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O Caleiro Sustentável. Um processo otimizado, econômico e de baixo impacto

ambiental

ABQTIC – Estância Velha/RS – setembro 2011 Telmo Seganfredo Especialista

1

Commitment makes the best chemistry.

Sinopse

1. The Buckman Way

2. Teoria enzimática

3. Histórico

4. Processo

5. Formulação

6. Resultados

7. Conclusão


1.The Buckman Way

• The Buckman Way – nossa estratégia e padrão de

negócios

• Indústrias que servimos: – Processamento de Couro

– Tecnologias para Papel

– Tecnologias para Águas

• Modelo de Negócio: Baseado em Valor e Intimidade com o Cliente

Baseado no modelo de Programa de Gerenciamento de Negócios (8BMS)

Alinhamento de prioridades - Buckman x Objetivos do Cliente

Fundamentado em Relacionamento de Longo Prazo

Satisfação do Cliente


Buckman VERDE Nossa cor. Nosso compromisso.

2


Sustentável desde 1945

• Comprometida com a sustentabilidade antes que este

tema se tornasse global.

• Suportados pelos nossos Fundamentos – nossa

maneira de ser por muitas décadas

– Missão

– Código de Ética

– Meio Ambiente, Sistema de Qualidade & Segurança

• Realizamos tudo de maneira muito tranquila:

– Gerenciamos nossos negócios para atender às

regulamentações

– Buscamos melhoria contínua através da cadeia de

suprimentos


7

Planeta Terra Empresa

Comunidade


Planeta Terra Empresa

Comunidade


Futuro

• Mesmo durante períodos de crises econômicas

continuamos a investir em nossas pessoas, novos

produtos e em novas tecnologias.

• A Buckman tem o compromisso de realizar melhorias

contínuas e práticas sustentáveis:

• Em nossa própria estrutura de fábricas

• Em químicos e produtos mais ecológicos

• Em melhorias mensuráveis na economia de energia e água

nos locais de nossos clientes


2. Teoria Enzimática

• Enzimas:

• São proteínas que podem ser dispersas em

água, álcool ou glicerina, que atuam como

catalisadores, agindo no estado de transição

das reações químicas e bioquímicas

acelerando e facilitando a condução cinética

das mesmas.

• São componentes fundamentais dos

organismos vivos (plantas, animais e

microrganismos).

• São catalisadores: aceleram reações químicas.


Teoria Enzimática

• Enzimas:

• São proteínas: ativas em determinados pHs e

temperaturas. Cada enzima possui uma faixa de

temperatura e pH específicos onde possuem a

máxima atividade.

• São específicas: cada enzima catalisa um só tipo de

reação e atuam sobre um único substrato ou um

grupo muito reduzido deles

• Por serem proteínas as enzimas são naturalmente

degradadas a aminoácidos.

• Possuem centros ativos ou sítios ativos: pequena

porção da enzima formada por uma série específica

de aminoácidos que atua no substrato.


• Enzimas:

• O uso de enzimas aumentou dramaticamente nos

últimos anos.

• Aplicações de enzimas podem ser vistas em

alimentos, produtos de limpeza, fármacos, celulose,

COURO, entre outras. Representam economia de

energia e investimentos.

• O uso de enzimas na purga é tradicional nos

curtumes.

Teoria Enzimática


• Enzimas:

• Com os avanços tecnológicos, as enzimas são

comercializadas com excelente especificidade para:

• Remolho e reidratação

• Remoção de sujeira

• Depilação

• Amaciamento

• Purga

• Recurtimento

• Tratamento de aparas e farelo de rebaixadeira

Teoria Enzimática


• Enzimas para couro:

• Proteases

• Hidrolisam as proteínas através do ataque às

ligações peptídicas

• Atuam mais próximas aos A. A. triptófano

(W), tirosina (Y), fenilalamina (F) e leucina (L)

Teoria Enzimática


• Enzimas: Proteases

• Lipase e protease no recurtimento limpam a superfície do

wet blue de graxa, sujeira e outras manchas obtendo cor

mais uniforme.

• A protease funciona quebrando as ligações peptídicas da

proteína através de hidrólise catalítica.

• No processamento de couros, as proteases são usadas

para hidrólise seletiva de componentes não colagênicos

de couros e peles.

• Couro tratado com protease apresenta melhor eficiência

de limpeza e depilação.

Teoria Enzimática


• Enzimas:

• Lipases

• Hidrolisam as gorduras (triglicerídeos) e óleos

atacando as pontes de ésteres, fornecendo

como produtos monoglicerídios, diglicerídios,

glicerol e ácidos graxos livres.

Teoria Enzimática


• Enzimas: Lipases

• Lipases e proteases são particularmente importantes na

indústria do couro.

• Lipases são utilizadas para desengraxe e depilação.

• Lipases são usadas junto com emulgadores e produzem

melhores resultados no desengraxe.

• Lipases liberam ácidos graxos que causam redução no pH

do banho durante o desengraxe.

Teoria Enzimática


• Enzimas: Atividade

• A atividade de uma enzima é medida por unidades

enzimáticas, que representam

• “o grau de hidrólise em relação a um substrato definido

alcançado com uma determinada

• quantidade de enzima em um período de

• tempo determinado e em condições de

• temperatura,

• pH e concentração de substrato”

Teoria Enzimática


• Enzimas: Inovação

• Manter a atividade enzimática é um desafio para a

indústria do couro.

• Com a nova formulação de enzimas termoestáveis, a

estabilidade das enzimas líquidas aumentou

enormemente.

• Avanços tecnológicos criaram uma nova era de produtos

enzimáticos derivados de microrganismos.

• Avanços na estabilização de enzimas líquidas

proporcionaram ao curtidor maior flexibilidade e confiança

na produção de couros de alta qualidade.

Teoria Enzimática


• Novas enzimas de bioengenharia versus LVU

• A nova geração de enzimas não é de origem animal, mas

obtida através de fungos e bactérias através da

bioengenharia.

• Elas são mais específicas em seus efeitos no couro.

• LVU é um método analítico para medir a atividade

proteolítica que usa a caseína como substrato, mas não

tem relação direta com o efeito de uma enzima no couro.

• Contudo, LVU é ainda um bom método para ser utilizado

com enzimas pancreáticas, mas não necessariamente o

mais adequado para as enzimas da bioengenharia que

são utilizadas no beneficiamento de couros.

Teoria Enzimática


• Novas enzimas de bioengenharia versus LVU

• Para algumas enzimas proteolíticas comercializadas pela

Buckman, foi desenvolvido um método para Controle de

Qualidade: BPU (Buckman Protease Unit).

• BPU usa um substrato sintético específico para

determinação da atividade proteolítica.

• BPU permite melhor controle do processo de fabricação

dos produtos enzimáticos e resposta mais eficiente para

as dúvidas dos clientes.

• O método de análise usando BPU reafirma a imagem da

linha Buzyme na indústria coureira.

Teoria Enzimática


Com enzima Sem enzima

Progresso da reação

substrato

produto

estado de transição

G

Energia

livre

Progresso da reação (catalisada)

substrato

produto

estado de transição

G

Energia

livre

Teoria Enzimática

Enzimas: mecanismo de ação


• Enzimas: mecanismo de atuação

• Enzimas não possibilitam reações impossíveis.

• Enzimas aumentam a velocidade das reações sem

serem consumidas no processo.

• Enzimas permitem que as reações aconteçam em

condições menos extremas de pH, temperatura e

pressão

• Enzimas não alteram o equilíbrio das reações, mas

aceleram as mesmas estabilizando o estado de

transição.

Teoria Enzimática


• Expectativas dos Curtidores em relação às

enzimas

• Redução no tempo do processo

• Resolver problemas de integridade da flor

• Resolver problemas de flor solta no artigo final

• Atividade enzimática: correlacionar o desempenho de

enzimas de diferentes fontes e fornecedores

• Resolver problemas de resistência

• Encontrar a Química ecologicamente correta em remolho e

caleiro

• Custos

Teoria Enzimática


• Enzimas: benefícios

• Enzimas, especificamente lipases, eliminam ou reduzem

a necessidade do uso de desengraxantes.

• Enzimas proporcionam melhor desempenho em

processos industriais.

• Enzimas garantem a produção de couro de melhor

qualidade

• Enzimas líquidas são mais fáceis de usar, não formam

poeira e contribuem para a segurança do trabalhador.

Teoria Enzimática


• 1993 – Uso da lipase Buzyme ® 2103 no desengraxe de

peles vacuns e ovinas

• 1997 – Início do uso da protease em pó Buzyme ® 135

em remolho de peles vacuns

• 1998 – Uso da lipase Buzyme ® 2103 no desengraxe de

dog toys e em peles suínas

• 2000 – Lançamento da protease líquida estabilizada

Buzyme ® 7703

3. Histórico


• 2001 – Uso do Buzyme ® 7703 e do Buzyme ® 2103

em processo de remolho e caleiro com redução do

sulfeto de sódio pela metade em relação aos padrões

usuais

• 2003 – Testes com uma nova lipase no desengraxe de

peles vacuns, peles suínas e dog toys

• 2009 – Início do uso da nova lipase Buzyme ® 7720 em

remolho, caleiro e desengraxe de peles vacuns

• 2009 – Uso concomitante do Buzyme ® 7703 e do

Buzyme ® 7720 em alguns ensaios com maior redução

no uso de sulfeto de sódio

Histórico


Histórico

• 2010 – Escassez e encarecimento do Sulfeto de sódio: a

oportunidade para colocar no mercado esta nova

tecnologia

• 2010 – Desenvolvimento do processo “O Caleiro

Sustentável” com o uso do Buzyme ® 7703 e do Buzyme

® 7720 otimizando o uso do sulfeto no caleiro

• 2011 – O uso comercial de enzimas pela Buckman no

processamento de peles na ribeira atinge sua maioridade

• 2011 – Consagração do Processo “O Caleiro Sustentável”

no mercado latino-americano com sua aplicação em larga

escala em curtumes importantes


• Mudança de Paradigma - Pioneirismo

• Não criamos o antimofo – criamos o Busan ® 30L – e

fizemos do produto a referência em fungicidas para o

tratamento de couros

• Não criamos o fungicida para preservar couros

acabados, mas fizemos do Busan ® 1086 referência

para este tratamento

Histórico



• Não criamos a preservação para remolho, mas

colocamos inúmeros produtos como referência para

este tipo de processo, justificando-o

• Não inventamos a preservação de peles verdes –

tornamos isto possível através do Busan ® 7600 -

um produto para o tratamento de peles singular em

tecnologia e respeito ao meio ambiente

Histórico



• Não iniciamos o uso da protease em ribeira, mas

assumimos publicamente que trabalhávamos com

esta matéria prima e sofremos discriminação

• Tampouco inventamos a lipase – Viabilizamos o

Buzyme ® 2103 e o Buzyme ® 7720 - produtos de

referência para desengraxe enzimático

Histórico


• Simplicidade

• Praticidade

• Eficiência

• Economia

• Segurança

• Qualidade

• Ecologia

• Sustentabilidade

4. Processo


• Simplicidade: 7 produtos básicos:

• Cal

• Sulfeto

• Soda barrilha

• Buzyme ® 7703

• Buzyme ® 7720

• Bactericida

• Emulgador

Processo


• Quatro fases bem definidas:

• Remolho

• Condicionamento

• Depilação

• Caleiro

Processo


• Remolho

• Uso do Buzyme ® 7703 e do Buzyme ® 7720 para

preparação do substrato

• Rehidratação da matéria prima para sua condição

normal

• Remoção de sal

• Dissolução da sujeira, esterco e sangue

• Remoção de proteínas interfibrilares, ácido

hialurônico, albuminas e globulinas

• Ataque à epiderme e preparação para o

processamento posterior

Processo


• Condicionamento

• Intensificação no uso do Buzyme ® 7703 e do

Buzyme ® 7720 e imunização do pelo com adição

de cal

• Aumento da atividade enzimática com reforço no

uso de alcalinizantes com aumento de pH

Processo


• Depilação

• Remoção completa do pelo e da queratina

pela adição do sulfeto que é bastante

aproveitado pela preparação prévia do

substrato

Processo


• Caleiro

• Polimento final na limpeza da tripa e posterior

encorpamento com o atravessamento da

alcalinidade

• Inchamento e estruturação do couro

• Limpeza e abertura das fibras

• Saponificação parcial da graxa natural

• Dissolução de outras substâncias não

específicas para a produção do couro

Processo


7 Abril 2003 – Depilação após 0,8% Na2S


Abril 2003 – Depilação após 0,8% Na2S 7 Abril 2003 – Depilação após 1,3% Na2S


7 Abril 2003 – Depilação após 1,3% Na2S + 1a Cal


8 Abril 2003 – Descarga do fulão (1,3% Na2S)


• Remolho

• 50 a 100% Água

• 0,05 a 0,10% Buzyme ® 7703

• 0,05 a 0,10% Buzyme ® 7720

• 0,05 a 0,15% Busan ® 1444

• 0,30 a 0,60% Soda barrilha

• Rodar de 2 a 6 horas

5. Formulação


• Condicionamento

• 40 a 60% Reciclo ou água

• 0,10 a 0,20% Buzyme ® 7703

• 0,05 a 0,10% Buzyme ® 7720

• 0,40 a 0,60% Cal

• 0,40 a 0,60% Soda barrilha

• Rodar de 30 a 90 minutos

Formulação


• Depilação

• 0,40 a 0,80% Na2S


Formulação


• Caleiro

• 0,03 a 0,06% Buzyme ® 7703

• 1,00 a 2,00% Cal


• 0,10 a 0,30% Busperse ® 7794

• 1,00 a 2,00% Cal

• 100% Reciclo (completar)


• Automático

• Rodar de 6 a 12 h

Formulação


Junho 2011 – 0,5% Na2S 29 Junho 2011 – 0,5% Na2S


29 Junho 2011 – 0,5% Na2S + 1a Cal


29 Junho 2011 – Tripa antes da divisão (0,5%Na2S) 29 Junho 2011 – Tripa antes da divisão (0,5%Na2S)


29 Junho 2011 – Divisão 0,5% Na2S) 29 Junho 2011 – Divisão 0,5% Na2S)


• Redução no uso do sulfeto de sódio até 1/4

• Redução no tempo do processo

• Diminuição da carga poluente facilitando a

operação de ETEs

• Diminuição de rufas e repelo em tripas e no wet

blue

• Melhoria na limpeza das peles

6. Resultados


13 Julho 2011 – Descarga do caleiro (0,4% Na2S) 13 Julho 2011 – Descarga do caleiro (0,4% Na2S) 6 Julho 2011 – Tripa descarnada (0,4% Na2S)


13 Julho 2011 – Descarga do caleiro (0,4% Na2S) 13 Julho 2011 – Descarga do caleiro (0,4% Na2S) 6 Julho 2011 – Tripa descarnada (0,4% Na2S) 6 Julho 2011 – Descarga Wet Blue (0,4% Na2S)


• Redução do volume de estoque de produtos

químicos

• Maior padronização do wet blue produzido

• Diminuição dos gastos com transportes de

produtos químicos

• Diminuição no custo das formulações.

• Melhoria no desengraxe

Resultados


13 Julho 2011 – Descarga do caleiro (0,4% Na2S) 13 Julho 2011 – Descarga do caleiro (0,4% Na2S)


13 Julho 2011 – Tripa Descarnada (0,4% Na2S) 13 Julho 2011 – Tripa Descarnada (0,4% Na2S)


• Redução no consumo de água

• Maior abertura das peles

• Maior alvejamento da tripa

• Maior maciez da tripa

• Menor número de itens de processo

• Melhor ergonomia

Resultados


15 Julho 2011 – Tripa dividida (0,8% Na2S) 15 Julho 2011 – Tripa dividida (0,8% Na2S)


15 Julho 2011 – Tripa dividida (0,8% Na2S)


• Processo mais suave (menor tempo de rodagem

do fulão em etapas críticas)

• Menos agressivo aos operadores da tripa

• Semiacabado de flor mais fina, com poros mais

fechados e maior integridade da flor

• Processo mais simples

• Inchamento padrão

Resultados


17 Agosto 2011 – Tripa descarnada (0,8% Na2S) 18 Agosto 2011 – Tripa descarnada (0,4% Na2S)


18 Agosto 2011 – Tripa Descarnada (0,4% Na2S )


17 Agosto 2011 – Wet Blue enxugado (0,8% Na2S) 18 Agosto 2011 – Wet blue enxugado (0,4% Na2S)


• O uso apropriado das enzimas de bioengenharia

de alta especificidade na forma líquida

estabilizada Buzyme ® 7703 e Buzyme ® 7720

através da formulação preconizada neste

trabalho “O Caleiro Sustentável” oferece às

indústrias de curtumes um Processo de alta

qualidade e desempenhos, seguro, prático,

otimizado, econômico e ambientalmente

amigável para imediata redução no uso do

sulfeto.

Conclusão


5 Outubro 2011 – Tripa de salmourado (0,9% Na2S )


5 Outubro 2011 – tripa de salmourado dividida (0,9% Na2S )


5 Outubro 2011 – Tripa de salmourado (0,9% Na2S )


5 Outubro 2011 – tripa de salmourado dividida (0,9% Na2S )

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