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Ano 01 nº 07 Dezembro 2015 www.portalnovosrumos.com.br O CAPITÃO DO GOLPE COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA PONTOS PARA 2018 DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE TROCAR DILMA PELO LADRÃO? ELE NEM DISFARÇA MAIS, MONTOU O QG DO GOLPE E DIZ A ALIADOS QUE DILMA NUNCA CONFIOU NELE Michel Temer se negou a prometer lealdade à presidente Dilma Rousseff e se colocou numa posição de ‘neutralidade’, uma vez que o PMDB se divide sobre o impeachment

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Page 1: O CAPITÃO DO GOLPE - Portal Novos Rumos...dente Dilma Rousseff (PT) e os políticos a favor do impeachment contra a petista saia do papel acirram suas disputas po - líticas, o ex-ministro

Ano 01 nº 07 Dezembro 2015www.portalnovosrumos.com.br

O CAPITÃO DO GOLPE

COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA PONTOS PARA 2018

DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE TROCAR

DILMA PELO LADRÃO?

ELE NEM DISFARÇA MAIS, MONTOU O QG DO GOLPE E DIZ A ALIADOS QUE

DILMA NUNCA CONFIOU NELEMichel Temer se negou a prometer lealdade à presidente Dilma

Rousseff e se colocou numa posição de ‘neutralidade’, uma vez que o PMDB se divide sobre o impeachment

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Vilson TeixeiraJornalista/Editor - Reg. 11795

Presidente da Editora Novos Rumos Ltda

Editoração/Artes: WDNRRedação: (51) 3501.2047

A revista é publicada mensalmente pela Editora Novos Rumos Ltda, e não se

responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados.

editora

Ano 01 nº 07 Dezembro 2015www.portalnovosrumos.com.br

O CAPITÃO DO GOLPE

COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA PONTOS PARA 2018

DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE TROCAR

DILMA PELO LADRÃO?

ELE NEM DISFARÇA MAIS, MONTOU O QG DO GOLPE E DIZ A ALIADOS QUE

DILMA NUNCA CONFIOU NELEMichel Temer se negou a prometer lealdade à presidente Dilma

Rousseff e se colocou numa posição de ‘neutralidade’, uma vez que o PMDB se divide sobre o impeachment

08 GLOBO CONFIRMA: TEMER JÁ MONTOU QG DO GOLPE

09 TEMER DIZ A ALIADOS QUE DILMA NUNCA CONFIOU NELE

10 UTC PAGOU R$ 1,6 MI A PAULINHO DA FORÇA PARA EVITAR GREVE

11 SERRA: FAREI O POSSÍVEL PARA AJUDAR ‘GOVERNO TEMER’

12 PSDB AGORA É 100% TEMER

13 DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE TROCAR DILMA PELO LADRÃO?

14 ESQUEÇAM, MICHEL TEMER NÃO VAI APOIAR DILMA

15 DILMA: ‘ESPERO CONFIANÇA TOTAL DE MICHEL TEMER’

07 TEMER NEGA DESLEALDADE, MAS FALA EM NOVO GOVERNO

06 CIRO DIZ QUE TEMER É TAMBÉM ‘SÓCIO ÍNTIMO’ DE CUNHA

05 ELE NEM DISFARÇA MAIS: MICHEL TEMER ESTEVE NO ESTADÃO PARA FALAR DO “GOLPE PAULISTA”

03 CIRO DISPARA: ‘TEMER É O CAPITÃO DO GOLPE’

16 SÓ 1 DOS 27 GOVERNADORES DEFENDE O GOLPE

17 COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA PONTOS PARA 2018

18 PARA JUSTIFICAR O GOLPE, AÉCIO EVOCA A INSTABILIDADE QUE ELE MESMO CRIA

20 A LIÇÃO DE DEMOCRACIA DE MADURO PARA AÉCIO E FHC

22 ‘NÃO CONTINUAREI TOLERANDO OS ATAQUES PESSOAIS E PÚBLICOS EM SILÊNCIO’

23 RÚSSIA CONQUISTA MAIS UMA VITÓRIA NO CONFLITO COM A TURQUIA E DAESH

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CIRO DISPARA: ‘TEMER É O CAPITÃO DO GOLPE’

Enquanto aliados da presi-dente Dilma Rousseff (PT) e os políticos a favor do

impeachment contra a petista saia do papel acirram suas disputas po-líticas, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT-CE) vê na tentativa de golpe contra a pre-sidente Dilma Rousseff, estimulado

por tucanos e por aliados do vice--presidente Michel Temer, uma real possibilidade de firmar como uma alternativa à polarização PT-PSDB. Na tarde deste sábado, sem meias palavras, ele afirmou que ‘Temer é o capitão do golpe’.

Em referência ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prestes a ser cassa-

do por contas secretas na Suíça e suspeita de prestar favores o BTG Pactual, de André Esteves, preso na Operação Lava Jato, Ciro bateu duro no peemedebista. “Não aceitaremos que um chefe de quadrilha proces-sado na justiça por corrupção leve o País à ruptura democrática! Não aceitaremos o golpe”, afirmou, na semana passada, via rede social.

Disparando críticas contra Cunha, Ciro chamou o deputado de “ladrão”, acusou o vice-presidente Michel Te-mer de estar conspirando a favor do impeachment da presidente Dilma. À jornalista Mariana Godoy, o pede-tista disse, nesta sexta-feira (4), que Temer é “sócio em tudo” de Cunha.

Ciro não aliviou para o vice--presidente e afirmou que o peeme-debista está sendo hipócrita com o discurso das “pedaladas fiscais”. De acordo com o ex-ministro, há sepa-rados decretos assinados por Temer, nos seus períodos de interinidade, onde ele também praticaria “peda-ladas” orçamentárias.

Por Leonardo Lucena

Ao participar de um evento político em Belo Horizonte, o presidenciável Ciro Gomes não mediu as palavras para se referir ao processo de impeachment contra a presiden-te Dilma Rousseff, que pode alçar o vice Michel Temer à presidência; “Temer é o capitão do golpe”, disse ele; neste domingo, Ciro estará em São Luís, no Maranhão, onde, ao lado do governador Flavio Dino, convocará a resistência de todos os governadores e movimentos sociais para conter o golpe; potencial candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro pretende consolidar seu nome como alternativa de esquerda, caso o ex-presidente Lula não concorra em 2018; até agora, ele tem sido a voz mais contundente contra o impeachment

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Ex-ministro do governo Lula e ex-deputado federal, Ciro que também foi governador do Ceará e prefeito de Fortaleza, inicia suas movimentações diante do contur-bado contexto político-econômico para ser o candidato da esquerda à presidência da República, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tente o seu terceiro mandato.

Um fator que pesa a favor do pedetista, ex-candidato à pre-sidência da República, em 1998 (ficou em terceiro lugar) e em 2002 (em quarto), é o aumento da rejei-ção das principais lideranças polí-ticas nacionais. Pesquisa divulgada pelo Ibope, no dia 26 de outubro, o percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum Lula saltou de 33% em maio de 2014 para 55% agora.

A rejeição também aumentou para outros possíveis presiden-ciáveis. A o senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu de 42% para 47% em um ano, a da ex-ministra Mari-na Silva (Rede), de 31% para 50%; a do senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de 47% para 54% em dois anos.

No caso do atual chefe do exe-cutivo paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), não há comparativo, mas a rejeição é de 52%, assim como de Ciro.

Apesar de uma rejeição se su-perior a 50%, Ciro Gomes tem a seu favor a divisão o racha entre o PSDB de São Paulo e o de Minas.

De um lado, o governador Ge-raldo Alckmin (SP) articula uma operação para firmar seu nome em nível nacional. No entanto, a crise

hídrica no estado e a recente tru-culência da polícia paulista contra os estudantes que protesta contra o fechamento de escolas, que o governo diz ser uma reorganização escolar (o projeto foi suspenso) pesam contra o tucano.

Um reflexo de que uma eventual candidatura de Alckmin à presidên-cia terá de ser árdua é a sua popu-laridade, que, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 de novembro, atingiu a sua pior marca: 28% do eleitorado paulista qualifica o desempenho do tucano como ótimo ou bom, a menor taxa de aprovação na série do instituto ao longo dos quatro mandatos dele, desde 2001. De acordo com o levantamento, a reprovação tam-bém é recorde, pois 30% dos pau-listas classificam o desempenho do governador como ruim ou péssimo.

Por sua vez, o senador Aécio Neves (MG) aproveita a onda pró--impeachment e continua a desferir fortes críticas à presidente Dilma para tirá-la do poder. Mas vale res-saltar que, apesar de a última elei-ção presidencial ter sido bastante apertada (51% para Dilma contra 48% do tucano), o parlamentar mineiro perdeu em seu próprio reduto eleitoral (Minas Gerais), onde governou por oito anos tanto no primeiro quanto no segundo turno do pleito. Um dos principais políticos a favor do impeachment, o congressista também não conse-guiu deixar claro à população quais seriam suas propostas para retomar o crescimento econômico do País.

Fator Lula

No PT, mesmo com uma presi-dente cuja popularidade gira em Fonte: Brasil 247

torno de 10%, Ciro precisa ponderar suas estratégias tendo em vista a possibilidade de Lula ser candidato nas próximas eleições. Próximo ao ex-presidente, o pedetista ajudou o governo do petista, no final do seu primeiro mandato, a driblar o bombardeio sofrido por conta do ‘mensalão’. O ex-governador manteve o apoio a Lula em 2010 e a Dilma em 2014, mas sonha em ser presidente, assim como outras personalidades políticas nacionais.

Apesar dos escândalos da Ope-ração Lava Jato e das dificuldades de governabilidade da presidente da República, a pesquisa feita pelo Ibope apontou que o ex-presidente ainda é o nome mais forte para a disputa presidencial de 2018 - a taxa de eleitores que dizem que com certeza votariam no petista ainda é maior do que a de todos os seus rivais: 23%.

Outra pesquisa, do Datafolha, divulgada no final do novembro, apontou que o ex-presidente é considerado o melhor da história por 39% dos brasileiros, mais um fator que fará Ciro ter de suar ainda mais para conquistar o eleitorado (saiba mais aqui).

Já circula nas redes sociais (Twit-ter e Facebook) páginas a favor da candidatura de Ciro, um reflexo das suas movimentações rumo ao Palácio do Planalto. Mas não será uma tarefa muito simples para o pedetista costurar apoios políticos disparando críticas contra PMDB e PSDB, além de almejar ser alterna-tiva ao governo Dilma. E passar por cima do ex-presidente Lula, com quem tem uma relação amistosa, será o maior desafio de Ciro.

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ELE NEM DISFARÇA MAIS: MICHEL TEMER ESTEVE NO ESTADÃO PARA FALAR DO “GOLPE PAULISTA”

No dia 23 de novembro, Michel Temer esteve na sede do Estadão para

uma reunião com, entre outros, o diretor de conteúdo Ricardo Gandour. Jornalistas da empresa contaram para o repórter Pedro Zambarda o teor do encontro.

De acordo com o relato, Temer e Gandour falaram, principalmente, sobre o impeachment. O vice pre-sidente e seus anfitriões batizaram

Por Kiko Nogueira

carinhosamente a iniciativa de “golpe paulista”.

Temer conversou com Dilma Rousseff na quarta-feira (25), se-gundo noticiou o jornal. Foi uma “ressaca”, afirma o texto, após a prisão de Delcídio Amaral.

Cunha aceitou o pedido de impeachment no dia 2 de dezem-bro, mas Temer está conspirando abertamente há muito tempo. Em

setembro, numa espécie de debate com Rosangela Lyra, ex-sogra de Kaká, ex-vendedora da Dior no Bra-sil, falou sobre Dilma: “Se continuar com 7% ou 8% de popularidade, de fato, fica difícil passar 3 anos e meio assim’’.

Eventualmente, defende uma “absoluta pacificação nacional”. “Todas as mentalidades partidárias deveriam se unir. Seja agora, sob o império da presidente, ou sob qual-

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Fonte: Diário do Centro do Mundo

CIRO DIZ QUE TEMER É TAMBÉM ‘SÓCIO ÍNTIMO’ DE CUNHA

quer outro império, tem que haver uma coalizão nacional”, afirma.

Temer tem sido cortejado pelo PSDB. Esteve com Alckmin num evento de João Doria Jr. e parti-cipou de um encontro reservado com o governador do Espírito San-to, Paulo Hartung, aliado de Aécio.

O governo federal estaria “mo-nitorando” o vice para medir sua “lealdade”. É de se perguntar o que falta o sujeito fazer. Temer está sendo sistematicamente flagrado na cama com outras pessoas. Que prova falta de que está traindo?

Ele se entrega não apenas na dubiedade de suas declarações — que podem ser resumidas assim: “Precisamos de uma coalização nacional, mas será comigo”. Se alguém não quer ser visto como golpista, basta não andar com golpistas. Simples assim.

“Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Conheço o Temer como político, como pessoa e como gran-de constitucionalista”, disse Dilma.

É uma espécie de puxão de ore-lha. Michel Temer está articulando.

Ponto.

Sem voto, numa função de-corativa, chamado de maneira definitiva por José Simão como “mordomo de filme de terror”, Temer havia sido retirado do ano-nimato, antes da crise, por causa da mulher, Marcela.

Aos 75 anos, surfando na pos-sibilidade do impeachment, volta a ser acionado pelos ex-sócios. O maestro do “golpe paulista” não disfarça mais. O problema, agora, é o que fazer com ele.

Em entrevista à jornalista Mariana Godoy, o pre-sidenciável Ciro Gomes

afirmou que o vice-presidente Michel Temer é “sócio íntimo” de

Eduardo Cunha.

Ele lembrou ainda que Cunha indicou Temer como testemunha num processo contra ele.

Ciro Gomes: “Michel Temer é sócio íntimo de Eduardo Cunha em tudo o que você possa imaginar”

Em entrevista à jornalista Mariana Godoy, o presidenciável Ciro Gomes afirmou que o vice-presidente Michel Temer é “sócio íntimo” de Eduardo Cunha “em tudo que se possa imaginar”; ele lembrou ainda que Cunha indicou Temer como testemunha num processo contra ele; em outro trecho, ele pediu que o senador Aécio Neves tenha mais respeito pelo povo brasileiro e disse que FHC rasgou sua biografia ao costear o alam-brado do golpe

Fonte: Brasil 247

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Fonte: Brasil 247

Em entrevista ao jornalista Josias de Souza, o vice-presidente Michel Temer se negou a prometer lealdade à presidente Dilma Rousseff e se colocou numa posição de ‘neu-tralidade’, uma vez que o PMDB se divide sobre o impeachment; “Nesta situação tensa que existe no momento, não quero praticar deslealdade institucional. Isso eu jamais praticaria”, afirmou; Temer também falou sobre a possibilidade de mudança no comando do país e voltou a repetir seu mantra da reunificação; “Seja sob o império da presidente Dilma ou de qualquer um que chegue ao poder, é preciso reunificar o país”, afirmou

Em entrevista ao jornalista Josias de Souza, o vice--presidente Michel Temer

tentou encontrar uma forma de responder à presidente Dilma Rous-seff, que, disse depositar nele “total confiança”.

Temer defendeu uma posição de equilíbrio diante da questão do impeachment, uma vez que o PMDB se divide sobre o tema. “Nesta situação tensa que existe no momento, não quero praticar deslealdade institucional. Isso eu

jamais praticaria”, afirmou.

Pela primeira vez, ele falou aber-tamente na possibilidade de um novo governo. “Seja sob o império da presidente Dilma ou de qualquer um que chegue ao poder, é preciso reunificar o país”, afirmou. “Precisa-mos de uma aboluta pacificação nacional. Todas as mentalidades partidárias deveriam se unir. Seja agora, sob o império da presidente, ou sob qualquer outro império, tem que haver uma coalizão nacional. Até acho que, se a presidente Dilma

fizesse essa coalizão nacional, com todos os partidos, o país sairia des-se embaraço em que se encontra.”

Ele lembrou, ainda, que o im-peachment não é a única possibi-lidade de ruptura. “Tem também os processos do TSE, que podem cassar a chapa”, afirma. Pode ter sido uma mensagem aos pee-medebistas de que há o risco de perder tudo, caso o TSE decida convocar novas eleições.

TEMER NEGA DESLEALDADE, MAS FALA EM NOVO GOVERNO

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GLOBO CONFIRMA: TEMER JÁ MONTOU QG DO GOLPE

De acordo com o jornal da família Marinho, que também sinaliza apoio ao impeach-ment, os quatro principais generais da tropa do vice-presidente seriam Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá; para Geddel, classificado como o “homem-bomba” do grupo, Temer não precisa se mover agora; “Tem que deixar as on-das baterem nas pedras para ver a espuma que fará, como as ruas vão se manifestar, como as forças no Congresso vão se aglutinar”, afirmou; no entanto, o vice de Dilma Rousseff Temer já selou acordos com as principais lideranças do PSDB, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin; ontem, Dilma disse ter “total confiança” no vice, mas Temer tem se negado a oferecer lealdade e tem falado em novo governo; a seu favor, Dilma tem contado por apoio de líderes do PMDB do Rio, como Luiz Fernando Pezão, Eduardo Paes e Leonardo Picciani

Reportagem de capa do jornal O Globo deste do-mingo, 6, confirma que

o vice-presidente Michel Temer já montou sua equipe para trabalhar em prol da aprovação do impeach-ment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

O QG do golpe é formado pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães e ex-ministro de Dilma, Moreira Franco; pelo recém saído da Secretaria de Aviação Civil, Eli-seu Padilha, pelo senador Romero Jucá (RR) e pelo ex-ministro de Integração Nacional do governo Lula Gedel Vieira Lima (BA).

Perguntado se Temer vai segu-rar o grupo para não trabalhar pelo impeachment, Geddel disse que Temer não tem como segurar o movimento em torno dele. “Temer não precisa se mover agora. Tem que deixar as ondas baterem nas pedras para ver a espuma que fará, como as ruas vão se manifestar,

como as forças no Congresso vão se aglutinar”, afirmou.

Já Eliseu Padilha, expert em planilha e controle de votos desde a Constituinte, começa a trabalhar a partir de amanhã no gabinete da presidência do PMDB, que fica na Câmara dos Deputados.

Outro membro atuante do grupo do vice-presidente é o ex--governador e ex-ministro Morei-ra Franco, autor do documento intitulado “Ponte para o Futuro”, o plano de governo de uma eventual gestão Temer. “O impeachment está posto e certamente será uma grande contribuição para que

possamos recuperar 2015, um ano que se perdeu na queda de braço entre a presidente Dilma e Eduardo Cunha, e de retomarmos o esforço de criar condições para que possa-mos sair da maior crise econômica da História”, afirmou Moreira.

Apesar das articulações gol-pistas autorizadas pelo vice-presi-dente, a presidente Dilma Rousseff também se articula para aglutinar forças políticas suficientes para arquivar o processo de impeach-ment. Para isso conta com uma ala importante do PMDB, a do Rio de Janeiro, que tem o maior número de membros da bancada do parti-do na Câmara.

Fonte: Brasil 247

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TEMER DIZ A ALIADOS QUE DILMA NUNCA CONFIOU NELE

Em conversa com interlocutores, vice Michel Temer (PMDB) teria dito que não cabe a ele fazer oposição a presidente Dilma nem liderar movimentos para tirá-la do Planalto, mas também não demonstrou nenhuma disposição em responder a seus apelos; “Por que agora ela quer minha confiança?”, indagou; nesta segunda-feira, ele será recebido pelo jurista Ives Gandra Martins, voz importante no meio jurídico a favor do impeach-ment, na Associação Comercial de São Paulo

Em reação às declarações da presidente Dilma Rous-seff de que espera “inte-

gral confiança” do vice durante a tramitação do impeachment contra ela, Michel Temer teria dito, em conversa com amigos neste domingo (6): “Ela nunca confiou em mim.”

Segundo reportagem de Valdo

Cruz e Gustavo Uribe, na conversa com interlocutores, Temer disse que não cabe a ele fazer oposição à presidente nem liderar movi-mentos para tirá-la do Planalto, mas também não demonstrou ne-nhuma disposição em responder a seus apelos. “Por que agora ela quer minha confiança?”, indagou.

Nesta segunda-feira (7), Temer

será recebido pelo jurista Ives Gandra Martins, voz importante no meio jurídico a favor do impe-achment de Dilma, na Associação Comercial de São Paulo, segundo o Painel.

Fonte: Brasil 247

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UTC PAGOU R$ 1,6 MI A PAULINHO DA FORÇA PARA EVITAR GREVE

Em delação premiada, Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirmou que doou R$ 1,6 milhão para o deputado Paulinho da Força e seu partido, o Solidariedade, entre 2010 e 2015, para esvaziar movimentos sindicais e evitar greves; disse ainda que ligou pessoalmente para o aliado de Eduardo Cunha para pedir interferência numa ameaça de paralisação na construção da hidrelétrica São Manoel, no Rio Teles Pires; Paulinho, que tenta impedir o processo de cassação de Cunha e é um dos principais articuladores do golpe contra Dilma no Congresso, chegou a pedir a quebra do sigilo bancário do PGR, Rodrigo Janot, no início da CPI da Petrobras

Em delação premiada na Lava Jato, Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirmou que

doou R$ 1,6 milhão para o deputa-do Paulinho da Força e seu partido, o Solidariedade, entre 2010 e 2015, para esvaziar movimentos sindicais e evitar greves.

“Que em razão dessas doações a Paulinho, o declarante tinha a liberdade para poder pedir a ele, a

qualquer momento, que interce-desse em movimentos sindicais li-derados por ele que estivessem ou pudessem vir a causar problemas em seus negócios”, disse Pessoa na delação.

Disse ainda que ligou pessoal-mente para o aliado de Eduardo Cunha para pedir interferência numa ameaça de paralisação na construção da hidrelétrica São

Manoel, no Rio Teles Pires; Pauli-nho, que tenta impedir o processo de cassação de Cunha, chegou a pedir a quebra do sigilo bancário do PGR, Rodrigo Janot, no início da CPI da Petrobras.

Fonte: Brasil 247

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O senador tucano José Serra voltou a defender um eventual governo

Michel Temer (PMDB), após o afas-tamento da presidente Dilma Rousseff:

“Creio que se o destino exigir dele a tarefa de presidir o Brasil, ele estará à altura. Vai dar tudo de si”, afirma. “Vou fazer o possível para ajudar”, completou, em entrevista

à ‘Folha de S. Paulo’.

Ele, no entanto, contradiz a corrente majoritária da oposi-ção que defende protelar após o recesso a votação do impea-chment para ampliar o desgaste do governo. “Temos que ter a res-ponsabilidade de concluir esse processo o mais rápido possível”, afirmou. “Começou, agora precisa ter fim”.

Serra diz ainda que não vê possibilidade de trauma para o país e que, se derrotar a tese do impeachment, a petista pode até sair maior desse processo. “O Brasil já viveu um impeachment, o do [Fernando] Collor. E qual foi o trau-ma?”, indagou. “Olhando para trás, entre Collor e o Real, o que você escolheria?”.

SERRA: FAREI O POSSÍVEL PARA AJUDAR ‘GOVERNO TEMER’

Senador tucano José Serra voltou a defender um eventual governo Michel Temer (PMDB), após o afastamento da presidente Dilma Rousseff: “Creio que se o destino exigir dele a tarefa de presidir o Brasil, ele estará à altura. Vai dar tudo de si”, afirma; “Vou fazer o possível para ajudar”, completou; ele se diz contra protelar a votação do impeachment após o recesso para ampliar o desgaste do governo: “Temos que ter a responsabilidade de concluir esse processo o mais rápido possível. Começou, agora precisa ter fim”

Fonte: Brasil 247

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Ao mesmo tempo em que pede a cassação de Dilma Rousseff e

Michel Temer no Tribunal Su-perior Eleitoral, por abuso de poder político e econômico, o PSDB já aderiu à articulação do vice -presidente de trabalhar pelo impeachment de Dilma no Congresso.

A estratégia Temer já conse-guiu reunir o apoio improvável dos três principais tucanos que querem disputar a presidência

PSDB AGORA É 100% TEMERDepois de passar todo o ano de 2015 tumultuando o

País, sem aceitar o resultado das eleições presidenciais do ano passado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) fecha acordo com os paulistas José Serra (PSDB-SP) e Geraldo Alckmin para tentar entregar todo o poder a Michel Temer; aliança dos tucanos a um governo do peemedebista teria a garantia de que Temer não irá disputar a eleição de 2018; embora os tucanos inicialmente defendam a não ocupa-ção de cargos, a conspiração Temer-PSDB para derrubar a presidente Dilma Rousseff reacende a esperança de José Serra em assumir o Ministério da Fazenda, para ser o operador da política econômica liberal do PMDB descrita na “Ponte para o Futuro”

em 2018: José Serra, Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin. Até meses atrás, apenas Serra era um entusiasta da ideia de ver o peemedebista no Planalto. Aécio jogava para tirar Temer e Dilma de uma só tacada e disputar uma nova eleição. Alckmin queria manter a presidente no cargo até 2018, quando também termina o mandato dele no Palácio dos Bandeirantes.

O vice tem conversado há tempos com os tucanos, movi-

mento visto no Planalto como “conspiração”. Com o mote da “pacificação nacional”, porém, Temer esteve reunido reserva-damente com Alckmin e estará novamente com o tucano nesta segunda-feira, 7, na cerimônia de premiação do grupo de líderes empresariais Lide, presidido por João Doria Jr.

No Palácio dos Bandeirantes, auxiliares do governador de São Paulo dizem que, dependendo do pêndulo do PMDB e das vozes das ruas, o impeachment pode evoluir rapidamente. Temer vai se encontrar publicamente com Alckmin amanhã,

Na quarta-feira, por exemplo, horas antes de Cunha aceitar o pedido de impeachment, Temer, que é presidente do PMDB, foi anfitr ião de um almoço com sete senadores de oposição, no Palácio do Jaburu.

Na prática, parte do PSDB aceita apoiar um eventual gover-no de transição comandado por Temer, caso Dilma caia, desde que o vice garanta não disputar a eleição de 2018.

Embora os tucanos inicial-mente defendam a não ocupação de cargos, a conspiração Temer--PSDB para derrubar a presidente Dilma Rousseff reacende a espe-rança de José Serra em assumir o Ministério da Fazenda, para ser o operador da política econômi-ca liberal do PMDB descrita na “Ponte para o Futuro”. O “namoro” de Serra com Temer vem pelo menos desde agosto.

Fonte: Brasil 247

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DUVIVIER: QUAL SENTIDO DE TROCAR DILMA PELO LADRÃO?

Humorista Gregório Duvivier chama o PMDB de Al Qaeda e questiona o golpe contra Dilma: ‘Um impeachment orquestrado por Eduardo Cunha que beneficia Michel Temer é como um pênalti marcado pelo Eurico Miranda a favor do Vasco. Se não é certo, certa-mente não é justo, e menos ainda sensato. Se o pecado de Dilma foi ser conivente com roubo, qual é o sentido de trocá-la pelo ladrão?’; “O país hoje é um avião governado por uma pilota obtusa e despreparada, mas vale lembrar que o copiloto é da Al Qaeda”, completa

O humorista Gregório Duvivier questiona o golpe contra Dilma.

Segundo ele, tirar a presidente por uma pedalada do seu secre-tário é, por si só, uma espécie de pedalada.

E completa: ‘Um impeachment orquestrado por Eduardo Cunha que beneficia Michel Temer é como um pênalti marcado pelo Eurico Miranda a favor do Vasco.

Se não é certo, certamente não é justo, e menos ainda sensato. Se o pecado de Dilma foi ser conivente com roubo, qual é o sentido de trocá-la pelo ladrão?’.

O colunista ainda chama o PMDB de Al Qaeda: “O país hoje é um avião governado por uma pilota obtusa e despreparada, mas vale lembrar que o copiloto é da Al Qaeda”.

Fonte: Brasil 247

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Somente os mal informa-dos, os ingênuos e os can-gurus da Austrália ainda

acham que o vice Michel Temer vai apoiar a presidente Dilma na questão do impeachment.

Agora é o Fla-Flu, é o nós contra eles, é o presidente contra o vice. Somente um dos dois ficará vivo depois da batalha.

Imaginar que Temer poderá apoiar a presidente em vez de “apoiar a si próprio” é uma boba-gem descomunal. Seria como dizer aos jogadores do Flamengo não ga-nharem do Fluminense para serem

ESQUEÇAM, MICHEL TEMER NÃO VAI APOIAR DILMA

os campeões.

Se ele disser aos seus correli-gionários “votem contra o impea-chment” será o mesmo que dizer “votem contra mim”. Não só contra ele, mas contra o PMDB, do qual é o presidente, diga-se.

Imaginem a reação dos insatis-feitos do PMDB, que não couberam no governo Dilma, à possibilidade de poderem assumir dezenas de milhares de cargos de vários es-calões.

“Ah, mas se fizer isso Temer vai trair a Dilma”. Mas ele não tem

opção. A alternativa seria trair o PMDB. E, se trair o PMDB, ele será derrubado da presidência do partido.

Pois vejam: o grande objetivo de qualquer partido político é a conquista do poder e agora que o poder está a uma esquina ele vai recuar? Se recuar, sua cabeça rola.

Além do mais, o que Temer perde com isso? Absolutamente nada. Se o impeachment não vingar tudo bem, Dilma continua no governo e ele também. Ela não pode demiti-lo. Ficarão de caras amarradas, não se falarão e fim

Por Alex Solnik

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15de papo.

O primeiro sinal foi a demissão voluntária de Eliseu Padilha do Mi-nistério da Aviação Civil. Se ele era o articulador político do governo até há pouco, dono, portanto de uma agenda poderosa e deixa o governo o motivo é somente um: articular contra o governo.

Ele não entende nada de aviões, mas tem o mapa da mina da Câma-ra com os nomes, telefones, datas Fonte: Brasil 247

de nascimento e nomes das secre-tárias dos deputados suscetíveis a um convite indecente para alguns, honroso para outros. “Vote em Temer e venha governar conosco”.

Ele sai do governo para ir atrás dos votos pró-impeachment ou pró-Temer, o que é a mesma coisa.

Ele sai do governo para tentar entrar na história, não importa se pela porta dos fundos.

Enquanto o Planalto se lamenta ou se diz perplexo o outro lado já está em campo suando a camisa.

E se os homens do Planalto não fizerem o mesmo, ba-bau. Ou bye, bye Dilma.

O problema é que Padilha tem a oferecer um governo novinho em folha. E o Planalto apenas sangue, suor e lágrimas.

DILMA: ‘ESPERO CONFIANÇA TOTAL DE MICHEL TEMER’

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse esperar “integral confiança” do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), contra os pedidos de impeachment acolhidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; “Eu espero integral confiança do Michel Temer. E tenho certeza que ele dará... ao longo desse tempo eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande constitucionalista”, afirmou a presidente, em visita ao Recife, onde lançou um plano nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti

A presidente Dilma Rous-seff (PT) disse, esperar “integral confiança” do

vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), contra os

pedidos de impeachment acolhi-dos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Eu espero integral confiança do Michel Temer. E tenho certeza que ele dará... ao longo desse tempo eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa,

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como político e como grande cons-titucionalista”, afirmou a presidente, em visita ao Recife, onde lançou um plano nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Prestes a ser cassado por suas contas secretas na Suíça e também acusado de prestar favores ao BTG, Eduardo Cunha aceitou nesta sema-na o pedido de impeachment con-tra a presidente Dilma feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale, pela advogada Janaína Paschoal, e abraçado pela oposição.

De acordo com os bastidores, o Palácio do Planalto tem cobrado uma posição firme do vice, Michel Temer, contra a abertura do pro-cesso de impeachment. Na última sexta-feira (4), por exemplo, o minis-

tro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), um dos aliados mais pró-ximos de Temer, entregou o cargo.

Dilma elogiou ao trabalho do pe-emedebista. “No caso ministro Pa-dilha, eu me esforcei bastante para mantê-lo na reforma ministerial. Por quê? Por que acho que o ministro Padilha, na direção do Ministério dos aeroportos (Aviação Civil), está fazendo um trabalho importante. Eu não recebi nenhuma comuni-cação oficial do ministro Padilha e ainda conto com a participação dele no governo”, disse.

Em um discurso afinado com a da presidente Dilma, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afir-mou à Folha, que o vice-presidente,

“até o momento, tem se mostrado extremamente leal e comprometi-do com a governabilidade”. “Temer tem adotado uma postura colabo-rativa, teve papel importante nas vitórias que tivemos no Congresso e tem ajudado muito no diálogo com as forças política”, disse.

De acordo com informações da colunista do jornal paulistano Mô-nica Bergamo, Temer pode se en-contrar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PMDB), neste fim de semana, em São Paulo, para reforçar que, em caso de impe-achment, buscará um governo de “união nacional”. O peemedebista não seria candidato à reeleição em 2018, deixando o caminho livre para postulantes como o tucano.

Fonte: Brasil 247

SÓ 1 DOS 27 GOVERNADORES DEFENDE O GOLPE

Diante da ameaça de golpe do deputado Edu-ardo Cunha (PMDB-RJ)

contra a presidente Dilma Rousseff, a maioria dos governadores mani-festou apoio ao governo.

Segundo levantamento rea-lizado pela ‘Folha’, entre os 27 governadores, ao menos 15 são contrários à abertura do processo, nove preferem não se manifestar de modo incisivo e apenas um é favorável ao afastamento da pre-sidente: Pedro Taques (PSDB), do Mato Grosso. Outros dois (de RO e RR) não responderam à sondagem.

O maior apoio a Dilma vem do nordeste: oito dos nove chefes

do Executivo da região assinaram uma carta em repúdio à abertura do processo.

“Vamos criar uma mobilização que abranja lideranças políticas e também entidades da sociedade para proteger o que construímos”, afirmou o maranhense Flávio Dino (PC do B).

Até os tucanos tem tratado do assunto com cautela. Beto Richa (PSDB), do Paraná, disse que, hoje, “ninguém é a favor ou tem o prazer de defender o afastamento” de Dil-ma. “Até porque somos democrá-ticos e respeitamos os resultados das urnas” .

Fonte: Brasil 247

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COM POSIÇÃO FIRME, CIRO MARCA PONTOS PARA 2018

Dos quatro presidenciáveis, à exceção de Lula, que já estão no jogo de 2018, o cea-rense Ciro Gomes foi quem assumiu a defesa mais enfática da legalidade, condenando o impeachment e prometendo resistência ao golpe; dois de seus concorrentes, Marina Silva e Joaquim Barbosa, assumiram posições mais ambíguas, enquanto o tucano Aécio Neves permitiu que sua imagem fosse associada para sempre a Eduardo Cunha e ao golpismo; para o escritor Fernando Morais, Ciro é hoje “uma das figuras mais importan-tes na cena política”

Momentos decisivos da história são aqueles que revelam a natu-

reza das lideranças políticas. Hoje, quando a democracia brasileira se vê ameaçada por um impeachment sem crime de responsabilidade, ou seja, por um golpe, é importante notar as posições assumidas por aqueles que sonham com a presi-dência da República.

Não há dúvida de que ninguém se posicionou tão bem quanto o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes, que, ontem, ao lado do governador Flávio Dino, do Mara-nhão, lançou a nova campanha da legalidade.”Há um valor que está acima de tudo, e que deve ser sem-pre respeitado: é a própria liber-dade”, disse Ciro. Numa entrevista recente, ele também apontou, de forma didática, porque a tentativa de deposição de Dilma representa um golpe.

Enquanto isso, no campo opos-to, o senador Aécio Neves (PSDB--MG), que desde a derrota nas eleições presidenciais, tem feito de tudo para contestar o resultado das urnas e para criar instabilidade, permitiu qua imagem fosse asso-

ciada para sempre ao golpismo e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Aliado de pri-meira hora dos tucanos, Cunha só perdeu o apoio do PSDB quando ameaçou não abrir o processo de impeachment – agora, voltou a contar com a tolerância do PSDB, a despeito das acusações que pesam contra si.

No meio do caminho, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, e Joaquim Barbosa adotaram po-sições ambíguas. Marina afirmou que não há razões para impeach-ment, mas defendeu a cassação via TSE – ou seja, o que interessa a ela não é a tranquilidade política, mas a possibilidade de novas eleições. O ex-ministro do STF, por sua vez, também disse não haver motivos para impeachment, mas disse que “a crise está na presidência”,

embora ele próprio saiba que a crise é o modelo político atual, de presidencialismo de coalizão, que impõe a chantagem do Legislativo sobre o Executivo.

Ciro foi o único que, de forma inequívoca, colocou a democracia e o respeito às urnas à frente de qualquer conveniência. Com essa postura, ele se qualifica para dis-putar as eleições presidenciais de 2018 – e, eventualmente, até com o apoio do ex-presidente Lula e dos partidos de esquerda.

“Ciro é hoje uma das figuras mais importantes da cena política”, diz o escritor Fernando Morais. “Sua pré-candidatura faz muito bem ao Brasil no contexto atual”, reforça Flávio Dino, governador do Maranhão.

Fonte: Brasil 247

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O SABOTADOR DA DEMOCRACIA

Aécio é uma pândega.

Ele fala coisas que nada têm a ver com o que ele próprio faz.

Na campanha, como um pa-pagaio passou a usar a palavra “meritocracia”. Ora, Aécio jamais praticou a meritocracia. Encheu o governo de Minas de parentes, amigos e assemelhados. A emi-

nência parda de suas gestões foi, meritocraticamente, sua Andrea, aquela que dava dinheiro público de publicidade oficial para a mídia amiga e sufocava à míngua a mídia independente.

Sua própria trajetória é a nega-ção da meritocracia: Aécio ganhou tudo de bandeja – de empregos a votos – por ser integrante de uma

oligarquia mineira.

Bem, fiel a sua tradição de falar coisas absurdas, ele agora declarou, em tom acusatório e olhando para Dilma, que há muita instabilidade no Brasil.

Ora, ora, ora.

O nome da instabilidade é Aécio.

Por Paulo Nogueira

PARA JUSTIFICAR O GOLPE, AÉCIO EVOCA A INSTABILIDADE QUE ELE MESMO CRIA

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Fonte: Diário do Centro do Mundo

Ele vem promovendo acintosamen-te instabilidade no país desde que saíram os resultados da eleição em que ele foi derrotado.

Aécio esteve à frente de todas as manobras sujas para contestar o de-sejo do povo expresso nas urnas. Ele já começou renegando os números e exigindo recontagem.

Quer dizer: os votos que elege-ram Alckmin eram limpos, mas os que deram um segundo mandato a Dilma eram sujos.

Daí para a frente, Aécio não pa-rou mais de estimular instabilidade pelo país. O terceiro turno se tor-nou uma obsessão sua, uma coisa mesquinha, patológica, alimentada pelos coronéis da mídia e abenço-ada por FHC.

Se Aécio fizer um exercício re-flexivo sobre quais foram suas atividades no ano que se encerra, uma linha será suficiente. Ele fez um terceiro turno.

Nem a direita venezuelana, um exemplo mundial de predação e exclusão, chegou aos extremos de Aécio, FHC e cúmplices.

Aécio e FHC, somados e mis-turados, viraram um Frankstein que você pode batizar de Carlos Lacerda.

Lacerda passou a vida destruindo democracias e votos dos brasileiros. Recebeu a merecida resposta do destino depois do golpe militar pelo qual ele tanto se bateu. Ele queria que os militares derrubassem Jango e lhe dessem de bandeja a presidência.

Terminou cassado, e morreu do

amargor de ver o colapso de seus planos sórdidos. Passou para a história como um corvo, como um conspirador impenitente, como um inimigo do povo e de suas escolhas.

Getúlio Vargas, para cujo sui-cídio ele tanto contribuiu, é uma figura de extraordinário relevo na história nacional. É merecidamente reconhecido como o presidente que construiu um Brasil novo, no qual greves, sindicatos e questões sociais já não eram mais “caso de polícia”, para usar a infame expres-são de um antecessor de GV.

Aécio receberá da história a justa resposta. Será lembrado como um golpista, um demagogo que fala em democracia ao mesmo tempo que a sabota de todas as maneiras possíveis.

Aécio usar a palavra instabilida-de para promover sua causa suja é o mesmo que Nero apontar para as chamas de Roma e bradar contra o incêndio.

Como Lacerda, e como Nero, o lugar de Aécio – e de seus compar-sas como FHC – já está garantido no panteão dos inimigos da de-mocracia.

Estivéssemos em 1964, ele esta-ria rastejando de quartel em quar-tel — as vivandeiras dos bivaques como celebrememente se referiu o general Castelo Branco aos civis que pediam aos generais que de-pusessem Jango.

Aécio não é mais nem menos que isso: uma vivandeira modelo 2015.

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A LIÇÃO DE DEMOCRACIA DE MADURO PARA AÉCIO E FHCMais digno e mais honesto que os golpistas brasileiros: Maduro

Maduro reconheceu ime-diatamente a derrota na Venezuela e afirmou

que era uma vitória da democracia.

Clap, clap, clap.

De pé.

Os chavistas perderam o contro-le na Assembleia Legislativa, mas

não perderam a compostura.

Maduro fez o oposto, o exato oposto, que Aécio e seu mentor FHC vem fazendo desde outubro de 2014.

Eles jamais aceitaram a derrota. Não respeitaram em nenhum mo-mento os 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma. Despreza-

ram e tentaram anular o que existe de mais belo e mais puro nas demo-cracias: as urnas. Uniram-se ao que há de mais corrupto e mais podre na política brasileira, Eduardo Cunha.

Para tanto, se utilizaram dos pretextos mais sujos, mais sórdidos, mais cínicos. Tudo valeu e tudo vale para promover um golpe que, caso realizado, vai remeter o Brasil para

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Fonte: Diário do Centro do Mundo

o estágio de Republiqueta. Até as urnas eletrônicas foram postas sob suspeita.

É a plutocracia com seus vassalos de sempre, como Aécio e FHC hoje e Lacerda e Roberto Marinho ontem, pronta para desestabilizar e derru-bar governos populares.

Não importa para Aécio e FHC que o Brasil seja arremessado a uma convulsão social por causa do golpe em marcha.

Ou, em sua brutal miopia rea-cionária, eles imaginam que vão roubar – esta a palavra, roubar – o poder sem reação?

Os brasileiros mais esclarecidos – e eles vão muito além dos petistas – já não conseguem mais segurar sua raiva.

Teve uma força simbólica for-midável o coro entoado nos shows de Caetano e Gil no Rio de Janeiro na música Odeio Você. Esponta-neamente, os jovens presentes montaram uma parceria vocal com Caetano. Odeio você Cunha.

Cunha é odiado por se apropriar de dinheiro dos brasileiros, desca-radamente inventar histórias nas quais ninguém pode acreditar e depois usar seu cargo espuriamente para tentar escapar da punição que merece ao jogar as luzes para o pro-cesso de impeachment.

Seus sócios neste crime de lesa democracia, a começar por Aécio e FHC, acham que vão escapar do ódio despertado por Cunha? Eles vão esperar que as plateias berrem “Odeio você Aécio”.

Aécio e FHC estão cometendo um erro de cálculo extraordinário. Vivem num mundo antigo, e imagi-nam que a mídia amiga vai proteger sua reputação neste golpe.

Ora, esta é a Era da Internet, e não há Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas que façam a chuva parar.

Acabamos de ver o que aconte-ceu com Alckmin no embate com os estudantes de São Paulo. Mesmo apoiado pela imprensa, Alckmin foi derrotado, com um preço devas-tador sobre sua imagem, quando nas redes sociais viralizaram fotos e vídeos de seus policiais batendo na garotada.

Os golpistas perderão – ou agora ou depois. Não existe chance de que sua empreitada macabra dê certo.

Neste exato momento, os brasi-leiros têm a oportunidade de ver o contraste que surge da Venezuela.

Maduro fez o que qualquer de-mocrata digno faz ao perder: reco-nheceu a derrota no mesmo dia. E vai tratar de aprender as lições para futuras eleições.

Aécio e FHC são infames, abjetos, desprezíveis ao sabotar a democra-cia fingindo, como os generais de 1964, protegê-la.

Me ocorre um título de Puig ao pensar neles. Começa assim: maldi-ção eterna.

E então, como a plateia de Cae-tano e Gil, dou meu complemento a Puig. Maldição eterna e Aécio e FHC.

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‘NÃO CONTINUAREI TOLERANDO OS ATAQUES PESSOAIS E PÚBLICOS EM SILÊNCIO’

Cristina Kirchner denunciou que seu sucessor, Mauricio Macri, exigiu gritando que a cerimônia de posse fosse na Casa Rosada.

Através das redes sociais, a presidenta argentina Cristina Kirchner avisou

que a cerimônia do dia 10 de de-zembro “não é sua festa de aniversá-rio e sim o dia em que o presidente de todos os argentinos assume o cargo, num sistema democrático em que ele tem que respeitar o fato de que seu símbolo maior é a Assem-bleia Legislativa, onde ele jura como presidente e onde quem termina seu período entrega o cargo”. Ade-mais, esclareceu que ela mesma foi quem sugeriu o nome do macrista Federico Pinedo para ser o futuro presidente provisório do Senado, e portanto o segundo na linha

sucessória, apesar de que a Frente para a Vitória (FpV) terá maioria absoluta de 41 senadores na pró-xima legislatura, e denunciou que “o episódio telefônico” lhe pareceu “algo inexplicável, até que vi hoje a capa do Clarín e suas manchetes, que afirmava, com letras tipo ca-tástrofe, que `Macri disse a Cristina que a cerimônia será na Casa Rosa-da’. `O presidente eleito ligou para comunicar que a entrega da faixa e do bastão presidencial será na Casa de Governo. Antes, jurará perante a Assembleia Legislativa, no Con-gresso´, e termina com um quadro especial, também na capa: `Macri, textualmente: se a presidenta não

entrega os atributos, o fará a Corte´”.

Após dar alguns detalhes do ato realizado na véspera, na localidade de Don Bosco, onde deu início à primeira etapa de eletrificação da Ferrovia Roca, trecho Quilmes-Cons-titución, Cristina Kirchner, relatou os pormenores de sua conversa por telefone com Mauricio Macri:

“De `dizeres´ e gritos, de amea-

ças de apelar à Corte, à constituição, às instituições. A realidade e a im-punidade midiática. Enquanto isso, a realidade cotidiana mostra que estão acontecendo coisas derivadas das ações e palavras do futuro go-

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23verno, que estão afetando e afetarão ainda mais a vida das pessoas.

“Ao finalizar o ato um colabora-

dor me informou que o presidente eleito havia enviado uma men-sagem dizendo que queria falar comigo. Ao chegar a Olivos – era impossível atender em meio à mul-tidão do evento – eu liguei.

“Me passaram o celular e o pre-

sidente eleito começou, com um elevado tom de voz, a exigir que eu deveria entregar o bastão e a faixa presidencial na Casa Rosada, porque essa era a `sua cerimônia´, e que se não fazia como ele dizia, `a Corte Suprema de Justiça da Nação seria quem ia lhe entregar os atributos, porque já os havia consultado.

“Devo confessar que me sur-

preendeu a exaltada – eufemismo de gritos – verborragia do presi-dente eleito. Quando consegui que ele me deixasse falar – deve parecer estranho –, senti que quem estava do outro lado era outra pessoa, totalmente diferen-te da que aparece nos meios de comunicação, e inclusive com a qual já tive algumas conversas. A tal ponto que, em um momento tive que recordar a ele que, apesar de nossas posições políticas, ele era um homem e eu uma mulher, e portanto não é aceitável que ele me tratasse dessa forma.

Quando pude falar, tentei

explicar o que diz a Constituição Nacional, em seus artigos 91 e 93. Mas que independente do que diz a carta magna, o ato de transmis-são do cargo, segundo a simples compreensão do texto, exige a presença de duas pessoas: a que entrega o mando e a que o recebe.

Disse que não se trata de uma cerimônia de ninguém em particu-lar, e sim de um ato institucional, de um estado democrático e republi-cano. Que deve se realizar no Con-gresso (artigo 93 da Constituição argentina), porque enquanto não prestar juramento perante a Assem-bleia Legislativa não é presidente, e que logo após a mesma, devem ser entregues, de forma imediata, os atributos do Poder Executivo. E quem deve entregá-lo é a pessoa que acaba de deixar o cargo, ou seja, quem vos fala…

Também disse a ele que queria

fazê-lo o quanto antes, para poder viajar a Santa Cruz (província no sul da Argentina), porque o voo regular da Aerolíneas Argentinas à cidade de Río Gallegos (capital da província) sai às 15hs, e não poderá me esperar. Afinal, quero participar da cerimônia de posse de Alicia Kirchner como governadora da província, já que postergou sua cerimônia para as 20hs, para que eu possa assistir.

O presidente eleito continuou

gritando e dizendo que não é assim, que eu tenho que esperá-lo na Casa Rosada, enquanto ele jura e fala no Congresso, e só depois entregar o bastão e a faixa. Tentei explicar a ele que depois do juramento eu já não sou mais presidenta, e que por isso tenho que entregar a faixa e o bastão imediatamente, e foi aí que ele me disse, muito irritado, que eu tenho que acompanhá-lo na Casa Rosada – e aproveitou para repetir – porque aquela será a `sua cerimônia´.

“Bom, então tive que explicar a

ele que `até aqui chegou a minha paciência, meu querido, e quero

te lembrar três coisas. Primeiro, que não sou sua acompanhante. Segundo, que o evento do dia 10 de dezembro não é sua festa de aniversário, e sim o dia em que o presidente de todos os argenti-nos assume o cargo, num sistema democrático em que ele tem que respeitar o fato de que seu símbolo maior é a Assembleia Legislativa, onde ele jura como presidente e onde quem termina seu período en-trega o cargo. A terceira coisa é que eu não penso continuar tolerando em silêncio, como tenho feito até agora, os maus tratos pessoais e pú-blicos que você vem demonstrando desde o dia em que eu o convidei para uma reunião na Mansão de Olivos, logo após felicitá-lo pelo seu triunfo. Tampouco aceitarei as men-tiras que se propagam, através de uma impunidade midiática nunca antes vista…

O recebi com todo o respeito,

inclusive disse a ele, como uma opinião pessoal, que o presidente provisório do Senado tinha que ser alguém de seu partido, pensando na linha sucessória, apesar da ban-cada da FpV (aliança kirchnerista) ter maioria absoluta a partir de 10 de dezembro, com 41 senadores do nosso espaço, que poderia votar em alguém de suas próprias filas para esse cargo, mas que preferiu dar um sinal claro em favor da governabili-dade e da convivência democrática. Mais que isso, me atrevi a sugerir a ele que fosse Federico Pinedo, que além de ser um homem de diálogo e um cavalheiro, ajudaria a vice-presidenta eleita a superar a dificuldade objetiva de sua saúde, para enfrentar as sessões maratô-nicas, como as que se costumam acontecer com muita frequência no parlamento.

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Também disse que votaríamos como presidente da Câmara dos Deputados em um membro do seu partido, por ser o terceiro na linha sucessória, em nome da governa-bilidade. Tal como disse, ambas as coisas aconteceram, durante as cerimônias de juramentos dos se-nadores e dos deputados, de forma exemplar.

Com palcos repletos de familia-

res e militantes de todos os partidos, que foram ver o juramento de seus deputados e senadores sem que se produzisse nenhum incidente, esta-vam todos os partidos políticos com representação parlamentar.

Máximo me contou que, antes

do seu juramento como deputado, Federico Pinedo se aproximou para lhe cumprimentar. Não me equivo-quei com Pinedo, sempre foi um cavalheiro.

Por que então o presidente eleito

declarou, logo após a reunião que mantivemos, que havia sido uma `reunião improdutiva´? Quando ali mesmo, na porta da Mansão de Oli-vos, ao sair, ele disse que havia sido uma reunião cordial, e que haveria uma linda cerimônia de transmissão de mando, para, horas mais tarde, qualificá-la de `improdutiva´.

Por que tenta desconhecer as

inumeráveis reuniões entre os funcionários do nosso governo e as pessoas que o presidente eleito designou?

Declarações, fotos, imagens, de-

monstram uma total normalidade. Não se reuniram nas catacumbas, mas sim em seus escritórios públi-cos, muitos deles até mais de 3 vezes e durante horas.

Qual a razão desse maltrato e por que se fala de falta de colaboração? Se quando Lino Barañao, Ministro de Ciência e Tecnologia deste governo desde 2007, me consultou sobre se poderia aceitar o convite macrista para continuar no cargo, eu disse imediatamente que sim, senão ele teria rejeitado a oferta.

Por que esse empenho em mos-

trar algo que não existe? Me per-guntava ontem à noite qual era a razão para complicar algo tão sim-ples como uma transição? Porque devo reconhecer que o maltrato dessa ligação telefônica que me fez o presidente eleito me parecia inexplicável, e quase inacreditável.

Num país hostilizado por abu-

tres, dentro de um mundo em con-vulsão econômica, política e militar, que exige de nós mais unidade nacional, ideias e ações para que a recessão e a violência global não nos alcancem, o episódio telefônico me parecia insólito.

Até que hoje vi a capa do Clarín,

com a manchete, em letras tipo catástrofe: `Macri diz a Cristina que a cerimônia de posse será na Casa Rosada´. `O presidente eleito ligou para comunicar que a entrega da faixa e do bastão presidencial será na Casa de Governo. Antes, jurará perante a Assembleia Legislativa, no Congresso´, e termina com um quadro especial, também na capa: `Macri, textualmente: se a presiden-ta não entrega os atributos, o fará a Corte´”, relatou CFK.

Tradução: Victor Farinelli

Fonte: Carta Maior

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RÚSSIA CONQUISTA MAIS UMA VITÓRIA NO CONFLITO COM A TURQUIA E DAESH

O incidente com o avião russo Su-24, abatido pela aviação turca na

Síria, provocou uma séria deterio-ração das relações entre a Rússia e Turquia. O caso foi tachado de “um golpe nas costas” pelo presidente russo Vladimir Putin e levantou sérias denúncias sobre o suposto envolvimento do presidente turco Erdogan no comércio ilegal de petróleo promovido pelo grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) na Síria.

“Após os ataques da Força Aé-rea da Turquia contra o caça russo, todos os olhos ficaram voltados na direção da Rússia e sua possível resposta militar. Alguns analistas falaram sobre o poder de combate da Turquia e os outros começaram a especular sobre quem, em última

análise, seria o vencedor desta dis-puta, esperando novas ações por parte da Rússia. No entanto, poucos perceberam que o vencedor foi determinado já no primeiro dia do incidente. E este foi a Rússia”, escre-veu o colunista Vandad Alvandipoor ao Shargh Iran.

O autor lembra, em primeiro lu-gar, que dois dias depois do ataque da Turquia ao caça da Força Aérea da Rússia, Moscou bombardeou e destruiu pelo menos 20 caminhões que entraram na Síria a partir do ter-ritório da Turquia, e, como resultado deste ataque matou sete motoristas turcos, mostrando que a Rússia to-mou uma significativa ação militar em resposta.

Além disso, algumas horas após o ataque contra o seu caça, a Rússia

A Rússia saiu-se vitoriosa do conflito que se iniciou como resultado da negligência das ações da Turquia, terminando com prejuízos para este país, Pentágono, OTAN, e, claro, o grupo Daesh (Estado Islâmico). É o que foi publicado pelo jornal iraniano Shargh Iran

Fonte: Sputniknews

decidiu fornecer à Síria o sistema de defesa de mísseis S-300, o que protege o país de qualquer ameaça potencial que surgiriam nas imedia-ções de seus combatentes.

“Em outras palavras, por causa

das ações imprudentes da Turquia, a Rússia está agora, não só entre-gando à Síria o mais recente sistema anti-aeronaves e expandindo sua frota no país, mas também dizendo às suas contrapartes, ou seja, a Tur-quia, os EUA e seus aliados na OTAN, a nova regra em caso de ameaça: se continuar a interferência das ações da Rússia na Síria, isto vai ter uma resposta imediata”, argumentou o colunista.

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