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Carlos A. Grabois GadelhaVice-Presidência de Produção e Inovação em SaúdeFundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 15 15 de julho de de julho de 20102010
O Complexo Econômico-Industrial da Saúde e as estratégias para o desenvolvimento da
biotecnologia em saúde
Seminário Brasil-Cuba sobre Biotecnologia para a Saúde
Dinâmica Econômica e Industrialem biotecnologia/saúde
Saúde e Desenvolvimento: perspectiva Geral
Transformações Políticas e Sociais
Brasil: Mudanças Sociais, Demográficas e do Sistema de Saúde
Desafios:
• Aumento do Acesso e explosão da demanda na saúde
• Descompasso entre a tendência do mercado e a capacidade de produção e inovação nos setores mais dinâmicos
Perspectiva:
• O Complexo Econômico-Industrial da Saúde:
Articulação entre o Sistema Universal de Saúde com a base produtiva e de inovação
Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS)
Indústria de base Químicae Biotecnológica
• Medicamentos• Fármacos• Vacinas• Hemoderivados• Reagentes para Diagnóstico
Indústria de base Mecânica, Eletrônica e de
Materiais
Hospitais AmbulatóriosServiços de Diagnóstico
Serviços em Saúde
Setores Industriais
• Equipamentos Mecânicos• Equipamentos Eletrônicos• Próteses e Órteses• Materiais
Fonte: Gadelha, 2003.
ESTADO:
PROMOÇÃO+REGULAÇÃO
Saúde como Vetor de Desenvolvimento
Situação no Brasil:
• Demanda nacional em saúde: 8,4 % do PIB
• 12 milhões de trabalhadores diretos e indiretos
• Plataforma de novos paradigmas (Biotecnologia, Química
fina, TI, Nanotecnologia, Novos Materiais, etc)
• Incompatibilidade entre o pacto político e o social (acesso
universal, integral e de qualidade) e a base de financiamento
• Base produtiva consolidada mas pouco competitiva em inovação
• Articulação entre acesso à saúde e base produtiva nacional
CEIS - 2008Mercado Farmacêutico no Brasil
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Vendas R$ Bilhões Vendas US$ Bilhões* Vendas Bilhões unid.
* Sem impostos
Fonte: Febrafarma, 2009.
CEIS 2008 – Produção e Aquisição Pública de Vacinas
R$ Milhões
Fonte: Ministério da Saúde, CGPNI.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Orçamento do Ministério da Saúde na Aquisição de Medicamentos e Produtos Biotecnológicos (%)
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
5,8
7,2
9,5 9,410,7
11,913,1 12,5
Fonte: SCTIE/MS, 2010
Empresas do Setor Farmacêutico e Biotecnologia entre as 1.250 empresas que mais investem em P&D
(2006)
Fonte: GIS/ENSP–VPPIS/FIOCRUZ a partir do R&D Scoreboard (2007) elaborado pelo Department of Trade and Industry (DTI)
Empresa PaísInvestimento em
P&D (US$ milhões)
% do lucro operacional % das vendas
Média geral das 1250+ na Indústria 124.460,94 29,6 3,5Média das 33+ farmac. e biotecnologia 24.177,56 78,2 15,9Pfizer EUA 1.980,91 57,4 14,5Johnson & Johnson EUA 1.857,35 51,6 13,4GlaxoSmithKline R. Unido 1.763,78 44 14,9Sanofi-Aventis França 1.513,91 93,1 15,5Roche, Suíça 1.407,11 56,2 15,7Novartis, Suíça 1.398,29 64,5 14,5Merck, EUA 1.246,81 82,4 21,1AstraZeneca EUA 1.017,17 47,5 14,7Amgen EUA 877,45 87,7 23,6Eli Lilly EUA 815,75 92,2 19,9Wyeth EUA 810,47 57,3 15,3Bristol-Myers Squibb EUA 799,51 115,1 17,1Abbott Laboratories EUA 587,91 86,8 10Schering-Plough EUA 570,37 158,3 20,7Boehringer Ingelheim Alemanha 541,07 72,8 14,9Takeda Pharmaceutical Japão 371,15 35,9 14Daiichi Sankyo Japão 347,33 120,9 17,1Astellas Pharma Japão 310,84 86,8 16,2Novo Nordisk Dinamarca 291,26 71,3 16,3Allergan EUA 275,15 34,5Merck Alemanha 251,46 78 11,7
Estrutura das Atividades Inovativas das Indústrias do CEIS (Brasil, 2005)
Atividade Inovativa P&D Interno
2,261,225,33,168,045,4Equip./Materiais
0,720,534,23,452,450,4Farmacê-utico
0,570,532,82,533,433,3Total Indústria BR
200520032005200320032005
20012003
Ano
Fonte: PINTEC 2007, IBGE.
Empresas inovadoras (%)
Taxa de Inovação
Participação do faturamento(%)
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Exportação Importação Déficit
Fonte: elaborado por GIS/ENSP - VPPIS/FIOCRUZ, 2010, a partir de dados da Rede Alice / MDIC. Acesso em junho/2010.
CEIS 2009 - Evolução da Balança Comercial da Saúde: Panorama Geral
(Valor em US$ Bilhões, atualizado pelo IPC / EUA)
CEIS 2009Participação das Indústrias no Déficit Comercial
Equipamentos / Materiais
21%
Vacinas4%
Reagentes para Diagnóstico
4%
Hemoderivados15%
Medicamentos27%
Fármacos29%
Soros e Toxinas1%
Fonte: elaborado por GIS/ENSP - VPPIS/FIOCRUZ, 2010, a partir de dados da Rede Alice / MDIC. Acesso em junho/2010.
CEIS Brasil: Participação dos Blocos Econômicos e dos EUA na Balança Comercial da Saúde
Qualidadede Vida
Sistema de Saúde Universal
Força deTrabalhoem Saúde
Promoção à Saúde e Ações Intersetoriais
Qualificação da Gestão
Contexto PolíticoEixos de Intervenção do “Mais Saúde”
Complexo Industrial e deInovação
Atenção à Saúde: Assistência e Vigilância
Participaçãoe Controle Social
CooperaçãoInternacional
CidadãoSaudável
Fonte: Mais Saúde, 2007.
Contexto PolíticoPolítica de Desenvolvimento Produtivo (PDP/2008)
Fonte: PDP/MF, 2008.
Brasil - Produção dos biomedicamentosOportunidades:
Expiração das patentes Busca de maior acesso da população Prioridade para redução dos gastos públicos com saúde Oportunidade de redução do déficit na balança comercial Maior autonomia do país na condução de sua política de
saúde
Desafios: Questões técnicas e regulatórias em âmbito nacional e
internacional Necessidade de competência tecnológica, recursos e
segurança das agências reguladoras para o desenvolvimento desses produtos
Viabilização das parcerias nacionais e internacionais
A FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZMINISTÉRIO DA SAÚDE - BRAZIL
Desenvolve pesquisa, ensino, informaçã
o, serviços, produção de bens e controle de
qualidade, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida da população
2009
1900 - 2009
Produção e InovaçãoPolítica e PlanejamentoPesquisaEducaçãoServiços de Referência (Redes e Centros de
Vigilância) Informação e Comunicação
Papel Estratégico da Fundação Oswaldo Cruz
D N D iCoop. Oferecida
IBAS
Coop. Recebida CPLP
Intercâmbio Internacional
REDE PASTEUR
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Base Estratégica do Sistema Nacional de Inovação em Saúde
Inst. De BiomedicinaCursos em Saúde Pública
Pesquisa BiomédicaCursos em Biomedicina
Inst. De BiomedicinaCursos em Saúde Pública
Núcleo Federal de Educação
Pesquisa BiomédicaCursos em Biomedicina
Inst. De Biologia MolecularCursos em Biotecnologia
Pesquisa Biomédica2 ENSP2 Hospitais 2 Fábricas1 Centro Históico1 Controle Nac. Qualidade1 Inform. e Comunicação1 Reprodução Animal1 Canal Saúde
PRESENÇA ATUAL
Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Recife
Salvador
Manaus
Curitiba
Brasília
PRESENÇAPREVISTA
Campo Grande
Fortaleza
Teresina
Porto Velho
21
Bio, Farmanguinhos, IBMP
Plantas de Protótipos
(Biomanguinhos,Projeto Insulina.
Reagentes)
Infra-estrutura tecnológicaCDTSPDTISBio e Far-Manguinhos
Institutos de PesquisaProgramas integrados: PDTIS
UniversidadesOutras ICTs
Pre -desenvolvimento DesenvolvimentoPesquisa Básica
e Aplicada Testes Clínicos Scale-up Produção Industrial
Pos
MK
T
Sistema de Inovação da FiocruzSistema de Inovação da Fiocruz
22
Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde - Maquete virtual
23
Complexo de Biotecnologia: vacinas, reativos e biofármacos
Centro de Antígenos Bacterianos -2,400 m2 : 45 milhões de doses/ano.
Centro de Antígenos Virais– 9,920 m2:100 million doses/year.
Centro Integrado de Protótipos, Reagentes e Biofármacos (8,000 m2)
Centro de Armazenamento –
600m²
Centro de Processamento
Final de Vacinas -6.400m².
Biomanguinhos/Fiocruz
25
Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos – CIPBR/Biomanguinhos
26
FARMANGUINHOS
(1,130,000 sq.ft)
27
Unidade de produção de Insumos e Kits para Diagnóstico molecular (ICC/Fiocruz Sul)
Inovações incorporadas: destaques recentes(papel central das parcerias públicas e privadas)
Vacinas• Pneumococcos
• Haemophilus influenzae tipo b (HIB)
• Tetravalente (HIB + DTP)
• Tríplice viral
• Vacina contra Rotavírus
• Melhorias na vacina da febre amarela
Medicamentos, Fármacos e BiofármacosEritropoetina
Interferon alfa
Insulina recombinante
Artemisina + mefloquina (DFC)
Efavirenz e novas formulações em ARV
Oseltamivir (Tamiflu)
Reagentes para DiagnósticoNovas abordagens: Testes rápidos
Testes moleculares, Microarranjos, etc.
Desafio Institucional EstratégicoInversão do Modelo de Gestão para a Inovação
Necessidades da saúde
Gestão Integrada dos Projetos Estratégicos de DT da Fiocruz
Mobilização estratégica da inovação de todas unidades da Fiocruz: mapeamento, seleção e interação com o setor produtivo de bens e serviços
Necessidades de Saúde
Produção
DT&I InternoExterno
Parcerias estratégicas Parcerias estratégicas (nacionais, internacionais, empresas (nacionais, internacionais, empresas e instituições produtivas, etc.) e instituições produtivas, etc.)
Hospitais de
referência em câncer
Agências reguladoras e
Órgãos certificadores
Setor produtivo
público e privado
Atores de
Política Setorial
Centros de Pesquisa e
Desenvolvimento
Agências de
Fomento
Produção de vacinas, reagentes para diagnóstico, IFA e Medicamentos
FIOCRUZ
INCA
Desafio Institucional EstratégicoParcerias Estratégicas na Área de Oncologia
Inovação, Acesso e Ação Integrada
Parcerias empresariais nacionais e internacionais destaques
Transferência de Tecnologia e atração de centros de P&D e de empresas dinâmicas de biotecnologia mediante o uso do poder de compra do Estado
Articulação para transferência de tecnologia e desenvolvimento de biofármacos de fronteira
Articulação com a Farmoquímica nacional para atendimento às prioridades da política nacional de saúde
Articulação com empresas de países do Sul e emergentes em P&D e produção, articulando capacidade tecnológica e o potencial do mercado nacional e regional.
Cooperação com a África: ex. Planta de medicamentos de Moçambique
Cooperação no Novo Contexto NacionalPrincipais Desafios
• Benefícios para a política de saúde com relação ao acesso e a qualidade dos produtos:
• Oferta de produtos com elevado conteúdo tecnológico
• Realização de atividades de P&D no Brasil
• Contribuição significativa para a balança comercial
• Contribuição para viabilizar o acesso (custo e eficiência do sistema de saúde)
• Parcerias com instituições e empresas nacionais públicas e privadas
• Prioridade para a cooperação Sul-Sul
OBRIGADO!
Carlos Gadelhawww.fiocruz.br