o conceito de bairros sustentÁveis e indicadores de
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ISBN: 978-85-68242-99-5
EIXO TEMÁTICO: ( ) Ambiente Construído e Sustentabilidade ( ) Arquitetura da Paisagem ( ) Cidade, Paisagem e Ambiente ( x ) Cidades Inteligentes e Sustentáveis ( ) Engenharia de Tráfego, Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Meio Ambiente e Saneamento ( ) Patrimônio Histórico: Temporalidade e Intervenções ( ) Projetos, Intervenções e Requalificações na Cidade Contemporânea
O CONCEITO DE BAIRROS SUSTENTÁVEIS E INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
THE CONCEPT OF SUSTAINABLE NEIGHBOURHOOD AND SUSTAINABILITY INDICATORS
EL CONCEPTO DE BARRIO SOSTENIBLE E INDICADORES DE SOSTENIBILIDAD
Thaís Tenório da Silva Mestranda, UNICAMP, Brasil
Regina Marcia Longo
Professora Doutora, PUC, Brasil. [email protected]
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RESUMO O meio urbano quando desenvolvido de maneira sustentável, ou seja, conciliando o progresso urbano e a preservação dos recursos ambientais, proporciona e prioriza à população maior qualidade de vida, uma vez que o bem-estar da sociedade é um dos requisitos quando se trata de sustentabilidade urbana. Tal conceito vem tomando cada vez mais espaço no planejamento e desenvolvimento das cidades e atualmente existem construtoras especialistas em edifícios sustentáveis, por exemplo. Ao se ampliar a escala de aplicação da sustentabilidade urbana e se pensar em bairros sustentáveis, os critérios que os definem ainda são um desafio. Esta pesquisa tem o intuito de definir indicadores de sustentabilidade para bairros com base em modelos funcionais de bairros sustentáveis quem obtiveram sucesso. Tais indicadores têm a capacidade de apontar suas fragilidades para que este possa vir a ser um bairro sustentável. Alguns dos indicadores que caracterizam um bairro sustentável são índices de áreas verdes, tipo de coleta, acessibilidade e saneamento básico. Os resultados obtidos para cada indicador medido dispõem as necessidades de adaptação ou não no bairro em questão. PALAVRAS-CHAVE: BAIRROS SUSTENTÁVEIS. SUSTENTABILIDADE URBANA. INDICADORES. The urban when developed in a sustainable way, that is, reconciling urban progress and the preservation of environmental resources provides and prioritizes the population with a higher quality of life, since the well-being of society is one of the requirements when it comes to urban sustainability. . Such a concept has been taking more and more space in the planning and development of cities and there are currently specialist builders in sustainable buildings, for example. By expanding the scale of urban sustainability application and thinking of sustainable neighborhoods, the criteria that define them are still a challenge. This research aims to define sustainability indicators for neighborhoods based on functional models of sustainable neighborhoods that have been successful. Such indicators have the ability to point out their weaknesses so that it can become a sustainable neighborhood. Some of the indicators that characterize a sustainable neighborhood are indices of green areas, type of collection, accessibility and basic sanitation. The results obtained for each measured indicator address the needs of adaptation or not in the neighborhood in question. KEY-WORDS: SUSTAINABLE NEIGHBOURHOOD. URBAN SUSTAINABILITY. INDICATORS. El medio urbano cuando desarrollado de manera sostenible, o sea, conciliando el progreso urbano y la preservación de los recursos ambientales proporciona y prioriza a la población mayor calidad de vida, una vez que el bienestar de la sociedad es uno de los requisitos cuando se trata de sostenibilidad urbana. Tal concepto ha tomado cada vez mas espacio en la planificación y desarrollo de las ciudades y actualmente existen constructoras especialistas en edificios sostenibles, por ejemplo. Al expandir la escala de aplicación de la sostenibilidad urbana y pensar en barrios sostenibles, los criterios que los definen aún son un desafio. Esta investigación tiene el objetivo de definir indicadores de sostenibilidad para barrios con base en modelos funcionales de barrios sostenibles que han tenido exito. Esos indicadores tienen la capacidad de apuntar sus debilidades para que el mismo pueda a ser un barrio sostenible. Algunos de los indicadores que caracterizan un barrio sostenible son índices de areas verdes, tipo de colecta, accesibilidad y saneamiento basico. Los resultados obtenidos para cada indicador medido dispone las necesidades de adaptación o no en el barrio en cuestión.
PALABRAS CLAVE: BAIRRO SOSTENIBLE.SOSTENIBILIDAD URBANA. INDICADORES.
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1. INTRODUÇÃO
Em função da revolução industrial ocorrida no século XVIII a migração do homem do campo
para a área urbana se intensificou. Estes buscam melhorar a qualidade de vida e ter maiores
oportunidades, no entanto, essa migração em massa resulta em situações onde existe a
desigualdade social, desvalorização do ser humano e um ambiente sem qualidade de vida.
(FREITAS et al., 2001)
A grande maioria das cidades não possui planejamento adequado devido a rápida e
desordenada ocupação destas áreas que continua a acontecer, as áreas urbanas seguem em
expansão e a ONU estima que até 2030 70% da população mundial terá migrado para a zona
urbana.
A rápida ocupação do urbano diminui a qualidade de vida da população que de forma
recorrente enfrenta problemas como tráfego intenso, calçadas inadequadas para o uso de
pedestres, habitações irregulares, falta de segurança pública e saneamento básico.
A proposta de desenvolvimento sustentável surgiu no final do século XX, como resposta à
crise social, e ambiental pela qual o planeta passa. As nações Unidas desenvolveram estudos
relativos às alterações climáticas e este tipo de desenvolvimento, que leva em conta as
condições do meio veio como a resposta aos problemas e a crise (BARBOSA, 2008).
Sabe-se que o homem naturalmente é parte do ambiente, pois participa de sua dinâmica. Faz-
se necessário por tanto que o homem estabeleça critérios para evitar ou mitigar impactos
negativos decorrentes de suas atividades, e então saiba como lidar com os problemas
ambientais uma vez que se tenha planejamento (FREITAS et al., 2001).
Para tanto, tomar iniciativas e a propor soluções a problemas já existentes e instalados,
decorrentes de ambientes construídos inadequadamente devido à falta de planejamento,
exigem uma visão da interferência humana neste meio, sob expectativa de mudanças (FREITAS
et al., 2001).
Tendo em vista esta mudança à sustentabilidade em meio urbano depende da sociedade
em si, e sua estrutura. Apenas alterações tecnológicas não se fazem suficientes para ter este
conceito implantado, é necessário que os padrões de apropriação, consumo e produção da
comunidade sejam transformados, e que esta busque alcançar um estado de permanecia em
sua relação com o estado sustentável (ACSELRAD; LEROY, 1999).
Para que se esclareça o conceito de sustentabilidade vamos dizer que esta é baseada
em um tripé, sendo que os pilares são: economia, meio ambiente e sociedade. No que diz
respeito à economia espera-se que se obtenha o menor gasto possível nas atividades cotidianas,
sobre o meio ambiente espera-se amenizar impactos e problemas causados no meio em função
das atividades nele desenvolvidas e para a sociedade oferece a melhor qualidade de vida a partir
de distribuição de bens, serviços e infraestrutura adequada (DIAS; ÁVILA, 2014).
Quanto ao o desenvolvimento sustentável e sua conceituação a World Wide Fund for
Nature – Brasil, 2012 diz que este é o desenvolvimento que acontece de maneira consciente,
que utiliza de planejamento e tem noção de que todos os recursos naturais utilizados são finitos
e precisam se manter para o atendimento das próximas gerações.
O maior desafio do século é a implantação da sustentabilidade aliada ao desenvolvimento
econômico, no entanto, é também um tema de grande relevância em todas as nações, isso
porque as cidades utilizam 2/3 de toda a energia consumida mundialmente, são responsáveis
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pela geração de 75% dos resíduos e fazem uso demasiado de água potável, o que causa
esgotamentos destes recursos (LEITE; AWAD, 2012).
2. OBJETIVOS
A pesquisa objetiva conceituar bairros sustentáveis a partir da definição de indicadores de
sustentabilidade obtidos pela análise da literatura e parâmetros analisados no funcionamento
de bairros considerados sustentáveis que obtém sucesso em sua gestão e funcionalidade.
3. METODOLOGIA
3.1. BAIRROS SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Segundo o Portal Do Brasil (2013), o país possui aproximadamente 5.570 cidades, sendo que
são contabilizadas as que têm um prefeito eleito. O desenvolvimento sustentável no Brasil ainda
é pouco explorado, sendo voltado principalmente a redução da emissão de gás carbônico com
a diminuição das queimadas na Amazônia. (ABRAMOVAY, 2010)
Além da redução de queimadas na Amazônia existem outras vertentes da sustentabilidade que
necessitam serem abordadas de maneira mais constante para o desenvolvimento brasileiro de
maneira sustentável e adequada. O Brasil é um país em desenvolvimento no qual existe grande
desigualdade social, principalmente em meio urbano, onde grandes partes das habitações
ocorrem de maneira irregular e a sustentabilidade é uma opção para a erradicação e diminuição
da pobreza no país.
Abramovay (2010) apresenta que, tendo como exemplo casos de sucesso voltados a
sustentabilidade, no Brasil, apesar de ter-se obtido êxito na redução da desigualdade de renda
há ainda grandes problemas ligados ao acesso à educação, moradia, e qualidade de vida no meio
urbano, que também fazem parte da sustentabilidade, e por serem de difícil acesso no país
acabam diminuindo por hora a possibilidade de implantação de projetos sustentáveis em
determinadas áreas.
Ainda que quando comparado a outros países sejam poucos os projetos voltados à
sustentabilidade em meio urbano no Brasil, algumas cidades se destacam por seus projetos que
visam à preservação ambiental no meio urbano, principalmente pela gestão de resíduos sólidos.
As cinco principais cidades com princípios sustentáveis no Brasil são, Curitiba-PR, Londrina-PR,
João Pessoa-PB, Extrema-MG e Santana de Parnaíba-SP. (PEGCAR, 2016)
A cidade de Curitiba é considerada como uma das mais sustentáveis do mundo, sendo
comparada a grandes metrópoles internacionais como Oslo, Copenhagen, Madrid e Amsterdam.
O município destaca-se por priorizar o transporte público com corredores exclusivos para ônibus
e possibilidade agilidade no embarque, possuir mecanismos de prevenção a enchentes e prezar
a qualidade do ar, possuindo aproximadamente 64m² de áreas verdes por habitante. (PEGCAR,
2016). Londrina, também no Paraná, foi premiada internacionalmente por seus projetos
voltados a resíduos sólidos, incluindo o projeto cesta verde, que troca alimentos por recicláveis
com os moradores. (DINÂMICA AMBIENTAL, 2015).
Os bairros sustentáveis no Brasil são ainda muito poucos, no entanto vêm ganhando
força e aumentando o número de projetos. O Rio de Janeiro, por exemplo, possui o projeto
Morar Carioca, que busca a inclusão social, a partir da integração das favelas ao meio urbano,
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com foco na preservação do meio, trabalhando de forma sustentável, com perspectiva de
finalização até janeiro de 2020. (ZAPPA; ROSSI, 2013)
O estado do Rio Grande do Sul também ganhou seu primeiro bairro sustentável, no ano
de 2014. O bairro nomeado Quartier é projetado para 10.000 habitantes e será certificado pelo
selo LEED ND, com priorização total dos pedestres e ciclistas, com perspectivas de término do
projeto em 2024 (ECOD, 2014).
O bairro Pedra Branca, localizado na cidade de Palhoça – Santa Catarina, é um dos
principais bairros sustentáveis no Brasil, tendo este sido premiado internacionalmente pelo
Conselho da Construção Verde dos Estados Unidos (SANTOS, 2010).
Em São Paulo, o destaque fica para o bairro Parque Cidade, com abordagens de
princípios de sustentáveis buscando tirar o efeito de metrópole com poluição desta área da
cidade. Trata-se de um bairro dentro de um parque, inspirado no conceito de cidades
compactas, com uso diverso do solo, onde tudo pode ser encontrado com facilidade pelos
pedestres. (PARQUE DA CIDADE, 2015).
O estado do Ceará está recebendo a 1º cidade inteligente social do mundo, um projeto que
atenderá à aproximadamente 25.000 habitantes, número este que pode ser considerado como
um bairro em São Paulo, por exemplo, podendo por tanto servir como inspiração e modelo para
a adequação de grandes bairros.
3.2. SMART CITIES E A RELAÇÃO COM BAIRROS
Smart city, que significa em português cidade inteligente, é um temo que surgiu nos
anos 90 visando novos métodos de planejamento urbano. Trata-se da aplicação de tecnologias
integrados a infraestrutura urbana. Estas tecnologias devem ser planejadas para suprir a
demanda da população e atender ao conceito de sustentabilidade, ou seja, precisam de
harmonia e equilíbrio entre as necessidades populacionais e o meio ambiente. (CATAPAN et al.,
2016; GUEDES et al., 2015)
Segundo o Observatório Tecnológico de La Eenergía (2011) existem três parâmetros
comuns dentro do termo cidade inteligente que se fazem importantes para esclarecer e
classificar estas. O primeiro traz que não se deve provocar danos ao meio ambiente, o segundo
diz que se deve utilizar de tecnologias e informação como uma forma de gestão e por último os
primeiros parâmetros devem ser executados visando o desenvolvimento sustentável da cidade.
Conforme Planet (2016b), idealizadora da primeira smart city social do mundo tem-se
que 2% do planeta está coberto por cidades, em 1950 30% da população habitava cidades como
pode ser observado na Figura 1 e hoje 50% da população mundial vive nestas, 75% de toda
energia gerada no planeta é consumido por estas cidades que são ainda a principal fonte de
emissão de carbono, principal gás do efeito estufa, sendo que 80% do total emitido à atmosfera
é proveniente das áreas urbanas. Os dados demonstram a importância da aplicação das
tecnologias para obtenção da sustentabilidade.
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FIGURA 1. Impacto populacional atual e futuro.
Fonte: Catapan et. al, 2016 – Smart Cities – Como Cidades Inteligentes geram cidades sustentáveis;
Grande parte das cidades hoje existentes com sua atual estrutura apresentam
necessidades de habitação devido a grande carência apresentada, otimização na mobilidade a
partir de transportes adequados e otimização do uso de água e energia, todos os setores
necessitam inovação e planejamento inteligente. (CAMPOS, 2016)
Alguns pontos do sistema de uma cidade são focos de aplicação de tecnologias para a
obtenção de sucesso no conceito, como: transporte, energia, água e governo. Todas as
tecnologias aplicadas nestes setores na escala cidade, podem ser levadas a escala bairro, como
ocorreu em Londres, que investiu no ecobairro BedZed demonstrado na Figura 2. (GUEDES et
al., 2015)
FIGURA 2. Ecobairro BedZed em Londres.
Fonte: TWINN, [s.d.],. Enviro 4 – Sustainable Urban Communities – The really – Bed Zed.
Gama, Alvaro e Peixoto (2012) trazem exemplos de tecnologias que podem ser aplicada
às cidades inteligentes sendo que dentre estas estão redes elétricas inteligentes, redes de
sensores sem fio, computação em nuvem e sistema de informação geográfica.
Estas tecnologias são utilizadas para resolução de problemas em tempo real pela
governança, organização do cenário urbano e principalmente captação de problemas e
elaboração de propostas inovadoras às necessidades de cada cidadão. (BOUSKELA et al., 2016)
Dentro do conceito de cidade inteligente, fala-se também em cidadão inteligente, ou
seja, a população precisará produzir informação, estas informações podem ajudar nas
tecnologias e influenciar na melhoria do transito, por exemplo, a partir da troca de informações
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em tempo real e abertura para que as pessoas deem soluções inovadoras á problemas
cotidianos. O cidadão passa então a ver seu smartphone como um instrumento politico. (LEMOS,
2013)
Um exemplo de cidade inteligente é Songdo, cidade localizada na Coréia do Sul. Songdo foi
planejada para se tornar uma smart city e teve seu sistema de transito otimizado a partir de
sensores, que permitem a redução do engarrafamento pela colocação de etiquetas com
radiofrequência na placa dos automóveis que enviam um sinal com a localização de cada veículo
à um processador. (GUEDES et al., 2015)
Outro exemplo já citado e que faz grande referencia ao presente trabalho é o bairro londrino
inspirado no conceito cidade inteligente. O principal foco do ecobairro BedZed é a eficiência
energética a partir de adequações ao clima local. A ideia é que o bairro tenha emissão de dióxido
de carbono nula e eficiência no uso de todos os recursos naturais, sendo que desde 2002 a
energia do local é fornecida por painéis solares (MIANA, 2012; GUEDES et al., 2015).
Masdar City talvez seja a mais famosa das cidades inteligentes, esta foi planejada visando à
diversificação da economia que originalmente é ligada ao petróleo. Todo o projeto respeitou a
realidade ambiental do local e as principais áreas para o desenvolvimento são: água, energia,
transporte, resíduos e construção com uso de material sustentável (COSTA FILHO, 2014).
As cidades inteligentes precisam ser tratadas com atenção e obter a devida manutenção e
monitoramento das tecnologias e também das pessoas, para que exista harmonia e tudo se
execute conforme o planejado, ou seja, o sistema implantado deve ser monitorado
regularmente e a educação ambiental deve ser constante com a atualização dos habitantes.
Enfatizando que não se devem ignorar formas mais inteligentes e eficazes do que a tecnologia
de resolução dos problemas (LEMOS, 2013).
Além das cidades inteligentes, existem ainda as cidades digitais, que podem ser
relacionadas ao governo e sociedade civil, de maneira que a cidade possua uma identidade web,
com portais do município que possuam informações relevantes e representação politica, podem
ser relacionadas a criação de tecnologias em áreas urbanas, como é o caso do wi-fi gratuiro
disponível a comunidade, relacionam-se ainda como o sistema de informação espacial que
possibilita simulação do ambiente urbano e como isto o planejamento do mesmo, e por ultimo,
relaciona-se às comunidades virtuais, como fóruns, chats, e redes sociais utilizadas para o aceso
e disseminação de informações relativas a cidade.(LEMOS, 2006)
3.3. TEMÁTICAS PARA ÁNALISE DA SUSTENTABILIDADE NO BAIRRO
A partir dos indicadores de sustentabilidade mais utilizados na literatura por autores como
Miana (2012), Melhado et al.(2013), Nunes (2009) e os aspectos de sucesso nos bairros
sustentáveis brasileiros que atenderam as expectativas quanto a sustentabilidade junto aos
aspectos obrigatórios nas certificações AQUA e LEED, elaborou-se uma planilha que pode ser
observada no
QUADRO 1, contendo as temáticas a serem abordadas em um bairro sustentável. Vale
ressaltar que as certificações foram usadas como base, e não são o foco do presente trabalho.
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QUADRO 1. Temas e temáticas a serem abordados.
Os tópicos a seguir apresentam uma análise de cada temática QUALIDADE DO AR
A qualidade do ar é um aspecto diretamente influente na qualidade de vida da população local, uma vez que ainda que os efeitos da má qualidade não sejam imediatamente aparentes, podem ter graves influencias na saúde da população, sendo um dos principais causadores de doenças respiratórias e cardiovasculares, que atingem principalmente às crianças e idosos (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2017). A existência de árvores e áreas verdes na localidade afetam de maneira positiva os níveis de poluição, e por isso, é imprescindível que seja relacionado o verde urbano, verificando a existência de árvores, praças, áreas verdes, áreas de proteção permanente, jardins e praças no bairro. Dados relativos à atual qualidade do ar podem ser obtidos de maneira geral a partir da Companha Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). RESÍDUOS
Para tal indicador observar-se-á o tipo de coleta existente no bairro, a frequência com que os resíduos são coletados e para onde os mesmos são enviados. É importante entender o funcionamento da gestão de resíduos que diz respeito à minimização da produção e destinação adequada de acordo com os tipos e quantidades de resíduos gerados para armazenamento, coleta e descarte adequados. No Brasil dados relativos aos resíduos podem ser obtidos a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), este auxiliará no entendimento do sistema vigente e junto ao trabalho em campo. TRANSPORTE E MOBILIDADE
A mobilidade urbana se apresenta como um dos principais aspectos que determinam a sustentabilidade do local, uma vez que leva em consideração a proximidade das residências aos
Temas Temáticas
1. Zero Carbono -Qualidade do ar - Verde urbano
2. Gestão de resíduos -Geração e disposição de resíduos sólidos
3. Transporte sustentável e mobilidade urbana
-Acessibilidade Ciclovias
4. Gestão das águas - Abastecimento publico - Presença de Rios e córregos - Qualidade da agua
5. Biodiversidade - Arborização - Presença de parques e jardins - presença de áreas de APP
6. Patrimônio cultural - Presença de escolas, universidades, teatros, etc
7. Diversidade do uso do Bairro - proximidade de locais de trabalho e lazer
*adaptado de Projetar e Construir Bairros sustentáveis, Melhado et. al, 2013.
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possíveis locais de trabalho e educação, assim como a priorização do pedestre inclusive deficiente, no bairro. Ao se pensar em mobilidade deve-se abordar a conectividade que é uma das principais preocupações quando na concepção do projeto de um bairro sustentável, esta, se associa a mobilidade e a acessibilidade, e devem ser previstos fluxos de acesso às demais áreas da cidade por meio de transporte coletivo ou veículos com baixa emissão de carbono. Para a análise da conectividade pode-se analisar o valor do transporte público, quando comparado a capitais brasileiras, e a situação e atratividade dos pontos de ônibus, além da análise da quantidade de pontos existentes e a distância destes até as residências. ÁGUA
O saneamento é um aspecto de extrema relevância quando se fala em sustentabilidade, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário são partes importantes da infraestrutura urbana de um município, no entanto, desde que exista gestão. No município de Campinas a concessionária responsável por fornecer água e esgotamento sanitário é a SANASA. Dados referentes à cobrança, e abastecimento podem ser encontrados nos sites da concessionária e junto ao Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS). Para a análise do aspecto água, considera-se a porcentagem da população atendida por abastecimento com água potável. ARBORIZAÇÃO E ÁREAS PÚBLICAS
As áreas públicas que podem ser voltadas a lazer, cultura, esportes, etc. estão fortemente ligadas à qualidade de vida e devem ser facilmente acessíveis a todos os moradores locais, Visando interação entre os moradores e sensação de pertencimento ao local onde vivem. As áreas de lazer possibilitam que se viva e se divirta em um mesmo núcleo. A arborização faz parte do verde urbano e é vinculada a diversos outros aspectos, como qualidade do ar, e mobilidade urbana, uma vez que se fazem importantes ao proporcionar sombras tornando-se um atrativo para caminhadas e proporcionando melhorias na qualidade do ar. A análise da arborização pode ser feita a partir da contagem das árvores no bairro, e relação com o comprimento da rua, visando analisar o atendimento a sugestão da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana de 1 árvore a cada 10m de calçada. CULTURA, PAISAGEM E EDUCAÇÃO.
Pode-se considerar que a educação é parte da cultura, que engloba ainda os costumes da população, que de certa forma, devem se preservados, toda a arte e história do bairro que precisam ser mantidos, pois se trata da identidade deste. Os componentes existentes nas áreas públicas do bairro representam a identidade deste, e devem ser mantidas, quando possível, para que não se cause estranheza e não se altere o patrimônio local. A educação é primordial em qualquer âmbito do desenvolvimento, no desenvolvimento sustentável não se faz diferente. Para contribuir na sustentabilidade urbana, é necessário que o bairro possua escolas que atendam a todas as idades em sua delimitação ou proximidades, possibilitando o mínimo deslocamento dos estudantes. DIVERSIDADE NO USO DO BAIRRO
Segundo a autora Miana (2012), é necessário que em um eco bairro existam usos diversificados, que permitam e incentivem o não uso do transporte automotivo, ou seja, exista no bairro infraestrutura para que o morador não precise sair deste para o atendimento de suas necessidades básicas.
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Ao se proporcionar um bairro diverso, aumenta-se a chance de empregos na localidade permitindo que os habitantes possam ir até o trabalho a pé, assim como possam ir ao mercado, farmácia e academia, por exemplo, da mesma maneira, sem o uso de automóveis. Dentro da diversidade do bairro, está incluso o aspecto de áreas de lazer que devem ser pensadas, para que o habitante possa ter opções nas proximidades de sua casa, causando uma economia de tempo, dinheiro, e diminuindo o fluxo de veículos no bairro.
3.4. ÍNDICES DE QUALIDADE DO BAIRRO
A partir das temáticas previamente referidas, obtiveram-se indicadores considerados eficientes para qualificação de um bairro no aspecto ambiental conforme o QUADRO 2. A partir de um cálculo para Índice de Qualidade, que consiste em um método de verificação por lista e ponderação de valores que pontuam cada aspecto ambiental considerado importante e demonstram a partir de valores sua situação.
QUADRO 2. Temáticas e indicadores a serem abordados em um bairro sustentável.
Temáticas Indicadores
Qualidade do Ar Áreas Verdes
Dados CETESB
Resíduos
Quantidade de resíduos
Eco pontos
Coleta Simples
Coleta Seletiva
Transporte e Mobilidade Urbana
Ciclovias
Vias para pedestre/Guias Rebaixadas
Valor do transporte público
Pontos de ônibus
Água Abastecimento
Coleta de esgoto
Arborização Relação árvore/ metro
Áreas públicas Áreas públicas para lazer e recreação
Áreas públicas de contemplação
Patrimônio cultural Quantidade de unidades de ensino
Diversidade no uso Quantidade de usos Fonte: Autora, 2017.
Posterior à definição dos indicadores de cada temática, para estes, foram atribuídos
pesos conforme a importância de cada indicador. Distribuiu-se 1000 pontos entre as temáticas e então redistribuídos entre os indicadores. Como todos os parâmetros definidos se fazem indispensáveis para que se possa considerar um bairro como sustentável, atribuiu-se os pesos de maneira igualitária conforme pode ser observado a na TABELA 1.
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TABELA 1 - Pesos para análise de qualidade do bairro nos parâmetros ambientais.
Temáticas Peso Total
Indicadores Peso por Indicador
Qualidade do Ar 125 Áreas Verdes 62,50
Dados CETESB 62,50
Resíduos 125
Quantidade de resíduos 31,25
Eco pontos 31,25
Coleta Simples 31,25
Coleta Seletiva 31,25
Transporte e Mobilidade Urbana
125
Ciclovias 31,25
Vias para pedestre/Guias Rebaixadas 31,25
Valor do transporte público 31,25
Pontos de ônibus 31,25
Água 125 Abastecimento 62,50
Coleta de esgoto 62,50
Arborização 125 Relação árvore/ metro 125
Áreas públicas 125 Áreas públicas para lazer e recreação 62,50
Áreas públicas de contemplação 62,50
Patrimônio cultural 125 Quantidade de unidades de ensino 125
Diversidade no uso 125 Quantidade de usos 125 Fonte: Autora, 2017.
Após obtenção dos dados necessários, conforme meios citados anteriormente podem-
se atribuir os valores reais para cada indicador, no entanto, é necessário que exista uma
normalização dos valores, pois os indicadores muitas vezes não são comparáveis entre si no que
diz respeito a unidades, a normalização expressa a magnitude das pontuações de impacto, em
uma escala comum a todas as categorias de impacto permitindo o cálculo do índice de qualidade
IQ.
Cada temática foi classificada como uma categoria e para cada uma destas categorias
foram, com base em outros autores e casos de sucesso, atribuídos um fator de peso para cada
indicador de acordo com sua escala, variando de 0 a 1. Um exemplo da normalização feita para
cada indicador pode ser vista na TABELA 2.
TABELA 2 - Normalização de indicadores conforme escala.
CA
TEG
OR
IA
ESCALA ESTADO FATOR DE PESO
INDICADOR 1
RUIM 0
REGULAR 0,25
BOM 0,5
ÓTIMO 0,75
EXCELENTE 1
INDICADOR 2
RUIM 0
REGULAR 0,25
BOM 0,5
ÓTIMO 0,75
EXCELENTE 1 Fonte: Autora, 2017.
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O resultado que demonstrará o índice de qualidade de cada categoria/temática se dá
através da equação 1 (índice de qualidade por categoria; IQC) de média ponderada demonstrada
a seguir, que apresenta o valor normalizado de cada indicador. A equação 2 (índice de qualidade
total; IQT), apresenta o cálculo para o índice de qualidade do bairro, que leva em conta o valor
atingido em cada categoria e deverá atingir um valor adequado quando comparado a outros
casos na literatura.
IQC = 𝑉(𝑖)𝑥𝑃(𝑖) (1) IQT = ∑ 𝑉(𝑖)𝑥𝑃𝑛
𝑖=1 (𝑖) (2)
V(i) = Valor normalizado do indicador P(i) = Peso atribuído ao indicador IQC = Índice de Qualidade por Categoria IQT = Índice de Qualidade Total
O índice de qualidade total do bairro diagnostica de forma ilustrativa a atual situação do
local, sendo o objetivo da análise observar as principais fragilidades e pontos a serem
melhorados para que ocorra a aproximação da inclusão no parâmetro sustentável.
Pode-se observar que em grande maioria os parâmetros se completam e estão interligados,
fazendo com que a sustentabilidade local apareça como um todo e não isoladamente.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 ESTUDO DE CASO DO BAIRRO PARQUE DAS UNIVERSIDADES – CAMPINAS/SP
No caso do Parque das Universidades é esperado um índice abaixo da média por não se
tratar de um bairro planejado e projetado para a finalidade sustentável.
Para facilitar a visualização da pontuação obtida por cada categoria pode-se observar a
TABELA , que dispõe sobre os resultados.
TABELA 3 – Resumo dos resultados dos índices de qualidade por categoria – IQC.
Categoria/Temática Valor índice de qualidade da categoria -
IQC
Qualidade do Ar 46,90/125
Resíduos 54,70/125
Transporte 39,00/125
Água 125/125
Arborização 93,75/125
Cultura, paisagem e educação 31,25/125
Áreas públicas 62,50/125
Diversidade de usos 62,50/125 Fonte: Autora, 2017.
IQT = ∑ 𝑉(𝑖)𝑥𝑃𝑛𝑖=1 (𝑖) (2)
IQT = 46,90+54,70+39,00+125+93,75+31,25+62,50+62,50= 515,60
Para ilustração dos resultados obtidos elaborou-se o Gráfico 02, que leva em consideração o resultado obtido em cada IQC para cada temática analisada.
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Gráfico 2– Comparativo entre os índices de qualidade de cada categoria.
Fonte: Prefeituras das capitais e governo do DF - (PREFEITURA BOA VISTA, 2017).
Em um total de 1000 pontos, o Parque das Universidades obteve aproximadamente 515
pontos, valor pouco superior a media, por não se tratar de um bairro sustentável e sim de um
bairro comum, pode-se considerar que apesar da necessidade de alterações e adaptações o
bairro se encontra em boa situação de forma geral.
Apenas um parâmetro se apresentou como excelente: o de água, que levou em
consideração o saneamento do local. Os parâmetros que consideram o índice de áreas públicas
locais e a diversidade de usos obtiveram um valor mediano, que pode ser considerado bom e
com necessidade de poucas melhorias, todos os outros parâmetros: qualidade do ar, resíduos,
transporte, arborização e educação obtiveram resultados abaixo da média que representam
fragilidade nestes aspectos no que se refere a atingir a sustentabilidade.
Todos os parâmetros necessitariam melhorias caso fosse do interesse tornar o bairro
inteiramente sustentável, com necessidade de atenção especial à temática transporte que se
demonstrou a com maior sensibilidade quanto a sustentabilidade.
Pode-se observar ainda que em grande maioria os parâmetros se completam e estão
interligados, fazendo com que a sustentabilidade local apareça como um todo e não
isoladamente.
Com a melhoria dos referidos aspectos haverá melhoria na qualidade de vida da
população do Parque das Universidades, que terá acesso a melhor qualidade de ar, acesso sem
restrições a infraestrutura urbana planejada, preservação do meio ambiente e possibilidades de
interação englobando a diversidade populacional.
É necessário que se considere quando no planejamento, que é um desafio e devem ser
pensadas maneiras para que o bairro consiga manter-se sustentável quando toda a cidade ao
seu redor não o é, e levar em consideração que ainda que o bairro leve em sua conduta
princípios de sustentabilidade não pode ser considerado autossuficiente por não produzir sua
própria energia e alimentos para a população por exemplo.
A partir da analise e disposição de indicadores de sustentabilidade em bairros, nota-se
a importância da inclusão da população local com devida educação ambiental nos projetos de
modificação do local, para que seja possível atingir metas e melhorias assim como esclarecer
que a qualidade de vida trata-se de um direito de cada habitante.
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IQC
Indicadores
Índice de Qualidade da Categoria
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5. CONCLUSÃO
O conceito de bairro sustentável ainda que muito atual, há anos vem sendo inserido na
sociedade a partir de documentos com foco no desenvolvimento sustentável. Para que um
bairro se inclua no conceito de sustentabilidade é necessário que este possibilite que dentro da
delimitação e sem uso de automotores que os habitantes tenham a possibilidade de encontrar
todos os serviços que se fazem necessários no cotidiano, de forma fácil.
O bairro sustentável prioriza o pedestre, e visa diminuir o uso de automóveis privados,
responsáveis por grande parte da poluição causada nos centros urbanos, o uso de bicicletas é
incentivado, assim como o do transporte público, fatores estes que pare serem possíveis
requerem algum tipo de preparação, como faixas de pedestre, ciclovias e transporte público de
qualidade.
Os indicadores podem auxiliar a classificação de bairros planejados ou não e servir de
apoio ao planejamento de novos bairros, assim sendo é possível identificar as necessidades de
cada local e caminhar rumo ao desenvolvimento sustentável.
No Brasil, poucos são os bairros projetados com o intuito de atender as certificações ou
mesmo desenvolver-se de maneira sustentável, no entanto, pode-se ter este conceito como
uma alternativa para a erradicação da pobreza no país, e diminuição de ocupações irregulares.
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