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CENTRO EDUCACIONAL ELIÃ MARCIO JOSÉ BONFIM MARQUES O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ENTRE ADOLESCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA TAILÂNDIA MARÇO-2013

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CENTRO EDUCACIONAL ELIÃ

MARCIO JOSÉ BONFIM MARQUES

O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ENTRE ADOLESCENTES DO

ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

TAILÂNDIA

MARÇO-2013

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CENTRO EDUCACIONAL ELIÃ

MARCIO JOSÉ BONFIM MARQUES

O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ENTRE ADOLESCENTES DO

ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

Artigo apresentado ao Centro Educacional Eliã - Como

requisito final para a conclusão do curso de Pós-Graduação

em Educação Física Escolar. Orientado pela Prof.ª Maria

Célia Barbosa da Costa

TAILÂNDIA

MARÇO-2013

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AGRADECIMENTO

Agradeço aos meus pais: José Carlos Marques e Luzia Bonfim Marques, que

sempre me incentivaram nos estudos, ao meu irmão e minhas irmãs que me apoiaram

nessa jornada.

A minha querida filha Isabella Soares Marques, ao meu sobrinho Ricardo do

nascimento Soares, motivação na busca do conhecimento.

A minha esposa Amélia que sempre me apoiou nessa nova conquista

Agradeço aos docentes que contribuíram repassando seus conhecimentos. Em

especial a minha orientadora Profª. Maria Célia Barbosa da Costa, que não mediu

esforços na orientação do trabalho.

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O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ENTRE ADOLESCENTES DO ENSINO

FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

MARCIO JOSÉ BONFIM MARQUES

Resumo: O presente trabalho tem como titulo: o consumo de bebidas alcoólicas entre adolescentes

do ensino fundamental do município de Tailândia, onde seu objetivo principal: identificar os fatores

que contribuem para os estudantes adolescentes da rede municipal de ensino de Tailândia ao

consumo de bebidas alcoólicas. O uso de bebidas alcoólicas por adolescentes podem ser facilmente

observado na cidade de Tailândia, nas praças, igarapés, em comemorações familiares e

principalmente nas festas. É comum observar nas conversas no âmbito escolar a presença das

bebidas alcoólicas, acredito que, a maioria dos jovens não conseguem fugir dessa armadilha, que é

fortemente instigada pelos meios de comunicações através das músicas e das propagandas, trazendo

uma falsa impressão de que as coisas boas e belas só estão presentes diante de tal situação, “lazer é

beber”. A realização do levantamento bibliográfico foi realizado através de livros, revistas e

principalmente de artigos científicos disponíveis na biblioteca virtual SCIELO (Scientific Electronic

Library Online), o estudo é de caráter transversal com amostragem aleatória simples, estratificada

por conglomerados totalizando 05 escolas pesquisadas, utilizou-se um questionário anônimo,

padronizado e auto-aplicável, contendo questões sobre o padrão de consumo dos estudantes

selecionados. Participaram da pesquisa 16% dos estudantes adolescentes do fundamental maior, da

rede municipal de ensino de Tailândia, do ano letivo de 2012, na faixa etária de 11 aos 16 anos, nos

turnos matutino e vespertino. Os resultados obtidos são extramente preocupantes, os índices

revelam resultados absurdos como a iniciação desde os 09 anos de idade, elevado índice de

consumo entre os familiares chegando a 65%, dos locais de consumo as festas apresentou-se com

45%, sendo a cerveja a bebida mais consumida com 29% e as meninas são as que mais consomem.

Por isso algumas medidas devem ser tomadas para mudar esse quadro relatado na pesquisa.

Advertir consumidores e comerciantes a respeito das leis de proteção das crianças e adolescentes.

As leis existem, mas é necessário fazer cumpri-las e punir de forma imediata os infratores, mas para

que isso aconteça é necessário uma intensa fiscalização dos órgãos responsáveis, para evitar

absurdos, como a existência de adolescentes trabalhando em bares e quiosques da cidade.

Palavra-chave: Adolescentes estudantes, bebidas alcoólicas, familiares, educação,

prevenção.

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O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ENTRE ADOLESCENTES DO ENSINO

FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

MARCIO JOSÉ BONFIM MARQUES

Abstract: This work has the title: the consumption of alcoholic beverages among adolescents from

secondary schools in the municipality of Thailand, where its main objective: to identify factors that

contribute to adolescent students of municipal schools of Thailand to the consumption of alcoholic

beverages. The use of alcohol by adolescents may be easily observed in the city of Thailand, in

plazas, streams, mainly in family celebrations and feasts. It is common to observe the conversations

in the school the presence of alcohol, I believe that most young people can not escape this trap,

which is heavily instigated by the means of communication through songs and advertisements,

bringing a false impression that things good and beautiful are only present in the face of such a

situation, "leisure is drinking." The realization of the literature was conducted through books,

magazines and papers mainly available in the virtual library SciELO (Scientific Electronic Library

Online), the study is transversal with simple random sampling, stratified cluster totaling 05 schools

surveyed used A standardized questionnaire self-administered, with questions on the consumption

pattern of selected students. Participated in the survey 16% of adolescent students from elementary

largest of the municipal school of Thailand, the 2012 school year, aged 11 to 16 years, in morning

and afternoon shifts. The results are troubling extramente, indexes reveal absurd results as the

starter since 09 years old, a high rate of use among family reaching 65% of local consumption

parties presented with 45%, and beer the most consumed beverage with 29% and girls are the most

consuming. Therefore some measures should be taken to change this situation reported in the

survey. Warn consumers and traders regarding laws to protect children and adolescents. The laws

are there, but it is necessary to fulfill them immediately and punish the offenders, but for that to

happen you need intense supervision of responsible agencies to avoid absurd, as the existence of

teens working in bars and kiosks city.

Keyword: Teenage students, alcohol, family, education, prevention.

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Introdução:

Observa-se que os adolescentes estudantes do município de Tailândia estão fazendo

uso das bebidas alcoólicas, sabe-se que há pesquisas que apontam que a ingestão dessas

substâncias cada vez mais cedo, pode acarretar futuramente diversos problemas sociais e de

saúde. Quando ingeridas diariamente, aumenta a possibilidade de se tornar um adulto

dependente, para Michel (2000), o alcoolismo é considerado uma doença crônica, mas que

pode ser tratável, caracterizada pelo uso contínuo que traz consequências desastrosas para o

usuário.

Diante dessa situação mencionada, busco-se pesquisar, quais os fatores que estão

contribuindo para que os estudantes adolescentes da rede municipal de ensino consumam

bebidas alcoólicas?

A adolescência é caracterizada por várias mudanças, biológicas, emocionais

cognitivas e sociais, isso faz com que esse momento seja bastante conturbado, nesta fase o

adolescente torna-se mais suscetível a comportamentos inadequados, como má

alimentação, sedentarismo e principalmente o consumo de álcool. (VIEIRA et al 2008).

Os danos causados à saúde pelo uso indevido do álcool têm sido motivo de estudos.

O álcool esta Entre as drogas mais consumidas pelo homem, consideradas drogas lícitas de

uso bastante aceitável. Observa-se nas ultimas décadas um consumo bastante acentuado,

principalmente entre a população jovem, no caso os adolescentes onde a iniciação é cada

vez mais precoce. (PECHANSKY et al. 2004).

O uso de bebidas alcoólicas por adolescentes estudantes podem ser facilmente

observado na cidade de Tailândia, nas praças, igarapés, em comemorações familiares e

principalmente nas festas. É comum observar nas conversas no âmbito escolar a presença

das bebidas alcoólicas, acredito que, a maioria dos jovens não consegue fugir dessa

armadilha, que é fortemente instigada pelos meios de comunicações através das músicas e

das propagandas, trazendo uma falsa impressão de que as coisas boas e belas só estão

presentes diante de tal situação, “lazer é beber”.

Considerando a inexistência de estudos atualizados que contemplem essa realidade

em nosso município, decidiu-se identificar os fatores que estão motivando os estudantes

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adolescentes ao consumo das bebidas alcoólicas, destacando-se o papel do profissional de

Educação Física para saúde e prevenção do uso do álcool.

1.0 Adolescência e alcoolismo:

As pesquisas demonstram que o álcool esta cada vez mais frequente na vida dos

adolescentes, sendo seu consumo aceitável perante a sociedade Brasileira, a lei proíbe

menores de beber, mas ninguém, nem os pais, a respeita. Segundo essa lei, o jovem só pode

comprar ou consumir bebidas a partir dos 18 anos, não é o que se observa nas cidades

Brasileiras.

Segundo uma matéria publicada pela revista Veja, em 11 de julho de 2012, em sete

capitais Brasileiras, (São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,

Belém e Campo Grande) demonstrou que 70% dos adolescentes tem sucesso nas tentativas

de compra das bebidas alcoólicas. (DINIZ; RANGEL, 2012).

Observa-se que esses dados foram obtidos nas capitais dos estados Brasileiros, onde

teoricamente as leis deveriam ser mais severas, como ficaria se essa pesquisa tivesse sido

realizada nas cidades do interior? Onde o descompromisso com a lei é muito mais

acentuado, basta observar a facilidade com que os adolescentes possuem para adquirir as

bebidas, seja nos bares ou nos comércios da cidade, parece-me que não existe lei diante de

tal situação.

O artigo 243 do Estatuto da criança e do adolescente (lei 8.069/90) diz o seguinte:

Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de

qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos

componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por

utilização indevida: Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa, se o fato

não constitui crime mais grave. Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e

multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 10.764

, de 12.11.2003).

De todas as leis ignoradas no Brasil, essa com certeza é a mais violada, verifica-se a

naturalidade com que essa lei é descumprida, em festa, praças, em shows, eventos

esportivos, além da facilidade de adquirir existem outros fatores que influenciam

diretamente o consumo das bebidas, o baixo preço torna o álcool facilmente acessível aos

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adolescentes, fazendo uma parceria perfeita com as propagandas divulgadas pelos meios de

comunicação, as quais são exibidas em qualquer horário, sem nenhuma restrição.

É importante ressaltar, que durante a pesquisa, observou-se uma associação do

beber como forma de lazer, a meu ver isso possui relação direta com as propagandas que

são exibidas em horário nobres, principalmente em dias de futebol. Antes, durante e pós os

jogos.

Os adolescentes brasileiros são constantemente expostos às propagandas de bebidas

principalmente as de cerveja, são bombardeados por informações audiovisuais, nas quais a

relação jovem e bebidas estão sempre presente, o governo brasileiro deveria ficar atento e

dar atenção a esse tema, que vem sendo abordado em diversas pesquisas, mas o que esperar

de um governo que autoriza a venda de bebidas alcoólicas nos estádios e arredores durante

os jogos da copa das confederações de 2013, e da Copa do Mundo de 2014.

Atitudes como esta, colaboram para o aumento do índice de jovens adolescentes que

consomem bebidas e consequentemente a diversos problemas sociais e de saúde, segundo

LARANJEIRA, em seu artigo o brasileiro bebe álcool diferente,

[...]24% dos brasileiros bebem excessivamente e representam o grupo

responsável pelo custo social do álcool. Esse grupo consome mais de 80% de

todo o álcool no Brasil e é o responsável pelas doenças e violência causadas pela

cerveja. Vale a pena responsabilizar a cerveja pelo custo social do álcool no

Brasil, pois cerca de 70% de todo o consumo é feito dessa forma.

O Estatuto do Torcedor veta a presença nos estádios de “bebidas ou substâncias

proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”. Parece que

os nossos representantes da câmara dos deputados não estão preocupados com isso, de fato,

a “comissão especial” apenas atende a uma das exigências da FIFA (Fédération

Internationale de Football Association), que é a favorável ao uso das bebidas, já que alguns

patrocinadores são empresas fabricantes de bebidas.

Mais uma vez a Educação é deixada para depois, até quando? O carnaval vem ai,

cheio de “alegria e diversão”. Enquanto as empresas de bebidas lucram, os nossos

adolescentes se debruçam em uma realidade estúpida na qual os interesses do comercio

prevalece.

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2.0 O papel do profissional de Educação física na Educação para saúde e Prevenção

do uso do álcool.

Segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), a inclusão do aluno é a base

fundamental que norteia o papel do profissional de Educação física no ambiente escolar,

utilizando os conteúdos da cultura corporal que segundo Coletivo de autores 1992, tematiza

atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, lutas, dança e ginástica.

Diante dessa proposta pedagógica citada no coletivo de autores e reforçado nos

PCN´s, permite ao profissional de Educação Física transcender aos conteúdos técnico e

metodológico da área, criando possibilidade de abordar conhecimentos mencionados nos

temas transversais, como higiene, ambiente, valores humanos e principalmente saúde.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que, “saúde não é apenas a

ausência de doença ou enfermidade, é um estado completo de bem-estar físico, mental e

social”.

Esse bem-estar físico mental e social que o profissional de Educação física deve

enfatizar ao abordar o tema saúde buscando aproximação com a realidade social, é um

desafio que pode ser explorado com a interdisciplinaridade, contribuindo assim para a

saúde pessoal e social dos estudantes.

É com essa perspectiva que o assunto inerente ao consumo de bebidas alcoólicas

deve ser evidenciado na escola, tentando aproximar os estudantes da realidade social,

demonstrando os malefícios que o consumo precoce e abusivo pode trazer para a vida dos

adolescentes, seja no âmbito escolar, familiar ou social. Quanto maior a disponibilidade das

bebidas alcoólicas, maiores serão os problemas trazidos por ela. (PECHANSKY et AL,

2004).

Dentre os problemas causados diretamente pelo uso das bebidas alcoólicas podem

ser destacadas doenças do fígado, coração e do sistema digestivo. Seus efeitos no sistema

nervoso central vão desde problemas da atenção, perda da memória recente, perda de

reflexo, perda do juízo crítico da realidade. (GONÇALVES, 2012).

Em virtude disso, é importante que os adolescentes sejam informados para que

conheçam os danos causados a saúde pelo uso das bebidas. A informação tem papel

fundamental, pois age de forma preventiva entre os adolescentes.

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Nesse sentido, cabe aos pais e aos educadores, observar, orientar e dialogar com

seus filhos, explicando-lhes do mal que o uso das bebidas alcoólicas pode trazer para a vida

dos adolescentes. (TIBA, 2012).

Uma escola que pensa junto em que tipo de cidadão ela quer formar que tipo de

construção ela almeja, trabalha na interdisciplinaridade onde a Educação Física

pode contribuir junto das outras disciplinas para as dimensões afetivas,

cognitivas, psicossociais e socioculturais dos alunos (DA ROCHA, 2010).

3.0 Descrição da pesquisa.

O interesse pelo tema surgiu através de observações feitas nas conversas dos

estudantes adolescentes no ambiente escolar, principalmente nos dias de segunda-feira,

onde os comentários do tipo, “ele tava chapado, ela tava chapada, nós tomamos todas,

saímos pra casa de um amigo, foi legal tomamos umas, fomos à festa”... Geralmente estes

tipos de comentário são feitos pelos estudantes do turno da noite.

Depois de feitas as observações no ambiente escolar, o próximo passo foi fazer

observações fora da escola, constando os locais de consumo, e a facilidade com que eles

adquiriam as bebidas alcoólicas.

Segundo as secretarias das escolas pesquisadas o número de alunos frequentando as

aulas no ano letivo de 2012, totalizou 4.704, deste universo utilizou-se 16% para a

realização da pesquisa.

A presente pesquisa é de caráter descritivo exploratório, com abordagem

fundamentada em revisões bibliográficas. Martins (1994,cp. 28) pesquisa descritiva “tem

como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno,

bem como o estabelecimento de relações entre variáveis e fatos.”

A realização do levantamento bibliográfico foi realizado através de livros, revistas e

principalmente de artigos científicos disponíveis na biblioteca virtual SCIELO, o estudo é

de caráter transversal com amostragem aleatória simples, estratificada por conglomerados

totalizando 05 escolas pesquisadas, utilizou-se um questionário anônimo, padronizado e

auto-aplicável, contendo questões sobre o padrão de consumo dos estudantes selecionados.

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Participaram da pesquisa 750 estudantes adolescentes do fundamental maior, da

rede municipal de ensino de Tailândia, do ano letivo de 2012, na faixa etária de 11 aos 16

anos, nos turnos matutino e vespertino.

Foram selecionados 03 meninos e 03 meninas de cada turma para responderem o

questionário, totalizando 375 questionários femininos e 375 questionários masculinos, a

abordagem se deu de forma direta, fazendo esclarecimento sobre os objetivos da pesquisa,

garantindo sigilo e anonimato.

É importante ressaltar que a pesquisa não atrapalhou o andamento das aulas, sendo

que a mesma foi realizada nos intervalos dos turnos matutino e vespertino, nesse período

acontecia à recuperação paralela do 4ª bimestre, e os professores já sabiam quais dos

estudantes estavam de recuperação, isso facilitou a coleta de dados.

3.0 – Análise dos dados coletados:

O primeiro (gráfico-01) mostra as 05 escolas pesquisadas e o percentual de

estudantes adolescentes envolvidos na amostra, as escolas apresentaram juntas 4.704 alunos

que frequentaram as aulas no ano letivo de 2012, deste universo utilizou-se 16% para a

realização da pesquisa.

21%

8%

18%

26% 27%

Escola A Escola B Escola C Escola D Escola E

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio

J. Bonfim Marques.

Gráfico 01: Percentual das escolas pesquisadas, com amostragem de 750 alunos.

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No gráfico 02: Dos 750 questionários utilizados na amostra, as meninas são as que mais

consomem bebidas alcoólicas, com percentual de 16%, os meninos apresentaram percentual

de 14%.

14%

36%

16%

34%

Sim não

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio

J. Bonfim Marques.

Gráfico 02: Percentual de consumo entre os estudantes adolescentes, com

proporções semelhantes (375 questionários) entre os sexos masculino e feminino.

Masculino Feminino

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O uso das bebidas alcoólicas esta sendo cada vez mais precoce, é o que mostra o

gráfico-03, onde a idade de inicio é de 09 anos, observa-se um índice crescente da iniciação

do consumo, que vai dos 11 aos 14 anos, sendo que aos 14 anos (27%), foi à idade de maior

proporção.

Essa iniciação tão precoce dos adolescentes possui grande aceitabilidade perante a

sociedade, é uma clara demonstração de que as leis não são cumpridas, é importante

ressaltar que há fortíssimo estímulo ao consumo, desencadeado principalmente pelos meios

de comunicação, através das propagandas de bebidas alcoólicas.

1%

4% 4%

18%

24%

27%

13%

9%

09 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio J.

Bonfim Marques.

Gráfico03: Percentual dos estudantes adolescentes com a idade que iniciaram o

consumo das bebidas alcoólicas.

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O gráfico 04, apresenta a frequência de consumo de bebidas alcoólicas entre os

adolescentes do sexo masculino e feminino, em que as festas apresentaram-se com maior

percentual, onde as meninas obtiveram a maior proporção. 33%, e os meninos 23%,

seguida dos finais de semana com 17% para os meninos e 16% para as meninas. Duas

vezes ao mês obteve 3% em ambos os sexos.

17%

4% 3%

23%

16%

1% 3%

33%

Fins de semana Três vezes ao mês duas vezes ao mês Só em festas

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio J.

Bonfim Marques.

Gráfico 04: Porcentagem da frequência do consumo de bebidas alcoólicas.

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Por que começou a tomar bebidas alcoólicas? O gráfico 05, apresenta as respostas

dos estudantes adolescentes, com a iniciativa própria obtendo os maiores percentuais,

sendo 31% feminino e 22% masculino, seguido do incentivo de amigos, com 20%

masculino e 14% feminino.

Apesar dos estudantes relatarem que tiveram iniciativa própria, o incentivo de

amigos é considerado fator motivacional para o inicio de consumo das bebidas alcoólicas,

é uma da forma de ser aceito pelo grupo, ou até mesmo para se sentir adulto.

Apesar de apresentarem apenas 2%, os familiares de certa forma servem de

estimulo para a iniciação das bebidas alcoólica, basta observar o gráfico 06, onde mais da

metade (65%), tomam bebidas alcoólicas, outra situação observada é falta de rigorosidade

por parte dos familiares, já que o álcool é uma droga aceita socialmente.

22% 20%

1%

4%

31%

14%

1%

7%

Iniciativa própia Incentivo de amigos Incentivo da familia outros motivos

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio J.

Bonfim Marques .

Gráfico 05: Por que começou a tomar bebidas alcoólicas?

Masculino Feminino

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Na amostra coletada que gerou o gráfico 07, os estudantes responderam mais de

uma alternativa, e a cerveja foi a bebida mais consumida, (12% masculino e 17%

feminino), em segunda o vinho (8% masculino e 15% feminino), e em terceiro, ice, (9%

masculino e 13% feminino). O wisk ficou como a quarta bebida da preferência com 11%,

seguida da vodka com um consumo de 9%.

35%

65%

não sim

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio J.

Bonfim Marques .

Gráfico 06: Há membros na família que consomem bebidas alcoólicas?

Cerveja Vinho Pinga Vodka Wisk Ice Outros

Masculino 50 33 4 15 22 38 9

Feminino 68 61 2 19 23 52 14

12%

8%

1%

4%

5%

9%

2%

17%

15%

0

5% 6%

13%

3%

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio J.

Bonfim Marques .

Gráfico 07 - Percentuais do tipo de bebidas alcoólicas costumam tomar?

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A pinga apresentou 1%, enquanto outros tipos de bebidas não especificadas 5%. As

meninas apresentaram percentuais de consumo elevado em toda a amostra demonstrada no

gráfico, sendo a cerveja o vinho e o ice, as mais consumidas.

Na amostra coletada que gerou o gráfico 08, os estudantes adolescentes também

responderam mais de uma alternativa, sendo que os locais preferenciais para o consumo

são: as festas (21% masculino e 24% feminino), casa dos amigos (6% masculino e 13%

feminino), casa própria (5% masculino e 6% feminino) e igarapés (4% masculino e 7%

feminino).

Outros locais de consumo como restaurantes apresentaram 3%, dentro do carro 2%,

na rua 4% e eventos esportivos fora da escola 4%.

É importante ressaltar que dentro da escola não apresentou dados referentes ao

consumo.

Festas Casa

própia Casa dos amigos

Restaurantes

Na escola Dentro

do carro

Eventos esportivos fora da

escola

Na rua Igarapés

Masculino 76 19 22 6 0 2 3 9 13

Feminino 89 23 47 5 0 2 12 9 27

21%

5%

6%

2% 0

1% 1%

2%

4%

24%

6%

13%

1% 0

1%

3% 2%

7%

Monografia apresentada ao curso de pós-graduação em Educação física escolar, Prof° Marcio

J. Bonfim Marques .

Gráfico 08: porcentagem dos locais de consumo de bebidas alcoólicas.

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4.0 Considerações finais:

A presente pesquisa demonstrou resultados bastante relevantes, com relação ao

consumo de bebidas alcoólicas entre os estudantes adolescentes do município de Tailândia,

é importante ressaltar que os alunos pesquisados frequentavam os turnos matutino e

vespertino, na faixa etária dos 11 aos 16 anos.

Os resultados obtidos mostram uma parcela considerável de estudantes

adolescentes, que consomem bebidas alcoólicas, sendo que, a iniciação se deu, sobretudo

através de iniciativa própria e de amigos. Os resultados demonstram um grande consumo

entre o sexo feminino.

Verificou-se que a idade de experimentação das bebidas alcoólicas é muito precoce,

chegando seu inicio aos 09 anos de idade, este resultado é extramente preocupante, já que o

consumo por parte dos familiares é bastante elevado, apesar da pesquisa apresentar dados

mínimos com relação ao incentivo da família, o índice de consumo dos familiares possui

relação com idade tão precoce dos estudantes adolescentes.

A mídia também possui grande influência no estímulo ao consumo, divulgando uma

imagem positiva relacionada ao uso das bebidas alcoólicas, refletindo no índice elevado da

cerveja, principal bebida consumida entre os adolescentes pesquisados.

Alem dos prejuízos que as bebidas alcoólicas podem trazer para a saúde e para a

vida acadêmica, a pesquisa apontou a presença das bebidas energéticas misturada com as

bebidas alcoólicas, um agravante a mais para a saúde dos estudantes adolescentes.

Dos locais de consumo pesquisados, as festas apresentaram-se como maior índice

de consumo, isso inclui alem das “festinhas na casa dos amigos”, os clubes e danceteria da

cidade que demonstram negligência perante a lei, permitindo a presença de adolescentes

dentro de seus estabelecimentos, destinados a maiores de 18 anos.

É importante ressaltar que dos locais de consumo a escola não apresentou índice,

demonstrando respeito perante o artigo 243 do Estatuto da criança e do adolescente (lei

8.069/90). São iniciativas assim que contribui para que as escolas possam trabalhar com a

prevenção utilizando umas de suas ferramentas fundamentais, a informação, como a escola

pode trabalhar com o tema saúde, permitindo o uso das bebidas alcoólicas em suas festas

comemorativas?

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Portanto, a educação pode ser pensada como meio de prevenção, e que a

participação da família é algo de fundamental importância, contribuindo para um melhor

desempenho acadêmico e uma vida mais saudável dos adolescentes.

Por isso algumas medidas devem ser tomadas para mudar esse quadro relatado na

pesquisa. Advertir consumidores e comerciantes a respeito das leis de proteção das crianças

e adolescentes. As leis existem, mas é necessário fazer cumpri-las e punir de forma

imediata os infratores, mas para que isso aconteça é necessário uma intensa fiscalização dos

órgãos responsáveis, para evitar absurdos, como a existência de adolescentes trabalhando

em bares e quiosques da cidade.

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