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O DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO DE

MUNDO POR INTERMÉDIO DA LEITURA

Autora: Sueli Regina Rovaris de França 1 Orientador: Prof Dr Edson José Gomes2

RESUMO

A leitura e a compreensão do texto são essenciais para que se adquiram novos conhecimentos. Tendo em vista esta compreensão, é fundamental promover este conhecimento para que os alunos possam ser inseridos no caminho da leitura, a fim de se tornarem autônomos e compreenderem o vasto campo de textos que uma sociedade letrada dispõe. Dessa forma, ensinar a ler não é tão simples. Este artigo apresenta o resultado de um estudo que busca oportunizar uma reflexão sobre os aspectos que envolvem a prática da leitura, de modo a melhorar o ensino da mesma, tendo como objetivo apresentar aos professores de diferentes áreas do conhecimento estratégias de ensino da leitura que contribuem para uma melhor compreensão do texto. Os resultados obtidos mostraram que o uso dessas estratégias é uma possibilidade para que se alcance os melhores resultados pretendidos com a leitura, objetivando sempre formar leitores competentes, capazes de ler e entender aquilo que está registrado no mundo.

PALAVRAS CHAVE: Leitura; estratégia; compreensão

ABSTRACT

Reading and understanding of the text are essential in order to acquire new knowledge. Given this understanding, it is essential to promote this knowledge so that students can be inserted in the path of reading in order to become autonomous and understand the wide range of texts that have a literate society. Thus, teaching reading is not so simple. This article presents the results of a study that seeks to create opportunities to reflect on aspects that involve the practice of reading in order to improve the teaching of it, aiming to present to teachers from different areas of knowledge of teaching reading strategies that contribute for a better understanding of the text. The results showed that the use of these strategies is a possibility for achieving the best results you want with the reading, always aiming to form a competent reader, able to read and understand what is recorded in the world.

1 Professora de Língua Portuguesa – Ensino Médio – Colégio Estadual de Iporã– EFMP- Especialização em Língua Portuguesa. Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná (PDE 2010) 2 Professor de Língua Francesa (UEM), Licenciado em Letras Português-Francês (UEM). Mestre em Estudos da Linguagem (UEL). Doutor em Língua Francesa (USP).

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1 Introdução

A leitura é requisito fundamental para que se possa ter acesso aos mais

diversos veículos de comunicação: internet, televisão, cartazes, receitas médicas,

bulas de remédios entre vários outros.

Também se sabe que a demanda pela leitura e pelo domínio da linguagem

escrita está cada vez maior em nossa sociedade. Exigem-se dos candidatos a um

emprego as mais diversas funções que demonstrem conhecimento e domínio da

língua portuguesa.

O texto escrito foi desenvolvido buscando suporte nos autores que defendem

a ideia de se ensinar estratégias de leitura para desenvolver a competência leitora

desses alunos, apresentando etapas a serem desenvolvidas antes, durante e depois

da leitura, permitindo a reflexão por parte dos professores sobre procedimentos que

favoreçam algumas práticas do ensino da leitura nas escolas.

Além disso, não é só para o campo profissional que esse conhecimento é

importante, mas também para a ampliação da participação social e o exercício da

cidadania.

Este artigo tem em seu conteúdo alguns procedimentos necessários para

desenvolver o ensino da leitura na escola. Ressalta-se, no entanto, que não se trata

de nenhum método mirabolante que vai resolver todos os problemas de leitura

existentes na escola, nem é algo inédito, mas tem em seu objetivo promover aos

professores de língua portuguesa, e de outras áreas do conhecimento, uma reflexão

sobre os aspectos que envolvem as práticas de leitura em sala de aula, acreditando

contribuir para o aprimoramento do ensino e da aprendizagem da leitura em sala de

aula.

Ensinar a ler e a desenvolver a competência de leitura de nossos alunos deve

ser o objetivo de todas as disciplinas, pois para que se efetue a aprendizagem o

sujeito precisa saber ler e ter capacidade de compreender o que está lendo, para

que então ocorra a aprendizagem.

Conforme citado nas Diretrizes Curriculares de Física (Doravante DCEs):

[...] Nas aulas de Física, tradicionalmente, tem-se utilizado de algoritmos matemáticos e, às vezes, da experimentação. No entanto, é possível ir além

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com as leituras em Física. Despindo-se da ideia de que Literatura é coisa do professor de Língua Portuguesa, pode-se também buscar textos dos literatos com veia científica, pois tais leituras podem contribuir para a efetivação da interdisciplinaridade na escola. (p.75)

Estratégias para o ensino da leitura ajudam os alunos a encontrar pontos

importantes do texto no ato da leitura, a usar técnicas de memorização e outras.

De acordo com esta afirmação, Menegassi diz:

Neste sentido, a formação de um leitor competente necessariamente passa pelo ensino de estratégias de leitura, pela prática em textos sociais, pelo desenvolvimento de uma autonomia no leitor para escolher a estratégia certa ao texto trabalhado. ( 2005, p.79).

As estratégias de leitura precisam ser ensinadas aos alunos e o professor

precisa de conhecimento para trabalhar com o texto, visto que cada texto requer um

tipo de leitura e um tipo de estratégia. É certo que se utiliza das mesmas estratégias

para diferentes textos e quem determina qual estratégia usar é o leitor.

Dessa forma, Isabel Solé (1998) destaca que:

O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto que pode ir construindo uma ideia sobre seu conteúdo, extraindo dele o que lhe interessa, em função dos seus objetivos. ( p.31).

A escola deve proporcionar, ao aluno, situação de real aprendizagem no

ensino da leitura, para que ele realmente aprenda a partir da leitura que faz e que

seja um sujeito autônomo diante da diversidade de textos que circulam em uma

sociedade letrada como a nossa. E de acordo, Pietri (2007) diz:

Como discutido, a leitura não é uma prática escolar, mas uma prática escolarizada. As práticas de leitura podem se desenvolver independente da escola, ainda que a escola seja numa sociedade como a nossa, a principal instituição responsável pelo seu ensino. (p.33)

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Tendo em vista os aspectos observados, é fundamental promover este conhecimento

para que os alunos possam ser inseridos no caminho da leitura, a fim de compreender e

saber a direção que devem seguir.

2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Ao salientar a leitura e a interpretação como itens essenciais da cidadania, o

desenvolvimento da prática de ensino e o uso de estratégias para aquisição dos

conhecimentos devem ter como meta que o entendimento das informações por eles

vinculado é a forma de desenvolvimento humano.

Com inúmeros meios de comunicação impressos e disponíveis é preciso

desenvolver nas pessoas, principalmente nos jovens, o senso crítico e analítico.

Trabalhar a diversidade textual e a interpretação permite que o texto seja o lugar dos

questionamentos e leituras múltiplas. Portanto, a leitura é primordial na formação do

indivíduo e do cidadão.

Embora existam inúmeros incentivos do governo para que aumente a

demanda social da leitura, até porque o desenvolvimento econômico exige que

todos saibam ler e o façam com facilidade, ela ainda não é disponibilizada a toda

população.

A leitura tem papel importantíssimo na sociedade, ela é uma das formas de

inserção social, pois oferece ao leitor novas formas de pensar e agir. Mas é

importante que entendamos que a leitura não é somente a apropriação do ato de ler

e escrever.

Segundo Solé:

Ler não é apenas um processo de pronunciar o texto, mas é uma atividade complexa que envolve raciocínio, ou seja, ler é compreender. Ter competência em leitura significa possuir um repertório de procedimentos estratégicos, saber gerenciar de forma adequada a sua utilização e aplicá-los de modo flexível, em cada situação (1998, p.46)

É preciso refletir nas séries de habilidades que são necessárias, como

localizar informações importantes no texto, identificar o tema de um texto, identificar

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a finalidade de textos de diferentes gêneros e outras, para que o indivíduo adquira o

domínio da leitura e que os mesmos, em sua maioria, vão precisar da escola para

efetuar esta tarefa.

De acordo com Solé (1998 ), a discussão na escola sobre a leitura está mais

para o campo de que métodos usar ou em que idade começar a instrução formal,

pois se assimila o ensino da leitura com a aquisição do código, restringindo a

mesma e impossibilitando-a de superar as habilidades de decodificação.

Formar um leitor competente, capaz de ler e entender aquilo que está

registrado no mundo, nas diferentes situações de comunicação e nas diferentes

situações de interlocução em que, como cidadãos estão inseridos, é um desafio

permanente. Nesse sentido, a escola deve organizar o ensino para formar alunos

praticantes da língua, ou seja, capazes de ler e de interpretar textos de uso social:

oral e escrito.

É importante ponderar que a escola não pode se responsabilizar sozinha pela

pouca leitura da população. O contato com a leitura acontece muito antes de a

criança ir para a escola, no momento em que os pais leem para seus filhos. Quando

isto não acontece ela terá um grande obstáculo pela frente.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (2008), no processo de ensino

e aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior for o contato com a

linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se têm de entender o

texto e seus sentidos. Mas, tradicionalmente a escola age como se todos que

chegam aos bancos escolares tenham o mesmo nível de letramento.

Atualmente, realiza-se na escola um horário específico para a aula de leitura,

em que os alunos vão à biblioteca e emprestam livros ficando na própria biblioteca

fingindo que estão lendo ou voltam para sala de aula, sem ter claro quais são os

objetivos daquela leitura.

Em geral, costuma-se ler na escola os livros didáticos que contém textos

fragmentados e, em seguida, responder a vários questionamentos:

Conforme Solé ( 2002 ):

O trabalho de leitura costuma se restringir aquilo que se relatou: ler o texto, em seguida responder algumas perguntas sobre ele, devemos assinalar que as atividades de pergunta-resposta é categorizada pelos manuais, guias didáticos, ou seja, não se ensina a compreender (p.35 ).

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Quando alguém sabe ler, mas não consegue compreender sequer textos

curtos, esta pessoa pode ser alfabetizada, mas seu nível de letramento é baixo.

Segundo Pietri (2007,p.13) o letramento é o grande responsável para o sucesso ou

não da relação do aluno com o texto na escola. E esse nível pode aumentar na

medida em que a pessoa vai tendo contato com diferentes materiais de leitura.

No ato da leitura um texto leva ao outro e segundo Magda Soares (2009):

Alfabetizado é o individuo que sabe ler e escrever, já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, não é só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica socialmente a leitura e a escrita, responde as demandas sociais da leitura e da escrita. (p.40)

Ao se deparar com a diversidade textual na atualidade e a rapidez com que as

informações chegam até nós, por intermédio das tecnologias e do mundo

globalizado, é necessário que a leitura e a interpretação sejam desenvolvidas desde

os primeiros anos escolares.

Segundo Paulo Freire (1997):

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. (p.11)

Existem requisitos que são básicos para que se aprenda a ler com eficácia, o

professor não é o único responsável, mas precisa estar ciente de sua

responsabilidade, que é tornar isto possível. O professor deve ser a pessoa indicada

para criar condições adequadas para esse processo. Embora não existam métodos

mirabolantes, que darão conta de resolver todos os problemas de leitura, o professor

precisa compreender as possibilidades de diferentes métodos e para corroborar esta

afirmação Micheletti (2002, p.16) escreve:

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A leitura é um ato solitário, depende da vontade de um eu e de sua capacidade de posicionar-se diante do discurso do outro. Mas, se ela ocorre na escola, o professor pode atuar como o mediador, comentando aspectos da organização do discurso e transmitindo informações que possam auxiliar o aluno a enveredar por esse intricado mundo.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná, o professor deve dar

condições para que o aluno atribua sentido a sua leitura, visando um sujeito crítico e

atuante nas práticas de letramento da sociedade.

O professor pode ser um agente disseminador da leitura, assumindo o

compromisso de proporcionar ao educando textos diversos e atividades de

interpretação de qualidade, que intervenham na formação de um cidadão mais

crítico e reflexivo.

Dar oportunidade de leitura para o aluno significa primeiramente respeitar sua

história de vida, hábito de leitura, e também sua capacidade de interpretar o que

está proposto na leitura. A escola tem que ter clareza que seus leitores não estão

prontos e também não são iguais e, se estes fatores forem negligenciados, vão

interferir na aquisição da leitura por estes sujeitos.

De acordo com Isabel Solé (1998, p.31):

O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e que possa ir construindo uma ideia sobre seu conteúdo, extraindo dele o que lhe interessa, em função dos seus objetivos.

É unânime entre os educadores que o domínio da leitura é essencial para que

se alcance o sucesso na escola e em toda a vida acadêmica. O processo de

aquisição da leitura envolve habilidades para desenvolver estratégias de leitura

desenvolvidas com o professor e também de criar suas próprias estratégias de

compreensão da leitura.

As estratégias de aprendizagem são técnicas ou métodos que os professores

e alunos usam para adquirir, armazenar e utilizar a informação. Estratégias para o

ensino da leitura vão auxiliar os alunos a destacar pontos importantes do texto no

momento da leitura, a usar técnicas para memorizar, fazer resumos e desenvolver

suas próprias estratégias.

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No que tange ao desenvolvimento do leitor proficiente, há estratégias de

aprendizagem que podem ser ensinadas e usadas para apoiar cada momento da

leitura. Entende-se que mesmo antes da leitura iniciar, o aluno pode ser instigado a

analisar e fazer perguntas relacionadas ao texto e ir desenvolvendo os

questionamentos e inferências relativas ao texto desenvolvendo, assim, a sua

compreensão.

As estratégias de leitura precisam ser ensinadas aos alunos e o professor

precisa de conhecimento para trabalhar com o texto, visto que cada texto requer um

tipo de leitura e um tipo de estratégia. É certo que se utiliza das mesmas estratégias

para diferentes textos e quem determina qual estratégia usar é o leitor.

Segundo Solé (1998), o ensino da leitura que efetiva por meio das estratégias

é um trabalho conjunto, de forma que o professor vai proporcionando conhecimentos

necessários para que o aluno possa dominar essas estratégias e utilizá-las nas

situações de leitura posteriores.

Partindo deste princípio formar o leitor competente se efetiva quando o aluno

aprende na escola e aplica seu conhecimento na leitura de textos que se depara no

cotidiano social em que está presente, ampliando sua leitura para além da sala de

aula.

2.2 Procedimentos Metodológicos

Toda a leitura é orientada por objetivos que elencamos antes de realizá-la, e

são estes objetivos que determinam a escolha de estratégias que tornam possível a

compreensão do texto.

Entende-se por estratégias de leitura técnicas ou métodos que os professores

e alunos usam para adquirir, armazenar e utilizar a informação.

As atividades desenvolvidas com professores do Ensino Fundamental e

Médio das disciplinas Português, Matemática, Física e Ciências do Colégio Estadual

de Iporã, apresentaram estratégias de leitura, com base nos escritos da autora

Isabel Solé (1988), para cada etapa da leitura: antes, durante e depois da leitura.

Esta atividade almejou dar subsídios teórico-práticos que vão de encontro aos

anseios dos educadores de diversas áreas do conhecimento levando- os a reflexão

sobre alguns procedimentos metodológicos no momento de ensino da leitura.

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Nesse sentido, a mesma autora (1998, p.34) chama a nossa atenção no que

se refere às atividades com a leitura na escola se resumir em avaliar a compreensão

leitora dos alunos e não para o ensino de estratégias que irão formar um leitor

competente.

No desenvolvimento desta primeira etapa foi apresentada no data show

algumas das estratégias destacadas pela autora, feito a leitura e comentários sobre

as mesmas. Segue as etapas e estratégias:

2.3 Estratégias de Leitura

Antes da Leitura:

Objetivos da leitura:

Toda a leitura que se realiza é orientada por um ou mais objetivos e estes são

estabelecidos no contexto escolar, representando a possibilidade da compreensão

do sentido do texto. Faz-se a leitura para aprender, para obter uma informação, ler

para seguir instruções, ler por prazer.

Segundo Pietri (2007,p.39):

A escola, na maioria das vezes, não ensina ao aluno como estabelecer objetivos para sua leitura de determinado texto, o que impossibilita que se construa uma referência para a verificação de hipóteses, processo necessário para a construção de sentido.

É necessário, então, ter clareza dos objetivos da leitura, pois eles nos

possibilitarão escolher as estratégias necessárias para cada momento da mesma.

Quando o aluno é capaz de conhecer o objetivo da leitura, ele também se torna

autônomo na escolha do texto que irá de encontro com o seu objetivo.

Motivando para leitura:

Nenhuma atividade com a leitura deve começar sem que os alunos se sintam

motivados para tal, pois mesmo que se realize não terá alcançado seu objetivo. A

autora sugere que não se deve trabalhar com textos já conhecidos pelos alunos, é

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necessário aguçar a sua curiosidade, não esquecendo que no momento da seleção

do texto deve se levar em conta os conhecimentos prévios do aluno, pois eles

facilitarão a busca pela compreensão do texto. Faz-se necessário dar explicação

geral do que será lido, segundo a autora não se trata de expor o conteúdo, mas sim

de apresentar a temática e relacioná-la com o contexto de uso real.

Ainda de acordo com Pietri (2007, p.81):

Portanto, é preciso que o professor saiba escolher o texto que será lido em sala de aula, e que sua escolha se paute pela qualidade. Na escola, o objetivo é formar o leitor proficiente e há textos melhores ou textos piores para se atingir esse objetivo.

Conhecimentos prévios, hipóteses e previsões:

Nesta fase, o professor precisa considerar quais são os conhecimentos

necessários para realizar a leitura e quais os aspectos cognitivos que o leitor

envolverá nessa atividade. Entende-se por conhecimento prévio todo o

conhecimento acumulado durante a sua existência, pode-se classificar em

linguístico, textuais e de mundo (enciclopédicos). Pietri (2007,p.18):

� Linguístico – conhecer a língua e tudo que se relaciona ao seu uso;

� Textuais – conhecimento sobre textos, tipologias e gêneros, estruturas

textuais, coesão e coerência;

� Conhecimento de mundo ou enciclopédico – é formado por todas as

experiências que a pessoa acumulou ao longo de sua existência. Podendo

ser adquirido de maneira formal, via escola, portanto enciclopédico, ou de

maneira informal transmitido pela vida em sociedade.

A compreensão leitora se dá, então, por meio desses conhecimentos prévios

e são eles que levantarão hipóteses e previsões sobre o texto. Quando se lê um

texto e se depara com uma palavra que não se conhece, continua- se a leitura,

elaborando hipóteses sobre o seu significado, com base nas informações que o

texto apresenta. Pietri afirma;

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A elaboração e testagem de hipóteses não se fazem, portanto, de modo aleatório. A relação entre as informações contidas no texto e os conhecimentos prévios pertencentes ao leitor não pode se fazer de modo desordenado, pois o sentido da leitura é construir um significado coerente para o texto. (2007, p.22)

A interação dos conhecimentos prévios com elaboração de hipóteses são

atividades que permeiam todo o processo da leitura. Não se levanta hipóteses

aleatoriamente, elas são feitas juntamente com o conhecimento prévio do leitor, o

objetivo é chegar a um significado coerente para o texto. Mas, autora destaca que

algumas hipóteses podem não ser confirmadas, e que ninguém vai ser culpado por

isso, mas quando elas são confirmadas os alunos se tornam seguros e veem que

suas contribuições são necessárias para o sucesso da leitura e que a mesma

responde a suas previsões;

Como podemos fazer diferentes coisas com a leitura é necessário articular diferentes situações – oral, silenciosa, coletiva e individual, compartilhada (...). A única condição é conseguir que a atividade de leitura seja significativa para as crianças, corresponda a uma finalidade que elas possam compreender e compartilhar. (SOLÉ, 1998 p. 90)

As hipóteses levantadas podem ser escritas no quadro negro e mantidas ou

descartadas conforme as averiguações com a sequência da leitura.

Durante a leitura:

Problematizar o texto, elaborar questões:

É muito comum pedir para que o aluno realize uma nova leitura, de maneira

mais pausada quando ele diz que não compreendeu o texto. No final temos um

aluno enfadado com a mesma constatação de que não compreendeu o que leu.

Neste momento, é preciso reconhecer que a compreensão da leitura individual

ocorre por intermédio dos conhecimentos prévios do aluno e se ele leu e não

compreendeu, vai precisar de inferências por parte do professor, pois de nada

adianta repetir várias vezes a leitura utilizando os mesmos procedimentos.

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Nessa perspectiva, é necessário realizar a leitura em colaboração com o

aluno, o que a autora denomina de leitura compartilhada. No momento da leitura, o

professor vai problematizando o texto, trazendo questões que levem o aluno a

desenvolver os sentidos para a compreensão do texto. Estas questões serão

aplicadas pelo professor de modo a provocar nos alunos a mobilização de

estratégias necessárias para a construção deste sentido.

É importante solicitar dos alunos respostas que se confirmam no texto, nos

recursos linguísticos ou nos conhecimentos prévios do mesmo, pois é nessa

explicitação que ele irá compreender como se realiza o ato de ler, que não é apenas

uma decodificação de palavras e sim um processo de aquisição de conhecimentos.

Se as hipóteses não se confirmam, fazem-se novos questionamentos a fim de

alcançar o objetivo da leitura e é neste momento que ocorre o diálogo entre o autor e

o leitor.

Algumas atividades são bastante generalizadas, Palincsar e Brown (1984,

apud Solé, 1998, p.78), consideram as atividades desenvolvidas durante a leitura,

selecionadas abaixo, como essenciais para a formação do leitor autônomo:

� Formular previsões sobre o texto a ser lido;

� Formular perguntas sobre o que foi lido;

� Esclarecer possíveis dúvidas sobre o texto;

� Resumir as ideias do texto.

Na leitura compartilhada tanto o professor como o aluno assume, ora um, ora

outro a organização da leitura, os alunos formulam perguntas que serão respondidas

pelos outros.

Dessa forma, ele vai assumindo, paulatinamente, a responsabilidade e o

controle da sua leitura, vai compreendendo e aplicando as estratégias de leitura que

o tornam um leitor ativo e autônomo.

Depois da Leitura:

Após a realização da leitura integral do texto, que foi feita utilizando as

seguintes estratégias: identificação da ideia principal, formulação de respostas e

perguntas, elaboração de resumo. Todas estas atividades são estratégias que a

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autora volta a utilizar nessa etapa da leitura.

De forma mais concreta se retoma as etapas anteriores, para não correr o

risco de sobrecarregar o leitor de informações, pois pode ocorrer a desmotivação da

leitura com excesso das mesmas.

Isabel Solé também completa que as estratégias aqui utilizadas podem ser

ativadas durante a leitura, porque não se pode por limites entre o que acontece

durante e após a leitura, pois está se falando de um leitor ativo, e de todo o recurso

aplicado para efetivar a compreensão leitora, não podendo ser comparada a uma

sequência de passos estabelecidos e que leva- se em conta a intencionalidade do

leitor.

A ideia principal do texto é uma estratégia que deve ser vista já durante a sua

leitura, em partes ou no todo. O professor deve questionar qual a ideia principal do

texto e deve estar preparado para fazer as inferências, em virtude das repostas

surgirem de acordo com os conhecimentos prévios acionados durante a leitura. Aqui

vão ser descartadas as incoerências e adequar as estratégias para uma melhor

compreensão após a leitura do texto.

Outra estratégia de leitura é resumir o texto. Entender que resumir exige a

identificação dos principais tópicos de um texto.

No que se refere à formação do leitor eficiente e crítico, as estratégias aqui

citadas podem ser ensinadas para apoiar cada etapa da leitura: o antes, o durante e

o depois. O aluno pode desenvolver habilidades para analisar o título do texto, fazer

perguntas e inferências sobre o conteúdo antes da leitura propriamente dita.

Durante a leitura ele deve ser motivado a manter um diálogo com o texto,

formular questões e definir as ideias principais que resultarão na compreensão

leitora. Identificar as ideias principais, formular e responder questionamentos,

resumir o texto, são excelentes atividades para serem realizadas depois da leitura.

Nesse contexto, a mediação do professor é de suma importância para a

formação do leitor competente, ele assume o papel do autor no momento da prática

da leitura. A sua mediação começa muito antes do texto entrar na sala de aula,

quando o professor busca o melhor para atender as expectativas de seus alunos,

bem como quais são as estratégias que serão desenvolvidas para alcançar a

compreensão da leitura dos mesmos.

Após a leitura das estratégias, iniciou-se uma reflexão sobre o trabalho com a

leitura em sala de aula. Esta discussão foi norteada pelas seguintes questões:

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o Os alunos sabem ler?

o Compreendem o que leem?

o É possível ensinar estratégias de leitura?

o Que estratégias eles utilizam na hora da leitura?

Em seguida, foram formados grupos de, no máximo, quatro professores e

cartolinas foram entregues para que cada professor escrevesse algumas estratégias

usadas por eles no ensino e na aplicação da leitura em suas aulas. Houve muito

interesse em relatar as estratégias utilizadas por eles no desenvolvimento dos

conteúdos.

Finalizando esta primeira etapa foi entregue aos participantes cópias do texto:

Texto "Alguns Procedimentos de Apoio à Leitura" que está disponível em

http://revistaescola.com.br/gestão-escolar - edição 006 fevereiro/março 2010, para

que os mesmos pudessem ler e tecer comentários. Neste momento, muitos

colocaram as suas angústias, pois disseram aplicar estes procedimentos e também

muitas das estratégias aplicadas, mas não despertam o interesse do aluno pela

leitura.

Na segunda etapa foi apresentado aos professore o resumo como estratégia

de leitura, visto que o mesmo é trabalhado por várias disciplinas como um recurso

de aprendizagem.

Foi disponibilizado o texto impresso cujo título é "O Resumo" da autora Izabel

Solé (1998), para que os professores o lessem. Após a leitura iniciou-se uma

reflexão sobre a definição de resumo e o mais complexo como ensiná-lo, para que o

mesmo não se torne mera cópia do texto.

Houve a participação da professora de ciências, que salientou a importância

do resumo em suas aulas, pois neste momento todos os alunos fazem a leitura e

fixam melhor o conteúdo.

Em seguida, todos os participantes do grupo fizeram o resumo do texto

impresso, lembrando que é uma tarefa compartilhada na qual o professor vai

intervindo, orientando os grifos que serão utilizados na produção do resumo.

Vale salientar que a leitura aqui destacada foi a compartilhada, em que o

professor vai realizando as inferências utilizando-se de perguntas e respostas para

que a produção do resumo seja uma atividade produtiva e que contribua na

compreensão da mesma.

Para finalizar a tarefa, foi apresentado o resumo do texto com grifos originais

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do autor, em seguida foi feita a socialização pedindo que cada professor

apresentasse seu trabalho, destacando as dificuldades enfrentadas na realização da

tarefa e o cuidado para preservar a ideia central do texto. Neste momento, os

professores falaram das estratégias usadas, o que foi necessário grifar e o que se

grifou desnecessariamente. Após análise os professores puderam apagar ou

manterem seus grifos ou ainda destacarem o que não tinha sido grifado.

Na terceira etapa continuou-se estudando o resumo como estratégia de

leitura, foi disponibilizado aos participantes o texto do encontro anterior O Resumo,

no data show como recapitulação dos passos que são necessários para produzir um

resumo, visto nos encontros anteriores, não se esquecendo de destacar que antes

da escrita do resumo é necessário compreender o sentido do texto e organizar as

ideias, para que se evite cópias superficiais do texto.

Foi proposta aos integrantes do grupo a leitura e a reflexão do texto “O

Resumo na Sala de Aula”, da autora Isabel Solé (1998).

Na sequência foi solicitado que cada professor escolhesse um texto de sua

área de conhecimento para trabalhar com seus alunos em sala de aula visando à

produção de um resumo. Lembrando neste momento que é mister que o professor

não se esqueça de alguns aspectos já estudados, tais como: conhecimentos prévios,

motivação e objetivos da leitura.

No fechamento houve relatos dos participantes sobre os textos lidos e sua

importância para que se faça uma reflexão sobre as práticas pedagógicas

desenvolvidas em sala de aula. Pode-se destacar pontos positivos em relação a

pesquisa, pois neste momento, mediante alguns relatos, foi confirmado que muitos

problemas com o entendimento da leitura estão nos procedimentos que são

adotados para realização da mesma.

No último encontro foi compartilhada a avaliação dos resultados obtidos após

aplicação das estratégias de leitura para os alunos, destacando os pontos positivos

e negativos do trabalho. Uma das conclusões a que se chegou foi que o aluno não

vê a leitura, nas disciplinas diferentes da Língua Portuguesa, como uma fonte de

conhecimento. Devido a fragmentação dos estudos por disciplinas, a prática de

leitura é considerada por ele apenas nas aulas de português.

Consideraram que a leitura dá lugar a um montante de conteúdos que vão

sendo cada vez mais extensos e a prática de ler está desvinculada deste processo

de aquisição do conhecimento.

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Foi observado pelos professores que há necessidade de todas as disciplinas

darem um espaço para a leitura e que a leitura não é só tarefa do professor de

Língua Portuguesa. Quando a escola trabalha a diversidade textual é para que o

aluno compreenda todas as formas em que o conhecimento se apresenta.

Segundo Solé (1988, p.11):

Ampliar o trabalho de leitura em todos os níveis de escolaridade, de formulá-lo como uma questão de escola, que envolve todo o corpo docente e todas as matérias (…).

É unanime que a maioria dos alunos não gosta de ler o que lhes é sugerido

pelo professor e que na realidade escolar professores ensinam alunos socialmente

diferenciados e não dão conta de transformá-los em sujeitos leitores.

A leitura é extremamente relevante, tendo em vista que é por meio dela que o

aluno adquire condições de compreender, interpretar, posicionar e apropriar-se de

conhecimento. Mediante a leitura, o aluno atinge os objetivos propostos por qualquer

disciplina, desde as questões de interpretação do texto em Língua Portuguesa à

resolução de problemas matemáticos.

As pesquisas realizadas entorno das práticas de leitura tem levantado

grandes preocupações e discussões no que diz respeito ao que se espera do leitor e

de sua formação. O resultado obtido com a implementação desta pesquisa, pode-se

observar que muito do desinteresse do aluno pela leitura é a forma como ela é

apresentada no cotidiano escolar, ou seja, como os professores a conduzem em

suas aulas.

Chega-se à conclusão de que o aluno precisa ser desafiado, instigado a

buscar as respostas pelas suas dúvidas, pelos seus anseios, sendo necessário dar

suporte para que ele encontre os caminhos que o leve as descobertas.

Portanto, cabe ao professor propor atividades de leitura, mediadas por

estratégias, capacitando os alunos a utilizar a leitura como instrumento de

aprendizagem, compreender as informações que o texto traz e fazer as críticas

coerentemente.

Os professores elencaram alguns problemas que dificultam à leitura e que

comprometem a prática de ler na escola: a competição com tecnologias, cada vez

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mais avançadas e atrativas, facilitando o acesso a resumos de livros, a falta do

hábito de leitura e até mesmo a má formação de alguns docentes entre outros

fatores. Cada professor ali presente refletiu sobre sua prática pedagógica e seu

ponto de vista em relação as atividades desenvolvidas.

O professor P1 relatou que quando o aluno não vê objetivo e não é

estimulado para a leitura, ela não acontece.

“(...) mesmo na nossa escola que temos aula de leitura uma vez por semana, os alunos vão até a biblioteca, pegam o livro para leitura e o deixam na bolsa, tirando apenas para entregá-lo de volta.” (P1).

Pode-se destacar o interesse dos participantes durante o desenvolvimento da

atividade proposta, principalmente pela reflexão do uso da leitura pelas diversas

áreas do conhecimento.

O professor de matemática aqui denominado como professor P2 fez um

relato de sua experiência com a leitura em suas aulas:

“Antes de começar as minhas aulas, realizo uma leitura de algum texto, geralmente textos do cotidiano, após a leitura fazemos um breve comentário. Concluo que mesmo alguns textos não estarem se referindo ao meu conteúdo, percebo que os alunos estão mais motivados para iniciar a aula de matemática compreendendo melhor as minhas explicações.”(P2)

Foi possível compreender a importância do uso de estratégias para o ensino

da leitura, sendo unânime entre os professores que isso torna o ato de ler mais

prazeroso e estimula o aluno a fazer leitura e se interessar pelos conteúdos

propostos.

Muitos autores defendem o uso de estratégias de leitura no sentido de

promover uma relação mais dialógica em sala de aula, viabilizando uma

aprendizagem mais significativa a partir dos textos lidos.

Destaca-se, ainda, que o uso de estratégias para o ensino da leitura e a

compreensão leitora se institue como um recurso didático capaz de mediar a

interação entre professor e alunos, produzindo inúmeros sentidos e aumentando a

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capacidade de argumentar por parte dos alunos.

Almeida e Ricon (1993, p.11), defendendo que a responsabilidade do uso de

leitura não se restringe a uma única disciplina, apresentam justificativas e

possibilidades para o uso desse recurso em sala,

Diferentes tipos de textos literários podem ser usados em aulas de Física, não apenas com finalidade estritamente motivadora, mas como meio para gerar nos alunos atitudes cuja formação é encargo de qualquer disciplina - sentimentos e emoções desejáveis, curiosidade científica, consciência crítica, etc.

Todos chegam à conclusão que o ensino de leitura não é exclusividade do

professor de língua Portuguesa e para que este entendimento se concretize é

primordial que os professores desenvolvam a prática da leitura parando de priorizar

somente seu conteúdo e pense em um ensino com propostas mais amplas, cujo

objetivo principal seja o de formar alunos cidadãos.

3 Considerações Finais

De um modo geral, os professores que participaram do desenvolvimento

desta pesquisa relataram que o uso de estratégias de leitura é necessário para que

os alunos ampliem a capacidade de abstração e interpretação de textos. Portanto,

pode-se dizer que as estratégias de leitura constituem mais um instrumento que

possibilita avaliar o conhecimento que os alunos trazem sobre determinado tema,

contribuindo significativamente com o professor no momento de planejar as aulas

seguintes a da atividade de leitura.

Neste sentido, no contexto deste trabalho, percebe-se que o professor deve

adotar a postura de um disseminador da leitura, assumindo o compromisso de

proporcionar aos seus alunos textos e atividades de interpretação de qualidade, que

intervenham na formação de um cidadão crítico e reflexivo.

Tendo em vista os aspectos observados, é fundamental criar este

conhecimento para que os alunos possam ser inseridos no caminho da leitura, a fim

de compreender e saber a direção a seguir.

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É mediante a leitura que o ser humano se apropria de valores e de

conhecimentos, que vão dar respaldo ao seu desenvolvimento crítico. Em um mundo

em que as mudanças e as transformações acontecem cada vez mais rápidas, o

aluno precisa conhecer as ferramentas necessárias para buscar informações nas

fontes disponíveis e isso só é possível fazendo o uso da leitura.

Nestas circunstancias, esta pesquisa veio como mediadora de um trabalho

com a produção de leitura, bem como, promover um repensar sobre nossa prática

pedagógica no sentido de proporcionar situações concretas que viabilizem aos

alunos a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em situações reais, dando

sentido às aulas.

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Referências

ALMEIDA, M. J. P. M.; RICON, A. E. Divulgação Científica e texto literário – uma perspectiva cultural em aulas de Física. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 10, n. 1. p. 7-13, 1993. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 33.ed. São Paulo: Cortez, 1997. MICHELETTI, Guaraciaba, Leitura e Construção do real: O lugar da poesia e da ficção. 3. ed.; São Paulo: Cortez, 2002. MENEGASSI, Renilson José, (org.). Leitura e Ensino. Maringá: EDUEM, 2005. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PIETRI, de Émerson. Práticas de leitura e elementos para atuação docente. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. SOLÉ, I. Texto “O Resumo” In: Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, P.143 – 147, 1998 SOLÉ, I. Texto “O Resumo na Sala de Aula” In: Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, P.147 – 149, 1998. REVISTA GESTÃO ESCOLAR. N°06. São Paulo: abril- maio, 2010. Acesso à internet em 24/02/2011. SOARES, Magda. Um tema em três gêneros. 3.ed.;Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.