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O fim dos canais Esporte Interativo rendeu a primeira migração de direitos de transmissão. A partir de amanhã, o Grupo Globo herdará a transmis- são dos principais campeonatos entre seleções de basquete, um direito que havia perdido para a emissora do Grupo Turner no início de 2017. O canal SporTV 2 transmite, a partir das 20h30 desta quinta-feira, Brasil x Cana- dá, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de basquete masculino, diretamen- te de Montreal. No domingo, o canal exibirá Brasil x Ilhas Virgens, em Goiania. A transmissão do torneio pelo SporTV foi uma espécie de "salvação" do basque- te brasileiro, que corria o risco de não ter nem o Mundial feminino exibido pela televisão este ano. O foco da Turner, dentro do Space e do TNT, é o futebol. Com O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING Globo herda direito do Esporte Interativo 1 NÚMERO DO DIA De Reais é a dívida total do Corinthians, em atualização divulgada na terça (11), sem considerar a arena em Itaquera 500 mi EDIÇÃO 1083 - QUARTA-FEIRA, 12 / SETEMBRO / 2018

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Page 1: NÚMERO DO DIA 500 divulgada na terça (11), sem considerar a … · nos para roubar nossos talentos, continuaremos a ter a banda B da bola jogando por aqui e seguiremos sendo o celeiro

O fim dos canais Esporte Interativo rendeu a primeira migração de direitos de transmissão. A partir de amanhã, o Grupo Globo herdará a transmis-são dos principais campeonatos entre seleções de basquete, um direito

que havia perdido para a emissora do Grupo Turner no início de 2017.O canal SporTV 2 transmite, a partir das 20h30 desta quinta-feira, Brasil x Cana-

dá, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de basquete masculino, diretamen-te de Montreal. No domingo, o canal exibirá Brasil x Ilhas Virgens, em Goiania.

A transmissão do torneio pelo SporTV foi uma espécie de "salvação" do basque-te brasileiro, que corria o risco de não ter nem o Mundial feminino exibido pela televisão este ano. O foco da Turner, dentro do Space e do TNT, é o futebol. Com

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

Globo herda direito do Esporte Interativo

1

N Ú M E R O D O D I A

De Reais é a dívida total do Corinthians, em atualização divulgada na terça (11), sem considerar a arena em Itaquera500mi

EDIÇÃO 1083 - QUARTA-FEIRA, 12 / SETEMBRO / 2018

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isso, o contrato que havia sido firmado para o basquete foi rompido com a Fiba, entidade que comanda o basquete no mundo e dona dos direitos dos torneios.

Desde o anúncio do fim dos canais, a Confederação Brasileira de Basquete e a Fiba trabalham para encontrar uma solução e conseguir com que o basquete voltasse a ser exibido na TV. Em 2017, o Esporte Interativo havia tirado do Grupo Globo os direitos de exibição das principais competições de basquete pelas próxi-mas cinco temporadas. No ano passado, a emissora havia exibido a Copa América.

Com a necessidade de dar visibilidade ao esporte, a Fiba acabou aceitando as condições impostas pela Globo para retomar a transmissão dos eventos. O novo vínculo, além de não render dinheiro para a Fiba, também será de menor duração.

Ele é válido apenas até o fim de 2019 e engloba somente quatro competições: as eliminatórias do Mundial e a Copa do Mundo Feminina neste ano, além da Ame-riCup Feminina 2019 e a Copa do Mundo Masculina 2019. O vínculo, a princípio, é apenas com o SporTV, sem previsão de valer ainda para a TV aberta ou internet.

"Nossa missão na Fiba é de desenvolver e promover o basquete mundialmente. Esta parceria com o SporTV não é somente estratégica para a Fiba, mas sim para todo o basquete brasileiro, e em específico, para a seleção brasileira masculina na sua jornada da Copa do Mundo de 2019 na China. Estar em um canal tão impor-tante como o SporTV demonstra a força do nosso esporte neste país", declarou ao site da CBB Carlos Alves, diretor executivo da Fiba nas Américas.

O acordo amplia a grade do basquete no SporTV, que transmite o Circuito Na-cional 3x3, que em 2020 será modalidade olímpica, além do NBB e da NBA.

E U R O P E U S J Á FAT U R A M 2 0 B I

D E E U R O S

L A L I G A A C E R TA A C O R D O C O M M I C R O S O F T

De acordo com informações for-necidas à Uefa por 711 dos principais clubes europeus, as receitas combina-das entre eles atingiram a marca de € 20,1 bilhões em 2017.

Os clubes também tiveram, pela primeira vez, um lucro coletivo de € 600 milhões, com os números demon-strando um balanço positivo substan-cial nas finanças dos clubes, mesmo com gastos também altos com compra de jogadores, por exemplo.

De acordo com a Uefa, os números comprovam a tendência no futebol eu-ropeu, com as estatísticas anuais most-rando um aumento de 10% em relação ao ano anterior.

A LaLiga divulgou a ampliação de sua parceria com a gigante de tecnologia Microsoft. O anúncio é mais um passo na estratégia da liga espanhola de internacionali-zar sua marca, aumentando gradativamente seu alcance global. Pelo novo acordo, a parceria expandida per-mitirá que o conteúdo da LaLiga seja disponibilizado aos usuários do Microsoft News e a outros produtos da em-presa em todo o mundo, incluindo Windows, Microsoft Edge, Xbox Live e Bing.

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O P I N I Ã O

EUA só importar o futebol 'salva' Brasil

Em 2013, a Major League Soccer traçou um planejamento que tinha como meta fazer com que a liga de futebol dos Estados Unidos fosse, em 2022, uma das mais importantes do mundo. Um grupo de executivos da MLS

veio inclusive ao Brasil para observar oportunidades de crescimento aqui.Dentro do diagnóstico montado pela MLS, sabia-se que a melhoria da qualidade

do jogo disputado na liga era o primeiro fator de desenvolvimento necessário. Uma pesquisa feita um ano antes no mercado de lá mostrava que o torcedor local queria ver jogos de futebol, mas não aquele que era praticado pelos atletas da MLS.

A primeira medida tomada pelos executivos da liga foi tentar começar a importar mais talentos do futebol mundial. Beckham era o nome mais estrelado desde Pelé a jogar por lá. Kaká também esteve por Orlando. Agora, Ibrahimovic e Rooney desfi-

lam pelos gramados norte-americanos. Em comum, além do apelo de mí-

dia que eles possuem, está o fato de serem jogadores que estão muito longe do auge que tiveram outrora, quando disputavam a Liga dos Campeões da Europa.

Mesmo procurando burlar a regra de limite salarial, a MLS não consegue com-petir com o mercado exterior. Os melho-res estão na Europa, os jovens talentos na América do Sul e os mais interessados em grana migraram recentemente à China.

O futebol, nos Estados Unidos, segue precário. Passaram-se os dez anos estipula-dos pela MLS e o país até regrediu, sem a vaga para a Copa do Mundo de 2018. Sem os melhores em campo atuando localmente, o mercado americano encontrou outra forma de fazer o futebol ganhar mais atratividade local: importar grandes eventos.

Primeiro foram as principais seleções mundiais a jogarem por lá. Depois, a pré--temporada dos grandes da Europa. Agora, a LaLiga e o sonho da Liga dos Campeões.

Essa nova realidade não deixa de ser uma boa notícia para o mercado da bola, principalmente na América do Sul. Caso a MLS fosse bem-sucedida no plano de ter uma liga fortalecida, teríamos dois pólos de migração de jogadores. Sem os america-nos para roubar nossos talentos, continuaremos a ter a banda B da bola jogando por aqui e seguiremos sendo o celeiro de futuros craques para o mercado.

Os americanos não conseguiram subir o nível de seu futebol. Prova de que o siste-ma de gestã das ligas esportivas de lá depende, necessariamente, da produção local de talentos. Fica a dica para o esporte na América do Sul de como ser forte novamente.

Em 2012, americanos queriam ter,

dali a dez anos, uma das ligas mais

fortes do mundo. Não conseguiram

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Caixa fecha com time de Brasília

para o NBB

Patrocinadora de Wild e tam-bém de Bruno Soares, a marca usará o duplista em uma ação na próxima sexta-feira (14), na loja Bayard do Shopping Iguatemi, em São Paulo.

No evento, Bruno Soares será desafiado pelo público em uma disputa de tênis de mesa. Pensada para proporcionar uma experiência diferente para os fãs do atleta, do esporte e o público em geral, a ação será das 12h às 14h.

De acordo com a Asics, para participar, os interessados deverão retirar uma senha na própria loja da Bayard no dia da ação. A partici-pação, no entanto, estará condicio-nada à lotação máxima do estabe-lecimento.

A S I C S AT I VA A P O I O A B R U N O S O A R E S E M L O J A D E S Ã O PA U L O

A Amazon será dona dos naming rights do Ironman World Cham-pionship, o Mundial de Ironman,

em 2018. A prova será disputada no próximo dia 13 de outubro, no Havaí.

A empresa será ainda a distribuidora oficial de nutrição do evento, numa

forma de promover o sistema de lojas físicas recém-implantados por ela.Os atletas terão acesso aos produ-tos num só lugar, reproduzindo o

sistema que a Amazon tem implan-tado em algumas cidades dos EUA.

AMAZON TERÁ NAMING R IGHTS

DE IRONMAN E FARÁ NUTRIÇÃO

DOS ATLETAS

POR REDAÇÃO

A Caixa anunciou um novo patrocínio ao esporte: trata-se do Universo/Brasília, time que surgiu após a migração da Uni-versidade Universo do Vitória (BA) para a Capital Federal.

O acordo com a equipe custará à Caixa R$ 1,5 milhão. Atu-almente, o banco público é patrocinador do Novo Basque-te Brasil, competição que a equipe brasiliense disputará na próxima temporada. Pela principal propriedade comercial do torneio nacional, a empresa gasta R$ 5,5 milhões anuais.

A parceria com o Brasília/Universo será até janeiro de 2019. Com o contrato, a Caixa terá direito a propriedades que en-volvem as redes sociais do time, além de exposição de marca nos uniformes e na quadra da equipe.

Em nota, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Sou-za, justificou o novo investimento: “É um time que teve um retorno de mídia de mais de R$ 150 milhões na última tem-porada em Brasília, o que corrobora a estratégia de investir no basquete. Os fãs são apaixonados por esse esporte e a Caixa apoia sua evolução por meio de iniciativas como essa”.

O aporte principal do time brasiliense, da Universo, repre-sentou o retorno de Brasília ao NBB. A vencedora equipe da cidade, o Brasília Basquete, não teve fôlego financeiro e não participou da última temporada da liga nacional.

O time não será o mesmo, mas a história da Universo está próxima da antiga equipe. A universidade carioca foi patroci-nadora máster do Brasília Basquete no início do projeto. An-tigos jogadores da equipe já assinaram com o novo projeto.

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POR ERICH BETING

A Uefa pretende levar uma final da Liga dos Campeões para Nova York em breve. A revelação foi feita por Jaume Roures, CEO da empresa de mídia espanhola Mediapro, que detém os direitos da torneio na Espanha, mas

os distribui para a empresa de telecomunicações também espanhola Telefónica.“As conversas estão investigando a viabilidade de sediar uma futura final da Liga

dos Campeões na cidade de Nova York”, afirmou Roures, em entrevista ao progra-ma “El Mati”, da Catalunya Radio, da Espanha.

Se a informação for confirmada, esta seria a primeira vez que a Uefa tem esse tipo de discussão, já que nunca houve um jogo do torneio fora da Europa.

De acordo com o calendário que já está definido pela Uefa, é possível que o ano escolhido seja 2021. As finais de 2019 e 2020 já têm local definido. A desta tempo-rada será no estádio Wanda Metropolitano, em Madrid, e a seguinte no Olímpico Atatürk, em Istambul. O local da final de 2021 será anunciado em junho de 2019.

A possível escolha inédita da Uefa surge pouco depois da decisão da LaLiga, a liga espanhola de futebol, de levar um jogo da competição para fora da Espanha pela primeira vez. Girona e Barcelona jogarão em Miami, em janeiro de 2019.

“Haverá um benefício financeiro para o Girona por aceitar mandar o jogo nos EUA, mas o mais importante para o clube é que ele estará sujeito a uma exposição massiva e será o centro do mundo naquele dia”, declarou Roures sobre o assunto.

Do outro lado do Atlântico, a estratégia já é uma realidade. A NFL, liga de fute-bol americano, já tem duas datas marcadas para jogos oficiais em Londres nesta temporada; os vizinhos mexicanos também receberão uma partida.

Após LaLiga, Uefa quer jogo nos EUA

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POR REDAÇÃO