANO 98 | BEL ANO 98 | BELO HORIZONTE - MIN O HORIZONTE - MIN O HORIZONTE - MIN O HORIZONTE - MIN O HORIZONTE - MINAS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMER AS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMER AS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMER AS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMER AS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMERO 297 O 297 O 297 O 297 O 297 A Missão de Kardec Página 2 Lições de Emmanuel Página 2 Falar dos Mortos Página 4 Conversando com Dr. Eurípedes T. Vieira Página 6 Na Intimidade de Chico Xavier Página 7 Expoentes do Espiritismo Página 8 Chico Xavier e Nós Página 9 Justa Homenagem Página 10

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Page 1: O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA · (Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão na noite de 18 de abril de 2007, na sede da União Espírita Mineira,

“O ESPÍRITA MINEIRO” MAIO/JUNHO - 2007 PÁGINA 1

Não poderíamos nós, à luz da evolução quenos define o progresso efetivo, considerar a magnamissão do Evangelho no Mundo sem as etapaspropostas pelo tempo, que carreia em seu bojo oselementos constitutivos das circunstâncias.

Jesus Cristo na Terra é suprema mensagemde sabedoria e amor.

Toda a epopéia de Seus testemunhos, erigidosde Sua abnegação inquestionável, assinala-se porlições e advertências, princípios e luzes, capazes deredimirem, graças a seus efeitos na vida de cadaum, todas as concepções e hábitos terrestres.

Compreendendo, pois, que, na trajetóriaeducativa das almas, a Lei predispõe ao Amor, quea disciplina projeta a espontaneidade e que o esforçoconsciente autoriza a redenção, Doutrina Espíritacom Allan Kardec significa pavimentação harmônicado Caminho Cristão.

O Livro dos Espíritos, que nesta hora nosmerece ovação fervorosa pelo muito que enseja àmentalidade sensata e iluminativa, se afigura a usinapermanente de claridades excelsas, revisando aHistória, proclamando a filosofia de vida eemoldurando, através de princípios insofismáveis, aBoa Nova do Senhor.

Verdade e Amor se conjugam nesta hora doMundo, em que o fogaréu das paixões faz incendiartodas as obras da ilusão, a fim de que os homenscompreendam seu destino em Deus.

Amigos, à luz do Consolador que a obrakardequiana encerra, somos requisitados a operarnossa melhoria no rumo do Cristo Amado.

No lar, renúncia.Na profissão, honestidade.No Ideal, caráter.Na fé, caridade.Nas relações, respeito.Sem virtude, a criatura soçobra na escuridão

de si mesma.Com Jesus, porém, redivivo no legado de

Allan Kardec à Humanidade, a vida estua e a vitóriado Bem proclama a redenção.

Dignifiquemos a Doutrina Espírita, tornando-a, em nós, caminho definitivo para Deus!

EMMANUEL

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixãona noite de 18 de abril de 2007, na sede da União EspíritaMineira, em Belo Horizonte, MG, durante evento comemorativodo Sesquicentenário de O Livro dos Espíritos.)

Edificação Cristã

A comemoração do Sesquicentenário de “O Livro dos Espíritos” assinalouum novo marco de luz e fraternidade para o Movimento Espírita

Os 150 anos da Doutrina Espírita no Mundo,comemorados na sede da Casa-Máter do Espiritismonas Alterosas, uniu trabalhadores encarnados e umaplêiade de amigos e benfeitores da Vida Maior, numaclara demonstração de que os dois planos da vida seempenham, em esforço e confiança, pela renovaçãomoral da Humanidade à luz do Evangelho redentor.

Trabalhadores de diversas casas espíritas daCapital e do Interior, além de tarefeiros do Movimentoorganizado – AME, CRE e diretoria da FederativaMineira –, lotaram o auditório e a galeria da UEM,numa festa de reconhecimento e esperança, luz econsciência doutrinária que marcou um novo tempopara a história do Espiritismo em Minas Gerais.

Na exposição do presidente Honório deAbreu, cuja inspirada palavra prenunciava oespetáculo de elevadas vibrações espirituais daquelanoite, foram realçadas as notas de responsabilidadee amadurecimento moral a que todos ostrabalhadores do Consolador estão convocados aassumir, tendo em vista a edificação do Mundo Novocom Jesus em busca da paz global.

Na mesa diretora do evento, os EspíritosEmmanuel e Irmão X grafaram, céleres, páginasenaltecedoras do momento, através do médiumWagner Gomes da Paixão. E na culminância dareunião, todos puderam beber da bondade do DivinoMestre, através de expressivo fenômeno ocorrido,

NESTA EDIÇÃO

quando o médium se transfigurou à frente do vastopúblico presente e todos viram e ouviram ainquestionável manifestação de Chico Xavier, queemocionou profundamente a todos, levando muitos alágrimas mescladas de saudade e alegria.

Após a evidente e insofismável manifestaçãodos Benfeitores Espirituais, foi lançado o maisrecente livro do espírito João Lúcio – Dimensõesdo Consolador – como parte das comemoraçõesda noite. O médium que o recebeu, Wagner Gomesda Paixão, atendeu por cerca de uma hora todosaqueles que o procuraram em concorrida sessão deautógrafos.

Foi grande a procura do livro Dimensões doConsolador, do espírito João Lúcio

O médium Wagner Gomes da Paixão lê mensagemrecebida de Irmão X

Fontana, Honório, Marival, Maurício e Wagnercompuseram a Mesa Diretora do Evento

O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA

O O O O O EEEEESPÍRITSPÍRITSPÍRITSPÍRITSPÍRITA A A A A MMMMMINEIRINEIRINEIRINEIRINEIROOOOOÓRÓRÓRÓRÓRGÃO DGÃO DGÃO DGÃO DGÃO DA UNIÃO ESPÍRITA UNIÃO ESPÍRITA UNIÃO ESPÍRITA UNIÃO ESPÍRITA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA FUNDA MINEIRA FUNDA MINEIRA FUNDA MINEIRA FUNDA MINEIRA FUNDADO EM 1908ADO EM 1908ADO EM 1908ADO EM 1908ADO EM 1908

ANO 98 | BELANO 98 | BELANO 98 | BELANO 98 | BELANO 98 | BELO HORIZONTE - MINO HORIZONTE - MINO HORIZONTE - MINO HORIZONTE - MINO HORIZONTE - MINAS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMERAS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMERAS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMERAS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMERAS GERAIS - MAIO/JUNHO - 2007 | NÚMERO 297O 297O 297O 297O 297

A Missão de KardecPágina 2

Lições de EmmanuelPágina 2

Falar dos MortosPágina 4

Conversando com Dr. Eurípedes T. VieiraPágina 6

Na Intimidade de Chico XavierPágina 7

Expoentes do EspiritismoPágina 8

Chico Xavier e NósPágina 9

Justa HomenagemPágina 10

Page 2: O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA · (Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão na noite de 18 de abril de 2007, na sede da União Espírita Mineira,

PÁGINA 2 MAIO/JUNHO - 2007 “O ESPÍRITA MINEIRO”

EXPEDIENTE

O ESPÍRITA MINEIROÓrgão Oficial da União Espírita Mineira

Rua Guarani, 315 - Caixa Postal 61Telefax: (31) 3201-3038 - 3201-3261Home Page: http//www.uembh.org.br

e-mail: [email protected] 30120-040 - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

DIRETOR RESPONSÁVEL: Honório Onofre de Abreu(art.22, letra “i”, do Estatuto da União Espírita Mineira)CONSELHO EDITORIAL: Álvaro de Castro, Antônio CarmoRubatino, Cléber Varandas de Lima, Felipe EstabileMoraes e William Incalado Marquez.JORNALISTA RESPONSÁVEL: Valdo Elias Veloso de Ma-tos (MG-04062-JP)DIGITAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: João Bosco GonçalvesIMPRESSÃO: Gráfica da Fundação Mariana ResendeCosta - Fax: (31) 3249-7413 - Fone: (31) 3249-7400Registrado sob n° 399, em 02.10.1940, no Cartório doRegistro Civil das Pessoas Jurídicas.

O diretor responsável, editores, jornalista e demaiscolaboradores deste Órgão nada recebem, direta ouindiretamente, uma vez que O ESPÍRITA MINEIRO, jor-nal de distribuição gratuita, tem por finalidade a difu-são do Espiritismo e do Evangelho de Jesus, realizadaem bases de cooperação fraterna e de amor ao ideal,características inerentes à própria Doutrina Espírita.

UNIÃO ESPÍRITA MINEIRAFundada em 1908

DIRETORIA

Presidente: Honório Onofre de Abreu1º Vice-Presidente: Maurício Albino de Almeida2º Vice-Presidente: Marival Veloso de Matos1° Secretário: Marcelo Gardini Almeida2° Secretário: Roberta Maria Elaine de Carvalho1° Tesoureiro: Walkíria Teixeira Campos2° Tesoureiro: William Incalado MarquezDiretor de Patrimônio: Braz Moreira HenriquesBibliotecário: Jairo Eustáquio FrancoConsultor Jurídico: Antônio Roberto Fontana

EDITORIAL

Aprendemos com a Doutrina Espíritaque todos os Espíritos têm uma programaçãoa cumprir quando encarnados. São tarefasas mais diversificadas, envolvendo umgrande número de pessoas ou um pequenogrupo, nas mais variadas áreas de ação naSociedade ou no íntimo dos lares. Ofundamental é a responsabilidade em levar àfrente o compromisso com o qual noscomprometemos.

O Sesquicentenário de lançamentode “O Livro dos Espíritos” nos dá aoportunidade de, mais uma vez, refletirsobre a missão deste grande mestre, oProf. Rivail. Em “Obras Póstumas”encontramos o registro do questionamentofeito por Kardec ao Espírito Verdade: “BomEspírito, eu desejara saber o que pensasda missão que alguns Espíritos meassinaram. Dize-me, peço-te, se é umaprova para o meu amor-próprio. Tenho,como sabes, o maior desejo de contribuirpara a propagação da verdade, mas, dopapel de simples trabalhador ao demissionário em chefe, a distância é grandee não percebo o que possa justificar emmim graça tal, de preferência a tantosoutros que possuem talento e qualidadesde que não disponho.”

Em sua vasta experiência, Kardecprimeiramente busca confirmar as suasresponsabilidades, a partir da informação queoutros Espíritos lhe trouxeram, trazendo adúvida ao coordenador dos trabalhos dedivulgação da novel Doutrina. Sabe que otrabalho pertence aos Espíritos Superiores.Sabe da importância da sua participação nestegrande empreendimento, reconhecendo suaslimitações, sem deixar, entretanto, de aceitare assumir suas responsabilidades.

A resposta do Espírito Verdade épreciosa: “Confirmo o que te foi dito, masrecomendo-te muita discrição, se quiseressair-te bem. Tomarás mais tardeconhecimento de coisas que te explicarão oque ora te surpreende. Não esqueças quepodes triunfar, como podes falir. Neste últimocaso, outro te substituiria, porquanto osdesígnios de Deus não assentam na cabeçade um homem. Nunca, pois, fales da tuamissão; seria a maneira de a fazeresmalograr-se. Ela somente pode justificar-sepela obra realizada e tu ainda nada fizeste.Se a cumprires, os homens saberãoreconhecê-lo, cedo ou tarde, visto que pelosfrutos é que se verifica a qualidade da árvore.”

Temos nossas responsabilidades noMovimento Espírita. Devemos cumpri-lascom discrição, como orienta o EspíritoVerdade. Temos a nossa importância notrabalho em prol da divulgação da DoutrinaEspírita, mas não somos insubstituíveis.Desnecessário nos preocuparmos com asglórias terrenas. Deve nos bastar o reconfortoíntimo pela oportunidade que temos deavançar em nossa evolução espiritual.

Allan Kardec, como sabemos, cumpriusua missão com denodo, bom ânimo etranqüilidade. Cumpriu aquilo que lhe foidestinado como missão. Pelos bons frutosreconhecemos sua competência comoCodificador do Espiritismo.

A MISSÃO DE KARDEC

PÁGINA AOS MÉDIUNS

Médiuns Espíritas!Quando vos conscientizais relativamente à distância entre a vossa condição humana e a

espiritualidade sublime da Doutrina de Luz e Amor que abraçastes, muitos de vós outros recuaisante as lutas por sustentar.

Compreendamos, no entanto, que quase todos nós, os companheiros encarnados edesencarnados, trazidos às tarefas do Espiritismo, somos seres endividados de outras épocas,empenhados ao trabalho de aperfeiçoamento gradativo com o amparo de Jesus.

Tiranos de ontem, somos agora convocados a exercícios de obediência e tolerância paraas aquisições de humildade.

Autoridades absorventes que dilapidávamos os bens que se nos confiavam, em benefíciode todos, vemo-nos induzidos, na atualidade, a servir em regime de carência a fim de aprendermosmoderação à frente da vida.

Inteligências despóticas que abusávamos da frase escrita ou falada, prejudicando multidões,estamos hoje entre inibições e dificuldades, nos domínios da expressão verbal, de modo areconhecermos quanto respeito se deve à palavra.

Criaturas que infelicitávamos outras muitas, deteriorando-lhes a existência em nome docoração, achamo-nos presentemente em longos calvários do sexo a fim de aprimorarmos osimpulsos do próprio amor.

Incluímo-nos em vossos problemas, conquanto desenfaixados provisoriamente dos laçosfísicos, porquanto as vossa lutas de hoje foram as nossas de ontem, tanto quanto os vossosconflitos de hoje serão talvez nossos amanhã, quando, pela reencarnação, estivermos na posiçãoque atualmente ocupais.

A despeito, no entanto, de todos os obstáculos, esposemos na construção do bem o caminhoda sombra para a luz.

Natural tropeceis, através de quedas e desilusões, muitas vezes necessárias à formaçãode nossas melhores experiências. Entretanto, não vos marginalizeis na estufa da ociosidade ouna furna da autocompaixão.

Trabalhemos compreendendo e sigamos servindo.Fraquezas e imperfeições temo-las ainda conosco e talvez por longo tempo, de vez que

burilamento espiritual não é assunto de mágica.Convençamo-nos, porém, de que unicamente com a doação do melhor de nós mesmos, na

edificação do bem de todos, é que descobriremos a senda traçada à nossa melhoria e elevação.Recordemos.O ouro não se desentranha da ganga simplesmente porque leiamos algum compêndio de

mineração diante do cascalho que a segrega, conquanto o compêndio de mineração favoreça asatividades relacionadas com a extração e acrisolamento do ouro.

Purificar-se-á o metal, em verdade, tão-somente no clima do cadinho esfogueante.Um médico reterá consigo a ciência de curar, mas isso não quer dizer esteja ele inacessível

à doença, embora o dever que lhe cabe na preservação do equilíbrio orgânico.Um dia Jesus nos afirmou que os obreiros do Evangelho serão conhecidos pelos frutos. E

Allan Kardec, no item 10 do capítulo XIX de O Evangelho segundo o Espiritismo nos comparouàs árvores proveitosas. Não nos será lícito esquecer que todas as árvores da Terra, por maispreciosas, se lançam frondes, flores e frutos na direção dos Céus, nenhuma delas produzirá senão tiver as raízes vinculadas aos ingredientes no chão.

(Página extraída do livro “Na Era do Espírito”, de Espíritos Diversos/Chico Xavier/Herculano Pires,editora GEEM)

Lições de EmmanuelPor Chico Xavier

Page 3: O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA · (Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão na noite de 18 de abril de 2007, na sede da União Espírita Mineira,

“O ESPÍRITA MINEIRO” MAIO/JUNHO - 2007 PÁGINA 3

Juiz de Fora comemorou em grande estilo oSesquicentenário de O Livro dos Espíritos, realizandodois eventos públicos com a simpatia da população eo apoio da Prefeitura Municipal.

Distribuição de Livros

Às 11h da manhã do sábado, 14 de abril de 2007,a Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora (AME-JF), com o apoio do Departamento de ComunicaçãoSocial Espírita, reuniu grande contingente de seguido-res e simpatizantes, com as presenças do seu presi-dente, José Fernando da Silva, e de espíritistas de vá-rias Casas da cidade, para a distribuição de volumesde O Livro dos Espíritos em pleno Calçadão da ruaHalfeld, um dos maiores centros comerciais do Esta-do de Minas Gerais. Obra síntese da filosofia Espíri-ta, O Livro dos Espíritos foi disputado por transeun-tes que se aglomeraram na via pública interessadosem conhecer mais sobre o Espiritismo e observar avoluntariedade dos organizadores.

Em menos de vinte minutos, foram distribuí-dos todos os 565 volumes disponíveis, doados porCasas Espíritas e particulares, refletindo a união emtorno da causa de divulgação da Doutrina codificadapor Kardec. Como os volumes foram distribuídos muito

Comemoração Criativa e Original dos 150 Anosde “O Livro dos Espíritos” em Juiz de Fora

A União Espírita Mineira, representada pelo seuvice-presidente Marival Veloso de Matos, peloDepartamento de Estudo Sistematizado da DoutrinaEspírita/DESDE (Regina e Virginia) e Setor de Família(Geralda Reis), esteve presente na cidade de Carandaí, nodia 11/03/07, a convite do Conselho Municipal Espírita/CEM. O presidente do CEM, Sr. José Márcio, coordenouos trabalhos realizados, pela manhã, na AssociaçãoComunitária do Bairro Crespo e, à tarde, no Centro EspíritaZenóbio de Miranda. Participaram, também, LucianoAlencar da Cunha, presidente da Aliança MunicipalEspírita de Barbacena, e Ana Canton, coordenadora doESDE em Barbacena.

Marival Veloso de Matos, sempre com sua alegriacontagiante, sensibilizou a todos sobre a importância documprimento das exigências legais em relação aosvoluntários na Casa Espírita. Em seguida falou sobre“Doutrina e Movimento Espírita”, encerrando suaparticipação com uma palestra sobre “A Pena de Morte”.

Regina abordou o tema “Aborto na Visão daDoutrina Espírita”, aplicando técnica do ESDE (discussãoem grupo), proporcionando a todos os participantes aoportunidade de relatar seus conhecimentos.

Posteriormente, Geralda (SF/UEM) enfocou o tema“Em Defesa da Vida”, envolvendo os presentes compalavras edificantes.

No encerramento, Ana Canton, coordenadora doESDE em Barbacena, falou sobre a importância de se estudara Doutrina Espírita com método e seriedade.

A UEM VISITACARANDAÍ

Crianças marcam presença na abertura das comemo-rações do Grupo Scheilla

Sesquicentenário de “O Livro dos Espíritos” no Grupo ScheillaO Grupo Scheilla,tradicional institui-ção espírita de BeloHorizonte, partici-pou ativamente dascomemorações doSesquicentenário,realizando, duranteuma semana,quatorze Reuniões

Públicas especiais, presenciadas por um público decerca de 3.800 pessoas. O evento comemorativo,cujos temas contemplaram o conteúdo da primeiraobra da Codificação, ofereceu em paralelo duas apre-sentações teatrais e uma Feira de Livros Espíritas.

Duas sessões de teatro lotaram o salão do Cen-tro Oriente quando cerca de 500 pessoas (tarde enoite) assistiram à Cia de Teatro Laboro encenar AsMesas Girantes. A peça, rica em informações his-tóricas, remonta aos fenômenos com as irmãs Fox ,no povoado de Hydesville, estado de New York, em1848, transita pela França do Prof. Rivail, com asmesas girantes, a psicografia com a cestinha, paradesaguar na conclusão de Kardec sobre a imortali-dade da alma.

Em seis conferências com temas alusivos àFilosofia Espírita, teve especial destaque palestra pro-

rapidamente, alguns dos presentes foram à LivrariaEspírita e adquiriram mais volumes, totalizando 777livros. Mais houvessem, seriam distribuídos graças àaceitação e, mais ainda, à simpatia das pessoas pelaobra, o que revelou a popularidade do Espiritismo emJuiz de Fora.

A ação emocionou a todos os participantes, dei-xando em cada um a indelével sensação de um devercumprido - lembrando o contido em Lucas 8: 16 (...de-pois de acender uma candeia... coloca-a sobre umvelador, a fim de que os que entram vejam a luz). Umdever aureolado pela alegria e pela paz que sempreacompanham os trabalhos no bem.

150 árvores: lembrança permantente

No dia 18 de abril, exatos 150 anos de O Livrodos Espíritos, às 17:00 horas, no local escolhido, aalameda Engenheiro Gentil Forn, onde se fazianecessária maior proteção a veículos e transeuntes, osespíritas de Juiz de Fora voltaram a se reunir. Aalameda, um ponto nobre da cidade, carecia dearvoredo, especialmente porque é uma via em forteaclive na qual, num dos lados, há um grande desnívelno terreno, sem proteção.

Assim, lembrando o Sesquicentenário de OLivro dos Espíritos, que há um século e meio iluminaadequadamente muitos caminhos, 150 ipês roxos eamarelos foram plantados e passaram a ser chamados:Árvores de Kardec, constituindo-se num landmarkindelével do Sesquicentenário.

Muitos membros da AME e espíritas de váriosGrupos marcaram presença. Representantes antigos,como o companheiro Édson Mega, de 91 anos, ecrianças de escolas de evangelização, jovens espíritas,profissionais de jornais, TV e sites. A cobertura nacidade foi ótima!

Na solenidade, destacando a magnitude da obraO Livro dos Espíritos no pensamento contemporâneoe explicando o evento, participaram Nara CamposCoelho, da área de Comunicação, e José Fernando daSilva, presidente da Aliança Municipal Espírita. MarluceAraújo Ferreira e Noraldino Lucio Dias Jr,representando a Prefeitura Municipal, fizeram os

primeiros plantios e falaram do simbolismo dopropósito em palavras enriquecidas de amor e paz.Também o confrade Mega fez um plantio e dirigiupalavras de ternura junto à garotinha Júlia Firjam Torres,de 5 anos, juntando representantes das diferentesgerações alí presentes: o espírita veterano e o que chegapara que o trabalho prossiga.

O confrade João Márcio Teixeira Coelho,mecenas de vários projetos espíritas em diferentespontos do Estado de Minas, plantou uma das árvores,no que foi seguido por muitos dos presentes. 150 mudastiveram as suas raízes carinhosamente inseridas nosolo.

Honório de Abreu, presidente da UEM, faz conferênciapara 420 pessoas no salão principal do Grupo Scheilla

Apresentação da Cia de TeatroLaboro, em 18-04-07, da peça AsMesas Girantes, no salão principal doGrupo Scheilla.

ferida na quinta-feira, 19 de abril, quando 420 pesso-as ouviram dissertação sobre o tema Do Mundo Es-pírita.

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PÁGINA 4 MAIO/JUNHO - 2007 “O ESPÍRITA MINEIRO”

Vigilância, oração e equilíbrio são elementospreciosos na equação do bem viver, da paz e daharmonia nas relações interpessoais...

Se o ínclito Mestre Lionês dedicou doiscapítulos inteiros de “O Evangelho Segundo oEspiritismo” para falar sobre a oração, mostrando– de maneira clara – como e por que devemosorar, desvelando-nos – igualmente – seusintrincados mecanismos de atuação, não menosimportante é a vigilância colocada por Jesus emdestaque, uma vez que Ele disse: “Vigiai e orai”e não “orai e vigiai”(É importante ao estudarmosas palavras de Jesus, observarmos a seqüência daapresentação temática em Sua fala, ou seja: o queEle falou em primeiro lugar, em segundo, etc.). Nocaso em tela, o verbo “vigiar” vem em primeirolugar, portanto, isso indica claramente que Ele dácaráter de prioridade à vigilância.

Nada adiantará a oração se não formosvigilantes, uma vez que o Céu só ajuda a quem seajuda. Portanto, a vigilância deverá ser o “leito”seguro por onde a oração “navegará” até chegarao seu destino.

Desse modo, é inegável o valor da vigilância,da oração e do equilíbrio em nosso cardápioexistencial.

Chilon (século VI a.C.), magistrado e filósofoespartano, um dos sete sábios da Grécia antiga,ensinava regras singelas de conduta que estariampresentes em qualquer manual de auto-ajuda, gêneroliterário que faz sucesso nestes dias de carências,dúvidas e temores.

Nas suas máximas, coletadasfragmentariamente em Vida de Ilustres Filósofos,de Diógenes Laércio (século III), recomenda Chilon:

• Controla a língua…

• Cultiva recato no casamento...

• Respeita os mais velhos…

• Vigia a ti mesmo…

Como se vê, nada diferente do queconhecemos.

Há um senso comum, conjugando a sabedoriados séculos.

Exprime-se em máximas que operariamradicais mudanças na sociedade humana, secolocadas em prática.

***

Uma máxima de Chilon, utilíssima,fundamental, é pouco observada. Costuma-se fazerexatamente o contrário.

Recomenda o filósofo:

Não fale mal dos mortos.

Inicialmente, até falamos bem.

Num velório, à falta de ter o que dizer aosfamiliares, promovemos o finado ao exprimirnossas condolências:

– Coitado! Tão bom… Morreu!

Em breve, no próprio ambiente em que évelado o defunto, mudamos a postura.

Evocamos suas fragilidades, defeitos eepisódios menos edificantes que lhe marcaram aexistência.

Lamentável desrespeito diante do companheirode pés juntos, vestindo o “pijama de madeira”.

Geralmente, os Espíritos desencarnadospermanecem ligados ao corpo durante o velório.

Carecem de orações, não de críticas.Em face da turvação mental em que se situam,

assimilam as vibrações geradas por observaçõesdescaridosas dos presentes. Sentem-se perturbadose aflitos, sem perceber o que está acontecendo.

***

O “defunto”, não raro, reage à maledicência.O maldizente poderá dar-se mal…Ocorre principalmente quando o desavisado

tece críticas contra alguém de parcas virtudes, queesticou as canelas há algum tempo. Adaptado à vidaespiritual, mas não convertido ao Bem, poderácausar-lhe dissabores.

No livro Missionários da Luz, psicografiade Francisco Cândido Xavier, o Espírito André Luizreporta-se a um episódio dessa natureza.

O autor e um companheiro foram à casa decerto homem, Vieira, que faltara a uma reunião naespiritualidade. Desejavam saber o que o impedira.

Falar dos MortosFalar dos MortosFalar dos MortosFalar dos MortosFalar dos MortosRichard Simonetti

O sono é breve viagem ao mundo dosmortos.

Enquanto o corpo dorme, refazendo energias,transitamos pelas plagas do Além. São ensaios paraa transferência definitiva, quando a senhora da foicenos convocar.

Os dois tarefeiros o encontraram em situaçãodifícil.

Afastado do corpo em repouso no leito,Vieira quedava-se apavorado ante a presença deum Espírito que o ameaçava.

O indesejável visitante explicou que duranteo jantar, conversando com familiares, o dono dacasa tecera considerações desairosas à sua pessoa.Ele captara as vibrações negativas da crítica e vieratirar satisfações.

Vieira tremia, descontrolado, incapaz de umareação.

Induzido por André Luiz e seu companheiro,despertou assustado, banhado em suor.

Guardava a impressão de que estivera como dito-cujo. Mas, sem autocrítica, não percebeuque ele viera cobrar-lhe a leviandade.

Definiu a experiência como um pesadelo, queatribuiu a problema digestivo ou algo semelhante,sem perceber que nas fofocas contra o “morto”estava a origem de seu problema.

***Chilon tem razão.A piedade recomenda que oremos pelos

mortos.Manda a prudência:

Não falemos mal deles!

A VIGILÂNCIA É O ESTEIO DO EQUILÍBRIO“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” - Jesus. (Mt. 26:41.)

Rogério Coelho

Alonguemo-nos um pouco mais na questão do equilíbrio: Segundo o notável escritor Artur daTávola, o equilíbrio é, na verdade, a mais fiel tradução da humildade, virtude esta intensamente apregoadae vivenciada por Jesus.

Sigamos seu raciocínio:“(...) A humildade como habitualmente é concebida, representa o pólo oposto da soberba; e o

que é pólo oposto pertence ao mesmo eixo.Como pode o pólo oposto de um eixo deixar de contaminar-se com o sistema ao qual pertence?

Mesmo quando algo se opõe, por isso mesmo, faz parte do sistema dentro do qual de alguma forma éoposição. A humildade como anulação do ego sempre pretende o reconhecimento ou o mérito. Destarte,“humildade” entendida como ausência de vontade, humildade não é.

Ela é “nobre” por contrariar a soberba e assim se afirma, mas tudo o que se afirma e se destaca,por ser elevado, nobre, etc. de algum modo exalta-se, logo não é humildade plena.

Já o equilíbrio, este não visa o reconhecimento nem o aplauso oriundo da humildade entendida nosentido acima: o de oposto da soberba pela ablação da vontade. Nem, por outro lado, adota as táticasvitoriosas provenientes da sensação de onipotência, superioridade, arrogância ou soberba.

O equilíbrio não busca os louros nem os aplausos de qualquer dos dois pólos dessa complexarelação: ele aceita as energias necessárias à vitória e quando a obtém não comemora nem se sentesuperior pelo fato e - ao mesmo tempo - o equilíbrio sabe incorporar os elementos de modéstia inerentesà humildade. Em síntese: não se vangloria nem se anula. Vive a necessidade de compreender suaslimitações, falhas e pequenezas em silêncio e introspecção sem alardear”.

Jesus foi o vexilário maior do equilíbrio, da vigilância e da oração: nunca perdeu a serenidade emuito menos a confiança em Deus. Portanto, se O consideramos nosso Modelo e Guia, urge quevigiemos e oremos, conforme Suas instruções para mantermos o equilíbrio (humildade) em todas assituações de nossa caminhada evolutiva, mormente quando o chão estremecer sob os nossos pés,resguardando-nos, assim, na fé “que desafia a razão, de frente, em todas as épocas da Humanidade”e na inquebrantável e imarcescível confiança no Pai Celestial que nunca desampara Seus filhos.

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“O ESPÍRITA MINEIRO” MAIO/JUNHO - 2007 PÁGINA 5

No movimento espírita, emtodos os tempos, inteligências sedestacaram na divulgação da doutrinacodificada por Allan Kardec. Cada um,ao seu estilo, deixou marcas indeléveis,cujo tempo só faz reforçar a idéia deestudá-los para melhor compreender aprofundidade dos ensinamentoslegados por Allan Kardec. Sim: estudá-los para melhor compreender Kardec,pois não faziam outra coisa que nãofosse aprofundar estudos em torno dasobras da Codificação. Quanto maisestudavam, mais procuravam colocarem prática os ensinamentos espíritas.O resultado dos estudos, expresso em produções dasmais diversas, funcionava como sendo a extensãode suas convicções e a certeza da mudança operadacom o aprendizado.

Deolindo Amorim é uma destas inteligênciasque se notabilizaram na difusão do Espiritismo, atravésda produção de livros, artigos, palestras e cursos.

De cultura vasta e com profunda sensibilidadepara transmitir o conteúdo doutrinário, legou-nosobras excelentes e artigos importantes.

Em novembro de 1983, no periódico “PresençaEspírita”, de Salvador, Bahia, meses antes do seuretorno à Vida Espiritual (24 de abril de 1984),divulgava o artigo “Estudo e mudança” com o vigorjuvenil que o caracterizou na propagação doutrinária.A lucidez do seu espírito nas linhas traçadas pelaalma que difundia e vivia os ensinamentos espíritas émarca registrada pelo compromisso assumido detornar cada vez mais conhecida a TerceiraRevelação.

Sensível aos obstáculos na divulgação doEspiritismo em virtude da fragilidade dosrelacionamentos humanos, evidenciou a forçaoperante da transformação que a Doutrina Espíritaé capaz de realizar através do estudo. “Se é verdadeque o elemento humano às vezes causa decepçãono meio espírita, justamente porque não sedesprende facilmente de suas concepções e deseus problemas, também é verdade que muitagente se corrige pela influência das idéiasespíritas.” (AMORIM)

A natureza não dá saltos. A evolução dohomem também não. “Muitos aderem, porém,tomam interesse pelo Espiritismo, passam afreqüentar sessões e a ouvir palestras, mas aindanão podem, de imediato, abrir mão de uns tantospreconceitos nem tampouco das futilidades quecultivam há longo tempo.” (AMORIM) Nos casosem que o comportamento ainda não atingiu patamarideal, o respeito ao livre-arbítrio é realçado atravésdo aprendizado doutrinário. Cada um de nós está emuma escala do conhecimento: alguns já superaramobstáculos que eram considerados intransponíveis,graças ao que absorveram com o estudo da DoutrinaEspírita. Outros ainda ensaiam os primeiros passos.Para estes, nada mais justo que facultar-lhes oentendimento e a amplitude do trabalho realizado porAllan Kardec.

Sem base, a construção do saber doutrinárioestá fadada a uma gama de informações desconexas,pouco práticas e, por isso, pouco úteis. “O fato dealguém se integrar nesta ou naquela faixa deação e entrar em campo com todo o desejo detrabalhar é meritório e, portanto, altamenteproveitoso, mas se não tiver o lastro doutrinário,se não tiver o seu ponto de apoio no conhecimento,antes de tudo, está sujeito a debandar diante doprimeiro entrave ou cair em decepção, por nãocompreender a causa de certosproblemas.”(AMORIM)

***Como se falou em inteligências

que se destacaram no movimentoespírita, em construção de basessólidas de conhecimento doutrinárioatravés das obras indispensáveis deAllan Kardec, mudanças íntimasdecorrentes do estudo, nãopoderíamos deixar de citar o poemade uma destas inteligências que tantotrabalharam pela divulgação doEspiritismo em Minas Gerais(GAMA):

“A Allan Kardec

Mestre! Era teu nome uma legenda eternaque muitos corações doridos aninhavam;era já uma prece suavíssima e ternaque muitos lábios, frios outrora,

balbuciavam.Em quantos corações, porém, mais do que

nuncaa legenda hoje esplende e ali teu nome

cresceDe quantos lábios rola, e todo o ambiente

juncade uma esteira de luz e pérolas, a prece?Hoje o teu nome avulta e, com ele, o

respeitoque merece o teu grande Espírito preclaro,pois despertaste a fé cristã em cada peitoe julgaste, enfim, o nosso egoísmo ignaro.Reacendeste o ideal archote da esperançana Humanidade, ao dar-lhe as páginas

preciosasdum trabalho imortal onde fazem aliançaa clareza, o bom senso e idéias luminosas.

Desfraldaste a bandeira inconsútil dacrença

nas promessas do Cristo e na imortalidade,joeirando, inspirado à luz divina e intensado Evangelho, a mentira, e exaltando a

Verdade.

Destruíste de vez falsos dogmas da Igrejaque traziam no bojo a angústia, o ódio, o

veneno;e agora em cada máxima cristã vicejade novo aquele amor do meigo Nazareno.

Mestre! Bendito seja o fruto anunciadona sementeira em flor que espalhaste no

mundo,Doce fruto, aliás apenas cobiçadopelas almas em que o amor é um céu

profundo.

Bendito sejas tu, Espírito ditoso,Que vieste revelar à Terra envilecida;- Deus existe, o Deus justo, o Deus sábio e

bondoso;- O progresso é uma lei eterna! – A morte é

a vida!” Antônio Lima

Referências bibliográficas:AMORIM, Deolindo. A Voz da Experiência.

1 ed., Vila Velha: Edições Cordis, 1992.GAMA, Ramiro. Seareiros da Primeira

Hora, 1 ed., Rio de Janeiro: Edições ECO, 1968.

* Colaborador do DAU - Departamento paraAssuntos de Unificação

Estudo e MudançaEstudo e MudançaEstudo e MudançaEstudo e MudançaEstudo e MudançaVladimir Alexei R. Rocha*

O Livro dos EspíritosA raça humana dos nossos dias tem trazido

para si mesma violência, delinqüência e insatisfação,como resultado do avanço da Tecnologia e da loucaperseguição de muitos conceitos.

Entretanto, os problemas urgentes doíntimo do homem encontram resposta dentro dosprincípios espíritas. O Livro dos Espíritos échave para contrabalançar as questõesperturbadoras do comportamento social eemocional dos nossos tempos.

O Livro dos Espíritos torna muitas pessoasconscientes de suas responsabilidades através dafé racional bem fundada sobre fatos. Isto trará orenascimento do Cristianismo em toda a sua pureza.

Dessa forma, O Livro dos Espíritos é asíntese da Ciência, Filosofia e Religião, trazendoa resposta de Deus aos clamores do homem – oConsolador prometido por Jesus.

Joanna de Ângelis(Psicografia especular, em inglês, recebida por Divaldo

Pereira Franco, durante o 2º Congresso Espírita Brasileiro, emBrasília, no dia 14 de abril de 2007. Traduzida, no momento, porJoão Dalledone, presidente do British Union of Spiritist Societies(BUSS).)

CONVITE PARA EVENTOSeminário: Chico Xavier - Mandato de AmorTema: Pensamento e VidaLocal: Grupo da Fraternidade Irmão WernnerRua Arthur de Sá, 1415 - Bairro UniãoBelo Horizonte - MG - Tel: 3486.7946Expositores: Carlos Alberto B Costa e Afonso Chagas - UEMPublico: Juventude EspíritaInscrições: até 22/06/2007, com Cristina: 9674-7946 ou por email: [email protected]

Realização da Aliança Municial Espírita de BeloHorizonte.

O Abrigo Jesus, uma das mais antigas insti-tuições espíritas de Belo Horizonte, estará come-morando, nos dias 25 e 26 de agosto de 2007, se-tenta anos de fundação.

Da programação constam apresentaçõesmusicais, exposição de fotos e documentos históri-cos, visita guiada às suas dependências, incluindo oBerçário, a Creche, o prédio do Projeto Sementesdo Amanhã e a Comunidade Espírita Amigos deJesus, que integra as atividades doutrinárias da casaaniversariante.

Haverá também, nos dois dias do evento,quatro palestras sobre estes temas: ComunicaçãoSocial Espírita, Educação Infantil Espírita,Mediunidade e Evangelização Infantil.

A diretoria da Instituição convidou a UEM aparticipar das comemorações, para as quais espe-ra o comparecimento da comunidade espírita belo-horizontina.

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PÁGINA 6 MAIO/JUNHO - 2007 “O ESPÍRITA MINEIRO”

CONVERSANDO COM Dr. EURÍPEDES TAHAN VIEIRADr. Eurípedes Vieira, concei-Dr. Eurípedes Vieira, concei-Dr. Eurípedes Vieira, concei-Dr. Eurípedes Vieira, concei-Dr. Eurípedes Vieira, concei-

tuado médico de Uberaba, progres-tuado médico de Uberaba, progres-tuado médico de Uberaba, progres-tuado médico de Uberaba, progres-tuado médico de Uberaba, progres-sista cidade do Triângulo Mineiro,sista cidade do Triângulo Mineiro,sista cidade do Triângulo Mineiro,sista cidade do Triângulo Mineiro,sista cidade do Triângulo Mineiro,constitui um dos raros exemplos doconstitui um dos raros exemplos doconstitui um dos raros exemplos doconstitui um dos raros exemplos doconstitui um dos raros exemplos doexercício da Medicina comoexercício da Medicina comoexercício da Medicina comoexercício da Medicina comoexercício da Medicina comosacerdócio.sacerdócio.sacerdócio.sacerdócio.sacerdócio.

Espírita Espírita Espírita Espírita Espírita verdadeiro verdadeiro verdadeiro verdadeiro verdadeiro e amigo dee amigo dee amigo dee amigo dee amigo deChico Xavier desde 1960, foi o anjoChico Xavier desde 1960, foi o anjoChico Xavier desde 1960, foi o anjoChico Xavier desde 1960, foi o anjoChico Xavier desde 1960, foi o anjoguardião encarnado do querido médiumguardião encarnado do querido médiumguardião encarnado do querido médiumguardião encarnado do querido médiumguardião encarnado do querido médiumde Pedro Leopoldo, cuidando comde Pedro Leopoldo, cuidando comde Pedro Leopoldo, cuidando comde Pedro Leopoldo, cuidando comde Pedro Leopoldo, cuidando comdedicação e carinho inexcedíveis dededicação e carinho inexcedíveis dededicação e carinho inexcedíveis dededicação e carinho inexcedíveis dededicação e carinho inexcedíveis desua frágil saúde.sua frágil saúde.sua frágil saúde.sua frágil saúde.sua frágil saúde.

Atendendo a solicitação desteAtendendo a solicitação desteAtendendo a solicitação desteAtendendo a solicitação desteAtendendo a solicitação desteperiódico, concedeu a entrevista queperiódico, concedeu a entrevista queperiódico, concedeu a entrevista queperiódico, concedeu a entrevista queperiódico, concedeu a entrevista quepublicamos nesta edição comopublicamos nesta edição comopublicamos nesta edição comopublicamos nesta edição comopublicamos nesta edição comopresente aos nossos leitores.presente aos nossos leitores.presente aos nossos leitores.presente aos nossos leitores.presente aos nossos leitores.

Quando e como foram seus primeiroscontatos e os anos de convivência com ChicoXavier?

Quando Chico transferiu-se de PedroLeopoldo para Uberaba, em 1959, eu eraestudante e cursava o 4º ano de Medicina.Nascido em berço espírita, recebi dos meus paisos primeiros ensinamentos do Espiritismo. Oexemplo que Chico transmitiu a todos foi muitoimportante, pois com a matéria e o espíritotratados ao mesmo tempo, a recuperação dospacientes se torna rápida.

Como a convivência com Chico Xavierinfluenciou sua vida profissional?

Quando o Chico veio para Uberaba, as reuniõeseram às segundas, sextas e sábados. Após as reuniões,alguns amigos e o Chico ficávamos noite a dentro, atéàs 6 horas do dia seguinte, conversando sobre oEvangelho e o Chico contava casos dos espíritosamigos. O aprendizado para todos nós foi intenso.

Temos conhecimento de que o senhormorou e trabalhou por vários anos nos EstadosUnidos. Foi apenas uma experiênciaprofissional ou teve alguma atividadedoutrinária naquele País?

Na minha primeira viagem aos EUA, tive achance de encontrar-me com o Chico em NewYork. Quando fomos para Elon College N.C. noChristian Spirit Center, ocorreu o lançamento doprimeiro livro traduzido para o inglês recebido peloChico. Reuniões espíritas foram realizadas com acomunicação de vários espíritos.

Voltando para New York, fazíamos reuniõesno apartamento da Sra. Filhinha, uma amiga de MatoGrosso que se havia radicado em New York. Estasreuniões sempre se encerravam com a manifestaçãode agradecimentos do espírito Scheilla. Chico, espíritoevoluído, nunca interferiu em nossa vida profissional,sempre respeitou as nossas atitudes médicas.

A partir de sua experiência de vida nosEstados Unidos, como o senhor vê a perspectivade o Espiritismo se difundir naquele País?

A maneira como os nossos irmãos do Nortevivem o Espiritismo induz-nos a crer que vai

demorar mais algum tempo para ser difundido comouma religião.

Considerando que nosso querido ChicoXavier tinha convivência direta combenfeitores espirituais que foram grandesprofissionais da medicina quando encarnados,como Bezerra de Menezes e André Luiz,alguma vez já lhe deu orientações ouinformações específicas no campo daMedicina, inspirado por esses benfeitores?

As informações dos nossos benfeitoresdesencarnados eram sempre de caráter geral, comoa de que a melhora do corpo sempre se dá com aevolução do espírito. O respeito do Chico paraconosco, como médico, foi sempre constante, semnenhuma interferência.

Não obstante ter sempre grandeassistência espiritual para tratar de seusproblemas de saúde, o nosso querido ChicoXavier sempre recorreu aos procedimentosconvencionais da Medicina. Em algummomento ele revelou as razões para assimproceder?

Chico dizia que os amigos espirituais médicoso ensinavam a ter muito respeito para com aMedicina realizada no nosso plano, principalmentesendo ele a pessoa a ter que dar o exemplo.

Como médico, o que o senhor tem a dizerde seu paciente Chico Xavier?

Chico foi um dos melhores, senão o melhorpaciente pelo respeito e obediência às ordensmédicas. Dizia que os nossos colegas espirituaisdavam-nos a inspiração, mas sem interferir nasdecisões que tomávamos e que acreditávamos sero melhor para ele. Penso que era para dar oexemplo!

Em 2001, internado sob seus cuidados emhospital de Uberaba, qual era o quadro clínicoapresentado por Chico?

Internado no Hospital Dr. Hélio Angotti, emUberaba, evidenciava grave quadro cardio-circulatórioque não respondia aos medicamentos ministrados.Acreditei de início na não recuperação dele.

Amplamente noticiado pela mídia, ofenômeno da luz que veio do Céu e entrou noquarto onde Chico estava internado (oacontecimento foi filmado), fez com que ele, depronto, ressurgisse para a vida física. O que nospoderia dizer sobre tal ocorrência?

Após alguns dias de internação, como umpasso de muita surpresa, seu estado passou amelhorar de maneira crescente e constante.Podemos confirmar que este momento se deu apartir de quando o repórter e o câmera-manestavam filmando o hospital e a janela do quartoonde o Chico se encontrava. A imagem da TVmostrou um facho de luz vindo do Alto e entrandona janela do quarto do Chico.

Depois da sua melhora, Chico esclareceu quefoi a intervenção do Alto, a pedidos de Emmanuel ede sua mãe Maria João de Deus.

Haveria algum fato curioso ou algumalição muito expressiva que o senhor tenhavivenciado junto de Chico e que pudesse noscontar?

Certa vez em New York, quandofreqüentávamos aulas noturnas de inglês – Chicohavia dito que os espíritos solicitaram-lhe queaprendesse um pouco de inglês para facilitar otrabalho deles nas comunicações –, um jovem, apóso término da aula, sem nos conhecer a não ser devista, aproximou-se de mim e do Chico. Disse-nosque estava passando dificuldades com a sua esposa,que se encontrava doente, e gostaria que fizéssemosuma visita a ela na sua residência. Para mim foi umasurpresa muito grande, pois ele não tinhaconhecimento do Chico como médium espírita; sabiaapenas que eu era médico cirurgião.

No dia marcado, fomos para o apartamentodo jovem e, assim que adentramos e nos sentamosno sofá, ele chamou sua esposa que se aproximavacom a face deprimida, sem querer conversar.

Para a minha surpresa, o Chico começou aconversar com ela na sua língua natal, o espanhol,pois era de Porto Rico, durante uns 45 minutos seminterromper. Quando terminou, as feições dela eramdiferentes, esboçando um sorriso de alegria.

Quando saímos, já na calçada, pergunteiao Chico o que havia acontecido. Explicou-meque a avó daquela senhora havia usado o seucorpo para conversar com a neta. Encontramo-nos com o casal depois e constatamos que amelhora dela era evidente.

Dr. Eurípedes, deixe sua mensagem paraos leitores de O Espírita Mineiro neste ano emque comemoramos o sesquicentenário doEspiritismo e os cinco anos de desencarnaçãodo querido médium.

Aos leitores quero dizer que os ensinamentosdo Espiritismo têm sido a maior riqueza que herdeidos meus pais. Quero dizer também que o convíviocom este grande companheiro, Chico, foi sempreuma injeção de força, pois o exemplo do dia-a-dia, mostrando a prática do bem, é o melhorremédio para a evolução do nosso espírito.

Page 7: O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA · (Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão na noite de 18 de abril de 2007, na sede da União Espírita Mineira,

“O ESPÍRITA MINEIRO” MAIO/JUNHO - 2007 PÁGINA 7

Ante o 5º aniversário de desencarnação deChico Xavier, nossa mais expressiva homenagemé, sem dúvida, a compreensão de seus esforços etestemunhos em prol de nossa sincera adesão aoserviço redentor na Seara Espírita-Cristã. A cartaabaixo em que o médium se identifica como Cliée chama carinhosamente Emmanuel de Nuel, érepositório de luz e amor, revelando o quanto aobra de Emmanuel e as renúncias silenciosas deChico compunham a melodia sublime daCaridade, em louvor do Evangelho sentido evivido por todos. Estudemo-la, com gratidão ereconhecimento ao inesquecível servidor deJesus!

“CARTA DO CORAÇÃO PARA O CORAÇÃO

Uberaba, 14 de novembro de 1962

Querido Jo,Jesus nos abençoe.Recebi sua carta querida de 6, junto às

encomendas de nossa Iza e, de coraçãoenternecido, reúno vocês dois em meu abraçodo coração.

Louvado seja Deus que nos concedeuum amor assim tão grande para vivermos juntospelos laços sublimes da alma.

Comecei a ler a sua mensagemabençoada e do “Curto Diário de Uma Saudade”até a última página de “A Viagem de Tissay”,senti essa alegria cariciosa e boa que conversaa sós com a gente, entre risos e lágrimas...Palavras para dizer a você a emoção que vocême deu? Desisto de buscá-las. As palavras domundo são assim como tijolos de construçãohumana. Podemos dar-lhes forma e beleza aoempilhá-los ou acomodá-los uns com os outros,mas não conseguimos transmitir-lhes o calorque sai do coração. Por isso, meu filho, tantoquanto um coração pode abençoar um outrocoração, repito ao seu generoso espírito: “Filhode minhalma, Deus abençoe você, em todosos seus passos”.

Como é belo tudo o que você me diz! Sim,as palavras de Nuel, escritas pelas mãos deClié, são as mesmas, ontem, hoje, sempre... Épreciso trabalhar, sofrer pelo bem. Desculparsempre qualquer espinho que nos venha a ferire continuar servindo à felicidade de todos...Apagar o fogo das discórdias, estender oamparo aos que necessitem, ajudar, socorrer...

Sim, amado Silvano, é como se asinesquecíveis palavras de Nuel também mepercutissem os ouvidos constantemente: – “omaior privilégio dos discípulos de Jesus ésempre aquele de ajudar sem retribuição e deagir desinteressadamente em Seu Nome”...

Prossigamos, pois, para a frente...Nenhuma felicidade surgirá maior para

mim que a de saber que você continua firme eleal aos ensinamentos redentores querecebemos juntos. Louvado seja o Senhor!

O castelo em que você ouviu Nuel pelaprimeira vez, pelas mãos de Clié, estáigualmente em minha lembrança! Que céusestrelados, querido Silvano, e que floresdesabrochavam ali! Que cânticos cristalinos deaves e almas ali se entrelaçam às harmoniasda Natureza, entretanto, o Senhor mandou queo meu barco fosse desamarrado pelascircunstâncias e tive de viajar também no rumode outras terras... Aquele rio que você fixou tãobem, na tela em que aparecem os solarescoroados de Sol, na paisagem verde e florida,estavam igualmente à minha espera, sem queeu soubesse ao tempo em que nos vimos pelaprimeira vez, nesta existência... Não pergunteiao Senhor porque motivo me mandava partir,

mas creio que Ele queria que eu segurasse omicrofone ou o papel a fim de que Nuel, quetanto O ama, dEle falasse a outrascomunidades e a outras assembléias.

Desde então, compreendi que Nuel sepropunha servi-lO em outros lugares... Passeia ver outros solos, outras regiões... Vi glebassecas, florestas, espinheirais... Chorei ao veras árvores lascadas e os ninhos arrasados,tantos vi... Notei cipoais asfixiando plantaçõesgenerosas, calhaus enormes impedindo o cursodas fontes abençoadas... Nuel atento aotrabalho, me chamava ao dever... Era precisotrabalhar, trabalhar... Trouxe-me, bondoso,companheiros dedicados e maravilhosos decarinho e confiança, que aspiravam a ler asinstruções de serviço em minha conduta e emmeus gestos. E as sementeiras de Nuelcontinuaram... Às vezes, ao segurar omicrofone ou o papel para ele, o nosso valorosoe infatigável semeador, se encontro um espelhoà frente, observo como o tempo me assinalou!...As rugas do rosto me lembram as horas deapreensões, quando os serviços de Nuelsurgem ameaçados e a calvície adiantada mefaz sorrir pensando que muitos dos meuscabelos me abandonaram, cansados da tensãomental que lhes esfogueava as raízes... Mas,por dentro, amado Silvano, a visão da vida é deesperança e de profunda alegria... A mensagemé a mesma... Amar, sim... trabalhar sempre...Sofrer pelo bem e sofrer pela verdade...

É uma felicidade poder abrir o coraçãopara o seu e falar assim, com a intimidade destacarta... E assim faço, não só tentandoresponder, de algum modo, à sua missivaquerida na pauta da ternura em que você agrafou, mas também, para dizer ao seu carinhoque desejo ver você sempre o mesmo, sempreo irmão abnegado de todos, servindo,auxiliando, compreendendo, ajudando... e comoo 62 está no termo, aproveito a ocasião pararogar a você me perdoe se algum gesto meu,nas tarefas deste ano, chegou a ferir-lhe ocoração que aspiro a ver sempre valoroso esempre feliz... O Natal está próximo... Nós quetanto amamos e reverenciamos, comrespeitoso carinho, a Data do Senhor, ante oNatal, estamos mais que nunca sob a auraamorosa de Nuel, de nossa Castelã, de nossaPrincezinha do Céu. Em nome deles, nossosamados instrutores, peço a você um presente...O presente de sua alegria. Diga-me que vocêama a Deus e a vida e que está feliz. Se algumaatitude assumida por mim machucou você, nasua grandeza de coração, perdoe-me aquelassetenta vezes sete e continuemos fiéis ao nossotrabalho com Jesus.

Um dia, quando você respondia pelonome de Silvano, embora pequenino vocêsoube, como sempre, honrar o nome dEle, oSenhor...

Silvano, em testemunho de fé viva, deixouo corpo ferido numa estrada, conchegando-seao coração paterno que o amava... Não serájusto que eu também aceite as circunstâncias,qualquer que elas sejam, para ser leal a Nuel,nas estradas do mundo? Se minha voz decriatura talvez fatigada pelo tempo do corpofísico algo falar desajeitadamente para defendera verdade, no serviço de Nuel, perdoe-me osmodos, os envoltórios, as impropriedades edeficientes expressões... Às vezes, filho do meucoração, é preciso também sofrer pelas idéiase pelas realizações, deslocando o pensamentodo nosso círculo mais íntimo para abranger oconjunto... Nessas horas dolorosas, grande éa luta, mas é preciso ser fiel, fiel às realidadesque estão dentro de nós e que se ligam a todosos filhos de Deus e tutelados do Senhor... Isso,porém, amado Silvano, não impede a obraconstante do amor puro que salva, regenera,levanta e ampara sempre...

Desculpe-me, ainda, se me refiro aotrabalho da verdade... É só para dizer a você queeu, que me sinto na condição de sua mãe pelocoração, mãe espiritual que tem a idade de quemo viu renascer, não mudou... É só para afirmar-lhe que desejo você tão fiel a Jesus hoje, quantoontem, e tanto quanto será você fiel a Ele,amanhã... E se alguém disser a você que metransformei ou que pessoas e circunstâncias meteriam transformado, não acredite. Pense, nosilêncio, que sua mãe tão pobre e tão devedora,vive carregada de obrigações, que ela devetrabalhar sem repouso, para que a obra de Nuelnão esmoreça... Se alguém pronunciar palavrasofensivas ou aparentemente ofensivas em tornodela, por incapacidade de compreender-lhe aextensão dos compromissos e lutas, não adefenda. Ore. Oremos todos uns pelos outros.Deus sabe, filho meu, quantas dificuldades foiela obrigada a atravessar, desde a infância, paraque o trabalho de Nuel não parasse e nemfenecesse. Não gaste o tesouro das horas emdefesa de quem maternalmente o ama tanto. Pormuito que eu trabalhasse, e realmente nadatenho feito de mim, não estaria de minha parte,senão cumprindo um dever... Lembre-se de quesua mãe pelo coração está igualmente naviagem do mundo, carregando imperfeições,impedimentos, inibições... Se não pode estarfrequentemente com os filhos amados é que eladeve, antes de tudo, ligar-se às disciplinas que oSenhor lhe traçou por Nuel... Tantos filhosqueridos tenho eu! Mas o Senhor quer que nosvoltemos, agora, por algum tempo, para os filhosdo Calvário que Ele nos legou... Não somenteos órfãos de carinho e de pão, os deserdadosdo lar e os tristes do mundo, mas também osdesesperados, os que perderam o apoio dacrença, os que acumularam problemas eaflições sobre as próprias cabeças e os que, umdia, Lhe cercaram a cruz com o riso nos lábiose a noite no coração... É preciso amar a todoseles, estender-lhes os braços e o sentimento.

Não creia, também, amado Silvano, quealguém me obrigue às disciplinas necessárias.Nuel as propõe e eu as aceito. Estou, meu filho,embora com tanta madureza e velhice físicas,na posição de uma criança na escola ou de umanimal em serviço. Sem as disciplinas, nãoconseguirei fazer o que devo fazer...

Receba, meu filho, todas as consideraçõesdesta carta, por entendimento nosso, diante doNatal... Amemos e trabalhemos...

Na Intimidade de Chico XavierNa Intimidade de Chico XavierNa Intimidade de Chico XavierNa Intimidade de Chico XavierNa Intimidade de Chico Xavier

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PÁGINA 8 MAIO/JUNHO - 2007 “O ESPÍRITA MINEIRO”

O seu projeto de um encontro no Natalpróximo é lindo, mas peço a você, à nossa Izae aos nosso Bissoli, deixarmos essa alegriapara outra ocasião... Acontece, filho meu, quea luta de 1962 ainda está fervilhando,principalmente em Belo Horizonte, ondeopiniões contraditórias se digladiam... É precisoevitar a expansão de fogueiras. Pretendo ir aPedro Leopoldo, tão somente por dois dias –dias 31 e 1º. Dia 2, estarei de volta ao trabalho.Se for lá para demorar-me mais tempo,começarão as manifestações pró e contra, noassunto que, a esta hora, já é para nós problemasuperado. Passarei, se Jesus permitir, as horasda passagem do 62 para 63, com os nossosqueridos André, Luiza e todos os nossos docoração e, em seguida, a disciplina é retomar oserviço... Estamos com um livro em andamentoe aproveitaremos a saída daqui, por alguns diasde dezembro a janeiro próximos, para trabalharnele, se for esta a vontade de Deus.

Como vê, meu filho, estarei em PedroLeopoldo, somente a 31 e 1º, fazendo força paralá chegar na tarde ou noite de 30 que será umdomingo. Sinto remorsos de convidá-los a ir atélá para abraço assim tão rápido...Nosso Nuel éde opinião que eu evite demorar-me lá, maisque o tempo a que me refiro, a fim de nãoincentivarmos perturbações.

Do nosso encontro em Uberaba, seráexcelente se você, Iza, Candinha, Verinha enossos queridos puderem vir na próxima sexta,dia 23; assim, será possível, se Deus quiser,abraçar-nos durante as horas da manhã de 24,sábado. Assim digo, porque nas semanasvindouras, a partir de 30 deste mês, muitascaravanas de companheiros virão à nossacasa, conforme programa que nos tem enviadoe seria difícil um encontro mais íntimo nosso,mesmo pela manhã.

Recebemos a valiosa cooperaçãodestinada à nossa Sopa Fraterna e a contribuiçãogenerosa para os serviços de nossa Scheilla.Imensa alegria em todos.

Pelo relatório incluso, você e Iza poderãover que a nossa Sopa está funcionandodiariamente, com exceção dos domingos.Louvado seja Deus! Jesus seja louvado!

Aqui, se Deus quiser, Waldo e euconversaremos com você sobre a nossaquerida “Antologia” e demais livros e planos detrabalho em andamento. Permita Jesuspossamos encontrar-nos aqui em 23 e 24.

Abraços mil para Iza, Bissoli, Gonçalves,Ruy, Candinha, Verinha, Messias, Eurídice...

Nosso Waldo e demais companheiros denossas tarefas em Uberaba enviam a você eIza carinhosas lembranças e eu peço ao seucoração querido receber todo o coração dequem não o esquece.

Chico.”(Carta extraída do livro “Amor e Renúncia”, organizado por Nena Galves, edição do CEU

– Centro Espírita União, São Paulo)

Na Intimidade de ChicoNa Intimidade de ChicoNa Intimidade de ChicoNa Intimidade de ChicoNa Intimidade de ChicoXavier Xavier Xavier Xavier Xavier (conclusão)(conclusão)(conclusão)(conclusão)(conclusão)

Esclarecimento sobre alguns nomes e citações contidos na cartade Chico a Joaquim Alves (Jo)

*Nuel – pseudônimo carinhoso que Chico deu a seu guia e orientadorEmmanuel*Clié – pseudônimo que Chico se deu, para abordar, em poesia,saudade e consciência, seu trabalho na Doutrina Espírita.*Silvano – referência à reencarnação de Joaquim Alves narrada nolivro “Ave, Cristo!”*O Castelo citado e todas as belezas naturais que o cercavam é umareferência de Chico ao ambiente espiritual que ele via em suacidade natal, Pedro Leopoldo, de onde ele um dia saiu, para atenderao trabalho do Mais Alto em outras regiões, conforme suasexplicações na carta.*Todos os nomes citados na missiva são companheiros oufamiliares de Joaquim Alves, em São Paulo ou de Chico, nas regiõesonde atuou – muitos deles já desencarnados. (Nota da Redação)

E X P O E N T E S D O E S P I R I T I S M OAlencar BragaAlencar BragaAlencar BragaAlencar BragaAlencar Braga

Guarani, pequena cidadeda Zona da Mata Mineira, antigodistrito de Rio Pomba, serviu deberço reencarnatório para onosso biografado. Alencar dePaula Braga foi o quinto filho, deuma prole de dez, do casal JoãoEvangelista Braga e Jovita dePaula Braga.

Seu pai, proprietário doHotel Guarani e escrivão daColetoria Estadual , coadjuvadopor sua esposa, proporcionouaos filhos sólida formação moral,alicerçada nos valores da ética,do trabalho e do respeito aopróximo.

O menino Alencar, tão logo concluiu o cursoprimário, iniciou-se na atividade mercantil,transportando em seu cavalo, para propriedadesvizinhas, pães frescos encomendados por váriasfamílias e de lá trazendo, ao retornar, ovos e frangospara atender à sua sempre crescente clientela nacidade.

Dessa forma, com os recursos que conseguiuamealhar, instalou em 1920, com apenas 19 anos,o estabelecimento comercial denominado “LojasBrasileiras”, que alcançaria grande progresso,alinhando-se entre os mais conceituados da região.

Foi nessa época que teve os primeiroscontatos com a Doutrina Espírita. Sua genitora,Dona Jovita, apresentou sintomas de influenciaçãoespiritual, que só puderam ser explicados esolucionados por três adeptos do Espiritismo: Sr.Josué, pequeno comerciante, Sr. Nicola, imigranteitaliano, e o Sr. Moisés Silva, guarda-livros.

A partir daí passou a ler “O Livro dosEspíritos” e “O Evangelho segundo oEspiritismo”, que foram sua primeira fonte deestudos doutrinários.

Em 1923, casou-se com a jovem Marthade Campos Alvim, natural da vizinha localidade deDescoberto. O casal teve os filhos Adalberto, MariaAparecida, Terezinha de Jesus, George e Jandir, quese tornaram espíritas desde o berço.

Por volta de 1932, resolveu mudar-se paraa Capital do Estado, a fim de oferecer horizontesmais amplos aos filhos e melhor qualidade de vida àfamília. Em Belo Horizonte, estabeleceu-se no ramode armarinho com as lojas “A Principal”, localizadasna Rua Rio de Janeiro e na Av. Afonso Pena.

Neste período, aproximou-se ainda mais daDoutrina Espírita, passando a freqüentar assiduamentereuniões na União Espírita Mineira e no CentroEspírita Oriente. Além de dedicar-se ao estudo deobras espíritas, realizava semanalmente, em suaresidência na rua Eurita, 37, bairro Santa Tereza, oCulto do Evangelho no Lar congregando toda família.

Numa dessas reuniões domésticas, após aleitura da mensagem “A Beneficência”, ditada porAdolfo, bispo de Argel, inserta no item 11 docapítulo XIII de “O Evangelho segundo oEspiritismo”, ele e a esposa Martha muito seemocionaram, nascendo ali a inspiração de criaremuma instituição destinada a amparar as “pobrescriancinhas sem família”. A idéia que lhes fecundara

os corações fê-los procurarcompanheiros idealistas com quempudessem irmanar-se para aconcretização do objetivo acalentado.Os primeiros a serem procuradosforam seus vizinhos espíritas da ruaem que moravam, Leonardo eDelmitina Baumgratz, que acolheramcom entusiasmo o convite. Era o dia31 de janeiro de 1937.

Procurados por Alencar eLeonardo, dirigentes e colaboradoresda União Espírita Mineira, entre osquais Rodrigo Agnelo Antunes, OscarCoelho dos Santos, Geraldo BenícioRocha, Noraldino de Mello Castro,Rubens Costa Romanelli, Cícero

Pereira, Osório de Moraes, Francisco Cândido Xaviere Antônio Loreto Flores, mostraram-se receptivos àidéia de criação de um abrigo para acolher, em nomede Jesus, crianças órfãs de amparo.

A sede da Casa-Máter Mineira serviu deútero abençoado àquele embrião fecundado pelolegítimo amor ao próximo. Ali se realizou, a 7 defevereiro de 1937, a escolha do nome – Abrigo Jesus– e a da diretoria provisória da futura entidade, cujonascimento se deu no dia 25 de julho do mesmo ano,quando foi realizada a Assembléia Geral deConstituição. Elaborado por Noraldino de MelloCastro, o Estatuto Social somente dois meses depois,em 22 de setembro de 1937, sob nº 249, obteveregistro no Cartório das Pessoas Jurídicas. Era acertidão de nascimento ansiosamente esperada...

A primeira diretoria da, à época, novelinstituição, teve a presidência confiada a RodrigoAgnelo Antunes, então presidente da UEM, ficandoAlencar Braga e Leonardo Baungratz comotesoureiro e secretário.

Alencar acompanhou, atento e diligente, asetapas que marcaram a vida do Abrigo Jesus – hojemodelar instituição de amparo à criança e aoadolescente –, como a compra do terreno em janeirode 1940, o lançamento da pedra fundamental em 7de fevereiro de 1940, a inauguração do prédio em23 de junho de 1944 e a internação das primeirascrianças em 31 de março de 1946.

Embora residindo em Belo Horizonte, nuncaperdeu o contato com a terra natal. Numa de suasvisitas a Guarani, fundou, com amigos espíritas quelá deixara, o Centro Espírita João de Freitas, nomeescolhido para homenagear o benfeitor espiritual queorientava as atividades mediúnicas de sua queridamãe, dona Jovita de Paula Braga.

O Abrigo Jesus tornou-se, além da família,a razão de ser de sua existência de espíritaconsciente e dedicado ao serviço do Cristo.

Até sua desencarnação, participou de todasas diretorias do Abrigo Jesus, deixando-nos a 18de novembro de 1972, sem completar o primeiromandato como presidente da Casa que tantoamou. Compareceram ao sepultamento de seucorpo, no cemitério do Bonfim , os amigos quesoube granjear com sua honradez, trabalho e amorao semelhante, no que se constituiu exemplo vivode ação cristã “sem que a mão esquerda saiba oque faz a direita”.

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“O ESPÍRITA MINEIRO” MAIO/JUNHO - 2007 PÁGINA 9

Meus irmãos, muita paz!O tempo aquilata as almas, laureando-as com

as mais santas insígnias, desde que não fujam àordem natural do Universo Divino.

Se a expiação define o resgate e as provasconsolidam princípios, só o amor revela a GrandeLuz.

No trabalho crescente dos Espíritosvinculados à Terra, condições existenciais sãoestâncias de aprendizado, e toda vez que os valoresmorais emergem das lutas, o céu se estampa, comocaminho abençoado para Deus.

Estamos, no Espiritismo, laborando a vidamental elevada, em louvor da nova era deregeneração.

Encontramos na vasta família que se reúne àluz desta Doutrina o selo do compromisso emdecorrência do passado, mas também o distintivoda consciência lucificada nos que se dãoespontaneamente.

Chico Xavier — alma doce e simples,reverente e amiga — ajustou-se ao concerto quevisa aos novos tempos do Orbe. Como coraçãofervoroso e dócil, ofertou-se como e quanto pôdeao serviço, que terminou por aformosear-lhe asvirtudes em desenvolvimento. Na condição deinstrumento mediúnico, tanto quanto nós que lheguiamos os passos nas tarefas, portou-se como

meio seguro, facilitador, jamais respondendo pelasdádivas que repassava continuamente.

Chega o momento da maturidade conceptualdos nossos irmãos espíritas. Um século e meio delabor humano às claridades do Consolador autorizao entendimento da proposta renovadora desteParacleto.

Lutas intestinas e todas as naturais dissensõesse nos afiguram verdadeiro brado pela fixação daLuz. Por isso, o mito deve ceder à consciência e oideal deve se valer do caráter nascido das fontescristãs.

Amigos, o progresso exige da ComunidadeEspiritista a compreensão de sua missão e, acimadela, por decorrência feliz, a adesão sincera aoserviço renovador.

O momento do Globo enseja a disseminaçãodas luzes que nos visitam.

Ainda não considerastes que orecrudescimento da dor e das tormentas sãoclamores por solução efetiva, em basesespirituais?!...

Um Espírito — esteja ele encarnado oudesenfaixado do corpo físico — é um componentedo exército divino em ação. Seu exemplo é estímulo,mas cada qual de nós responderá pela parcela deesforço e influência que faz movimentar o Mundo,no rumo do amanhã.

Meditai no que é pertinente ao vosso laborpessoal. Refleti no quanto podeis qualificar vossavida, a fim de que ela espelhe o bem, para além dasconveniências.

O médium Xavier prossegue conoscotrabalhando nas frentes espíritas-cristãs. Utiliza-sedos talentos que soube multiplicar na Crosta, emserviço ativo, entre aflições e humildade, entreexaustivas dedicações e confiança imbatível.

Não julgueis que haja ascensão e progressomoral sem a verdadeira entrega.

Jesus em nossa vida significa crucificação do“eu”.

Neste dia em que tantos companheirosrecordam o medianeiro espírita-cristão, situai-vosespiritualmente, cientes de que a obra é imensa edesafiadora, aguardando-vos o concurso sincero efraternal, sempre nos fundamentos da decisão e daentrega, com o amor por luz inextinguível de toda equalquer ação.

Que o Senhor nos abençoe a todos!

EMMANUEL

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomesda Paixão na noite do dia 2 de abril de 2007, durante reuniãopública do Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG)

Chico Xavier e Nós

Senhor Jesus!Não obstante todas as luzes que os

pensadores e os filósofos fizeram jorrar daBoêmia e da França, da Inglaterra e daAlemanha, enterrando a sombra medieval, opensamento humano não pôde alcançar asublimação dos velhos costumes, em prol dalibertação das almas.

O brilhantismo de Descartes, asofisticação de Voltaire, a precisão deDiderot, a devoção intelectual de D’Alambert,sem considerar o gênio de tantos outros – seuscontemporâneos –, apenas fizeram ensaiar, norumo da liberdade, o sonho da redençãoeducativa...

Compreendemos, Mestre, que o labor deiluminação das consciências não foge aocadinho rude simbolizado na bigorna e nomalho. Todavia, Amigo Perfeito, carregamosno coração o anseio da harmonia e o ideal dapaz.

Harmonia e paz que assegurem à vidaterrena, às sociedades atuais, o fluxo doprogresso, as aquisições contínuas nosterritórios do intelecto e do moral.

Por isso, Jesus – assim o cremos, porqueos fatos demonstram –, preparaste um de Teusmais leais discípulos, e a nós, na Terra, oenviaste para que secundasse Teus esforçospor nossa libertação integral.

Mergulhado nas sombras duvidosas denossas experiências corriqueiras, apresentou-se ele indene às habituais paixões mundanas,assinalando, desde os movimentos insólitosdas Mesas Falantes, Dançantes, Girantes, pelosenso invulgar de que se dotava, que umarevolução então preparava o futuro da FamíliaHumana.

Allan Kardec, Senhor, de ânimoinquebrantável e lúcido, caridoso e sensívelao Teu amor, entregou-nos, em nome daVerdade e da Divina Luz, a obra que enfeixa asestruturas da Organização Cósmica,facultando, aos que possuem “olhos de ver eouvidos de ouvir”, a visão gloriosa da Vida paraalém de todos os véus!

A análise desse trecho de nossa históriaaqui no Mundo Físico nos inflama de profundagratidão, de excelsa esperança!... E é por essemotivo, Benfeitor Celeste, que Te suplicamos,

em consciência e fervor, nesta data dos centoe cinqüenta anos de “O Livro dos Espíritos”:cala nossas vaidades e inquietudes; silencia osarroubos de nossas pretensões; estanca aavalanche de nossas exigências, de nossasintolerâncias. Como o Apóstolo que Tegarantiu o ressurgimento no Mundo, torna-nosfiéis à Verdade, convertendo-nos àfraternidade sentida e vivida,incondicionalmente.

Sabemos, Cristo de Deus, que este é oTeu plano salvador, para que nosso Planeta, emconvulsão depuradora, regenerativa, alcance,de coração a coração que nele habita, osfundamentos da genuína paz.

Guia Infalível e Modelo definitivo detodos nós: faze com que a luz deste livrolibertador encontre, em cada um de nós, a justareflexão e a mais santa vivência de Teusensinos!

IRMÃO X(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes

da Paixão no dia 18 de abril de 2007, na sede da União EspíritaMineira, em Belo Horizonte, MG, durante evento comemorativodo Sesquicentenário de “O Livro dos Espíritos”.)

Prece no Sesquicentenário

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PÁGINA 10 MAIO/JUNHO - 2007 “O ESPÍRITA MINEIRO”

No dia 5 do mês de maiode 2007, Divaldo PereiraFranco completou 80 anos deexistência, sessenta dos quaisdedicados à oratória espírita-cristã. Sua caminhada, eivadade desafios, de pedregulhos ede espinhos, mas também dedelicadas flores, de inebriantesperfumes e excelsas luzes, porsi fala de sua persistência, desua entrega à Vontade deJesus, na Seara do Consolador.

Os espíritas mineiros,que dele, ao longo de muitosanos, vimos recebendoestimulação e os frutos de seutestemunho espiritual, através do órgão oficial daFederativa de Minas — O Espírita Mineiro —manifestamos o preito de nossa gratidão e doreconhecimento pelo seu esforço, por seucomprometimento doutrinário e evangélico, em prolde uma Terra cada vez melhor.

As relações dos mineiros com DivaldoFranco, remontam períodos históricos doMovimento Espírita, da União Espírita Mineira,quando Chico Xavier, ainda em Pedro Leopoldo,recebia-o com júbilo e viva ternura. O trecho aseguir foi extraído de uma missiva, datada de 02/04/2004, que o reconhecido trabalhador do Cristoescreveu ao confrade Wagner Gomes da Paixão,rememorando algo da história do Espiritismo emBelo Horizonte:

“Conheci-lhe alguns membros honoráveisda família (referindo-se ao presidente HonórioAbreu), que me foram benfeitores espirituais.O Sr. Abreu (das Canetas, em razão de umacasa comercial que mantinha com esseinstrumento), foi pioneiro da divulgaçãoespírita nesse Estado. Em 1957, no mês dejunho, alugou um espaço na TV-Itacolomi, afim de transmitir uma conferência que realizeinessa cidade. Creio que foi a primeiraapresentada por esse veículo no Brasil. D.Dolores, sua esposa, foi, na Terra,extraordinário médium. Deficiente visual, eraportadora de incomum mediunidadeclarividente, clariaudiente...”

E para manifestar nosso carinho e os maissinceros votos de iluminação e paz ao orador emédium Divaldo Pereira Franco, reproduzimos ahistórica mensagem de Francisco de Assis,psicografada por Chico Xavier no dia 03/10/1950,em Pedro Leopoldo, e a ele endereçada, como tributoà sua alma lutadora e a título de reflexão para todosnós, os candidatos a servir com Jesus:

“Meu filho, Deus te abençoe.Estamos a pleno caminho da redenção.Nem os receios do início. Nem as revelações

do fim.Trabalho por todos os lados.Perseverança no bem, como abençoado

programa de cada dia, é o nosso lema.Não te iludas, pois, sobre o repouso, agora.

Seria irrisão.Nem nos enganemos, quanto a frutos

imediatos do trabalho reajustador.Imprescindível caminhar agindo na

sementeira sublime do futuro.

Defrontados por imensa assembléia deadversários, visíveis e invisíveis do pretérito,não nos cabe a desistência. A única renúncia

destrutiva, por vazia einútil, é aquela que nosmarca por almas ociosase enfermiças, quandofugimos à luta.

Ontem, valíamo-nos dainteligência para oprimire perturbar... Ontem, opoder em nossas mãosapaixonadas e rudes,espalhando o temor emuitas vezes osofrimento... Hoje,contudo, valorizamos osrecursos intelectuais, naobra da caridade semfronteiras e sem limites, e,

agora, buscamos o poder de servir e auxiliar,em nome dAquele que é o Amor mesmo,transbordando luz no sacrifício pelaHumanidade inteira.

Não desfaleças.Em cada trecho da estrada, seremos

surpreendidos pelas vibrações das nossas própriasobras, que o tempo guardou. É preciso que aesponja do trabalho incessante funcione em nossasmãos, ligada ao nosso coração e à nossa mente,para que os dias para nós, na atualidade, sejamefetivamente marcos redentores.

Todos os nossos centros de açãoprosseguem ativos e bem inspirados na direçãodo bem. Se uma nova diretriz nos fosse facultadotrazer aos companheiros, rogaríamos ao conjuntomais esforço e mais agilidade na lavoura docristianismo aplicado, mas não ignoramos, filhomeu, que a colheita não vem ao nosso campo,senão por prêmio a suor e à dedicação. Façamosde nossa parte, sempre mais. Há centenas detrabalhadores invisíveis em função de auxílioconstante ao “Caminho” e à “Caravana”, quese transformaram em legítimas assembléias desocorro espiritual, de esclarecimento benéfico, defraternidade e amor. Continuemos. Avançar emexecução dos Divinos Propósitos é nosso dever.Esperamos que todos os irmãos se mantenham apostos. Não nos achamos reunidos, por acaso,depois de quatro séculos de civilização bahianae brasileira. Temos compromissos. Não noscongregamos ali agora pela primeira vez. Otempo, compassivo agente da Infinita Bondade,nos guarda, de novo, sob a sua custódia a fim denos desdobrarmos com o seu concurso, em açãointensiva na tarefa do esclarecimento e dacaridade.

Toda a expressão de amparo aos nossossemelhantes é de nosso apostolado.

A escola, o abrigo, o templo da fé, a cadadia de trabalho, a assistência aos sofredores, oasilo aos inválidos para a luta física e a proteçãoàs criancinhas ao sol do Evangelho são faces denosso ministério que não podemos esquecer. Queoutros discutam à frente do Cristo, que outrospermaneçam no país do entretenimento colhendoflores passageiras para a curiosidade leviana ouinsatisfeita. Cada qual se sintoniza com assituações a que confia o próprio coração. Masque o serviço ao próximo com Jesus por normasublime, seja o nosso motivo de cada hora.

Neste propósito e formulando votos paraque nos unamos cada vez mais, na obra cristãque o Espiritismo nos descerra, abraça-te commuito carinho o velho companheiro,

Francisco.”

Justa Homenagem

Márcio Pacheco, presidente da AME/BH, Honório deAbreu, presidente da UEM e Divaldo Franco

2º CONGRESSO ESPÍRITABRASILEIRO EM FOTOS

Peças do Museu Allan Kardec

Selo Comemorativo do Sesquicentenário

Wagner G. Paixão autografando no estande daUnião Espírita Mineira, no pre-lançamento dolivro Dimensões do Consolador, de João Lúcio

Alguns dos congressistas de Minas Gerais

Presidentes da FEB e da UEM ladeados porWagner, Lenice e Cleide da União

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“O ESPÍRITA MINEIRO” MAIO/JUNHO - 2007 PÁGINA 11

Novos TemposNo rastro de tantas civilizações, nossas almas atingem um momento peculiar da vida planetária.

Os cento e cinqüenta anos do Espiritismo assinalam, inquestionavelmente, o retorno da moralevangélica ao Mundo, sem as incoerências comportamentais e ilusórias sugeridas pela matéria, quea própria Ciência esquadrinha, proclamando um reino de ondas e raios, vibratório por natureza,remontando ao poder essencial de Deus. “Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcadospela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e osagentes de sua vontade, sua missão é instruir e esclarecer os homens, abrindo uma Nova Era para aregeneração da Humanidade.” (O Livro dos Espíritos, Prolegômenos). O Cristo cumpriu sua promessae chegou o tempo do despertamento geral. Meditemos com Jesus.

LEVANTAR-SE“E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis

em tentação.”(Lucas, 22:46)

“E DISSE-LHES: POR QUE ESTAIS DORMINDO?” — Na seqüência do aprendizado,o tempo continua aguardando nossa capacidade de poder administrá-lo efetivamente, a fim de que ascircunstâncias que por ele são canalizadas, passem a nos favorecer no processo inestancável decrescimento.

Para os Espíritos conscientes do dever a cumprir, o cuidado é fator de segurança a resguardá-los na dor e na desilusão. Quando envolvidos por tais acontecimentos infelizes, não nos é difícildetectar o período em que fomos visitados pela indiferença, pela desatenção, a refletirem a invigilância.Mesmo aí, fala a Misericórdia, a sindicar no âmago do ser: “por que estais dormindo?”

“LEVANTAI-VOS,” — Desatentos às convocações que surgem no encadeamento dos fatosno dia-a-dia, vimo-nos aprisionados pelas algemas do interesse pessoal e do reconforto transitório, ena tentativa de um colorido imediatista aos dias e às oportunidades, acabamos por nos submeter àescravização no tempo e no espaço. Fecham-se as linhas de feição libertadora e convergem-se ossistemas de egocentrismo.

Quando visitados por tais investidas a insinuarem parada no tempo e acomodação, fala comdeterminação, na acústica da alma, a voz suave e amorável do Cristo: “Levantai-vos”.

“E ORAI, PARA QUE NÃO ENTREIS EM TENTAÇÃO.” — A emersão doscomponentes que podem nos precipitar na tentação, normalmente permanecem adormecidos,suscetíveis de entrarem em ação diante de situações ou acontecimentos que, acima de tudo, apresentamcaracterísticas de aferição das próprias conquistas. Em decorrência do papel que desempenha nestesentido, é ela substancioso instrumento, de caráter positivo no direcionamento ascensional.

A tentação a rondar nossos passos é a mais vigorosa comprovação de que o teste está à porta.Basta o fato de operar ou buscar operar o Bem para que ela já se posicione, ameaçando o êxito dasiniciativas delineadas. Segundo Tiago, é “bem-aventurado o varão que sofre a tentação” (Tiago,l:12). O registro sobressai, como sábio apontamento a nos conduzir, não apenas à meditação, mastambém ao pleno esclarecimento do que representa a experiência de ser-se provado nas rotas dodestino.

Não rejeitando a tentação, Jesus nos alerta quanto aos problemas que possam advir, quandonela venhamos a cair, utilizando, com sabedoria, a expressão “não entreis”. E a fórmula preventivapor ele preceituada é inequívoca e imperativa: “orai”!

(Capítulo 178 do livro “Luz Imperecível”, de Honório Abreu, edição da União Espírita Mineira)

AGENDA DO DESDE-UEM - 2007

1 - BH – 11/03/07 - Reunião do 10º CREde Belo Horizonte

O DESDE/UEM representado pelos seuscoordenadores Eustáquio, Vicente e Virgínia, e o 10ºConselho Regional Espírita, com sede em Belo Horizonte,representado pelo Coordenador do ESDE, Miguel,estiveram presentes no Centro Espírita Cristão Bezerrade Menezes, à Rua Maria Felipe de Araújo 75, BairroSanta Efigênia, Belo Horizonte.

Foi realizada uma sensibilização sobre aimportância do ESDE na Casa Espírita, abordada porVirginia, seguida de uma reunião com representantes dasAME de Belo Horizonte, Betim, e Contagem, quandoforam abordados assuntos de grande interesse para adivulgação do ESDE no 10º CRE.

2 - São Sebastião do Paraíso – 05/05/07 –Sensibilização e Curso de Preparação doCoordenador e Monitor do ESDE

Estiveram presentes na cidade de São Sebastiãodo Paraíso, os coordenadores do DESDE/UEM Regina,Virginia e Eustaquio, a convite do Conselho RegionalEspírita de Poços de Caldas, juntamente com a AliançaMunicipal Espírita de São Sebastião do Paraíso,representados por Danilo, Margareth Nicodemo, FatimaDowe e Egon B. Schnell. Participaram também dasatividades os representantes da AME de Guaxupé.

O trabalho iniciou-se à tarde e foram apresentadosos seguintes temas: Sensibilização do ESDE - embasadanas novas apostilas da FEB, Assessoria Pedagógica - suaimportância para a qualificação dos Coordenadores eMonitores do ESDE, Curso de Preparação deCoordenadores e Monitores do ESDE, Recursos Didáticose Aula Prática com utilização da metodologia do ESDE.Finalizamos com a avaliação, dando ênfase à suaimportância para a melhoria da qualidade dos trabalhos.

As atividades foram realizadas dentro de um climafraterno, sustentada pela responsabilidade demonstradapelos confrades de Poços de Caldas, São Sebastião doParaíso e Guaxupé em divulgar a Doutrina na sua região,utilizando a metodologia do Estudo Sistematizado daDoutrina Espírita, reforçando a importância do ESDE paraa unificação do movimento Espírita no Brasil.

3 - Montes Claros – 19/05/07 –Sensibilização e Curso de Preparação doCoordenador e Monitor do ESDEO DESDE-UEM esteve presente em Montes Claros, aconvite do 14º CRE, onde aplicou o Curso de Preparaçãodo Coordenador e Monitor do ESDE. A pauta foi definidaconforme necessidade da região.

4 - Poços de Caldas – 18 e 19/08/07 - VIIENESDE (Encontro Estadual dosCoordenadores e Monitores do ESDE)

Nos dias 18 e 19 de agosto ocorrerá o VII ENESDE(Encontro Estadual dos Coordenadores e Monitores doESDE), em Poços de Caldas, onde a família ESDE se reunirámais uma vez, para traçar novos caminhos para adivulgação do estudo da Doutrina Espírita (Projeto 2010),com seriedade e metodologia, sob a égide de Jesus. Parao alcance dos objetivos propostos, será de extremaimportância a presença dos coordenadores do ESDE dosdemais CRE (Conselhos Regionais Espíritas) do Estadode Minas Gerais.

5 - Novo Curso – Em breve o DESDE/UEM, emparceria com a AME-BH, promoverá, em Belo Horizonte, ocurso de Preparação dos Coordenadores e Monitores doESDE, direcionado a todos os trabalhadores da searaEspírita.

Dentro da orientação de Jesus do “Ide e Pregai” edo Espírito de Verdade “Espíritas, amai-vos e instruí-vos”,a União Espírita Mineira, representada pelo DESDE/UEM,se lança ao trabalho edificante e não mede esforços parasensibilizar a todos sobre a necessidade do estudo sérioda Doutrina Espírita, em conformidade com o processo deunificação do Movimento Espírita em Minas Gerais.

Kardec em O Livro dos Médiuns, capítulo 12,página 31 nos lembra: “Em lógica elementar, para sediscutir uma coisa, preciso se faz conhecê-la, porquantoa opinião de um crítico só tem valor, quando ele falacom perfeito conhecimento de causa”.

No item 7º do capitulo 14, página 33 nos diz: “Aexplicação dos fatos que o Espiritismo admite, de suascausas e conseqüências morais, forma toda uma ciênciae toda uma filosofia, que reclamam estudo sérioperseverante e aprofundado”.

Portanto, não nos resta dúvida quanto àimportância da implantação do ESDE em todas as CasasEspíritas de Minas Gerais (Projeto 2010).

(Equipe do DESDE)

DEPARTAMENTO DE ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Equipe do DESDE em confraternização com irmãosde São Sebastião do Paraíso

Page 12: O DEZOITO DE ABRIL NA UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA · (Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão na noite de 18 de abril de 2007, na sede da União Espírita Mineira,

PÁGINA 12 MAIO/JUNHO - 2007 “O ESPÍRITA MINEIRO”

E S P E R A N T O - Língua InternacionalAprendamo-la!

Emmanuel(Extraída da mensagem “A Missão do Esperanto”

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.) IMPRESSO

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Especial7317505003-DR/MG

UNIÃO ESPÍRITA MINEIRACORREIOS

Instalação da Nova EraÉ esse Jesus, modelo e guia, que o

Espiritismo nos traz de volta.Alegrai-vos, vós que chorais. Tende

confiança. Mantende o ânimo para seguir semdesalento, voltados para o bem inefável e para oamor incondicional.

Jesus, meus filhos, é o nosso caminho,levando-nos à verdade e à vida.

Estais informados de como proceder....E ante as penosas injunções, não busqueis

orientações nem diretrizes outras, porque já tendeso amor e o perdão.

Perdoai, sempre e incessantemente, amandoos crucificadores para que todos saibam que soisdiscípulos do Mestre vitorioso da cruz.

Inaugura-se a era nova. A revelação espíritaabre o ciclo das realizações grandiosas para o porvir.

Fostes honrados com o convite do MestreJesus, para vos constituirdes em alicerce dessa eranova.

Entregai-vos à Sua condução e nunca vosdeixeis recuar, estacionar, ceder o passo na estradado bem.

Esta é a hora de semear luz.Ide, pois, como aqueles setenta da Galiléia,

preparar os caminhos, porque o Senhor estáchegando à Terra para proclamar a glória do Espíritoimortal.

Ide, por toda parte, e falai a respeito de AllanKardec, a quem homenageamos neste dia doencerramento do 2º Congresso Brasileiro deEspiritismo.

Convidado pelos Espíritos-espíritas doBrasil para que presidisse este evento, o nobre

Codificador, aqui presente com as falanges doEspírito de Verdade, está conosco e nosacompanhará neste novo ciclo que se abre até omomento quando o mundo de regeneração seencontre instaurado e instalado na Terra.

Que Jesus nos abençoe, filhos da alma, eque a paz, que deflui da consciência tranqüila,permaneça em vossos corações.

Recebei o carinho dos companheiros quevos precederam no retorno ao Grande Lar atravésdo servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium DivaldoPereira Franco, ao final de sua conferência, no encerramentodo 2º Congresso Espírita Brasileiro, no dia 15 de abril de 2007,em Brasília (DF).)

A exemplo do ocorrido no Congresso deParis, em 2004, para comemorar o bicentenário denascimento de Allan Kardec, a Espiritualidade Su-perior também esteve presente no evento dosesquicentenário de O Livro dos Espíritos, pro-movido pela Federação Espírita Brasileira e apoia-do por todas as 27 Federativas Estaduais, com cer-ca de 3.500 inscritos, inclusive 62 de países ameri-canos e europeus.

Tanto no Centro de Convenções UlyssesGuimarães quanto no Ginásio de Esportes NilsonNelson, locais em que se realizou o Congresso,de 13 a 15 de abril de 2007, houve a inequívocapresença de amigos espirituais de escol, assinala-da pela vidência de vários médiuns, confraterni-zando com os encarnados.

AberturaA sessão solene de abertura iniciou-se às 9

horas, com a saudação aos congressistas pelo pre-sidente da FEB, Nestor João Masotti, e prece deDivaldo Franco, precedidas de apresentação depeças musicais e do Hino Nacional pela banda doRegimento dos Dragões da Independência.

Após a cerimô-nia de lançamento eobliteração do SeloComemorativo dos150 anos de O Livrodos Espíritos, iniciou-se a programação, cujotema central foi “O Li-vro dos Espíritos naEdificação de um Mun-do Melhor”.

1º dia (13, sexta-feira)Ocorreram dois simpósios (manhã e tarde),

com a participação do auditório, sobre a Introdu-ção, 1ª , 2ª e 3ª partes da obra sesquicentenária.

2º CONGRESSO ESPÍRITA BRASILEIROEspíritas brasileiros e estrangeiros, reunidos na Capital da “Pátria do Evangelho”, comemoraram os 150 anos de O Livro dos Espíritos

Foram conduzidos por CosmeMasci, Altivo Ferreira, SérgioFelipe de Oliveira, DécioIandoli Jr., Suely CaldasSchubert, Honório Onofre deAbreu, Dalva Silva de Souzae Jorge Pedreira de Cerqueira.

À noite houve apresen-tação de peça teatral por gru-po espírita de Brasília.

2º dia (14, sábado)Após palestra de

Evandro Noleto Bezerra(“Allan Kardec: Desafios naCodificação do Espiritismo”),às 9 horas, seguiu-se osimpósio a respeito da 4ª par-te e da Conclusão do livro emanálise, a cargo de SandraMaria Borba Pereira, Alberto Almeida e José An-tônio Luiz Balieiro.

Na parte da tarde, no Ginásio de EsportesNilson Nelson, com entrada franqueada ao públi-co, Divaldo Franco desenvolveu o seminário“Edificação de um Mundo Melhor”, presenciadopor quase 8 mil pessoas. Nessa ocasião o conheci-do tribuno foi homenageado pela FEB pelos 60 anosdedicados à Doutrina Espírita.

3º dia (15, domingo)No Centro de Convenções Ulysses Guima-

rães, pela manhã, houve o painel “Movimento Es-pírita”, com exposições de Nestor João Masotti eAntônio César Perri de Carvalho.

Coube a José Raul Teixeira a conferência “AllanKardec, o Educador e o Codificador”, recebendo aofinal a homenagem da FEB pelos 40 anos de atuaçãocomo médium e divulgador espírita. Foi durante suafala que Divaldo Franco recebeu mensagem especu-

lar, em inglês, de Joanna de Ângelis, homenageando aobra inicial do Espiritismo. (pág. 5)

EncerramentoDeu-se no Ginásio de Esportes Nilson Nel-

son, com início às 15 horas, abrilhantado por apre-sentação de grande coral formado por represen-tantes de instituições espíritas do Distrito Federal.

A conferência de Divaldo Franco sobre “Espi-ritismo – 150 Anos de Luz e Paz”, proferida diante depúblico superior a 7.500 pessoas, marcou o encerra-mento do Congresso. Ao término de suas palavras,momentos de grande emoção espiritual estavam re-servados a todos. Com o médium transfigurado, pos-tura, gestos e voz alterados, o venerável Dr. Bezerrade Menezes transmite a comovente mensagempsicofônica reproduzida nesta página, finalizando oevento que assinalou novo marco de luz a apontar “ociclo das realizações grandiosas para o porvir”.

Honório de Abreu participoude um dos simpósios

Mesa de abertura do Congresso e o Regimento dos Dragões da Independência