o ativismo político do conselho federal de psicologia

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  • 8/3/2019 O Ativismo Poltico do Conselho Federal de Psicologia

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    O Ativismo Poltico do Conselho Federal de Psicologia

    * Luciano Garrido

    "Se a liberdade significa alguma coisa, ser sobretudo o direito

    de dizer aos outros o que eles no querem ouvir" George Orwell

    O Conselho Federal de Psicologia CFP perdeu o rumo. Movido por um forte ativismoideolgico, o rgo passou a negligenciar sua verdadeira misso institucional. A atualgesto, presidida pelo Sr. Humberto Verona, tem pautado suas aes por uma agenda

    poltica totalmente alheia aos interesses profissionais dos psiclogos. O movimentocuidar da profisso, cuja chapa saiu vencedora na ltima eleio do CFP, manifestou

    poca apoio integral candidatura Dilma Rousseff, elaborando inclusive um abaixo-assinado (veja aqui), que uma verdadeira ode ao governo petista. Ao invs de cuidarda profisso, o que o movimento tem feito cuidar dos prprios companheiros. No por outro motivo que a atuao do CFP, em diversos momentos, tem apresentadocontornos claramente partidrios. Contra esse aparelhamento poltico dos conselhos de

    psicologia do pas, a Lei 5.766 de 1971 bastante taxativa ao definir suas atribuies:

    Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionaisde Psicologia, dotados de personalidade jurdica de direito

    pblico, autonomia administrativa e financeira, constituindo,em seu conjunto, uma autarquia, destinados a orientar,

    disciplinar e fiscalizar o exerccio da profisso de Psiclogo ezelar pela fiel observncia dos princpios de tica e disciplina

    da classe. (Captulo I Dos Fins, art. 1, grifo meu).

    Vale dizer que nenhuma norma editada pelo CFP pode ampliar, reduzir ousimplesmente modificar o rol de atribuies outorgado pela referida lei. O que se v na

    prtica, porm, que a atuao do sistema de conselhos, alm de deturpar sua missoinstitucional, tem violado sistematicamente o prprio Cdigo de tica da profisso:

    Art. 2 Ao psiclogo vedado:

    b) Induzir a convices polticas, filosficas, morais,ideolgicas, religiosas, de orientao sexual ou a qualquer

    tipo de preconceito, quando do exerccio de suas funesprofissionais;

    CFP e a militncia GLBT

    No s o CFP que extrapola suas atribuies. Os conselhos regionais de psicologiatambm andam avanando o sinal vermelho. O CRP de So Paulo, por exemplo,superou todos os limites da decncia ao patrocinar um trio eltrico para animar o cortejo

    da Parada do Orgulho GLBT em So Paulo (vdeo aqui). De um s golpe, o CRP/SPmandou s favas o princpio da moralidade pblica e os preceitos ticos da profisso afinal, no se trata de induzir a convices de orientao sexual? E mais: de ondesaiu o dinheiro para financiar toda essa algazarra? O episdio cheira a improbidade

    http://news.psicologado.com/noticias-diversas/movimento-cuidar-da-profissao-faz-abaixo-assinado-apoiando-dilma-roussefhttp://www.youtube.com/watch?v=ROLW1-rmjzY&feature=sharehttp://www.youtube.com/watch?v=ROLW1-rmjzY&feature=sharehttp://news.psicologado.com/noticias-diversas/movimento-cuidar-da-profissao-faz-abaixo-assinado-apoiando-dilma-roussef
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    http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/199469-PROJETO-SUSTA-RESOLUCAO-DE-PSICOLOGOS-SOBRE-PRECONCEITOS-CONTRA-HOMOSSEXUAIS.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110225_005.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080605_971.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110708_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090610_002.html
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    que advogam pela diversidade.

    Resoluo 01/99: impede a liberdade de expresso e o livre exerccio da cincia e profisso.

    A promoo de regimes totalitrios

    Outro exemplo de militncia poltica orquestrada dentro dos conselhos de psicologiavem do estado de Minas Gerais. No site do CRP/MG possvel acessar um cartaz

    promocional do 3 Encontro dos Movimentos Sociais, evento que contou com a presena de Aleida Guevara pessoa cujo grande feito ser filha de guerrilheiroe pertencer ao Partido Comunista Cubano - PCC. dispensvel mencionar as

    barbaridades que o comunismo/socialismo perpetrou ao longo do sculo passado, masse voc quer ter uma noo do que os revolucionrios Che Guevara e Fidel Castroforam capazes de fazer contra os Direitos Humanos, confira as denncias feitas neste eneste site (sobre perseguies aos homossexuais cubanos), ou ainda neste aqui (sobreo racismo institucionalizado em Cuba). Talvez isso ajude a explicar porque os cubanosvivem tentando fugir do paraso socialista para viver os horrores do capitalismoamericano.

    O assunto debatido no referido encontro foi a Conjuntura da Amrica Latina esituao de Cuba (veja aqui), algo muito edificante e instrutivo para os profissionaisda psicologia, no mesmo? Em outra pgina institucional na internet, o CRP/MGd um espao generoso para uma matria jornalstica na qual a filha do guerrilheiroaparece exaltando a ditadura cubana como um exemplo de sociedade socialista [que]nos permitiu viver com dignidade, deu sade e educao gratuitas a todos os cidadoscubanos (veja aqui). No quero entrar em digresses, mas a suposta excelnciado servio de sade cubano o trunfo propagandstico do regime castrista j foiamplamente desmascarada, fato que pode ser conferido no vdeo 1, vdeo 2 e nesteartigo. Como se v, a mitomania socialista subsiste contra fatos e evidncias, e aindaexplora a credulidade de alguns perfeitos idiotas latino-americanos. O que no se

    admite, porm, que um Conselho de Psicologia finja ignorar as constantes violaesde Direitos Humanos ocorridas sob a ditadura cubana (veja aqui). No se podem olvidaros presos polticos que morrem em greves de fome nos crceres cubanos (veja aqui).Em suma, o CRP/MG precisa decidir se quer defender os Direitos Humanos ou se vai

    promover regimes autoritrios.

    Ressalte-se que o referido evento tambm comemorou os 27 anos de existnciado Movimento dos Sem-terra (MST), uma organizao de extrema-esquerda queobedece fielmente velha cartilha do submarxismo leninista. Dentre os participantesdo encontro, estavam o Partido Comunista Brasileiro PCB, a CUT, a UNE, a ViaCampesina e outros sindicatos e entidades proto-comunistas. O CRP de Minas Geraistambm estava l, travestido de movimento social.

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260http://www.ggb.org.br/fidel%20canstro%20%C3%BAltimo%20homofobico%20cubano.htmlhttp://gaysdedireita.blogspot.com/2009/12/aliomar-janjaque-cubano-gay.htmlhttp://www.racismoemcuba.blogspot.com/http://www.crp04.org.br/GeraConteudo.asp?materiaID=1966http://www.crp04.org.br/GeraConteudo.asp?materiaID=1976http://www.youtube.com/watch?v=25_RgM1jHeo&eurlhttp://www.youtube.com/watch?v=N6Ve9wA1cpc&feature=relatedhttp://www.mises.org.br/Article.aspx?id=350http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/02/23/preso-politico-cubano-morre-apos-85-dias-de-greve-de-fome-oposicao-declara-luto-nacional-915924065.asphttp://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/02/23/preso-politico-cubano-morre-apos-85-dias-de-greve-de-fome-oposicao-declara-luto-nacional-915924065.asphttp://www.mises.org.br/Article.aspx?id=350http://www.youtube.com/watch?v=N6Ve9wA1cpc&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=N6Ve9wA1cpc&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=25_RgM1jHeo&eurlhttp://www.youtube.com/watch?v=25_RgM1jHeo&eurlhttp://www.crp04.org.br/GeraConteudo.asp?materiaID=1976http://www.crp04.org.br/GeraConteudo.asp?materiaID=1966http://www.racismoemcuba.blogspot.com/http://www.racismoemcuba.blogspot.com/http://www.racismoemcuba.blogspot.com/http://gaysdedireita.blogspot.com/2009/12/aliomar-janjaque-cubano-gay.htmlhttp://www.ggb.org.br/fidel%20canstro%20%C3%BAltimo%20homofobico%20cubano.htmlhttp://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260
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    Evento contou com o apoio e participao do CRP/MG

    A Aleida Guevara posa na foto ao lado do ditador cubano Raul Castro conivncia com regimes queviolam Direitos Humanos.

    Extrema esquerda: solidariedade a um ex-terrorista.

    Esse flerte dos Conselhos de Psicologia com ideologias totalitrias muito maispreocupante do que se imagina. No dia 07 de Setembro de 2009, ou seja, em plena datacomemorativa pelo Dia da Independncia, a coordenadora da Comisso Nacional deDireitos Humanos (CNDH) do CFP, Ana Luiza de Souza Castro, foi at o ComplexoPenitencirio da Papuda no DF e fez uma visitinha de solidariedade ao terrorista italianoCesare Battisti, ex-integrante de uma organizao de extrema-esquerda alcunhadade Proletrios Armados Pelo Comunismo. A visita foi articulada pela deputada ErikaKokay do PT, poca vice-presidente da Comisso de Direitos Humanos da CmaraLegislativa do Distrito Federal (veja aqui).

    Para quem no se recorda, a Justia italiana condenou Cesare Battisti em ltima

    instncia priso perptua pelo assassinato de quatro pessoas. Trata-se, portanto, deuma condenao por crime comum. No obstante, a opinio do CFP de que o Brasildeve manter a condio de refugiado poltico concedida ao assassino. Enquanto isso,na Itlia, os parentes das vtimas mantm a esperana de que, um dia, a justia possa serfeita.

    Mais uma vez, voc deve estar se perguntando por que o Conselho Federal dePsicologia, sendo um rgo fiscalizador do exerccio profissional, deve se meterem questes diplomticas to sensveis, que envolvem um cidado estrangeiro emconflito com a lei de seu pas e duas naes discutindo o cumprimento de acordosinternacionais. Se voc respondeu que as razes dessa intromisso so ideolgicas, voc

    acertou. A ttulo de comparao, vale recordar o caso dos pugilistas cubanos GuillermoRigondeaux e Erislandy Lara que, durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro,decidiram desertar da ilha-crcere e solicitar refgio poltico ao Brasil (veja aqui). Parasurpresa de todos, os dois acabaram sendo extraditados e devolvidos ao seu antigo

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090904_002.htmlhttp://www.conjur.com.br/2009-fev-28/mj-explica-boxeadores-cubanos-nao-pediram-ficar-brasilhttp://www.conjur.com.br/2009-fev-28/mj-explica-boxeadores-cubanos-nao-pediram-ficar-brasilhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090904_002.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090904_002.html
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    algoz: a tirania cubana. O CFP no soltou uma msera nota de solidariedade aos atletas. que a camarilha esquerdista jamais contraria el Comandante Fidel.

    Ex-terrorista Cesare Battisti recebe solidariedade do CFP e desfruta a impunidade em terra brasilis. Aolado, atletas cubanos cujo nico crime foi tentar escapar da tirania cubana no tiveram a mesma sorte

    e foram repatriados.

    A questo da terra e o MST: uma parceria.

    A parceria dos Conselhos de Psicologia com o Movimento dos Sem-terra MST jdeu vrios frutos. Na gesto passada, o CFP promoveu um Seminrio Nacional sobrea Questo da Terra: Desafios para a Psicologia (veja aqui). Segundo a psicloga AnaBock ento presidente da autarquia a realizao do seminrio significa muitacoisa para a Psicologia, j que a terra se constitui como um elemento estruturante dasubjetividade (se no acredita, veja aqui).

    Deixando de lado o efeito cmico da declarao j que fundada em um pan- psicologismo boc , preciso notar que alguns subterfgios ideolgicos, muitomal disfarados, vm sendo usados para burlar a legislao que define as atribuiesdos Conselhos de Psicologia e, com isso, promover grupos alinhados a ideologiasmoribundas. Se o CFP fosse um sindicato, uma associao, um partido poltico ou umaONG, no dia seguinte seria possvel cancelar a inscrio. Ocorre que os psiclogos soobrigados a se manter inscritos no conselho de classe para exercer sua profisso, demaneira que acabam financiando essas ideologias malucas mesmo a contragosto.Sem entrar no mrito da questo fundiria que comporta anlises econmicase conjunturais cuja complexidade os psiclogos presentes no evento ignoravamsolenemente o fato que um rgo regulamentador da profisso no pode imiscuir-se em assuntos que fogem completamente sua alada. No sei se a questo da terrainteressa verdadeiramente aos psiclogos em sua maior parte, profissionais liberais mas se os conselhos continuarem negligenciando a cincia e a profisso as quais devemorientar, regular e disciplinar, no vai demorar muito e os psiclogos tero que, a sim,

    pegar na enxada para sobreviver como na Cuba socialista, talvez.

    http://www.mst.org.br/node/2509http://www.youtube.com/watch?v=DHTewmvWSYs&feature=sharehttp://www.youtube.com/watch?v=DHTewmvWSYs&feature=sharehttp://www.mst.org.br/node/2509
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    Seminrio sobre a questo da terra: desafios para a psicologia. MST onipresente.

    Outro caso curioso diz respeito a uma nota (veja aqui) assinada pelo Conselho Regionalde Psicologia de So Paulo, com sub-sede em Bauru, na qual se critica a priso de noveintegrantes do MST que teriam participado da invaso e depredao de uma fazenda

    produtora de laranjas da empresa Cutrale, em Borebi (veja vdeo aqui). Observe que,

    entre as entidades signatrias da nota, encontram-se o PSOL, PT, CUT ComissoPastoral da Terra e Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina. O Conselho Federalde Psicologia, que doravante apelidado de CFP do B pois mais parece um partido

    poltico tambm estava presente no evento, fazendo jus sua mais nova sigla.

    E aqui cabe um pequeno parntese. Os signatrios da nota podem no saber, masns vivemos sob um Estado de Direito, e as referidas prises foram legitimamentedeterminadas por um juiz togado. Portanto, qualquer contestao, em situaosemelhante, deve ser feita pela parte interessada interpondo-se recurso judicial. O queno se entende como um Conselho de Psicologia pode se dar o direito de criticar

    publicamente a ao legtima de um dos poderes da Repblica. Qual fundamento tico

    ou amparo legal para tanto? Mais uma vez, a motivao parece puramente ideolgica.

    Vandalismo do MST na fazenda da empresa Cutrale. Um trator flagrado derrubando laranjais.Radicalismo com a chancela do CFP.

    Solideriedade aos companheiros.

    Essa mania do CFP do B de criticar sentenas judiciais s vezes beira o ridculo. Em2006, quando o intelectual Emir Sader um autntico representante da esquerda radicalautctone foi condenado judicialmente por injria ao ex-senador Jorge Bornhausen, aocham-lo de racista, o CFP do B entrou em cena e publicou uma notinha (veja aqui) emdefesa do companheiro de ideologia. Para quem no se lembra do episdio, a reaoatabalhoada de Emir Sader foi motivada por um pronunciamento do ex-senador tucano

    no qual se refere aos petistas usando a palavra raa (a gente vai se ver livre dessaraa por, pelo menos, 30 anos). Sabe-se l por que cargas dgua, Sader entendeu queestava diante de uma inequvoca manifestao de racismo. Logo, sentindo os prprios

    pelos eriados, arremeteu contra o desafeto com um arrojo quase quixotesco afinal,

    http://institutoacessopopular.blogspot.com/2010/10/entidades-denunciam-prisao-de-sem-terra.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=YbqLd1Sa7qYhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_061106_665.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_061106_665.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=YbqLd1Sa7qYhttp://institutoacessopopular.blogspot.com/2010/10/entidades-denunciam-prisao-de-sem-terra.html
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    algum precisava defender os brios da raa! H quem reprove o tom da declarao,mas simplesmente inconcebvel que algum, nesse caso, tome a palavra raa em seusentido literal, de etnia. Apenas Emir Sader se permitiu prestar esse papelo.

    Quem no se recorda de uma msica dos Racionais MC em que os policiais sochamados de raa do caralho? Malgrado o tom ofensivo da letra, jamais ocorreu a

    um policial acusar esses rappers de racistas. Agora, que o CFP se meta num disparatedesses, algo capaz de surpreender qualquer psiclogo acostumado a lidar com assandices alheias. Nesse episdio especfico, acredito que os laos de compadrioideolgico falaram mais alto, deixando para ns a sensao de que o princpio daimpessoalidade na administrao pblica no costuma encontrar muita ressonncia nasaes do CFP do B.

    Na nota em defesa do intelectual, a ex-presidente da autarquia, Sra. Ana Bock,nos adverte de que Emir Sader tem sido parceiro dos Conselhos de Psicologia naconstruo da ULAPSI Unio Latino-Americana de Entidades de Psicologia. Paraquem no conhece a ULAPSI, trata-se de uma organizao que presta culto figurado lder revolucionrio Che Guevara (veja aqui) e convida os psiclogos a assumirem

    seu exemplo libertador, elevando-o condio de smbolo da luta pelos ideaisde liberdade (veja aqui) presume-se que essa liberdade seja igualzinha a que oscubanos desfrutam sob a ditadura de Fidel Castro. No uma beleza? Se algum quisersaber mais a respeito do Emir Sader, acesse o link 1 e link 2.

    Emir Sader em companhia do petista Marco Aurlio Garcia, num encontro do partido. direita, Sader aolado do ex-presidente Lula, que o enviou Cuba para prestar homenagens Fidel Castro (veja a matria

    aqui) . Fonte da 1 foto: aqui.

    A poltica do vale-tudo

    Voc acha que a Psicologia, mesmo que remotamente, tem alguma coisa a ver combanda larga de internet? Voc pode no achar, mas o CFP do B acha. E foi pensandonisso que ele se juntou CUT, ao Movimento Negro Unificado, Liga Brasileira deLsbicas, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Unio Brasileira

    de Mulheres, entre outras entidades congneres, para assinar um manifesto (veja aqui)em defesa do "direito banda larga"! Isso mesmo. Mais uma vez, voc deve estar se

    perguntando o que faz um conselho de classe se juntar a tais entidades para defenderalgo totalmente estranho psicologia. Por mais esdrxula que lhe parea essa parceria,ela est devidamente documentada na pgina do Partido Socialismo e Liberdade

    PSOL. L, a nossa autarquia federal foi classificada como "ativista" (com todapropriedade, obviamente).

    J o Conselho Regional de Psicologia do Paran promoveu uma mesa redonda (vejaaqui) sobre o tema "Justia para todos?" e, para debater o assunto, convidou umdeputado do PT (veja aqui), um promotor de justia do MP-PR e um assessor jurdico

    de uma organizao militante chamada Terra de Direitos, organizao essa que, entreoutros feitos, ganhou o prmio Luta pela Terra em comemorao aos 25 anos doMST aquele mesmo movimento social que ensina crianas a prestar culto figurado Che Guevara. (veja aqui). Percebam que a questo da terra algo onipresente no

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_061007_649.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_091020_002.htmlhttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/intelectuais-relembrem-texto-sader-esquecam-sua-ortografia/http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0139.htmhttp://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1370784-5601,00.htmlhttp://blogdoadeli.blogspot.com/2010/05/emir-sader-e-marco-aurelio-garcia.htmlhttp://psolsp.org.br/blog/2011/02/27/ativistas-pela-defesa-da-banda-larga-lancam-manifesto/http://www.crppr.org.br/eventos.php?id=377http://amigosdoveneri.wordpress.com/2011/07/06/tadeu-veneri-participara-de-mesa-redonda-no-conselho-regional-de-psicologia/http://terradedireitos.org.br/sobre/http://veja.abril.com.br/080904/p_046.htmlhttp://veja.abril.com.br/080904/p_046.htmlhttp://terradedireitos.org.br/sobre/http://terradedireitos.org.br/sobre/http://terradedireitos.org.br/sobre/http://terradedireitos.org.br/sobre/http://terradedireitos.org.br/sobre/http://amigosdoveneri.wordpress.com/2011/07/06/tadeu-veneri-participara-de-mesa-redonda-no-conselho-regional-de-psicologia/http://www.crppr.org.br/eventos.php?id=377http://psolsp.org.br/blog/2011/02/27/ativistas-pela-defesa-da-banda-larga-lancam-manifesto/http://blogdoadeli.blogspot.com/2010/05/emir-sader-e-marco-aurelio-garcia.htmlhttp://blogdoadeli.blogspot.com/2010/05/emir-sader-e-marco-aurelio-garcia.htmlhttp://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1370784-5601,00.htmlhttp://www.olavodecarvalho.org/convidados/0139.htmhttp://www.olavodecarvalho.org/convidados/0139.htmhttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/intelectuais-relembrem-texto-sader-esquecam-sua-ortografia/http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/intelectuais-relembrem-texto-sader-esquecam-sua-ortografia/http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_091020_002.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_061007_649.html
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    imaginrio do CFP do B. O mais curioso que nenhum psiclogo foi convidado paradar palpite sobre o assunto, o que mostra quo relevante ele para a profisso em geral.

    Na contramo dos Direitos Humanos

    Os desmandos no param por a, ao contrrio, se multiplicam. Em 2009, o maisnovo partido, o CFP do B, publicou uma nota de repdio construo do Complexo

    Penitencirio em Ribeiro das Neves (MG) por meio de Parceria Pblico-Privada (vejaaqui). Na nota, o Conselho "alerta para o risco de, ao entregar para a iniciativa privadaa construo e gesto do sistema prisional, tornar o crime um timo negcio." Esseargumento, porm, to obtuso quanto dizer que a criao de hospitais particularestorna a doena um timo negcio. O pior que tal raciocnio vale tambm para osconsultrios particulares de psicologia. Se voc um profissional liberal da psicologia,no se surpreenda se algum disser que voc um mercenrio e lucra com o sofrimentoalheio. Pois esse tipo de mentalidade que o CFP do B anda ventilando por a. H atquem considere a psicoterapia uma coisa de burgus.

    A nota diz ainda que a criao desse complexo " mais uma iniciativa que busca em

    modelos de acirramento da punio uma estratgia para enfrentamento dos graves problemas de criminalidade no pas." Aqui, estamos diante de um exemplo tpicode argumento non sequitur, isto : aquele cuja concluso no segue a premissa. Osconselheiros do CFP do B podem ignorar, mas qualquer acadmico de Direito sabe quesomente a legislao penal pode acirrar punies. A construo de novos presdios,ao contrrio, produz um efeito benfico, j que minimiza a atual superlotao carcerriaque tem tornado a vida dos presos completamente degradante, aviltante e desumana.

    A superlotao dos presdios brasileiros torna a vida dos presos deplorvel. E o CFP, na contramo dos

    Direitos Humanos, repudia a construo de novos presdios.

    Opo preferencial pelo crime

    Na cartilhaDiretrizes para Atuao e Formao dos Psiclogos do Sistema PrisionalBrasileiro, produzida pelo CFP do B em parceria com o Ministrio da Justia eDepartamento Penitencirio Nacional (veja aqui) a psicloga Ana Mercs Bahia Bockescreve na apresentao do documento (grifo meu):

    "(...) Neste novo cenrio, uma das reas que surge comoa exigir referncias, debates e providncias por parte dos

    psiclogos e do Conselho Federal de Psicologia, como rgodisciplinador da profisso, para que se possa repensar as

    prticas psicolgicas nesse campo. Emerge com a necessidadede se questionar e refletir sobre em que efetivamente consiste aatuao do psiclogo nesse contexto, pensando-se numa prticaque possa ir alm daquela que os psiclogos j exerciam e que,muitas vezes, restringia-se emisso de laudos e pareceres aservio de juzes.

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090402_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090402_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/publicacoes/publicacoesDocumentos/depen_cartilha.pdfhttp://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/publicacoes/publicacoesDocumentos/depen_cartilha.pdfhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090402_001.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_090402_001.html
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    Com a noo clara de que preciso qualificar a intervenodos profissionais psiclogos, a busca dessa nova referenciao,nesse momento, tem de partir do entendimento de que o SistemaPrisional tem sua gnese num modelo de sociedade embasado naexcluso, na disciplina, na estigmatizao e na criminalizaocomo modos de enfrentar as infraes s leis e regras sociais,

    para os quais a Psicologia, reconhecidamente, contribuiu para alegitimao.

    preciso, ento, que se parta do entendimento de que a cadeia,o aprisionamento e a excluso social no so solues para aviolncia nem para a criminalidade. Ao contrrio, a criao dasapartaes sociais s pode fomentar essas situaes."

    possvel que em apenas trs pargrafos consecutivos se possa cometer tantossofismas? Percebam que, logo no incio, a Sra. Ana Bock faz questo de evocar acondio de rgo disciplinador do Conselho Federal da Psicologia. No pargrafo

    seguinte, curiosamente, ela critica o Sistema Prisional afirmando que ele "tem suagnese num modelo de sociedade embasado na... disciplina! Traduzindo para o

    portugus claro, significa dizer que disciplinar psiclogos necessrio e aceitvel, masdisciplinar pessoas que mataram, roubaram, traficaram ou estupraram , na opiniodesta psicloga, algo absolutamente reprovvel.

    Ainda no primeiro pargrafo, ela diz que os psiclogos, em suas atividades no SistemaPrisional, at ento, se restringiam emisso de laudos e pareceres a servio de juzes.Da forma como est dito, parece que os psiclogos que exercem suas atividadesno Sistema Prisional so como "meirinhos" a mando de juzes, e no profissionaisautnomos e tecnicamente preparados, que trabalham de forma honesta em prol da

    Justia do seu pas e prestam um relevante servio, no aos juzes, mas sociedade.O que est em jogo aqui, portanto, um evidente preconceito ideolgico contra aPsicologia Criminal. No seu art 1, cdigo de tica aponta como dever fundamental decada psiclogo:

    j) Ter, para com o trabalho dos psiclogos e de outros

    profissionais, respeito, considerao e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo

    relevante;

    No segundo pargrafo, ela afirma que o "modelo de sociedade" vigente, representadopelo Sistema Prisional, se baseia na excluso, estigmatizao e criminalizao como

    modos de enfrentar "s infraes s leis e regras sociais". Primeiramente, vamoscolocar as coisas em seu devido lugar. preciso dizer que ningum jamais foi presopor infringir uma simples "regra social". Onde j se viu, por exemplo, um sujeito ir paraa cadeia por furar uma fila? Isso, obviamente, conversa fiada. Agora, vamos trocara expresso "infraes s leis" por crime, cujo significado o mesmo. Nesse caso,faz algum sentido dizer que a sociedade criminaliza quem comete crime? Claro queno. Ademais, a causa da excluso no pode estar na punio em si mesma, e sim no

    prprio ato desviante. Quando algum opta pela conduta criminosa, est renegando osvalores socialmente compartilhados e se excluindo, ele prprio, da comunidade qual

    pertence. Qualquer pessoa com o senso moral intacto entende isso. At os delinqentes,em sua maioria, tem conscincia de seu erro. S algum com a cabea entulhada de

    ideologia marxista acha que pode abolir a idia de responsabilidade pessoal e, com isso,retirar a culpa do criminoso para coloc-la na sociedade.

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    Site do CFP divulga I Encontro Brasileiro de Educao e Marxismo: "Marxismo, Cincia e Educao: A

    Prxis Transformadora como Mediao da Produo de Conhecimento" (veja aqui)

    Concordo que as prises do pas precisam ser humanizadas, de modo a possibilitar aefetiva reinsero social do preso, conforme preconiza nossa legislao. Agora, acharque podemos viver num mundo sem prises uma dessas utopias desvairadas que s

    passou pela cabea de um anarquista como Michel Foucault. At onde se sabe, no hum nico pas que tenha prescindido de penitencirias talvez aqueles que, a exemploda China comunista, opta pelo extermnio sumrio como alternativa ao encarceramento.Por isso, advogar a tese de que cadeia no soluo para o grave problema dacriminalidade , na mais branda das hipteses, passar atestado de ingenuidade. Comodiria Franois Revel, a utopia no tem obrigao de apresentar resultados; sua nicafuno permitir aos seus adeptos a condenao do que existe em nome daquilo queno existe."

    Utopismo e anarquia: o fim das prises.

    Embora as opinies emitidas pela atual gesto do CFP do B sobre a Justia Criminal

    tenham um carter fracamente panfletrio e anarquista, o rgo foi brindado esse anocom um assento no Conselho Nacional de Segurana Pblica - CONASP (veja aqui).Em nota, a conselheira empossada afirmou, com toda aquela fraseologia caracterstica,que a Psicologia quer pensar novas formas de responsabilizao que no minemdireitos e retirem a condio de humanos, em especial quando pensamos na populaocarcerria. Insistimos na bandeira do fim possvel das prises. Note bem: no anode 2009 o Brasil alcanou o terceiro maior ndice de homicdios da Amrica do Sul,chegando marca dos 43.909 (veja aqui); nesse cenrio, qualquer proposta pelo fimdas prises chega a ser acinte. De qualquer forma, vamos aguardar que se apresentemas novas formas de responsabilizao propostas pela conselheira. Quem sabe nessa

    brincadeira o velho puxo de orelha no seja reabilitado? O Comando Vermelho e oPCC agradeceriam penhorados.

    Retrato das escalada da violncia nas grandes capitais. Aes no sentido de solucionar problemas sociaisno podem substituir a represso ao crime.

    Guerra s Comunidades Teraputicas.

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/agenda/eventos_passados/agenda_050217_0997.htmlhttp://paralaxis.blogspot.com/2011/08/perversao-de-foucault.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110104_001.htmlhttp://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/10/06/brasil-tem-terceiro-maior-indice-de-homicidios-da-america-do-sul-diz-estudo-da-onu-925524348.asphttp://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/10/06/brasil-tem-terceiro-maior-indice-de-homicidios-da-america-do-sul-diz-estudo-da-onu-925524348.asphttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110104_001.htmlhttp://paralaxis.blogspot.com/2011/08/perversao-de-foucault.htmlhttp://paralaxis.blogspot.com/2011/08/perversao-de-foucault.htmlhttp://paralaxis.blogspot.com/2011/08/perversao-de-foucault.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/agenda/eventos_passados/agenda_050217_0997.html
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    Onde quer que o CFP do B meta seu bedelho, l deixar a marca de sua ideologia.Recentemente, a autarquia federal iniciou uma verdadeira cruzada contra aschamadas comunidades teraputicas. Aps realizar uma Inspeo Nacional deUnidades Psiquitricas em Prol dos Direitos Humanos, o CFP entregou a doisrepresentantes da Organizao das Naes Unidas (veja aqui) um relatrio contendo 66

    casos de supostas violaes aos Direitos Humanos nos manicmios e nas comunidadesteraputicas. No sei exatamente qual o amparo legal para o CFP enquanto rgode classe efetuar esse tipo de inspeo. Muitas dessas comunidades nem sequerapresentam psiclogos em seus quadros. Independente disso, deve-se reconhecerque esta ao at louvvel e meritria afinal, ningum em s conscincia podecompactuar com violaes aos Direitos Humanos. S que h um problema: essasinspees, como tudo o que o CFP do B tem feito, possuem um claro vis poltico eideolgico. A prova disso que, uma vez tendo identificado casos de maus-tratos etortura, o CFP tinha a obrigao de procurar a delegacia mais prxima e denunciar ocrime, ao invs de se limitar confeco de um simples relatrio para entreg-lo a umaorganizao internacional como a ONU. At porque o Conselho de Direitos Humanos

    das Naes Unidas caso o CFP do B no saiba composto por pases como Cuba eChina, que so notrios e sistemticos violadores de Direitos Humanos. No pense que piada (veja aqui).

    Portanto, percebe-se que essa investida do CFP do B contra as comunidadesteraputicas em geral, e no contra aquelas que eventualmente cometem desvios. Aidia colocar todas no mesmo balaio. Mal comparado, como se algum pedisse ofechamento do Conselho Federal de Psicologia s porque a atual gesto anda fazendo

    bobagem por a.

    preciso dizer que o tratamento de dependentes qumicos uma tarefa bastantecomplexa, requer uma interveno intensiva e imediata, e exige um alto investimentoemocional de todos os evolvidos. Na falta de uma palavra melhor, h quem considereessa atividade um verdadeiro sacerdcio. Portanto, no faz o menor sentido entregara exclusividade desse tipo de servio nas mos de uma burocracia estatal, com todassuas notrias deficincias. Alm disso, o CFP no apresentou nenhuma base tcnica oucientfica para sustentar essa proposta.

    A retrica oficial atual sugere a existncia de centros deatendimento para dependentes qumicos, centros esses reaisou ainda por serem estabelecidos. Eles estariam baseados em

    um Sistema nico de Sade (SUS), sabidamente falimentar,e que por isso mesmo no tem condies sequer de atuareficientemente em reas tradicionais de demanda por serviosmdicos de rotina, que dizer da complexa terapia para ofenmeno da dependncia qumica de "crack" e outras drogas deuso ilcito. (Prof. Dr. George Felipe Dantas, veja aqui)

    A Secretria Nacional de Polticas Sobre Drogas, Paulina Duarte, tambm pensadiferente do CFP, e declarou que no tem como deixar de reconhecer este trabalhoimportante das comunidades teraputicas. Realmente o governo sozinho no temcondies de lidar com este grave problema que envolve principalmente a famlia

    (veja aqui). Observe que o bom senso sempre prevalece quando a opinio vem isenta decacoetes ideolgicos.

    A rigor, o que o CFP no quer aceitar o fato de que o dinheiro do SUS possa

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110927_004.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Direitos_Humanos_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidashttp://www.conteudojuridico.com.br/?colunas&colunista=9166_George_Dantas&ver=1063http://www.magnomalta.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=2061:magno-malta-recuperar-dependentes-qucos-m-verdadeiro-sarced&catid=27:outras-notas&Itemid=45http://www.magnomalta.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=2061:magno-malta-recuperar-dependentes-qucos-m-verdadeiro-sarced&catid=27:outras-notas&Itemid=45http://www.conteudojuridico.com.br/?colunas&colunista=9166_George_Dantas&ver=1063http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Direitos_Humanos_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidashttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110927_004.html
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    ser destinado a instituies religiosas que, no cuidado aos dependentes qumicos, promovam a famlia, a espiritualidade e os valores tradicionais. Em contrapartida, oCFP fez do SUS o seu verdadeiro xod. E no podia ser diferente: o atual presidente daautarquia, o psiclogo Humberto Verona, egresso do Sistema nico de Sade, e militaem sua defesa com um empenho realmente admirvel.

    Uma cartilha editada pelo Conselho (veja aqui) afirma que o SUS um dos maiores patrimnios nacionais, construdo coletivamente para cuidar da sade da populaobrasileira, (...) em oposio a todas as formas de privatizao da sade. Ou seja, sevoc psiclogo e profissional liberal, seu rgo de classe est declaradamente contravoc, pois se ope a TODAS as formas de privatizao da sade. Caso o CFP do Bconsiga emplacar seu projeto estatizante para a sade, no lhe restar outra opo, caro

    psiclogo, seno virar funcionrio pblico e viver a soldo do governo.

    Fonte: aqui

    As absurdidades do CFP do B no param por a. Em um recente manifesto sobre aquesto das drogas (sim, eles adoram manifestos!), foi dito que o SUS, com coernciae respeito (imagine s!), ensinou ao pas que a sade no objeto mercantil, nose compra nem se vende (s faltou dizer que tambm no se recebe). Pois Bem.Enquanto o CFP do B faz juras de amor ao SUS, o IPEA fez um levantamento emostrou que 58,1% da populao apontam a falta de mdico como o maior problemado Sistema nico de Sade (veja aqui e tambm aqui). A falta de remdio tem sidooutra reclamao muito comum (veja aqui)

    Se voc perguntar ao CFP como se pode resolver todos esses problemas do SUS, ele

    simplesmente dir: criem-se novos impostos. Sim, porque o CFP j se manifestou publicamente em favor da Contribuio Social para a Sade - CSS (veja aqui). Deacordo com a conselheira Rosngela Silveira, hoje, o Brasil no tem condies deaplicar mais recursos no setor. preciso uma outra fonte de arrecadao. E ela tem devir da CPMF da Sade, que est sendo discutida no Congresso. Somos favorveis aotributo.

    Alto l! Que histria essa de somos favorveis? No lembro de ter passado procurao conselheira para defender a criao de novos impostos. E nem sei,ademais, por que um Conselho de Psicologia deveria tomar partido de uma demandado governo. O nosso pas tem hoje uma das maiores cargas tributrias do planeta

    (veja aqui) e boa parte do dinheiro arrecadado nos impostos acaba sendo sorvido pelamalversao e corrupo institucionalizadas. Mas, para o CFP do B, isso pouco importa.O importante mesmo pagar tributo ideologia estatizante. Perceba que aquele paposocialista de que sade no objeto mercantil, no se compra nem sem vende, no

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticiaDocumentos/13_razoes_-_FINAL.pdfhttp://www.tasabendo.com/home/wp-content/uploads/2011/03/sus.jpghttp://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/02/09/ipea-58-1-apontam-falta-de-medicos-como-maior-problema-do-sus-923759508.asphttp://noticias.r7.com/saude/noticias/espera-por-consulta-medica-e-a-maior-queixa-dos-brasileiros-20100810.htmlhttp://www.estadao.com.br/noticias/impresso,faltam-remedios-de-alto-custo-no-sus,629360,0.htmhttp://pol.org.br/noticias/materia.cfm?id=963&materia=1433http://www1.folha.uol.com.br/mercado/792959-carga-tributaria-no-brasil-e-maior-do-que-nos-eua-dinamarca-lidera.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/792959-carga-tributaria-no-brasil-e-maior-do-que-nos-eua-dinamarca-lidera.shtmlhttp://pol.org.br/noticias/materia.cfm?id=963&materia=1433http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,faltam-remedios-de-alto-custo-no-sus,629360,0.htmhttp://noticias.r7.com/saude/noticias/espera-por-consulta-medica-e-a-maior-queixa-dos-brasileiros-20100810.htmlhttp://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/02/09/ipea-58-1-apontam-falta-de-medicos-como-maior-problema-do-sus-923759508.asphttp://www.tasabendo.com/home/wp-content/uploads/2011/03/sus.jpghttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticiaDocumentos/13_razoes_-_FINAL.pdf
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    final das contas, acaba saindo muito caro. O contribuinte que o diga.

    Ministrio da Sade o campeo de irregularidades (fonte: Revista Veja)

    O controle social da mdiaA mais nova investida do CFP do B chama-se controle social da mdia. Se voc aindaacredita que o mais democrtico controle social da mdia o controle remoto de suateleviso, voc est redondamente enganado. Em mais um de seus panfletos, o CFP juraque

    essa viso equivocada sempre fez com que o acesso comunicao fosse algo individual: os interessadosdeveriam assumir a responsabilidade pelo acesso, a

    responsabilidade por avaliar o que recebem em suas casase, individualmente, decidir se querem ou no mudar o canal,

    desligar a TV, o rdio (veja aqui).

    Confesso que no entendi muito bem as aspas usadas na palavra avaliar. Talvez o CFPache que voc, cidado, no suficientemente capaz de avaliar por si mesmo o que melhor para voc. Ou talvez ele queira apenas facilitar sua vida, retirando de suas moso peso de tamanha responsabilidade. No sei ao certo. Porm, se esse plano totalitriofor adiante, tenha certeza de que o controle ser feito por uma espcie de teletelaorwelliana, por trs da qual haver sempre a figura de um Grande Irmo decidindotudo aquilo que voc pode ou no assistir. E se porventura o cidado decidir desligara televiso para ler um livro, ah... porque ele ainda est imbudo daquela visoequivocada.

    Para efeito de argumentao, proponho um experimento. Vamos imaginar que o temaem questo mudasse para sufrgio universal. Suponhamos que o Conselho Federal dePsicologia dissesse o seguinte:

    essa viso equivocada sempre fez com que as eleiesno Brasil fossem algo individual: os interessadosdeveriam assumir a responsabilidade pelo prprio

    voto, a responsabilidade de avaliar os candidatos e,individualmente, decidir quem vo eleger.

    O que voc pensaria disso? Voc no acharia absurdo se algum dissesse que o voto

    http://conecomrj.blogspot.com/2009/10/propostas-do-conselho-federal-de.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teletelahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teletelahttp://conecomrj.blogspot.com/2009/10/propostas-do-conselho-federal-de.html
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    livre faz parte de uma viso equivocada? E mais: no seria uma atitude reacionria eautoritria propor o controle sobre o nosso voto? Pois o argumento usado para defendero controle social da mdia exatamente o mesmo. Eles querem decidir o que bom

    para todos ns. Seno, vejamos. Segundo o CFP,

    a necessidade de acesso informao correta, digna, a

    manifestaes culturais, plurais, ticas, qualificadas, temmais semelhana com a necessidade de acesso sade e educao do que com uma tica comercial.

    Primeiramente, gostaria de saber qual a bronca do CFP com a tica comercial sejana educao, na sade, no acesso informao ou em qualquer outra rea. Parece queestamos diante daquele velho preconceito ideolgico novamente. O CFP do B partedo pressuposto de que um contrato comercial selado livremente entre as partes algoa ser encarado com reservas. Ser que um psiclogo, por exemplo, que estabelece umcontrato comercial com seu cliente, estar impedido de ser tico, correto e de prestarum servio digno? O que est nas entrelinhas do texto a idia equivocada de que

    apenas o servio pblico detentor de tais atributos quando, em muitos casos, ocorrejustamente o contrrio!

    Voltando a questo do controle social da mdia, perceba que no ser mais voc quemvai discernir qual informao correta e digna, bem como quais manifestaesculturais so plurais, ticas e qualificadas. Como j foi dito, o Grande Irmo farisso por voc. Saiba que CFP do B j est pleiteando uma das cinco vagas destinadas sociedade civil para compor o Conselho de Comunicao Social (veja aqui). Noseja tolinho ao ponto de acreditar nessa histria de que o controle social da mdia serde fato social e democrtico. No! Como foi dito, o nico controle social da mdia o controle remoto de sua televiso, isto , a sua deciso autnoma e livre. Nos demaiscasos, um grupelho de tecnocratas iluminados, instalado em algum gabinete cor-de-rosa em Braslia, pretende deliberar sobre o que bom para todos ns. O CFP doB j percebeu que, controlando a mdia e o acesso informao, pode fazer com quesua ideologia seja disseminada no apenas entre psiclogos, mas por toda a sociedade

    brasileira! Na verdade, caro psiclogo, o Conselho Federal de Psicologia quer ser onosso Grande Irmo.

    Logotipo do controle social da mdia: o CFP quer ser o donoda voz!

    * Luciano GarridoPsiclogo, Policial, Especialista em Segurana Pblica e Direitos Humanos.E-mail: [email protected]

    http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080619_980.htmlhttp://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_080619_980.html