o berrão -2012-2013- 2.ª edição

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http://jornalavem.wordpress.com Na promoção do conhecimento, na divulgação do saber, na escola ou em sua casa através da nossa presença ONLI NE Agrupamento de Escolas de Mur ça O BERRÃO Um olhar atento e contemporâneo O Berrão | Edição nº 22 | março 2013 JB Aplicação Android/iPhone Fotografe este código com o seu telemóvel Convívio de Reis //PÁG. 32 “Os Pequenos Príncipes” do nosso Agrupamento //PÁG. 15 Imagem: Paulo Galindro Carnaval //PÁG. 32

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Page 1: O Berrão -2012-2013- 2.ª Edição

http://jornalavem.wordpress.com Na promoção do conhecimento, na divulgação do saber, na escola ou em sua casa através da nossa presença ONLINE

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s d e M u r ç a

O BERRÃO

U m o l h a r a t e n t o e c o n t e m p o r â n e o

O Berrão | Edição nº 22 | março 2013

JB Aplicação Android/iPhone

Fotografe este código com o seu telemóvel

Convívio de Reis //PÁG. 32

“Os Pequenos Príncipes” do nosso Agrupamento

//PÁG. 15

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Carnaval //PÁG. 32

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O BERRÃOFicha Técnica

Propriedade | Agrupamento de Escolas de Murça http://www.avmurca.org

Coordenação José Alexandre de Sá Pacheco

RevisãoAna Paula MouraGracinda AlvesHumberto NascimentoLuis Mourão

Projeto Editorial e DesignLeonida de Sá GonçalvesPaulo SantosRosa Pais

ImpressãoServimira, Lda.

Colaboradores

Tiragem150 exemplaresnº 22 | março | Edição 2013

2 JB / março 2013 . O Berrão

Mensagem da Equipa do Jornal

“Os seres humanos pensam em termos de conceitos. Quanto maisfamiliar for um conceito mais fácil fica pensar nele. Apresentar múltiplas versões do mesmo conceito pode ser uma maneira extremamente poderosa de mudar a mente de alguém”.

Howard Gardner, Harvard School of Education, 2004

Que lindo diaDe poesiaSe pôs!A manhã baça,O jornal carrancudo,E, de repente, tudoCheio de luz e graça!

E que não há milagres!Há, mas são destes, que não provam nada…

É uma penaQue a nossa alma seja tão pequena,Ou já esteja ocupada.

Miguel Torga

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Alexandrina Mourão; Ana Catarina; Ana Paula Moura; Ana Rita Costa; Andreia Ribeiro; António Ribeiro; Catarina; Celestina Martins; Cristina Aires; David Fernandes; Dina Gomes; Diogo Nascimento; Emanuel Teixeira; Felisberto Fontela; Gracinda Alves;Humberto Nascimento;Isabel Rua; Joana Martinho; João Pedro;José Alexandre de Sá Pacheco; José Raul Guerra; Laurinda Lopes;Leonida de Sá Gonçalves; Lucília Mosqueiro; Luísa Ferreira;Luísa Pinto; Maria Carolina Vilaverde; Margarida Pinheiro; Mariana Preguiça; Matilde Gonçalves; Patrícia Afonso; Rodrigo Fernandes; Rosa Pais; Susana Martinho; Tiago Santos; Zita Mourão.

Escola Amiga da Arte; Escola Amiga da Música; Comissão de Eventos; Equipa do Jornal; Grupo Disciplinar Informática; Grupo Educação Especial; Grupo Disciplinar de Francês, Inglês e Espanhol; Grupo Disciplinar de EMRC; Departamento Educação Pré-escolar; Departamento 1º Ciclo E.B.; Departamento Expressões; Departamento de Línguas; Associação de Estudantes; Turmas, 3ºA; 4ºB; 8ºA; 10ºA;11ºA; 11ºB e 12ºA.

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EDITORIALJosé Alexandre de Sá Pacheco

O pluralismo não é uma utopia“É verdade que o determinismo e o mecanicismo económicos têm sido hipervalorizados. Por um momento, os economistas pensaram poder resumir a história à condição coeterisparibus…”

“(…) Serão as pessoas uma despesa supérflua da economia?”

“A “economia política” não é uma ciência do virtual, tem a ver com a pólis e com as pessoas”.

“ (…) mas não tenhamos ilusões: há quem continue a ver as pessoas como supérfluas e a exclusão como inexorável”.

Guilherme d’Oliveira Martins

JB / março 2013 . O Berrão 3

Gostaria de partir destas frases de Oli-veira Martins para refletir convosco sobre o tempo que vivemos e sobre o

papel da educação e das escolas nesta encru-zilhada em que estamos. Estranho nevoeiro povoa as nossas consciências, amarfalhando princípios e valores que deveriam gritar alto a nossa humanidade!Muitos autores começam a sentir-se impres-sionados com a facilidade com que se consi-deram dispensáveis as pessoas e com a exclu-são crescente que hoje existe. Muitas outras preocupam-se com a tirania do discurso eco-nómico e com a assimetria consequente que existe no debate público. A vulgaridade e a fragilidade científica e concetual de algumas opiniões de economistas e banqueiros, no que se refere à estruturação da democracia representativa numa sociedade em contínuo processo evolutivo, inquinam qualquer dis-cussão séria, criando artificialmente e infun-dadamente a ideia de que só há um caminho, uma receita para resolver os nossos proble-mas. Que bom seria haver algum silêncio, alguma ponderação, algum conhecimento! Que oportuno não seria que o “fatalismo ne-oliberal” reconhecesse os seus muitos e varia-dos insucessos e os variados e muitos sofri-mentos infligidos em todos os países onde foi aplicado! Que ingenuidade a minha pensar que, hoje, o conhecimento poderia ser hu-milde! Neste contexto em que se agita a via única da austeridade, apelo a que todos leiam e se informem. Há mais respostas, há mais

caminhos e muitosdeles mais humanos. Pre-cisamos de regressar à “economia política” que não esqueça as pessoas como sujeitos de mudança e aperfeiçoamento. Precisamos de ir muito para além do que temos e do que nos apregoam messianicamente. Porque o que nos é oferecido é “uma democracia de merca-do numa sociedade de mercado” ( Macpher-son, 2003: 103-104), em que a governação é exercida por elites resultantes de práticas se-letivas no interior dos grupos organizados. Isto resulta do facto da democracia política ter sido confiscada ao povo e encerrada em “ranchos”, corporações ou “tribos”, na ima-gem de DesmondMorris, onde se desenvol-vem todos os processos e jogos de iniciação/ seleção/eliminação de tais elites”.

“Temos de cultivar a esperança de que a interdependência entre os Homens os obrigue a pensarem no interesse comum.

Mudança, aperfeiçoamento de caracteres num contexto em que a descrença e desmotivação imperam. Ouçamos Costa Ferreira (2007: 286-287): “ (…) o neocorporativismo tem permitido e oferecido a apropriação do Estado, por parte de organizações de interesses em competição. Estado que, muitas vezes, cede aos interesses dessas organizações mais poderosas, quase mo-nopolistas da representação de determinados setores, empresariais ou profissionais, perdendo de vista o processo de dinamização da interven-ção dos cidadãos na vida política, económica e social e a prossecução do interesse geral ou bem público, confundido, ocultado ou manipulado pelo interesse de uma ou mais organizações”. Que juízo tão transparente e tão adequado aos tempos presentes!Perante esta evidência que fazer? Baixar os bra-ços? Não é a opção inteligente. Temos de culti-var a esperança de que a interdependência entre os Homens os obrigue a pensarem no interesse comum. Temos de exigir que nos Poderes do Estado, o bem comum, a bondade, a moralida-de, a ética e a justiça sejam realidades praticadas e harmonicamente fortalecidas. Com realismo temos de exigir isto, construído com pequenos passos. Regresso a Costa Ferreira (2007: 301): “ se concluirmos que a democracia (…) se não pode realizar pela via da santificabilidade dos Homens, teremos, por ora, de buscar entre os Homens reais a possibilidade de, mesmo saben-do que muitos deles são injustos, egoístas, inte-resseiros e amantes do Poder, que eles se enfren-tem mas se articulem, no sentido do maior bem

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possível”. Com este realismo e com a assunção das nossas responsabilidades cívicas, enquanto homens de cultura/saber e enquanto professo-res, poderemos ir dando forma a uma realidade menos opressiva e injusta. Como? Contribuin-do para que o conjunto dos cidadãos seja su-ficientemente esclarecido para assumir opções e responsabilidades de forma crítica e lúcida. H.G. Weels disse que “o futuro será decidido num desafio entre a educação e o desastre”. Que educação? Que desastre? A educação que per-mita ligar sabedoria e responsabilidade, liber-dade e solidariedade. O desastre da indiferença e da ignorância. Educar obriga a sabermos lidar com o conhecimento, mas também a sabermos pensar, organizar-nos, respeitar-nos e a sermos com e perante os outros. Precisamos urgente-mente de combater a cumplicidade caraterísti-ca do nosso tempo, segundo Fernando Savater, entre o ceticismo que não acredita no que lê ou escuta e o ceticismo que aceita sempre o mur-ro na mesa autoritário. A este basta recordar o mundo, onde tantos homens e mulheres pen-saram, lutaram, construíram, sofreram, mundo que nos trouxe aqui com todas as nossas vir-tudes e deficiências. O mundo não começou em 1970 com Milton Friedman, H. Spencer e F. Hayek e outros arautos do Ultraliberalismo. Estes senhores foram apenas mais uns, a sua receita foi uma opinião numa civilização que, num tempo longo, foi encontrando respostas nunca definitivas para problemas sempre dife-rentes. É minha convicção que a via adequada para resolver as nossas questões é a da respos-ta plural, segundo as condições concretas com que deparamos. Ouvir todos, respeitar todos. Assim será possível vencer as dificuldades que atravessamos. Houve tantas na nossa história: na monarquia, no absolutismo, no liberalis-mo, na república, na ditadura, na democracia. Aquelas que vivemos agora nas palavras de Costa Ferreira (2007:302) “só devem encorajar ainda mais os democratas porque foi nos pe-ríodos mais difíceis da História Ocidental que o ideário e as instituições democráticas mais avançaram”. Italo Calvino conta acerca dos últi-mos momentos de Sócrates: “Enquanto lhe pre-paravam a cicuta, pôs-se a aprender uma ária na flauta. Para que servirá?, perguntaram-lhe. Para saber esta ária antes de morrer, respon-deu”. Para que serve educar? Exatamente como Sócrates responder: “Para saber algo antes de morrer”. Acrescento eu: e para com esse algo transformar o mundo, torná-lo melhor, deixan-do a minha marca, a marca de cada um, a mar-ca de todo aquele que não desiste de afirmar o seu poder criador. JB

4 JB / março 2013 . O Berrão

E se?

Se não houvesse fome, nem frio.

Se não houvesse tristeza, nem dor.

Se não houvesse crianças sem casa, nem idosos sozinhos.

Se …

Eu sei, é uma utopia.

Ou não!

Basta que todos os dias cada um de nós sorria para o outro, diga “bom dia” e “obrigada”. Que não vire as costas, mas apoie, ajude, escute. Que não fique indiferente, que não vire a cabeça para o lado. Que não olhe para o chão ou assobie para o lado como se nada se passasse. Comecemos desde já a fazer a nossa parte. Se todos o fizermos, certamente teremos um mundo melhor. Se isso é uma utopia, deixem-me sonhar… JB

Ana Paula Moura

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CRÓNICA DE MALDIZER

A Escola HojeFelisberto Fontela

Falar da Escola é fácil, fazer uma análi-se aprofundada da situação da escola em Portugal é bem mais difícil. Desde a publi-

cação da lei de Bases do Sistema Educativo em 1986 que a discussão sobre o sistema de ensino em Portugal se tem remetido às Universidades e à discussão“ de conveniência” política na As-sembleia da República. Não admira por isso que apesar de alguns indicadores que colocam Por-tugal num nível europeu. No entanto, o Sistema de Ensino a médio e longo prazos tem de alterar a forma como tem atuado.De um modo geral, o interesse dos políticos é o próximo ato eleitoral e por isso vão tomando as medidas mais diversas e desgarradas em que interessa o próximo passo – leia-se ato eleitoral - e, depois logo se vê.Só, neste contexto, se compreende o alargamen-to da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, sem qualquer estudo do impacto que isso teria quer no Sistema Educativo, quer nas finanças do país. Agora quando se fala em diminuir a despe-sa pública, o sistema educativo é um dos atingi-

dos, apenas porque sim. Ou seja, acrescenta-se e corta-se conforme sem se saber como e porquê.Outra das razões para a deterioração do Sistema Educativo Português está relacionado com as sucessivas tentativas de importação de modelos, seja da Finlândia, seja de um país qualquer da América Latina sem que se cuide de fazer uma análise cuidada da população a que se dirige o Sistema de Ensino Português. Este é um fator essencial, pois os portugueses têm uma forma de estar na vida – mentalidade – diferente da de um finlandês ou até de um país da América Latina. Há fatos que não servem, ou porque são demasiado grandes e/ou porque são demasiado pequenos, por algum lado vão ficar estragados…Quanto aos professores, têm estado um pouco afastados desta discussão, e têm feito um esforço colossal para levar a bom termo toda uma carga de trabalhos com que são confrontados no quo-tidiano. São instrutores, mas muito mais do que isso, são estimuladores e também socializadores, até aqui nada de novo, afinal por definição de-vem ser isso mesmo, mas…

Aos professores ao longo dos últimos anos tem-se pe-dido que sejam assistentes sociais, psicólogos, educa-dores, juízes, animadores, … tarefa hercúlea para quem tem sido tão mal tratado pela comunidade em geral e pelo Ministério da Educação em particular. Frequen-temente em Portugal, temos esquecido que o futuro passa pela Educação/Sistema de Ensino e que, sem pro-fessores altamente motivados, o sistema de ensino fica altamente comprometido. Cabe aos professores defen-der o Sistema de Ensino, pois só dessa forma estarão a defender o futuro. Não interessa referir algumas das teorias que defendem que no caso do Sistema de Ensi-no, quanto pior melhor ... JB

JB / março 2013 . O Berrão 5

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Uma sociedade mais informada, uma sociedade mais feliz

Humberto Óscar Nascimento

6 JB / março 2013 . O Berrão

A PORDATA continua a atualizar os da-dos disponíveis o que permite que fa-çamos uma análise fundamentada do nosso território e da nossa sociedade. Vou continuar a refletir acerca de indi-cadores demográficos relevantes e que caracterizam a evolução da nossa socie-dade. Desta vez, vou analisar a evolução da taxa de analfabetismo em Portugal. Num tempo de crise é importante com-preendermos a evolução de indicadores

que nos revelam o trabalho que temos vindo a fazer nas últimas gerações.Comecemos por clarificar o conceito: o analfabetismo é a qualidade de anal-fabeto, uma palavra de origem latina (analphabētus) que se refere àquelas pessoas, com dez ou mais anos, que não sabem ler nem escrever. Em Portu-gal, nos últimos 50 anos, a evolução deste indicador foi bastante acentuada no sentido de um acesso quase universal à escola.

Em 1960 mais de 60% das pessoas eram analfabetas e em 2011 esse valor diminuiu para 5,3% (fig. 1). Não há qualquer dúvida que a nossa situação melhorou substancialmente: hoje começamos a ter este indicador com valo-res próximos dos países desenvolvidos. No entanto, a percentagem de popu-lação adulta que não sabe ler nem escrever ainda representa quase 500000 pessoas, ainda há este número de portugueses que não têm acesso à infor-mação, que não são autónomos na sua vida, que têm sérias dificuldades em fazer pequenas coisas do quotidiano que dependem da leitura ou da escrita. É certo que a maioria dos analfabetos são idosos, que pelo facto de não te-rem tido acesso a uma formação, ficam agora impedidos de ter uma velhice mais ativa sob o ponto de vista intelectual e cultural. Esta faixa da população portuguesa tem tempo disponível para se dedicar a outras atividades que a vida profissional dificultou durante anos. No entanto, as opções acabam por continuar reduzidas pois não têm acesso a atividades que impliquem a leitura e a escrita.A perspetiva atual analisa este indicador de uma forma mais vasta, vê o anal-fabetismo funcional, que é definido como: “a incapacidade para dominar as competências e os meios necessários à inserção profissional, à vida social e familiar e à participação ativa na vida da sociedade e, isso, não obstante os saberes culturais herdados da tradição e da experiência” (UNESCO). Segun-

do o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 48% dos portugueses não percebem o que leem ou têm dificuldade em entender parte da informação. Ou seja, quase metade da população portuguesa não tem com-petências que lhe permita compreender as mensagens que recebem no dia-a--dia. Este aspeto realça bem qual deve ser o papel primordial da escola nos nossos dias: hoje já não interessa apenas ensinar a ler e a escrever, é impor-tante dotar a população de conhecimentos e capacidades que lhes permita compreender toda a informação que é disponibilizada.O nosso Agrupamento preocupado com a situação de analfabetismo do concelho (que ainda é mais preocupante do que no país, pois quase 18% da população não tem qualquer grau de escolaridade, o que equivale a 1058 pessoas) tem tentado alterar esta situação. Nos últimos anos, temos tido em funcionamento o curso de formação em competências básicas, destinado a pessoas analfabetas ou que não tenham competências de leitura e escrita básicas. Temos oferecido esta formação de forma descentralizada pelas fre-guesias do concelho. Já estivemos em Jou, em Noura e este ano estamos na freguesia do Candedo. O nosso grande objetivo é a melhoria das qualificações da população de todo o concelho. Queremos continuar a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da nossa população, ambicionamos que os nossos idosos possam ser mais ativos, mais informados e esclarecidos, em suma, aspiramos que esse grupo etário seja mais feliz. Outra medida, mais direcionada para combater o analfabetismo funcional, é a Escola de Pais. Este projeto, que tem o apoio da Fundação EDP, tenta aproximar as famílias da escola, dando conhecimen-tos e capacidades às famílias dos nossos alunos em áreas tão diversas como inglês, o novo acordo ortográfico, o bem-estar físico e mental e a informática. O importante é que a população do concelho aproveite as oportunidades que lhe são facultadas. Da nossa parte tudo faremos para que o analfabetismo e o analfabetismo funcional sejam colmatados, permitindo uma melhoria efeti-va da qualidade de vida das pessoas reais. No entanto, não podemos esquecer que as mudanças na sociedade ocorrem ao longo de décadas, não podemos esperar que a realidade seja alterada de um dia para o outro, temos que ter um rumo, temos que ser perseverantes, não podemos desistir à primeira con-trariedade que nos aparecer no caminho. O caminho pode ser longo e peno-so, mas o objetivo não pode desaparecer do nosso horizonte: aumentar as qualificações da população para que, dessa forma, possamos contribuir para melhorar a sua qualidade de vida. JB

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PINTANDO A NOSSA TERRA

Visita de Estudo a Bragança

Como o Natal é tempo de reunir família e amigos em volta da mesa , construiu-se num espaço repleto, uma extraordi-nária mancha humana na habitual ceia de Natal do nosso Agrupamento.Com algumas variações ( afinal culinária não se discute) pu-demos libar os tão apetitosos e deliciosos sabores de Natal.Num ambiente agradável e descontraído , todos partici-param com alegria e de forma entusiástica, foi o melhor Natal 2012. JB

JB / março 2013 . O Berrão 7

David Fernandes | 12.ºC

No âmbito do curso de Jardina-gem e Espaços Verdes, foi re-alizada uma visita de estudo

a Bragança no dia 7 de dezembro de 2012. Depois do toque da campainha (escola), todos os alunos se desloca-ram para o lugar de embarque, onde a carrinha de transporte e o professor Manuel José Mofreita, responsávelpe-la visita, nos aguardava. Depois de todos estarmos em segurança, o mo-torista iniciou a viagem em direção aBragança, sem atrasos ou imprevis-tos no decorrer da viagem, chegamos a Bragança à hora prevista. Chegados a Bragança, fomos muito bem recebi-dos, à semelhança de visitas de estudo anteriores, pelo responsável do de-partamento de jardinagem e espaços verdes do município de Bragança, o Eng. Alexandre Chaves e ainda pelo senhor António que é o responsável pelos trabalhadores dos espaços ver-des. Depois da apresentação, fomos informados sobre as atividades que iríamos desenvolver durante a nossa visita e ato contínuo dirigimo-nos a uma das avenidas da cidade, para po-dermos observar a importância na es-colha das plantas para os corredores que separam as vias nas cidades e às quais se aplica a técnica da topiaria. O Eng. Alexandre Chaves chamou aten-

ção para a importância da utilização de arbustos para as faixas separadoras das estradas, porque reduz de forma significativa as operações de manuten-ção dos espaços, reduz de forma considerável o consumo de água, funcionam como barreiras à propagação do ruído bem como promovem o embeleza-mento da cidade. Esta referência do Eng. Alexandre Chaves em relação aos arbustos é importante, pois, no passado, os separadores estavam ocupados com relva a qual exigia maior quantidade de água e consequentementeum maior desperdício, enquanto nos arbustos por sua vez a rega é feita de forma localizada (método gota-a-gota) e em termos de manutenção mais reduzi-da. Outro aspeto importante estava relacionado com a segurança dos jardi-neiros, que ao realizaremas operações de manutenção com máquinas (corta relvas ou motorroçadora) era posta em causa, por causa da circulação dos automóveis. De seguida,dirigimo-nos para a avenida D. João IV no centro de Bragança, sempre acompanhados pelo Eng. Alexandre Chaves e o Sr. Antó-nio e na qual observamos no jardim diversos buxos, de crescimento lento e outros de crescimento rápido permitindo uma nova abordagem das espécies

mais utilizadas na técnica da topiaria suas vantagens e desvantagens, com exemplificação prática da responsa-bilidade do Sr. António. É de referir que em diálogo com o Eng. Alexan-dre Chaves, abordamos a Formação em Contexto de Trabalho (FCT), que dois de nós iríamos realizar no muni-cípio de Bragança, sob a sua respon-sabilidade, aproveitando o Eng. para nos dar a conhecer a implementação de um novo projeto no qual iríamos, no período da (FCT) ter participa-ção ativa. Por fim, antes de almoço, visitámos os viveiros domunicípio onde observámos umas funcionárias dos serviços de jardinagem que pro-cediam à repicagem de algumas es-pécies mais utilizadas na técnica da topiaria. Por último, visitámos uma árvore (Taxus) de grande porte, que faz parte do património nacional vivo da cidade, com mais de 700 anos de idade. Após o almoço, passeámos pelos outos jardins de Bragança, sem-pre com a presença do professor num diálogo constante sobre a importân-cia dos espaços verdes no equilíbrio ambiental, social e cultural do espa-ço urbano. A partida da cidade, de Bragançaocorreu à hora prevista e a viagem mais uma vez decorreu sem atrasos nem imprevistos. JB

Ceia de Natal 2012Comissão de Eventos

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Visita de Estudo a Guimarães8 JB / março 2013 . O Berrão

Capital Europeia da culturaDiogo Nascimento | 8.ºB

“Para nós, a arte é uma aventura que nos conduz a um mundo desconhecido, que só pode ser explorado por quem está disposto a correr esse risco.

Adolph Gottlieb, Mark Rothko e Barnett Newman

Guimarães foi a capital europeia da cul-tura, no ano de 2012. Por este moti-vo, o clube de arte (Escola Amiga da

Arte) realizou uma visita de estudo a esta tão emblemática cidade portuguesa, que outrora teve um papel crucial na formação de Portu-gal. Nos dias 17 e 18 de dezembro, comtem-plamos a feérica magia natalícia vivida na ca-pital europeia da cultura.Guimarães é uma cidade Portuguesa, do dis-trito de Braga com uma população de 52 181 habitantes, repartidos por uma malha urbana de 23,5 Km2.É uma cidade histórica, que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada Vimaranes. Guimarães é uma das mais importantes cidades histórias de Portugal, sendo o seu centro histórico con-siderado Património Cultural da Humanida-de. É considerada, por vezes, como a “cidade berço”, pois foi nesta cidade que foi estabe-lecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho, D. Afonso Henriques, poder ter nascido nes-ta cidade e, principalmente, pela importância histórica da batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade a 24 de junho de 1128.A Capital Europeia da Cultura é uma iniciati-va da União Europeia que tem como objetivo a promoção de uma cidade e das suas caracte-rísticas culturais durante um ano. Esta cidade tem a hipótese de mostrar à Europa a sua vida e o seu desenvolvimento cultural. Esta inicia-tiva surgiu da parte da ministra grega Melina Mercouri, razão pelo qual Atenas foi a prima Cidade Europeia da Cultura, nome inicial deste projeto, que mais tarde, a 25 de maio de 1999 viria a ser alterado para o nome atual: Capital Europeia da cultura.O primeiro edifício que visitámos foi a Pla-taforma das Artes e da Criatividade, onde através de uma visita guiada ficámos a co-nhecer a coleção de José de Guimarães “Para

além da História”. O que observámos nesta exposição foi algo mais que a história… Con-templámos objetos que eram utilizados em costumes Africanos. Aqui é clara a ligação da arte mélica coma arte acutiladora, da história abrangente e da história precisa.É um breve esquecer do espaço e do tempo, olhando ape-nas para a utopia mística deste carcere eféme-ro, mas, no entanto, infinito, onde é no solo mais árido, que nascem as flores mais gracio-sas, esbeltas, das quais haurimos a verdadeira vida e a verdadeira perceção das diferenças socioculturais presentes no nosso mundo. José de Guimarães teve, ao longo da sua vida, uma grande interação e um certo gosto pelas culturas e pelos povos Africanos, motivo pelo qual os temas das suas obras são ligados prin-cipalmente a África, mas também à América e à Asia.A sua obra que serve de base a todos os seus quadros e esculturas intitula-se “Alfabeto Africano” (ver em baixo). Este possui vários símbolos que utiliza quando comunica atra-vés da sua própria arte.José de Guimarães usava pó de mármore nas suas pinturas para lhes dar relevo. Mas, este artista também uti-lizava luzes Led sobre as suas obras para ex-pressar as suas emoções.A arquitetura deste edifício é marcada pelas estruturas de forma cúbica que se salientam do edifício-mãe. Além disso, de noite, pude-mos observar a magnificência das luzes Led que dão um brilho característico a este edifí-cio “minimalista”.Neste dia, visitámos também Centro Cultu-ral Vila Flor, onde através de uma visita guia-da, nos foram legados alguns “segredos” do teatro. Este centro cultural está copulado ao palácio de Vila Flor, mandado construir por Tadeu Luís António Lopes de Carvalho de Fonseca e Camões no século XVIII.De entre o acervo de conhecimentos que “haurimos deste cálix da ventura” há um que

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JB / março 2013 . O Berrão 9é a base da arte luminotécnica. Aquelas luzes fan-tásticas de várias cores que observamos, vindas de projetores estáticos são a consequência da sobre-posição de filtros sobre a “lâmpada” do projetor, gerando luz de várias cores.Posteriormente, tivemos o prazer de nos instruir-mos mais um pouco através de uma oficina de olaria e do bordado de Guimarães.Em Guimarães, a peça de Olaria mais caracterís-tica é a cantarinha dos namorados, ou cantarinha das prendas. Esta é feita de barro vermelho e os motivos arcaicos que nela são gravados são pol-vilhados de mica branca – moscovite. Quando um rapaz queria fazer um pedido oficial de ca-samento, primeiro oferecia uma cantarinha dos namorados. Se esta era aceite, o pedido particular estava formalizado, dependendo apenas dos pais anunciar-se o noivado. A cantarinha servia para guardar oferendas do noivo ou dos pais da noiva.

Na Idade Média, a arte do bordado de Guimarães era realizada por grandes profissionais, na maioria masculinos. Estes bordados eram aplicados em vestes, que pretendiam demonstrar o poder de quem as vestia. Muitas vezes, eram aplicados materiais preciosos como o ouro, prata e pedras preciosas.Os desenhos, que eram gravados no pano, eram sempre baseados na fauna e flora autóctone e eram sempre bordados monocromaticamente, onde as cores utilizadas limitavam-se ao ver-melho, branco, bege, cinza ou azul. Já à noite, dirigimo-nos ao estúdio do coração de Guima-rães, onde decorámos os nossos próprios corações de Guimarães. O símbolo característico de Guimarães Capital Europeia da Cultura «agrega alegoricamente a muralha em representação do Património da Humanidade presente em Guimarães, o desenho da viseira de um elmo que presta homenagem à visão de D. Afonso Henriques, a proeminente figura da fundação de Por-tugal e é rematado sob a forma de um coração, em evocação plena do orgulho e sentimento vivo de pertença dos vimaranenses em relação à sua cidade à primeira letra do nome da cidade de Guimarães» esclarece João Campos, o criador do logótipo.Entre sonhos de vitória, olhando a lua espraiada no céu noturno incognoscível, esquálido de harmonia, de ignotas quimeras ocultas entre as ignóbeis armas inimigas legadas aos longínquos tempos passados, o sol lânguido foi aparecendo, blasonando os seus sanguíneos raios abra-

sadores, que pululavam do horizonte e abraçavam a terra indefesa. Depois de dormirmos na pousada da juventude de Guimarães visitámos o paço dos duques de Bragança, mandado construir no século XV por D. Afonso – futu-ro Duque de Bragança, filho bastardo do Rei D. João I. Este paço foi abandonado entre o século XVI e o sécu-lo XX. A reedificação deste palácio começou em 1937 e prolongou-se até 1959, altura em que foi aberto ao público. Das coleções existentes destacam-se as quatro cópias das tapeçarias de Pastrana que narram alguns episódios das conquistas de territórios norte-africanos. A ornamentar o mobiliário temos uma grande coleção de porcelanas da companhia das Índias e faianças portuguesas. Numa das salas encontram-se expostas algumas armas brancas, de fogo e elementos de armaduras dos séculos XV a XIX. O edifício está classificado como Monumento Nacional.Dentro do Paço dos Duques de Bragança, visitámos a Sala museu José Guimarães, onde pudemos admirar algumas das mais emblemáticas obras deste grande pintor nascido nesta cidade de conquistadores, nesta esbelta cidade, não “esculpida por anjos”, mas por grandes guerreiros, funda-dores de Portugal: Guimarães. A oficina de danças antigas ofereceu-nos uma breve viagem pelo tempo onde arte da dança se conjuga harmoniosamente com a história… Da parte da tarde, descobrimos o museu Alberto Sampaio enquanto preenchíamos um Peddy-paper. Este museu foi criado com o objetivo de albergar o acervo das coleções da extinta Colegiada da Nossa Senhora da Oliveira e de ou-tras igrejas e conventos da região. Situa-se no local exato onde Mumadona Dias instalou um mosteiro, à volta do qual foi surgindo o burgo vimaranense. Das peças, pre-sentes neste edifício, destacam-se o loudel que D. João I vestiu na batalha de Aljubarrota, no dia 14 de agosto de 1385 e o fresco do século XVI figurando a degolação de S. João Batista.Terminámos a nossa vista de estudo a Guimarães com uma viagem de teleférico. Foi o primeiro teleférico do país e com 1.646 metros, vence uma altitude de 366 metros em apenas alguns minutos, até à Torre da Penha.Fomos acompanhados pela professora Rosa Pais, coor-denadora da Escola Amiga da Arte/clube de arte, pela professora Leonida Gonçalves e pela professora Gracinda Alves. Estas professoras proporcionaram-nos momentos extraordinários onde nos pudemos aperceber da beleza da verdadeira e pura arte.É de realçar o trabalho magnífico que a professora Rosa tem feito com o nosso grupo. Todas as aulas nos mostra que arte é uma das mais belas formas de comunicação. Te-mos muito a agradecer-lhe.É muito importante a realização destas visitas de estudo, pois não é apenas com a teoria que alcançamos o sucesso. Temos de partir, ir em busca de algo para apreciar procu-rando em cada obra uma fonte de inspiração e inovar… Pois é esse o nosso papel: mostrar ao mundo algo diferen-te.E é com mais uma bela história pintada com laivos de pin-cel da história de Portugal que acabamos mais um período escolar, sempre lembrando que arte só há uma e essa tere-mos que descobrir com o nosso coração… JB

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Amigo “Chocreto”Comissão de Eventos

10 JB / março 2013 . O Berrão

Este ano, o vulgaríssimo “amigo secreto” foi substituído por um dulcíssimo “amigo chocreto”. Assim, o chocolate foi o presente de eleição que mimou um colega/amigo ao longo de duas semanas.

E porquê o chocolate? O chocolate é doce, tem propriedades relaxantes, estimula o bom humor, é delicado, de sabor intenso e aconchega o corpo e a alma de quem o saboreia nos dias frios de dezembro. Deste modo, ao longo destas semanas, a comissão de eventos elegeu-o como o presente certo para acarinhar o amigo escondido com um peque-no gesto com sabor a cacau.O culminar aconteceu no dia 14 de dezembro, aquando do almoço-con-vívio, momento em que todos os segredos foram desvendados.Os efeitos benéficos do chocolate fizeram-se sentir o ambiente de saudá-vel e de fraterna confraternização que caracteriza a época natalícia. JB

Cantar os ReisAntónio Ribeiro / Grupo Disciplinar EMRC

O ser humano é um ser social, que vive em relacionamento perma-nente e constante com os outros seres humanos. A consciência de que ninguém é uma ilha ou de que ninguém é feliz sozinho,

resulta do caminhar progressivo na via da socialização e da aproxima-ção ao outro. Os idosos envelhecem mais depressa, vivendo isolados dos jovens, dos de idade madura, das crianças. Separados das suas famílias, vivem num mundo irreal, onde só é possível respirar. Conscientes desta realidade, as professoras Zita, Leonida, Lina, Céu Calvão e os professores Ribeiro e Mofreita, acompanhados dos alunos da Escola Amiga da Músi-ca, dos alunos do 11º C e dos alunos do 5º A, nos dias nove e vinte e três de janeiro, dirigiram-se, respetivamente, ao Lar de Idosos de Murça e ao Lar de Idosos de Fiolhoso para cantar os Reis. Fomos muito bem recebi-dos pelos idosos com quem partilhámos momentos de alegria; com esta atividade proporcionámos o convívio entre gerações e, tanto os alunos como os idosos, viveram com entusiasmo esses momentos. JB

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A turma do 4ºBMaria Carolina, Mariana, Margarida eTiago

JB / março 2013 . O Berrão 11

Alguns dias antes de os idosos irem ao Centro Escolar festejar as janeiras, a professora propôs que pesquisássemos em casa quadras das janeiras e nós aceitámos o desafio. Assim, durante

uma semana foi trabalhar para que a nossa professora ficasse orgulho-sa de nós.Depois da pesquisa e de termos escolhido na turma as melhores qua-dras, estivemos a treinar como as devíamos apresentar, pois não querí-amos fazer má figura junto dos idosos e de toda a comunidade educa-tiva. Chegou finalmente o dia 18 de janeiro…No polivalente, os alunos do Centro Escolar prepararam um pequeno espetáculo para este dia com os idosos.Os idosos estiveram a beber um chazinho quente com bolo e bolachas, enquanto todos os alunos atuaram.Os meninos do Pré- escolar cantaram e dançaram várias músicas. Os meninos do primeiro ciclo cantaram temas relacionados com as ja-neiras. Os alunos da nossa turma (4ºB), recitaram versos das Janeiras. O professor Souto surpreendeu a audiência tocando algumas músicas com a sua viola.No fim do espetáculo, os idosos agradeceram e cantaram canções tra-dicionais das Janeiras.Os idosos são as pessoas mais importantes do Mundo.Foi uma manhã muito divertida. JB

As nossas quadras para os idosos

Nós vimos cantar os reisSem livros e sem sacola Tudo o que nos quiser dar Será para a nossa escola.

Nós vimos cantar os reis Não é para ganhar dinheiro É para ficar a lembrar O dia 6 de janeiro.

Vimos cantar as janeirasE um bom ano desejarPara os nossos idososFestejar e cantar.

Com alegria e simpatiaAqui vimos mostrar A canção das janeirasPara o vosso dia alegrar.

Com a chegada de janeiroVamos todos festejarVamos cantar as janeirasCom uma harmonia no ar.

Ano novo, ano novoAno novo melhor anoVimos cantar as janeirasComo é lei de cada ano.

As janeiras são cantadasNo Natal até aos reis Olhai lá por vossa casaSe há coisa que nos deis.

Esta escola é tão altaEstamos no pavilhãoAos idosos que cá estão Deus lhe dê a salvação.

Vamos cantar as janeirasNão queremos ficar malViva a nossa turmaVivam todos em geral.

Alegres festas vos damosÓ da casa, ó nobre gente,Pois acabam de chegarOs três reis do Oriente.

Esta noite é de janeirasÉ de grande merecimentoPor ser a noite primeiraEm que Deus passou tormentos.

Somos o 4º BVimos aqui com alegriaAgora vamos emboraAdeus, até um dia… JB

Alunos do 4ºB

O Carnaval antigamenteTiago Santos | 4.ºB

As pessoas antigamente no carnaval vestiam-se de mantas velhas, farrapos

diversos, faziam fatos de serapi-lheira e palha.Calçavam socos de madeira e algumas pessoas andavam des-calças. Pintavam-se com carvão, farinha e barro.As máscaras eram feitas de pape-lão e de sacos velhos da farinha ou do milho.

Os animais também eram enfei-tados por exemplo o burro, colo-cavam-lhe chapéus, chocalhos ou sinos para fazer barulho.Antigamente, as pessoas aprovei-tavam o que tinham em casa por-que não tinham dinheiro…mas divertiam-se! JB

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Carnaval Departamento de Educação Pré-Escolar

12 JB / março 2013 . O Berrão

Decorreu, no passado dia 8 de fevereiro, o desfile de Carnaval que envolveu

as salas de educação pré-escolar do jardim-de-infância de Murça e do Centro Escolar, a Creche e jardim-de-infância da Santa Casa da Misericórdia e o Lar de 3ª ida-de da mesma instituição. Este ano, as educadoras do Agrupamento de Escolas lançaram o desafio aos pais e encarregados de educação ou outros familiares das crianças, para se associarem a esta inicia-tiva e desfilarem fantasiados de acordo com o tema do projeto do

departamento da Educação Pré-es-colar “Eu quero ser…”, cujo objetivo principal visa incentivar as crianças para um maior e melhor conheci-mento do mundo próximo, na va-lorização da importância de toda e qualquer profissão, como ativida-des indispensáveis ao homem. Este departamento reconhece o esforço dos pais das crianças que se movi-mentaram para que esta atividade se concretizasse, cooperando na ela-boração das fantasias e assistindo ao cortejo, ao longo do trajeto definido, ou desfilando mascarados ao lado dos seus filhos. JB

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“Poemas do Mundo” Cristina Aires

JB / março 2013 . O Berrão 13

Para assinalar o Mês Internacional das Bibliotecas houve um Concurso de Poesia em que vários alunos participa-ram abordando várias temáticas. A Margarida Pinheiro do

4º B participou com o poema “A PAZ”. Este foi o poema selecio-nado do 1º CEB e, em virtude do nosso Agrupamento de Escolas de Murça pertencer à Rede de Escolas Associadas da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e

a Cultura), no blogue espanhol http://nitocampolongo.blogs-pot.com.es/2013/01/poemas-do-mundo-de-murca-portugal.html,em “Poemas do Mundo de Murça – Portugal“ encontra-se este poema bem como o vídeo realizado pelos alunos da Galiza traduzindo-o em gestos internacionais. Isto faz prova ao velho ditado que “O trabalho compensa!”… PARABÉNS Margarida! JB

A PazA Paz não é guerra,

Mas é paciência,

Mas é alegria,

É cheia de cor,

Saltar, pular, brincar,

E não ter fome,

Ajudar e amar.

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14 JB / março 2013 . O Berrão

Comenius Programa Sectorial Comenius da Agencia Nacional para o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (PROALV)

“Este é o meu segredo. Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos nossos olhos”.

“VERECEGIM SIR ÇOK BASIT: INSAN ANCAK YÜREGIYLE BAKTIGI ZAMAN DOGRUYU GÖREBILIR. GERÇEGIN MAYASI GÖZLE GÖRÜLMEZ”. (turco)

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15JB / março 2013 . O Berrão

“Os Pequenos Príncipes” do nosso AgrupamentoRosa Pais

A tarefa é difícil, escrever sobre a atividade que está a ser desenvolvi-da, no âmbito do Projeto Comenius/BECRE, em que a Educação Especial e a Escola Amiga da Arte se uniram para explorar um ca-pítulo de um livro especial, o “Principezinho” , de Saint Exupéry.

É um livro intemporal, repleto de arte. A arte da escrita, a arte de saber olhar. Muitas vezes, releio pequenos excertos, para não me afastar de ser criança e procurar ser melhor adulta.Entre a raposa e o Principezinho há um episódio muito importante, talvez aquele que me motiva a escrever estas palavras. “... mas, se tu me cativares passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti ...” , e também o mote para a seleção do capítulo XXI a ser desenvolvido no projeto.Talvez o capítulo mais marcante. Aquele que lemos e parece nunca sair da nossa cabeça a ponto de, quando lembramos do livro, sempre recordamos as passagens daquele capí-tulo específico.

“HIER IST MEIN GEHEIMNIS. ES IST GANZ EINFACH: MAN SIEHT NUR MIT DEM HERZEN GUT. DAS WESENTLICHE IST FÜR DIE AUGEN UNSICHT-BAR”. (alemão)

“Cuj mojo skrivnost. Zelo preprosta je: Kdor hoce videti, mora gledati s srcem. Bistvo je ocem nevidno”. (eslovaco)

“Nu ska du få höra min hemli-ghet. Den är mycket enkel: det är bara med hjärtat som man kan se or-dentligt. Det viktigaste är osynligt för ögo-nen”. (sueco)

Recomendo vivamente a leitura deste livro a todos os jovens, pelos valores que nos inspira.A pintura mural no pavilhão branco da nossa escola será o palco encantador de como os alunos da unidade de Educação Especial viveram e sentiram a mensagem apresentada ao longo do capítulo. Durante semanas, todos, sem exceção, leram, ouviram, analisaram e sentiram!Os sentimentos despertados pela leitura passaram para folhas de papel atra-vés de desenhos, muitos desenhos, muitos mesmo! Cheios de cor! Mágicos!A complementar todo este trabalho aliciante, os alunos da Escola Amiga da Arte com todos aqueles desenhos, uniram, cortaram, remexeram, mistura-ram e eis que estão, a dar-lhes “outra” vida através de uma pintura mural.Finalmente, a tarefa ainda vai longe, a seu tempo estará concluída. JB

“Acredito no poder imortal da Arte (...). Acredito na poesia, no seu poder único.”Rui Chafes

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16 JB / março 2013 . O Berrão

FLAGRANTESO Livro do Mês

abril

junho

Os Maias

Eça de Queirós retrata-nos nesta obra um largo fresco da sociedade portuguesa. Como observa lucidamente Helena Cidade Moura, em Carlos da Maia, "uma educação exem-plar não o liberta do peso da hereditariedade social. Perso-nagens de um grande mundo, os netos de Afonso da Maia, vivificados e alimentados pela grande civilização europeia caem, apesar de tudo, ali numa rua ao Chiado".

José Maria de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim, 25 de novembro de 1845 — Paris, 16 de agosto de 1900) é um dos mais importantes escritores portugueses. Em criança, fre-quentou em regime de internato o Colégio da Lapa, no Por-to, de onde saiu em 1861.Aos dezasseis anos, matriculou--se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Aqui, juntou-se ao famoso grupo académico da Escola de Coimbra que, em 1865, se insurgiu contra o grupo de escri-tores de Lisboa, a apelidada Escola do Elogio Mútuo.Esta revolta dos estudantes de Coimbra é considerada como a semente do realismo em Portugal. No entanto, esta foi encabeçada por Antero de Quental e Teófilo Braga contra António Feliciano de Castilho, pelo que, na Questão Coim-brã, Eça foi apenas um mero observador.Terminou o curso em 1866 e fixou-se em Lisboa, exercendo simultaneamente advocacia e jornalismo. Dirigiu o Distrito de Évora e par-ticipou na Gazeta de Portugal com folhetins dominicais, que seriam, mais tarde, editados em volumes com o título Prosas Bárbaras. Em 1869 decidiu assistir à inauguração do Canal do Suez. Viajou pela Palestina e daí recolheu variada informação que usou na sua criação literária, nomeada-mente nas obras O Egipto e A Relíquia.Por influência o seu companheiro e amigo universitário, Antero de Quental, entregou-se ao estudo de Proudhon e aderiu ao grupo doCenáculo. Em 1870, tomou parte ativa nas Conferências do Casino (marca definitiva do início do período realista em Portugal) e iniciou, juntamente com Ramalho Ortigão, a publicação dos folhetins As Farpas.Decidiu entrar para o Serviço Diplomático e foi Adminis-trador do Concelho em Leiria. Foi na cidade do Lis que elaborou O Crime do Padre Amaro. Em 1873 é nomeado Cônsul em Havana, Cuba. Dois anos mais tarde, foi trans-ferido para Inglaterra, onde residiu até 1878. Foi em terras britânicas que iniciou a escrita d` O Primo Basílio e co-

meçou a arquitetar Os Maias, O Mandarim e A Relíquia. Em 1888 foi, com alegria, transferido para o consulado de Paris. Publica Os Maias e chega a publicar na imprensa Correspondência de Fra-dique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires. Nos últimos anos, escreveu para a imprensa periódi-ca, fundando e dirigindo a Revista de Portugal. Sempre que vinha a Portugal, reunia em jantares com o grupo dos Vencidos da Vida, os acérrimos defensores do Realismo que sentiram falhar em todos os seus propósitos. Morreu em Paris em 1900.

maio

Este livro elege como cená-rio a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita lu-minosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais

altas referências da literatura universal, revelam--se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condi-ções e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos princi-pais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importân-cia no panorama literário internacional.

in: [http://www.wook.pt/ficha/livro/a/id/9599723]

José Luís Peixoto nasceu a 4 de Setembro de 1974 em Galveias, Ponte de Sor. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Ale-mão) pela Universidade Nova de Lisboa. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de an-

Conversas de EscritoresDez grandes escritores, dez grandes conver-sas: este livro traz-nos as entrevistas com dez dos principais escritores da literatura universal contemporânea e ainda as histórias de bastido-res dos seus encontros com José Rodrigues dos Santos. Estas entrevistas podem servir para des-pertar a curiosidade em relação aos escritores en-trevistados e por isso aqui ficam dez sugestões de leitura para as férias. José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 Moçambique. Abraçou o jornalis-mo em 1981, na Rádio Macau, tendo ainda traba-lhado na BBC e sido colaborador permanente da CNN. Doutorado em Ciências da Comunicação, é agora professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP.Trata-se de um dos mais premia-dos jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros. JB

in: [http://jbo.no.sapo.pt/eca/eca_de_queiros_bio_main.htm]

Livro

tologias traduzidas num vasto número de idiomas e estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007, tendo também sido incluído no programa Discover Great New Writers das livrarias norte--americanas Barnes&Noble. O seu romance Ce-mitério de Pianos recebeu oPrémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria com o livro Gave-ta de Papéis. Os seus romances estão publicados na Finlândia, Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, entre outros países, estando traduzidos num total de vinte idiomas.in:[http://joseluispeixoto.blogs.sapo.pt/

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Fui à China. Comi alheira de Mirandela. Fiz “sku” em Andorra. Eis os meus três últimos estados do facebook. Esperem,…já estão desatualizados! Que

maçada! Entretanto…esqueci-me de dizer aos meus 4999 amigos do coração (virtual, órgão que já adquiri) que acordei cedo, depois comprei umas botas novas e ainda vou sair. Já saí e nem me lembro do que lá fiz, só sei que o meu telemóvel me tirou uma “picture” bem jeitosa que já tem 584 likes. Oyeahhh!!! Consegui mais 54 que a Alberti-na. Já viram que sorte?! Pois é, sou uma pessoa muito evoluída. Hoje estou chateada com a minha mãe, que também já tem facebook e por isso pus como estado o seguinte: “não estou para ninguém. Problemas familiares”. Só as-sim é que a gente se entende! Ora, não é que ela pos-tou no perfil que estava grávida de quadrigémeos e não me mandou mensagem privada?! Já viram que falta de consideração? Eu, boa pessoa, que até perdi 5 horas a ensinar-lhe como se “põe” a arroba?! Bolas.Agora não me apetece estudar e é precisamente isso que tenho de escrever na minha cronologia, não estudo ponto final. Adiante. Já viram a minha brilhante foto de capa?! É, sou eu na praia com o meu trikini a ler “O Có-digo de Mark Zuckerberg”, muito bom, aconselho. Foi o que eu apresentei lá naquilo das leituras, ai…como se chama…já sei – “Chá com Livros”. Ó, é uma chatice…não se aprende lá nada. O que vale é que ainda se tiram umas fotos e, bem arranjadinhas, cortando o pessoal à volta e o livro dá para foto nova de perfil.

“É urgente uma (re)valorizaçãodaquilo que, indubitavelmente,

cunha cada pessoa humana – o tesouro privado ...Anteontem fiz anos. Não imaginam a catrefada de pes-soas que me desejou os parabéns. Adorei porque a mi-nha cronologia ficou revestida por um padrão lindíssi-mo, muito homogéneo e parecido com “parabéns, bj/ parabéns, bj/ parabéns, bj/ parabéns, bj”. No fim do dia, pus “gosto” em todos porque acredito piamente que as pessoas são sinceras nestas mensagens! Eu sou muito boa pessoa já disse! Mas mesmo assim, para verem o quão profunda é a minha cordialidade, postei o seguin-te: “obrigada a todos que se lembraram de mim neste dia. Fui muito feliz graças a vocês. Obrigada meeesmo!”.

17JB / março 2013 . O Berrão

Eu e a Albertina no FacebookAndreia Ribeiro, estudante universitária

E pronto, o que acharam? Nada mau pois não? É que eu queria assim uma coisa soft, não muito parecida a tudo aquilo que se vê. Eu não sou dada a vulgaridades, tanto que já nem recebo presentes. Bem, agora vou ao Google e ponho as-sim: frases bonitas para facebook. Há lá de tudo!! Fica sempre bem dar assim um ar da minha sapiência. Encontrei uma do género: “Existe apenas um bem, o saber; e apenas um mal, a ignorância.” Dizia lá que era do Sócrates, e eu cá para mim pen-sei…olha que para político até dizia umas coisas acertadas. Sim senhora, vou postar que é para as pessoas deixarem de apontar o dedo ao homem. Não é meu objetivo ofender quem quer que seja com o presente artigo. O meu in-tento prende-se, por outro lado, com o re-alce da futilidade em que está a ser mergu-lhada uma “pérola” do mundo atual. Digo isto porque as benesses das redes sociais não estão a ser autenticamente explora-das. Nunca é demais frisar que a “Prima-vera Árabe” germinou de vozes e eventos “virtuais” que, fazendo-se ouvir pela rede,

levaram avante e organizaram vontades. E é neste âmbito que faz todo o sentido uma per-manente insistência na media social, como o facebook por exemplo, já que são efetivamen-te uma mais-valia no que diz respeito à rápida e eficaz divulgação de informação. Não deve-mos ancorar-nos no passado, pelo contrário, “para a frente é que é Lisboa!”. Não obstante, é importante estarmos atentos: começam a notar-se permanentes violações de privacidade feitas, curiosamente, pelos seus próprios donos. O equador que separa os mundos da vida pública da vida, para além de privada, ÍNTIMA começa a perder a cor. As noções de privacidade e intimidade são levia-namente postas de lado e, neste ponto, salta para a ribalta um assunto que direta ou indi-retamente a todos toca. É urgente uma (re)valorização daquilo que, indubitavelmente, cunha cada pessoa humana – o tesouro pri-vado - que, por sua vez, deve garantir exclusi-vidade àqueles que marcam a diferença pelos afetos reais no dia-a-dia. Resumindo e concluindo, vão à China, co-mam alheira de Mirandela e façam “sku” em Andorra mas guardem-no para vocês. JB

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18 JB / março 2013 . O Berrão

O melhor leitor do mundoAna Catarina | 12.ºA

Quem porventura começar a ler este texto, pensará que estou a referir--me a alguém dotado de uma ca-

pacidade de leitura extraordinária, senão mesmo única. Desengane-se todo aquele que isto pen-sou!Quando me refiro ao “melhor leitor do mundo”, estou a reportar-me a uma ativi-dade que é desenvolvida pelos professores de português do ensino secundário e pela biblioteca escolar, pelo menos uma vez por período. Um grupo de alunos reúne--se em forma de semi-círculo e faz daquele espaço o lugar ideal para partilhar sonhos, histórias e mundos de fantasia. Cada alu-no dá a conhecer aos seus colegas a sua experiência de leitura, aquilo que mais lhe despertou interesse no livro que leu, de forma a que os seus colegas se sintam seduzidos pelo poder encantador do quão maravilhoso é ler. Cada apresentação não dura mais do que cinco minutos, durante

os quais todos os participantes se deixam ab-sorver pelo conteúdo que lhes é transmitido. Não há espaço para nervosismo nem para vergonha, pois quem assiste a estas sessões, não são mais do que as caras que nos habi-tuamos a ver todos os dias na nossa sala de aula, ou seja, os nossos colegas. São eles e o professor os destinatários da nossa mensa-gem.Estou ciente que este género de atividade permite estabelecer e reforçar o vínculo en-tre livro e leitor. Ambos estabelecem uma espécie de relação que só é percecionada quando vivida. Esta iniciativa pode constituir uma fonte propulsora para aqueles que ainda não se encontram sensibilizados para a leitura, pois ao ouvirem os relatos dos seus colegas, têm também eles vontade de se deixar transpor para as páginas de um livro. JB

Alu

nos d

o 3º

A

Emanuel Teixeira | 12.ºB

PAZ

O oposto da era bélicaOnde tudo se desfragmentaE ataque ao abrigo, onde o ignóbil se sustenta.

Liberto a liberdade, enclausurada pelos demais.Sou o sentimento regido, na forma de ideais.Nunca morte, apenas vida, atentado ao mal.Com as mãos impedindo as crápulas de atingir o pressuposto divinal.

Eu existia, até armas empunhadas me terem desacreditado.Era o que muitos queriamMas investiam em algo, que não precisa de sacrifício para ser dado.

A paz é uma pomba branca a voarÉ um barco a navegarE todas as pessoas do mundoDe mãos dadas e a cantar

Matilde Gonçalves | 5.º B

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19JB / março 2013 . O Berrão

Natureza Joana Martinho| 5.ºA

A Natureza não é troncos caídos no chão, árvores para alguns a estorvar, nem animais que algumas pessoas pensam que são cruéis.

Ela é oconjunto de pessoas, animais e plantas, porque não somos só nós, nem os animais somos todos! Há humanos que não a respeitam, fazem então várias ações como: deitar lixo para o chão, ignorando os animais, destruindo as plantas. Então, a Natureza revolta-se de várias formas como: terramotos, tsu-namis, incêndios…Por isso, se querem um mundo melhor, onde reine a paz,protegam e ajudem os animais, as plantas, o meio ambiente.Sejam verdadeiros amigos da Natureza, porque não é dizendo que a ajudam, mas sim agindo. JB

Festa de Natal Departamento de Expressões / Comissão de Eventos

A exemplo do que se tem rea-lizado nos anos anteriores, também este ano, os alunos

da nossa escola tiveram a sua fes-ta de Natal, no Auditório Municipal de Murça. Fazendo parte do Plano Anual de Atividades do Agrupamen-to (PAAA) e com a organização do Departamento de Expressões, muitas foram as atividades realizadas com e pelos alunos na festa de Natal.Cada grupo, trabalhando de acordo com a faixa etária dos alunos, pre-parou pequenas apresentações que, no seu conjunto, deram lugar a uma festa de Natal rica de conteúdo e de significado para todos. O grupo dis-ciplinar de EV e ET contribuiu com a sua parte, decorando o local onde a festa se realizou. Houve dramati-zações de poemas, teatros, canções de Natal , danças e fazendo parte do espetáculo como “pequenos grandes artistas” todos os alunos souberam portar-se ao nível do que deles se es-perava. JB

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A liberdade e a educação

Recordar a identidade nacional

“ Temos de aceitar a nossa identidade com os seus limites e virtudes; trabalhar como estudantes, como procuradores de coisas novas ou de novas formas de fazer essas coisas, ...José Alexandre de Sá Pacheco

Todas as aquisições materiais e espi-rituais relevantes resultam de um trabalho firme, continuadamente renovado. Nada é definitivo ou nada é definitivamente igual, imutável. Nada é igualmente garantido ou se-guro. Durante muito tempo vivemos nessa ilusão. Agora acordamos. Tal-vez ainda não de todo, talvez ainda não todos. E, no entanto, o que se avizinha é mais do que só uma tra-gédia. É uma oportunidade de vol-tarmos a construir, com realismo e acuidade, uma sociedade equilibra-da, assente nas virtudes do trabalho, da sobriedade, da honra, da hones-tidade, da consistência interior mais do que no consumo acrítico e poten-ciador de graves constrangimentos mentais e ambientais. Precisamos de erigir uma sociedade nova, onde os gurus da reflexão económico-finan-ceira assumam as consequências dos seus atos e dos seus conselhos, onde os banqueiros consigam estruturar

um pensamento para lá da usura (já tiveram no mínimo 700 anos para o fazer), onde os governantes tenham uma matriz ética irrepreensível, ca-paz de perspetivar o futuro do seu país, não fazendo depender o mesmo das lutas partidárias sempre conjun-turais e nunca estruturais, sempre divisionistas e nunca agregadoras de competências e visões diversas. Uma sociedade nova onde os trabalhado-res tenham consciência dos seus di-reitos, dos seus deveres e obrigações na construção do bem comum.Precisamos de ter uma ideia, um pensamento para o nosso país. Pre-cisamos regressar a António Sérgio e a Alberto Sampaio. Precisamos abandonar o individualismo, o he-donismo, o consumismo. Precisa-mos recuperar as alegrias simples, as ideias firmes, a memória, a grandeza do que fomos e de como o fomos, a certeza que podemos sair do buraco onde aceitamos cair.

“(...) Um português sem sonho não vive.

O português nunca foi quieto, seden-tário, obediente. O nosso destino é a viagem, a procura, a criação. Só dei-

xamos de o fazer quando os “homens cinzentos”, carregados de responsa-bilidade, nos incutiram com o traba-lho paciente da inquisição religiosa e política, a via única de termos de ser iguais aos outros. O que temos pois de fazer? Temos de aceitar a nos-sa identidade com os seus limites e virtudes; trabalhar como estudantes, como procuradores de coisas no-vas ou de novas formas de fazer es-sas coisas, ter a insanidade da busca permanente e de assentar o trabalho numa espiritualidade lusitana, sem-pre disposta aos maiores sacrifícios, sempre rebeldes a imperialismos. Te-mos de reconhecer que começamos a ser pequenos quando começamos a querer ser como os outros, sendo que estes têm condições para ser o que são e nós não, tendo nós outras para ser o que eles não são. Eu não quero ser alemão. Eu não quero ser finlan-dês. Eu não quero ser outro qualquer. Quero ser eu, reconhecer-me sempre num mundo onde estou em perpé-tua relação com outros. Este ponto de vista pode existir em qualquer di-mensão da vida. Também na dimen-são económica. Eu não quero gastar como um alemão. Não preciso da sua casa e do seu carro. Quero ver para além disso, para além desses sinais de riqueza exterior. Mas eu quero uma educação melhor do que a ale-mã, uma saúde de qualidade para to-dos, onde os seguros não substituam o humanismo de dar aos que nada

têm (incluindo seguros) o direito a terem um tratamento condigno. É nestas e noutras coisas que devemos concentra-nos. Com esforço e persis-tência temos muito trabalho a fazer. Não esperemos exemplos superiores. Não tenhamos outras razões que não sejam as nossas convicções, a nossa ética, a total consciência da enorme oportunidade que existe dentro de nós. A consistência do que fizermos irá mudar a inconsistência de quem governa, tornando ascendente o que raramente foi descendente. Em cons-tante labuta, como eterno estudante, consciente do que sou e do que que-ro, vou fazer a minha parte, cons-truir o meu destino. Destino “rima” com Portugal, no sentido em que a nação na sua origem e adolescência, foi sempre sua construtora, a maior parte das vezes, ao arrepio dos con-textos políticos e diplomáticos, como resultado da afirmação do seu cará-ter, da sua identidade (…) e, depois, veio a inquisição, depois vieram os “homens cinzentos”. É tempo de re-gressar, sair do espartilho da peque-nez que nos impede de respirar e nos impede os sonhos. Um português sem sonho não vive. Isto já se devia saber. JB

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(In)Segurança na Internet Grupo Disiplinar de Informática

A Semana da Inter-net Mais Segura decorreu a nível nacional, de 4 a 8 de fevereiro, asso-ciada ao tema ”Os

Direitos e os Deveres na Internet”. Também no nosso agrupamento foram realizadas atividades que se enquadraram neste tema, com a criação de cartazes (elaborados na Educação Especial e nas turmasdo 3º ciclo e 10ºC) alusivos ao tema, visualização de pequenos vídeos so-bre os perigos na Internet seguido de um debate, visualização do filme “Rede social”, na BE/CRE, e jogos didáticos, existentes no site http://www.seguranet.pt/blog/.Ainda, en-quadrado na Semana da Internet Mais Segura, decorreu, no passado dia 14 de fevereiro de 2013, no au-ditório municipal de Murça, uma sessão de sensibilização sobre a Se-gurança na Internet, direcionada para as turmas do 5º e 6º anos. Ten-do em conta que, nas últimas déca-das, a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação tem re-alizado uma profunda alteração na forma como as pessoas se relacio-nam, como aprendem, trabalham e ocupam os tempos livres. A Inter-net é uma fonte de novos serviços, com inúmeras aplicações para fins lúdicos, educativos, informativos e

Regras para navegares, na Internet, de forma segura

• Não dês os teus dados pessoais, ou os dos teus familiares a ninguém;• Não envies fotografias tuas para pessoas desconhecidas;• Não marques encontros com pes-soas que conheces-te na Internet;• Mantém em segredo as tuas pas-swords;• Não entres em sites desconhecidos ou recomendados por estranhos;• Cuidado com o download de sof-tware, filmes e músicas;• Nunca abras mensagens de e--mails de desconhecidos;• Protege o teu computador com antivírus e firewall;• Comunica em segurança;• Respeita os outros.

comunicacionais.A Internet é uma ferramenta poderosa, global e de fá-cil acesso, mas que pode ser boa ou má, se for utilizada para fins mali-ciosos e mesmo criminosos ou não.Como os mais jovens naturalmen-te confiantes, curiosos e ansiosos por explorar este mundo e as pos-sibilidades de relacionamento por ele proporcionados, são por vezes arrastados para utilizações menos adequadas com a sua idade e o seu perfil psicológico e social. Todos os dias se ouve falar da (in)segurança na Internet e, em particular, nos pe-rigos a que as crianças estão expos-tas enquanto navegam. Contudo, na sua maioria, pais, educadores, alunos e professores não estão su-ficientemente capacitados dos ris-cos envolvidos.Porém, a existência de riscos e malefícios na Internet

não deve ser motivo para nãoa uti-lizarmos. A maioria das crianças e adolescentes que acedem à internet fazem-no para contactar com ou-tros utilizadores, pelo que as áreas de contacto que estes mais frequen-tam são os chats, fóruns, serviços de mensagens e sites de música, filmes ou jogos. Durante estes contactos, as crianças, livremente ou por ali-ciamento de terceiros, revelam da-dos pessoais não se apercebendo dos perigos inerentes. Mais grave se torna a situação quando o con-tacto virtual dá origem a encontros pessoais com desconhecidos. A in-ternet é cada vez mais uma gigan-

tesca plataforma comercial à escala mundial e os jovens são um dos seus alvos preferenciais.A atitude mais adequada é esclarecer para prevenir e mitigar situações de risco. Assim, mais uma vez, realizou-se a sessão de esclarecimentos para as turmas referidas anteriormente, mas con-sideramos ainda que era muito im-portante alertar e sensibilizar os pais e encarregados de educação para os perigos que seus filhos e educandos possam correr quando navegam na internet sem proteção ou controlo.Resumindo os objetivos da ativida-de foram:• Alertar, sensibilizar e desenvolver estratégias para minimizar os riscos que existem da navegação na Inter-net;• Alertar, sensibilizar e desenvolver estratégias para a implementaçãode

boas práticas quando é usada a In-ternet;• Informar, dar a conhecer e refle-tir com as crianças e jovens sobre as vantagens e os perigos da Internet, para que a utilizem de forma segu-ra e consciente e saibam como atuar caso sejam colocadas perante situa-ções potencialmente perigosas.Agradecemos a participação da comunidade educativa (turmas e professores). Consideramos ainda que este tipo de atividades é impor-tante e do interesse de todos, pelo que posteriormente deverá ser dada continuidade à abordagem destas problemáticas. JB

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Visita de estudo: “LIPOR”Alexandrina MourãoAna Rita CostaCelestina Martins

No dia 5 de dezembro de 2012, pelas nove ho-ras, os alunos do curso profissional de Técnico de Gestão do Ambiente (10º C) em conjunto

com o curso Científico-humanístico-Ciências e Tecno-logias (11º A), deslocaram-se a Ermesinde com o obje-tivo de efetuarem uma visita às instalações industriais da“Lipor”.A visita de estudo teve como dinamizadora a Professora Ana Rita Costa, que acompanhou os alunos na visita em conjunto com as Professoras Alexandrina Mourão e Celestina Martins.

Direitos Humanos

Catarina| 5.ºB

Mostram-nos que somos imperfeitosE revelam-nos os nossos defeitosTrazem mais justiça ao mundoQue por igual deve servirOs homens e as mulheresSem ninguém excluirSe o direitos são humanosA regra é a igualdadeQue impõe os princípios a adotarPara a nossa felicidade prolongar.

A Paz

João Pedro| 5.ºA

A paz é muito bonitaÉ a harmonia das pessoasQue a vivem no dia-a-dia.

A guerra não,É uma grande confusão

A paz é a armaQue combate a tiraniaÉ a luz que ao amorNos conduz

A paz constrói A guerra destrói.

Considerando o referencial do curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente e o curso Científico--humanístico – Ciências e Tecnologiase o enquadra-mento programático na disciplina deFísica e Química, Qualidade Ambiental e Física e Química A, pretende-se proporcionar aos alunos novas experiências educativas em contexto real. Para o efeito, foi selecionada uma ins-talação industrial, de Ermesinde, que oferece um con-junto de potencialidades compatível com a intenção deste projeto. De referir:• Compreender as etapas principais do processo;• Observar uma unidade industrial em laboração;• Tomar consciência dos papéis dos diversos elementos da organização;• Identificar funções laborais e formações específicas;

• Reconhecer a importância de normas que garantam saúde e segurança no trabalho;• Direccionar a atenção para aspetos específicos dos seus planos curriculares;• Tomar consciência dos problemas ambientais ine-rentes a este tipo de atividades industriais;• Permitir uma melhor assimilação de conhecimen-tos devido à conjugaçãoentre a teoria e a prática;• Facilitar a observação e interpretação de conceitos e fenómenos relacionados com (CTSA);• Despertar e estimular nos jovens o interesse pela ciência;• Motivar os alunos na prossecução dos seus estudos.Uma vez terminadas as tarefas que foram propos-tas aos alunos, estes dirigiram-se, em conjunto com os professores, ao Centro Comercial mais próximo, onde almoçaram. Após o término do almoço, os alunos, regressaram ao autocarro, e iniciaram o seu rumo a Murça, onde chegaram por volta da dezassete horas e dez minutos.A visita decorreu dentro da normalidade, com bas-tante harmonia e muito boa disposição, revelando os alunos adoração e empenho na participação da mesma. JB

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23JB / março 2013 . O Berrão

ORQUESTRA GERAÇÃO Equipa do Jornal

“A MÚSICA É UMA ESPÉCIE DE ÁGUA INVISÍVEL QUE INUNDA OS ESPAÇOS, UMA FLUIDEZ INFINITAMENTE TÉNUE QUE ARREPIA A PELE E PREMEIA OS AFETOS.”

João Soares Santos

O Agrupamento de Escolas de Murça promo-ve um leque significativo de projetos, que lhe confere dinamismo e singularidade ímpares.

Destacamos, nesta edição pelo seu cariz, pela sua am-plitude e projeção, o da Orquestra Geração patrocina-do pela Fundação EDP. O projeto, em questão, tem proporcionado a todos os seus intervenientes mo-mentos únicos, memoráveis captados pela objetiva de uma máquina fotográfica. Reveladoras do empenho, do trabalho determinado, da dedicação, do brio e da entrega de “corpo e alma” do grupo de discentes que a integram, assim como dos seus mestres. JB

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SemanadasLínguas

No âmbito do Departa-mento de Línguas foi di-namizada, mais uma vez,

a atividade mais emblemática des-te departamento, inscrita no PAA e em colaboração com a BE/CRE do Agrupamento - A Semana das Línguas. Realizada na 4ª semana de janeiro, do presente ano letivo, apresentou contornos bem dife-rentes do habitual: a cantina es-colar serviu um almoço típico de Espanha, Reino Unido, Portugal e França. Foi feita a decoração do espaço, na cantina, alusiva a cada um dos países, com a colaboração dos alunos dos vários anos e ci-clos, de modo a criar um ambien-te próximo a cada um dos países referidos.A semana abriu, no dia 21 de ja-neiro, com um almoço simbolica-mente espanhol: Entrante (sopa crema de verduras); Plato princi-pal (Paella Valenciana con ensa-lada mixta a elegir con aceite de oliva y vinagre); Postre (fruta: plá-tano, manzana o naranja)y Bebida (agua). Seguiu-se, no dia 22 , o dia dedicado ao Inglês, cuja ementa-constou deSoup of the day, Veal Pie e Gelly. No dia 23, a comuni-dade escolar degustou um deli-cioso bacalhau com natas e como sobremesa, a tradicional, aletria; finalmente, no dia 24, esteve em destaque a gastronomia francesa com: Crudités de légumes / crudi-tés colorées, Coq au vin e Mousse au chocolat.Sempre com o propósito de ativa-ção e divulgação de conhecimen-tos prévios da língua e cultura das várias línguas estrangeiras, no de-correr do almoço foram apresen-tados PowerPoints com trabalhos

realizados pelos alunos dos vários anos de escolaridade, relativos a conteúdos programáticos leciona-dos nas aulas das diferentes disci-plinas. Nesta apresentação, foram, também, projetados trabalhos de português realizados pelos alu-nos de 12º ano, no que respeita a autores portugueses e regiões do nosso país.Foram, ainda, expostos trabalhos e documentos informativos, na BE/CRE, onde os alunos puderam observar e analisar a exposição ali patente sobre os diversos países, bem como proceder à elabora-ção de um pequeno teste sobre os mesmos. Relativamente ao teste ¿Qué sabes de España?, o vence-dor foi o aluno Fernando Rosas do 7.ºA. Os nossos parabéns.Durante esta semana não podiam faltar os crêpes “para o dia dedica-do ao francês; os” hot-dogs” para o dia dedicado ao inglês; natas e pão de ló para o dia do português e “tarta de Santiago” e” torrones “para o dia do espanhol, delícias que só foram possíveis com a co-laboração dos alunos de 12º ano.Foi notória a criatividade, dedica-ção e empenho dos alunos e pro-fessores na concretização desta atividade. JB

Departamento de Línguas

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25JB / março 2013 . O Berrão

Com o intuito de apimentar, ainda mais, o gosto pelo almoço e elevar o ânimo da comunidade escolar, os alunos, distribuíram pequenas tarjetas com anedotas em espanhol e quase todas relacionadas com alimentos, resultantes de trabalho de pesquisa elaborado nas aulas e intituladas ¿Cómo andas de humor

¿Quieres reírte?Gusanito- ¿Que hay peor que encontrarse un gusano en una manzana?- Encontrarse medio.

Alimentos jugandoEl brócoli dice: parezco un arbolito.La nuez sigue: parezco un cerebro.Finalmente dice la salchicha:¡Ya no quiero jugar esto!

Fruta cocida- Papi ¿te gusta la fruta cocida?- ¡Claro, hijito!- ¡Qué bien!.. Porque el huerto se está quemando.

Niño golosoJavier fue a la tienda y se compra unas galletas.Al llegar a su casa se come todos en menos de un minuto.Y su hermana le dice:- Te has comido todas las galletas, tan rápido y no te has acordado de mí.- Claro que me acordé de ti, por eso me las he comido todas rápido...

Uva verde y uva morada- ¿Qué le dice una uva verde a una uva morada?- ¡Respira!

Tarta que no habla- Qué cosa es: ¿Una tarta que no habla? - ¡Una tartamuda!

Caníbales de caza- Eran dos caníbales, un padre y un hijo que van por la selva buscando co-mida: unga unga unga..... De pronto se abren camino y ven una rubia impresionante desnuda bañán-dose en una cascada. El hijo dice:- ¿Mira papa, nos la llevamos a casa y nos la comemos? y contesta el padre:- No, mejor nos la llevamos a casa y nos comemos a tu madre.

HigosEstá un macarra subido en una palmera. Pasa otro y le dice:- ¡Eh! ¿Qué pasa colega, qué haces ahí subido?- Pues nada, comiendo higos...- ¡Pero tío! Encima de una palmera no hay higos, ¡¡¡no higos!!!- ¿Qué pasa?, ¡me he comprado un kilo de higos y me lo como donde quiero!

JB

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26 JB / março 2013 . O Berrão

CANTINHO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Atividade de NatalEducação Especial

A Educação Especial participou na atividade de Natal com to-dos os alunos, professores e Tecnicas da Cridouro. Foi um trabalho desenvolvido durante varias semanas, com empe-nho e atitude de todos os intervenientes .As coreografias , os gestos , os movimentos de lateralidade não são de fácil aquisição para as crianças com prefis tão di-versificados e complexos.assim houve a necessidade de usar várias estratégias e metodologias , esquemas e sintetização e repetição.Agradecemos a toda a comunidade escolar pela solidarida-

de, aceitação e carinho dispensados e a todos os alunos da Educação Especial.A todos um bem haja.

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27JB / março 2013 . O Berrão

Os alunos da Educação Especial realiza-ram atividades de autonomia em con-textos diferentes de diversos serviços

públicos existentes na comunidade. Assim, fomos aos correios enviar uma carta e foram explicados aos alunos todos os procedimentos a ter em conta, para utilizar um serviço como os CTT. Em seguida,fomos à Caixa Geral de Depósitos, onde foram informados acerca das atitudes e cuidados a ter para usar correta-mente este serviço público. Foi dada também a informação que apenas poderão ir ao Banco sem acompanhamento de um adulto, quando atingirem a maior idade. Os funcionários des-te serviço foram muito sensíveis, compreensi-vos e acolhedores, interagiram com os alunos, mostrando o funcionamento com uma dispo-nibilidade e aceitação incríveis. Deram uma exemplificação prática, mostrando por exem-plo como se atualiza uma caderneta, permitin-do desta forma um contacto mais próximo e real com este serviço. A eles, o nosso muito obrigado! JB

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28 JB / março 2013 . O Berrão

MUNDO VISTO POR

Escola Amiga da MúsicaLeonida Gonçalves / Zita Mourão

No dia 14 de dezem-bro de 2012,no au-ditório municipal de Murça, ocorreu um momento mu-sical enquadrado na temática natalícia protagonizado pelo grupo coral Apolo/

Escola Amiga da Música, constituído por discen-tes dos 2.º e 3.º ciclos, coordenado pela docente Leonida Gonçalves, com a colaboração da pro-fessora Zita Mourão. Foram interpretadas quer canções específicas de Natal, em articulação com os discentes do 1.ºciclo, quer outras de espólio musical português, com o intuito de levar ao ou-tro a mensagem universal que lhe está subjacen-te. Consideramos que esta iniciativa se tornou numa mais-valia para o nosso enriquecimento, pois permitiu a partilha de valores, fortalecer o espírito de equipa, cooperação e colaboração bem como estabelecer parcerias e criar laços promoto-res de socialização e alegria entre todos os inter-venientes. No dia 9 janeiro de 2013, realizou-se a ativida-

de alusiva aos cantares das Janeiras/ Reis, na esco-la sede do Agrupamento – direção, secretaria, sala de docentes, cantina e BE/CRE – , executada pelos discentes da Escola amiga da Música e respeti-vas docentes, num ambiente de grande harmonia, tranquilidade, espírito de equipa, muita animação e descontração necessárias ao equilíbrio mental e físico. Pretendeu-se, assim, com esta iniciativa pro-porcionar a todos os intervenientes e destinatários a partilha de momentos de alegria renovada e , sobretudo, desenvolver nos discentes o sentido de responsabilidade e cidadania, numa cultura que se quer de valores intemporais.É de sublinhar o empenho e a dedicação, o entu-siasmo reconhecidos dos discentes neste projeto promotor de uma filosofia de vida saudável, pois a música “…oferece à alma uma verdadeira cultura íntima e deve fazer parte da educação do povo”.(François Guizot)

JB

“ De tudo, ficaram três coisas:a certeza de que ele estava sempre começando,a certeza de que era preciso continuar ea certeza de que seria interrompidoantes de terminar.

Fazer da interrupção um caminho novo.Fazer da queda um passo de dança,do medo uma escada,do sonho uma ponte,da procura um encontro.

Fernando Sabino

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Alunos do 11.ºA e do 11.ºB

Dia da Filosofia

No dia 15 de novembro comemorou-se o dia da Filosofia, no âmbito da mesma disciplina, os alunos do 11.º A e do 11.º B uniram-se e organizaram uma pequena apresentação para os alunos mais jovens,

os do 10º ano.A peça foi baseada na apologia de Sócrates, que é a versão de Platão de um discurso de Sócrates. Esta obra está dividida em 3 pequenas partes e cada foi apresentada por um grupo de alunos, e, por fim, possui um pequeno diálogo entre Sócrates e Crípton.Na peça, vemos o filósofo, a ir para o tribunal a fim de conhecer as acusações

que lhe foram feitas (foi acusado de corromper a juventude, não acreditar nos deuses e criar a nova deidida) , vemos a descrição do processo, a visita do seu grande amigo Críton , os últimos instantes da sua vida e o discurso sobre a imortalidade da alma.O grande objetivo desta atividade foi demonstrar aqueles que estão a iniciar esta disciplina, o verdadeiro fascínio desta e o porquê de está ser tão cativante.Após as reações do público, podemos concluir que fomos bem-sucedidos e conseguimos atingir os objetivos inicialmente propostos. JB

Susana Martinho | 9.ºA

Olhei para o céu e vi

Minha vida por inteiroDesde o dia em que nasciAo dia em que a escuridão veio.Ouvi atentamenteTudo o que disse e direiArrependi-me de tudoE de nada me lembrei.Soltei lágrimas de sangueQue escorriam pela faceCaíram num fundo cinzentoComo se nada me importasse.Vi o amanhã também Percebi porquê tanto esforçoReparei que nada me importeiCom os fardos que carrego ao dorso.Mergulhei de novo outra vez

Na noite vadia e escuraPreenchida por tantas canções Por asneira e travessura.Recuei uma vez mais,Voltando para trás no tempoRecordando os meus entes queridosLevados há muito pelo vento.Lembro risos rasgadosVozes roucas de ternuraHistórias de heróis e dragõesContadas com tamanha doçura!Um leve som misteriosoUm beijo por acabarAlguém que pede socorroUm dia irei ajudar.Saudade é tudo o que eu sinto

O amor nunca conheciVem tudo de longa dataDe livros que sempre li.Paixão ardente por dentroDesejo voltar pra trás Eu quero é viver a vida Para mim tanto me faz.Eu só sei que nada seiE não sei o que é saberUm dia quando morrerEu talvez vá perceber.Quero que tudo volteE nada quero perderQuero outra vez a vidaque nunca me fez sofrer!Vou voltar a voar

Escrever, cantar talvezSentir o que é liberdadeE viver de novo outra vez!Só tenho um grande desejoQue tu nunca irás saberSó eu o posso sentirSó eu o consigo ver.

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30 JB / março 2013 . O Berrão

PALADARESBolo de azeite e mel

INGREDIENTES:260g de açúcar;6 ovos;1 chávena (chá) de mel;1 chávena(chá) bem cheia de azeite;1 colher(sobremesa) de canela em pó;1 pitada de cravinho;1 colher(café) de erva-doce;450g de farinha;Manteiga, farinha, açúcar em pó e canela q.b.

MODO DE PREPARAÇÃO:

Ligue o forno a 180 C. Unte uma forma com manteiga e polvilhe-a com fa-rinha. Bata o açúcar com os ovos até esbranquiçar e ganhar volume. Leve ao lume, sem ferver, o mel com o azeite, a canela, o cravinho e a erva-doce. Retire e envolva-os no preparado anterior, acrescentando a farinha peneira-da. Verta o preparado na forma e leve ao forno, durante 30 minutos. Deixe arrefecer, desenforme e polvilhe com açúcar em pó e canela. Sirva de seguida.

JBSUGESTÃO: Acrescente raspas de laranja à massa.

Crema de lechePatrícia Afonso | 9.ºA

INGREDIENTES:• 500 ml de leche;• 30 g de harina;• 1 cucharada de mantequilla;• Azúcar.

PREPARACIÓN:Se pone a calentar la leche en una cazuela, junto con el azúcar, cuando llegue a hervir añádale la harina o maizena previamente diluida en un poco de leche fría. Finalmente re-mueva hasta que rompa a hervir. JB

Gancha de S. BrásGracinda Alves

As Ganchas de S. Brás são uma espécie de rebuçado, também originários de Vila Real. De cariz popular, a lenda tem como protagonista S. Brás, bispo do séc. IV, orago dos sofredores, dos males do foro oral e otorrino. Conta-se então, que o santo fez o milagre de curar, apenas com as mãos, uma criança que agonizava com uma espinha

atravessada na garganta, e partir daí venerado como protetor.A Gancha está sujeita a várias inter-pretações, pode ser encarada como o ícone do báculo bispal, como espátu-la para chegar até à garganta, como artifício para facilitar o lidar com as crianças enfermas, como uma espé-cie de remédio balsâmico, com mel, ervas e outros unguentos, para ali-viar a garganta.

A 3 de fevereiro celebra-se uma festa, em sua honra, na capelinha de S. Di-nis, em Vila Real. A tradição da dua-lidade Pito - Gancha, estabelece-se e a retribuição acontece.Um misto de cunho histórico e de brejeirice são ingredientes que cozi-nham delícias doces, para almas do-ces!

Anualmente, no dia 3 de fevereiro realizam-se as festas a S.Brás na Vila Velha, numa pequena capela junto à igreja de S. Dinis, no cemitério mais antigo da cidade. Neste dia, é costu-me encontrar-se à venda as chama-

Equipa do Jornal

das “ ganchas” feitas com massa de rebuçado e enfeitadas com bonito papel de seda. É tradição, os fiéis darem três voltas ao cemitério, às “arrecuas”, calados, para “não entrar enguiço”. É então altura de os rapa-zes oferecerem a gancha às raparigas, retribuindo o presente dos “pitos” de Santa Luzia. Há quem diga que este doce significará “um gancho para apanhar raparigas com vontade de namorar”.

Mas afinal o que é a “Gancha”? E qual a receita? A “Gancha” é um re-buçado feito a partir de um ponto de açúcar alto ao qual se adiciona gotas de limão e cada rebuçadeira terá os seus segredos de ervas aromáticas. À medida que a calda vai arrefecendo moldam-se as ganchas com as mãos, parecendo também, bengalas. Po-dem ser embrulhadas com papel, ou apenas colocar um lacinho próximo da curvatura. JB

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RADARO Livro da minha vida ...Um homem com sorteSusana Martinho | 9.ºA

O livro de que vos vou falar intitula-se “Um homem com sorte” do famoso escritor Nicholas Sparks. Retrata a vida de um simples homem, LoganThibault, que como

soldado na marinha esteve na guerra e partici-pou em várias missões, numa das quais encon-trou a fotografia de uma jovem e bonita rapari-ga que decidiu guardar consigo. Acontece que a partir desse momento a sua vida sofre uma grande mudança: Logan sobrevive a ataques inexplicáveis, vê os seus companheiros morre-rem mas ele continua vivo; “É como encontrar um anjo no inferno!” E, a partir daí, Thibault começa a tratar aquela simples fotografia como o amuleto mais precioso do mundo acabando por fazer uma promessa a si próprio: se sobre-vivesse, encontraria aquela rapariga.E é a partir daqui que toda a história se desen-rola, Logan sobrevive e parte em busca da tal jovem desde Colorado atéHamden onde fica a trabalhar num canil e onde se apaixona por

Beth, a rapariga da fotografia.Beth é divorciada e tem um filho, Ben de 7 anos com quem vive juntamente com a avó. O ex-marido de Beth, Keith, ainda a ama e quer que ela volte para ele embora esta não queira.Keith é um homem egoísta e acha-se superior aos outros por ser o xerife da cidade e ser filho do presidente da câmara. Desde pequeno que tem tudo o que quer e está mais do que deci-dido a voltar a “ter” Beth.É no meio de tanta ventura e desavenças que tudo acontece: Keith cria rivalidades com Thi-bault, chantageia Beth ameaçando tirar-lhe o filho se ela não voltar para ele e acabando por fazer coisas inacreditáveis.Este livro troca-nos as voltas. É um mundo mágico e de um momento para o outro tudo muda. Prende-nos a ele como se fôssemos nós as personagens. Fiquei encantada com o jeito como as coisas aconteceram. Aconselho o livro, acho que é extremamente inspirador principalmente para quem gosta de romances e finais felizes. JB

Nicholas Sparks (1965) é um escritor norte-americano, consagrado pelo mundo inteiro pela venda dos seus livros.Nicholas Charles Sparks nasceu em Omaha, Nebraska. Passou a adoles-cência na Califórnia. Começou a escrever quando tinha 19 anos. Com essa idade, escreveu o primeiro livro, porém, a obra não foi mais encontrada. Estudou Na Universidade de Notre Dame, onde se formou em Economia no ano 1998.Nicholas Spark foi durante um tempo delegado de informação médica, até que a agente literária Theresa Park passou a mediar a publicação dos livros do escritor. Theresa Park vendeu os direitos do romance “The Notebook” à Warner Books, e depois desse facto, o escritor esteve na lista de livros mais vendidos durante 56 semanas.O livro “As Palavras que Nunca te Direi” foi adaptado para filme, o que ajudou bastante no sucesso literário. Outros livros também tiveram gran-de sucesso: “Uma Carta de Amor”, “Noites de Tormenta”, "Um Amor Para Recordar", só para citar alguns exemplos. Mas foi com os livros “A última Música” e “Querido John” que o tornou grande conhecido do público bra-sileiro. Os livros de Nicholas Spark fazem sucesso também em Portugal.

JB

in: http://www.e-biografias.net/nicholas_sparks/

31JB / março 2013 . O Berrão

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PÁSCOA – símbolos e tradiçõesAntónio Ribeiro

Cristo Abraçado à Cruz, El Greco, 1594, pintura óleo sobre tela, 108 cm x78 cm, Museo do Prado, Madrid

A Ressurreição é uma verdade funda-mental do Cristianismo. Cristo ver-dadeiramente ressuscitou pelo poder de Deus. Os evangelhos mostram--nos que não se trata de um fantas-ma, nem de uma mera força de eneia, nem de um corpo revivido, como o

de Lázaro, que, posteriormente vol-tou a morrer. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos.A cruz, morte e ressurreição de Cristo são factos históricos que sacudiram o mundo e transformaram a história de todos os séculos. Aqueles pobres e simples pescadores não poderiam, de forma alguma, ter inventado um acontecimento que ultrapassou todas as expectativas humanas.A ressur-reição de Jesusé um acontecimento marcante.O cristianismo vê em Jesus ressuscita-do o primeiro fruto (Cf. 1 Cor 15,20) da nova criação. Com sua cruz, Ele abriu as portas para que todos pos-sam, também, ressuscitar.A adesão

a Cristo ressuscitado introduz uma dinâmica de crescimento na vida do homem, uma dinâmica de liberdade, de libertação de todas aquelas ca-deias que escravizam, alienam, desu-manizam e matam o homem. Viver a dinâmica da ressurreição é viver em permanente crescimento.Eis o sentido de palavras, símbolos e tradições relacionados com a ressur-reição de Jesus:Páscoa – o nome deriva do hebraico “Pessah” que significa “passar além”. É a festa que recorda a saída dos He-breus da escravidão do Egipto, con-duzidos por Moisés.Para os cristãos é a festa que celebra a passagem de Jesus da morte para a vida, derrotan-do a morte para sempre. Os cristãos acreditam que, como Cristo ressusci-tou, também eles ressuscitarão para a vida sem fim.Quarta-feira de Cinzas – neste dia os cristãos marcam o início da Qua-resma com uma eucaristia que in-clui o rito da imposição de cinzas na cabeça de cada um. Com este ritual reconhecem a fragilidade humana, tomam consciência da necessidade

da misericórdia de Deus e assumem pessoal e comunitariamente o desa-fio da conversão.

Flagelação – era um castigo previsto pela lei judaica. Utilizando um chi-cote de cordas com bolas de metal, davam-se ao condenado o máximo de quarenta chicotadas. Pilatos man-dou flagelar Jesus.

Domingo de Ramos – uma sema-na antes da Páscoa Jesus entra em Jerusalém montado num burro. As pessoas cortam ramos de árvores e aclamam Jesus dizendo: “Hossana! Bendito o que vem em nome do Se-nhor!” Neste dia, os afilhados costu-mam entregar o ramo às madrinhas e estas dão o folar aos afilhados.Via Sacra – em Jerusalém existe a “Via Dolorosa” que Jesus percorreu carregando a cruz. Vai do pretório (residência do governador roma-no) até ao Calvário Nas igrejas há a chamada via-sacra que é formada por catorze estações que evocam os vários momentos desta caminhada dolorosa.

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Paixão – a Paixão de Jesus são os seus sofrimentos que vão da agonia no Getsémani até à morte de cruz no Calvário ou Gólgota. Os quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João) narram essa Paixão, que ter-mina na vitória da vida.

Cordeiro – João Baptista define Je-sus como o Cordeiro de Deus. Esta expressão tem muitos significados. Os judeus na Páscoa sacrificavam cordeiros diante do altar de Deus. Je-sus, ao morrer, torna-se no novo cor-deiro pascal, oferecendo a sua vida a Deus pela salvação do mundo.

Pilatos – era o Procurador romano da Judeia e muito mal visto pelos judeus. Ficou conhecido sobretu-do pela sua participação no proces-so de Jesus. Embora reconhecesse a sua inocência, entregou-o aos judeus para ser crucificado. Para mostrar que se sentia livre de toda a respon-sabilidade, fez o célebre gesto de la-var as mãos.

Ovo – na Páscoa são comercializa-dos muitos ovos de chocolate. De entre os ovos de chocolate, o record pertence ao que foi feito há poucos anos na Austrália: media sete metros e pesava 4.755 quilos.Do ovo sai o pintainho, uma vida nova; do túmulo sai, na Páscoa, Cris-to ressuscitado.

Ressurreição – os evangelistas nar-ram que Jesus deu vida a algumas pessoas que tinham morrido. Mas a ressurreição de Cristo é de uma outra ordem: não é um regresso à existên-cia terrestre, mas uma passagem para uma vida definitivamente liberta da morte. A fé na Ressurreição de Jesus é o centro do cristianismo. Por isso, a festa da Páscoa é a mais importante do ano litúrgico.

Aleluia – é uma aclamação muito cantada na liturgia, sobretudo na Páscoa. Vem do hebraico “hallelou--yah” e significa “louvai a Deus”.Visita Pascal ou Compasso –noDo-mingo de Páscoa, a Cruz de Jesus vi-sita todas as famílias cristãs e anuncia a alegria da sua Ressurreição. É uma das tradições mais antigas e belas da Páscoa.

Círio Pascal – éuma grande vela que se acende na igreja, no sábado de ale-luia. Significa que "Cristo é a luz dos povos".Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "óme-ga", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressur-giu das trevas para iluminar o nosso caminho. JB

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Convívio de Reis

Dia Internacional da Mulher

Porquê o dia 8 de março?

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivin-dicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretan-to, se declarara um incêndio e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910,

numa conferência internacional realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como “Dia inter-nacional da Mulher”. Parabéns a todas as mulheres! JB

Departamento do 1ºCEB

No passado dia 17 de ja-neiro os alunos dos 1ºCEB e da Educação Pré-escolar receberam os idosos da Santa Casa da Misericórdia para um convívio de Reis. En-quanto era servido chá com bolinhos aos ido-

sos, as crianças cantaram e declamaram poemas alusi-vos à quadra. Após as atuações das crianças, os idosos também cantaram as suas quadras. Foi uma manhã diferente e muito divertida, um convívio intergeracio-nal que proporcionou momentos de partilha de afetos e saberes.Esta atividade pretendeu fomentar a socialização e a troca de saberes entre as duas gerações. Graças ao envolvimento e empenho dos professores do Centro Escolar, das educadoras do JI de Murça e do Centro escolar a das assistentes operacionais a atividade de-correu com muita organização e animação. No final era possível constatar a felicidade de todos os participantes. JB

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Equipa do Jornal

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Dia dos NamoradosGrupos Disciplinares: Espanhol, Francês e Inglês

Imag

em: A

na S

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Sant

os

No dia 14 de fevereiro fes-tejou-se, na nossa escola, o Dia de S. Valentim. Os

alunos das diferentes disciplinas es-trangeiras participaram, ativamente, realizando vários trabalhos relacio-nados com este dia. Destaca-se a ela-boração de postais, onde para além da cor, foram registadas palavras de amor e amizade, em Espanhol, Fran-cês e Inglês que “aqueceram cora-ções”.

“El Día de San Valentín es una cele-bración tradicional de países anglo-sajones que se ha ido implantando en otros países a lo largo del siglo XX, en la que las parejas de enamorados expresan su amor y cariño mutu-amente. Se celebra el 14 de febrero, onomástico de San Valentín. En al-gunos países se conoce como Día de los Enamorados y en otros como Día del Amor y de la Amistad.” (Fábio y Rafael, 8.ºA)

La historia (leyenda) de San Valen-tín, el patrón de los enamorados.Muchos creen que San Valentín se celebra desde hace poco tiempo y que surgió por el interés del comer-cio, pero su origen se remonta a la época del Imperio Romano.¿Quién fue San Valentín? Él era un sacerdote y ejercía en Roma. En esa época gobernaba el emperador Clau-dio II, quien decidió prohibir la ce-lebración de matrimonios para los jóvenes porque, en su opinión, los solteros sin familia eran mejores sol-dados, ya que tenían menos ataduras.El sacerdote consideró que eso era injusto y desafió al emperador: cele-braba en secreto matrimonios para jóvenes enamorados. El emperador Claudio se enteró y, como San Va-lentín gozaba de un gran prestigio en Roma, lo llamó al Palacio apro-vechando aquella ocasión para hacer proselitismo del cristianismo.El emperador dio orden de que en-carcelasen a Valentín. Entonces, el oficial Asterius, encargado de encar-

celarle, quiso ridiculizar y poner a prueba a Valentín: le retó a que de-volviese la vista a una hija suya, lla-mada Julia, que nació ciega. Valentín aceptó y en nombre del Señor, le de-volvió la vista.El hecho convulsionó a Asterius y su familia, quienes se convirtieron al cristianismo. Pero Valentín siguió preso y el emperador ordenó que lo martirizaran y ejecutaran el 14 de febrero del año 270. La joven Julia, agradecida al santo, plantó un al-mendro de flores rosadas junto a su tumba. De ahí que el almendro sea símbolo de amor y amistad durade-ros. (Marcos y Telmo, 8. ºA)

Algunas frases o poemas de amorEl aro es como la guerra; fácil empe-zar, pero muy difícil parar. (Francis-co, 8. ºA)Amar profundamente a alguien nos da fuerza; sentirse amado profunda-mente por alguien nos da valor. (Pe-dro, 8. ºA)

San Valentín

Saint ValentinSaint Valentin était prêtre à Rome au IIIème siècle. En 268, l’empereur Claude II, qui pensait que les hom-mes mariés faisaient de mauvais sol-dats, a fait abolir le mariage. Mais Saint Valentin a continué à célé-brer des mariages. C’est pourquoi

l’empereur l’a emprisonné. En prison, Valentin a rencontré la fille de son gardien, une aveugle. Le 14 février, avant d’être décapité, il lui a rendu la vue et lui a envoyé un petit mot qui était signé…

C’est pourquoi notre classe de 11ème année a décidé de commémorer le jour de la St. Valentin, le 14 février. Nous avons donc élaboré une affiche avec l’histoire de la St. Valentin et quelques petits mots doux pour dire à notre petit(e) ami(e).

Les élèves de onzième année

Valentine’s DayPoema vencedor do dia de S. Va-lentim dos alunos de inglês/ grupo de inglês.

I like my pen

My pen is blue

I love my friend

My friend is you

Ana Caro

lina -

5ºA

JB

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“Crime in New York”Alunos do 10.ºA

On 20th February, the 10th form, classes A and B, and 12th form class C, went to

Vila Nova de Gaia to watch the play “Crime in New York”.We took the bus at 10o’clock and left school. After an hour and a half of journey we arrived at the shopping centre “Norte Shopping”. Some of us had lunch in different fast-food restaurants. Afterwards, we went for a walk through the mall in several groups. Finally, we made our way to the theatre. The room was almost full of students from different schools. It was an original play: there were only two actors and some members from the audience were able to be on the stage to participate as actors or be

part of the scenery. The play was about a detective who was out of work until someone “the dirty rat” gave him some informa-tion about a possible robbery of the Mayor’s diamond necklace. The stu-dents from class A and B were called to the stage; Marina Alencar had to distract the Mayor, so that somebody could take his jewellery. João Borges performed the necklace buyer na-med “Spike”. Unfortunately, as soon as the play finished, we had to rush on our way home.It was a pleasant trip and we are looking forward to repeat this ad-venture! We had great fun and it was marvellous to be in touch with native speakers, so rare nowadays. JB

Carta de Abraham Lincoln para o professor de seu filhoJosé Raul Guerra

JJá li essa carta triliões de vezes e ain-da vou ler mais umas centenas de mi-lhares de vezes.

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.

Ensine-o, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada. Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.

Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com

CONVITECaro amigo Girassol,Convido-te para a minha festa que será realizada na Ilha do Lago, dia 1 de fevereiro, pelas 24:00 horas.

Com a tua presença a festa será ainda melhor.

Um beijo do teu amigo Gladíolo

P.S.: Agradeço que confirmes a tua presença ligando para: 995789853

Rodrigo Fernandes | 6.º A

Associação de Estudantes

Cara comunidade escolar como já devem ter repa-rado está a decorrer o tor-neio de futsal de segundo e

terceiro ciclos organizado pela vossa Associação de Estudantes, os resulta-dos estão expostos nos lugares habi-tuais (pavilhão de Educação Física, BE/CRE e entrada do polivalente) e desejamos boa sorte a todos os par-

ticipantes.Queremos informar-vos também que no final do presente período leti-vo irá haver um desfile, as inscrições começarão no mês de março e pede--se a todos os interessados que este-jam atentos!!! Já sabem, algum problema ou dúvida dirijam-se aos diversos membros da AE. JB

Abr

aham

Lin

coln

os pássaros no céu, as flores no cam-po, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nun-ca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensi-ne-o a rir quando estiver triste e ex-plique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão. Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser cora-joso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens. Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro profes-sor.“ JB

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MENTE SÃ EM CORPO SÃO

Azeite: Origens e benefíciosEquipa do Jornal

As aventuras marítimas dos nossos antepassados e dos espanhóis, durante os Descobrimen-tos, levaram a cultura da oliveira e do azeite até paragens mais longínquas, tais como China, Chile, Peru, Brasil, México, Angola, África do Sul, Canadá e EUA.Os especialistas acreditam que a oliveira já era cultivada, por volta do ano 3500 a.C., na ilha de Creta, tendo sido adotada pelos povos do Médio Oriente por volta do ano 3000 a. C.Posteriormente, os Gregos espalharam o cultivo da oliveira por todo o Mediterrâneo e pas-saram aos Romanos a enorme paixão que nutriam pelo azeite.Aliás, tanto num caso como no outro, o azeite era usado não só como ingrediente culinário,

mas também para fins tão diversos como a medicina, a iluminação e a impermeabilização de tecidos, entre outros.No Império Romano, a oliveira passou a ser a árvore mais comum da zona do Mediterrâneo e, hoje em dia, calcula--se que cerca de 90 por cento das oliveiras se encontram nos países mediterrâneos, o que faz de Espanha, Itália, Grécia, Portugal, França, Turquia, Marrocos e Tunísia os maiores produtores mundiais não só de azeitonas, como de azeite.

O azeite em PortugalA palavra azeitona tem origem no termo árabe az-zaituna. Na Antiguidade Clássica, o azeite era usado não só na culinária mas também em medicina.Os Romanos passaram o testemunho da cultura da oliveira aos nossos antepassados Visigodos e os Árabes fizeram--na prosperar. É nas palavras árabes olivária, az-zaituna e al-zait que encontramos as origens das palavras oliveira, azeitona e azeite. Até ao final do século XII, a produção de azeite não teve um papel de grande destaque em Portugal; porém, esta situação alterou-se no decorrer do século XIII, quando este ingrediente passou a ter um lugar de des-taque nas exportações. O azeite era considerado um produto essencial à subsistência, pelo que existia uma enorme preocupação com a qualidade do produto final.A crise económica do final do século XVI afetou a produção de azeite, criando restrições à exportação, que levou à criação de leis de fixação de preços. Com o desenvolvimento das técnicas agrícolas e a melhoria dos canais de dis-tribuição, o cultivo das oliveiras e a produção do azeite ganharam um novo alento, tornando-se uma das imagens de marca de Portugal. JB

A MALVA

Cultivada como planta orna-mental pela beleza das suas flores, a malva é muito usada

na medicina popular tanto nas pes-soas como nos animais. Esta planta contém mucilagens, antocianina, ta-nino e um óleo essencial volátil com propriedades calmantes, emolientes e laxativas. O uso da malva é indi-cado nas inflamações da boca (aftas e gengivites) e garganta, principal-mente na forma de gargarejos. O chá é usado em casos de prisão de ventre, úlceras e gastrite. Na forma de em-plastro, a malva é recomendada para tratar abcessos e as compressas feitas com as folhas são consideradas óti-mas para aliviar queimaduras de sol. É excelente para recompor a mulher após o parto. É boa para prisão de ventre e colite. Mas, a especialida-de da malva é realmente a garganta, ouvidos e cordas vocais. Pessoas que têm como profissão a fala, lucram em usá-la. Também ajuda os conti-dos a se expressar melhor e com me-nos timidez. O chá concentrado de malva pode ser usado em gargarejos para quem tem faringite ou amigda-lite, ou mesmo precisa falar muito. Compressas do mesmo chá podem ser feitas nos olhos, para aliviar do-res de cabeça ou processos inflama-tórios no rosto. in: Amicor JB

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Unidade de Cuidados na Comunidade Enfermeira Especialista Laurinda Lopes Enfermeira Chefe Isabel Rua

Contributos da Unidade de Cuidados na Comunidade de Murça, para o “Empowerment” dos Alunos do Agrupamento de Escolas de Murça

…mais do que reconhecer direitos e autonomia do outro,é importante capacitar, para a tomada de decisão livre e esclarecida.

O “empowerment”,habitualmente traduzido para português, por”dar poder”, ou “empode-

ramento”, surge como consequência da filosofia da Declaração de Alma Acta em 1978, que dá enfâse ao controlo e responsabilidade dos cidadãos pela sua saúde. Reconhece os indivíduos como pessoas ativas no processo de saúde e com capacidades para de forma autó-noma, tomarem decisões livres e escla-recidas. Daqui, toda a importância que é dada ao processo de aquisição de co-nhecimento, para capacitar as pessoas, dar competências, promovendo o po-der e controlo da sua saúde.“Empoderar”, dar poder, autonomia, desenvolver o sentido crítico, de análi-se, informar e capacitar para a tomada de decisão livre e esclarecida do exer-cício da cidadania, são os princípios enformadores de todos os programas e projetos nacionais, regionais e locais, desenvolvidos no âmbito da Saúde Es-colar, no Agrupamento de Escolas de Murça. A finalidade é que crianças e jovens, na escola, meio de eleição para aprendiza-gens, cresçam e vivam em ambientes saudáveis e sejam capazes de analisar pressões externas, dos grupos de ami-gos, dos namorados, da publicidade e marketing “agressivo”, de que são alvo diariamente e adoptem comportamen-

tos promotores da saúde e de pre-venção de riscos.Compete a todos os cidadãos, com especial enfoque à família, aos educadores, professores e restante comunidade escolar e aos profissionais de saúde, proporcionar os ambientes saudáveise o desenvol-vimento dessas práticas, promotoras do crescimento e desenvolvimento de crianças e jovens. Neste contexto, equipas do Centro de Saúde de Mur-ça, têm desenvolvido em parceria com a Comunidade Escolar, temá-ticas relacionadas com a saúde, es-truturadas em programas e projetos de âmbito nacional, regional e local.Com a atual reforma dos Cuidados de Saúde Primários, DL 28/2008, de 22 de fevereiro, o Centro de Saúde de Murça, é apoiado por outras unida-des do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Douro 1 - Marão e Douro Norte e está estruturado em duas Unidades: a Unidade de Cuida-dos de Saúde Personalizados (UCSP) de Murça, que tem como focoa saú-de individual e familiar e a Unidade Cuidados na Comunidade (UCC) de Murça, com intervenção no âmbito; da protecção e promoção da saúde e prevenção de doenças na comunida-de, e com pessoas, famílias e grupos com maior vulnerabilidade. Cabe assim, o desenvolvimento do Progra-ma de Saúde Escolar à UCC de Mur-ça, constituída formalmente em abril de 2011. Sendo uma nova Unidade do Sistema Nacional de Saúde, inte-gra os profissionais de saúde, que há décadas, assumem o compromisso em parceria com Professores, Edu-

cadores e restante Comunidade Es-colar, de desenvolver os programas e projetos em carteira de serviços, assim como outros que tornem ne-cessários.

Constituindo a Saúde Escolar,o refe-rencial de saúde para o processo de promoção e educação para a saúde na escola, deve promover o desen-volvimento de competências na co-munidade educativa, que lhe permi-te melhorar o seu nível de bem-estar físico, mental e social e contribuir para a sua qualidade de vida.Na es-cola, o trabalho de promoção de saú-de com os alunos, tem como ponto de partida “o que eles sabem”, “oque elespodem fazer”para se protegerem, desenvolvendo em cada um a capaci-dade de interpretar o real e atuar de modo a induzir atitudes e/ou com-portamentos adequados.Pretende-se com a intervenção em saúde escolar, que tem base a promo-ção da saúde, e esta, o princípio do empowerment, dar poder, potenciar as “forças” de cada um, dotando-os de competências, que permitam uma atitude permanente de pleno exercí-cio da autonomia e da cidadania. As áreas de intervenção do programa de Saúde Escolar, que estão a ser ope-racionalizados pela UCC de Murça, em parceria com a comunidade edu-

Programa Nacional de Saúde Oral- PNSOO programa nacional de saúde oral desenha uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais. Desenvolve-se ao longo do ciclo de vida e nos am-bientes onde as crianças e jovens vivem e estudam. A intervenção da promoção da saúde oralinicia--se durante a gravidez, desenvolve--se ao longo da infância, em saú-de infantil ejuvenil e consolida-se no jardim-de-infância e na escola através do programa de saúde oral. Este programa passa pela motiva-ção para a aquisição e manutenção de hábitos saudáveis,fomentando a ingestão de alimentos não cario-génicos, a escovagem dos dentes, comfornecimento de Kits e treino das crianças e a atribuição de che-ques dentista, nos grupos previstos pelo PNSO.

cativa, contemplam a saúde indivi-dual e colectiva, a inclusão escolar, o ambiente escolar e os estilos de vida, onde se inserem os progra-mas com maior visibilidade no Agrupamento de Escolas de Mur-ça, que passamos a referir.

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Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Es-colar - PRESSEVários estudos mostram que quanto mais informados, maior é a res-ponsabilidade dos jovens de ambos os sexos, face à sexualidade. A edu-cação para a sexualidade é uma questão muito mais ampla do que a simples transmissão de informação sobre os órgãos sexuais femininos e masculinos, a contraceção, as infeções sexualmente transmitidas ou a SIDA. Com o desenvolvimento deste programa,pretende-se dar poder, autonomizar, crianças e jovens, para que de uma forma assertiva tomem as decisões informadas, que consideram ajustadas a cada situação, sem cederem a pressões externas.

Programa de Escolas Livres de Tabaco - PELTSegundo a Organização Mundial de Saúde, 3 em 5 jovens que experimentam fumar tornam-se fumadores regulares.O Programa de Escolas Livres de Taba-co visaevitar ou atrasar a idade de início do consumo de tabaco. O programa de Escolas Livres de Tabacoincide no 3º Cicloe tem como objetivo capacitar as crianças e jovens, para a adoção de comportamentos saudáveis, face aos estímu-los sociais. JB

Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar - PASSEA alimentação saudável é um dos determinantes da saúde, prioritária nos programas de Promoção da Saúde dos Ministérios da Saúde e Educação. O PASSE está estruturado de forma a cruzar os contributos multidisci-plinares, num modelo de fácil implementação e pressupõe uma visão co-munitária da intervenção em Saúde Escolar. Abrange toda a comunidade educativa, de todos os níveis de ensino e elementos chave da comunidade extra educativa, os amigos, a família e as estruturas à volta da escola, que em conjunto ajudam a criar ambientes promotores da saúde. O objetivo primordial deste programa é desenvolver atitudes e crenças tendentes a opções responsáveis e conscientes, nomeadamente no que se refere às es-colhas alimentares, comer bem, como fonte de prazer e de saúde.Para além dos programas referidos, a UCC de Murça, constituída por uma equipa multidisciplinar, com múltiplas experiências e conhecimen-tos atualizados, mantém disponibilidade, para continuar, em parceria com a comunidade escolar, a potenciar o desenvolvimento destes, e /ou outros programas e projetos, no âmbito da saúde escolar.Esperamos sempre contribuir para que crianças e jovens, aprendam a di-zer não, à publicidade enganosa dos alimentos cariogénicos, à preguiça de escovar os dentes antes de dormir, à pressão ou mesmo violência de colegas, de namorados, do grupo, a experimentar fumar, a beber bebidas alcoólicas, a utilizar substâncias ilícitas, a abusos sexuais, a … dizer sim à informação, a aquisição de competências, para se autonomizarem no pleno exercício da cidadania.

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União Europeia Fundo Social Europeu Governo da República Portuguesa

David Mourão-Ferreira

2.º Ciclo de Cinema-Cinema Musical

A Escola Amiga da Arte, bem como os discentes do 11.ºC do Curso pro-fissional Técnico de Apoio Psicos-social promovem a segunda edição do Ciclo de Cinema, dedicado ao cinema musical, nos dias 3, 4 e 5 de abril de 2013, no auditório munici-pal de Murça.Apela-se, assim, à participação ati-va e harmoniosa, numa iniciativa assaz enriquecedora e promotora de conhecimentos culturais im-prescindíveis à formação plena dos nossos discentes nas diferentes competências. JB

Escola Amiga da ArteRosa Pais