o currículo waldorf ordenado por faixas etárias

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  • 7/21/2019 o Currculo Waldorf Ordenado Por Faixas Etrias

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    O CURRCULO WALDORF ORDENADO POR FAIXAS ETRIASCOM CITAES DE RUDOLF STEINER SOBRE ESSAS FASES

    E.A. Karl StockmeyerTraduo de autor desconhecido; cotejo dos contedos das matrias com o

    original: Sonia A.L. Setzer; reviso geral: Valdemar W. Setzer; ltima verso:16/11/10.N.R. (nota do revisor). Este texto a traduo de parte do 11ocaptulo do livro E.A.Karl Stockmeyer, Rudolf Steiners Lehrplan fr die Waldorfschule (O currculo deRudolf Steiner para as escolas Waldorf), 2edio apostilada de 1965; a primeiraedio datou de 1955. Esse livro contm extensas citaes de textos e palestrasde Rudolf Steiner sobre educao e a primeira sistematizao, aqui transcrita, docurrculo Waldorf. A verso aqui transcrita sofreu muitas alteraes no decorrerdos anos, tendo sido modificada, segundo as necessidades, a condies e culturalocais, bem como devido a conhecimentos e prticas adicionais da pedagogia

    Waldorf e quanto ao desenvolvimento das crianas. Essa pedagogia evoluiubastante desde que Rudolf Steiner a introduziu em setembro de 1919 por ocasioda fundao da primeira escola Waldorf em Stuttgart, Alemanha. Por exemplo,todas as escolar Waldorf hoje em dia tm em seu currculos duas peas teatraisencenadas pelos alunos, uma no 8oano escolar e outra no 12o(em algumasescolas, especialmente no Brasil, a segunda feita no 11oano), que no constamdeste currculo. Como se trata de um currculo para um pas europeu de falaalem, ele obviamente no contm histria do Brasil, que deveria ser acrescentadade acordo com os princpios gerais do ensino de histria; as obras citadas noensino de literatura so, naturalmente, alems. No original consta a matria

    "alemo", que foi aqui substituda pelo revisor por "lngua materna"; nele constamainda "francs e ingls", aqui substitudas por "lnguas estrangeiras" (arecomendao do mtodo Waldorf que sejam dadas 2 dessas lnguas durantetodos os 12 anos escolares). No currculo original, constavam as matrias latim egrego, a partir do 5oano escolar at o final do ensino mdio, bem comoestenografia no 9oe no 10oanos; como nenhuma dessas matrias mais utilizada,deixamos de colocar aqui as respectivas indicaes. Por uma questo de tempo,as citaes de palestras e textos de Steiner foram revisadas apenas quanto redao, em geral sem cotejo com o original de Stockmeyer; esse cotejo s foifeito em casos de incompreenso de frases ou de palavras que saam do contexto.Pretendemos ir aos poucos substituindo esses textos pelas tradues jpublicadas em livros em portugus; os que foram substitudos estaro marcadoscom (*). Em lugar da referncia original no fim de cada texto, colocarmos o nmeroGA (deGesamtausabe, catlogo geral) da obras de Steiner e eventual data depalestra quando consta do original. O ltimo item abaixo contm as refernciasbibliogrficas pelo nmero GA.A criana aps a troca de dentesAt a puberdade, o jovem deve apropriar-se, por meio da memria, dos tesourossobre os quais a Humanidade pensou; depois a poca de permear com

    conceitos o que ele, anteriormente, gravou bem na memria. Portanto, o serhumano no deve simplesmente lembrar o que ele compreendeu mas, sim, deve

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    compreender as coisas que ele sabe, isto , das quais, por meio da memria, elese apossou, tal como a criana se apossou da fala. Isto vale para um mbito muitoamplo" (GA 34, pp. 30-31.)"Se mantivermos os trs princpios(1) conceitos sobrecarregam a memria,(2) o artstico-visual forma a memria,(3) a atividade volitiva fortalece a memria,temos, ento, as trs regras de ouro para o desenvolvimento da memria." (GA307, 12apalestra.)"Tambm aquilo que a criana primeiramente assimilou no sensrio,sonhadoramente, das aes do ambiente que a circunda, ser transformado emimagem, de maneira singular, nesta segunda fase da vida, da troca de dentes ata puberdade. A criana comea, por assim dizer, a sonhar sobre aquilo que faz oambiente que a circunda, enquanto que, na primeira fase da vida ela compreendia

    isto de maneira bem sbria, sbria a seu modo, enquanto o imitava anteriormente.Agora ela comea a sonhar sobre aquelas coisas feitas pelo ambiente que acircunda." (GA 306, 3apalestra.)"Se atentarmos para como criana, em essncia, um ser imitador, ela, em certamedida, um rgo sensorial anmico que, de uma maneira corprea-religiosa,est entregue ao ambiente que a circunda. Teremos ento de atentaressencialmente para que, nesta fase da vida, portanto, at troca de dentes, tudoatue verdadeiramente, no ambiente que a circunda, de modo que a criana possaassimilar sensorialmente e elaborar em si. Por isso, ter tambm de se atentarsobretudo para que a criana, junto com aquilo de que se apossa sensorialmente a

    partir do seu meio ambiente, sempre se aposse, anmica e espiritualmente, damoral; de modo a j termos como que preparado, na criana que se acerca da faseda troca de dentes, em verdade tudo o que se relaciona com os mais importantesimpulsos da vida.Quando, portanto, introduzirmos a criana na escola, mais ou menos na poca datroca de dentes, teremos diante de ns, no uma folha em branco, mas uma folhaplena de escrita. Agora teremos de atentar, justamente nesta considerao maispedaggica-didtica que deveremos empregar, para o fato de no se poder levar criana algo de primitivo no perodo entre a troca de dentes e a puberdade, massim, teremos de reconhecer, em tudo, os impulsos que foram introduzidos na

    criana em seus primeiros sete anos e como temos de dar, a estes, aquelaorientao que, na vida futura, exigida do ser humano. Por isto tointensamente importante que o professor e educador seja capaz de olhar demaneira sensvel para todas as emoes de vida das crianas. Pois, quando elerecebe as crianas na escola, muito j esta contido nessas emoes de vida. E eleprecisar, ento, dirigir e conduzir essas emoes de vida; ele no podersimplesmente propor-se a dizer: isto est certo, aquilo est errado, voc deve fazeristo, voc deve fazer aquilo; mas, sim, ele estar incumbido de reconhecer ascrianas e de levar adiante suas emoes de vida." (GA 306, 4apalestra.)"Nesta fase de vida no se trata de levar criana, passo a passo, estes ou

    aqueles conhecimentos, mas, isto sim, de que a faamos realmente vivenciar emmomentos decisivos da vida, que a faamos realmente escalar e ultrapassar

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    determinadas montanhas da vida humana que se localizam na idade infantil. Istorepercute sobre toda a vida futura." (GA 306, 5 palestra.)"Aquilo que, pelo sistema da cabea, se desenvolve na criana muitoespecialmente no perodo da troca de dentes at a puberdade, o sistema rtmico,principalmente o sistema respiratrio, o sistema circulatrio, com tudo o que fazparte do ritmo regular de nutrio. E, enquanto temos diante de ns, de maneiraanmica na criana, o plstico-contemplativo, temos diretamente diante de ns,como educadores e professores na escola, ainda de maneira orgnica-corprea , osistema rtmico. Isto significa que, naquilo que empreendermos com a criana,naquilo que a criana deve fazer, precisamos fazer predominar a imagem. E, emtudo o que se desenrola entre o professor e a criana precisa reinar a msica; oritmo, o compasso e a melodia precisam tornar-se princpio pedaggico.Isso exige que o professor tenha, em si prprio, uma espcie de musicalidade,tenha musicalidade em toda a sua vida. Portanto, o sistema rtmico o que existe

    organicamente na criana em idade escolar, o que predomina organicamente, etrata-se de orientar todo o ensino de maneira rtmica, de que o prprio professorseja, em si, um ... ndivduo com pendores para msica, de modo que na sala deaula reine ritmo, compasso." (GA 307, 7apalestra.).Para a viso geral do currculo por faixas de idade deve-se recorrer, em cada umdos itens sobre matrias, aos assuntos do livro que aqui no esto referidos emdetalhes.PRIMEIRO ANO ESCOLAR(N.R. O primeiro ano Waldorf iniciado normalmente entre os 6 a 7 anos deidade, por explcita recomendao de Rudolf Steiner, que manifestou-se

    enfaticamente contra o ensino de ler e escrever antes dessa idade., devido aosprejuzos que essa intelectualizao precoce causaria ao desenvolvimentoharmnico das crianas.)Lngua materna falar, escrever, lerPor meio do contar e de fazer o aluno re-contar, passar do linguajar popular para alinguagem erudita. Por meio do falar correto, estabelecer a base para escrevercorretamente. Simultaneamente, introduzir o aluno a uma forma imagtica delinguagem. Faz-lo desenhar formas em funo das prprias formas. Faz-lopintar pinturas simples em funo das cores; passar do desenhar para o escrevere para o ler. Em poesia, poemas breves; fazer sentir ritmo, rima e compasso.

    Contedo narrativo: contos de fadas.Lnguas estrangeirasDe conformidade com o currculo de 2/6/1924, desenvolver o ensino de lnguas,at o terceiro ano, de maneira que a criana aprenda a falar falando. Norelacionar a palavra estrangeira com a da lngua materna, mas com o assunto epermanecendo na lngua estrangeira; conduzir isso principalmente at a conclusodo terceiro ano. Neste perodo no deixar que o aluno perceba que existe umagramtica. No tratamento de textos maiores, no se impressionar com o fato de acriana assimilar uma estrofe ou algo semelhante, que ela retm apenas comosons e que, aquilo que assimilou s por estes, ela compreender a partir da

    memria.Aritmtica

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    Aps o inicio do ensino da escrita e da leitura comear, um pouco mais tarde, comas contas. Desenvolver as quatro operaes a soma a partir do total, a subtraoa partir da diferena, a multiplicao a partir do produto, a diviso a partir doquociente se possvel sem tomar muito tempo em cada operao e, ento, fazerexerccios de modo que, por meio deles, essas quatro operaes sejamassimiladas quase que simultaneamente. E, to logo estejamos em posio deensinar criana o conceito da multiplicao, transmitir-lhe tambm o dever deaprender as tabuadas de memria. Acrescentar a isso o contar. Colocar o desenhototalmente a servio do aprender a escrever.Relao com o ambienteDespertar a criana para o ambiente. Despertar o anmico de modo que elaaprenda realmente a ligar-se com o meio circundante.MsicaApresentar o elemento musical de maneira a torn-lo apropriado a despertar no

    ser humano a estruturao correta do elemento vocal, tonal, e para ouvircorretamente.EuritmiaCultivar a euritmia adequando-a geometria e msica.Educao fsicaA educao fsica deve assumir a necessidade de movimentao corporal oriundado trabalho do restante do ensino. Principalmente em se tratando de crianasmenores, importante que o professor saiba estimul-las para um verdadeirobrincar livre [N.R. em lugar de exerccios de ginstica propriamente dita].Trabalhos Manuais

    Aprendizado de tric, com duas agulhas, na confeco de pega-panela. Fazerencerrar a aula dupla [N.R. duas aulas seguidas] com pequenos trabalhosartsticos colaterais.SEGUNDO ANO ESCOLARLngua maternaFalar, escrever, ler. Contar e fazer o aluno recontar, levando o que foi narrado aser escrito. Fazer reproduzir, por escrito, em pequenas descries, aquilo que foiaprendido. Ensinar as primeiras noes de substantivo, adjetivo e verbo. Abordar aconstruo de frases simples. Tratar poesia como no primeiro ano escolar.Contedo narrativo: histrias do mundo animal usando fbulas.

    Lnguas estrangeirasComo no primeiro ano escolar.AritmticaConduzir as quatro operaes adiante, para um espao numrico maior. Resolvertarefas fceis com os alunos, tambm sem escrita, mentalmente (N.R. clculosmentais). Inicialmente os nmeros devem referir-se a coisas, para depois seremtratados abstratamente. No perder de vista os clculos com nmeros de coisas.Na geometria: fazer exercitar formas mais simples e mais complicadas, pelasformas em si e sem representao de objetos, para o cultivo da conscincia deespao como forma.

    Relao com o ambiente

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    Prosseguir com a descrio do ambiente circundante pelo pensar, como noprimeiro ano escolar.MsicaComo no primeiro ano escolar.EuritmiaPrincipiar com a formao das letras.Educao fsicaComo no primeiro ano escolar.Trabalhos manuaisLevar ao trmino os trabalhos do primeiro ano escolar. Aprender a fazer croch.Trabalhos artsticos colaterais segundo esboo prprios.TERCEIRO ANO ESCOLARLngua maternaContinuar e ampliar o que foi dado at agora. Suscitar um sentimento consciente

    para os sons curtos, longos e prolongados. Idia dos tipos de palavras, das partesda frase e da construo de uma frase, incorporando a pontuao. Em poesias,trazer ao sentimento a forma e a beleza intrnsecas. Contedo: histrias bblicascomo parte da histria geral.Lnguas estrangeirasComo nos primeiro e segundo anos escolares.AritmticaFazer as quatro operaes com nmeros mais complicados e j na utilizao emcoisas da vida prtica, tal como haviam sido tratadas no segundo ano escolar.Geometria como no segundo ano escolar.

    Relao com o meio ambienteUtilizar livremente aquilo que conhecido a partir do ambiente mais prximo paradesenvolver livremente a relao com o mundo. Por exemplo, como se preparaargamassa e como se a utiliza na construo de casas, como se prepara e adubaa terra, como a aparncia do arroz (N.R. centeio, no original), e do trigo.Cincias naturaisComear a tratar animais escolhidos adequadamente e abord-los em relao como ser humano.MsicaComo nos primeiro e segundo anos escolares.

    EuritmiaVoltar a fazer ligao com msica, geometria e desenho.Educao fsicaComo nos primeiro e segundo anos escolares.Trabalhos manuaisConfeco, em croch, de peas de uso de dimenses maiores. Trabalhoscolaterais como nas classes anteriores."Somente a partir do 9 ano de vida, no 2 ano escolar, at por volta do 12 ano devida, comeamos a desenvolver mais a autoconscincia. E fazemos isto nagramtica. A o ser humano j est em posio, pela transformao por que

    passou e que caracterizei para os senhores, assimilar em sua autoconscinciaaquilo que a gramtica pode fazer por ele. A tratamos principalmente da

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    morfologia. Porm, depois, comeamos a histria natural do reino animal, tal comomostrei aos senhores, pelo polvo, rato, e ser humano. E depois fazemos seguir,somente mais tarde, o reino vegetal, tal como os senhores desejam mostrar-mehoje tarde." (GA 294, 10apalestra.) Isto se refere ao seminrio Pedaggico, emcuja 10aaula, no dia mencionado, fora tratada a metodologia para o ensino debotnica."Agora podemos, nesta idade do ser humano passar tambm geometriaenquanto mantivermos preliminarmente, totalmente dentro do desenhar, aquilo quedepois vir a ser geometria,. Pelo desenhar podemos, pois, desenvolver para o serhumano o tringulo, o quadrado, o crculo, a linha. Portanto, as formaspropriamente ditas, desenvolvemo-las no desenhar, enquanto desenhamos edepois dizemos: isto um tringulo, isto um quadrado. Mas, o que se associacom a geometria, onde procuramos as relaes entre as formas, isto scomearemos em torno do 9 ano escolar. Ao mesmo tempo, naturalmente as

    lnguas estrangeiras sero levadas adiante e entraro tambm no tratamento degramtica. Por ltimo levamos criana os conceitos da fsica." (GA 294,10apalestra.)"Quando a criana tiver chegado entre o 9 e o 10 anos de vida ela pode, ento,pela primeira vez, diferenciar-se de seu meio ambiente. Em verdade somentenesse momento surge realmente a diferena entre sujeito e objeto: sujeito = o siprprio, objeto = o outro. Podemos ento comear a falar de coisas exteriores.Anteriormente, tnhamos de tratar as coisas exteriores como se elas fossem, emverdade, unidas com o corpo da criana. (GA 311, 3apalestra.)"Justamente nesta idade, entre o 9 e o 12 anos, a criana receptiva a tudo que

    lhe for trazido de fora como imagem. At aproximadamente o 9 ano de idade elaquer participar da imagem e no permite que as imagens se acerquem dela. Nessecaso precisamos trabalhar junto criana sempre de maneira to viva que,propriamente dito, o que o professor faz e o que a criana faz j seja, em conjunto,uma imagem. O prprio trabalhar j deve ser uma imagem. No vem ao caso queelaboremos imagens ou outra coisa, mas, o prprio trabalho, o ensino, deve seruma imagem. Assim, entre o 9 e o 10 ano surge ento a condio de que acriana tem um sentido especial para a imagem exterior. Podemos agora trazeresta ao encontro da criana e isso proporciona a possibilidade de levar criana,de maneira correta, o mundo vegetal e animal, contando que vivam imagens

    dentro dos mesmos. Precisamos levar imagens justamente no mundo vegetal e noanimal. E, quanto mais estivermos em condies de descrever em imagens aquiloque em nossos livros de ensino de botnica apresentado em "anti-imagem" terceira potncia, tanto melhor professor seremos justamente para as crianasentre 9 e o 12 anos. Introduzir tudo em imagens; isto tambm , afinal, o quepode dar infinita satisfao interior. Pois, quando introduzimos o mundo vegetal emsuas formas, em imagens, temos de ser "co-criativos". (GA 306, 5apalestra.)QUARTO ANO ESCOLARLngua maternaContinuar o contar e fazer o aluno recontar. Tratar poesias como no terceiro ano

    escolar. A partir do que recontado e descrito pelo aluno por escrito passar para aredao de cartas de todo o tipo. Despertar uma clara noo dos tempos verbais,

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    de tudo aquilo que expresso por meio de formas de transformao do verbo. Pormeio do sentir, levar instintivamente, por exemplo, a relao das preposies comaquilo que vem depois delas. Diferenciao plstica da linguagem. Contedonarrativo: cenas da histria antiga.Lnguas estrangeirasComear com gramtica evidenciando-a por meio do repertrio de textos(poticos) j conhecidos da criana. Comear a formar regras gramaticais deforma indutiva e insistir para que a criana as fixe. Passar para a prosa, e trat-lade forma a logo abordar a gramtica. Passar gradualmente para uma espcie detraduo.MatemticaContinuar o que foi tratado nos anos escolares anteriores. Passar para o ensino defraes, tratar especialmente de nmeros decimais (N.R. com vrgulas). Travarconhecimento com as formas geomtricas pelo desenho, aprendendo a

    compreender suas relaes mtuas pela contemplao. Teorema de Pitgoras(N.R. de forma geomtrica).HistriaFazer a passagem do ensino de Relao com o Meio Ambiente, dos primeirosanos escolares, para aquilo que de mais prximo pertence histria, como, porexemplo, contar como a viticultura ou a fruticultura chegou prpria prpria regio,como surgiu esta ou aquela indstria.GeografiaPrincipiar por aquilo que, de mais prximo, pertence geografia (N.R. como, porexemplo, o bairro, a cidade).

    Cincias naturaisEm continuao ao terceiro ano escolar, abordar o mundo animal em relao aoser humano de forma cientfica.MsicaComear com a grafia musical, sinais e notas. Fazer exerccios abrangentes deescalas. Adaptar a criana aos requisitos da msica, ou seja, desenvolver o ensinomais para o lado esttico.EuritmiaAs "formas", ou seja, concreto, abstrato, etc.Educao fsica

    Mais ou menos a partir do quarto ano escolar, estimular as crianas paraatividades dos tipos que levam em considerao a coragem, a fora de deciso e aperseverana. Correr, pular, escalar, mover-se pendurado pelas mos, incio delutas, arremesso etc. e jogos correspondentes.Trabalhos manuaisAprender a costurar com preciso, por exemplo, pequenas bolsas que soornamentadas conforme esboos prprios.QUINTO ANO ESCOLARLngua maternaRecapitula-se e leva-se adiante tudo o que foi tratado no quarto ano escolar. A

    partir desse ponto, tomar em considerao a diferena entre a forma verbal ativa ea passiva. Levar a criana, no s a reproduzir livremente o acontecido e o ouvido,

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    mas, sempre que possvel, a apresent-los em ordem direta. Exercit-la tambmpara que, na maneira de falar, ela leve em considerao sua prpria opinio ou aopinio de outrem. Naquilo que fazemos escrever, suscitar uma forte diferenaentre o que a prpria criana pensa, viu etc., e aquilo que ela comunica a partir daboca de outrem. Em conexo com isso, aperfeioar o uso da pontuao. Continuara desenvolver a escrita de cartas. Contedo narrativo: cenas da histria mdia[entre a antiga, p. ex. a Grcia e a moderna].Lnguas estrangeiras (segundo o currculo de 2/6/1924)No quinto ano escolar passamos para a sintaxe. Deixar para sexto ano escolar asintaxe complicada. Em paralelo, cultivar a leitura. No tratar de tradues dalngua materna para a lngua estrangeira. Redaes e similares curtas, e nolongas. Discutir leitura, leitura com muito humor. Tratar de costumes, hbitos devida e disposio anmica do povo estrangeiro, portanto, a cultura do pas. Levarem considerao particularidades da maneira de se expressar. Tratar

    conjuntamente de provrbios ou do tesouro de expresses idiomticas da lnguaestrangeira comparando com as correspondentes da lngua materna.MatemticaComo no quarto ano escolar. Continuar o ensino de fraes at a capacidade dese movimentar calculando livremente dentro de nmero inteiros, fraes enmeros decimais.HistriaComear com verdadeiros conceitos histricos. Por meio de narrativa, levar acriana, conceitos sobre a cultura dos povos orientais e dos gregos.Geografia

    Comear a ensinar criana configuraes do solo e o como isso se relaciona coma economia, para uma regio geogrfica da Terra que seja prxima.Cincias NaturaisAcrescentar formas animais mais desconhecidas. Comear com a botnica e,sobretudo, desenvolv-la pela maneira como foi discutida na parte didtica doseminrio.MsicaComo no quarto ano escolar. Em adio a isso, entrar nas tonalidades. Conduziras crianas aos requisitos de vivncia musical.Euritmia

    Como no quarto ano escolar.Educao fsicaComo no quarto ano escolar.Trabalhos manuaisA partir de agora, aprender a fazer as peas do vesturio. Comear por tricotarmeias e luvas. Alm disto, brinquedos segundo esboos prprios.SEXTO ANO ESCOLARLngua maternaContinuar tudo o que foi tratado no quinto ano escolar. Ensinar, de maneirafortemente estilstica, um sentimento para oraes conjuntivas, para que um forte

    sentimento dessa plstica interior da lngua passe a permear o sentir a lngua. A

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    redao de cartas deve passar para redaes comerciais simples e claras.Contedo narrativo: cenas da histria moderna.Lnguas estrangeirasConforme o indicado para o quinto ano escolar.MatemticaPassar para clculos de juros, porcentagem, desconto e clculo de cmbiocomeando, com isto, a lgebra. Aquilo que foi tratado at agora em desenho e deforma descritiva, deve passar a ser compreendido por meio de provas de teoremasgeomtricos, mais ou menos at a compreenso da congruncia dos tringulos ede seus empregos, e do lugar geomtrico.HistriaConsideraes histricas acerca dos gregos e dos romanos, e sobre os efeitosposteriores da histria grega e romana at o incio do sculo XV.Geografia

    Continuar o que foi tratado no quinto ano escolar abordando-se outras regies daTerra e procurar, depois, encontrar a passagem das condies climticas para ascondies astronmicas (N.R. por exemplo, a origem das estaes do ano). Tratardos minerais em relao com a geografia.Cincias naturaisContinuar o ensino da botnica e passar para os minerais, isto, porm inteiramenteem relao com a geografia (ver o item anterior), em constante relao aspectosfsicos tambm aplicados ao ser humano.FsicaComear pela acstica em relao com as escalas musicais e, depois, passar para

    a discusso das condies fsico-fisiolgicas da laringe humana. Depois introduzir,as coisas mais importantes da ptica e da termologia, as noes bsicas daeletricidade e do magnetismo.JardinagemIntroduo jardinagem prtica por meio do trabalho no solo, cultivo e colheita.MsicaComo no quinto ano escolar.EuritmiaComo nos quarto e quinto anos escolares.Educao fsica

    Como nos quarto e quinto anos escolares.Trabalhos manuaisCosturar sapatilhas para ginstica e chinelos e orn-los adequadamente. Darcontinuao produo de brinquedos.Artes aplicadasIntroduzir o trabalho manual em madeira por meio da produo de objetos simplese prticos."At prximo ao 12 ano de vida a criana no tem, de modo algum, o conceito decausalidade. Ela v aquilo que mvel, representaes mentais mveis. O queexiste como imagem, como msica, ela v, percebe, mas, para o conceito de

    causa, ela no tem sentido algum at o prximo do 12 ano. Por conseguinte, oque ensinarmos criana at prximo ao 12 ano precisa estar isento do conceito

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    de causalidade. S a poderemos contar com que a criana consiga compreenderas relaes usuais entre causas e efeitos. S a partir da a criana comea, emverdade, a formar pensamentos; at ento tinha representaes mentais deimagens. A j se prenuncia, em verdade, o que depois, com a puberdade, surgepor completo: a vida de pensamento, a vida de julgamento que, em sentido maisestreito, est ligada ao pensar. A vida entre a troca dos dentes e a puberdade estligada ao sentir, e a vida antes da troca de dentes est ligada ao querer. Esteltimo est em processo interior de desenvolvimento e, nessa primeira fase davida, est situado, no sob os pensamentos mas, sim, sob a imitao daquilo quese acerca da criana. Mas, com aquilo que vem de encontro criana de maneiracorprea fixa-se na sua corporalidade o aspecto moral, o espiritual,. Por isso tambm impossvel ensinar criana, do 10 ao 11 anos de vida, muitas vezesat mesmo do 11 ao 12 anos de vida, algo em que se tenha de levar em conta acausalidade." (GA 306, 5apalestra..)

    STIMO ANO ESCOLARLngua maternaContinuar o que foi feito no sexto ano escolar. Tentar desenvolver, nas formas defalar, uma compreenso correta, plstica, das formas de expresso para desejar,admirar, maravilhar-se etc.. Tentar fazer com que a criana aprenda a formar asfrases de conformidade com essa configurao interior dos sentimentos para,desta maneira, continuar a desenvolver a viso da plstica interior da lngua. Naredao, pedir a descrio das caractersticas mais simples de animais etc.Cultivar a redao textos comerciais prticos. Contedo narrativo: contos sobreetnias.

    Lnguas estrangeiras, segundo o currculo de 2/6/1924No stimo e no oitavo anos deve-se dar a maior importncia leitura e abordagem do carter da lngua em frases dos tipos que se apresentam notrabalho e na vida das pessoas que falam a lngua em questo. Deve-se exercitarisso empregando textos e cuidar para que, por meio do recontar (N.R. por parte doaluno), a capacidade de expresso na lngua estrangeira seja exercitada. Sesporadicamente devem ser feitas tradues. Em contraposio, deveramos fazerrecontar o que lido, mesmo textos dramticos. No oitavo ano, tratar osrudimentos da poesia e da mtrica da lngua estrangeira e, no stimo e no oitavoano, dar um esboo muito breve da histria da literatura da lngua correspondente.

    MatemticaIntroduzir potenciao e radiciao, bem como clculos com nmeros positivos enegativos. Introduzir o ensino de equaes em relao com a livre utilizao navida prtica (N.R. por exemplo, no equilbrio de balanas). Levar a geometriaadiante.HistriaTornar compreensvel, ao aluno, o tipo de vida que surgiu com o sculo XV e,depois, descrever o contexto europeu mais ou menos at o incio do sculo XVII.GeografiaProsseguir com o tratamento das condies astronmicas e comear com as

    condies culturais intelectuais dos habitantes da Terra, sempre em relao comas condies materiais, particularmente as econmicas, tratadas em geografia nos

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    trs primeiros anos do ensino de geografia. Com os conceitos da fsica e qumicaj adquiridos, suscitar uma concepo resumida sobre condies de trabalho e detransporte, no decorrer da histria.Cincias naturaisRetornar ao ser humano e ensinar o necessrio acerca de condies de nutrio ede sade. Com os conceitos j obtidos em fsica, qumica e geografia, suscitaruma concepo resumida sobre condies de trabalho e de transporte. Compararcom as indicaes dadas na geografia.FsicaPassar ampliao do ensino da acstica, da termologia, da ptica, daeletricidade e do magnetismo e, s ento, vincular a isso os princpios mecnicosbsicos mais importantes.QumicaA partir do processo de combusto, mostrar a passagem para representaes

    mentais simples da qumica.JardinagemComo no sexto ano escolar.MsicaTratar a msica de modo que as crianas tenham a impresso de que fazemmsica por prazer. A partir da, desenvolver o julgamento musical nos anos que seseguem.EuritmiaFormas mais complicadas, tal como no sexto ano escolar.Educao fisica

    Como nos quarto, quinto e sexto anos escolares.Trabalhos manuaisCosturar mo e ornar uma pea do vesturio, por exemplo, uma camisa oucalo de ginstica.Artes aplicadasEmpregar o que foi aprendido na produo de brinquedos mveis e, depois, emobjetos artesanais com formas regulares.OITAVO ANO ESCOLARLngua maternaCompreenso das relaes existentes em textos mais extensos de prosa e poesia.

    Ler algo dramtico e algo pico. No deixar de dar ateno, justamente no ensinoda lngua, ao aspecto comercial-prtico. Contedo narrativo: conhecimento depovos.Lnguas estrangeirasComo indicado no stimo ano escolar.MatemticaContinuar a exercitar potenciao e radiciao. Continuar o ensino de equaeslineares tambm com vrias incgnitas, e introduzir clculos de formasgeomtricas e superfcies. Empregar o ensino de lugares geomtricos sobre aseces cnicas e curvas semelhantes.

    Histria

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    Continuar a histria, narrativamente, at atingir a atualidade e, nisto, levar emconta constantemente a histria da cultura. Ler com os alunos os primeiroscaptulos da histria da Guerra dos 30 Anos de Schiller.GeografiaApresentao resumida das condies da indstria e do transporte em relaocom a fsica e qumica.Cincias naturaisAbordar o ser humano de modo a apresentar aquilo que pode ser encontrado noseu exterior estruturando o seu interior, como a mecnica dos ossos, a mecnicados msculos, a construo interior do olho etc. Acrescentar a isso umaapresentao resumida das condies da indstria e do transporte.FsicaRecordar e ampliar o que foi tratado no sexto ano escolar e passar para ahidrulica. Depois, encerrar o ensino de fsica pela aerodinmica, aproveitando

    para tratar da climatologia e da meteorologia.QumicaConduzir adiante os conceitos qumicos simples e mostrar como processosindustriais relacionam-se com a qumica. Em relao a isso, tratar as substnciasbsicas dos corpos orgnicos.JardinagemComo no sexto e stimo anos escolares.MsicaComo no stimo ano escolar.Euritmia

    Como no stimo ano escolar.Educao fsicaA educao fsica, com ou sem aparelhos, torna-se um tratamento higinico docorpo todo, executado conscientemente.Trabalhos manuaisContinuar os trabalhos do stimo ano escolar. acrescentada a costura mquinae, alm disso, o conhecimento de tecidos e, por fim, cerzir e remendar, passar aferro e calandrar (N.R. passar com mquinas).Artes aplicadasComo no stimo ano escolar.

    "Quando a criana tiver amadurecido sexualmente, quando tiver alcanado o 15o,16oano de vida consuma-se, ento, em seu interior, aquela mudana pela qual, dainclinao para a autoridade, ela chega ao seu sentimento de liberdade e, com osentimento de liberdade, ao amadurecimento do seu julgamento, ao seu prpriojuzo. A vem algo que, para o ensino e a educao, precisa ser levado emconsiderao na maneira mais intensa. Se, at a puberdade, tivermos despertadosentimentos para o bem e para o mal, para o divino e o no-divino, neste caso acriana ter, aps a puberdade, esses sentimentos ascendendo a partir do seuinterior. Sua razo, seu intelecto, seu juzo, sua fora de julgamento, no soinfluenciveis, seno que ela pode agora julgar livremente, a partir de si mesma.

    Se ensinarmos criana, desde o incio, um processo, digamos: "deves fazer isto,no fazer aquilo", ela levar este preceito consigo para idades posteriores e

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    teremos depois, continuamente o seguinte julgamento: pode-se fazer isto, no sepode fazer aquilo. Desenvolve-se tudo pelo convencional. Mas hoje, na educao,o ser humano no deve mais estar dentro do convencional, e sim, ter seu prpriojulgamento, tambm sobre a moral e sobre a religio. Isto se desenvolve demaneira natural, se no o comprometermos cedo demais.Com o seu 14o, 15oano, libertamos o ser humano para a vida. Ento, colocamo-loem condio de igualdade para conosco. Ele olha ento retrospectivamente paranossa autoridade e nos guardar afetuosamente, se tivermos sido professores eeducadores corretos. Mas ele passa ao seu prprio julgamento. No teremosaprisionado isto, se houvermos atuado simplesmente sobre o sentimento. E assim,damos liberdade ao anmico-espiritual com o 14o, 15oano, e contamos com issotambm nas assim chamadas classes superiores (N.R. ltimos anos do ensinomdio); a partir da, contamos com os alunos e alunas de modo tal que apelamos sua prpria fora de julgamento e ao seu juzo. Nunca poderemos alcanar esse

    libertar para a vida se quisermos ensinar moral e religio de maneira dogmtica,mandatria mas, sim, se no perodo entre a troca de dentes e a puberdadeatuarmos simplesmente sobre o sentimento e a sensao. Essa a nica maneirade colocarmos o ser humano no mundo, de modo que ele possa confiar em suafora de julgamento.E depois se consegue que o ser humano, por ter sido assim educado totalmenteno sentido humano, aprenda a sentir-se e a perceber-se tambm como um serhumano completo. ...As crianas que forem educadas pela maneira descrita comeam a considerar-secomo mutiladas, a partir do 14o, 15oano, se no estiverem impregnadas por

    julgamento moral e sentimento religioso. Elas sentem, neste caso, que lhes faltaalgo como ser humano. E isto que, como melhor herana religiosa-moral,podemos dar aos seres humanos, se os educarmos para que considerem a morale a religio to integrantes da sua condio humana, que no se sentiro comopessoas completas se no estiverem permeados pela moral e aquecidos pelareligio." (GA 307, 13apalestra.)NONO ANO ESCOLARLngua materna(N.R. As citaes de obras referem-se obviamente literatura alem.) De JeanPaul, partes da "sthetik oder Vorschule des Schnen" (Esttica ou pr-escola do

    belo), especialmente aquelas que tratam do humor; ler e discutir captulos avulsosdas prelees de Hermann Grimn sobre Goethe. Com respeito linguagem,discutir de diferentes maneiras a lei de Grimn para "Lautverschiebung"(transposio de fonemas). Fazer composies que tratar de temas histricos.Trabalhar tambm o material abordado no ano anterior.Ensino de arte (segundo a concepo de Erich Schwebsch)O desenvolvimento das artes pictricas e plsticas, desde a antiguidade atRembrandt, mostrado da forma mais simples possvel em algumas grandesobras de grandes artistas do Sul e do Norte. Em exemplos significativos, os alunosdevem aprender de maneira concreta o conceito do "belo", da arte como tal,

    metamorfoses do belo, o belo na Grcia, o belo na Renascena etc. Assim, osalunos podem, por exemplo, na passagem da pintura de Giotto at Rembrandt,

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    observar imparcialmente a soluo artstica objetiva de problemas anmicos, osquais a prpria idade faz emergir continuamente do fundo da alma.Lnguas estrangeiras (segundo o currculo de 2/6/1924)Fazer uma recapitulao da gramtica tratada com humor, oferecendocontinuamente exemplos plenos de humor. Recordar toda a gramtica por meio deexemplos. Ao lado disso, justamente neste ano escolar, leitura estimulante.MatemticaIntroduzir clculo do cmbio de moedas, clculo de aproximao (N.R.provavelmente, interpolao de valores em tabelas), clculo de mdia. Emgeometria, em ligao s superfcies e aos clculos de volume do oitavo anoescolar, introduzir o conceito de .Acrescentar a isso os primeiros elementos datrigonometria plana e dos logaritmos e, por fim, princpios da geometria descritiva.HistriaA histria dos sculos de XVI a XIX, para que os alunos obtenham compreenso

    para o presente. Expor as idias condutoras.GeografiaPartindo da segmentao dos Alpes, desenvolver a estrutura das cordilheiras daTerra, de modo que possa surgir a representao de que a Terra um corpo comorganizao interior. A seguir, tratar da movimentao das estrelas na direo davisada (o efeito Doppler).Cincias naturaisContinuar o estudo do ser humano de modo a transmitir uma correta antropologia.Deve haver uma evoluo cclica de ano para ano, e o restante das cincianaturais deve estar relacionado com isso.

    FsicaEnsino de acstica e eletricidade, e o magnetismo pertinente a isso, para que osalunos entendam perfeitamente o funcionamento do telefone (N.R. naquela poca,no havia telefones eletrnicos). Termologia e mecnica para que os alunospossam entender o funcionamento da locomotiva (N.R. certamente, para a poca,a locomotiva a vapor; o importante notar a preocupao com a compreenso datecnologia da poca).QumicaLevar adiante o tratamento dos primeiros elementos da qumica orgnica.Jardinagem

    Construo intensiva de horta, cultura de plantas e tratamento do composto,cuidados com flores, arbustos e rvores frutferas. No inverno, abordar plantas emeio ambiente (N.R. talvez, devido ao frio europeu e o solo ento congelado, trata-se de aulas em classe).MsicaTonalidades maior e menor como contedo de sensao. Msica instrumental.Coro e canto solo.EuritmiaContinuar o aspecto gramatical.Educao fsica

    Como no oitavo ano escolar.Trabalhos manuais

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    Projetar e executar trabalhos artesanais; tambm pintar cartazes e capas de livros.Artes aplicadasExerccios de modelagem de prpria inveno, objetos artesanais em formaslivres, desenhos em preto e branco.DCIMO ANO ESCOLARLngua maternaDar uma apresentao coerente da mtrica e da potica. Cano dos Niebelungene Gudrun, tanto quanto possvel em alemo medieval (N.R. obviamente, isso deveser substitudo por obras antigas no vernculo). Apoiada na Cano dosNiebelungen, algo da gramtica medieval em comparao com a gramtica dalngua moderna.Ensino de arte (segundo a concepo de Erich Schwebsch)O ensino de arte trata agora de fatos estticos-artsticos a partir do domnio dopoeta. Falando, o aluno, deve compreender a linguagem potica. Para isto sero

    feitos exerccios prticos da "arte da fala" (N.R. nova arte introduzida por RudolfSteiner, lidando com o falar artisticamente.) Assim pode surgir um sentimento paraos elementos da potica. Subseqentemente, por meio da vivncia de ritmostratada na euritmia, so trazidos conscincia os fatos bsicos da mtrica e,tambm, tomados em considerao os ensinos de figuras e de metforas. Nessecontexto so tratados especialmente a lrica e o estilo de Goethe por meio deexemplos adequados.Lnguas estrangeiras (para os 10o, 11oe 12oanos escolares segundo o currculode 2/6/1924.No 10oano vem a mtrica da lngua com leitura, de preferncia potica. No

    11o

    ano deve-se comear com leitura dramtica. Ao lado disso segue leitura deprosa e algo de esttica da lngua. Especialmente na leitura dramtica deve serdesenvolvida potica, e esta prosseguir para a poesia lrica e pica no 12oano. Ea, devem ser lidas especialmente obras que se relacionem com o presente e suacorrespondncia no terreno das lnguas estrangeiras. Acrescente-se a issoconhecimento da moderna literatura estrangeira.MatemticaNa geometria descritiva, tratar a teoria dos planos e das seces de dois planos;depois, o ensino dos primeiros elementos da geometria projetiva e, principalmente,ensinar conceitos de dualidade.

    HistriaRetornar at a poca histrica mais antiga e conduzir a histria at o declnio daliberdade da Grcia. O perodos da antiga ndia, da antiga Persa (N.R. pocas pr-histricas), egpto-caldaico e grego at batalha de Chaeronea em 338 a.C.GeografiaDescrio da Terra como um todo morfolgico e fsico. Estrutura das cordilheiras.Aspectos fsicos: condies de calor, magnetismo, correntes martimas, correntesareas, o interior da Terra etc., abrangendo a Terra como um todo.AgrimensuraIntroduo dos procedimentos elementares da medio de um terreno, exerccios

    para executar plantas de localizao.Cincias naturais

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    Antes de tudo agora necessria certa considerao do aspecto mineral. Paraisso, preciso tornar o ser humano compreensvel como um ser individual paraque se possa, mais tarde, passar para a etnografia. O ser humano fsico em seusrgos e funes orgnicas em relao com o anmico e o espiritual.FsicaComear com a mecnica desde o incio, de preferncia aps de abordar osaspectos matemticos e s at o ponto em que os alunos entendam mquinassimples. Com a trigonometria, chegar at a coincidncia da trajetria delanamento e a equao da parbola.QumicaObservar metdica e exaustivamente bases, cidos e sais. Falar de reaesalcalinas e cidas e ligar a isto a reao oposta entre suco alimentar de abelhas esangue.Jardinagem

    Continuar os trabalhos do 9

    o

    ano e, alm disso, tratar da poda de rvores earbustos. No inverno, trabalhos manuais que se apliquem em jardins. Tratar deadubos e questes de agricultura e pecuria.Primeiros socorrosTecnologiaA partir do parafuso, abordar a mecnica tcnica; fiao e tecelagem.MsicaContinuar msica instrumental. Ensino de harmonia fazendo referncia aocontraponto.Euritmia

    Trabalhar no sentido de grupo coerente. Executarem de formas acabadas emgrupo.Educao fsicaComo nos oitavo o nono anos escolares.Trabalhos manuaisComo no nono ano escolar.Artes aplicadasComo no nono ano escolar.DCIMO PRIMEIRO ANO ESCOLARLngua materna

    Criar a passagem da Cano dos Niebelungen e Gudrun para os grandes poemasda Idade Mdia: Parsifal e Pobre Henrique (Armer Heinrich).Ensino de arte (segundo a concepo de Erich Schwebsch)O ensino de arte retoma, de uma nova maneira, os motivos dos dois anosescolares precedentes. Sua meta acompanhar a confluncia da vida espiritualalem moderna no mbito plstico-pictrico com a corrente musical-potica. Nessecontexto, caracterizar por meio de exemplos a relao do desenvolvimento interiorda msica como influncia determinante na vida espiritual moderna.Lnguas estrangeirasComo indicado no 10oano escolar.

    Matemtica

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    Tratar o mais amplamente possvel a trigonometria e a geometria analtica. Nageometria descritiva seces e interseces, construo de sombras. Equaesdiofantinas.HistriaNo perodo em que so tratados, no ensino de literatura, os grandes poemas daIdade Mdia (Parsifal e Pobre Henrique), tratar simultaneamente a histria damesma poca e tirar concluses para a atualidade.GeografiaEstabelecer a ligao entre o ensino de medidas e a geografia para que sejadesenvolvida compreenso do que seja o mapa-mundi na projeo Mercator. Apartir da arte, tratar da origem do metro padro.AgrimensuraVer geografia, acima.Cincias Naturais

    Nesta faixa etria o ensino de citologia deve ser tratado cosmologicamente. Almdisso, tratar das plantas, desde as inferiores at as monocotiledneas apenasapontar para as dicotiledneas. Em lugar de teleologia ou de puras relaescausais, tratar de relaes recprocas.FsicaPara esta faixa etria extraordinariamente bom apresentar as conquistas maismoderna como telegrafia sem fio, os raios X, alfa, beta e gama...QumicaDesenvolver, to completamente quanto possvel, os conceitos fundamentais decido, sal e base. Inserir nisso uma viso geral sobre substncias. Ao mesmo

    tempo mostrar que as substncias devem ser compreendidas como processosfixados (N.R. como resultado de processos).TecnologiaEm lugar dos trabalhos manuais entram, agora, encadernao de livros ecartonagem. Tratar rodas dgua e turbinas e, tambm, da fabricao de papel.MsicaCanto solo. Depois da formao de um gosto musical, conduzir para um e dojulgamento musical.EuritmiaEstabelecer uma sintonia com o professor de esttica sobre as poesias a serem

    tratadas.Educao fsicaComo nos 8o, 9oe 10oanos escolares.Trabalhos manuaisTrabalhos de cartonagem e encadernao de livros.Artes AplicadasDar continuao ao que foi feito at agora. Acrescentam-se a isso exercciosiniciais em marcenaria para a confeco de mveis.DCIMO SEGUNDO ANO ESCOLARLngua materna

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    Dar uma viso completa sobre a histria de literatura alem em relao com coisasestrangeiras, mas faz-lo de modo que se tenha algo do contedo nos pontos devistas gerais e na viso do todo.Ensino de arte (segundo a verso de Erich Schwebsch)O ensino de arte deve despertar compreenso para os elementos da arquiteturaem suas grandes formas e estilos culturais-histricos, a partir da tcnica daconstruo e sua evoluo. A isto se acrescenta uma viso geral sobre o todo dacriao artstica, a qual, por exemplo, faz ressaltar a estruturao das artes etambm sua evoluo em etapas "simblica", "clssica" e "romntica".Lnguas estrangeirasComo indicado no 10oano escolar.MatemticaTratar, da maneira mais transparente possvel, trigonometria esfrica e, tambm,os elementos da geometria analtica no espao. Na geometria descritiva, a

    perspectiva-cavaleira###. Por fim, os fundamentos iniciais do clculo diferencial edo clculo integral.HistriaDar uma viso geral coerente sobre toda histria. Os jovens deveriam ser levadosao ponto de compreenderem de maneira viva as pocas histricas. Por meio doensino, devemos tentar descer algo abaixo da superfcie e mostrar que, porexemplo, no Helenismo j existem aspectos da antiguidade, da idade mdia e dapoca moderna etc. Por outro lado, abordar como as pocas histricas soacompanhadas do "rejuvenescimento" da Humanidade.Geografia

    A Terra como imagem refletida do cosmo, a configurao dos continentes pelasforas csmicas, seu desenvolvimento nas pocas geolgicas. Paleontologia eetnografia.Cincias naturaisPara o ensino de geologia e de paleontologia, partir da zoologia. A partir de ffanergamos na botnica, passa-se tambm para a geologia.FsicaNo 12 ano escolar encontrar, como em todas as matrias, buscar uma espcie deconcluso. Acrescentar a isso imagens pticas em vez de raios pticos.Qumica

    Apresentar, da maneira mais abrangente possvel, a transformao dos processosqumicos conforme ocorrem no mbito inorgnico, no orgnico, no mbito da vidae nos organismos animais ou humanos.TecnologiaTecnologia qumica.MsicaCultivar a sensibilidade para estilos musicais.EuritmiaConsultar o captulo do presente livro sobre euritmia.Educao fsica

    Como nos 8oa 11oanos escolares.Trabalhos manuais

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    Como no 11oano escolar.Artes aplicadasContinuar exerccio em preto e branco e passar para a pintura a partir da cor.Continuar os trabalhos de marcenaria."E assim, esse olhar para o ser humano livre, o ser humano que sabe dar, a siprprio, sua direo na vida, aquilo que ns, na Escola Waldorf, aspiramosacima de tudo." (GA 307, 13apalestra.)RefernciasGA 34. A Educao da Criana Segundo a Cincia Espiritual. (Original de 1907.)Trad. R. Lanz. So Paulo: Ed. Antroposfica, 3 ed. 1996. (Parte do volume GA 34original.)GA 293. A Arte da Educao O estudo geral do homem, uma base para apedagogia. (14 palestras proferidas em Stuttgart de 21/8 a 5/9/1919, por ocasioda fundao da primeira escola Waldorf). Trad. R. Lanz e J. Cardoso. So Paulo:

    Ed. Antroposfica, 3 ed. 2003.GA 294. Metodologia e didtica. 14 palestras proferidas em Stuttgart, 21/8-5/9/1919. Edio brasileira?GA 306. A Prtica Pedaggica. 8 palestras, 3 sesses de perguntas e respostas euma discusso, proferidas em Dornach, 15-22/4/1923. Trad. C. Glas. So Paulo:Ed. Antroposfica, 2000.GA 307. Gegenwrtiges Geistesleben und Erziehung (Vida espiritual atual eeducao). 14 palestras proferidas em Ilkley, Inglaterra, 5-17/8/1923. Dornach:Rudolf Steiner Verlag, 1986.GA 311. Die Kunst der Erziehens aus dem Erfassen der Menschenwesenheit (A

    arte da educao a partir da compreenso da entidade humana). 7 palestrasproferidas em Torquay, Inglaterra, 12-20/8/1924. . Dornach: Rudolf Steiner Verlag,1989.

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