VESTIBULAR EXTRAORDINÁRIO UFF/2009

Instruções ao candidato

• Verifique se este caderno contém: PROVA DE REDAÇÃO – com uma proposta; PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA e LITERATURA BRASILEIRA – com dez questões; PROVA DE MATEMÁTICA – com dez questões; PROVA DE GEOGRAFIA – com dez questões; PROVA DE HISTÓRIA – com dez questões.

• Se este caderno não contiver integralmente o descrito no item anterior, notifique imediatamente ao fiscal.

• Antes de iniciar sua prova, confira a paginação da mesma. • Assine no espaço reservado à identificação do candidato. Sua prova será

devidamente desidentificada antes de ser encaminhada às bancas de correção. • Não é permitido fazer uso de instrumentos auxiliares para o cálculo e o desenho,

portar material que sirva para consulta nem equipamento destinado à comunicação.

• Na avaliação do desenvolvimento das questões será considerado somente o que estiver escrito a caneta, com tinta azul ou preta, nos espaços apropriados.

• O tempo disponível para realizar estas provas é de quatro horas. • Ao terminar, entregue ao fiscal este caderno devidamente assinado. A falta de

assinatura poderá invalidar sua prova, bem como a assinatura fora do local apropriado ou qualquer informação que o identifique.

• Certifique-se de ter assinado a lista de presença. • Colabore com o fiscal, caso este o convide a comprovar sua identidade por

impressão digital. • Você deverá permanecer no local de realização das provas por, no mínimo,

noventa minutos.

AGUARDE O AVISO PARA INICIAR SUA PROVA

RESERVADO À IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO NÚMERO DE INSCRIÇÃO: ______________________________________________

NOME ______________________________________________________________

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ASSINATURA: _________________________________________________________

DIGITAL

RESERVADO AOS AVALIADORES

REDAÇÃO

rubrica: __________

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PROVA DE REDAÇÃO

INSTRUÇÕES

• Ao desenvolver o assunto é indispensável:

– remeter-se ao tema da proposta; − produzir um texto em prosa, no gênero solicitado; − inter-relacionar fatos, ideias e argumentos; − expressar-se com vocabulário apropriado e em estruturas

linguísticas adequadas; − escrever com letra legível (a redação que não puder ser lida, pelo

menos, por três avaliadores em virtude de letra ilegível, receberá nota zero);

− limitar o texto a, no mínimo, 20 e, no máximo, 25 linhas.

• A redação vale dez pontos.

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Leia, cuidadosamente, os textos a seguir:

Corruptos ? São os outros!

Pagar propina, mentir, enganar, roubar, difamar... Todas essas ações, ilegais ou imorais, deixam a sociedade e, é claro, os jovens perplexos quando estão relacionadas ao nome de políticos ou funcionários do governo. Uma pesquisa realizada pelo Laboratório UniCarioca de Pesquisas Aplicadas, a pedido da Megazine, mostrou que os verbos subornar, mentir, enganar, roubar e difamar fazem parte, sim, da vida de muitos.

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Os pesquisadores perguntaram aos jovens a que atribuíam o seu

comportamento. As respostas foram “É um comportamento típico dos jovens” (28%), “Não classifico essas atitudes como infrações ou delitos” (26%), “os políticos e os governantes não dão o exemplo” (24%) e “Um pequeno delito a mais não faz diferença num país onde a corrupção impera” (22%).

Na ética do dia a dia, parece valer o lema: faça o que eu digo, não faça o que eu faço.

Adaptado de Megazine, O Globo, 12 de julho de 2005. Redija um texto de opinião, comentando a seguinte frase:

Na ética do dia a dia, parece valer o lema: faça o que eu digo,

não faça o que eu faço.

Características do gênero texto de opinião:

• apresenta informações e juízos de valor sobre um determinado assunto; • deve permitir que o leitor identifique, claramente, o tema central que está

sendo desenvolvido; • deve ser compreendido por diferentes tipos de pessoas.

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Título:

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no do 1o avaliador no do 2o avaliador

Título:

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO I

CORPO A CORPO COM A LINGUAGEM

Sou um poeta do Nordeste brasileiro, um poeta do Maranhão, da cidade de São Luís do Maranhão. Sou um poeta da Rua do Coqueiro, da Rua dos Afogados, da Quinta dos Medeiros, do Caga-Osso, da Rua do Sol e da Praia do Caju. Um poeta da casa do quitandeiro Newton Ferreira, da casa de Dona Zizi, irmão de Dodô e de Adi, de Newton, de Nelson, de Alzirinha, de Concita, de Leda, de Norma, de Consuelo, amigo de Esmagado e de Espírito da Garagem da Bosta. Um foragido e um sobrevivente. Alguém que conseguiu escapar do anonimato, que vem do sofrimento menor, da tragédia cotidiana e obscura que se desenrola sob os tetos de minha pátria, abafada em soluços, a tragédia da vida-nada, da vida-ninguém. Se algum sentido tem o que escrevo, é dar voz a esse mundo sem voz.

Meu pai era quitandeiro e na minha casa não havia livros. Conheci a poesia nas antologias escolares: alguns poemas e sonetos que vinham de Camões aos simbolistas e parnasianos, mas não passavam daí. Quando comecei a escrever - por volta dos treze anos - pensava que todos os poetas haviam morrido, e mesmo assim entreguei-me entusiasticamente a esse ofício de defuntos. Ia para a Biblioteca Municipal e só lia poetas maranhenses. Todos os demais poetas, mesmo brasileiros, não me despertavam o menor interesse. Um dia, não sei bem quando, descobri a existência do resto do mundo − as grandes cidades distantes − e desde então passei a sentir-me vivendo à margem da História.

São Luís do Maranhão, minha cidade, com seus dias luminosos e azuis, mantinha-me entre o deslumbramento e o desespero: a vida era bela e destituída de propósito. A literatura, que me prometia uma resposta para o enigma da vida, lembrava-me a morte, com seu mundo de letras pretas impressas em páginas amarelecidas. Compreendi que a poesia devia captar a força e a vibração da vida ou não teria sentido escrever. Nem viver. Mergulhei assim numa aventura cujas conseqüências eram imprevisíveis.

Estávamos no fim dos anos 40, começo dos anos 50, e os poetas que entravam em cena tornar-se-iam herméticos e frios, mas eles eram os poetas da metrópole e isso lhes dava prestígio aos meus olhos. Não firmara ainda nenhum juízo a respeito deles e seguia o rumo de minhas indagações e perplexidades. Penso ter compreendido, mais tarde, que essa geração era produto, de um lado, do pós-guerra e, de outro, do nível a que Carlos Drummond, Murilo Mendes e Jorge de Lima haviam conduzido a experiência poética no Brasil. O fim da guerra foi o fim de um pesadelo que saturara o mundo de dramas e levara os poetas à participação, às efusões de revolta e solidariedade. Muitos deles agora desejavam recolher-se à sua intimidade, perscrutar o lado obscuro e silencioso da vida. Tanto mais que a guerra fria dividia os companheiros de ontem, acirrava os conflitos ideológicos e reiniciava a perseguição aos comunistas. Tudo aconselhava aos poetas afastarem-se dos acontecimentos. Retomou-se a busca da poesia pura, dessa poesia que não se alimenta do cotidiano mas de palavras mágicas e da forma verbal caprichosa. Esse interesse pela forma já se manifestara no amadurecimento da linguagem poética que surgira espontânea e irreverente com os modernistas de 22.

Ferreira Gullar, Ensaios, 1999.

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01 Em relação aos aspectos linguísticos e à produção de sentido, pode-se afirmar que: (A) a expressão “minha cidade” (linha 20), por representar um valor evocativo, próprio

da função apelativa, funciona como um vocativo. (B) o conectivo “se”, em “Se algum sentido tem o que escrevo, é dar voz a esse mundo

sem voz.” (linhas 9-10), expressa uma relação de causa. (C) os adjetivos “herméticos” e “frios” (linha 28) têm sua função sintática marcada por

atribuição e concordância. (D) a locução verbal “haviam morrido” (linha 14) indica um fato passado habitual que se

prolonga até o momento presente. (E) o pronome relativo “cujas” (linha 25) pode ser substituído por “as quais”, sem

alteração de sentido.

02 “e desde então passei a sentir-me vivendo à margem da História.” (linha 18) A expressão sublinhada, no trecho acima, produz um sentido de: (A) conclusão. (B) proporção. (C) conseqüência. (D) tempo. (E) comparação.

03 Em “Estávamos no fim dos anos 40, começo dos anos 50” (linha 27), o verbo na primeira pessoa do plural se justifica por apresentar: (A) uma apresentação, por plural de modéstia, da condição de ser, agora, um poeta. (B) uma atitude de inclusão do narrador, que se localiza no mesmo tempo dos poetas

da época. (C) uma explicação do narrador para a situação em que se encontravam os poetas em

sua terra natal – o Maranhão. (D) uma atitude de contraste entre o mundo coletivo dos anos 40 e 50 e a visão do

narrador em função de sua perplexidade. (E) um apelo saudosista dos tempos dos anos 40 e 50, em que os poetas eram

herméticos e frios.

04 O texto narra predominantemente uma visão pessoal da terra natal e da própria situação do narrador: sua vivência restrita ao ambiente de sua região.

Assinale a passagem em que o olhar do narrador se desloca para fora de seu

ambiente. (A) “A literatura, que me prometia uma resposta para o enigma da vida, lembrava-me a

morte, com seu mundo de letras pretas impressas em páginas amarelecidas.” (linhas 22-23)

(B) “São Luís do Maranhão, minha cidade, com seus dias luminosos e azuis, mantinha-me entre o deslumbramento e o desespero: a vida era bela e destituída de propósito.” (linhas 20-22)

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(C) “Meu pai era quitandeiro e na minha casa não havia livros. Conheci a poesia nas antologias escolares: alguns poemas e sonetos que vinham de Camões aos simbolistas e parnasianos, mas não passavam daí.” (linhas 11-13)

(D) “Um dia, não sei bem quando, descobri a existência do resto do mundo − as grandes cidades distantes − e desde então passei a sentir-me vivendo à margem da História.” (linhas 17-19)

(E) “Sou um poeta da Rua do Coqueiro, da Rua dos Afogados, da Quinta dos Medeiros, do Caga-Osso, da Rua do Sol e da Praia do Caju. Um poeta da casa do quitandeiro Newton Ferreira, da casa de Dona Zizi, irmão de Dodô e de Adi, de Newton, de Nelson, de Alzirinha, de Concita, de Leda, de Norma, de Consuelo, amigo de Esmagado e de Espírito da Garagem da Bosta.” (linhas 2-6)

05 “Compreendi que a poesia devia captar a força e a vibração da vida ou não teria sentido escrever. Nem viver”. (linhas 24-25)

O ponto final empregado entre o 1º e 2º período provoca uma pausa de valor

estilístico de ênfase quanto ao sentido de: (A) comparação. (B) contraste. (C) conclusão. (D) consequência. (E) adição. 06 “Estávamos no fim dos anos 40, começo dos anos 50, e os poetas que entravam em cena tornar-se-iam herméticos e frios, mas eles eram os poetas da metrópole e isso lhes dava prestígio aos meus olhos.” (linhas 28-29)

As palavras sublinhadas – “isso” e “lhes” –, no trecho acima, estabelecem coesão textual por anáfora, referindo-se, respectivamente: (A) ao fim dos anos 40 e começo dos anos 50 / a herméticos e frios. (B) a todas as informações anteriores/ aos poetas da metrópole. (C) ao prestígio dos meus olhos/ a indagações e perplexidades. (D) às informações contidas no parágrafo anterior / a nenhum juízo a respeito deles. (E) às informações sobre os poetas brasileiros da época / aos poetas de São Luís do

Maranhão. 07 A ordenação das ideias do primeiro parágrafo do texto I se dá por: (A) consequência de atitudes. (B) contraste de fatos. (C) enumeração de detalhes. (D) tempo de desenvolvimento dos fatos. (E) explicação impositiva dos fatos.

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08 Ferreira Gullar, no último parágrafo, ressalta duas importantes temáticas do Modernismo, produzidas notadamente por poetas da metrópole. Uma temática refletia a participação, as efusões de revolta e solidariedade; outra, um recolhimento à intimidade, uma atenção ao lado obscuro e silencioso da vida.

Assinale a passagem em que o eu-lírico apresenta as duas temáticas interligadas. (A) Tempos e tempos passaram Por sobre teu ser. Da era cristã de 1500 Até estes tempos severos de hoje, Quem foi que formou de novo teu ventre, Teus olhos, tua alma? Te vendo, medito: Foi negro, foi índio ou foi cristão? (B) Os homens não melhoraram E matam-se como percevejos. Os percevejos heróicos renascem. Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado. E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio. (Desconfio que escrevi um poema) (C) Se a ilusão de minh’alma foi mentida E, leviana, da árvore da vida, As flores desbotei... Se por sonhos do amor de uma donzela Imolei meu porvir e o ser por ela Em prantos esgotei... (D) Faz frio. Há bruma. Agosto vai em meio. E eu iria jurar, bendito engano, Que a primavera veio Antes do tempo, este ano. Vi-te: sobre o nublado céu de agosto Nem os jardins começam a brotar, Mas há rosas no teu rosto E azul, azul de céu, no teu olhar. (E) Um mundo de vapores no ar flutua... Como uma informe nódoa, avulta e cresce A sombra à proporção que a luz recua... A natureza apática esmaece... Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula... Anoitece.

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TEXTO II

O Modernismo se identifica com grandes aglomerados industriais. Esse tema está evidentemente ligado ao culto da máquina: em lugar de se comprazer nas ‘cidades mortas’ ou de celebrá-las, como os simbolistas, o ‘poeta moderno’ deve exprimir a vida brutal e cacofônica das coletividades, das máquinas e das grandes cidades. Em lugar do homem solitário e inativo, o poeta ’moderno’ deve cantar o homem moderno, isto é, o homem ativo e ‘dinâmico’ de seu próprio tempo, como o motorista e o aviador.

O Modernismo, Wilson Martins (adaptação) 09 Assinale a passagem em que o eu-lírico exemplifica a característica do Modernismo centrada na vida tumultuada e dinâmica das metrópoles. (A) Eles eram muitos cavalos, − rijos, destemidos, velozes – Entre Mariana e Serro Frio,

Vila Rica e Rio das Mortes (Cecília Meireles)

(B) Eu irei na Inglaterra E direi para todas as moças da Inglaterra Que não careço delas Porque te possuo (Mário de Andrade) (C) Residia na Turquia um viúvo capitalista pai de dois filhos solteiros o mais velho João Batista então o filho mais novo se chamava Evangelista. (Anônimo) (D) Os alfandegueiros de Santos Examinaram minhas malas Minhas roupas Mas se esqueceram de ver Que eu trazia no coração Uma saudade feliz De Paris. (Oswald de Andrade) (E) A noite se ergue comercial nas constelações da Avenida. Sem qualquer esperança continuo e meu coração vai repetindo teu nome abafado pelo barulho dos motores solto ao fumo da gasolina queimada. (Ferreira Gullar)

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10 Na década de 50, surgiu um movimento poético inovador chamado Concretismo − movimento relacionado com as artes plásticas e com a música. Propõe uma poesia não linear ou discursiva, mas espacial. Os concretistas rompem com a sintaxe tradicional e elaboram novas formas de comunicação poética em que predomina o visual, em consonância com as transformações ocorridas na vida moderna, pela influência dos meios de comunicação de massa. A opção que apresenta um texto na linha concretista é: (A) a onda anda aonde anda a onda ? a onda ainda ainda onda ainda anda aonde? aonde? a onda a onda (B) Com seu colar de coral,

Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina.

(C) O poeta municipal discute com o poeta estadual qual deles é capaz de bater o poeta federal

Enquanto isso o poeta federal tira ouro do nariz.

(D) Seringueiro brasileiro,

Na escureza da floresta Seringueiro, dorme. Ponteando o amor eu forcejo Pra cantar um cantiga Que faça você dormir. Que dificuldade enorme! Quero cantar e não posso

(E) Raiva o incêndio. A ruir, soltas, desconjuntadas,

As muralhas de pedra, o espaço adormecido De eco em eco acordando ao medonho estampido, Como a um sopro fatal, rolam esfaceladas.

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PROVA DE MATEMÁTICA

11 O salário bruto mensal de João é de R$ 465,00 (salário mínimo nacional). Desse valor são descontados 8% para a Previdência Social. Considerando-se que não são feitos outros descontos, pode-se afirmar que o salário líquido (salário bruto menos descontos) de João é de: (A) R$ 427,80 (B) R$ 428,20 (C) R$ 437,80 (D) R$ 457,00 (E) R$ 461,28

12 Tentando desenhar um cachorro, uma criança esboçou em uma folha quadriculada o seguinte polígono (figura 1):

figura 1 Considerando que todos os quadrados que compõem a folha quadriculada são congruentes ao quadrado LMNO (figura 2), que tem 1 cm2 de área, pode-se concluir que o “cachorro” desenhado pela criança tem área igual a: (A) 16 cm2 (B) 16,5 cm2 (C) 17 cm2 (D) 17,5 cm2 (E) 18 cm2

13 Um número natural N dividido por 6 deixa resto 4. Ao dividirmos o dobro de N por 6, o resto será igual a: (A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 4 (E) 5

figura 2

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14 Foram enviadas para dois testes em um laboratório 150 caixas de leite de uma determinada marca. No teste de qualidade, 40 caixas foram reprovadas por conterem elevada taxa de concentração de formol. No teste de medida, 60 caixas foram reprovadas por terem volume inferior a 1 litro. Sabendo-se que apenas 65 caixas foram aprovadas nos dois testes, pode-se concluir que o número de caixas que foram reprovadas em ambos os testes é igual a: (A) 15 (B) 20 (C) 35 (D) 85 (E) 100 15 O total de números naturais pares de três dígitos formados por algarismos distintos do conjunto S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} é igual a: (A) 35 (B) 45 (C) 90 (D) 108 (E) 210 16 A figura abaixo é o gráfico de uma função quadrática 2y ax bx c= + + , representado em um sistema de coordenadas retangulares.

Pode-se afirmar que: (A) a > 0, b > 0, c < 0 (B) a > 0, b < 0, c < 0 (C) a > 0, b > 0, c > 0 (D) a > 0, b < 0, c > 0 (E) a < 0, b < 0, c > 0

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17 O terceiro termo da progressão geométrica cujos dois primeiros termos são 3

1 23 3e= =a a é:

(A) 613

(B) 3 23

(C) 6 53 (D) 6 3 (E) 4 3 18 Se log6 a= e log3 b= , então log 2 vale:

(A) 3a

(B) ab

(C) ab

(D) a + b (E) a – b 19 A interseção do círculo definido pela equação 2 2 25x y+ = , com a reta definida por

7x y+ = , é o conjunto formado por: (A) apenas um ponto no primeiro quadrante. (B) dois pontos no primeiro quadrante. (C) um ponto no segundo quadrante e outro no quarto quadrante. (D) um ponto no primeiro quadrante e outro no terceiro quadrante. (E) dois pontos no terceiro quadrante.

20 Na figura a seguir, o triângulo ABC é retângulo em A e CD mede 10 cm.

Pode-se concluir que o cateto AB mede:

(A) 4 33

cm

(B) 5 cm (C) 6 cm (D) 4 3 cm (E) 5 3 cm

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PROVA DE GEOGRAFIA

21 O MUNDO TAL COMO NOS FAZEM CRER: A GLOBALIZAÇÃO COMO FÁBULA Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação (...) Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas (...) Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta (...). Fala-se, igualmente, com insistência, na morte do Estado, mas o que estamos vendo é o seu fortalecimento para atender aos reclamos das finanças e de outros interesses internacionais (...).

(SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000, p.19)

A análise que o autor apresenta da globalização como fábula critica mais diretamente:

(A) a crise financeira global. (B) a ideologia política neoliberal. (C) a atuação dos movimentos sociais. (D) a capacidade humana de fabular. (E) a difusão instantânea de notícias.

22 Analise o mapa abaixo:

A leitura do mapa permite avaliar a diferenciação espacial do grau de urbanização do Brasil em 1991. Essa diferenciação resulta da valorização de certas áreas em relação a outras, ao longo do processo histórico, provocando concentração da produção econômica e populacional.

Essa diferenciação espacial pode ser explicada mais diretamente pelo seguinte fator:

(A) ausência de políticas públicas. (B) divisão territorial do trabalho. (C) fragilidade da sociedade civil. (D) insuficiência da legislação urbana. (E) precariedade dos sistemas de engenharia.

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23 Recentemente, houve enfrentamentos diplomáticos entre Brasil e Bolívia, exigindo esforços de alinhamento entre os governos de Evo Morales e de Lula da Silva.

Considerando o fator principal que levou a esses enfrentamentos, assinale o título que melhor identifica o tema em foco.

(A) Pressão internacional e terrorismo urbano. (B) Movimentos sociais e política no campo. (C) Os recursos naturais como armas políticas. (D) Geopolítica das minorias étnicas nacionais. (E) Crise financeira global: o Mercosul em risco.

24 Analise o mapa.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PROPORÇÃO DE RICOS NA POPULAÇÃO TOTAL BRASIL, 1997 – 1999

MEDEIROS, M. O que faz os ricos. São Paulo: Hucitec, 2005, p. 236.

A leitura do mapa permite concluir coerentemente que: (A) a incidência de ricos no Distrito Federal equivale à do estado de Goiás. (B) a proporção de ricos no norte e no nordeste é homogênea e sem variação. (C) a distribuição dos ricos no país segue um padrão de desigualdades regionais. (D) nos estados das regiões sul e sudeste a proporção de ricos é alta e igualitária. (E) na faixa litorânea do país observa-se um padrão de igual proporção de ricos.

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25 GEOPOLÍTICA DA ÁGUA

As dificuldades de acesso à água se converteram em instrumento e arma de guerra. A água passa a ser um recurso estratégico relevante no século XXI. Existem três eixos fluviais que, ao serem compartilhados por diversos Estados, são foco de conflitos constantes. São eles: I - O Nilo; II – O Tigre e o Eufrates; III – O Jordão. Analise a caracterização desses três eixos. I – O Nilo A Etiópia controla cerca de 85% das nascentes desse rio; enquanto o Sudão e, especialmente, o Egito encontram-se em uma situação geográfica mais desfavorável, apesar de acordo bilateral entre esses dois últimos Estados. II – O Tigre e o Eufrates As nascentes desses rios situam-se na Turquia, único país da região fora de uma situação crítica quanto ao abastecimento de água. Síria e Iraque compartilham essa bacia fluvial, mas não dispõem de acordo ou tratado para o uso compartilhado dos recursos hídricos. III – O Jordão A bacia do rio Jordão abarca parte dos territórios ocupados por Israel – Cisjordânia e as colinas de Golã −, o território jordaniano e a região sudoeste da Síria. A área padece de escassez de água, sofre uma crise de gestão e encontra-se em situação de conflito. Dentre as caracterizações acima, identifique a(s) adequadamente apresentada(s). (A) I, apenas (B) I e II, apenas (C) I e III, apenas (D) II e III, apenas (E) I, II e III

26 ESTADO DO RIO DE JANEIRO: INDÚSTRIA

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A análise do mapa do Estado do Rio de Janeiro, na página anterior, permite afirmar que o norte e o nordeste fluminenses contam com indústria (A) leve, apenas. (B) de base, apenas. (C) extrativa, apenas. (D) de transformação, apenas. (E) extrativa e de transformação.

27 Analise o gráfico abaixo.

PARTICIPAÇÃO DA IMIGRAÇÃO NO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

A análise do gráfico sobre a dinâmica do crescimento da população brasileira revela oscilações no papel desempenhado pela imigração.

É correto complementar a análise do gráfico, identificando-se como principal fator do crescimento demográfico do país: (A) o aumento da taxa de fecundidade da mulher. (B) o movimento de avanço e recuo da expectativa de vida. (C) o incremento progressivo das taxas de emigração. (D) a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. (E) a redução a zero das taxas de mortalidade infantil.

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28 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ZONA RURAL

No Brasil, ocorre um tipo de aliciamento de mão-de-obra através de promessas enganosas, no qual o trabalhador é contratado por um salário que nunca é suficiente para quitar suas dívidas pela estadia na propriedade rural, ficando esse trabalhador aprisionado sob a vigilância de jagunços fortemente armados. A descrição da relação de trabalho acima refere-se mais especificamente a: (A) contrato de parceria. (B) contrato de arrendamento. (C) escravidão por dívida. (D) trabalho familiar. (E) trabalho terceirizado. 29 Na fotografia acima, observa-se, em primeiro plano, uma forma de relevo, que ocorre no litoral e que é constantemente esculpida por agentes externos, como a abrasão marinha.

Essa forma de relevo é denominada:

(A) falésia. (B) chapada. (C) talude. (D) restinga. (E) fossa. 30 Existe um fenômeno climático, típico de grandes aglomerações urbanas, que se caracteriza pelo registro de elevação das temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, em comparação com as zonas periféricas ou com as rurais.

Esse fenômeno climático pode ser identificado como:

(A) inversão térmica local. (B) depleção do ozônio urbano. (C) chuva ácida metropolitana. (D) efeito estufa local. (E) estiagem temporária.

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PROVA DE HISTÓRIA

31 A ruptura com a Idade Média realizada pelo Renascimento inaugurou um outro momento na história do mundo ocidental. Caracterizado por um retorno à Antiguidade clássica, esse novo momento teve como uma de suas marcas principais a: (A) criação de novas formas políticas, como os estados estamentais, que reproduziam

os princípios da democracia grega. (B) expansão europeia em direção ao Novo Mundo, com a definição do mercantilismo

como política econômica dos países ibéricos. (C) construção das cidades como indicador de que os tempos modernos se opunham à

economia de mercado e ao desenvolvimento da agricultura. (D) cultura humanista, que colocava o homem acima de Deus e reivindicava um Estado

absoluto. (E) reforma protestante, que promovia a catequese no Novo Mundo e criticava o

desprezo dos homens pelos sacramentos.

32 No Brasil colonial, a experiência econômica que trouxe maior riqueza para os proprietários de terras foi o plantio da cana-de-açúcar. Essa possibilidade de riqueza, no entanto, estava relacionada diretamente a duas condições fundamentais, que eram:

(A) a experiência do plantio de cana-de-açúcar nas Ilhas do Atlântico e a

disponibilidade de mão-de-obra indígena. (B) a prioridade da Metrópole em desenvolver uma economia de base agrícola e a

expansão da oferta de mão-de-obra europeia. (C) a condição de domínio político do senhor dono de terras e a participação da Igreja

Católica no processo de escravidão dos índios. (D) a presença, na Colônia, de homens livres pobres e a ocupação da região do

nordeste por meio de pequenas propriedades. (E) a existência da grande propriedade e a condição de integração da Colônia ao

mercantilismo por meio da oferta de mão-de-obra negra escrava.

33 A historiografia brasileira, ao explicar o processo da independência, acentua a importância da conjuntura internacional, em especial, dos acontecimentos que ocorreram em Portugal e que detonaram um importante movimento político. Assinale a opção em que estão explicitados, respectivamente, o nome desse movimento e a razão de ele ter uma relação direta com o Brasil.

(A) Revolução dos Cravos, de 1821, que, no geral, defendia a separação do Brasil do

Império Português e o fim do tráfico negreiro. (B) Revolução de Avis, de 1789, que, no particular, lançava a idéia de um Brasil

independente e autônomo com relação à Metrópole. (C) Revolução do Porto, de 1820, que, no geral, propunha a recolonização do Brasil,

redefinindo seu lugar no contexto do Império português.

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(D) Revolução da Maria da Penha, de 1819, que, no particular, consolidava a independência do Brasil, mas mantinha a capital do Império português no Rio de Janeiro.

(E) Revolução dos Tenentes, de 1815, que, no particular, traduzia a influência de Napoleão em Portugal e a importância da Independência do Brasil, junto com as demais áreas da América espanhola.

34 A política de expansão europeia que, no final do século XIX, recebeu a denominação de imperialista, dirigiu-se basicamente para as áreas da África e da Ásia e teve como impulso principal: (A) as transformações na produção industrial, com o incremento de novas tecnologias e

com a política liberal dos estados europeus de desenvolver a riqueza das nações extraeuropeias por meio da urbanização.

(B) as mudanças na composição dos mercados e da mão-de-obra como consequência da Revolução Industrial, acelerando as crises sociais e o processo de proletarização das camadas médias, defensoras do liberalismo.

(C) as alterações na forma de organização do Estado liberal, com a introdução do conservadorismo oriundo da Revolução Francesa, com o aumento do potencial militar das potências europeias e com a continuidade da economia de livre concorrência.

(D) as modificações introduzidas na forma de constituição do capitalismo, com a passagem de sua fase liberal para a fase monopolista, que aumentaram a produção e, com isso, a necessidade de maiores mercados consumidores.

(E) as renovações no mecanismo de organização do trabalho industrial, com a criação de sindicatos e partidos trabalhistas e, com isso, a necessidade de recompor a mão-de-obra por meio da imigração de trabalhadores de fora da Europa.

35 A Revolução Russa, movimento de repercussões mundiais, e a crise posterior ao fim da Primeira Guerra Mundial trouxeram alterações na hegemonia da França e da Inglaterra no cenário mundial. Um dos aspectos mais significativos do processo revolucionário russo foi sua originalidade, justificada por ter sido: (A) a manifestação mais profunda dos interesses socialistas no século XX, pois

indicava, para o partido nacional-socialista russo, um novo caminho para a liberdade.

(B) o grande evento do século XX, herdeiro das ideias da Revolução Francesa e da ideologia nacional-liberal e instrumento de poder do proletariado.

(C) a primeira realização concreta das ideias socialistas que até 1917 tinham apenas se esboçado em revoltas sem êxito.

(D) o fato fundador da presença do socialismo no poder, com o apoio dos liberais e dos conservadores no processo de realização da unidade política russa.

(E) a derradeira transformação iniciada pela Comuna de Paris e desenvolvida pela liderança de Lênin, apoiado pelos camponeses e pelos pequenos proprietários rurais.

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36 A crise de 1929 foi um evento marcante no século XX, pois, a partir dela, ficaram claros os limites do modelo capitalista, ainda inspirado, na dimensão política, pelas idéias liberais. A solução da crise nos Estados Unidos veio por meio de ações como: (A) o New Deal, que sugeria uma política mais contundente do Estado na área

econômica, com grandes obras públicas capazes de mobilizar grandes contingentes de desempregados para o trabalho e para o mercado.

(B) o Big Stick, que defendia uma política de alargamento dos mercados americanos na América Latina, com o objetivo de aumentar a oferta interna de postos de trabalho e de negócios.

(C) o Funding Loan, que envolvia a renovação dos mecanismos de aplicação na bolsa de valores, condicionando os lucros ao processo de aplicação em ações de empresas da construção civil e de tecnologia.

(D) a Aliança para o Progresso, que propunha a criação de um banco internacional capaz de reestruturar as finanças mundiais e fornecer os capitais necessários para o incremento de grandes obras públicas.

(E) a ALCA, que reunia os países do continente americano do norte com o intuito de diminuir o impacto da crise econômica, por meio de uma política de reserva de mercado e de postos de trabalho.

37 A crise de 1929 afetou a economia mundial e teve repercussões diretas na economia brasileira, permitindo alternativas econômicas, que fortaleceram políticas industriais, e renovação de hábitos e valores de nossa cultura, que fizeram com que o Brasil se envolvesse com o modernismo. Numa das opções abaixo, encontramos a associação direta entre a alternativa econômica e o movimento que anuncia a renovação brasileira. Assinale-a. (A) Agrarismo realizado com a reforma da Lei de Terras e das alianças oligárquicas

entre São Paulo e Minas Gerais e Revolução de 1922. (B) Protecionismo industrial com as Tarifas Alves Branco e Revolução de 1932. (C) Política tarifária protecionista com o Encilhamento e Revolta da Chibata, de 1910. (D) Política de valorização do café, com o Convênio de Taubaté, e Revolução de 1920. (E) Industrialização por substituição de importações e Revolução de 1930.

38 Os regimes fascistas que se desenvolvem na Europa entre as duas grandes guerras mundiais tinham como principal instrumento de mobilização o retorno a um passado de glórias, destruído, no caso da Alemanha, pela derrota na Primeira Guerra Mundial. Essa mobilização teve como base na Alemanha: (A) a participação popular no Partido Nacional-socialista e a política de alianças com a

Inglaterra e a França. (B) o apoio às industrias bélicas e a liderança dos políticos liberais e socialistas. (C) a retomada do nacionalismo e a política expansionista baseada na noção de

espaço vital. (D) a crítica às iniciativas dos judeus e o apoio da juventude socialista e comunista nos

grandes centros urbanos. (E) o resgate das tradições prussianas e a economia de livre mercado no âmbito da

política industrial.

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39 Os anos 1950, conhecidos pela expressão “anos dourados”, representam para nós, brasileiros, um momento impar na nossa história. Podemos caracterizá-los como sendo a época de ouro do desenvolvimento brasileiro. Assinale a opção que apresenta dois elementos constituintes dessa conjuntura.

(A) Desenvolvimentismo, cujo principal lema era cinquenta anos em cinco, e

surgimento da Bossa Nova. (B) Populismo, que se caracterizava pela política de estado para o fomento da

indústria, e crescimento urbano. (C) Autoritarismo, representado pela intervenção estatal na economia, e êxodo rural. (D) Modernismo, com ênfase no crescimento agrícola, e aparecimento da cultura pop. (E) Coronelismo, movimento de cunho nacionalista envolvido com a arte popular, e

sindicalismo amarelo. 40 Uma das interpretações mais significativas do Brasil contemporâneo é encontrada no livro de Jacques Lambert, “Os Dois Brasis”, no qual o intelectual francês mostra as desigualdades entre um Brasil da costa, industrializado e culturalmente desenvolvido, e um Brasil do interior, agrícola e analfabeto. Se acrescentarmos a esse diagnóstico o problema da seca no Nordeste, a partir da década de 1950, podemos dizer que:

(A) a saída dos retirantes ocorreu em função do banditismo social, herdeiro do

cangaço, que levava à insegurança e à perda das propriedades no sertão do Cariri no Ceará.

(B) o êxodo rural resultou da necessidade de sobrevivência dos retirantes nordestinos, que se dirigiram para as grandes capitais do Sudeste em busca de trabalho, servindo de mão-de-obra para o crescimento das cidades.

(C) a retirada dos nordestinos decorreu da continuidade do poder local dos coronéis e dos obstáculos ao processo de modernização do campo, gerados pela política industrial do Estado.

(D) a manutenção dos nordestinos nas áreas das secas resultou da falta de alternativas econômicas, diminuindo a desigualdade social e provocando a organização do movimento das Ligas Camponesas.

(E) a presença de bolsões de riqueza no Nordeste atraiu a população do interior para as grandes cidades nordestinas, propiciando o avanço da riqueza dos retirantes e a oportunidade de investimentos dos capitalistas do Sudeste.

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