o coordenador pedagógico e os problemas comportamentais

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COORDENADOR PEDAGÓGICO

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Page 1: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

COORDENADOR PEDAGÓGICO

Page 2: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

O PAPEL DO COORDENADOR

1920 – Profissionais do magistério; Final dos anos 80 – para substituir o

“supervisor escolar” surge o papel do coordenador pedagógico;

LDB/96 – gestão democrática reafirmando o papel do coordenador;

Atual concepção – facilitador na formação dos professores.

Page 3: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

SABERES NECESSÁRIOS

Relações Interpessoais – dialogar, ouvir e intervir; Teorias pedagógicas – currículo, avaliação e

aprendizagem

Ler e analisar Selecionar e organizar informações

Page 4: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

HTPCS

Professores sentados com suas bolsas ou pertences pessoais a tiracolo prontos para irem embora, para quem sabe iniciar mais uma jornada de

trabalho. Se um educador faz uma pergunta, os demais o olham censurando, pois o tempo poderá

ser estendido.

Page 5: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

“A formação continuada não se apresenta por si só como a solução para os problemas de qualidade

no ensino, mas abre perspectivas de construir ações coletivas, na busca da qualificação do

trabalho docente”.

DINÉIA HYPOLITTO

Page 6: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

INDISCIPLINA

Procedimento, ato ou dito contrário à disciplina: desobediência, desordem, rebelião. Assim indisciplinado é aquele que age contra a

disciplina.

Page 7: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

Segundo Aquino “estamos em outro tempo e precisamos estabelecer outras relações”. O aluno

precisa ser considerado no meio ou momento histórico em que está inserido. O aluno que não está integrado ao processo ensino aprendizagem passa apresentar comportamentos que causam preocupação à escola são manifestações que

surgem na forma de agitação ou, contrária a ela, comportamentos de apatia e descomprometimento.

Page 8: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

SÍNDROME DA TRANSFERÊNCIA

Uma pesquisa indicou que quando o professor não enfrenta o problema logo no começo ele acaba

perdendo cerca de 50% do tempo útil em sala de aula, buscando alternativas de “sobrevivência” ou

embate; gerando assim, mais indisciplina.

Page 9: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

O SOCORRO

Construir participativamente uma linha comum de atuação; Ajudar manter uma visão de totalidade do problema, fazendo com

que o professor reflita sobre sua própria postura e metodologia adotada;

Não designar alguém na escola só para cuidar da disciplina; Subsidiar, apoiar o professor para que possa ser o autor da ação

educativa, dialogar com o aluno; Resgatar o saber docente; buscando os pontos positivos do aluno; Ser afetuoso (colo) quando necessário, mas também ser firme se a

situação assim exigir; Apoiar o professor diante da comunidade. Saber enfrentar pressões

e pais equivocados.

Page 10: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

BULLYNG

O termo Bullyng compreende todas as formas de atitudes agressivas intencionais e repetidas, que ocorrem sem

motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s). Causando dor, angústia, e executadas

dentro de uma relação desigual de poder.

Page 11: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

ATITUDES

Os comportamentos apresentados pelos agressores podem ser apresentados como: colocar

apelidos, agredir fisicamente, oralmente e virtualmente (ciberbullying); discriminar.

Intimidar, roubar, perseguir, quebrar pertences, aterrorizar, tiranizar e dominar.

Page 12: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

QUEM SÃO? Bullye - autor : , indivíduos que têm pouca empatia, frequentemente

pertencem a famílias com pouco relacionamento afetivo, desestruturadas e tolerantes com atitudes agressivas. Os agressores normalmente acham que todos devem fazer suas vontades e foram acostumados, por uma educação equivocada, a ser o centro das atenções. Normalmente sofrem ou sofreram algum tipo de agressão por parte de adultos ou dos próprios familiares.

Vítimas - geralmente são crianças ou jovens com baixa auto estima, inseguras que não dispõem de habilidades para reagir ou fazer cessar os atos contra si.Muitos passam a apresentar desinteresse escolar e convivência social, principalmente nas atividades escolares. Podem ainda apresentar sintomas de depressão, perda de sono e pesadelos.

Page 13: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Observação e discussão com os professores e funcionários. São eles que podem identificar agressores e vítimas;

Trabalhar valores em diferentes disciplinas; Conversar com grupos pequenos de alunos; Reunião com os pais para orientação sobre a gravidade

do comportamento; Jogos cooperativos.

Page 14: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

ESTATÍSTICAS

O bullying já atinge 45% dos estudantes de Ensino Fundamental do país, seja como agressor, vítima ou em ambas as posições;

2.000 entrevistados, 49% estavam envolvidos com a prática;

22% eram vítimas, 15% agressores, e 12%, vítimas agressoras;

Page 15: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

Esses números batem com estatísticas internacionais e traçam um perfil: as vítimas são tímidas, de ambos os sexos, possuem alguma característica marcante, tanto comportamental como física (obesidade ou baixa estatura, por exemplo), possuem, em média, 11 anos e não reagem contra a gozação.

Já os agressores têm entre 13 e 14 anos e gostam de mostrar poder, por isso, costumam serem líderes de seu grupo de amigos e, em muitos casos, foram mimados pelos pais e a maioria é constituída por meninos (60%). "Mas as meninas são mais cruéis. Tramam fofocas e intrigas para excluir colegas"

 

Page 16: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE

O termo Transtorno é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou

comportamentos clinicamente reconhecível associado na maioria dos casos, a sofrimento e

interferência com funções pessoais. De base genética é caracterizado por sintomas de

desatenção, acompanhada ou não de hiperatividade e impulsividade.

Page 17: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

Transtorno do Déficit de

Atenção/Hiperatividade tipo combinado

Falta de atenção sustentada,

hiperatividade e impulsividade.

Transtorno do Déficit de

Atenção/Hiperatividade tipo predominante

desatento

Falta de atenção sustentada,

distrabilidade.

Transtorno do Déficit de

Atenção/Hiperatividade tipo predominante

hiperativo e impulsivo

Desenvolve um padrão de comportamento

disfuncional tumultuando as aulas. São

imediatistas, resistentes à frustração e com

dificuldades de seguir regras e instruções;

por isso apresentam altas taxas de

impopularidade e rejeição pelos colegas.

Page 18: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

CARACTERÍSTICAS

DESATENÇÃO HIPERATIVIDADE IMPULSIVIDADE

Em geral, se distraí facilmente com estímulos

pouco significativos.

Costuma fazer movimentos com as mãos e pernas

mesmo sentado.

Em geral age antes de pensar.

Esquece as atividades do dia e costuma perder objetos de

uso pessoal.

Dificuldade em brincar e participar de atividades de

lazer.

Costuma ter dificuldade de esperar sua vez em atividade

de grupo.

Dificuldade em manter atenção em jogos ou

trabalhos.

Geralmente fala em excesso. Responde às perguntas antes que essas sejam

completamente formuladas.

Parece não estar ouvindo o que está sendo falado.

Levanta-se com frequência dos lugares.

Interrompe ou mostra-se intruso em relação a outras

pessoas.

Não segue as regras e falha em completar as tarefas

escolares, rotinas ou deveres.

Page 19: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

TRATAMENTO

NOME QUÍMICO NOME COMERCIAL DOSAGEMDURAÇÃO DO

EFEITO

Metilfenidato (ação curta)

Ritalina5 a 20mg de 2 a 3

vezes ao dia3 a 5 horas

Metilfenidato (ação prolongada)

Concerta Ritalina LA

18 a 72mg pela manhã

20 a 40mg pela manhã

Cerca de 12 horas

Cerca de 8 horas

Imipramina (antidepressivo)

Tofranil2,5 a 5mg por kg de peso divididos em 2

dosesCerca de 19 horas

Page 20: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

TDA/H NA ESCOLA

Qual é a dificuldade mais importante do aluno portador deTDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar

daquele aluno? Depois disso, o segundo passo importante é saber distinguir o que

o aluno é capaz de fazer do que ele não é (principalmente ao lidar com comportamentos destrutivos) e assim não criar expectativas

irreais. Talvez essa seja uma das partes mais difíceis, mas não desanime observar o aluno e estudar sobre o TDAH são as

melhores formas de se preparar para fazer essa distinção sobre o que é sintoma e/ou consequência do transtorno daquilo que não é.

Nesse sentido, cuidado para não repreender o tempo todo: sintomas primários NÃO podem ser punidos!

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PROFESSORES Lembretes em agendas e/ou cadernos Listas de tarefas Anotações em provas e trabalhos Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como ferramentas

organizadoras de horários e datas importantes. Uma outra dica é eleger juntos com os alunos alguns

representantes para serem responsáveis por cada um desses recursos;

Evitar ambientes com muitos estímulos; Evitar explicações longas ou enunciados; Provas ou atividades que requeiram mais atenção deverão ser

realizadas no inicio da aula; Conversar sempre com o aluno e familiares.

Page 22: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

TRANSTORNO DE CONDUTA

O transtorno de conduta caracteriza-se por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti

social, agressiva ou desafiadora, por no mínimo seis meses. Basicamente consiste em

comportamentos que perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo

ilegais.

Page 23: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

CARACTERÍSTICAS

Conduta agressiva que causa ameaça ou danos a outras pessoas e/ou animais;

Conduta não agressiva mas que causa perdas ou danos a propriedades;

Furto e/ou roubo; Violação habitual das regras.

Esses comportamentos costumam estar presentes em diferentes contextos sociais.

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DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de Transtorno de Conduta deve ser feito muito cuidadosamente, tendo em vista a possibilidade dos sintomas

serem indício de alguma outra patologia, como por exemplo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Devido à excelente capacidade das pessoas com Transtorno de Conduta manipular o ambiente e dissimular seus

comportamentos anti-sociais, o psiquiatra precisa recorrer a informantes para avaliar com mais precisão o quadro clínico. 

Deve ser feito somente se o comportamento anti-social continuar por um período de pelo menos seis meses, e assim representar um padrão repetitivo e persistente. Devem estar presentes algumas

características importantes para o diagnóstico:

Page 25: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

1. Roubo sem confrontação com a vítima em mais de uma ocasião (incluindo falsificação). 

2. Fuga de casa durante a noite, pelo menos duas vezes enquanto vivendo na casa dos pais (ou em um lar adotivo) ou uma vez sem retornar. 

3.  Mentira freqüente (por motivo que não para evitar abuso físico ou sexual).  

4. Envolvimento deliberadamente em provocações de incêndio.  

5. Desrespeita frequentemente na escola (para pessoa mais velha, ausência ao trabalho).  

6. Violação de casa, edifício ou carro de uma outra pessoa.  

7. Destruição deliberadamente de propriedade alheia (incêndio, depredação)

8. Crueldade física com animais.

9. Forçar alguma atividade sexual com ele ou ela.  

10. Uso de arma em mais de uma briga.  

11. Frequentemente inicia lutas físicas.  

12. Roubo com confrontação da vítima (por exemplo: assalto, roubo de carteira, extorsão, roubo à mão armada).  

13. Crueldade física com pessoas.

Page 26: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

INTERVENÇÃO EDUCACIONAL

Conversas com o aluno e familiares; Encaminhamento para atividades esportivas e ou

artísticas; Apresentar modelos de comportamento; Conhecer o que o aluno gosta, suas aptidões e

habilidades; Buscar auxílio de assistente social, psicólogo e

psiquiatra.

Page 27: O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais

“A formação é uma viagem aberta, uma viagem que não pode ser antecipada, é uma viagem

interior, na qual alguém se deixa influenciar a si próprio, se deixa seduzir e solicitar por

quem vai ao seu encontro...”

Jorge Larrosa