o cavalo atleta

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18 Tema de capa O cavalo atleta Um cavalo de desporto é sinónimo de grande performance. De tal modo que são animais cujo valor pode ascender aos 500 mil euros. No entanto, para que assim seja, há uma figura incontornável que os acompanha desde sempre, mesmo antes do momento da concepção, o médico veterinário. Carmen Silva David Oitavém e istockphoto

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Revista que trata bem do tema.

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18 Tema de capa

O cavalo atletaUm cavalo de desporto é sinónimo de grande

performance. De tal modo que são animais cujo

valor pode ascender aos 500 mil euros. No entanto,

para que assim seja, há uma figura incontornável

que os acompanha desde sempre, mesmo antes do

momento da concepção, o médico veterinário.

Carmen Silva

David Oitavém e istockphoto

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Os cavalos são utilizados, actualmente, em várias

modalidades desportivas, como corridas, salto de

obstáculos, dressage, horseball, etc..

“Os criadores, normalmente, criam os cavalos em

função de determinado objectivo”, garante João Bor-

ges, explicando que “eles têm “olho” e a partir dos

dois/três anos conseguem perceber pela genealogia

dos animais, fisionomia, raça e sobretudo pelos anda-

mentos - o estilo com que se mexem – para que moda-

lidade aquele cavalo está talhado". Contudo, de acor-

do o médico veterinário (MV) de equinos, “às vezes há

surpresas”, ou seja, “um cavalo que não tem um an-

damento bom e, por isso, à partida não poderá vir a

ser um bom cavalo de desporto, poderá surpreender.

Temos exemplos em Portugal de cavalos que vieram a

tornar -se bons saltadores”. Basicamente, a chave re-

side “no treino, na capacidade física do cavalo e na

capacidade equestre dos equitadores e cavaleiros”.

Os cavalos estão mais ou menos vocacionados para

diferentes tipos de modalidades. Neste sentido, “nos

raides é mais frequente encontrarmos o cavalo árabe;

nos saltos de obstáculos os escoceses, mas também

alemães; nas corridas e no horseball, o puro -sangue;

na dressage os alemães. Quanto ao nosso lusitano, ele

é muito polivalente, conseguindo participar na dressa-

ge e até nos saltos”, sublinha João Borges.

O cavalo de desporto deve ser encarado como um

atleta. “Estamos a tentar revolucionar a visão insta-

lada ao aconselharmos os nossos clientes a ver es-

tes animais como atletas, onde a alimentação, o fer-

rador, o treino, o aquecimento, etc., são importantes

e só assim conseguimos potencializar as capacidades

do cavalo”. No fundo, especifica o MV, deve -se consi-

derar “o binómio cavalo/cavaleiro no centro e, em tor-

no deste, está, por exemplo, o MV, o ferrador, a equi-

pa de tratadores, fisioterapeutas e equitadores”.

Cólicas e claudicações

Os cavalos, só por serem cavalos, estão predispos-

tos a uma série de problemas, nomeadamente às cóli-

cas. “São animais muito sensíveis, têm, por exemplo,

uma hipersensibilidade à alteração da alimentação,

aos bolores, ao aumento de gás dentro dos intesti-

nos por acréscimo da fermentação, sendo que, basi-

camente, qualquer anomalia sob o ponto de vista di-

gestivo pode causar cólicas”, assegura João Borges,

acrescentando que se deve ter “a alimentação a par e

passo muito controlada”.

Uma cólica, segundo este especialista em medicina

veterinária de equinos, “faz um cavalo estar em recu-

peração pelo menos uma semana e pode comprome-

ter a presença desportiva”.

Entre as patologias mais frequentes e que preocu-

pam os cavaleiros e os proprietários, estão as claudi-

cações (coxeiras e manqueiras), que são a face visí-

vel “de todos os problemas mais vulgares em cavalos

de desporto: articulares, de tendões, ligamentos, pro-

blemas de cascos, vértebras, etc.”.

Quando surgem problemas articulares, “entra -se

numa cascata de evolução que só termina na destrui-

ção da articulação”, sublinha João Borges. Porém, “se

o problema aparece hoje e eu sei que vai destruir a ar-

ticulação em quatro ou cinco anos, consigo adoptar

algumas precauções e fazer o cavalo tomar certa me-

dicação para travar este processo; e assim poder con-

tinuar a praticar desporto”.

O tratamento mais comum deste tipo de pro-

blemas passa pelo uso de “corticosteróides, anti-

-inflamatórios, ácido hialurónico, etc.”, explica An-

dré Mendonça, acrescentando que “temos também

terapêuticas sistémicas e endovenosas com anti-

-inflamatórios esteróides e não esteróides e há casos

em que pode ser feito a artroscopia ao nível cirúrgi-

co”. Por outro lado, o MV de equinos, ressalta ainda

“que podem ser utilizados componentes nutracêuti-

cos via ora”.

Mas a ferração, no âmbito da manutenção de uma

boa saúde, também é muito importante, pois “cavalos

mal ferrados estão sujeitos à alteração de aprumos e

instabilidade articulares e que vão originar a osteoar-

trite, uma das doenças mais predominantes em cava-

los de desporto”, refere João Borges.

Para além da parte do tratamento de proble-

mas que vão surgindo, há, igualmente, a questão

da profilaxia. O cavalo, segundo este MV, “deve ser

vacinado de seis em seis meses contra a gripe e o

tétano”.

E ainda não esquecer a desparasitação, sendo que,

de acordo com André Mendonça, “cada colega faz o

calendário de acordo com o local onde o cavalo está”.

João Borges salienta ainda a importância de se

“grosar os dentes dos cavalos, visto que, praticamen-

te, tudo começa na boca e a regularização da mesa

dentária é cada vez mais importante nas várias moda-

lidades. Os animais para serem montados levam algo

na boca (freio, bridões, etc.), que frequentemente in-

terferem com a dentição. Se os dentes não tiverem

bem regularizados provocam dor. Isto é uma ´bola de

neve` que se não for cuidada, põe em risco o desem-

penho do cavalo”.

Reprodução

Já lá vai o tempo em que se criavam cavalos

de um modo “indiferenciado”, ou seja, tinham

uma égua e arranjavam um garanhão sem qual-

quer tipo de critério. Hoje a realidade é outra, uma

vez que “tanto dá despesa um poldro genetica-

mente muito bom como um muito mau”, garan-

te João Borges, acrescentando que, “actualmen-

te, a pessoa pode inseminar a égua com o sémen

de um campeão”, graças ao mercado dos sémenes

congelados.

No respeitante à reprodução, o papel do MV co-

meça "na preparação da égua para receber o ga-

ranhão ou sémen. Elas têm um tempo de gesta-

ção de 11 meses e o nosso trabalho tem início no

controlo do ciclo éstrico, normalmente de 21 dias,

aí temos de perceber quando está no período da

ovulação ou induzi -lo para haver o cruzamento na-

tural ou inseminação artificial".

Muitos cavalos são castrados, porque “os ´in-

teiros` têm um maneio mais complicado. Quan-

do passa uma égua ficam excitados, ao nível do

treino têm alguma limitação, pois estão nervosos

e complicam a cadeia do treino físico, e a solução

é a castração”. Porém, “os cavalos que têm uma

componente genética importante são mantidos

´inteiros`”.

20 Tema de capa

A alimentação

Tal como referido anteriormente, a alimentação

deve ser bastante controlada. Para Nuno Palma, as

principais preocupações do MV no que toca à alimen-

tação e nutrição de cavalos de desporto devem ser,

em primeiro lugar, “saber se o animal é alimentado

com um alimento que possua as características nutri-

cionais adequadas à intensidade e tipo de esforço a

que é sujeito, ou seja, se tem os nutrientes nas pro-

porções adequadas e equilibradas, nomeadamente

se é capaz de fornecer ao animal a energia e prote-

ína, bem como vitaminas e minerais necessárias ao

bom desempenho”. Em segundo lugar, “se esse ali-

mento tem a apresentação apropriada e é produzido

por um fabricante que dê garantias de aquisição de

matérias -primas de qualidade e de um processamen-

to adequado”. Por último, as preocupações centram-

-se no maneio alimentar, designadamente “se está a

ser correcto, dado que não basta ter um alimento de

boa qualidade, é necessário administrá -lo com con-

ta, peso e medida; é importante saber como e quan-

tas vezes ao dia é dado ao animal, como é doseado

em cada administração ou ainda se os animais têm

água de boa qualidade à disposição”. Neste aspecto,

o docente de Nutrição e Alimentação Animal da Facul-

dade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófo-

na de Humanidades e Tecnologia (FMV – ULHT), aler-

ta que “é muito importante que o MV, como qualquer

utilizador de cavalos, tenha presente que o cavalo,

sendo um animal monogástrico, tem obrigatoriamen-

te de ter um regime alimentar composto de uma ali-

mento de base forrageiro e um alimento concentrado

complementar. Este alimento, normalmente aquele a

que se chama ração ou alimento composto, fornece

maior quantidade de nutrientes, todavia o bom fun-

cionamento do tubo digestivo - particularmente sen-

sível - do cavalo, só é possível com uma forragem -

palha ou idealmente feno - de boa qualidade; muitas

vezes quando se discute qual o alimento mais ade-

quado estamos a falar da ração ou alimento compos-

to e esquece -se o alimento forrageiro de base, que

não pode nem deve ser descurado”.

A alimentação deve variar de acordo com o tipo e a

intensidade do esforço que é pedido ao animal, sen-

do que, “de uma forma algo simplista podemos dizer

que a fonte de energia requerida para a contractilida-

de das fibras musculares difere segundo a intensida-

de do trabalho do músculo e a velocidade requerida

para a contracção das fibras”. Neste sentido, para es-

forços em que a velocidade de contracção do músculo

é muito rápida, “como as provas de corridas de velo-

cidade, a fonte de energia preferencial é o glicogénio

muscular e a alimentação deve fornecer elevadas ta-

xas de amido. Pelo contrário, para esforços intensos,

mas em que a velocidade de contracção requerida das

fibras musculares é mais lenta, como as provas de en-

durance ou de raide, de acordo com Nuno Palma, “a

via preferencial para obtenção de energia pelas fi-

bras musculares para o seu trabalho de contracção

são as reservas adiposas, ou seja, a gordura armaze-

nada, pelo que o alimento deve fornecer elevadas ta-

xas de gordura”. Estes, segundo o professor, são “os

dois extremos de necessidades quase diametralmen-

te opostas em termos de energia para a contracção

muscular e portanto de composição do alimento em

termos de fontes energéticas para as situações inter-

O doping

O controlo anti -doping é assegurado em Portu-

gal por um veterinário da Federação Equestre In-

ternacional (FEI), “que é responsável pelo controlo

em todas as modalidades, excepto corridas”. Ain-

da segundo João Borges, “qualquer prova pode

ser submetida ao controlo anti -dopping, feito por

um veterinário da FEI, que envolve análises san-

guínea e à urina”.

Não obstante, existem várias categorias de

substâncias dopantes, “há aquelas que são total-

mente proibidas, ou seja, não podem existir vestí-

gios no organismo e há outras que podem existir,

mas dentro de um limite”.

O MV alerta que, no entanto, “há medicações

que são completamente dopantes e temos de fa-

zer com esses cavalos não entrem nas provas”.

Jogando horseball

Nuno Portelinha começou a jogar horseball por volta dos dez anos de idade, ou seja, há 13 anos, no escalão infantil

em póneis shetlands. Inicialmente, “comecei por jogar no Horseball Club Colégio Vasco da Gama e há dois anos para cá

jogo na Academia de Horseball”.

Em relação à sua égua, o jogador tem a preocupação “de a ferrar de mês e meio em mês e meio, de manter a vacina-

ção em dia assim como a desparasitação”.

Antes de ser comprada, o animal "foi sujeito a um exame veterinário" e, actualmente, é “avaliada regularmente pelo

MV, sendo que tenho também o cuidado de anualmente mandar fazer análises de check up”. Esta avaliação, que acon-

tece de 15 em 15 dias, consiste, essencialmente, “na observação dos andamentos e na realização de uma apalpação bá-

sica caso não haja sinais aparentes de lesão”.

Nuno Portelinha alerta ainda que “deve ter -se atenção a uma correcta alimentação do cavalo e para isso a escolha da

ração mais adequada para o tipo de trabalho que o animal faz é importantíssimo, assim como ter especial cuidado com

a ferração e saúde dos cascos, sendo importante untar os mesmo sempre que possível”.

Por praticar horseball, “a minha montada esta regularmente sujeita ao mais variado tipo de lesões, entre as quais as

mais comuns são esforços de tendões, dores nas costas, problemas nos rins, e qualquer tipo de toque que o cavalo pode

sofrer no jogo com consequente ferida ou não…”.

PU

B.

médias, como as disciplinas olímpicas de hipismo, dres-

sage, obstáculos e concurso completo de equitação, o

alimento adequado deve ter um balanço equilibrado na dis-

tribuição das fontes energéticas , nomeadamente amidos e

gorduras”. Para Nuno Palma, “a verdade é que se tem as-

sistido nos últimos anos a um progressivo aumento da in-

corporação de gorduras nos alimentos concentrados para

cavalos de desporto, precisamente por se ter concluído ser

este nutriente particularmente eficiente no fornecimento de

energia para o cavalo, ou seja, permite aumentar a concen-

tração energética dos alimentos concentrados duma forma

mais segura, mais ´limpa` e com menos perdas, que sem-

pre acontecem em qualquer transferência energética”.

O docente alerta ainda que são “frequentes os problemas

devidos a um deficiente maneio alimentar e/ou a um exces-

so de alimento concentrado, dando origem a desequilíbrios

no ratio ideal forragem /concentrado e provocando desbio-

ses da flora do tubo digestivo, dando origem a alguns pro-

blemas muito comuns como cólicas e laminites”, sendo

que estas situações carecem de um tratamento clínico

pronto e adequado, todavia as consequências são mui-

tas vezes desastrosas sendo a prevenção, através da ali-

mentação cuidada, equilibrada e de um maneio alimentar

eficiente, a melhor maneira de as evitar. Por outro lado,

“é, igualmente, frequente observar -se problemas devido

a um excesso de administração de suplementos vitamíni-

co - minerais a animais jovens em desenvolvimento, com

o intuito de lhes proporcionar um fortalecimento osteo-

-articular ; essa suplementação, feita sem supervisão do

MV, tem muitas vezes consequências contrárias ao pre-

tendido por criadores ou utilizadores do cavalo: o apare-

cimento de taras ósseas e problemas articulares prejudi-

ciais à futura utilização desportiva do cavalo”.

A importância da prevenção

É uma opinião generalizada de que o MV deve acom-

panhar de perto o treino e incutir o conceito de preven-

ção nos proprietários e cavaleiros. “A acção do MV deve ir

mais além do `doutor o meu cavalo está coxo!´, pois deve

começar a centrar -se naquilo que pode fazer para tentar

prevenir problemas futuros”, refere João Borges, acres-

centando que “as pessoas aparecem com o cavalo com

problemas e ´exigem -nos` que os resolvamos porque o

animal tem de entrar numa competição para a semana e

tem de estar fora do doping… estamos, no fundo, a falar

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22 Tema de capa

de uma responsabilidade muito grande, até porque

é um mercado onde há muito dinheiro em jogo”.

Neste contexto, aquilo que se faz, no âmbito

da prevenção, “são consultas periódicas de rotina

para perceber se o trabalho a que o cavalo é sujeito

está a ser exagerado ou se apresenta precocemen-

te algum sinal de problema”.

Qualquer cavalo, sublinha André Mendonça, “pelo

menos uma vez por ano, deve realizar um hemogra-

ma completo e uma bioquímica dos principais ór-

gãos e das enzimas musculares”. Contudo, para o

MV, o ideal é serem efectuadas análises clínicas se-

mestralmente, “antes do inicio a época desportiva e

depois a meio”.

O mercado dos cavalos

“Um cavalo pode viver 30 anos”, declara João Bor-

ges. Contudo, o intervalo, no seu período de vida,

em que pratica desporto é bastante relativo. Por

exemplo, de acordo com este MV, “os cavalos de cor-

rida aos cinco anos já estão reformados, pois aos

três são grandes corredores, mas aos cinco só os

muitos bons é que continuam a correr”. Não obstan-

te, “numa competição de saltos de obstáculos que

houve, há uns meses, na Comporta, estava um cava-

lo com 17 anos”.

Os cavalos de desporto “são sempre acompanha-

dos pelo MV”, sublinha João Borges, explanando

que, na maior parte das vezes, “por vários MV, à me-

dida que vão sendo comprados e vendidos”.

Segundo este MV, “tudo começa num acto de com-

pra e venda, onde, de um lado, temos o vendedor, e

do outro a pessoa que vai comprar e que não sabe

em que estado está o cavalo. Normalmente, estabe-

lecem um preço e é o MV que tem a responsabilida-

de de atestar que o cavalo se encontra em determi-

nado estado”. João Borges destaca que “os exames

podem ascender a montantes significativos”.

André Mendonça avança que, basicamente, “o exa-

me começa por se fazer a observação do cavalo em ter-

mos da cabeça, do aparelho respiratório e cardiovas-

cular, da temperatura, etc.. Costuma -se questionar se

o animal teve algum problema recente, se já foi alvo

de uma cirurgia, se tem algum vício, o que come, se

está ou não numa box, como é a cama, há quanto tem-

po foi desparasitado...”. Mas a avaliação não termina

por aqui, “seguindo -se a análise do aparelho musculo-

-esquelético, ou seja, dos membros, das articulações,

dos tendões para ver se há inchaço ou edema", con-

ta o MV, acrescentando que ainda se observa o cava-

lo em movimento, designadamente, "em linha recta,

em círculo, em piso mole e em duro", assim como "o

seu comportamento quando é montado”. Por último,

realizam -se exames complementares de diagnóstico,

sendo os “mais comuns os raios X e as ecografias”.

Na verdade, “há uma componente de valorização

do animal muito grande, sobretudo através das pro-

vas”, realça João Borges. Neste sentido, um cavalo

pode “valer 500 mil euros”. No entanto, "em nor-

ma, um cavalo com uma qualidade desportiva inte-

ressante, assim como uma margem de progressão,

pode atingir os 20 mil euros”. Estando este valor de-

pendente de factores como "a idade, se já deu pro-

vas, se ainda é “inteiro”, etc.", conclui o MV.

João Borges, médico veterinário

de equinos