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UniSALESIANO
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM
CURSO DE ENFERMAGEM
Tayna Souza Faria Neves
Thauane Mariá Siqueira Leite
O CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
DIANTE DO ATENDIMENTO DE MÚLTIPLAS VÍTIMAS: ênfase
no método START
LINS – SP
2019
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TAYNÁ SOUZA FARIA NEVES
THAUANE MARIÁ SIQUEIRA LEITE
O CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
DIANTE DO ATENDIMENTO DE MÚLTIPLAS VÍTIMAS: ênfase
no método START
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Enfermagem sob a orientação do Prof°. Me. Paulo Fernando Barcelos Borges e
orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2019
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Neves, Tayná Souza Faria; Leite, Thauane Mariá Siqueira
N428c O conhecimento dos profissionais de enfermagem diante do
atendimento de múltiplas vítimas: ênfase no método START / Tayná
Souza Faria Neves; Thauane Mariá Siqueira Leite – – Lins, 2019.
58p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem,
2019.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Paulo Fernando Barcelos
Borges.
1.Incidentes com múltiplas vítimas. 2. Triagem. 3. START. 4.
Conhecimento. I Título. CDU 616-083
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TAYNÁ SOUZA FARIA NEVES
THAUANE MARIÁ SIQUEIRA LEITE
O CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DO
ATENDIMENTO DE MÚLTIPLAS VÍTIMAS: ênfase no método START
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium para obtenção
do titulo de Bacharel em Enfermagem.
Aprovada em: / /
Banca Examinadora:
Prof.°. Orientador: Paulo Fernando Barcelos Borges.
Titulação: Mestre em Enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu-
Unesp de Botucatu.
Assinatura:
1ª Prof.(a)
Titulação:
Assinatura:
2ª Prof.(a)
Titulação:
Assinatura:
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Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, que foi minha maior força nos
momentos de angústia e desespero, pois sem ele nada disso seria possível.
Obrigada, Senhor, por colocar esperança, amor e fé no meu coração.
Agradeço à minha mãe, Yeda Marcia, que sempre me incentivou e
nunca deixou que eu desistisse, mesmo sabendo o quanto estava sendo
difícil minha caminhada. Se hoje cheguei até aqui o mérito é todo seu, pois
sempre me deu forças para continuar. Obrigada por todos os conselhos e
por todas as palavras de carinho que me fizeram ser quem eu sou hoje.
Ao meu pai Odilon, muito obrigada por ter acreditado em mim e por ter
me dado forças para que eu chegasse até aqui.
À minha irmã Tayane, a quem não tenho palavras para expressar
todo o carinho que teve por mim, por ter me dado forças para continuar
e por me dar o melhor present: meu (minha) afilhado (a). Amo vocês!
Ao meu noivo Renan Felipe, que sempre esteve do meu lado
durante todos esses meses me apoiando e dando conselhos, me ajudando
no que eu precisasse, mesmo que, às vezes, eu estivesse nervosa. Agradeço
a Deus por ter colocado você em minha vida. Eu te amo!
à minha madrinha Mary Stella e à minha vó Benedicta que me
ajudaram e me apoiaram até aqui. A minha avó que me serviu de
inspiração para que hoje eu me tornasse enfermeira!
à minha amiga Thais Galdino por ter contribuído nesta valiosa
jornada acadêmica. Obrigada pelos conselhos, palavras de apoio, pelos
puxões de orelha e pelas risadas.
Agradeço aos meus colegas de sala pelo carinho nesses 5 anos que
estivemos juntos! Vou levar cada um de vocês no meu coração, cada qual
com sua particularidade, foram momentos inesquecíveis ao lado de vocês.
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Agradeço aos Professores que fizeram parte desta caminhada
durante esses 5 anos! Obrigada por todos os ensinamentos, pelos puxões de
orelha, pelos conselhos e por todo o carinho de que cada um de vocês.
Levarei cada um para resto da vida!
Não poderia deixar de agradecer à Profª Jovira, por ter nos
orientado para que nosso TCC desse certo. Obrigada por todos os conselhos,
pela paciência com nosso trabalho. Que Deus ilumine muito sua vida e
sua trajetória. Obrigada por tudo!
À Lucia Cristina Suzaki quero agradecer por ser essa pessoa
batalhadora que tive o imenso prazer de conhecer, infelizmente teve que
nos deixar no meio dessa trajetória por inúmeros motivos. Porém, tenho
certeza de que Deus vai abençoar muito sua vida.
Quero agradecer, também, à minha amiga e parceira, Thauane
Mariá, por ser uma mulher incrível, inteligente, que tive o imenso prazer
de conhecer. Obrigada por ter acreditado em mim e não ter deixado que
eu desistisse em meio às dificuldades. Levarei você para resto da vida!
Tayná Souza Faria Neves
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Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus pois até aqui tem me
sustentado, me mantido de pé nos momentos difíceis, de angústia e
desespero que passamos durante todos esses cinco anos. Nem tudo
foi fácil, mas, tudo foi superado com a permissão e graça de Nosso
Pai, de onde vem toda minha força, paz, esperança e amor. Sou
grata por tudo.
Agradeço à minha mãe, Ana Claudia, por ser minha base, por
ter me incentivado e nunca ter permitido que eu desistisse durante
essa trajetória! À ela dedico todo o meu agradecimento por todo o
companheirismo, por todos conselhos e ajuda! Eu te amo!
À minha família agradeço por tudo! Aos meus avós Pedro e
Valentina, agradeço por terem me incentivado e ajudado desde o
começo! Agradeço pela força e por toda a ajuda. Também ao meu
irmão Axel e à minha cunhada Mielen! Agradeço por todo o
incentivo!
Ao meu noivo Tiago agradeço, primeiramente, por ter
entrado na minha vida, sempre me apoiando, me incentivando e
me ajudando em tudo desde então. Obrigada por todo o apoio, por
toda a ajuda prestada, principalmente com a parte de formatação,
e por toda a preocupação durante a pesquisa. Agradeço por tudo
que tem feito por mim, que mesmo nos momentos mais difíceis,
sempre esteve do meu lado! Me perdoe por todo o nervosismo, e,
obrigada por tudo! Amo você!
Não poderia deixar de agradecer à minha sogra, Maria, e à
minha cunhada, Lívia, por toda a ajuda prestada e por todo o
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carinho que tiveram comigo.
Agradeço aos meus colegas de sala por todos os momentos que
tivemos durante esses cinco anos! Foi tudo inesquecível até então,
levarei cada um de vocês no meu coração.
À Lucia Cristina Suzaki agradeço por ser uma pessoa incrível.
Infelizmente, nem todos os nossos planos condizem com a vontade
de Deus, mas Ele tudo sabe! É uma guerreira e conquistará todos os
seus sonhos. Obrigada por toda a ajuda!
Agradeço, também, a todos os Professores que tivemos em
todos esses anos! Não citarei nomes para não ser injusta porque
talvez possa me esquecer alguém. Agradeço por todo o ensinamento
compartilhado. Vocês fizeram muita diferença nessa caminhada!
Por fim e não menos importante, agradeço à minha amiga
Tayna Souza por ser uma guerreira, mulher incrível que eu tive o
imenso prazer de conhecer e compartilhar deste momento
inesquecível, e por quem tenho tanto carinho. O caminho foi longo,
obstáculos não faltaram, porém, Deus permitiu que continuássemos
nos apoiando. Te levarei para a vida!
Thauane Mariá Siqueira Leite
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Agradecimentos
Ao Mestre Paulo Fernando Barcelos Borges e à Ma. Jovira Maria
Sarraceni
Alguns mestres marcam nossa vida, e vocês nos deixaram um
pedaço e vários ensinamentos. A palavra que expressa a
admiração, o respeito e o carinho é agradecimento. Agradecemos
pela paciência, pela partilha de conhecimento, pelos ensinamentos
para a vida.
Obrigada por se dedicarem tanto e por nos direcionarem como
verdadeiros mestres. A vocês, todo o nosso respeito e admiração.
Levaremos todas as lições aprendidas para o resto de nossas vidas!
Tayná e Thauane
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RESUMO
Os incidentes com múltiplas vítimas são eventos súbitos e frequentes, em que encontra-se um grande número de vítimas, levando, assim a um desequilíbrio entre os recursos médicos disponíveis e à demanda de atendimento. Para que o atendimento ocorra de forma organizada, com agilidade e sucesso, criou-se um método de triagem com múltiplas vítimas, chamado START, muito importante para salvar o maior número de vítimas possível. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem acerca do atendimento de múltiplas vítimas com ênfase no método citado. Neste sentido, realizou-se uma pesquisa descritiva com enfoque quantitativo, sendo uma pesquisa de campo, exploratória, realizada com os profissionais de enfermagem, a saber: enfermeiros, técnicos de enfermagem e socorristas, todos atuantes em unidades de atendimento pré-hospitalar de rodovias interestaduais. Utilizou-se, como instrumento de coleta de dados, um questionário estruturado com 10 questões fechadas e objetivas acerca da triagem do método START e dados sóciodemográficos. Os dados foram coletados em um período de duas semanas nas bases de duas rodovias do interior de São Paulo. Participaram da pesquisa 38 profissionais de enfermagem, sendo 18 (47%) do gênero feminino, 19 (50%) do gênero masculino e 1 (3%) de gênero ignorado, sendo 2 (5,26%) Enfermeiros,10 (26,31%) Técnico de Enfermagem e 26 (68,42%). A idade dos pesquisadores variou de 20 a 48 anos, sendo 5 (13%) com idade entre 20-25, 9 (24%) com idade entre 26-31, 10 (26%) com idade entre 32-37, 12 (31%) com idade entre 38-45, 1 (3%) com mais de 48 anos e 1 (3%) com idade ignorada. A média de acertos foi de 29,4, com um desvio padrão de 6,93. Os dados deste estudo refutaram a hipótese inicial, demonstrando que os profissionais-alvo deste estudo possuem conhecimento sobre o método START.
Palavras chave: Incidentes com múltiplas vítimas. Triagem. START. Conhecimento.
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ABSTRACT
Multiple-victim incidents are sudden and frequent events where a large number of victims are found, leading to imbalances between available medical resources and the demand for care. In order for the victim's care to occur in an organized way with agility and success, a multi-victim screening method has been created. The START method is very important in order to save as many victims as possible. The aim of this study was to identify the knowledge of nursing professionals about the care of multiple victims with an emphasis on the START method. In this sense, a descriptive research was carried out with a quantitative approach, being an exploratory field research carried out with nursing professionals, namely: nurses, nursing technicians and first responders, all of them working in prehospital care units of interstate highways . A structured questionnaire with 10 closed and objective questions about START screening and sociodemographic data was used as a data collection instrument. The data were collected over a period of two weeks at the bases of two highways in the interior of São Paulo. Thirty-eight nursing professionals participated in the study, 18 (47%) of the female gender, 19 (50%) of the male gender and 1 (3%) of the gender ignored. The researchers' age ranged from 20 to 48 years, with 5 (13%) aged 20-25, 9 (24%) aged 26-31, 10 (26%) aged 32-37, 12 ( 31%) with age between 38-45, 1 (3%) with more than 48 years and 1 (3%) with age ignored. The mean score was 29.4, with a standard deviation of 6.93. The data from this study refuted the initial hypothesis, demonstrating that the target professionals of this study have knowledge about the START method.
Keywords : incidents with multiple victims. Screening. START. Knowledge.
LISTA DE SIGLAS
ABEn Associação Brasileira de Enfermagem Nacional
ACLS Advance Cardiovascular Life Support
APH Atendimento Pré Hospitalar
ATLS Advance Trauma Life Support
COREN Conselho Regional de Enfermagem
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A
IMV Incidente com Múltiplas Vítimas
PMA Posto Médico de Urgência
PHTLS Suporte Pré Hospitalar de Vida no Trauma
RCP Reanimação Cardiopulmonar
SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SINPDEC Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil
START Simple Triage and Rapid Treatment
TLCE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Incidentes com múltiplas vítimas. Classificação logística – operacional
x situação dos desastres grau I, II, III, IV.
Quadro 2: Avaliação global dos resultados segundo as variáveis mediana,
média, desvio padrão, máximo e mínimo.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fluxograma sobre o método START
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Você já ouviu falar sobre o método START?
Gráfico 2: O que seria o método START?
Gráfico 3: Quais são as cores das lonas utilizadas no método START?
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Gráfico 4: Qual a função do método START?
Gráfico 5: Quais são as vitimas atendidas na lona vermelha?
Gráfico 6: Qual o objetivo da triagem a múltiplas vítimas?
Gráfico 7: Quais as vitimas atendidas na lona amarela?
Gráfico 8: Quando o método START é utilizado?
Gráfico 9: A triagem é um processo contínuo no qual a vitima que esta em
vermelha se apresentar parada cardiorrespiratória passará a ser qual
cor?
Gráfico 10: Quando o número de vitimas ultrapassa o número de profissionais é
importante que sejam estabelecidas no local as chamadas zonas.
Como são chamadas essas zonas?
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15
CAPÍTULO I- CONTEXTUALIZANDO O MÉTODO START ............................ 17
1 A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E DO PRÉ-
HOSPITALAR TRAUMA LIFE SUPORT (PHTLS) ........................................... 17
1.1 Filosofia do PHTLS ..................................................................................... 20
1.2 A enfermagem pré-hospitalar ...................................................................... 21
2 INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS ................................................... 23
2.1 História do termo múltipla vitima ................................................................. 24
2.2 Classificação ............................................................................................... 25
3 O SISTEMA DE TRIAGEM START ............................................................... 26
3.1 O método START ....................................................................................... 28
3.2 Técnicas START ......................................................................................... 29
CAPÍTULO II-MÉTODOS E TÉCNICAS .................................................... 32
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 32
2 PRESSUPOSTO E OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................. 33
3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................... 33
4 LOCAIS DE COLETA DE DADOS ................................................................ 33
5 PARTICIPANTES DO ESTUDO .................................................................... 34
5.1 Critérios de inclusão.................................................................................. 34
5.2 Critérios de exclusão .................................................................................. 34
6 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................... 35
7 PROCEDIMENTOS ÉTICOS ......................................................................... 35
CAPÍTULO III- RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................... 36
_Toc9520975PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .......................................... 48
CONCLUSÃO ................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50
APÊNDICES ..................................................................................................... 53
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INTRODUÇÃO
O conhecimento dos profissionais de enfermagem é muito importante
perante os atendimentos pré-hospitalares para que ocorra êxito no atendimento
das vítimas, sendo necessária uma boa avaliação para a preservação de um
maior número de vítimas, prevenindo possíveis sequelas.
O profissional que se predispõe a trabalhar com esse tipo de adversidade,
portanto, deve ser muito bem capacitado para tomar decisões e condutas
adequadas de maneira mais breve possível. Cuidados pré-hospitalares podem
fazer a diferença entre a vida e a morte, entre uma sequela temporária grave ou
permanente, ou entre uma vida produtiva e uma destituída de bem-estar.
(OLIVEIRA, et al 2012)
Além da importância do conhecimento sobre o atendimento pré-
hospitalar, os enfermeiros devem ter habilidades para que seja realizado o
atendimento através do método START, que é o mais utilizado atualmente e que
exige preparo para qualquer tipo de ocorrência ou adversidade.
A área de urgência e emergência tem exigido dos enfermeiros uma nova
forma de atuação, destinando seu atendimento a toda e qualquer solicitação de
socorro.
É necessário preparo para todo tipo de adversidade, conhecimentos e
habilidades especificas, sempre buscando a preservação da vida e na prevenção
de possíveis sequelas. (TOURINHO,2011 apud INTRIERI, et al.,2017).
O raciocínio clínico utilizado para a tomada de decisão e as habilidades
da enfermagem para executar as intervenções necessárias facilitam o exercício
na prática do APH (atendimento pré-hospitalar). Nesse sentido, a qualificação e
a formação acadêmica dos profissionais de enfermagem é essencial para uma
triagem rápida, garantindo, assim, atendimento apropriado para as vítimas.
É evidente que a habilidade só é conseguida se praticada
exaustivamente, por isso o enfermeiro atuante na área de emergência tem que
ter destreza e prontidão motora.Diante do cenário apresentado, realizou-se uma
pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, que objetivou avaliar o
conhecimento dos profissionais de enfermagem atuantes no serviço pré-
hospitalar acerca do atendimento de múltiplas vítimas e identificar o
conhecimento dos profissionais perante o método START.
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Para tanto, este estudo surge diante do seguinte questionamento: os
profissionais de enfermagem estão preparados para o atendimento pré-
hospitalar de múltiplas vítimas utilizando o método start?
Mediante à problemática, acreditava-se que, pela complexidade de
atender e cuidar múltiplas vítimas, os profissionais de enfermagem não estão
preparados para realizar o atendimento e avaliação adequados, pois o método
START não é algo que se vivencia diariamente, e, com o desuso, acabam
apresentando limitações do conhecimento que envolve esta temática.
“A temática justifica-se devido a ser somente divulgado para profissionais
que se especializam no atendimento pré-hospitalar (APH), por isso, ocorre um
desconhecimento geral sobre o método START”. (INTRIERI et al.,2017, p113)
Neste sentido, realizou-se uma pesquisa descritiva com enfoque
quantitativo, sendo uma pesquisa de campo exploratória, realizada com os
profissionais de enfermagem, a saber: enfermeiros, técnicos de enfermagem e
socorristas, todos atuantes em unidades de atendimento pré-hospitalar de
rodovias interestaduais. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um
questionário estruturado com 10 questões fechadas e objetivas acerca da
triagem com método START e dados sócio demográficos.
A temática apresentada nesta pesquisa está dividida em três capítulos.
No primeiro, foi contextualizado o método START, a história do atendimento pré-
hospitalar e os incidentes com múltiplas vítimas. No segundo, foram
apresentados os métodos e técnicas utilizados, e o terceiro exibe os resultados
e discussões da pesquisa realizada, finalizando com a proposta de intervenção
e conclusão.
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CAPÍTULO I
CONTEXTUALIZANDO O MÉTODO START
1 A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR E DO PRÉ-
HOSPITALAR TRAUMA LIFE SUPORT (PHTLS)
A ideia de atendimento em ambiente emergente no Brasil é tão antiga
quantos nos demais países. Teve início no Rio de Janeiro, que era a capital do
país, no ano de 1893, e, somente em 1899, o Corpo de Bombeiros colocou em
prática a primeira ambulância movida à tração animal realizando o atendimento.
(TIPPLE et al., 2010)
O APH foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde com base no
modelo Francês “O SAMU”, mesmo, no Brasil, já tendo havido várias
experiências, dentre elas o “GRUPO DE EMERGÊNCIA DO CORPO DE
BOMBEIROS” e o “PROJETO RESGATE”, criado na década 80 quando foi
implantada a enfermeira como assistente pela primeira vez. (RAMOS; SANNA,
2005)
Para entender um pouco mais precisamos entrar na história desde o
início, onde o atendimento era realizado no local da ocorrência, fato ocorrido em
grandes guerras no século XVIII, em que soldados feridos eram transportados
em carroças de tração animal e atendidos por médicos fora dos conflitos.
(RAMOS; SANNA, 2005)
Em 1972 começaram os cuidados iniciais em campos de batalha,
prevenindo possíveis complicações. Esse procedimento foi implantado pelo
cirurgião e chefe militar Dominique Larrey, tendo continuidade até o século XIX
com a formação da Cruz Vermelha Internacional, que, ao longo do tempo,
demonstrou a necessidade de um rápido atendimento aos feridos. Sua atuação
foi destaque no século XX. (RAMOS; SANNA, 2005)
No mesmo século a enfermagem teve atuação de destaque com
participação ativa nas I e II Guerras Mundiais e Guerra do Vietnã e Coréia. Com
essa experiência, interligada a um rápido transporte, diminuiu-se a
morbimortalidade, sendo somente evidenciado décadas depois. (RAMOS;
18
SANNA, 2005)
Em São Paulo, por meio do decreto n°395 de 7/10/1893, a
responsabilidade ficou sob o cuidado dos médicos do Serviço Legal da Polícia
Civil do Estado, e, em 1910, com o decreto n° 1392, ficou obrigatória a presença
de médicos em locais de incêndio ou outro acidente. (RAMOS; SANNA, 2005)
O Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU) foi
criado em 1950 em São Paulo. O órgão era fiscalizado pela Secretaria Municipal
de Higiene, por meio do decreto n° 16629, sob responsabilidade do município na
cidade de São Paulo. No decorrer dos anos, nos vários estados, foi desenvolvido
um sistema de atendimento de urgência e emergência, público ou privado.
(RAMOS; SANNA, 2005)
O Desenvolvimento Rodoviário S.A., DERSA, foi um serviço privado
interligado a órgãos e serviços públicos. Em 1976 foi implantado, em rodovias, o
Sistema de Ajuda ao Usuário, sob sua jurisdição (Sistema Anchieta - Imigrantes
Anhanguera - Bandeirantes, e dos Trabalhadores). Tinha como característica o
posicionamento de uma ambulância com tripulação de motorista e um atendente
de primeiros socorros, que possuía curso da Associação Brasileira de
Enfermagem (ABEn). A cada 30 km e durante 24 horas havia uma ambulância
todos os dias do ano, ficando sob a responsabilidade do médico treinar,
supervisiona e reciclar, tendo o serviço sido mantido por meio da arrecadação
de pedágio e o recurso da Previdência Social (antigo INAMPS). (RAMOS;
SANNA, 2005)
O nascimento do Advanced Trauma Life Support (ATLS) foi em 1978 após
dois anos da queda de um avião em uma zona rural do estado de Nebraska,
tendo seu curso iniciado devido ao monte de ferro retorcido e mortos.
(SCAVONE JUNIOR, 2012)
O piloto era um médico ortopedista, e com ele estavam sua esposa e seus
quatro filhos. Na queda do bimotor, sua esposa veio a falecer, e seus filhos
ficaram gravemente feridos, esperando por um socorro que nunca chegou. O
piloto caminhou sozinho até encontrar uma rodovia próxima ao local do acidente,
avistou um carro e acenou. O motorista parou e o ajudou a socorrer seus filhos,
deslocando-os para o hospital mais próximo. (SCAVONE JUNIOR, 2012)
Chegando ao pronto-socorro de um hospital rural houve dificuldade para
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adentrar o local, visto que as portas estavam trancadas. Insistiram, até que um
médico pegou uma das crianças e a encaminhou para a sala de radiografia. A
criança não havia fraturado o crânio, e, assim, sem preocupação com a coluna
cervical, iniciou-se a sutura da laceração. (SCAVONE JUNIOR, 2012)
O piloto ligou para seu sócio, que era médico, e informou-lhe sobre o
acidente, solicitando socorro e transferência para o Hospital Lincoln. Os médicos
e a equipe do hospital onde se encontravam não tinham manejo, preparação e
equipamentos para tal situação, evidenciando falta de treinamento para triagem
e tratamento apropriado. (SCAVONE JUNIOR, 2012)
Ocorreram diversas queixas do tratamento e atendimento prestado,
deixando evidente a falha de um sistema de atendimento e a falta de preparação
para o atendimento de traumatizados na fase aguda, na zona rural. (SCAVONE
JUNIOR, 2012)
Decidiram ajudar esses profissionais da zona rural, ensinando-os, de
forma sistematizada, para tratar o traumatizado utilizando o formato semelhante
ao Advanced Cardiovascular Life Support (ACLS), chamando de ATLS.
(SCAVONE, 2011). Para isso, adotou-se a metodologia “tratar à medida que vai
andando” desenvolvendo os ABCs do trauma e organizando a ordem de
avaliação e tratamento por propriedades, sendo testado em Nebraska em 1978
com o auxílio de diversos profissionais. (SCAVONE JUNIOR, 2012)
Através desse primeiro curso em Nebraska e após três décadas, o ATLS
continua se disseminando e crescendo, servindo como base para o Prehospital
Trauma Life Support (PHTLS). (SCAVONE JUNIOR, 2012)
Em 1979 foi assinado o “protocolo de intenções” com a Prefeitura de São
Paulo e o Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo,
formando uma frota de ambulâncias da prefeitura com atuação de alguns
funcionários da Secretaria Municipal juntamente aos bombeiros, em resgate aos
acidentados. (RAMOS; SANNA, 2005)
Na década de 80 foi implantado o “192”, atendimento destinado às
urgências e emergências, que não possuía equipes qualificadas e com a frota
de ambulância insuficiente, sendo evidenciados mais a remoção inter-hospitalar
e domiciliar do que atendimento às vítimas. (RAMOS; SANNA, 2005)
Em 1981 formou-se um grupo de médicos representantes do Pronto-
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Socorro do Hospital das Clínicas, Secretaria de Higiene e Saúde do Município
de São Paulo, do hospital Heliópolis e Hospital Santa Casa de Misericórdia de
São Paulo, debatendo sobre a assistência a urgências que, além do atendimento
a vias públicas, propôs uma referência para tal situação de urgência. (RAMOS;
SANNA, 2005)
O projeto resgate foi assinado pelo Brasil e pela França através de uma
solicitação do Ministério da Saúde, dando origem ao Serviço de Atendimento
Móvel às Urgências (SAMU), que, em 1989, teve maior repercussão,
possibilitando a implantação do suporte avançado à vida e à segurança pública,
por uma resolução conjunta entre as secretarias estaduais de saúde (RAMOS;
SANNA, 2005)
O modelo francês não permitia predominância do sistema com escassez
de recursos, sendo necessário adaptação à realidade brasileira. Devido a isso
houve a mescla do sistema norte-americano com o francês com vários sistemas
de atendimento. (RAMOS; SANNA, 2005)
1.1 Filosofia do PHTLS
O Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma (PHTLS) faz compreender
a anatomia, fisiologia, conhecimentos e habilidades relacionadas ao
atendimento, perda de sangue, limitações de tempo, além do encaminhamento,
o mais rápido possível, para o centro cirúrgico. (SCAVONE JUNIOR, 2012)
Para o Ministério da Saúde, o atendimento pré-hospitalar é classificado
como assistência prestada em primeiro nível a clientes com quadros agudos de
natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, em ambiente fora do hospital, e que,
se não tratado corretamente, pode gerar sequelas ou até a morte. (RAMOS;
SANNA, 2005)
Essa fisiologia faz com que o socorrista raciocine de forma crítica,
tomando decisões e agindo rapidamente, aumentando, assim, a sobrevida da
vítima, e não treinando para usar protocolo, pois são abordagens robóticas, mas,
sim, adequando a compreensão do atendimento médico ao raciocínio crítico. O
socorrista deve entender as bases do atendimento médico e as necessidades de
cada vítima, pois só assim aumentará a sobrevida. (SCAVONE JUNIOR,2012)
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“O PHTLS não “diz” ao socorrista o que fazer, mas dá a ele o
conhecimento e as habilidades adequadas para o raciocínio crítico, de modo a
melhorar o atendimento ao (s) doente (s) com trauma.” (SCAVONE JUNIOR,
2012)
Por isso, entender, aprender e praticar os princípios proporciona maior
sobrevida à vítima. (SCAVONE JUNIOR, 2012)
1.2 A enfermagem pré-hospitalar
No Brasil, o atendimento às vítimas é muito antigo. Desde 1893, o governo
aprovou uma lei estabelecendo socorro médico de urgência no Rio de Janeiro,
pois era a capital do Brasil. Em 1899, o corpo de bombeiros colocava em ação a
primeira ambulância movida por tração animal. (TIPPLE et al., 2010)
Devido à maioria dos acidentes ocorrerem fora do ambiente hospitalar,
exigiu-se que a sociedade e profissionais de saúde qualifiquem profissionais,
criando condições para o atendimento, objetivando minimizar sequelas,
letalidades e intervenção inadequadas. (PIRES; BARRADAS, 2012)
No atendimento pré-hospitalar, é preciso compreender o atendimento
antes da chegada da vítima ao hospital. Por isso, o profissional de enfermagem
deve ter um diferencial, estando preparado para todas as situações e
imprevistos. (TIPPLE et al., 2010).
O Conselho Regional de Enfermagem (COREN) de SP regulamentou as
atividades de enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) pela decisão
001/2001 de 22 de março de 2001, sendo realizada a portaria 2048 somente em
2002. (PIRES; BARRADAS,2012)
Através da portaria n° 2048/2002 foi instituído o regulamento técnico dos
sistemas estaduais de urgência e emergência, objetivando ordenar o acesso ao
atendimento com garantia de acolhimento, atenção qualificada e resolutiva e
referência adequada. (TIPPLE et al., 2010).
A partir de então o enfermeiro é participante ativo, assumindo junto à
equipe a responsabilidade da assistência prestada, envolvendo a cinemática
antes, durante e após o atendimento. (PIRES; BARRADAS, 2012)
Antecedendo o atendimento, o enfermeiro deve preparar e organizar todo
22
o material de bolso, biossegurança, além de checar os equipamentos verificando
o funcionamento; os materiais, repondo quando necessário padronizado dentro
do veículo de emergência; manutenção dos kits de atendimento, acesso venoso
e medicamentos repondo na caixa portátil, verificando a validade. As mochilas e
os medicamentos são padrão para facilitar o manuseio e a assistência à vítima.
(PIRES; BARRADAS, 2012)
No atendimento, o enfermeiro, juntamente à equipe, prossegue até o local
da ocorrência, avaliando a cinemática do trauma, tomando, só assim, a decisão
do que realmente irá fazer, tendo como prioridade estabilizar o indivíduo antes
de transportá-lo. (PIRES; BARRADAS, 2012)
Após o atendimento, o enfermeiro deve repor todo o material usado,
colocar os equipamentos para recarregar, fazer a desinfecção da viatura e
equipamentos, registrar a ocorrência em impresso e no livro de enfermagem.
(PIRES; BARRADAS, 2012)
Como o atendimento pré-hospitalar dá suporte à vida da vítima, é dividido
em dois tipos de procedimentos: básico e avançado. O básico se caracteriza pelo
conjunto de procedimentos não invasivos, podendo ser executado por leigos ou
profissionais de saúde, visando a manutenção da vida. Por isso, deve ter
conhecimento sobre parada respiratória e cardíaca, e, quando presente,
executar o procedimento de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e
reconhecimento de obstrução de vias aéreas. (PIRES; BARRADAS, 2012) O
avançado consiste na ressuscitação com uso de equipamento adicional ao
suporte básico, incluindo desfibrilação, monitorização, acesso venoso, obtenção
de vias aéreas e ventilação, medicação e cuidados pós ressuscitação, fazendo
com que o enfermeiro atue em conjunto com o médico. (PIRES; BARRADAS,
2012)
Em 2003, através da portaria n°1863, instituiu-se a Política Nacional de
Urgência e Emergência, que definiu a organização de locos regionais, o
estabelecimento de um componente pré-hospitalar, unidade não hospitalar de
atendimento às urgências, criação de um componente pré-hospitalar móvel, e os
serviços associados de resgate e salvamento sob regulação médica de urgência.
(PIRES; BARRADAS, 2012)
Através da portaria n°1864, foi instituído o componente pré-hospitalar
23
móvel da política nacional de atenção às urgências, por intermédio do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em municípios e regiões de todo o
território brasileiro. (PIRES, BARRADAS, 2012)
Emergência é a ação imediata terapêutica visando sanar necessidades
humanas básicas que acometem funções vitais do corpo; a urgência é a ação
imediata terapêutica que não proporciona risco de morte. (TIPPLE et al., 2010)
A enfermagem no Atendimento Pré-hospitalar (APH) começou na década
de 90 com unidades de suporte básico e unidades de suporte avançado,
permitindo manobras invasivas. Desde então sua participação é ativa,
assumindo, junto com à equipe, responsabilidade pela assistência prestada.
(PIRES, BARRADAS, 2012) Portanto, o enfermeiro não presta serviço somente
de assistência, mas deve, também, participar continuamente de cursos de
capacitação técnica e pedagógica, podendo desenvolver atividades educativas
como instrutor, participar de revisão de protocolos e elaboração de materiais
didáticos para a equipe, que deve ser devidamente qualificada e constantemente
treinada. (PIRES, BARRADAS, 2012)
Por ser um participante ativo, o enfermeiro assume junto à equipe a
responsabilidade prestada, atuando onde há restrição de espaço físico e
ambientes diversos, havendo a necessidade de conhecimento e rapidez na
avaliação. (SZERWIESKI, OLIVEIRA, 2015).
2 INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
De acordo com a perspectiva brasileira, os acidentes de trânsito e a
violência caracterizam-se como os principais problemas do país na área da
saúde pública a partir da década de setenta. Integrando essa problemática,
considerou-se a necessidade de um atendimento eficaz, que deveria ocorrer de
forma individual e ágil para os indivíduos em situação de urgência e emergência.
De acordo com esse cenário, nos meados da década de 90, houve a
implementação do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) no Rio de Janeiro e em
São Paulo, com o objetivo de prestar assistência aos indivíduos de quadros
agudos de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica fora do ambiente
hospitalar. (MENDONÇA; SILVA; CASTRO, 2017; SZERWIESKI; OLIVEIRA,
24
2015).
Desastres não seguem regras e não tem programação de hora, local e
número de vítimas, eles apenas acontecem. A estrutura e a organização
adequada são essenciais para um bom atendimento nessas situações, pois,
independente da origem, as consequências podem ser impactantes, já que o
aumento repentino da demanda pode trazer grande vulnerabilidade para o
sistema de saúde. (SMAILI et al.,2013)
A Secretaria Nacional da Defesa Civil, órgão central do Sistema Nacional
de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), define desastre como o resultado de
evento adverso, natural ou provocado pelo homem, sobre um ecossistema
(vulnerável), causando danos humanos, materiais e/ou ambientais, e
consequentes prejuízos econômicos e sociais.
O Manual de Regulação Médica das Urgências (BRASIL, Ministério da
Saúde, 2006) caracteriza o Acidente com Múltiplas Vítimas como um evento
súbito no qual ocorre um desequilíbrio entre os recursos disponíveis e a
capacidade de atendimento. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, no
esforço de implantação dos Planos de Atendimento Hospitalar a Desastres,
optou pela denominação de Incidente com Múltiplas Vítimas (IMV).
Os Incidentes com Múltiplas Vítimas (IMV) são eventos súbitos e
frequentes no dia-a-dia dos APH, sendo destacado no Brasil como um problema
de saúde pública que produz um grande número de vítimas, levando, assim, a
um desequilíbrio entre os recursos médicos disponíveis e a demanda de
atendimento.
2.1 História do termo “múltipla vítima”
Antigamente ocorriam muitas guerras, deixando diversos feridos. Como o
número de soldados era muito alto, surgiu o termo triagem de múltiplas vítimas,
denominado por médicos franceses que criaram este método para que fosse
possível prestar atendimento aos soldados atingidos, de acordo com suas
necessidades e chances de sobrevida. O termo era utilizado para acidentes ou
incidentes com um número de vítimas superior a cinco. (COVOS; COVOS;
BRENGA, 2016)
25
De acordo com a perspectiva brasileira, os acidentes de trânsito e a
violência caracteriza-se como um dos problemas principais do país na área da
saúde pública a partir da década de setenta. (MENDONÇA; SILVA; CASTRO,
2017).
Integrando essa problemática, considerou-se a necessidade de um
atendimento eficaz, que deveria ocorrer de forma individual e ágil para os
indivíduos em situação de urgência e emergência. De acordo com esse cenário
nos meados da década de 90, houve a implementação do Atendimento Pré-
Hospitalar (APH) no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de prestar
assistência aos indivíduos com quadros agudos de natureza clínica, traumática
ou psiquiátrica. (SZERWIESKI; OLIVEIRA, 2015).
2.2 Classificação
Os incidentes com múltiplas vítimas são classificados de acordo com grau
de desastres ocorrido, sendo eles: grau l, ll, lll e Vl, conforme mostra o quadro
abaixo:
Quadro1: Classificação logística – operacional x situação dos desastres e incidentes
com múltiplas vítimas. (continua)
DESASTRE GRAU I (IMV)
Incidente em área de limites precisos e abordagem habitual.
Rede hospitalar a menos de 30 minutos do foco e ambulâncias para o transporte suficientes. Geralmente não necessita de Posto Médico Avançado (PMA).
Exemplo: incidente com ônibus, deslizamentos, etc. (incidentes em locais com agrupamento de pessoas ou de veículos coletivos).
DESASTRE GRAU II (IMV)
Incidente em área de limites precisos.
Rede hospitalar a mais de 30 minutos do foco, determinado pela distância, insuficiência de ambulâncias ou outro (queda de barreiras, trânsito excessivo, insuficiência de transporte, etc.).
Importante considerar a montagem de um PMA, centralizando a observação das vítimas e iniciando tratamento. Transporte aeromédico por asa rotativa tem grande valia.
Exemplo: desastres em estradas, área rural ou situações de evacuação lenta
DESASTRE GRAU III
Evento de dimensão ou disposição anormal, a ponto de determinar múltiplos incidentes críticos e não contíguos, necessariamente. Impõe dispersão de equipes médicas próximas aos focos esparsos.
Rede hospitalar pode ter dificuldade de acesso ou estrutura comprometida, podendo
26
(conclusão)
se fazer necessária a montagem de PMAs ou de Pronto Atendimento ou até Hospitais de Campanha, devido á necessidade de um período de atuação mais prolongado junto ás populações ilhadas
Exemplo: enchentes e deslizamentos atingindo diversos núcleos urbanos, simultaneamente, gerando insuficiência de recursos gerais a população (desde alimentação, comunicação e energia).
DESASTRE GRAU IV
Evento de proporção catastrófica, gerando vítimas em massa e determinando comprometimento da rede hospitalar, por dano estrutural ou por excessiva demanda
Pode –se fazer necessária a criação de hospitais de campanha e MASHs (Mobile Army Surgical Hospital), nas situações mais críticas.
Exemplo: terremotos de alta magnitude
Fonte: Smaili et al.,2013, p.7
Como visto acima, o quadro descreve os incidentes com múltiplas vítimas
que são classificados de acordo com grau de desastres, sendo abordagens
diferenciadas em cada grau desde a avaliação da dimensão do incidente, limite
de área, rede hospitalar com acesso de tempo, necessidade de posto médico
avançado no local do desastre e outros itens abordados que se encaixam de
acordo com cada grau de desastre.
3 O SISTEMA DE TRIAGEM START
A palavra triagem é derivada da palavra francesa TIER, que tem como
significado classificar, separar ou selecionar. Trata-se de um processo que
determina a gravidade das vítimas, priorizando-as de acordo com sua urgência
médica.
A triagem foi formalizada durante a I Guerra Mundial, onde priorizavam os
soldados feridos nos campos de batalha. Naquela época, o cirurgião Jean
Dominique Larrey, do exército de Napoleão, constituiu a concepção do método
de avaliar rapidamente os soldados que estavam feridos e que teriam chances
de se recuperarem mais rapidamente para que retornassem ao campo de
batalha. Já os que não tinham condições de voltar para a guerra eram deixados
de lado no campo junto aos soldados mortos. (COUTINHO; CECÍLIO; MOTA,
2012)
A procura pelos serviços de urgência vem aumentando durante as últimas
décadas, fazendo com que ocorressem modificações na organização da
assistência, sendo elaborado um sistema de triagem para identificação da
27
prioridade de cada paciente que aguarda por atendimento de forma igualitária.
Tem como objetivo organizar a demanda dos pacientes que procuram por algum
tipo de atendimento seja ele em serviços de urgências hospitalares como no
Atendimento Pré-Hospitalar, identificando os que necessitam do atendimento
prioritário e os que podem aguardar em segurança pelo atendimento. (ACOSTA;
DURO; LIMA, 2012)
A triagem é o processo utilizado para classificar e priorizar as vítimas de
acordo com sua gravidade, garantindo, assim, uma maior capacidade de
sobrevida. As decisões de tracionamento irão depender das avaliações rápidas
que deveram ser realizadas em menos de um minuto para cada paciente,
determinando uma categoria de prioridade e identificando-as com etiquetas
anexadas a cada vítima. São utilizados alguns dados para as decisões de
triagem. Dentre eles estão os indicadores fisiológicos, mecanismos de lesão,
recursos necessários e os escores de trauma.
Para que o atendimento às vítimas ocorresse de forma organizada com
agilidade e sucesso, criou-se um método de triagem de múltiplas vítimas, tendo
como intuito o estabelecimento das vítimas e as chances de sobrevida. O termo
de múltiplas vítimas tem como significado acidente ou incidente, isto é, quando
o número de vítimas ultrapassa de cinco, é estabelecido um plano com
características regionais e locais, podendo ter ajuda de outras unidades de
atendimento de emergência. (CULLEY; SVENDSEN, 2014)
Quando o número de vítimas ultrapassa o número de socorristas, é
importante que no local sejam estabelecidas as chamadas zonas quente, morna
e fria, para a segurança da cena. Essas zonas são classificadas da seguinte
forma:
a) A zona quente é o local do incidente, ou seja, onde há grave risco de
lesões ou até mesmo morte.
b) A zona morna é o local próximo do incidente onde há risco moderado.
É neste local que são realizadas as triagens e os atendimentos iniciais
às vítimas feridas.
c) A zona fria é o local mais seguro, ou seja, onde as vítimas são levadas
durante a evacuação e onde as equipes de socorro, que não estejam
diretamente envolvidas na operação devem permanecer, facilitando e
28
organizando o atendimento.
Após a delimitação das zonas, as vítimas que se encontram na zona do
acidente ou do desastre, que sejam consideradas como zona quente, deverão
passar para a zona fria para que ocorra o atendimento, onde não há risco para
os socorristas nem para as vítimas
Dentro da triagem existem alguns métodos utilizados para facilitar a
triagem, como o START, que tem como função triar e identificar as vítimas de
forma rápida. O método START foi idealizado nos Estados Unidos em 1983,
sendo estabelecido por quatro lonas de cores diferentes, sendo elas: vermelha,
amarela, verde, preta ou cinza. Cada uma dessas lonas representa um tipo de
grau de prioridade diferente, tratando-se de um método de simples triagem e
rápido tratamento, sendo utilizados alguns parâmetros fisiológicos de respiração,
circulação e nível de consciência, devendo ser realizado no máximo em 60
segundos por vítima. (CULLEY; SVENDSEN, 2014)
3.1 O método START
O método START foi idealizado em 1983 no Hoag Hospital, na Califórnia-
EUA, sendo atualizado em 1994 e passando a ser utilizado no Brasil em 1999.
Trata-se de um processo reiterativo onde as vítimas são priorizadas para
evacuação e tratamento de forma rápida em todos os níveis de atenção. A
identificação das vítimas é feita por meio de critérios de gravidade através de
lonas de cores diferentes, consistindo em uma triagem simples e rápida, devendo
ser realizada de 60 a 90 segundos por vítima. (INTRIERI et al., 2017.)
O método START é um método recomendado para adultos e também
pode ser recomendado para crianças que pesam acima de 45 kg e que tenha
mais de oito anos de idade.
Para se realizar a classificação das vítimas conforme sua gravidade, são
usadas quatro lonas de cores diferentes: vermelha, amarela, verde, preta ou
cinza. Cada uma representa um grau de gravidade.
A cor vermelha representa socorro imediato, sendo priorizado no
tratamento local e no transporte, pois são vítimas com lesões severas, respiração
presente após a realização das manobras de liberação das vias aéreas ou
29
frequência respiratória superior a 30 respirações por minuto, algum tipo de
trauma grave ou até mesmo uma hemorragia, em situações iminentes cuja
probabilidade de sobrevida depende dos cuidados médicos em locais
adequados.
A cor amarela é a segunda prioridade, cujo socorro deve ser feito
rapidamente, porém, deve-se respeitar as vítimas com prioridades primárias. As
vítimas que são classificadas nessa cor apresentam fraturas, lesão torácica ou
abdominal, mas, sem sinal de choque.
A cor verde é a terceira prioridade, pois são vítimas com lesões leves, de
baixo nível de risco, que deambulam e que não necessitam de cuidado imediato,
podendo ser liberados e referenciados para controle ambulatorial.
As cores pretas ou cinza são vítimas que não respiram mesmo após as
manobras de liberação de vias aéreas, sendo consideradas em morte óbvia ou
com grande grau de dificuldade para reanimação.
Após a classificação, as vítimas são transportadas para as áreas
identificadas com as respectivas cores, onde receberão um crachá colocado em
seu tórax indicando a prioridade. Deve-se ficar atento uma vez que as
prioridades podem mudar ao longo do atendimento. Ou seja, uma vítima que era
classificada como amarela poderá passar a ser classificada como vermelha.
(INTRIERI et al., 2017.)
A triagem é um processo contínuo. Sendo assim, se houver algum tipo de
problema com alguma vítima que estava, por exemplo, em vermelho, e passar a
ser preta, a equipe não deve parar a triagem para voltar a atender esta vítima,
pois acabaria atrasando a assistência a próxima vítima, podendo levá-la para o
preto, ocasionando um maior número de óbitos no final do atendimento.
Dessa forma, os protocolos que devem ser seguidos rigorosamente a fim
de se obter uma assistência organizada e assegurada tanto para a equipe de
socorristas como para as vítimas, tentando reduzir ao máximo o número de
mortalidade em um atendimento.
3.2 Técnicas START
A primeira equipe que chega ao local do acidente deve iniciar a triagem
preliminar, enquanto solicita apoio de outras equipes, visando salvar o maior
30
número de vítimas possível, sendo observados a respiração, a perfusão e o nível
de consciência, conforme descrito abaixo:
a) Padrão Respiratório: se a vítima não respira mesmo após a abertura
das vias aéreas, é considerada sem prioridade, sendo classificada na
cor preta. Se após a abertura das vias aéreas ela passar a respirar, é
classificada na cor vermelha, tendo prioridade no atendimento; mas,
se a vítima apresentar respiração de forma espontânea, igual ou
superior a 30 rpm, também é classificada como vermelha, e, se a
respiração for mais baixa que 30 rpm, deve-se avaliar a perfusão.
b) Perfusão: a perfusão é avaliada através de enchimento capilar. Se
estiver superior a 2 segundos, significa perfusão inadequada. Em
casos em que a iluminação estiver reduzida, o socorrista deverá
avaliar o pulso radial desta vítima, porém, se, na avaliação, o pulso
estiver ausente, indica que a PA sistólica está abaixo de 80 mmHg, e
deve-se controlar também a hemorragia, se houver, considerando,
assim, a vítima em primeira prioridade, sendo classificada como
vermelha. Mas, se o enchimento capilar for de até 2 segundos, os
socorristas deverão realizar a avaliação neurológica.
c) Avaliação Neurológica: é avaliado se a vítima é capaz de cumprir as
ordens verbais simples que são lhe dadas. Se a vítima não consegue
cumpri-las, é classificada como vermelha, tendo a prioridade no
atendimento, mas, se a vítima consegue cumprir as ordens simples é
considerada vítima de segunda prioridade, sendo classificada na cor
amarela. (CAMPOS, 2015)
Para melhor entender as técnicas descritas acima, visualizaremos o
fluxograma sobre a funcionalidade do método START, que foi criado na
Califórnia, Estados Unidos, , com o objetivo de classificar as vítimas por critério
de gravidade por meio das cores. (SMAILI et al.,2013)
Figura 1: Fluxograma START
31
Fonte: Google images, 2012
Conforme o fluxograma mostra, o método START visa avaliar os
parâmetros das vítimas para delimitá-las de acordo com a cor suas
necessidades, e, assim, salvar o maior número de vítimas possível.
32
CAPÍTULO II
MÉTODOS E TÉCNICAS
1 INTRODUÇÃO
Trata-se de uma pesquisa acadêmica de caráter descritivo com a
abordagem quantitativa. Este método caracteriza-se pelo emprego da
quantificação, tanto nas modalidades de coleta das informações como também
no tratamento dessas através das técnicas estatísticas, sendo desde as mais
simples até as mais complexas. (DALFOVO; LANA; SILVEIRA, 2008)
Na pesquisa quantitativa, as amostras geralmente são grandes e
consideradas representativas da população, pois os resultados constituem um
retrato real de toda a população-alvo da pesquisa, tendo como raiz o
pensamento positivo lógico, enfatizando o raciocínio dedutivo e os atributos
mensuráveis da experiência humana. (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
Através do embasamento na pesquisa bibliográfica, foi realizado um
levantamento com as informações ligadas à temática apresentada, para,
posteriormente, ser estudado através da pesquisa de campo.
A pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que busca a informação direta
com a população pesquisada, exigindo do pesquisador o contato direto. É
realizada através da coleta, análise e interpretação dos fatos e fenômenos que
ocorrem dentro do cenário, definindo os objetivos e hipóteses da pesquisa.
(PIANA, 2009).
Desse modo, realizou-se a pesquisa de campo por meio da aplicação de
um questionário pré-elaborado, simples, objetivo e de estrutura fechada,
contendo 10 questões com apenas uma alternativa correta.
Os participantes do presente estudo são profissionais de enfermagem
atuantes no Atendimento Pré-Hospitalar de duas rodovias do interior de São
Paulo, sendo elas a SP 300, Via Rondon, e a BR153, Transbrasiliana, utilizando
como critério de inclusão os profissionais de enfermagem que atuam no serviço
de Atendimento Pré-Hospitalar com idade entre 20 e 48 anos e que aceitaram
participar da pesquisa assinando o termo de Consentimento Livre e Esclarecido
33
(TLCE). (APÊNDICE A)
Assim este estudo visará identificar o conhecimento desses profissionais
perante o tema proposto, avaliando seus conhecimentos.
2 PRESSUPOSTO E OBJETIVOS DO ESTUDO
Diante da pergunta problema proposta, em que os profissionais de
enfermagem são indagados se estão preparados para o Atendimento Pré-
Hospitalar de múltiplas vítimas utilizando o método START, foi estabelecido o
seguinte objetivo: avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem
atuantes no serviço pré-hospitalar acerca do atendimento de múltiplas vítimas.
3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Para a elaboração do instrumento de coleta de dados (APÊNDICE B) foi
realizada uma pesquisa por meio de consultas a fonte diretas e indiretas
relacionadas ao tema. A pesquisa foi descritiva, e tem a finalidade de descrever
as características de uma população ou fenômeno, e, por outro lado, também
ocorre o estabelecimento de relações entre variáveis. (GIL,1999; apud
OLIVEIRA, 2012). Além de descritiva, a pesquisa terá abordagem quantitativa
no método de pesquisa de campo, por meio de um questionário pré-elaborado.
O questionário é simples, objetivo e com estrutura fechada, contendo 10
questões com somente uma alternativa correta, que foi aplicado aos
profissionais de enfermagem em duas rodovias do interior de São Paulo, sendo
eles socorristas, técnicos de enfermagem e enfermeiros.
4 LOCAIS DE COLETA DE DADOS
A coleta de dados é definida como um registro, uma medida ou a
observação do objeto de estudo, e corresponde ao conjunto de regras ou
processos utilizados por uma ciência. (OLIVEIRA, 2011)
Neste sentido, o questionário foi aplicado em duas rodovias do interior de
São Paulo sendo elas a SP 300, Via Rondon, e a BR153, Transbrasiliana. O
34
trecho oeste da Rodovia Marechal Rondon, SP 300, inicia-se no trecho do
município de Bauru e vai até o município de Castilho/SP, divisa com o estado do
Mato Grosso do Sul. Possui 25 cidades lindeiras tendo Lins como uma delas.
Possui, também, 12 bases operacionais com 11 viaturas de Atendimento Pré-
Hospitalar de suporte básico de vida e 1 viatura de atendimento de suporte
avançado de vida, localizada na cidade de Penápolis.
O trecho paulista da BR153, Transbrasiliana, inicia-se na divisa entre os
Estados de Minas Gerais e São Paulo (ponte do Rio Grande), no município de
Icem, e termina na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná, no município
de Ourinhos, na ponte do rio Paranapanema. Possui 22 cidades lindeiras, tendo
Lins como uma delas. Sua expansão é de 321,6km, e, neste trecho, possui 7
bases operacionais com 7 viaturas de Atendimento Pré-Hospitalar de suporte
básico de vida e 2 viaturas de Atendimento Pré-Hospitalar de suporte avançado
de vida, localizadas na cidade de São José do Rio Preto e Marília.
5 PARTICIPANTES DO ESTUDO
Profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos de enfermagem e
socorristas) atuantes no Atendimento Pré-Hospitalar de duas rodovias do interior
de São Paulo, sendo elas a SP 300, Via Rondon, e a BR 153, Transbrasiliana,
que aceitaram participar do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE).
5.1 Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão desta pesquisa foram: os profissionais de
enfermagem que estavam no serviço de Atendimento Pré-Hospitalar com idade
entre 20 a 48 anos e que aceitaram participar do estudo assinando o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
5.2 Critérios de exclusão
Profissionais que atuam no serviço de Atendimento Pré-Hospitalar das
respectivas rodovias, porém, com formação em outra área do conhecimento.
35
6 ANÁLISE DE DADOS
Após a coleta, os dados foram analisados por meio do método de
estatística descritiva com frequências e porcentagens para as variáveis
categorizadas em médias, medianas e desvio padrão para as variáveis
quantitativas, e, posteriormente, discutidos com o referencial teórico disponível.
As análises estatísticas dos dados coletados em um determinado estudo
compõem uma ferramenta muito importante na validação dos resultados
esperados da pesquisa. Apesar de condutas clínica serem rotineiramente
tomadas como base nos resultados de análises estatísticas, encontram-se,
ainda, muitos erros interligados ao fato pesquisado. (NORMANDO;
TJÃDERHANE; QUINTAO, 2010)
7 PROCEDIMENTOS ÉTICOS
Para a realização desta pesquisa foram delimitados pontos-chave, em
que optou-se que, durante o estudo e coleta de dados, seria garantido o sigilo
quanto à identificação do participante, evitando o constrangimento do mesmo
durante nossa abordagem com o instrumento de coleta e após sua participação.
Posteriormente, o projeto da pesquisa foi encaminhado para as rodovias
participantes compreenderem o estudo, e, assim, autorizarem a participação de
seus funcionários.
Os profissionais foram convidados a participarem da pesquisa, garantindo
o anonimato e o esclarecimento de todas as etapas do projeto. Aos que
aceitaram participar, solicitou-se a assinatura do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido – TCLE, disponibilizado de acordo com a resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde.
36
CAPÍTULO III
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa foi realizada em sete bases de duas rodovias do interior de
São Paulo, onde os dados foram coletados com a finalidade de avaliar os
conhecimentos destes profissionais perante o atendimento de múltiplas vítimas
com ênfase no método START.
A aplicação do instrumento ocorreu durante os respectivos plantões
(ímpares e pares, diurno e noturno), onde reuniu-se os profissionais e aplicou-
se o questionário de forma individual, não permitindo aos participantes o acesso
à internet, manuais ou discussões entre si para responderem. Foi determinado
desta maneira para que se pudesse compreender de forma fidedigna o
conhecimento que os mesmos possuem diante o assunto abordado.
A análise dos dados foi categorizada em planilha eletrônica do sistema
Microsoft Excel®, representadas estatisticamente por gráficos, caracterizando a
amostra estudada quanto ao conhecimento do atendimento a múltiplas vítimas
com ênfase no método START. A amostra deste estudo constitui-se de 38
participantes que atenderam os critérios de inclusão.
Para avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem diante do
atendimento a múltiplas vítimas com ênfase no método START, aplicou-se um
instrumento de coleta de dados em forma de questionário estruturado, o qual
continha um cabeçalho a respeito dos caracteres sócio-demográficos da
população estudada, composto, também, por 10 questões objetivas acerca da
temática abordada.
A caracterização sócio demográfica evidenciou que 18 participantes
(47%) são do gênero feminino, 19 (50%) do gênero masculino e 1(3%) de gênero
ignorado. A idade dos pesquisadores variou entre 20 e 48 anos, sendo 5 (13%)
com idade entre 20-25, 9 (24%) com idade entre 26-31, 10 (26%) com idade
entre 32-37, 12 (31%) com idade entre 38-45, 1 (3%) com mais de 48 anos e 1
(3%) com idade ignorada. A abordagem foi realizada com profissionais atuantes
no APH, sendo 02 enfermeiros, 10 técnicos de enfermagem e 26 socorristas.
Ao questionar-se sobre o conhecimento do método START, evidenciou-
37
97,4 100
2,6 0,0
se que a maioria dos participantes afirmou ter ciência do método, conforme pode
ser verificado no gráfico abaixo:
Gráfico 1: Você já ouviu falar sobre o método START?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
SIM
NÃO NÃO RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Conforme apresentado, ao questionar se o participante já tinha ouvido
falar sobre o método START, obteve-se um total geral de 37 participantes
(97,4%) de respostas sim e 1 (3%) de resposta negativa.
Para que o profissional possa trabalhar nesta área, deve ser capacitado e
ter condutas adequadas para tomada de decisão de maneira rápida, uma vez
que os cuidados pré-hospitalares são de grande importância e fazem toda a
diferença quando se fala sobre vida e morte, sobre uma sequela passageira,
grave ou até uma sequela definitiva. Tudo dependerá da forma como foi
realizado o primeiro atendimento a vítima. (OLIVEIRA, 2012 p.10)
Desta forma, exige-se muito do profissional como destreza, conhecimento
técnico-cientifico, agilidade e tranquilidade para que possa atuar com segurança,
a fim de realizar seu objetivo perante o atendimento à vítima. (INTRIERI et al.,
2017)
Ao questionar o que de fato seria o método START, obteve-se os
seguintes resultados:
38
Gráfico 2: O que seria o método START?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
A questão referente ao que seria o método START foi avaliada e
observou-se um total de 35 (92,1%) de acertos e 1 (2,6%) que não respondeu à
questão. Assim, os 03 participantes restantes (5,3%), não acertaram a questão.
Mundialmente, o método START é o que está sendo mais utilizado no
APH para a realização da triagem primária de forma rápida e eficaz. Esse método
tem como base a avaliação da capacidade de andar, de respirar, do estado
circulatório e do nível de consciência. Através desses parâmetros, as vítimas são
classificadas dependendo da sua prioridade no atendimento, sendo que, após a
avaliação do profissional, as vítimas são divididas em quatro prioridades de
atendimento, representadas através das lonas de cores vermelha, amarela,
verde e preta ou cinza. (INTRIERI et al.,2017)
Ao questionar o próprio processo de classificação de risco por cores, os
resultados trazidos pela pesquisa foram positivos, conforme apresentada no
gráfico 3:
92,1
5,3 2,6
39
100
13,2
86,8
Gráfico 3: Quais são as cores das lonas utilizadas no método START?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO
RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
A avaliação da questão referente às cores das lonas utilizadas no método
START trouxe um total de 33 (86,8%) de acertos um total de 5 (13,2%) de erro.
O método START foi idealizado nos Estados Unidos nos meados de 1980,
sendo estabelecido através de quatro lonas com as respectivas cores: vermelha,
amarela, verde e preta ou cinza. Este método utiliza-se de alguns parâmetros
fisiológicos de respiração, circulação e nível de consciência, devendo ser
avaliado no máximo em 60 segundos. Após avaliação, a vítima passa a ser
identificada com cartões coloridos, definindo, assim, sua prioridade de
atendimento. (COVOS; COVOS; BRENGA, 2016)
O cartão de cor preta ou cinza significa as vítimas que não respiram
mesmo após a liberação das vias aéreas. O cartão de cor vermelha representa
as vítimas que precisam de atendimento imediato, sendo elas, vítimas que
apresentam trauma grave, hemorragia com choque e até mesmo queimaduras
graves. Já as vítimas que são identificadas com os cartões de cor amarela
apresentam fraturas, lesões torácicas ou abdominais, porém, sem sinal de
choque. As vítimas classificadas na cor verde são vítimas que conseguem
deambular pelo local, que apresentam lesões pequenas, não necessitando de
40
100
86,8
13,2
um atendimento imediato. (COVOS; COVOS; BRENGA, 2016)
O entrosamento da equipe e o correto conhecimento acerca do método
garantem, de forma irrevogável, melhores resultados na sua aplicação. (NG et
al., 2018)
Ao interrogar os participantes sobre a real função do método START,
obtiveram-se os seguintes resultados:
Gráfico 4: Qual a função do método START?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO
RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Relativo à função do método START, o global de participantes, 33
(86,8%), foram assertivos em suas respostas.
O método START é uma avaliação rápida das condições clínicas das
vítimas, estabelecendo prioridades no tratamento, garantindo, assim, que o
maior número de vítimas sobreviva com o mínimo de sequela possível. Para isso,
devem-se avaliar rapidamente as vítimas de maneira objetiva e padronizada,
classificando-as de acordo com sua gravidade. (TAM; MUNIZ, 2012)
Além de priorizar o atendimento in loco, o método garante que o transporte
e acesso aos serviços da rede de urgência e emergência sejam o mais
adequados à especificidade do paciente. (BHALLA et al. 2015)
41
100
97,4
2,6
Gráfico 5: Quais são as vitimas atendidas na lona vermelha?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO NÃO
RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Ao indagar os participantes sobre quais as vítimas devem ser conduzidas
à lona vermelha constatou-se que a maioria dos participantes foi assertiva, sendo
eles 37 (97,4%) do público total.
Classifica-se a vítima em cor a vermelha após a avaliação e a realização
da manobra de abertura de vias aéreas, que apresentam movimentos
respiratórios ou a frequência respiratória estiver maior que trinta incursões por
minuto. Após a avaliação da respiração deve-se avaliar a perfusão através do
enchimento capilar ou da presença do pulso radial, em que o enchimento capilar
é o melhor método para a avaliação da perfusão, realizado por meio da pressão
sobre o leito ungueal, e, após soltar à região, a perfusão do membro deve
retornar dentro de dois segundos. Caso isso não aconteça é sinal de que a
perfusão esta inadequada. E, por último, se avalia o nível de consciência, que é
utilizado para as vítimas que estejam com a respiração e a perfusão
inadequadas.(OLIVEIRA, 2013)
Após passar por essas avaliações, a vítima é conduzida à área destinada
às vítimas classificadas em vermelho, que são vítimas com risco iminente de
42
morte, ou seja, são vítimas que apresentam choque hipovolêmico, hemorragias
internas severas, lesões por inalação, queimaduras graves, entre outros.
(OLIVEIRA, 2013)
O próximo questionamento interroga os participantes diante do objetivo
do método START, e revela um resultado preocupante, conforme ilustrado pelo
gráfico abaixo:
Gráfico 6: Qual o objetivo da triagem a múltiplas vitimas?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO
RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Pertinente ao objetivo da triagem a múltiplas vítimas, evidenciou-se 19
(50%) de acertos e erros.
Neste sentido, intriga o fato de que, ao interrogar sobre a função do
método START, 86,8% dos participantes tenham sido assertivos, e, quando
novamente interrogados sobre o objetivo do método, haja compreensão somente
da metade da amostra, o que, de fato, demonstra a dificuldade em compreender
que o objetivo é salvar o maior número de vítimas e não todas, como apontadas
por essa amostragem.
O termo triagem a múltiplas vítimas tem como objetivo salvá-las em seu
100
50,0 50,0
43
100
42,1
57,9
maior número. O atendimento deve acontecer no local, de forma correta, até que
se consiga encaminhar as vítimas triadas para um hospital adequado para que
continuem sendo prestados os devidos cuidado. (COVOS; COVOS; BRENGA,
2016)
Como questionamento específico do método, o gráfico 7 demonstra o
conhecimento diante da classificação de vítimas amarelas:
Gráfico 7: Quais as vitimas atendidas na lona amarela?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO
RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Ao serem analisados os dados da questão sobre as vítimas atendidas na
lona amarela, podemos observar que 22 (57,9%) responderam de forma correta
e 16 (42,1%) responderam de forma errada.
As vítimas que não correm risco imediato de morte, mas necessitam de
atendimento e de algum tipo de tratamento no local do acidente enquanto
aguardam transporte para serem encaminhados e atendidos no hospital, são
classificadas com a cor amarela, que são áreas destinadas a vítimas que
apresentam fraturas, TCE leve e moderado, queimaduras de pequeno porte,
44
100
47,4
52,6
traumatismos abdominais e torácico e ferimento que necessitam de sutura.
(PORCIDES JUNIOR,2006)
Neste sentido, ao comparar ao alto índice assertivo das respostas da lona
vermelha, levanta-se como hipótese a dificuldade em triar pacientes em zona
intermediária de risco, o que pode comprometer a triagem adequada e expor a
vítima ao agravamento.
Sobre o momento de utilizar o método START, apresentaram-se os
seguintes resultados:
Gráfico 8: Quando o método START é utilizado?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Ao analisar os dados obtidos quanto à utilização do método START,
observou-se que 20 participantes (52,6%) estavam corretos quanto à opção
assinalada.
Preocupa o fato de a equipe conhecer a função do método, porém, quase
metade dos participantes não saberem quando utilizá-lo. Sendo assim, aponta-
se uma incoerência nos dados encontrados, o que pode sugerir a falta de
45
100
18,4
81,58
capacitação destes profissionais.
O método START é utilizado quando o número de vítimas ultrapassa o
número de profissionais de enfermagem, sendo importante que se estabeleça
no local as zonas para que o atendimento seja organizado e facilitado. (COVOS;
COVOS; BREGA, 2016)
Para que isso seja efetivo, os profissionais envolvidos devem ser
submetidos às constantes capacitações, incentivando o processo de educação
permanente nos respectivos serviços. (HONG et al., 2008)
Novamente, questionou-se uma condição técnica do método, indagando
sobre a classificação preta, conforme pode ser visto no gráfico 9:
Gráfico 9: A triagem é um processo contínuo no qual a vítima, que está em lona
vermelha, se apresentar parada cardiorrespiratória, passará a qual cor?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO
ERRO
NÃO
RESPONDERAM
TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
Ao questionar, no instrumento, sobre a triagem ser um processo contínuo,
no qual, se a vítima que estava na lona vermelha entrar em parada
cardiorrespiratória, a qual cor de classificação passará, percebeu-se algumas
46
lacunas no entendimento da questão pelos participantes, porém, notou-se que
31 participantes (81,6%) acertaram.
A triagem é um processo contínuo, no qual, se a vítima estiver classificada
na lona vermelha e tiver uma parada cardiorrespiratória, consequentemente, a
passará à lona preta ou cinza, e a equipe não poderá parar de triar para voltar a
atender esta vítima, uma vez que demoraria e atrasaria a assistência às
próximas, podendo ser tarde demais, levando outras vítimas à lona preta ou
cinza, acarretando em um número alto de óbitos ao final do atendimento.
(COVOS; COVOS; BREGA, 2016)
O gráfico 10 apresenta os resultados sobre a organização do processo
assistencial mediante as zonas de risco:
Gráfico 10: Quando o número de vitimas ultrapassa o número de profissionais, é
importante que sejam estabelecidas no local as chamadas zonas. Como são chamadas
essas zonas?
120
100
80
60 N
%
40
20
0
ACERTO ERRO NÃO RESPONDERAM TOTAL
Fonte: Neves; Leite, 2019
No que se refere às chamadas zonas de atendimento, que são utilizadas
quando o número de vítimas ultrapassa o número de profissionais, questionou-
se o nome dessas zonas e verificou-se que 27 participantes (71,1%) assinalaram
71,1
26,3
2,6
47
a resposta correta.
Desta forma, para que se tenha um atendimento adequado, é importante
que no local sejam estabelecidas as chamas zonas quente, morna e fria, que
são utilizadas para facilitar e organizar o atendimento às vítimas. Após serem
delimitadas, as vítimas que se encontram na zona quente deverão ser
encaminhadas para a zona fria, pois é onde o atendimento deverá ser realizado,
não havendo risco para os profissionais e para as vítimas. (COVOS; COVOS;
BREGA, 2016)
Ao analisar os dados coletados sobre o conhecimento dos profissionais
no que concerne à assistência a pacientes envolvidos em incidentes com
múltiplas vítimas e a utilização do método START, apresenta-se o quadro 02,
que demonstra os valores gerais deste estudo:
Quadro 2: avaliação global dos resultados
Número da
amostra
Mediana Média Desvio
padrão
Máximo Mínimo
38 32 29 6,93 37 19
Fonte: Neves; Leite, 2019
Conforme evidenciado, o maior número de acertos possível por questão
era de 38, o que corresponde ao tamanho amostral intencional deste estudo. A
média de acertos foi de 29, com o máximo de 37 e mínima de 19. O desvio
padrão foi de 6,93 para mais ou para menos.
48
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Conforme comprovado por este estudo, em pontos específicos da
avaliação os profissionais não sabiam como se posicionar, o que, de fato,
demonstra a falta de habilidade ou mesmo o desuso do método durante a prática
profissional.
Como a prática é a consolidação dos conceitos teóricos, sugere-se a
utilização da educação permanente como uma ferramenta de incorporação
destes conceitos e do próprio método na equipe.
Sugere-se, também, o uso de mecanismos simuladores, o que, de fato,
possui evidências positivas no âmbito da prática profissional.
Por fim, sugere-se o incentivo de novos trabalhos sobre a temática, já que
um dos limitadores deste estudo foi a falta de referencial que pudesse fortalecer
a discussão do mesmo.
49
CONCLUSÃO
Este estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento dos profissionais
atuantes no pré-hospitalar sobre o método START. Os dados coletados
possibilitaram avaliar o conhecimento da equipe de enfermagem atuante em
rodovias do interior oeste do estado. No âmbito global, os dados refutaram a
hipótese inicial deste estudo, já que acreditava-se que os participantes não
possuíam conhecimento suficiente em relação ao método START. Apesar de
alguns pontos específicos da avaliação apresentarem algumas limitações, os
profissionais demonstraram conhecer o método, e de forma generalista,
compreendem sua aplicação.
50
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53
APÊNDICES
54
APÊNDICES
APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM
TCC: ” O conhecimento de profissionais de enfermagem diante do atendimento
de múltiplas vítimas: ênfase no método START”
Pesquisadores: Tayná Souza Faria Neves e Thauane Mariá Siqueira Leite
Orientador: Prof. Dr. Paulo Fernando Barcelos Borges
QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO PARA COLETA DE DADOS
CARGO:
SEXO: ( ) FEMININO ( ) MASCULINO
IDADE: ( ) 20-25 ( ) 26-31 ( ) 32-37 ( ) 38-45
FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
CATEGORIA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL:
TEMPO DE TRABALHO NO RESGATE:
TEMPO DE ATUAÇÃO NO PRÉ-HOSPITALAR:
FEZ ALGUM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO
JÁ FEZ TREINAMENTO DO METODO START? ( ) SIM ( ) NÃO
QUESTIONÁRIO
1. Você já ouviu falar sobre o método START?
( ) SIM ( ) NÃO
55
2. O que seria o método START?
( ) método utilizado para triagem com 2 vitimas
( ) método utilizado somente em hospitais
( ) método de simples triagem e rápido tratamento
( ) método utilizado pelos médicos
3. Quais são as cores das lonas utilizadas no método START?
( ) verde, amarelo, roxa e preto
( ) verde, amarelo, vermelho e cinza
( ) verde, vermelho, rosa e azul
( ) verde, preta, laranja e amarelo
4. Para você qual seria a função do método START?
( ) triar e identificar as vitimas
( ) verificar pacientes que não respiram
( ) identificar as vítimas vivas
( ) identifica vítimas com traumas
5. Quais são as vítimas atendidas na lona vermelha?
( ) vítimas que não respiram
( ) vítimas que deambulam
( ) vítimas que apresentam sinais de choque
( ) vítimas que apresentam trauma grave, hemorragia com choque
6. Qual o objetivo da triagem a múltiplas vítimas?
( ) salvar somente as vítimas classificadas em vermelho
( ) salvar o maior número de vitimas
( ) salvar somente as vítimas classificas em verde
( ) salvar todas as vitimas
7. Quais as vítimas atendidas na lona amarela?
( ) vítimas que apresentam traumas graves e hemorragia com choque
( ) vítimas que não respiram
( ) vítimas que apresentam lesão torácica com sinal de choque
( ) vítimas que deambulam
8. Quando o método START é utilizado?
( ) utilizado quando ultrapassa o número de socorristas
( ) utilizado quando ultrapassa 2 vitimas
56
( ) utilizado quando ultrapassa a capacidade do socorrista
( ) utilizado quando ultrapassa a capacidade de atender
9. A triagem é um processo continuo no qual a vítima que está em vermelho
se entrar em parada cardiorrespiratória passará a ser qual cor?
( ) amarela
( ) preta ou cinza
( ) verde
( ) laranja
10. Quando o número de vítimas ultrapassa o número de profissionais é
importante que sejam estabelecidas no local as chamadas zonas. Como
são chamadas essas zonas?
( ) zona preta, zona vermelha e zona quente
( ) zona moderada, zona vermelha e zona quente
( ) zona fria, zona moderada e zona vermelha
( ) zona quente, zona morna e zona fria
APÊNDICE B – TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa: O
CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DO
ATENDIMENTO DE MÚLTIPLAS VITIMAS: ÊNFASE NO MÉTODO START.
A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que
nos leva a propor este estudo se deve ao esclarecimento sobre o conhecimento
dos profissionais de enfermagem perante o atendimento pré-hospitalar de
múltiplas vítimas, visando também o conhecimento dos profissionais sobre o
Método START. A pesquisa se justifica a partir da preocupação sobre o
conhecimento e o atendimento realizados pelos profissionais de enfermagem
atuantes no APH com ênfase nos incidentes de múltiplas vítimas e no método
START. Objetivo desse projeto é identificar e avaliar o conhecimento dos
profissionais de enfermagem sobre suas competências e habilidades para uma
atuação eficaz perante um incidente de múltiplas vítimas, visando também o
método START. O (os) procedimento (s) de coleta de dados será da seguinte
forma: será realizada uma pesquisa de campo em duas rodovias do interior de
57
São Paulo onde os participantes deverão responder um questionário estruturado
que será elaborado e distribuídos pelos autores do trabalho. O tempo médio para
responder o questionário será de 5 minutos. A frequência que os participantes
serão requisitados em seus postos de serviços será de duas vezes, pois pode
ocorrer de serem acionados em ocorrências ou estarem de folga.
DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: A sua participação neste estudo
pode gerar algum tipo de desconforto e o risco de constrangimento durante a
abordagem com o instrumento de coleta, pois o seu conhecimento será avaliado.
Para minimizar os riscos será realizado uma explicação da pesquisa e a
importância de responder o questionário com seriedade sobre a participação
voluntaria na pesquisa garantido o total sigilo quanto a participação. Os
benefícios esperados são contribuir, conscientizar e estimular o aprimoramento
sobre o método START para que assim possam garantir um melhor atendimento
pré-hospitalar as vítimas.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: Os participantes da
pesquisa serão abordados e acompanhados nos seus postos de serviços das
rodovias do interior de São Paulo, a participar da pesquisa de forma voluntaria,
caso algum participante apresente algum problema em responder o questionário
será explicado à importância da sua participação no estudo, garantindo o total
sigilo sobre essas informações.
A participação na pesquisa não acarretará nenhum custo aos participantes e
nem haverá obrigatoriedade em participar, todos serão convidados de forma
voluntaria.
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA
DE SIGILO: Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer
etapa do estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu
consentimento ou interromper a participação na pesquisa a qualquer momento,
seja por motivo de constrangimento e/ou outros motivos. A sua participação é
voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou
perda de benefícios. O (s) pesquisador (es) irá (ão) tratar a sua identidade com
padrões profissionais de sigilo. Os resultados da pesquisa serão enviados para
você e permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua
participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado
58
DECLARAÇÃO DO
PARTICIPANTE
PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO
(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Este
consentimento está impresso e deve ser assinado em duas vias, uma será
fornecida a você e a outra ficará com o pesquisador (es) responsável (eis). Se
houver mais de uma página, tanto o pesquisador quanto o participante devem
rubricar todas as páginas.
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO: A
participação no estudo, não acarretará custos para você e será disponibilizado
ressarcimento em caso de haver gastos com transporte, creche, alimentação,
etc, tanto para você, quanto para o seu acompanhante, se for necessário. No
caso de você sofrer algum dano decorrente dessa pesquisa você tem direito à
assistência integral e gratuita entrando em contato com os pesquisadores: Tayná
Souza Faria Neves (14) 99103-3016 / Thauane Mariá Siqueira Leite (14) 99825-
1319.
Eu, .........................................................................,nome do representante legal
fui informado (a) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada
e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar
novas informações e ou retirar meu consentimento. Os responsáveis pela
pesquisa acima, certificaram-me de que todos os meus dados serão
confidenciais. Em caso de dúvidas poderei chamar a estudante Tayná Souza
Faria Neves (14) 99103-3016 / Thauane Mariá Siqueira Leite (14) 99825-1319 e
o pesquisador responsável Prof. Me. Paulo Fernando Barcelos Borges (14)
99640-0795 ou ainda entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do
UniSALESIANO, localizado na Rodovia Teotônio Vilela, Bairro Alvorada –
Araçatuba-SP Fone:(18)3636-5252, 08:00 às 14:00. O Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) é um colegiado composto por pessoas voluntárias, com o
objetivo de defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua
integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro
de padrões éticos. O CEP – UniSALESIANO de Araçatuba é diretamente
vinculado ao Centro Universitário Católico Auxilium de Araçatuba-SP/Missão
Salesiana de Mato Grosso.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma via deste
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termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler
e esclarecer as minhas dúvidas.
Assinatura do participante de pesquisa ou impressão dactiloscópica
(se necessário). Assinatura:
Nome legível:
Data / /
................................................................................