nÚmero do dia 15 feminino de 2015; entidade prometeu ... · dial de baku, que teve início na...

5
A pós a Federação Internacional de Basquete (Fiba), a Federação Interna- cional de Judô (FIJ) recorreu à Globo para não ficar sem a transmissão de um Mundial da modalidade na televisão brasileira. Apenas no início desta semana que a FIJ conseguiu um acordo com o Sportv para transmitir o Mun- dial de Baku, que teve início na quinta-feira e será exibido pelo canal até o dia 26. Segundo apurou a Máquina do Esporte, assim como no basquete, a confedera- ção brasileira precisou interceder para se chegar a um acordo e viabilizar a trans- missão do campeonato para o torcedor brasileiro. Com a crise econômica no país, a alta do dólar e a redução da verba das televisões, as modalidades que não con- seguem atrair grandes índices de audiência estão sumindo da telinha. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING Após basquete, Globo 'salva' mundial de judô 1 NÚMERO DO DIA De Dólares distribuiu em premiação a Fifa na Copa de futebol feminino de 2015; entidade prometeu aumento em 2019. 15 mi EDIÇÃO 1090 - SEXTA-FEIRA, 21 / SETEMBRO / 2018

Upload: tranngoc

Post on 21-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Após a Federação Internacional de Basquete (Fiba), a Federação Interna-cional de Judô (FIJ) recorreu à Globo para não ficar sem a transmissão de um Mundial da modalidade na televisão brasileira. Apenas no início

desta semana que a FIJ conseguiu um acordo com o Sportv para transmitir o Mun-dial de Baku, que teve início na quinta-feira e será exibido pelo canal até o dia 26.

Segundo apurou a Máquina do Esporte, assim como no basquete, a confedera-ção brasileira precisou interceder para se chegar a um acordo e viabilizar a trans-missão do campeonato para o torcedor brasileiro. Com a crise econômica no país, a alta do dólar e a redução da verba das televisões, as modalidades que não con-seguem atrair grandes índices de audiência estão sumindo da telinha.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

Após basquete, Globo 'salva' mundial de judô

1

N Ú M E R O D O D I A

De Dólares distribuiu em premiação a Fifa na Copa de futebol feminino de 2015; entidade prometeu aumento em 2019.15 mi

EDIÇÃO 1090 - SEXTA-FEIRA, 21 / SETEMBRO / 2018

No caso do judô, a FIJ considera o Brasil um país estratégico para a modalidade, já que diversos judocas conseguem bons resultados em Mundiais e Olimpíadas. Esse fator pesou para que a entidade reduzisse a pedida pelos direitos de mídia. O acordo, porém, foi fechado apenas com o Sportv. A Globo não exibirá o torneio.

O negócio mostra uma nova realidade para o esporte em relação ao mercado brasileiro. Depois de uma década de valores inflados por uma economia em alta pela realização de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos no país, o mercado entrou num período de retração nos últimos meses. Como em 2017 o calendário espor-tivo teve uma ressaca de megaeventos das modalidades olímpicas, os esportes não sentiram tanto o efeito da crise nas empresas de mídia. Neste ano, com os Mundiais voltando à pauta, a falta de exposição na TV passou a ser um problema.

Depois de alguns anos com aumento da concorrência de outros canais, o Sportv voltou a ser a "salvação" para os esportes. A emissora também transmite, neste final de semana, a segunda fase da Copa do Mundo masculina de vôlei, direto da Itália. O segundo esporte mais popular do país é o único que nunca perdeu espaço dentro da grade da emissora, tendo as principais competições exibidas em 2017.

No início do mês, o Sportv já havia sido procurado pelo basquete para assumir os direitos de competições que, inicialmente, seriam exibidas pelo Esporte Interativo. Com o fim dos canais lineares da emissora do grupo Turner, os direitos foram de-volvidos à Fiba, que então buscou a emissora da Globo para retomar espaço na TV.

Assim como no basquete, os valores envolvidos na negociação não foram reve-lados pelas duas partes. Os direitos do judô são válidos apenas para este Mundial.

A M A Z O N L A N Ç A M A R C A

E S P O R T I VA

E S P N FA R Á T R A N S M I S S Ã O D O PA U L I S TÃ O F E M I N I N O

A gigante do e-commerce Amazon lançou a marca Aurique, especializa-da em roupas esportivas femininas a preços mais acessíveis, e que será to-cada pelo Amazon Fashion Europe, escritório da empresa em Londres, que é usado para gerenciar os negócios no continente. O local conta até com um estúdio fotográfico.

A Aurique surge para desafiar gi-gantes do setor mas também com o intuito de ajudar a alavancar ainda mais as vendas de marcas já criadas pela Amazon na Europa, como Find, Truth¬Fable, Iris & Lilly e Mereaki. Nos últimos dois anos, a multinacional tem crescido graças às marcas próprias.

A ESPN entrou em acordo com a Federação Paulista de Futebol e irá transmitir a fase final do Campeonato Paulista de Futebol Feminino. Os jogos das semifinais e final serão exibidos no canal ESPN Extra.

Dessa maneira, a Federação Paulista aumenta o al-cance do torneio. A entidade já exibia os jogos no Face-book e no Youtube, e agora contará com uma emissora paga. Nas transmissões, será mantida uma equipe toda feminina de profissionais para narrar e comentar.

O P I N I Ã O

Globo balança entre solução e problema

Não é preciso trabalhar com evento esportivo para saber da importância da televisão para a venda de patrocínio. E, quando o acordo acontece com a Globo, é um milagre da multiplicação: o produto ganha um

peso completamente novo dentro do mercado, com enorme valorização.De forma geral, a Globo é uma força fantástica para o mercado esportivo brasilei-

ro. Além das audiências altas, a emissora entrega a promoção do evento, o que resulta em público e patrocinadores cada vez mais engajados.

O problema é que, no atual cenário, a Globo anda sozinha. Não há nenhuma outra emissora que tenha a mesma entrega. Aí, o que era para ser uma parceira sempre vantajosa, acaba se transformando em um problema para agentes esportivos.

É o caso do Mundial de Judô. A federação internacional ficou em uma sinuca comum no esporte brasileiro: ter a força da Globo ou bater o pé pelos valores de-sejados? Como as outras opções mostram uma diferença muito grande, a dúvida perde força. No caso do judô, o mercado brasileiro é importante, então adequa-se a negociação aos termos da emissora.

O episódio foi semelhante ao da Liga dos Campeões. Mas, nesse caso, optou-se por abrir mão da Globo. Com a decisão, a Uefa ficou com uma audiência absolu-tamente incomparável em uma das dez

maiores economias do mundo. Invariavelmente, o consumo de futebol europeu irá diminuir no Brasil nos próximos anos, sem a presença da emissora carioca.

E não são só os eventos e ligas de fora que sofrem com essa encruzilhada. Há constantemente players no Brasil que convivem com o dilema entre partir para um projeto novo, com um potencial futuro financeiramente mais atrativo, ou fazer par-ceria de mídia com a Globo, com o grande conforto que envolve a presença da emis-sora. Hoje, não há segunda via e não há nenhum indício de mudança.

Isso não é um problema do esporte ou da Globo, mas do mercado de mídia do Brasil que se configurou dessa maneira. Há alguns anos, a Record tentou tomar parte desse espaço, mas a falta de fôlego acabou explicitando a força do canal rival.

O cenário ideal seria o mercado americano, com alguns grupos de mídia equi-valentes na televisão aberta. Não é por acaso que atualmente três emissoras dividem o maior produto esportivo do país, a NFL, com revezamento do Super Bowl. Com níveis parecidos, quem mais ganha com isso é o esporte dos Estados Unidos.

Emissora é fundamental para

promoção do esporte no Brasil, mas

falta de opções prejudica mercado

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

Após 60 anos, Bud usará atletas da

NBA e MLB

Quem não se lembra de Michael Jordan, maior astro da história do basquete, e outras estrelas da NBA atuando dentro de quadra ao lado dos Looney Tunes comandados pelo icônico coelho Pernalonga no filme Space Jam? Agora, 22 anos depois, o maior astro do basquete atual, LeBron James, anunciou que sua produtora, a SpringHill Enter-tainment, está trabalhando no pro-jeto de Space Jam 2.

O anúncio foi feito pelo Twitter da produtora. Na imagem, aparece um vestiário com nomes do Perna-longa, do próprio LeBron James, do diretor Terence Nance e do produ-tor Ryan Coogler. Mas não foi in-formado se LeBron participará.

P R O D U T O R A D E L E B R O N J A M E S FA R Á S PA C E J A M 2 E M 2 0 1 9

O Portland Trail Blazers anunciou nesta quarta-feira (19) um acordo de

patrocínio com a marca Biofreeze, da Performance Health. Com isso, a franquia se torna a 24ª da NBA a ter um aporte estampado na camisa

de jogo desde que a possibilidade foi liberada de maneira histórica antes

do início da temporada 2017/2018.Segundo a imprensa americana, o

contrato será “de vários anos” e inclui a presença da Biofreeze, um gel para

alívio da dor, no uniforme.

P O R T L A N D T R A I L B L A Z E R S É O 24 º T I M E DA

N B A A F E C H A R PAT R O C Í N I O

POR REDAÇÃO

A Anheuser-Busch InBev (AB InBev), dona da marca Budweiser, fechou um acordo com os sindicatos de jogadores das ligas de basquete e beisebol dos Es-

tados Unidos. Com o acerto, a cervejaria americana supera seis décadas de resistência ao uso de atletas em comerciais e campanhas publicitárias de bebidas alcoólicas.

Segundo o acordo, os jogadores da NBA e da MLB pode-rão ser mostrados uniformizados em anúncios da Budweiser, inclusive com imagens do jogo e com os atletas falando dire-tamente para a câmera. Há, no entanto, uma restrição: eles não serão mostrados segurando ou bebendo cerveja.

“Ser capaz de mostrar jogadores uniformizados nos per-mite fazer campanhas locais muito específicas que ninguém mais pode fazer - e a relevância local é crucial”, afirmou Mar-cel Marcondes, diretor de marketing da AB InBev nos EUA, em entrevista para o jornal americano SportsBusiness Daily.

Segundo o site britânico SportsPro Media, o acordo com a Associação Nacional de Jogadores de Basquete (NBPA), por exemplo, provavelmente foi facilitado pelo fato de que o sin-dicato retomou no ano passado o controle das negociações de patrocínio envolvendo direitos de imagem coletiva.

Esses negócios eram administrados pela liga, que compar-tilhava a receita com o sindicato. O novo arranjo, no entanto, torna mais fácil para empresas como a AB InBev lidar dire-tamente com o sindicato para encontrar um acordo mutua-mente benéfico entre as duas partes.

POR ERICH BETING

O Desafio Mano a Mano será completamente diferente neste ano. O evento festivo tem origem no atletismo, com a participação do astro Usain Bolt em suas primeiras edições. Mas, neste ano, as disputas serão

realizadas dentro da água. Precisamente, com a canoagem.O grande astro do evento será o brasileiro medalhista olímpico Isaquias Quei-

roz, que desafiará seus principais rivais na modalidade. Assim como aconteceu em anos anteriores, o evento acontecerá de forma gratuita, no Rio de Janeiro. Dessa vez, o local escolhido foi a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Organizado pelas agências X3M e Dream Factory, o evento sairá do papel graças a dois acordos-chave. O primeiro é com a TIM, que apresentará o desafio. A outra é o banco público BNDES. A empresa, por sinal, não é nova no segmento; ela é também uma das patrocinadoras da Confederação Brasileira de Canoagem.

O evento acontecerá no próximo fim de semana, e terá a transmissão da Globo e do Sportv. O grupo de mídia já esteve presente em outros Desafios Mano a Mano, e agora resolveu apostar na reinvenção da disputa.

Como já acontecia em eventos passados, a ideia do encontro é fazer um amisto-so entre atletas de alto rendimento e também ter planos próprios para entreter o público. Neste ano, haverá por exemplo uma categoria mista, com atletas olímpi-cos e paralímpicos. Outra atração será uma corrida no estilo medieval, com atletas que saem de lados opostos das raias instaladas na Lagoa Rodrigo de Freitas.

O Desafio Mano a Mano já começa nesta sexta-feira (21), com treinos abertos.

'Mano a Mano' será na canoagem em 2018

5

POR REDAÇÃO