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1 NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CAMPO MOURÃO COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO IRETAMA 2007

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CAMPO MOURÃOCOLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

IRETAMA2007

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................. ............................... 4

2 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................. 5

2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO ................................................... 5 2.2 ESPAÇO FÍSICO ......................................................................................... 6 2.4 OS ALUNOS ............................................................................................... 7 2.5 OS EDUCADORES ..................................................................................... 8 2.6 EQUIPE PEDAGÓGICA – ADMINISTRATIVA ............................................ 8 2.7 FUNCIONÁRIOS ........................................................................................ 9

2.7.1 A Construção da democratização da escola Pública: Os paradoxos da gestão escolar ............................................................................................... 9 2.7.2 A importância do funcionário na elaboração do PPP .......................... 9 2.7.3 Plano de ação dos funcionários ......................................................... 10

4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 15 4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO .......................................................................... 16 5.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE DO PAÍS, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA 16

6 MARCO CONCEITUAL .......................................................... .............. 19

6.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ................................................................ 19 6.2 CONCEPÇÃO DE CULTURA .................................................................... 19 6.3 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ....................................................... 21 6.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM ...................................................................... 22 6.5 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................. 23 6.6 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ....................................................................... 23 6.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ...................................... 24 6.8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ................................................................. 25 6.10 PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES QUE NORTEIAM O TRABALHO NA ESCOLA ......................................................................................................... 27 7.1 AS INSTANCIAS COLEGIADAS ............................................................... 30

7.1.1 O Conselho Escolar ........................................................................... 30 7.1.2 A APMFAssociação de Pais, Mestres e Funcionários ...................... 32 7.1.3 O Gremio Estudantil .......................................................................... 33 7.1.4 Conselho de Classe ............................................................................ 34

7.2 ELEIÇÕES ................................................................................................ 36

8 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA ........................................... 41

8.1 PROFESSORES ........................................................................................ 41 8.2 FUNCIONÁRIOS ...................................................................................... 42

8.2.1 Biblioteca ........................................................................................... 42 8.2.2 Equipe Administrativa ....................................................................... 42 8.2.3 Secretaria .......................................................................................... 42 8.2.4 Serviços Gerais .................................................................................. 43

8.3 EQUIPE PEDAGÓGICA ............................................................................ 45 8.4 ALUNOS ................................................................................................... 45

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8.5 DIRETOR .................................................................................................. 47

9 O CURRÍCULO ............................................................................. ....... 49

9.1 O CURRÍCULO E A DIVERSIDADE ......................................................... 50 9.1.1 A Inclusão .......................................................................................... 50 9.1.2 Educação De Afro Descendente ....................................................... 52 9.1.3 A Educação eo Trabalho com a Agenda 21 ....................................... 53 9.1.4 A Educação No Campo ...................................................................... 54 9.1.5 Educação Fiscal ................................................................................. 55

10 FUNDAMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO ........................................ 59

11.1 PRÁTICAS AVALIATIVAS ....................................................................... 63 11.2 A AVALIAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR ............................................ 65 11.3 RECUPERAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE ESTUDOS ................................... 65

12 INDICE DE REPROVAÇÃO, APROVAÇÃO E EVASÃO ........................ 68

13 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............................................................................. ........... 69

17 ATA PARA APROVAÇÃO DA MUDANÇA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2007 ....................................................................... ...... 76

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 77

ANEXOS: PROJETOS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ................. 80

ANEXO II - PROJETO CONSTRUINDO A AGENDA 21 ESCOLAR .......... 87

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1 INTRODUÇÃO

No sentido etimológico, o termo projeto vem do latim projectu particípio passado do

verbo projicere que significa lançar para adiante.

Sendo a escola o lugar de concepção, realização e avaliação do projeto educativo,

faz – se necessário organizar o trabalho pedagógico que se realiza dentro da instituição,

junto aos alunos. É fundamental assumir nossas responsabilidades, enquanto

educadores.

Ao construirmos o projeto nele colocamos o que planejamos e o temos a intenção

de realizar dentro da instituição de ensino.

O PPP não se resume em um agrupamento de planos de ensino nem deve ser

construído e arquivado ou encaminhado ás autoridades educacionais como cumprimento

de tarefas burocráticas. Ele deve e esta sendo construído e vivenciado por todos aqueles

que estão inseridos e envolvidos no processo educativo da Escola.

O Projeto Político Pedagógico, é um processo democrático de tomada de decisões,

tem como principal objetivo instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico,

buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo a rotina

do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da

escola, diminuindo a fragmentação que aumenta as diferenças e hierarquiza os poderes e

a tomada de decisões.

Desse modo o que pretendemos é ordenar o trabalho educativo dentro da escola

para que esse em uma perspectiva histórico critica e democrática venha atender os

anseios de toda a comunidade escolar e seja à busca das realizações de nossos anseios,

desejos e sonhos dentro do processo educativo.

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2 IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho – Ensino Fundamental e Médio.

Avenida Principal s/n Distrito Águas de Jurema Iretama - Município de Iretama –

Paraná.

Fone/ fax (44) 3576 – 11 – 59 .

Nucleo Regional de Educação de Campo Mourão.

2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO

O Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho – Ensino Fundamental e Médio,

possui os seguintes atos oficiais na Lei nº9394/96:

Resolução secretarial nº 220/90, de 24 de janeiro d e 1990, criou e autorizou o

funcionamento nos termos da lei vigente a referida escola.

Parecer nº 163/ 91 de 08 de maio de 1991, do Departamento de Ensino de

Primeiro Grau, homologado pela Resolução Secretarial nº 1.695/91 de 17 de maio de

1991, aprova o Plano Curricular de 5ª a 8ª série da escola.

Parecer nº 050/90 do DEPG, aprova a Grade Curricular, vigente a partir do ano de

1990.

Ato Administrativo nº 149/90 de 09 de novembro de 1990, do Núcleo regional de

Educação de Campo Mourão, aprova a proposta do Sistema de Avaliação adequada a

delibaração nº 033/87 do CEE.

Resolução Secretarial nº 1.6117/ 92 de 1º de junho de 1992, reconhece o curso e o

Estabelecimento de Ensino.

Ato Administrativo nº 173/92 do Núcleo Regional de Campo Mourão, aprova a

alteração da proposta de Sistema de Avaliação , referente ás atribuições do Conslho de

Classe de acordo com o contido noa artigos 27 a 33 da Resolução 2000/ 91, Regimento

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Escolar.

Ato Administrativo nº 26/93, aprova o Regime Escolar disposto no Regimento

Escolar para os estrabelecimentos da Rede Publica Estadual de Ensino.

Resolução nº 2174/93 de 26 de Abril de 1993, designa mmenbros da comunidade

para em conjunto com o diretor comporem o Conselho Escolar do referido

estabelecimento.

Resolução nº 3728/ 94 de 29 de julho 1994 que autorizou o funcionamento do

curso de Educação Geral – área de concentração – Administração.

Resolução nº 3.120/98 CEE, autorizou a adequação da nomenclatura e o Colégio

Estadual Napoleão Batista Sobrinho – Ensino de 1º e 2ºgraus pasa a se chamar Colégio

Estadual Napoleão Batista Sobrinho – Ensino Fundamental e Médio.

O regimento escolar foi aprovado pelo ato administrastivo n° 090/2000 de 09 de

junho de 2000.

O ato de renovação do reconhecimento do curso foi realizado pela resolução

n°3605/02 de 07 de outubro de 2002 .

2.2 ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho esta situado no Distrito de Águas de

Jurema, que se encontra a 23 km da sede o Município de Iretama há 57 km do Município

de Campo Mourão.

Contamos com um terreno de 2523 m2, tendo uma área construída de 320 m2 e

uma quadra poliesportiva de 840 m2.

Temos na Instituição 10 salas de aula tamanho padrão. Além dessas temos um

pequeno espaço (menor que uma sala de aula), no qual funciona a cozinha onde se

prepara à merenda escolar.

A falta de espaço apropriado fez com que direção,apoio pedagógico, sala dos

professores, funcione em uma dessas salas e a biblioteca, laboratório de informática,

videoteca, funcionam em outra de forma improvisada.

Temos recursos áudio visuais como retro projetores, TVs e vídeo cassete, mas

não há uma sala específica para esse fim.

As atividades desportivas e a prática de Educação Física são realizadas em uma

quadra poli - esportiva que funciona anexa ao pátio, mas essa esta próxima às salas de

aula, causando transtornos às atividades docentes.

Ofertamos Ensino Fundamental e Médio nos períodos vespertino e noturno,

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sendo que no período vespertino conta com 2 quinta séries, 2 sexta séries, 1 sétima série

e 1 oitava série.

No período noturno temos 1 sétima série, 1 oitava série e 1ª 2ª e 3ª série do Ensino

Médio num total de 11 turmas com 395 alunos.

O corpo docente é composto de 14 professores, divididos entre as disciplinas, uma

secretária, duas auxiliares administrativas, uma cozinheira e dois auxiliares de serviços

gerais.

A Equipe Pedagógica é formada por uma professora Pedagoga que trabalha

apenas no período noturno e um diretor que também exerce o cargo também no período

noturno, pois á tarde esse tem 20 horas em sala de aula.

A maioria dos professores é do quadro próprio do magistério.

2.3 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

A comunidade do Distrito de Águas de Jurema é formada principalmente por

pessoas de renda baixa, as crianças começam a trabalhar geralmente muito cedo

ajudando os pais na lavoura.

A atividade predominante da região é a criação de gado leiteiro, existindo

produtores que se dedicam à fruticultura e outros ao comércio.

Um grande número de pais de alunos e de alunos trabalham nas Termas de

Jurema (Ponto Turístico) que gera em torno de 500 empregos diretos.

Quanto à questão da higiene e saúde, água e esgoto a localidade possui uma rede

de tratamento de água, um posto de saúde, uma farmácia, mas na periferia existem

famílias que não possuem instalações sanitárias adequadas.

O distrito evoluiu muito nos últimos anos, principalmente no diz respeito a renda da

população mas ainda existe precariedade na oferta de serviços básicos.

2.4 OS ALUNOS

A maioria dos alunos são da zona rural, dependem de transporte escolar e às

vezes, devido as, mas condições das estradas, não lhes é possível ter freqüência regular

, o que atrapalha no rendimento e reflete nas notas abaixo da média que alguns alunos

apresentam no final dos bimestres.

A maior parte deles são filhos de agricultores, ou mesmo, de bóias – frias que

trabalham arduamente para sobreviver, inclusive alguns alunos acabam abandonando a

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escola para ajudar os pais ou trabalhar de empregado, a fim ajudar no sustento da

família.

2.5 OS EDUCADORES

A maior parte dos professores que trabalham no Colégio são do município sede e

vem de táxi.

O quadro de professores tem a seguinte formação:

0Adailson Afonso – Educação Física

1Maria Benedita da Cruz Soares – História

2Anadir Aparecida Pedroso Batista – Ciências Biologicas

3Fernando Facini – Geografia

4Josiele Pereira da Silva – História

5Kellen Cristina Muniz Coelho – Matemática

6Divina Pedroso dos Santos – Ciencias Biologicas

7Luciana Mara Mamus – Educação Física

8Luis Carlos Lopes – Letras.

9Maria Ana Pedroso – Letras.

10Silvana Aparecida Muriana Urbanki – Geografia.

11Valdenice Gonçalves de Souza – Geografia

12Sueli Maria Marangoni - Letras

Sendo que nas disciplinas de Educação Artística, Química, Física, Ensino Religioso

atuam professores de áreas afins.

2.6 EQUIPE PEDAGÓGICA – ADMINISTRATIVA

A Equipe Pedagógica é formada por uma Professora Pedagoga.

A Equipe de Apoio é formada por 1 secretária, 3 auxiliares de serviços gerais e 2

auxiliares administrativas:

• Ednéia de Souza Lima – Professora Pedagoga;

• Luis Carlos Lopes – Diretor;

• Tereza de Lourdes Rodrigues - Secretária;

• Silvana Cristina Wilczak Milani – Auxiliar Administrativo;

• Sandra Marques da Silva – Auxiliar Administrativo;

• Solange Martins Lopes – Auxiliar de Serviços Gerais;

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• Vilma Arley Ribeiro – Cozinheira;

• José Rezende Borges – Auxiliar de Serviços Gerais;

2.7 FUNCIONÁRIOS

Os funcionários do Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho passaram a

entender que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem, pois perceberam que o

funcionamento de um colégio não é possível sem a colaboração de todos.

O processo educativo não está inserido apenas dentro da sala de aula e sim,

em todos os ambientes da escola:

- O primeiro contato que a comunidade escolar tem com a escola é com o

porteiro que orienta e faz parte da segurança da escola.

- O próximo contato é com os funcionários da secretaria, que administram e

mantêm a organização da documentação dos alunos.

- Os alunos percebem a organização e a limpeza da escola, quando chegam e

encontram as salas limpas e a merenda na hora do recreio.

Diante de tudo isso fica comprovado que os funcionários são a base do bom

funcionamento da escola e que sem eles o processo educativo é impossível.

2.7.1 A Construção da democratização da escola Pública: Os paradoxos da gestão

escolar

Os profissionais da educação da nossa escola fazem um trabalho direcionado

na orientação dos alunos quanto aos seus direitos e deveres. Todos têm direito a opinar e

reivindicar e, dentro das possibilidades da escola são atendidos ou não. Com isso cada

um deve saber até onde vai o seu limite, respeitando os direitos do outro.

Na verdade a democracia já vem acontecendo a muito tempo, através do

diálogo, da participação coletiva entre todos os profissionais da educação e seus

educandos. Pois o espírito democrático não se faz, se conquista nas relações sociais do

dia-a-dia.

2.7.2 A importância do funcionário na elaboração do PPP

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O funcionário é de grande importância na elaboração do PPP, pois é ele quem

conhece as necessidades da escola, porque possui uma relação direta com o seu setor.

Os funcionários são a base da escola, pois o bom desempenho das atividades da escola

depende dele. A partir do momento que o funcionário respeitar as normas internas da

escola, está sendo exemplo para os educandos se tornando um educador, já que, não é

apenas na sala de aula que os alunos adquirem o saber, mas boa parte do conhecimento

de mundo está fora dela.

2.7.3 Plano de ação dos funcionários

E

IXO

OBJETIVO

S

DETALHAMEN

TO

CONDIÇÕES CRONOGRA

MA

RESPONSÁV

EL

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11

GE

STÃ

O D

E M

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R Á

T I C

O

Proporcio

nar um

ambiente

agradável

e familiar

Acolher e fazer

o

acompanhamen

to dos

educandos

Atuando com

serenidade,

responsabili

dade e

autoridade

para com o

educando

O ano todo Todos os

funcionários

Democrati

zar as

decisões

internas

da escola

Participação na

decisões

internas da

escola

Disponibiliza

r-se pelos

interesses da

classe nas

decisões

escolares

O ano todo O

representant

e dos

funcionários

Criar

integração

entre

todos os

setores da

escola

Espontaneidade

e iniciativa para

resoluções de

problemas do

cotidiano

Compromiss

o com a

escola

O ano todo Toda a equipe

escolar.

E

IXO

OBJETIVO

S

DETALHAMEN

TO

CONDIÇÕES CRONOGRA

MA

RESPONSÁVE

L

PR

OP

OS

TA

PE

DA

GIC

A

Incentivar

e

contribuir

para um

maior

conhecime

nto do

aluno

Participação

nas discussões,

implementação

e efetivação do

PPP

Auxiliar no

andamento de

todos os

projetos

desenvolvidos

dentro da

escola.

Acompanhar

o

desenvolvim

ento do

trabalho

Quando

necessário

Os

funcionários

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A

Oportuniza

r e ampliar

conhecime

ntos

Capacitação

Grupos de

estudos

Palestras

Reuniões

setoriais

Cursos

Encontros para

troca de

experiências

Seminários

Recursos

humanos

oferecidos

pela SEED.

Parcerias

Semestral

Os

funcionários

SEED.

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Agilizar o

desenvolvim

ento do

trabalho,

proporcionan

do assim

mais

qualidade e

produtividad

e.

Manter em

ordem os

respectivos

ambientes

físicos e sociais

do

estabeleciment

o

Não tem

sala para

secretaria

O ano todo Toda a

comunidade

escolar

Manter a

organização

de todos os

setores da

escola

Comunicar a

necessidade de

reposição de

estoque

Não possui

computado

res para

todos os

funcionári

os

O ano todo Os

responsáveis

de cada setor.

Criar

integração

entre todos

os setores da

escola

Não possui

internet

Não possui

espaço

adequado

para

biblioteca

O ano todo

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3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

Atualmente todo trabalho da Escola se baseia na Pedagogia Histórico Critica dos

Conteúdos, Pedagogia esta que caracteriza pela busca de uma Escola Democrática na

qual segundo Saviani (1985, p. 76) a educação se caracteriza como "uma atividade que

supõe uma heterogeneidade real e uma homogeneidade possível; uma desigualdade no

ponto de partida e uma igualdade no ponto de chegada”.

Isso quer dizer que sonhamos uma escola que estaja totalmente inserida na

realidade social, ou seja, em um processo educativo voltado para a eliminação das

diferenças e a busca da asseitação de todos como são e como devem ser.

Dentro da concepção histórico critica a Escola deve assumir um posicionamento

sobre o que é educação e o que significa educar seres humanos. Segundo Saviani,

(1991, p.103):

"A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes sociais da educação, a compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a educação e, consequentemente como é preciso se posicionar diante dessas contradições e desenreda a educação das visões ambíguas, para perceber claramente qual é a direção que cabe imprimir a questão educacional".

Educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o

papel da História e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão

individual, como em relação à classe dos educandos, é essencial à prática pedagógica

proposta. Sem respeitar essa identidade, sem autonomia, sem levar em conta as

experiências vividas pelos educandos antes de chegar à escola, o processo será

inoperante, somente meras palavras despidas de significação real.

A educação é ideológica, mas dialogante, pois só assim pode se estabelecer à

verdadeira comunicação da aprendizagem entre seres constituídos de almas, desejos e

sentimentos.

A Escola ao buscar a democratização deve partir do pressuposto que mesmo em

uma sociedade capitalista é viável uma educação que não seja, necessariamente,

reprodutora da situação vigente, e sim adequada aos interesses da maioria, aos

interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado pela classe

dominante,a escola tem como principal objetivo formar cidadãos críticos e conscientes

capazes de mudar a situação vigente e prontos para estar inseridos na sociedade do

conhecimento.

Deste ponto de vista conceituamos a educação como uma atividade mediadora no

seio da prática social global , essa mediação sera responsável pelo grau de

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democratização no interior da escola , tendo o professor como um agente social ativo,

comprometido politicamente com as transformações da sociedade.

Assim pretendemos trabalhar formando cidadãos , através do conhecimento de

seus direitos e deveres e do saber elaborado , contribuindo dessa forma para a melhora

de toda a sociedade.

Construir o conceito de cidadania é formar uma pessoa que tenha certeza de seus

direitos e deveres necessãrios a vida cidadã e ao respeito á ordem democrática buscando

justiça, igualdade, a eqüidade e a felicadade para si e para todos .

Formar um individuo que busque contruir uma sociedade igualitária implica em ter

como partida o reconhecimento dos direitops e deveres necessários a vida em sociedade.

Um ser axiológico, ou seja, dotado de valores éticos necessários ao convívio e ao pleno

exercío da vida em sociedade.

Dessa forma o projeto educativo deve estar centrado no educando, agente

principal da educação e razão de ser da escola.Dessa forma a instituição escolar deve ter

uma estrutura flexível e dinâmica permitindo que se use novos métodos e técnicas de

ensino , buscando o aperfeiçoamento contínuo do processo pedagógico.

4 OBJETIVOS DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

4.1 OBJETIVO GERAL

Trabalhar coletivamente para que PPP esteja de acordo com os anseios da

comunidade escolar da qual fazemos parte, fundamentado na Pedagogia Histórico crtica,

fazendo com que todos seja, sujeitos do processo educativo.

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4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

• Incentivar o respeito à dignidade e aos direitos de todos aqueles que

fazem parte da comunidade escolar consideradas na sua diferença

individuais, sociais, econômicas e culturais.

• Estimular a independência e o respeito mútuo considerando - os como

base do processo educativo libertador;

• Desenvolver um indivíduo criativo, participativo e crítico;

• Garantir através do PPP que todos os seguimentos que fazem parte da

comunidade escolar estejam participando do processo educativo;

• Através dos preceitos da Gestão Democrática transformar a escola em

um local de produção de conhecimento coletivo e troca de experiências;

5 MARCO SITUACIONAL

5.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE DO PAÍS, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA

Nosso País vem enfrentando uma grande crise política a qual se reflete na vida de

todos em todas as instâncias.

A Secretaria de Estado da Educação promoveu uma mudança significativa na área

educacional, retomando os concursos públicos e valorizando dessa forma educadores e

funcionários estaduais.

O distrito de Águas de Jurema também evoluiu bastante , seu comercio se

fortaleceu muito nos últimos anos e a renda das famílias vem aumentando , aumentando

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também a escolaridade dos moradores, no entanto, não ocorreu o desenvolvimento de

infra – estrutura e oferta de serviço social, que favorecesse o trabalho com as crianças, e

adolescentes fora do horário escolar.

O Colégio Estadual Napoleão batista Sobrinho ainda enfrenta muitos problemas

para atender adequadamente seus alunos. A gestão é compartilhada ,ou seja, seu prédio

é dividido com o município o que gera inúmeros transtornos, não possui dependências

administrativas adequadas, nem salas ambientes, enfim tudo ocorre de forma

improvisada.

O numero de funcionários é insuficiente gerando descontentamento quanto ao

aspecto da limpeza e conservação do patrimônio do mesmo.

A maioria da clientela que recebemos em nossa instituição é muito carente,

principalmente no período vespertino, são adolescentes que vem dos sítios,fazendas e

assentamentos próximos submetidos a difícil realidade de trabalho que atrapalha muito no

processo de aprendizagem e nos dois anos houve um agravemento na crise da

agricultura, o que provavelmente provocará evasão escolar e êxodo rural. Diante disso

a escola tenta promover a auto estima, formar a consciência critica e a cidadania a fim de

se tornar um local de aprendizado , de produção do conhecimento e de mudança da

realidade vigente.

Os anseios de nossos educandos é ter na escola atividades culturais, sociais e de

lazer que a comunidade não oferece.

Enquanto educadores comprometidos e engajados na pratica educativa que forma

o homem por completo, ou seja em todos os seus aspectos necessitamos de espaços

educativos apropriados como sala de vídeo, laboratórios de ciências, laboratório de

informática , uma sala de professores, secretaria, apoio pedagogico e direção , banheiros

esclusivos para os professores e funcionários, pois atualmente usamos os mesmos

banheiros dos alunos.

Uma das necessidades é melhores condições de trabalho e um lugar adequado

para guardar a merenda escolar e os produtos de limpeza.

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6 MARCO CONCEITUAL

6.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A sociedade na etimologia da palavra é o conjunto de indivíduos ou seres que

vivem em um grupo organizado, sujeitando-se as mesmas regras, compartilhando

costumes, histórias, valores e princípios.

Como integrante de grupos socioculturais o ser humano vivência experiências,

interage com o meio construindo conceitos, valores, idéias, representações em sua vida

cotidiana, formando assim, um conjunto de conhecimentos. Partindo deste princípio, o

desafio constante do ser humano passa a ser a convivência em harmonia com os outros,

manifestando um aspecto fundamental: a criação de valores.

Os grupos na sociedade criam formas peculiares de viver e elaboram princípios e

regras que regulam seu comportamento, gerando direitos, obrigações e deveres.

O relacionamento com a natureza é valorizado de acordo, com as necessidades, desejos,

condições e circunstâncias em que se vive. Na formação cultural instala-se a referência,

não apenas do que é, mas do que deve ser.

A sociedade procura determinar condutas que interferem na vida do indivíduo,

entrando assim, no campo da moral e da ética. O que atinge o terreno dos valores

presentes na prática e na reflexão teórica de homens e mulheres nas sociedades.

Ao falarmos em Escola e em processo educativo não podemos deixar de

caracterizar a sociedade na qual a Escola esta inserida.

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite – lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Dessa forma a sociedade cria o homem para si”. (Pinto, 1994)

A sociedade pode ser considerada como mediadora do saber e da educação

presente na organização social e no trabalho humano, criando novas possibilidades de

cultura e novas formas de agir socialmente, tendo como ponto de partida às contradições

ocorridas através do processo de transformação da base econômica.

6.2 CONCEPÇÃO DE CULTURA

Cultura é o conjunto de manifestações humanas que constam com a natureza ou

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comportamento natural, é uma ciência que encara a totalidade de padrões aprendidos e

desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnet Tylor,

sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria “o

complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões

e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.”

Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo,

seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma

vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.

O uso da abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais

só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísitcos e

mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica)

quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas,

etc). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facildade, uma vez

que a cultura simbólica é extremamente frágil.

A principal característica da cultura é a chamado mecanismo adaptativo: a

capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do

que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver

longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes frios –

ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução

cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o

homem torna-se dependente de cultura, pois esta age em substituição a elementos que

constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos, causaria o mesmo efeito de

uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.

Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificções trazidas

por uma geração passam a geração seguinte de modo que a cultura transforma-se

perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço

das novas gerações.

Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se

perdem, outros se adicionam, em grandes felocidades variadas nas diferentes

sociedades.

Dentro da sociedade escolar, a cultura também é bem diversificada quando

relacionada com os alunos que se fazem presente nesta, ou seja, a cultura de uma escola

se inicia deste a apresentada pelos alunos, professores, direção, pedagogos e

funcionários, até uma cultura que defina o objetivo traçado pela escola um ideal em

comum que o corpo da escola apresenta. E este é constantemente aprimorado conforme

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a necessidade apresentada pela escola.

Só homem é portador de cultura; por isso, só ele a cria, a possui e a transmite. As

sociedades animais e vegetais a desconhecem. É um complexo, por que forma um

conjunto de elementos, inter-relacionados e interdependentes, que funcionam em

harmonia na sociedade. Os hábitos, idéias, técnicas, compõe um conjunto, dentro do qual

os diferente membros de uma sociedade convivem e se relacionam. A organização da

sociedade, como um elemento desse complexo, esta relacionada com a organização

econômica; os dois entre si relacionam-se igualmente com as idéias religiosas. O conjunto

dessa inter-relação faz com que os membros de uma sociedade atuem em perfeita

harmonia.

6.3 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Segundo Freire (2003, p.59) “o conhecimento é sempre conhecimento de alguma

coisa, sempre intencional, isto é, esta sempre direcionado para alguma coisa”.

O conhecimento se caracteriza como uma atividade puramente humana que tem

por objetivo explicitar as relações homem x homem e homem x natureza. Desta forma,

podemos dizer que o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo

trabalho.

A busca do conhecimento se caracteriza como um processo multideterminado que

envolve inter – relações entre idéias e condições materiais tendo a base econômica como

determinante fundamental. Desta forma o conhecimento humano adquire nomes

diferentes: cientifico comum, teológico e estético, recebendo diferentes concepções,

muitas antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o próprio

conhecimento.

As concepções de homem, de mundo e das condições sociais que geram o e

configuram as dinâmicas históricas que representam as necessidades humanas a cada

momento, implicando necessariamente em uma nova forma de ver a real idade, um novo

modo de atuar para obter o conhecimento, mudando a forma de interferir na realidade.

As mudanças sociais mudam a forma de se conceber o conhecimento, mudança

que interfere na dinâmica educacional da escola, fazendo com que ela garanta a

expropriação do conhecimento.

O conhecimento se constitui como a mola propulsora da sociedade atual, pois com

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a decadência do capitalismo estamos na sociedade do conhecimento a qual exige do

homem o saber, principalmente o saber escolar.

6.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM

A partir do que nos traz Morin (2001: 40) ao se referir sobre a complexidade do ser

humano: “ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural", devemos

conceber o homem baseado no cidadão que procuramos formar. Entendendo o sujeito

tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver no aluno a consciência e o

sentimento de pertencer a Terra, de modo que possa compreender a interdependência

entre os fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com

seu meio natural e social.

Concordando ainda com Morin (2001: 16), alguns desafios são fundamentais no

que se refere à formação do sujeito, desenvolver uma aptidão para contextualizar e

integrar , para situar qualquer informação em seu contexto , para colocar e tratar os

problemas , ou seja, o grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades

cada vez mais complexas (polidisciplinares, transversais, multidimensionais,

transnacionais, globais, planetárias). Assim, acreditamos ser possível formar um cidadão

menos acuado e mais indignado, um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo

soluções criativas em favor da solidariedade humana e do equilíbrio ambiental. Para tanto

esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão sistêmica da realidade.

Compartilhamos também com o que nos traz o físico francês Basarab Nicolescu (in

Weill,...), quando nos diz que “o homem aparece como participante do real”., até como

instrumento de medida dele. Ele é o elo de unificação entre o invisível (abstrato) e o

visível (órgãos dos sentidos e instrumentalização). Nesse sentido, vislumbramos o homem

como um catalisador das transformações.

O homem também deve ser considerado, um ser histórico, tendo como marca o

trabalho, diferente dos animais por ser racional. Planeja, elabora, consegue ampliar seus

conhecimentos para novas descobertas satisfazendo suas necessidades. O homem

sentiu a necessidade de novas idéias, experiências e relacionou-se com o outro fazendo

trabalho coletivo, usando como a linguagem os símbolos para poder se comunicar. E

criando condições para o aparecimento da consciência, que é a capacidade de distinguir

entre as propriedades objetivas e estáveis da Saviani define a educação como um

processo de trabalho não material (diferente do trabalho material que visa à produção de

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bens materiais para subsistência), no qual o produto não se separa do ato de produção. O

trabalho educativo é "o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo

singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de

homens" (Saviani, 1991, p 21).

6.5 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A Educação pode ser concebida como o saber repassado nas instituições

escolares, sendo considerado tanto uma herança cultural capaz de colocar o cidadão na

posse de padrões cognitivos e formativos prevalecentes na sociedade, quanto uma

exigência da cidadania pela qual o mesmo cidadão tem maiores possibilidades de

participar dos destinos de sua nação e, colaborar na sua transformação qualitativa.

A Educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, preparando

– o para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho

reconhecendo que o homem é um ser social,humano, critico, participativo, e consciente

das mudanças sociais , consciente de seus direitos e deveres, sendo capaz de construir e

valorizar sua propria identidade, respeitando as diferenças, sem se esquecer que cabe à

escola construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Existe um enorme consenso em torno da importância e do valor da educação como

instrumento de desenvolvimento econômico e social e de formação política e cultural do

cidadão inter pessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação,

respeito e confiança dando aos educandos conhecimentos mais amplos da realidade

social e cultural.

A educação não pode ser restringir ao papel de coadjuvante de saberes políticos

econômicos e sociais, a educação escolar tem uma função humanizadora. Nós sabemos

que o homem não pode ser limitado em sua autonomia, liberdade e desejo de felicidade,

isto faz com que a educação esteja constantemente em mudanças mudando também o

processo educativo.

6.6 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Apoiado em Gramsci, Saviani (1991, p. 103) define a escola como "uma instituição

cujo papel consiste na socialização do saber elaborado, e não do saber espontâneo, do

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saber sistematizado e não do saber fragmentado, da cultura erudita e não da cultura

popular".

É o local onde deve se desenvolver um trabalho coletivo , tendo como principio que

o trabalho participativo e responsável que melhor atenda as necessidades concretas da

sociedade em que vivemos.

A escola deve direcionar a aprendizagem para a compreensão ampla de idéias e

valores indispensáveis ao momento atual, ao mesmo tempo esse educando precisa ter

conheciemntos e habilidades cognitivas que assegurem o preparo para seu desempenho

no mercado de trabalho.

6.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

A formação continuada do professor é atualmente uma necessidade cada vez mais

permanente visto que vivemos transformações aceleradas em todos os âmbitos: político,

econômico, tecnológico, cultural e social. Além disso, a carga horária de trabalho

excessiva do professor torna sua formação continuada difícil, o que muitas vezes o leva a

uma fatal desatualização. A formação continuada do professor é necessária em vários

campos, a começar pelo próprio domínio do conteúdo, muitas vezes insatisfatório. No

campo pedagógico, por não ter contato com a literatura especializada o professor tem

pouca oportunidade de conhecer novas abordagens que possam embasar metodologias

apropriadas que facilitem a aprendizagem. Outro campo no qual ele enfrenta dificuldades

é o da introdução da tecnologia na sua prática pedagógica, mesmo quando a escola

possui recursos tecnológicos.

A formação do professor é um dos elementos fundamentais do sucesso do

processo de ensino-aprendizagem presencial, tanto quanto a formaçao de professores

perante novas abordagens pedagógicas.

Entretanto o professor possui suas próprias concepções de como deve ser o

ensino para se chegar à aprendizagem. Os caminhos para se alcançar este fim e o

significado de aprendizagem se refletem em sua prática pedagógica através das

estratégias adotadas para se trabalhar o conteúdo específico de cada disciplina, na

escolha dos livros didáticos, nos critérios de avaliação, entre outros fatores explítos e

implícios.

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6.8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Sandra Maria zákia Lian Sousa, comenta em seu texto sobre Conceito de

Avaliação “que a avaliação não é um processo meramente técnico; ela implica um

posicionamento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos que o

movimento a ser prilivegiado, no momento atual é o avanço na educação, dos

desvelamento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas avaliativas.

Observa-se que, ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de

avaliação subjacente à legislação: inicialmente, consistia em julgar o desempenho do

aluno, de forma imparcial e objetiva, a partir do cômputo de acertos e erros apresentados

nas questões de provas e exames; posteriormente, a avaliação da aprendizagem como

procedimento de julgar o desempenho do aluno passou a se basear em critérios

expressos nos objetivos previstos e a ser realizada de forma ampla e contínua.

Ao que parece, não são tanto as condições objetivas que determinam práticas de

avaliação diferenciadas, mas as concepções de mundo, Educação e ensino dos diversos

profissionais que integram a escola.

O conceito de avaliação de apredizagem, que tradicionalmente tem como alvo o

julgamento e a classificação do aluno, necessita ser redirecionado, pois a competência ou

incompetência do aluno resulta, em última instância, da competência ou incompetência da

escola. a avaliação escolar, portanto, não pode restringir-se a um de seus elementos, de

forma isolada. Importa, pois, enfatizar a relação entre avaliação da aprendizagem e

avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada com

o desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.

Temos como objetivo escolar, também uma diferenciação no Conceito de Avaliação

entre diurn e noturno, portanto aqui retrataremos a diferença entre concepções de Avaliar.

Percorrendo, rapidamente, a evolução do conceito de avaliação da aprendizagem,

pudemos perceber o caminho de uma concepção tecnicista em que avaliar significativa

medir, atribuir nota, classificar, para uma concepção de avaliação crítica vista em um

contexto sócio-poítico cultural mais amplo, historicamente situada, autoconstruída,

transformadora e emanipadora.

A prática da avaliação se explicita por uma relação autoritária, conservadora, que

coloca os alunos como objetos, apassivados. Esse exercício autoritário provém do poder

que tem a avaliação e que permite ao professor manter a disciplina, o silêncio, a atenção

dos alunos etc.

Acreditamos em uma avaliação que parta de uma concepção de apreensão de

conhecimento nem estática, nem cumulativa, mas dinâmica, contraditória e criativa. O

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aluno é visto como sujeito do processo, ativo, que não só memoriza e reproduz

conhecimentos mas também os constrói.

Dessa forma, o aluno é participante ativo do processo de avaliação, em todos os

seus momentos, também se auto-avaliando. Participação na avaliação é sinômio de

avaliação permanente. Aprender a avaliar-se e a criticar-se para melhor é a contribuição

central da participação para a avaliação.

6.9 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direitos dos

seres humanos não é um dado. É um construído da convivência coletiva, que requer o

acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que permite a construção de

um mundo comum através do processo de asserção dos direitos humanos. (Hannah

Arendt)

A cidadania é um processo em constante construçao, que teve origem,

historicamente, com o surgimento dos direitos civis, no decorrer do século XVII –

chamado Século das Luzes -, sob a forma de direitos de liberdade, mais precisamente, a

liberdade de ir e vir, de pensamento, de religião, de reunião, pessoal e econômica,

rompendo-se com o feudalismo medieval na busca da participação na sociedade. A

concepção moderna de cidadania surge, então, quando ocorre a ruptura com o Acnien

Régime, em virtude de ser ela incompatível com os privilégios mantidos pelas classes

dominantes, passando o ser humano a deter o estado de cidadão.

O conceito de cidadania, entretanto, tem sido freqüentemente apresentado de uma

forma vaga e imprecisa. Uns identificam-na com a perda ou aquisição da nacionalidade;

outros, com os direitos políticos de votar e ser votado. No Direito Constitucional, aparece

o conceito, comumente, relacionado à nacionalidade e aos direitos políticos. Já na Teoria

Geral do Estado, aparece ligado ao elemento povo como integrante do conceito de

Estado. Dessa forma, fácil perceber que no discurso jurídico dominante, a cidadania não

apresenta um estatuto próprio pois na medida em que se relaciona a estes três elementos

(nacionalidade, direios políticos e povo), apresenta-se como algo ainda indefinido.

O cidadão, torna-se, então, aquele indivíduo a quem a Constituição confere direitos

e garantias – individuais, políticos, sociais, econômicos e culturais – e lhe dá o poder de

seu gozo ou fruição por parte do Poder Público.

A cidadania, assim considerada – conclui brilhantemente o Prof. José Afonso da

Silva - , “consiste na consiência de pertinência à sociedade estatal como titulad dos

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direitos fundamentais, da dignidade como a igual consciência de que essa situação

subjetiva envolve também deveres de respeito à dignidade do outro e de contribuir para o

aerfeiçoamento de todos”.

6.10 PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES QUE NORTEIAM O TRABALHO NA ESCOLA

O trabalho na esola , assim, como todo trabalho tem principios e concepções que o

norteiam são eles:

• A igualdade de condições para o acesso e permanência no processo

educativo, e a garantia de ter uma educação de qualidade;

• A liberdade ter autonomia, que dece ser construida na vivência coletiva.

Comtemplando a idéia de regras, reconhecimento e intervenção recíproca;

• A gestão democratica participação de todos os segmentos da comunidade

escolar nos processos de tomada de decisão. Prioriza a solidariedade,

eliminando a exploração e o individualismo.

Os pressupostos educacionais que devem estar norteando o trabalho na escola

são:

A união entre teoria e prática em uma ação consciente e organizada que garanta a

participação efetiva de toda a comunidade escolar e um trabalho coletivo, baseado na

união entre escola familia e comunidade.

A educação deve ser voltada para o processo de libertação, ou seja uma educação

libertadora e emancipatória voltada para a construção do sucesso escolar, tendo a

inclusão como princípio e compromisso social.

7 GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática se inicia côo a democratização da Escola, e não deve se

restringir aos processos transparentes e democráticos ligados apenas a função

administrativa.

A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresenta as seguintes determinações:

Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão

democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as

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suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I. participação dos profissionais da educação na elaboração do

projeto pedagógico da escola;

II. participação das comunidades escolar e local em conselhos

escolares ou equivalentes. (...)

Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades

escolares públicas de educação básica que os integram progressivos

graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira,

observadas as normas de direito financeiro público.

Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei

decreta a gestão democrática como a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim,

o caráter deliberativo da autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado.

Desse modo, torna-se impossível pensar em debater sobre qualquer estrutura

educativa sem antes não contextualizá-la no seu aspecto histórico e social, pois o

processo de análise passa necessariamente pela maneira de como o homem em um

dado contexto analisa sua realidade, seu mundo percebendo-se um ser produtor no seu

tempo e no seu espaço, um transformador objetivo da sua realidade que racionalmente

analisa, modifica.

Os aspectos levantados são obstáculos reais ao processo de construção da

"consciência crítica" (no sentido de Paulo Freire, consciência não-dogmática,

desmistificadora, efetivamente política), e sem ela as mudanças acontecem apenas num

processo "de cima para baixo", anulando-se a essência da autonomia.

Dessa forma, nota-se que nesse modelo organizacional da gestão democrática

escolar, ainda é possível perceber o distanciamento entre o pedagógico e o

administrativo, sobretudo no que concerne à coordenação de um projeto pedagógico

integrado.

A Gestão Democrática no Ensino Público concede autonomia pedagógica,

administrativa e financeira às escolas, dessa forma diretor, professores, alunos e demais

atores do processo educacional encararem o processo de gestão democrática como uma

construção contínua, individual e coletiva.

Para pensar este conceito, VIEIRA (2002) indica que a autonomia não pode ser

percebida como um objetivo por excelência, pois é ela que possibilitará ao sujeito

"instituir", "criar suas próprias leis", deixando de viver sempre o "instituído" que lhe é

estranho.

FREIRE (2001) cita: “... O mundo não é. O mundo está sendo. (...) Não sou apenas

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objeto da História, mas seu sujeito igualmente. (...) caminho para a inserção, que implica

decisão, escolha, intervenção na realidade...”, portanto, ele retrata a razão emancipatória

que possibilita a visão da totalidade.

Dessa maneira, o projeto pedagógico na autonomia construída deve permitir aos

professores, alunos, coordenadores e diretores estabelecerem uma comunicação

dialógica, para propiciar a criação de estruturas metodológicas mais flexíveis para

reinventar sempre que for preciso. A confirmação desse contexto só poderá ser dada

numa escola autônoma, onde as relações pedagógicas são humanizadas.

Faz-se necessário romper com as tendências fragmentadas e desarticuladas do

modo de conceber o projeto para re-significar as suas práticas, para criar a identidade de

cada escola particularmente. Tendo como ponto de partida, o planejamento.

Segundo PADILHA (2001):

“... planejar, em sentido amplo, é um processo que visa a dar respostas a um

problema, através do estabelecimento de fins e meios que apontem para a sua

superação, para atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo

necessariamente o futuro, mas sem desconsiderar as condições do presente e as

experiências do passado, levando-se em conta os contextos e os pressupostos

filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e de com quem se planeja”.

Partindo desse princípio, a escola precisa da participação da comunidade como

usuária consciente deste serviço, não apenas para servir como instrumento de controle

em suas dependências físicas. Trata-se de romper com os muros da escola.

Os professores devem romper com as posições pedagógicas cartesianas para

fazerem dialeticamente a relação necessária entre as disciplinas que compõem o

currículo escolar e a realidade concreta da vivência do aluno, a partir da visão

interdisciplinar do conhecimento, daí a importância do ato reflexivo no dinamismo da

prática pedagógica através da reflexão conjunta do projeto educativo, em oposição à

racionalidade técnica.

O desafio de um novo projeto pedagógico não deve levar em conta o consenso

como ponto de partida, mas o conflito que favorece a diversidade numa trajetória

construída coletivamente na tomada de decisões.

O resultado do processo do planejamento será influenciar e provocar

transformações nas instâncias e nos níveis educacionais que, historicamente, têm ditado

o como, o porquê, o para que, o quando e o onde planejar. Num sentido mais específico,

PADILHA (2001) afirma que, “pensar o planejamento educacional e, em particular, o

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planejamento visando ao projeto político-pedagógico da escola é, essencialmente,

exercitar nossa capacidade de tomar decisões coletivamente”.

Para complementar, segundo GANDIN (2000), “... o planejamento deve alcançar

não só que se façam bem as coisas que se fazem (chamaremos a isso de eficiência), mas

que se façam as coisas que realmente importa fazer, porque são socialmente desejáveis

(chamaremos a isso de eficácia)”.

Neste contexto, os profissionais da educação são desafiados constantemente pelo

desconhecido, e a renovação de suas práticas educacionais torna-se uma questão de

sobrevivência da escola. Porém esta renovação é complexa, primeiro porque perpassa

todos os aspectos da prática pedagógica; segundo, porque exige abertura dos envolvidos

no processo com a vontade política de mudar; e terceiro, porque os meios para

concretizar as aspirações devem estar em consonância com o contexto histórico concreto.

Isso será possível pela compreensão da concepção crítico-reflexiva como

pressuposto da autonomia a ser construída coletivamente e articulada com o universo

“mais amplo” da escola.

Podemos concluir que a gestão democrática constitui – se como um espaço de

comprometimento dos representantes da comunidade interna e externa, apresentando a

idéia de gestão compartilhada na construção colegiada do processo pedagógico.

7.1 AS INSTANCIAS COLEGIADAS

Nas instituições educacionais as instâncias colegiadas tem um papel

muito importante são elas que garantem a participação de pais, alunos, professores,

funcionários e de toda a comunidade escolar na tomada das decisões dentro da Escola.

Os órgãos que representam essas instancias são o Conselho Escolar, a APMF

(Associação de Pais e Mestres e Funcionários) e o Grêmio Estudantil.

7.1.1 O Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, ou seja, composto por diversos

segmentos da comunidade escolar, tendo como função representar essa comunidade.

Suas funções são de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa, fiscalizadora, sobre a

organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da Instituição Escolar

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em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, obedecendo a

constituição LBD, o Eca e o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar

garantindo que se cumpra a função social especifica da Escola.

O conselho é um órgão colegiado de direção, constituído pelos princípios de

representatividade democrática. Podem participar do Conselho Escolar os representantes

dos movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola publica, assegurando

que sua representação não ultrapasse 1/5 do colegiado.

• A ação do Conselho se fundamenta nos seguintes pressupostos: A

educação é um direito inalienável de todo o cidadão;

• O acesso e permanência deve ser garantido a todos que pretendem

ingressar no ensino publico;

• A educação básica universal e gratuita é um dever do Estado;

• A sociedade tem uma parcela importante na construção da qualidade da

educação;

• O trabalho pedagógico dentro da escola deve ser organizado numa

dimensão coletiva;

• A gestão escolar democrática é responsabilidade de todos que constituem a

comunidade escolar;

• A gestão democrática tem como principais objetivos privilegiar a

transparência,a cooperação, responsabilidade, respeito, diálogo e interação

em todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da

organização do trabalho escolar.

Partindo desses pressupostos o conselho escolar tem como objetivos:

Realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática, contemplando o coletivo, de

acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político Pedagógico;

Ser instrumento de democratização das relações no interior da Escola, ampliando

os espaços de participação efetiva da comunidade escolar nas decisões a respeito

do trabalho pedagógico escolar;

Articular a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade

escolar buscando promover a cidadania dentro da escola construindo dessa forma

uma escola publica de qualidade,laica, gratuita e universal;

Estabelecer políticas e diretrizes que nortearão a organização do trabalho

pedagógico, a partir dos interesses e expectativas históricos – sociais, em

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consonância com a SEED e com a legislação vigente;

Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho

pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar, realizando as intervenções

necessárias pautadas nos princípios da gestão democrática;

O conselho escolar se caracteriza como um órgão de representação de toda a

comunidade escolar, sendo que seu presidente é o diretor do estabelecimento de ensino.

Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos mediante processo

eletivo de cada segmento escolar, garantindo a representatividade de todos os níveis e

modalidades de ensino presentes na Instituição de Ensino.

Todos os membros devem agir visando o coletivo e a qualidade de ensino,

deixando de lado os interesses pessoais.

7.1.2 A APMFAssociação de Pais, Mestres e Funcionários

A APMF é um órgão de representatividade dos Pais, Mestres funcionários do

Estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial nem fins

lucrativos.

A APMF como órgão representativo tem objetivos, seus objetivos são:

0- Dentro de seu campo de atuação ,discutir sobre as ações de assistência ao

educando, aprimoramento de ensino , integração entre família escola comunidade,

enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação

da equipe pedagógica administrativa;

1- Assistir educandos, professores e funcionários, assegurando – lhes melhores

condições de eficiência escolar;

2- Buscar a integração de todos os segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo a política educacional, a partir da realidade dessa

comunidade;

3- Dar ao educando condições de participar de todo o processo escolar;

4- Representar os interesses da comunidade escolar buscando contribuir para a

melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola publica, gratuita e universal;

5- Promover o entrosamento entre pais, mestres e funcionários e toda a

comunidade, através de atividades sócias educativas, culturais e desportivas;

6- Gerir e administrar recursos financeiros próprios e repassados por convênios, de

acordo com as prioridades estabelecidas em reunião;

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7- Conscientizar a comunidade sobre a importância da manutenção, conservação

das instalações do prédio escolar;

A APMF se caracteriza como um órgão de representação de toda comunidade

escolar representado pelos integrantes eleitos em assembléia diante de tal função o

conselho possui inumares atribuições que vão desde a busca de recursos para

desenvolver projetos de cunho educativo até a promoção de cursos e palestras,

7.1.3 O Gremio Estudantil

O Grêmio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo

representar os interesses dos estudantes e tem fins:cívicos, culturais, educacionais,

desportivos e sociais.

É o órgão máximo de representação de representação dos estudantes dentro da

escola, participando do grêmio os estudantes defendes seus interesses, seus direitos, e

aprende sobre ética e cidadania de forma prática.

Objetivos Do Gremio:

O grêmio tem como objetivos principais:

• Defender os direitos e os interesses dos estudantes;

• Congregar e representar os estudantes;

• Cooperar para a melhoria da escola e da qualidade do ensino;

• Promover e incentivar a promoção de atividades educacionais, cívicas,

culturais, desportivas e sociais:

Atividades Que O Gremio Pode Realizar Na Escola:

O Gremio Estudantil , enquanto orgão de representação dos estudantes pode

desenvolver inumeras atividades entre elas:

• Integrar os alunos e a comunidade promovendo eventos culturais como

projeção de filmes, peças teatrais, gincanas,concursos de poesias , festival

de dança,de músicas coral entre outros;

• Cursos de artesanato;

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• Campeonatos esportivos;

• Patestras sobre diversos temas;

• Jornal da escola;

• Campanha de agasalhos, alimentos e de outros recursos para a população

carente;

• Premiação de alunos destaque;

7.1.4 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza construtiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógios, com atuação restrita a cada classe deste

Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem,

na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

Haverá tantos conselhos de classe quantas forem as turmas deste

Estabelecimento de Ensino.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

a) Estudar e interpetrar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho

do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo Plano

Curricular;

b) Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

c) Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

d) Utilizar procedimentos que asseguram a comparação com parâmetros indicados

pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si;

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor , pelo professor pedagogo de

Ensino, pelo Coordenador de Curso, se houver, e por todos os professores que atuam

numa mesma classe.

A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua falta ou

impedimento, será substituído pelo professor Pedagogo.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre em datas

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previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante

assim o exigir.

A convocação para as reuniões será feita através de edital com antecedência de 48

(quarenta e oito) horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros,

convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto nos vencimentos.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

São atribuições do Conselho de Classe:

I – Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,

respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;

II - Analisar as Informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;

III – Propor medidas que viabilzem um melhor aproveitamento escolar, tendo em

visbta o respeito à cultura do educando, integração, relacionamento com os alunos na

classe;

IV – Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o

Plano Curricular deste Estabelecimento de Ensino;

V – Colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos Planos de

Adaptação de alunos tranferidos, quando se fizer necessário;

Decidir sobre aprovação ou ereprovação do aluno que, após a apuração dos

resultados finais não atnge o mínimo solicitar por este Estabelecimento de Ensino,

levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno, até entaão;

Das reuniões do Conselho de Classe será lavrada ata por secretário ad-hoc, em

livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos interssados.

Após caracterizarmos cada um dos orgãos de participação dos diversos segmentos

dentro da comunidade escolar podemos concluir que cada um desses órgão são de vital

importância para que a gestão democrática ocorra em sua plenitude.

Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, juntamente com o Conselho de classe

e os líderes de turma são formas da escola conhecer melhor sua realidade e promover

eventos que contribuam para a melhoria do processo ensino aprendizagem e das

relações escola família , escola – alunos e escola funcionários e escola professores,

dando a dinâmica escolar uma melhor forma de trabalho.

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7.2 ELEIÇÕES

• Direção da escola:

A consulta para designaçõa de diretores e Diretores Auxiliares será realizada de

3 (três) em 3 (três) anos, no mês de novembro do calendário civil, através de voto chapa,

direto, secreto e facultativo dos membros da Comunidade Escolar aptos a votar, sendo

vedado o voto por representação.

Estão aptos a votar os seguintes segmentos dos Estabelecimentos de Ensino:

I – professores;

II – funcionários;

III – responsável perante a escola, pelo aluno menor de 16 anos, não votante;

IV – alunos matriculados no Ensino Médio e Educação Profissional;

V – alunos com, no mínimo 16 (dezesseis) anos completos, até a data da

consulta, matriculados no Ensino Fundamental.

Haverá em cada estabelecimento de ensino uma Comissão Eleitoral, composta

por dois representantes do segmento de representantes legais dos alunos, quatro de

professores, sendo dois da equipe pedagógica e dois docentes, dois de funcionários e

dois de alunos, eleitos por seus pares, em assembléia convocadas pela direção,

especificamente para esse fim.

São requisitos para o registro da chapa:

I - pertencer ao Quadro Próprio do Magistério, ao Quadro Único de Pessoal ou

ao Quadro Próprio do Poder Executivo.

A gestão de Diretor e Diretor Auxiliar será de 3 (três) anos, com início no

primeiro dia útil do ano civil subseqüente, sendo admitidas duas recomendações

consecutivas.

• Conselho escolar:

As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-

se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de

2(dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.

• As datas, horários e locais das reuniões para as eleições dos representantes

serão estabelecidas pelos respectivos segmentos, sob a coordenação de

um Conselheiro indicado pelo seu segmento, para encaminhar o processo

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de eleição, com registro em livro ata.

• No caso do segmento dos alunos, os mesmos poderão ser orientados e

assessorados pelos membros da equipe pedagógica.

• Para cada Conselheiro será eleito um suplente que o substituirá em suas

ausências ou vacância do cargo.

• Assegurar que sejam cumpridas todas as etapas do processo de eleições de

cada segmento.

O edital de convocação para as eleições dos representantes de cada segmento

será expedido pelo Presidente do Conselho, com antecedência numa inferior a 30 (trinta)

dias, antes do término da gestão e fixará o período destinado ao pleito eleitoral.

Havendo segmento(s) composto(s) por um só funcionário, esse será

automaticamente Conselheiro, devendo tal condição ser observada na ata de posse.

No caso de afastamento e licenças do Conselheiro citado, esse será

representado pelo profissional designado para sua função.

O edital de convocação para as reuniões de eleição dos representantes do

Conselho Escolar deverá ser afixado em local visível na unidade escolar, no mínimo 02

(dois) dias úteis, ou seja 48 (quarenta e oito) horas, antes da sua realização, durante o

período letivo.

A eleição dos representas dos segmentos da comunidade escolar que

integrarão o Conselho Escolar, deverá ocorrer mediante votação direta e secreta o seu

resultado será lavrado em ata.

Têm direito a voto os profissionais da educação em efetivo exercício na escola,

alunos matriculados com freqüência regular, pais e/ou responsáveis dos alunos e

representantes dos movimentos sociais organizados da comunidade local.

• Considerar-se-ão, ainda em efetivo exercício, portanto, com direito a voto,

os servidores que estiverem afastados com amparo da lei nº 6.174/70.

(licença-gala, férias, licença-nojo, licença-prêmio, licença para tratamento de

saúde, licença gestação).

• Os servidores substitutos terão direito a voto desde que não estejam em

substituição a servidores afastados em decorrência da lei nº 6.174/70.:

férias, licença-prêmio, licença para tratamento de saúde (a partir de trinta

dias) e licença gestação.

• No segmento dos professores, Integrante ao do Quadro Próprio do

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Magistério detentor de dois padrões na mesma Unidade Escolar, este terá

direito a um único voto.

• Cada membro do Conselho Escolar somente poderá representar um

segmento da comunidade escolar.

• Os cargos de Conselheiros serão preenchidos, por profissionais da

educação em exercício no próprio estabelecimento de ensino.

• No segmento dos pais, o voto será um por família (pai ou mãe ou

representante), independente do número de filhos matriculados na escola.

• O segmento dos alunos, terá igualmente direito a voz e voto, observando o

contido no artigo 39, em seu parágrafo 1º.

No caso de vacância do cargo de qualquer um dos Conselheiros e não havendo

mais suplentes, serão convocadas novas eleições de representante do respectivo

segmento, para complementação do mandato em vigor, obedecidas as disposições deste

Estatuto, no artigo 19.

Nenhum dos membros da comunidade escolar poderá acumular voto, não

sendo também permitidos os votos por procuração.

Os membros do Conselho Escolar que se ausentarem 03 (três) reuniões

consecutivas ou 05 (cinco) intercaladas serão destituídos, assumindo os respectivos

suplentes.

As ausências deverão ser justificadas, por escrito ou verbalmente, em reunião

do Conselho e serão analisadas pelos Conselheiros, cabendo-lhes a decisão da aceitação

ou não da justificativa apresentada.

O mandado será cumprido integralmente, no período para o qual os

representantes foram eleitos, exceto em caso de destituição ou renúncia.

O Conselheiro representante do segmento dos pais, em caso de transferência

do aluno, não poderá permanecer no Conselho até o final do período para o qual foi eleito

sendo substituído automaticamente.

A posse dos representantes eleitos dar-se-á em reunião especialmente

convocada pelo Presidente do Conselho para esse fim.

A posse dos representantes eleitos dar-se-á em reunião especialmente

subseqüente ao término da gestão anterior.

O ato de posse dos Conselheiros consistirá de:

a) ciência do Estatuto, mediante leitura do mesmo;

b) ciência do Regimento Escolar;

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c) ciência do Projeto Escolar;

d) assinatura da Ata e Termo de Posse.

• APMF:

As eleições para a Diretoria e Conselho Fiscal realizar-se-ão em Assembléia

Geral Ordinária.

As chapas completas serão submetidas ao Presidente da assembléia Gera,

podendo este impugna-las, se contrarias a qualquer dispositivo estatutário.

O pleito será realizado por voto secreto e direto, sendo considerada vencedora

a chapa que conseguir maior número de votos.

0Cada associado terá direito a um voto independente do número de filhos

matriculados.

1Poderão ser votados todos os sócios efetivos e colaboradores.

2Não poderão ser votados os menores de dezoito anos.

Os eleitos para o Conselho Fiscal serão considerados empossados no ato da

proclamação da Assembléia Geral, assumindo o exercício imediatamente.

A Diretoria tomará posse imediatamente e entrará em exercício no ato da

proclamação da Assembléia e deverá receber a Diretoria anterior a prestação de contas

do período compreendido entre o último balanço e transmissão dos cargos.

O mandato da Diretoria e do Conselho Fiscal, será de 2 (dois) anos, permitindo-

se a recondução sucessiva de cada um dos membros.

Não podem ocupar cargos elementos com grau de parentes ou cônjuge.

Ocorrendo empate, deverá ser observada a lei em vigor.

• Representante de turma:

O representante de turma e vice representante de turma, são alunos eleitos

pelos colegas, de forma democrática, para efetivamente durante o ano letivo

representarem os demais colegas em seus interesses coletivos, tais como: auxiliar a

escola quanto a organização da sala de aula, representar a turma em assuntos diversos

ligados à escola; saber corresponder com sua função e dar exemplos através de sua

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condusta; reivindicar junto a direção, professores e equipe pedagógica, o cumprimento

dos direitos dos alunos, e propor melhorias sugeridas pela turma, bem como auxiliar em

resolução de problemas particulares da sua turma.

A eleição será organizada pela equipe pedagógica ou direção, que desenvolve

um trabalho de esclarecimento sobre as funções do representante de turma, e seu vice,

em seguida realiza a eleição em forma de voto secreto ou por aclamção, ao cargo de

representante de turma, podem se candidatar todos os alunos da turma.

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8 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA

8.1 PROFESSORES

Compete ao Corpo Docente:

I - Elaborar com a Supervisão de Ensino e a Orientação Educacional, o

Currículo Pleno deste Estabelcimento de Ensino, em consonânia com as diretrizes

pedagógicas da ecretaria de Estado da Educação;

II – Elaborar e cumprir plano de trabalho, segunda a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino;

III – Escolher juntamente com a Supervisão de Ensino e Orientação

Educacional, livros e materiaiis didáticos comprometidos com a política educacional da

Secretaria de Estado da Educação;

IV – Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do

conhecimento pelo aluno;

V – Ministrar o dias letivos e horas-aula estabelecidas, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

desenvolvimento profissional;

VI – Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e

critica do conhecimento filosófico-científico pelo aluno;

VII - Promover e participar de reuniões de estudos, encontros, cursos,

seminários e outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento

profissional;

VIII – Assegurar que o âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de

cor, raça, sexo, religião e classe social;

IX – Estabelecer processos de ensino-aprendizagem, resguardando sempre o

respeito humano ao aluno;

X – Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com os seus

colegas, com alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

XI – Participar da elaboração dos Planos de Recuperação a serem

proporcionados aos alunos, que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos

desejados;

XII – Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

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escola com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem.

8.2 FUNCIONÁRIOS

8.2.1 Biblioteca

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo etará à disposição

de toda a comunidade escolar. A biblioteca estará a cargo de profissional qualificado, de

acordo co a legislaçao em vigor.

A Biblioteca deverá ter regul próprio, onde estarão explicitados suas

organizações, funcionamento e atribuições do responsável. O Regulamento da Biblioteca

será elaborado pelo seu responsável sob a orientação da Equipe Pedagógica, com

aprovação da direção e do Conselho Escolar.

8.2.2 Equipe Administrativa

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores deste Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que

os mesmos cumpram suas reais funções. A Equipe Administrativa é composta por

Secretaria e Serviços Gerais.

8.2.3 Secretaria

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência deste Estabelecimento de Ensino. Os serviços da Secretaria

são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados. O cargo de

secretário é exercida por um profissional devidamente qualificado para o exercício desta

função, indicado pelo diretor deste Estabelecimento de acordo com as normas da

Secretaria de Ensino da Educação, em ato específico.

Compete ao secretário:

I – Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

II – Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus

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auxiliares;

III – Redigir a correspondência que lhe for confiada;

IV – Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,

ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

V Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

VI –Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

competentes;

VII – Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam se

assinados;

VIII – Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época, a verificação:

a) Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) Da autenticidade dos documentos escolares.

IX – Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência. Adaptação e conclusão de curso;

X – Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à

secretaria;

XI – Comunicar à direção toda irregularidade que venha a ocorrer na secretaria;

A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o

expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável,

independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do

Estabelecimento.

8.2.4 Serviços Gerais

Os Serviços Gerais têm ao seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar deste Estabelecimento de Ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela direção, ficando a ela subordinado.

Parágrafo único – Compõem os serviços gerais deste Estabelecimento:

Vigia, inspetor de alunos, e outros previstos em ato específico da Secretaria de

Estado da Educação.

Compete ao servente:

I – Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando o material e produtos necessários;

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II – Efetuar tarefas correlatas à sua função.

Compete a merendeira:

I – Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e

qualitativamente;

II – Informar ao diretor deste Estabelecimento da necessidade de reposição do

estoque;

III – Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de

trabalho, procedendo a limpeza e arrumação;

IV – Efetuar tarefa correlata à sua Função.

Compete ao vigia:

I - Efetuar rondas periódicas de inspeção, com vistas a zelar pela segurança

deste Estabelecimento de Ensino;

II – Impedir a entrada no prédio ou áreas adjacentes de pessoas estranhas e

sem autorização, fora do horário de trabalho como medida de segurança;

III – Comunicar à chefia imediata qualquer irregularidade ocorrida durante seu

plantão, para que sejam tomadas as providências;

IV – Zelar pelo prédio e suas instalações, procedendo aos reparos que se

fizerem necessários e levando ao conhecimento de seu superior qualquer fato que

dependa de serviço especializado para reparo e manutenção;

V – Efetuar tarefas correlatas à sua função.

Compete ao inspetor de alunos:

I – Zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando os alunos

sobre as normas disciplinares para manter a ordem e evitar acidentes neste

Estabelecimento de Ensino;

II – Percorrer as diversas dependências deste Estabelecimento observando

para detectar irregularidades, necessidades de orientações e auxílio;

III – Encaminhar ao setor competente deste Estabelecimento de Ensino no

controle de hora´rios, acionando o sinal para determinar o início e o término das aulas;

IV – Observar a entrada e saída dos alunos permanecendo nas imediações dos

portões, para prevenir acidentes e irregularidades;

V – Efetuar tarefas correlatas à função.

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8.3 EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e

implementação, neste Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas

da Secretaria de Estado da Educação. A Equipe Pedagógica é composta por professor

Pedagogo, Corpo Docente e Responsável pela Biblioteca Escolar.

Farão, ainda, parte da Equipe Pedagógica, no caso do Ensino Médio, o

Coordenador de cursos, obedecidas as instruções específicas da Secretaria de Estado da

Educação.

8.4 ALUNOS

Atribuições dos Alunos:

I - É atribuição do aluno sugriri e discutir ações que subsidiem a elaboração do

projeto pelo professor coordenador.

II – Desenvilver o projeto, ou em grupos, podendo participar em mais de um

projeto durante o ano letivo.

III – Realizar as atividades conforme cronograma estabelecido no projeto, a fim

de cumprir a carga horária prevista.

IV – Cumprir os prazos pré-estabelecido pelo professor coordenandor para

execução do projeto.

V – Antes da execução do projeto submetê-lo para apreciação e aprovação do

professor coordenator.

Deveres dos alunos:

Além de outras atribuições legais, compete aos professores neste

Estabelecimento de Ensino:

I – Cumprir e fazer cumprir os horários e calendários escolares;

II – Manter assiduidade, comunicandocom antencedência sempre que possível,

os atrasos e faltas eventuais;

III – Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos se adotados por este

Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela Secretaria

de Estado da Educação;

IV – Cumprir e fazer cumprir as disposições do presente Regimento em seu

âmbito de ação.

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Dieitos dos alunos

Além daqueles que lhes são outorgados por toda legislação aplicável,

constituirão direitos dos alunos neste Estabelecimento de Ensino:

I – Tomar conhecimento no ato da matrícula, das disposições do Regimento

deste Estabelecimento de Ensino;

II – Solicitar orientações dos diversos setores deste Estabelecimento de Ensino,

ao professor Pedagogo e professores;

III – Participar de agremiações estudantis, quando houver

nesteEstabelecimento de Ensino;

IV – Utilizar os serviços e dependências escolares de acordo com as normas

vigentes;

V – Tomar conhecimento através de boletins ou de outras formas de

comunicação, de seu rendimento escolar e de sua freqüência;

VI – Solicitar revisão de notas, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a

partir da divulgação das mesmas;

VII – Requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maio

de idade, ou através do pai ou responsável, quando menor de idade;

VIII- Manter e promover relações cooperativas com professores, colegas e

comunidade.

Deveres do alunos

Neste Estabelecimento de Ensino, constituirão deveres do aluno, além daqueles

previstos na legislação e normas aplicáveis:

I – Atender às determinações dos diversos setores deste Estabelecimento de

Ensino, nos respectivos âmbitos de competência;

II – Comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;

III – Participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas por este

estabelecimento de Ensino;

IV – Cooperar na mantnção da higiene e na conservação das instalações

escolares;

V – Ausentar-se às aulas e em outras atividades escolares convenientemente

trajado, de acordo om as condições pré-estabelecidas pela escola e respeitada a

legislação pertinente;

VI – Providenciar o material escolar solicitado e necessário ao eficiente

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desempenho das atividades escolares, de acordo com a situação da família, no que esta

possa interfirir;

VII – Zelar e responsabilizar-se por todo o material escolar que lhe for

concedido a título de empréstimo pormqualquer um dos setores de atividade deste

Estabelecimento de Ensino, devolvendo-o em tempo pré-estabelecido e em perfeito

estado;

VIII – Cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

8.5 DIRETOR

À Direção cabe à gestão dos serviços escolares, no setido de garantir o alcance

dos objetivos educacionais deste Estabelecimento de Ensino, dedinidos no Projeto

Político Pedagógico.

A Direção é composta por diretor(a), designado por atos próprio que implicará

na obrigação aos mesmos de cumprir e fazer cumprir e fazer cumprir as disposições dste

Regimento Escolar.

Compete ao Diretor

I – Submeter o Plano Anual de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

II – Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto

somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

III – Elaborar os Planos de Aplicação Financeira, à respectiva Prestação de

Contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

IV – Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes

específicas da administração deste Estabelecimento, em consonância com as normas e

orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

V – Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas

de modificações aprovadas pelo Conselho Escolar;

VI – Submeter o Calendário Escolarà aprovação do Conselho Escolar;

VII – Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e

propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

VIII – Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do

Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensinos prestados pela escola,

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extinguindo ou atribuindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e

qa composição das classes;

IX – Propor à Secretaria de Ensino de Estado da Educação, após aprovação do

Conselho Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão

administrativa;

X – Coordenar a imlementação das diretrizes pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação;

XI – Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

XII – Analisar o Regulamento da Biblioteca Ecolar, e encaminhar ao Conselho

Escolar para aprovação;

XIII – Manter o fluxo de informações entre este Estabelecimento e os órgãos da

administração estadual de ensino;

XIV – Supervisionar a exploração da Cantina Comercial, respeitada a lei

vigente;

XV – Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros

eventos;

XVI – Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento da Escola, e no

que concerne à especificidade de sua função.

A Direção é o órgão que se responsabilizará pelo comando e assessoramento

deste Estabelecimento zelando pela manutenção de um bom nível de organização que

permita o controle imediato das ocorrências.

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9 O CURRÍCULO

Em tempos de mudança e reflexões em todo o contexto educacional, o currículo

se transporta ao cotidiano pedagógico, como questão fundamental. Aplicado à educação,

o termo currículo apresenta uma variação do decorre do tempo. Essa variação depende

da concepção da educação e de escola e, também, das necessidades de determinadas

sociedades do dado momento histórico. O currículo durante muito tempo era visto como

distribuição de matérias ou carga horária de trabalho escolar, depois significou uma

relação de matérias ou disciplinas, com um corpo de conhecimento organizado

seqüencialmente em termos lógicos. Hoje passando por mudanças do modo de ver e

pensar do próprio homem e determinando-lhe, também, novas necessidades e atitudes

perante a vida. Atualmente o currículo pode ser considerado a soma de

experiências vividas pelos alunos de uma escola, a seleção de conteúdos é útil

e exato, sendo de grande responsabilidade do professor elaborá-lo dentro do

contexto social e escolar.

O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões fundamentais:

Dimensão Filosófica - refere-se ao tipo de educação apropriada a uma cultura,

opções de valores, baseadas na concepção de que se faz do homem na

sociedade.

Dimensão Sócio-antropológica - é necessário que a escola tem uma visão lúdica

da realidade social pela qual está lidando para que possa desenvolver um trabalho

educativo, dinâmico e atual, devido às transformações sociais.

Dimensão psicológica - é necessário dar atenção ao desenvolvimento psicológico

do aluno e também, que se tenha uma boa definição de aprendizagem.

O currículo deve ser com a participação de todos aqueles que, direta ou

indiretamente, estão ligados à dinâmica do processo educativo.

A cultura popular sempre esteve ausente dos currículos escolares, pois o

currículo sempre reafirma a superioridade de uma cultura erudita, associada a uma

determinada classe social. Em decorrência disso, os conhecimentos, valores e práticas

dos alunos são, em geral, ignorados pela educação escolar.

A diversidade cultural é um tema que vem despertando a atenção dos

educadores. No entanto, os estudos sobre ela ainda não tiveram força suficiente para

mudar práticas educativas dos professores/as. Costa (1999, p. 64) nos adverte que:

[...] o currículo da escola pública das classes populares tem sido um lugar da

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dissipação dessas identidades, operando um distanciamento das origens familiares culturais, borrando a identidade de classe, em nome do acesso a uma identidade padrão classe média, ilustrada e meritocrática. As conseqüências disso todos nós conhecemos: um processo violento de homogeneização e simplificação que tem praticamente nos imobilizado e impossibilitado de pensar alternativas para a dominação, a desigualdade e a exclusão.

Nessa perspectiva temos por objetivo valorizar a cultura, o dialeto, os hábitos,

as atitudes, costumes e as vivências de nossos alunos acolhendo e incorporando

práticas, conhecimentos e valores diversos dos validados pela cultura escolar.

O currículo escolar construído dentro da escola deve orientar os professores a

fim de que esses contemplem a diversidade cultural dos alunos/as em suas práticas

educativas . É expressa a recomendação dos Parâmetros Curriculares Nacionais

(BRASIL, 1997, p. 96-97) para que sejam atendidas as necessidades singulares dos

alunos com relação à diversidade cultural:

[...] a educação escolar deve considerar a diversidade dos alunos como elemento essencial a ser tratado para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem. [...] A escola, ao considerar a diversidade cultural, tem como valor máximo o respeito às diferenças - não o elogio à desigualdade. As diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa; podem e devem, portanto ser fator de enriquecimento.

9.1 O CURRÍCULO E A DIVERSIDADE

9.1.1 A Inclusão

A inclusão é dos novos paradigmas educacionais, nasce da tentativa de

adequar as Escolas a necessidades da sociedade atual, a qual é muito exigente no que

diz respeito à igualdade de oportunidades e veloz nas suas mudanças e inovações.

Os pontos básicos da inclusão devem ser: currículo, adaptação curricular,

metodologia e avaliação, promovendo uma educação centrada na diversidade, na qual a

Escola tenha como eixo norteador a realidade local e educacional na qual a instituição

esta inserida.

O currículo deve articular possibilidades, necessidades, interesses, pretensões

e perspectivas da instituição sobre o que deve ser ensinado, quando e como ensinar de

que forma avaliar, quais os ajustes e intervenções pedagógicas vêm ao encontro das

necessidades individuais dos alunos, mostrando á sociedade que a função primordial da

escola é formar o cidadão, garantindo seu crescimento pessoal e social.

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O processo de inclusão educacional deve assegurar o direito à igualdade com

eqüidade de oportunidades. Isso não significa um modo igual de educar a todos,

garantindo apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando –

se as particularidades.

Diante da necessidade de uma Escola que esteja pronta para receber os alunos

portadores de necessidades especiais se faz necessário um ambiente escolar que tenha

um professor interprete, um professor auxiliar, ambos especializados em ensino especial,

também rampa de acesso que garantam aos alunos portadores de deficiência física

acessa a todos os espaços da Escola.

A inclusão exige planejamento e mudanças sistêmicas políticas administrativas

na gestão educacional que vão desde disponibilização de recursos governamentais até a

flexibilização curricular que deve ocorrer em sala de aula, conforme é preceituado pela

deliberação nº 02/03 – CEE, nos seguintes artigos:

Art. 11. Para assegurar o atendimento educacional especializado os

estabelecimentos de ensino deverão ver e prover:

VI. Flexibilização e adaptação curricular, em consonância com a proposta

pedagógica da escola.

Art.22. A organização da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino

deverá tomar como base as normas e diretrizes curriculares nacionais e estaduais

atendendo ao principio da flexibilização.

§ 1º. As escolas devem garantir na proposta política pedagógica a flexibilização

curricular e o atendimento pedagógico especializado atendo as necessidades

educacionais especiais aos alunos.

Desta forma o processo de inclusão deve respeitar o direito constitucional que

toda pessoa portadora de necessidades especiais tem, escolher a melhor forma de

educação, ou seja a que melhor se ajuste ás suas necessidades , circunstâncias e

aspirações, promovendo um processo inclusivo responsável que preserve e garanta o

direito a cidadania a todos aqueles que possuem necessidades educativas especiais.

Em nosso estabelicimento de ensino não tmeos matriculado nem um portador

de necessidades especiais, nem nos encontramos aptos para realizar um trabalho com

eles.

A inclusão que realisamos se baseia na aceitação das diferenças individuais

primando para que consigamos ter dentro da escola uma homogenedade possivel.

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9.1.2 Educação De Afro Descendente

O Brasil como um país multirracial, ou seja, um país formado por varias etnias

que formam um único povo cheio de peculiaridades tem uma divida muito grande com a

população Afro descendente, pois a cultura africana foi e ainda é deixada de lado,

tornando – se para muitos uma sub – cultura, assim como por causa do racismo e da

discriminação racial o negro é tido como sub – raça .

Diante desses fatos cabe a Escola propor e divulgar a produção de

conhecimentos, formação de atitudes posturas e valores que venham a formar cidadãos

orgulhosos de sua etnia e prontos para viver em uma sociedade democrática e igualitária,

em que todos tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.

A Escola como lugar privilegiado para aquisição do conhecimento diante de tal

fato deve estar preparada para oferecer aos negros e afro descendentes uma educação

justa e igualitária que garantam direitos sociais, civis, culturais e econômicos, valorizando

a diversidade que distinge os negros dos outros grupos que compõem a sociedade

brasileira.

Desta forma valorizar e respeitar as pessoas negras, sua cultura e sua historia,

compreendendo seus valores e suas lutas, sendo sensível ao sofrimento causado por

tantas formas de desqualificação como: apelidos depreciativos, brincadeiras, piadas de

mau gosto, as quais sugerem incapacidade, ridicularização de traços físicos, cabelos,

fazendo pouco caso das religiões de raiz africana. Deve também ser uma forma de criar

condições para que os estudantes negros não sejam rejeitados por causa de sua cor de

pele, menosprezados em virtude de seus antepassados terem sido explorados como

escravos, não sejam desencorajados de prosseguir estudos e estudas questões relativas

a comunidade negra.

A educação voltada para combater o racismo, a discriminação racial e a

desigualdade social deve desempenhar um papel de educar transformando a Escola em

um lugar propicio para a eliminação das discriminações e dos grupos discriminados,

proporcionando aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados

indispensável a consolidação da nação como espaço democrático.

Desta forma nosso Estabelecimento de ensino trabalha com o o afro

descendente afim de que ele conheça a historia de seu povo e tudo que esta ligado a

ela,em um trabalho interdisplina para que os alunos afro descendentes sejam valorizados

e não se sintam discriminados.

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9.1.3 A Educação eo Trabalho com a Agenda 21

A Agenda 21 é um programa de ações para o qual contribuíram governos e

instituições da sociedade civil de 179 países, que constitui a mais ousada e abrangente

tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de

desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência

econômica.

Tem a função de servir como base para que cada um desses países elabore e

implemente sua própria Agenda 21 Nacional, compromisso, aliás, assumido por todos os

signatários durante a ECO-92.

A partir da Agenda 21 Global, todos os países que assinaram o acordo

assumiram o compromisso de elaborar e implementar sua própria Agenda 21 Nacional.

A Agenda 21 Nacional deve adequar-se à realidade de cada país e de acordo

com as diferenças sócio-econômico-ambientais, sempre em conformidade com os

princípios e acordos da Agenda 21 Global.

A metodologia empregada internacionalmente para a elaboração das agendas

21 nacionais contempla a participação de diferentes níveis do governo, o setor produtivo e

a sociedade civil organizada.

No Brasil foi criada, por decreto do Presidente da República, em fevereiro de

1997, a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21, no

âmbito da Câmara de Políticas dos Recursos Naturais, incluindo representantes do

governo e da sociedade civil, com as atribuições de propor estratégias de

desenvolvimento sustentável e coordenar, elaborar e acompanhar a implementação da

Agenda.

Assim como cada país, cada cidade deve adequar sua Agenda à sua realidade

e às suas diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios

gerais:

• participação e cidadania;

• respeito às comunidades e diferenças culturais;

• integração;

• melhoria do padrão de vida das comunidades;

• diminuição das desigualdades sociais;

• mudança de mentalidades.

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Nós em nossa instituição de ensino estamos implantando a agenda 21 local

com o intuito de ajudar a resolver os problemas ambientais existentes, para tanto esta em

desnvolvimento o projeto” Costruindo a Agenda 21 no Colégio Napoleão Batista Sobrinho

“, tendo por objetivo diagnosticar a realidade ambiental existente e apartir desse

diagnostico juntamente coma comunidade encontrar formar para a melhoria das

condições de exploração e manutenção dos recursos ambientais disponíveis .

9.1.4 A Educação No Campo

A Educação do Campo deve contribuir para a construção de um ambiente

educativo que:

1. considere os diferentes grupos humanos ali existentes: agricultores/as

familiares, sem terra (assentados/acampados), assalariados/as, ribeirinhos, indígenas,

pescadores, remanescentes de quilombos, etc. e sua relação com o meio

ambiente/natureza, com a terra, com a cultura e o mundo do trabalho;

2. valorize o conhecimento dos diferentes sujeitos da aprendizagem;

3. fortaleça o projeto alternativo de desenvolvimento rural sustentável;

4. considere o desenvolvimento das pessoas não só por meio dos diferentes

processos formativos, mas valorizando a escolarização inicial e continuada, e ao mesmo

tempo, resgate nas ações educativas as questões específicas de cada grupo (gênero,

etnia, geração);

5. fortaleça o amor e o cuidado pela Terra como forma de salvaguardar o

planeta e assegure as condições de desenvolvimento sustentável;

6. Articule e potencialize a capacitação profissional e contínua de jovens e

adultos, a integração de mulheres e jovens na vida econômica e produtiva local e as

experiências de cooperativismo e associativismo.

A Educação do Campo deve preconizar uma formação humana vinculada a

uma concepção de campo tendo como material o ser humano concreto e historicamente

situado.

A teoria pedagógica de educação do campo historicamente surgiu para dar

conta da intencionalidade da formação do ser humano capaz de ser sujeito construtor de

um determinado projeto de sociedade e de educação para os camponeses.

Este é o traço da educação do campo a possibilidade efetiva dos camponeses

assumirem a condição de sujeitos de seu próprio projeto educativo sujeitos da construção

de projetos de desenvolvimento e sujeitos de sua organização coletiva.

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É fundamental que a educação do campo continue vinculada aos movimentos

sociais ajudando na mobilização dos camponeses em movimentos sociais que fortaleçam

e identifiquem sua presença coletiva na sociedade e que o espaço principal de educação

para a participação e para as lutas sociais necessárias.

9.1.5 Educação Fiscal

A principal característica desse início de século é a velocidade das mudanças

que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais, científicas, tecnológicas,

institucionais e do capital humano.

Podem-se identificar alguns fenômenos mundiais responsáveis pela aceleração

dessas transformações que impactaram de forma profunda a economia e as sociedade a

economia e as sociedades: globalização, abertura do mercado, reconhecimento dos

direitos humanos e aprimoramento da cidadania.

Ressalte-se o papel estratégico que desempenham o fator humano e a

tecnologia nesse processo de desenvolvimento no mundo globalizado. É primordial ao

êxito de qualquer empreendimento a capacidade de produzir bens cada vez mais

sofisticados, que atendam as exigências do consumidor e, a custos competitivos.

Cada vem mais está evidente que a mola propulsora do mundo é o

conhecimento. O direito à educação desempenha historicamente a função de ponte entre

os direitos políticos e os direitos sociais: o alcance de um nível mínimo de escolarização

torna-se um direito dever intimamente ligado ao exercício da cidadania política.

O estado deve garantir que todas as crianças sejam escolarizadas,

considerando as exigências e a natureza da cidadania, estimulando o desenvolvimento

dos cidadãos em formação. O direito à educação é um direito social de cidadania genuíno

porque o objetivo da educação durante a infância é moldar o adulto em perspectiva. O

processo de extensão da cidadania vincula-se assim à dinâmica democrática.

Nesse contexto, surge a discussão do tema Educação Fiscal, visando a

conscientização da sociedade quanto a função do estado de arrecadar impostos e ao

dever do cidadão contribuinte de pagar tributo. Entretanto, a Educação Fiscal não é

apenas isso; é, principalmente, um desafio, pois se trata de um processo de inserção de

valores na sociedade, como o de percepção do tributo que assegura o desenvolvimento

econômico, e como devido conhecimento de seu conceito, sua função e sua aplicação.

Uma educação escolar cidadã reflete diretamente na vida das pessoas e da

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sociedade, pois leva ao conhecimento dos princípios que fundamentam as práticas

sociais e o respeito às práticas democráticas. Além disso, reafirma os valores culturais e

artísticos, sejam eles locais, regionais ou nacionais e possibilita o resgate da dignidade

humana por meio de novos saberes.

A SEED – Secretaria de Estado da Educação do Paraná orienta que as

atividades pedagógicas visando a implementação do PNEF nas escolas, devem ocorrer

de forma contextualizada e inseridas no Projeto Político-Pedagógico e não apenas, como

uma atividade isolada ou individual em uma única disciplina.

A cidadania se expande e se afirma na sociedade na medida em que os

indivíduos, grupos e nações lutam para adquirí-los e fazê-los valer. A cidadania, no

entanto, é também uma prática; por isso, sociólogos, antropólogos, e educadores

salientam a importância crescente dos movimentos sociais para a construção da

cidadania pela afirmação dos direitos sociais. O título I da constituição federal do Brasil, e

lei maior do país, cita como princípios fundamentais da República Federal: a soberania, a

cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre

inciativa e o pluralismo político.

Estado e sociedade devem formar uma democracia, um todo indivisível. O

estado com competência e limites de atuação definidos na constituição, tem seu poder de

legislar e de tributar ligitimado pelo processo eleitoral. A sociedade manifesta seus

anseios e demanda por canais formais ou informais de contato com as autoridades

constituídas. É pelo diálogo democrático entre o Estado e a sociedade que se definem as

prioridades a que o governo deve ater-se para a construção de um país mais próspero e

justo.

Base Teórica:

Para o cumprimento das atividades-fim dos governos, o estado retira recursos

da economia, por meio de três mecanismos: tributação, dívida pública e emissão de

moeda. Dentre esses instrumentos o mais utilizado hoje no país é a tributação, pois o

grau de endividamento do governo já está muito elevado e a utilização de empréstimos

somente deve servir para financiar projetos de investimentos de longo prazo que

propiciem desenvolvimento; a emissão de moeda, com maior razão, deve ser evitada, por

provocar infração. Assim, a tributação reveste-se de suma importância para a

adminsitração pública, sendo a forma usual para o financiamento dos gastos

governamentais.

O sistema tributário brasileiro está estruturado em três níveis de competência:

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federal, estadual e municipal.

Constata-se que é pouco significativa a participação dos Municípios brasileiros

na arrecadação global, apenas 7,0%. Este fato certamente indica a fragilidade do

município – o nível governamental mais próximo da comunidade, o que dificulta as ações

municipais no desenvolvimento autônomo das políticas e, em consequência, provoca o

afastamento entre o cidadão e o estado.

A composição fiscal, segundo categorias econômicas, indica que os impostos

diretos ( ex: imposto sobre a renda e patrimônio) constituem cerca de 30% das receitas

tributárias, ou seja, aproximadamente 70% são provenientes de impostos indiretos ex:

(IPI, ICMS, ISS).

Dessa forma, a pequena participação do município no total da arrecadação,

assim como o expressivo pesos dos tributos indiretos na composição da receita, podem

levar ao distanciamento da realidade tributária. O indivíduo, não percebendo seu papel de

contribuinte, vendo a ação governamental como assistencial, e não como contrapartida do

exercício da cidadania, não assume atitude fiscalizadora em relação aos agentes

governamentais, nem em relação as empresas e profissionais autônomos que, deixando

de emitir documentos fiscais, apropriam-se indevidamente da parcela de seu faturamento

que deveria ser transferida aos cofres públicos como imposto, tornando-se os únicos

beneficiários desses recursos financeiros desses recursos financeiros que deveriam

compor a receita de que o governo disporia para exercer seu papel junto a comunidade.

Filosofia

A filosofia do Programa Nacional de Educação Fiscal tem base nas seguintes

idéias forças:

- é requisito da cidadania a participação individual na definição da política fiscal

e na elaboração das leis para sua execução;

- os serviços públicos somente poderão ser oferecidos à população se o

governo arrecadar tributos;

- os recursos públicos são geridos pelos representantes do povo, cabendo ao

cidadão votar responsavelmente, acompanhar as ações de seus representantes e cobrar

resultados;

- a sociedade tem limitada capacidade de pagar tributos, portanto, os recursos

públicos devem ser aplicados segundo prioridades estabelecidas em orçamento e com

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controle dos gastos;

- o pagamento voluntário de tributos faz parte do exercício da cidadania.

Conclusão:

Para que haja mudança de comportamento na sociedade, com despertar da

consciência de cidadania, é necessária uma ação educativa permanente e sistemática,

voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e valores. A Educação Fiscal é um

trabalho de sensibilização da sociedade para a função socioeconômica do tributo. Nesta

função, o aspecto social, diz respeito à aplicação dos recursos em benefício da

população.

A proposta deixa de lado, portanto, o objetivo imediato de aumento da

arrecadação, passando a focalizar o interesse social. O programa Nacional de Educação

Fiscal tem escopo muito mais amplo; busca o entendimento, pelo cidadão, da

necessidade e da função social do tributo, assim como dos aspectos relativos à

administração dos recursos públicos.

Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos

gastos públicos, estabele-se controle social sobre o desempenho dos administradores

públicos e asseguram-se melhores resultados sociais. O aumento da cumplicidade do

cidadão em relação às finanças públicas torna mais harmônica sua relação com o estado.

Este é o estágio de convivência desejável e esperado.

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10 FUNDAMENTAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Vivemos em uma sociedade intitulada tecnológica. O mundo se depara com

uma revolução nas comunicações entre os povos através das novas tecnologias de

comunicação que estão disponíveis no mercado, basicamente da introdução do

computador nas escolas, com seus programas interativos e acesso aos recursos da

Internet. Em meio a estas transformações a educação é uma das áreas mais afetadas, e

consequentemente vista como um recurso essencial, que pode e deve interferir e interagir

no processo de integração e difusão desses novos recursos tecnológicos.

A tecnologia torna-se indispensável no campo educacional, pois assim como a

leitura e a escrita, não há dúvida de que a aprendizagem também ocorre através da

interação do homem com as ferramentas tecnologias que o mundo nos oferece

atualmente. Uma grande poprorção da aprendizagem humana acontece desta forma, e,

segundo alguns pesquisadores, esse tipo de aprendizagem acontece mais facilmente,

pois utilizando estes recursos o processo se daria de maneira mais significativa do que

com outros, em que a aprendizagem acontece por meio de metodologias formais e

fragmentadas. De acordo com Silva

“A grande revolução que o computador promove é permitir uma

educação massificada no sentido de que há muita informação

disponível e ao mesmo tempo individualizada. Com o andar dos

anos o que vai acontecer é que o ensino não vai mais se reduzir ao

livro didático. Os livros estarão melhores e adequados à informática,

até mesmo com sugestões de sites e atividades.”

Nesse sentido precisamos repensar a escola que temos, pois será na escola

que este trabalho com as TICs (tecnologias da Informação e Comunicação) deverá

acontecer de maneira efetiva, oferecendo aos alunos a possibilidade de conhecer,

interagir e desenvolver trabalhos utilizando estes recursos, tornando-os assim, capazes

de lidar com os avanços tecnológicos, fazendo com que esta realidade se torne mais

presente em seu cotidiano.

Para tanto, é necessário que a escola esteja “aberta” para estas novas

mudanças, que gestores, equipe pedagógica, professores,enfim, os chamados

profissionais da educação, estejam dispostos a inovar e buscar tais mudanças, que cabe

lembrar, começa por cada um de nós. Os educadores precisam se conscientizar de que

não é somente a introdução da máquina nas escolas que fará acontecer uma

aprendizagem inovadora, é preciso saber manusear estes recursos, ou seja, se capacitar

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para a melhor utilização destas tecnologias. Rondelli (2003) afirma:

“Dizer que inclusão digital é somente oferecer computadores seria

análogo a afirmar que as salas de aula, cadeiras e quadro negro

garantiriam a escolarização e o aprendizado dos alunos. Sem a

inteligência profissional dos professores e sem a sabedoria de uma

instituição escolar que estabelecessem diretrizes de conhecimento e

trabalho nestes espaços, as salas seriam inúteis. Portanto, a oferta

de computadores conectadas em rede é o primeiro passo, mas não

é o sufuciente para se realizar a pretensa inclusão digital.”

Diante destas constatações torna-se imprescindível que o professor esteja

preparado e capacitado para trabalhar com as TICs, isto implica a busca constante de

informação, e maior formação nesta área, ou seja, a formação contínua é fundamental

para a construção deste novo educador. É importante ressaltar também, que quando

falamos em tecnologias não estamos nos referindo apenas ao uso de computadores, mas

a todos aqueles recursos que nos permitem trabalhar de forma mais dinâmica, utilizando

a nossa capacidade de comunicação, recursos audivisuais como: TV, vídeo, DVD,

projetores, multimídias, aparelhos de som, entre outros, que já fazem parte do cotidiano

escolar. Segundo Ferrés (1996):

“A força da linguagem audiovisual está em que consegue dizer muito

mais do que captamos, chegar simultaneamente por muito mais

caminhos do que conscientemente percebemos e encontra dentro

de nós uma repercussão em imagens básicas, centrais, simbólicas,

arquetípicas, com as quais nos identificamos ou que se relacionam

conosco de alguma forma.”

Além de desenvolver a autonomia de pensar, refletir, e criar soluções, o uso

adequado das TICs pode ajudar a melhorar significativamente a qualidade de vida, bem

como a participação social e econômica de pessoas portadoras de necessidades

especiais, incluindo portadoras de deficiências visuais, auditivas ou motoras. Além da

necessidade de políticas públicas que estimulem as práticas de disseminação de TICs

que levem em conta a acessibilidade, nós educadores também devemos nos preparar

para esta inclusão digital.

Analisando assim, percebemos que o uso adequado das TICs só trará

benefícios a partir do momento em que a utilizamos não apenas de forma técnica, mas

enquanto ferramenta de aprendizagem, na construção de ambientes ricos de

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conhecimento e interação. Estes ambientes, que podemos chamar de “ambientes

colaborativos”, relacionam-se com a concepção de processo de aprendizagem, e

fundamentam-se na produção de conhecimento, esses ambientes devem oferecer

situações e estratégias que permitam o desenvolvimento da aprendizagem, e suas

concepções distanciam-se do ensino tradicional, aproximando-se de um ensino mais

alternativo, onde a educação se apropria da tecnologia.

Educar com as novas tecnologias é um desafio para todos, o que não podemos

é ignorar esta realidade. Dominar essas linguagens é essencial e quase que um dever

para aqueles que buscam fazer o melhor pela educação. Experimentar, ousar, e avaliar

este processo é fundamental para a inovação e as mudanças desejadas e necessárias.

11 MARCO CONCEITUAL

O colégio como a maioria das instituições educacionais estaduais adota como

modelo de gestão, a gestão democrática, ou seja, as decisões são tomadas de forma

coletiva.

Ao falarmos em decisões coletivas partimos do pressuposto que todos e cada

um dos envolvidos no processo educativo têm o direito e o dever de participar das

decisões.

A equipe pedagógica e administrativa, o conselho escolar, a APMF, o grêmio e o

colegiado de pais e professores são responsáveis pelo tomada de decisões.

Dentro desses aspectos cabe ao diretor que é responsável pela parte

administrativa gerar e gerir os recursos humanos, financeiros e físicos necessários para

que o pedagógico ocorra, sendo que é o pedagógico que deve orientar as ações

administrativas e políticas, definir a finalidade dessas ações, cuidar das questões

referentes ao processo de ensino – aprendizagem e as questões a respeito do currículo

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escolar.

Dessa forma o pedagógico e o administrativo necessitam caminhar junto numa

estreita relação de troca e reciprocidade, pois o pedagógico necessita do administrativo e

vice – versa.

Ao falarmo em projeto educativo devemos partir do pressuposto que a

instituição necessita de recursos para conseguir realizá – lo.Os recursos devem ser

materiais, financeiros e humanos, como recursos materiais e financeiros temos às

verbas estaduais especificas para manter o estabelecimento e como recursos humanos

temos toda a comunidade escolar que deve estar disposta a trabalhar para que os ideais

e projetos descritos no PPP sejam alcançados.

O Colégio enquanto Instituição publica epende das verbas do Estado, mas nada

impede que esse busque através de promoções conseguir recursoso extras.

O calendário escolar geralmente é desenvolvido pela SEED e levado a

apreciação e votação por parte dos integrantes dos NREs tem como critérios a

quantidade de dias letivos, os feriados, a formação continuada dos educadores,alem das

peculiaridades de cada instituição de ensino.

Os horários são determinados pela instituição que devem respeitar as 4 horas

de estudo diário necessárias para o cumprimento da carga horária anual.

As turmas são formadas organizadas em série e cada professor trabalha com a

disciplina na qual tem formação, sendo que quando há falta de educadores formados na

área, educadores de áreas afins podem assumir a disciplina.

A avaliação dos docentes é realizada semestralmente e segue os critérios

desenvolvidos pela SEED,os outros funcionários não possuem forma de avaliação.

O currículo é reformulado periodicamente mas é único para todas as instituições

escolares,sendo que pode ser alterado a partir das especificidades do estado, das regiões

e dos municípios devendo ser avaliado e revisto periodicamente, as atividades extra –

classe são realizadas á critério dos educadores e da instituição e tem sua avaliação

realizada após o termino do trabalho.

Dentro da instiutição promovemos discussões periódicos sobre como planejar o

trabalho educacional.

Nessas discuções organizamos ações necessárias para que os alunos

encontrem o minimo de dificuldades de aprendizagem,revemos os planejamentos,

buscamos melhores formas de atender os alunos e os pais.

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11.1 PRÁTICAS AVALIATIVAS

Avaliar é um processo difícil. O professor, muitas vezes, não tem condições de

mensurar e nem de qualificar o conhecimento de seus alunos. Procura, através dos

instrumentos avaliativos, formas diferenciadas para averiguar se de fato o aluno aprendeu

ou não o novo conhecimento. Mas, há momentos que essas averiguações dão certo e há

momentos que ficam a desejar, do ponto de vista dos objetivos esperados pelo professor

na sala de aula.

De acordo com Haydt (2002, p. 10-11):

“Durante um certo tempo, o termo avaliar foi usado como sinônimo de medir... Mas essa abordagem, que identificava avaliação com medida, logo deixou transparecer sua limitação: é que nem todos os aspectos da avaliação podem ser medidos. (...) Testar significa submeter a um teste ou experiências, isto é, consiste em verificar o desempenho de alguém ou alguma coisa... (...) Medir significa determinar quantidade, a extensão ou o grau de alguma coisa, tendo como base um sistema de unidades convencionais. (...) Avaliar é julgar ou fazer apreciação de alguém ou alguma coisa tendo como base uma escala de valores.”

Entender a distinção entre testar, medir e avaliar é de fundamental importância

para o professor. Verificar o desempenho dos alunos, descrever os fenômenos das

descobertas e interpretar os resultados, ora de forma qualitativa, ora quantitativamente é

necessário para que o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma significativa na

vida escolar do aluno.

Os educadores muitas vezes se preocupam em obter valores quantitativos

esquecendo – se , que está averiguando aprendizagens significativas de seres humanos

complexos e multiculturais. Hoje com as exigências curriculares, percebe-se que o

professor tem tentado ser um professor innovador.

Aprender que o universo do conhecimento é amplo e complexo. Compreender

que somos seres humanos inacabados e estamos buscando a melhoria da qualidade de

ensino, constantemente.

Modificar o processo avaliativo nas instituições não é tão simples quanto

parece. Requer dos profissionais da educação uma conduta, uma ética profissional, um

diagnóstico da realidade na qual está inserido, e mais que isso, compreender o seu aluno

em suas dificuldades e possibilidades.

A avaliação é um processo contínuo e permanente na vida de todos os

envolvidos na arte de educar. Somos avaliados no decorrer de todo o processo.

Precisamos de apoio, ajuda, orientação, e até mesmo de um pouco de solidariedade ao

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avaliarmos e sermos avaliados. O olhar de si e do outro tem que ser interpretado,

conforme os objetivos que se pretende alcançar, no decorrer da construção dos

conhecimentos.

De acordo com Freire (1981 p. 52):

“O desenvolvimento de uma consciência crítica, que permite ao

homem transformar a realidade, é cada vez mais urgente. Na

medida em que os homens, dentro de sua sociedade, vão

respondendo aos desafios do mundo, vão também fazendo história,

por sua própria atividade criadora. “

Mudar é preciso e necessário para saber conviver em pleno século XXI. Mudar

nossos paradigmas com relação ao que fomos e ao que somos; ao que aprendemos no

passado e ao que estamos aprendendo no agora; sendo assim, torna-se um desafio

"aprender a aprender", "aprender a ser" e "aprender a fazer" (Delours, 2000, p. 89-99) o

processo ensino-aprendizagem ocorrer na sala de aula. Reavaliar nossos conceitos,

concepções e valores traz para o nosso mundo real uma visão multidimensional do nosso

ser. É preciso ter sabedoria, coragem, determinação, prudência, serenidade para atuar na

escola de hoje que é dinâmica, transformadora.

O professor tem que procurar levar seus alunos a pesquisarem, a se

comprometerem, a se auto-avaliarem e serem avaliados pelo grupo, pois a avaliação é

um processo natural no desenvolvimento humano. Buscar melhorar seus hábitos e

atitudes são essenciais, para que as mudanças ocorram. Somos seres mutáveis e

necessitamos de nos inter relacionarmos para transformamos nossas vidas.

Para Freire (1997, p. 44):

“Não é apenas preciso mudar, o que, porém exige paciência, uma

paciência que eu chamo de impaciente, que exige também

conhecimento, humildade e uma pressa não demasiada apressada,

quer dizer, você tem que viver um tempo em que você corre e anda

também, anda quando pode, corre quando pode.”

O tempo é o senhor da sabedoria. Temos que confiar em nossa capacidade de

aprender a conhecer o universo cultural em que vivemos. Compreender o ser humano e

suas relações no espaço em que vive. Aprender que as mudanças existem e que

podemos ser pacientes em diagnosticá-las como processo de transformação ou processo

de destruição de nossa própria natureza. Vivemos em um mundo dicotômico, e a partir de

suas irreverências, podemos discernir o que seria melhor para a formação de um homem

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cidadão, político e consciente de sua formação.

Para Esteban (2003), o processo avaliativo não tem que reprovar, mas dar

continuidade aos estudos assimilados pelos alunos no decorrer de formação.Para ela, a

avaliação é uma prática de investigação. E cabe, a nós professores, levar os nossos

alunos a buscar essa investigação, levando em consideração o erro/acerto, o

fazer/refazer para aprendermos a construir nossos conhecimentos fundamentados em

dados concretos.

Portanto, em nossa instituição buscamos, em nossa prática educacional,

instrumentos avaliativos inovadores; alternativas metodológicas que visem desenvolver

habilidades e competências de estar proporcionando aos nossos alunos novos desafios,

para incentivá-los a buscarem novas descobertas na arte de avaliar.

O desafio de descobrir novos caminhos para se avaliar com prazer, pesquisa e

descoberta de novos conhecimentos está em nossas mãos, professores/educadores.

Somente nós poderemos orientar os alunos na construção de novas aprendizagens,

proporcionando um ensino de qualidade, visando sua formação.

11.2 A AVALIAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR

No cotidiano do Colégio a avaliação é realizada através de notas, sendo que a

média bimestral é 6,0.

As avaliações são realizadas de forma contínua mensalmente e podem ser

provas, trabalhos indivíduais ou em grupo, escritos ou orais, atividades extra – classe ,

além de se atribuir nota também pela participação , assíduidade e comportamento.

As intervenções pedagógicas realizadas pelos professores e pela equipe

pedagogica são atendimento individualizado e monitoria. O Colégio não conta com sala

de apoio, nem sala de recurso, nem contraturno.

A recuperação de estudos é realizada todas as vezes que os alunos necessitam

melhorar seu rendimento em dado conteúdo aplicado pelos professores .

O Colégio também oferta o regime de progressão parcial, também conhecido

como dependência.

11.3 RECUPERAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE ESTUDOS

Cada área de conhecimento deverá ter seus resultados parciais de provas,

trabalhos, testes, etc. cobrados de forma cumulativa e com direito a recuperação paralela

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bimestral para todos os alunos quando não atingir 60% dos conteúdos cobrados em forma

de provas e testes.

A recuperação paralela é um direito do aluno para que o mesmo possa ter uma

chance de aprimoramento de suas expressões oral e escrita, evoluindo e podendo

integrar-se aos demais alunos da sala uma que só quando os estudantes se recuperam e

resgatam parte do conhecimento que não foi adquirido. As relações do processo ensino-

aprendizagem se efetuam de forma dinâmica e satisfatória.

Na avaliação assim como na recuperação paralela no entanto o professor deve

elaborar novos critérios de avaliação para que um único padrão não seja aplicável para

todos os alunos e cada um possa ser avaliado em suas condições reais.

A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos, de acordo

com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados

expressos em notas de 0,0 á 10,0 ( zero a dez vírgula zero).

A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada

instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na seqüência e

ordenação de conteúdos.

Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada Recuperação

de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo.

A Recuperação de Estudo será planejada, constituindo-se num conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar ás dificuldades dos alunos.

A carga horária da Recuperação de Estudo não será inserida no Cômputo das

800 (oitocentas) horas anuais.

Na Recuperaçãode Estudos o professor considera a aprendizagem do aluno no

decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e a

recuperação, prevalecerá sempre a maior.

Neste Estabelecimento de Ensino, a Recuperação Paralela será aplicada no

final de cada bimestre, após constatar que o aluno não atingiu a média mínima exigida.

É atribuição do professor de cada disciplina apreciar os conteúdos que o aluno

está em defasagem e através de pesquisa, trabalho em grupo, vídeo e tarefas extra-

classe, dar nova oportunidade ao aluno com aproveitamento inferior ao mínimo exigido

para aproveitamento inferior ao mínimo exigido para aprovação.

A avaliação das atividades previstas no caput deste artigo terá valor de 0,0 a

10,0 ( de zero a dez vírgula zero).

Caso o aluno obtenha progresso nas avaliações de recuperação paralela,

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anulam-se as avaliações anteriores. No caso de insucesso, permanece a média anterior.

O tempo reservado para recuperação paralela aos alunos com aproveitamento

insuficientes não poderá ser computada no mínimo das 800 horas anuais, por não se

tratar a que todos os alunos estão obrigadas.

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12 INDICE DE REPROVAÇÃO, APROVAÇÃO E EVASÃO

COLEGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - 2006

Nº de alunos Reprovação Aprovação Evasão5ª série 104 60% 20% 20%6ª série 77 59% 27% 14%7ª série 111 84% 4% 12%8ª série 52 78% 3% 19%1ª série Ensino Médio 51 71% 7% 21%2ª série Ensino Médio 31 75% 3% 22%3ª série Ensino Médio 21 91% 0% 9%

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13 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Por ser uma construção coletiva o PPP será acompanhado e avaliado por

todos aqueles que participaram da sua construção.

O Projeto Político Pedagógico será avaliado todas as vezes que for

necessário,mensalmente, bimestralmente , anualmente, ou todas as vezes que a

comunidade escolar sentir necessidade de mudanças.

O processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico envolverá pais,

alunos, professores, equipe pedágogica e administrativa, Conselho Escolar, APMF,Grêmio

Estudantil e demais instâncias envolvidas no processo educativo.

14 PLANO DE ACÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO PARA 2007

Enquanto professora pedagoga do Colégio Estadual Noapoleão Batista

Sobrinho , partindo da realidade educacional que a instituição vive pretendo em 2006:

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• Elaborar projetos de intervenção na realidade da escola para a melhoria do processo educativo.

• Planejar o ensino e acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores.

• Assessorar o professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos e transposição didática em consonância com os objetivos expressos no P.P.P.

• Assessorar o professor na identificação e planejamento para o atendimento às dificuldades de aprendizagem.

• Planejar em conjunto com o coletivo da escola a intervenção aos problemas levantados em conselho de classe.

• Levantar e informar ao coletivo de profissionais da escola e a comunidade

os dados do aproveitamento escolar.

• Desenvolver projetos de interação escola-comunidade ampliando espaço de

participação da comunidade nas decisões pedagógicas da escola.

• Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar.

• Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola.

• Organizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo

coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico.

• Avaliar o trabalho pedagógico pelos profissionais da escola e comunidade.

• Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de

avaliação do rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos

educacionais previstos no P.P.P.

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15 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA

SOBRINHO PARA 2007

EIXO OBJETIVO DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

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R

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A

Oportunizar formação continuada a professres funcionários,alunos e professores dentro da escola.

PROFESSORESReuniões pedagogicas;Conselho de classe;Grupos de estudo;Hora atividade;ALUNOS,PAIS,FUNCIONÁRIOS :- Palestras; - Foruns;- Seminários; - Conferencias;- Encontros;- Mini- cursos; - Reuniões;

Recursoshuma

nos da própria

escola;

Parcerias com

Faculdade e Mu

nicipio;

Equipe

pedagógica;

Sociedade civil;

N.R.E.

Bimestralmen

te,

semestralmen

te e de acordo com

as necessidades da

escola.

Equipe pedagogica;

Conselho escolar;

N.R.E

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G

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GI

C

A

- Desenvolver um indivíduo criativo,participativo e critico; - Concientizar os pais da necessidade de participar da vida escolar do filho;

- Envolver todas as áreas do conhecimento em projetos interdisciplinares ; - Recuperação de estudos ;- Reuniões mensais, bimestrais, semestrais com os pais para falar sobre a vida escolar dos filhos;

- Hora atividade

Divida por áreas

afins,reseitando

as

particularidades

da escola;

- Reuniões

periodocas com

toda a

comunidade

escolar para

avaliar o projeto

pedagogico;

- Durante todo o

ano letivo;

- Gestor;

-Equipe pedagó

Gica;

- Professores;

- Líderes de turma;

- Conselho esco

lar;

- APMF;

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S

- Conscientisar alunos, funcionários da importância do uso adequado dos equipamentos e dos espaços disponíveis na instituição;

Reuniões, palestras, cobrança de multa controle de equipamento e materiais;

- Controle de ex

pedição de

materiais;

- Orientação

quanto ao

manuseio

adequao;

Durante todo o ano

letivo;

- Gestor;

-Equipe pedagó

gica;

- Professores;

- Líderes de turma;

- Conselho esco

lar;

Funcionários;

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O

UT

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S

Tornar a escola um ambiente de respeito que valorise a presença de alunos, pais ´, professores e funcionários

Através de projetos interdisciplinares: - Feira Culural;- Festa Junina Pedagogica;- Paz;- consciencia negra;- Jogos interclasse;- Olímpiadas de conhecimento;- Conhecendo a realidade escolar;- Pro vida saudável: Combatendo o tabagismo, alcoolismo, drogas;- Combatendo a gravidez na adolescência: contracepção e doenças venérias.

Palestras

Reuniões

Conversas

Seminários

Aulas

expositivas

Trocas de

experiencia

Apresentações

Teatro

Paródias

Conferências

Durante todo o ano

letivo;

- Gestor;

-Equipe pedagó

Gica;

- Professores;

- Líderes de turma;

- Conselho esco

lar;

G

ES

O

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ÁT

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A

- Envolver toda a comunidade escolar a fim de definir ações que contribuam para o desenvolvimento da escola e de toda comunidade escolar;

-Realizar reuniões periodicas com toda a comunidade escolar para discutir em conjunto as possíveis alternativas para a solução dos problemas detectados;

Palestras

Reuniões

Conversas

Seminários

Conferências

Durante todo o ano

letivo;

- Gestor;

-Equipe pedagó

Gica;

- Professores;

- Líderes de turma;

- Conselho esco

lar;

16 ATA PARA APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO -

2005

Ata nº. 7/05 Reunião para aprovação do Projeto Político Pedagógico.

Aos 18 (dezoito) dias do mês de novembro de 2005, reuniram-se nas dependências do

Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho EFM, o corpo docente, o diretor, o Conselho

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Escolar e alguns representantes dos alunos e dos pais para a leitura e a aprovação das

mudanças realizadas no Projeto Político Pedagógico dessa instituição de ensino. A

reunião se iniciou à 19:00 (dezenove ) horas com a leitura do PPP e discussão dos pontos

principais do mesmo, que é o documento que norteia o trabalho na escola. Após a

discussão o Projeto foi aprovado por todos os presentes. Sem mais a relatar, Ednéia de

Souza Lima, lavrei a presente ata que será assinada por mim e pelos demais.

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17 ATA PARA APROVAÇÃO DA MUDANÇA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO -

2007

ATA PARA APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Ata nº. 1/07 Reunião para aprovação do Projeto Político Pedagógico.

Aos 20 (vinte) dias do mês de fevereiro de 2007, reuniram-se nas dependências do

Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho EFM, o corpo docente, a diretora Maria Ana

Pedroso, o Conselho Escolar e alguns representantes dos alunos e dos pais para a leitura

e a aprovação das mudanças realizadas no Projeto Político Pedagógico dessa instituição

de ensino. A reunião se iniciou à 19:00 (dezenove ) horas com a leitura do PPP e

discussão dos pontos principais do mesmo, que é o documento que norteia o trabalho na

escola. Após a discussão o Projeto foi aprovado por todos os presentes. Sem mais a

relatar, eu Tereza de Lourdes Rodrigues secretária do referido colégio, lavrei a presente

ata que será assinada por mim e pelos demais.

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REFERÊNCIAS

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sua história. In: ALMEIDA, M.A.(org.) Perspectivas Multidisciplinares em Educação

Especial. Londrina: Ed.UEL, 1958.pp.11-14

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BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA. Parâmetros

curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

BRASIL, Ministério da Educação.Diretrizes operacionais para a educação básica nas

escolas do campo.Brasília:MEC/secretária de inclusão educacional.2002.

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segurança do aluno diferente. São Paulo: EDU, 1993.

CAMARGO, Marculino. Filosofia do conhecimento e ensino – aprendizagem. Petrópolis,

RJ: Vozes, 2004.

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Ensino Aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999.

COSTA, Marisa V. Currículo e Política Cultural. In: COSTA, Marisa V. (org.). O Currículo

nos limiares do contemporâneo. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

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DELORS; Jacques (org). Educação; um tesouro a descobrir. 4 ed. São Paulo; Cortez;

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EDLER CARVALHO, Rosita. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação

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Esteban, Teresa M. (org.) Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de

Janeiro: DP&A, 2001.

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Dias(Org.).Por uma cultura da infância:Metodologias de pesquisas com crianças.

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FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.

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MARX, K.O capital : Critica de economia política. 18 ed. Trad. Reginaldo Sant’tanna. Rio

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SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 8a. ed. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1985.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações. 2. ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

SBLOOM, Benjamin S.; HASTINGS, Thomas; e MADAUS, George. Manual de avaliação

formativa e somátiva do aprendizado escolar. São Paulo, Pioneira, 1983.

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SOUZA, S. M. Z. L. Avaliação da Aprendizagem: Teoria, Legislação e Prática no

Cotidiano de Escolas de 1° Grau. In: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/, acesso

em 22/06/2006.

SEED Apostilas diversas.

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ANEXOS: PROJETOS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

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Anexo I - PROJETO AFRO-DESCENDENTE

1 - TEMA: PROJETO AFRO

2 – TÍTULO: “Beleza na cor, alegria na raça”

3 – JUSTIFICATIVA

Este projeto parte da ótica de que os povos negros sempre foram oprimidos.

Eles foram capturados na África e trazidos para o Brasil para ser escravos. Esta é a

história de um povo que, apesar de ter conseguido a libertação, continua preso aos

grilhões da escravidão pelo preconceito racial, que o cerca no trabalho, na escola e até

mesmo no lazer.

No Brasil, as atuais características do capitalismo periférico aprofundam as

raízes da discriminação, e assim como a escravidão vem nos legando um preconceito

racial instalado consciente ou inconsciente na vida cotidiana das pessoas. O nosso

projeto pretende hoje justificar que a maioria da população brasileira é pobre não porque

é negra, mas porque é negra e não teve e continua não tendo oportunidade no mundo

dos brancos.

O negro foi no passado a mão de obra que produzia a riqueza deste Brasil, sem

tirar nenhum proveito deste fato. Hoje o povo negro, maioria da população brasileira,

continua sendo a produtora de riquezas, sem tirar nenhum benefício do seu trabalho.

Feitas as análises, históricas, falta tirar as lições do passado para a construção do futuro.

A luta do povo negro deve partir hoje da reconquista de seu passado para representar seu

presente e projetar seu futuro.

Viemos nesse projeto propor que sejam destruídos os muros que separam

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negros e brancos para que todos se integrem na luta geral do povo brasileiro contra as

injustiças e as opressões de classes.

Nosso projeto vem rever a verdadeira história do papel desempenhado pelo

povo negro na formação da sociedade brasileira, suas lutas e resistências, já que este foi

um assunto que a história oficial esqueceu. O resgate dessa trajetória colocando em

evidência fatos, ações e personagens desse capítulo não escrito, é fundamental para toda

a sociedade brasileira que deseja constituir-se democrática.

Vivemos em uma sociedade de preconceito camuflado onde as minorias sociais

são dominadas e sofrem todo tipo de violação aos seus direitos humanos e de cidadão.

Devido a essa situação de desvalorização, e preconceito pelos quais passam

principalmente a população negra em nosso país, nosso estado e no nosso município,

que tem causado conflitos de identidade para os membros dessa raça, a escola tem que

buscar formas alternativas de superação e integração entre os alunos das mais diversas

crenças, raças, credos, etc.

Precisamos ensinar nosso educando a conviver, aceitar e respeitar a

diversidade. Por isso surgiu a idéia do desenvolvimento desse trabalho, no sentido de

contribuir para a construção de uma visão mais ampla de convivência racial entre os

nossos educandos.

Nesse projeto buscamos resgatar valores como tolerância, convivência coletiva

e respeito às diferenças, para que nosso educando possa contribuir na construção de

uma sociedade mais justa, igualitária, que respeite mais cada cidadão, possibilitando

assim que as atuais e futuras gerações de afrodescendentes possam viver com mais

dignidade.

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4 - OBJETIVOS GERAIS

• Criar possibilidades de sensibilização dos alunos quanto ao trato da questão racial;

• Promover atitudes que ajudem a refletir sobre atitudes positivas de colaboração,

solidariedade e construção da dignidade pessoal;

• Desenvolver conhecimentos históricos, geográficos e culturais que auxiliem na

construção da cidadania;

• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sóciocultural brasileiro;

• Promover práticas educativas que possibilitem aos alunos negros a assunção

positiva de sua identidade racial e a todos os alunos o desenvolvimento de atitudes

positivas de respeito às diferenças

• Divulgar e valorizar a história e cultura afro-brasileira;

• Estimular o reconhecimento da beleza negra;

5 - METODOLOGIA

Este é um trabalho coletivo e interdisciplinar que será desenvolvido em etapas e

em todas as séries do ensino fundamental e médio da escola.

A 1ª etapa consistirá no conhecimento da Lei Nº 10.639/03

A 2ª etapa será o trabalho de pesquisas referentes ao tema e elaboração do

projeto;

A 3ª etapa será a elaboração e o desenvolvimento de atividades em cada

disciplina;

A 4ª etapa a concretização da proposta será através da apresentação dos trabalhos

realizados pelos alunos e professores no dia 20 de novembro em comemoração ao “Dia

da Consciência Negra”.

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Durante os trabalhos cada disciplina deverá desenvolver a seguintes atividades:

• Língua Portuguesa e Literatura

- Estudo de textos em geral (letras de músicas, poemas, ditados populares,

narrativas) sobre o tema;

- Estudo de palavras de origem africana no vocabulário brasileiro;

- Produção de textos, paródias, raps;

- Leitura de obras que falam sobre a questão, com discussões sobre o tema;

• Matemática

- Registro e análise de dados estatísticos sobre o negro no Brasil;

- Levantamento de dados de etnias do colégio

- Construção de gráficos e organização de dados em tabelas;

• História

- Estudo dos aspectos históricos e das diversidades sociais, econômicas,

culturais, étnicas e religiosas de cada continente;

- Estudo da formação étnica do povo brasileiro;

- História do povo negro no Brasil, resgatando os personagens negros que

marcaram nossa história;

• Geografia

- Mapeamento das principais aglomerações negras no país;

- Localização geográfica de aspectos como: rota de viagens do negro até o

Brasil; principais portos de chegada do negro no Brasil;

- Situação atual do povo negro brasileiro e a construção da sua cidadania;

- Levantamento histórico geográfico das origens do preconceito racial;

• Ciências e biologia

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- Estudo de textos contendo teorias sobre as raças humanas;

- Questões ligadas à saúde do ser humano e suas características

psicológicas;

- Pesquisa sobre culinária africana;

• Ensino Religioso

- Trabalhar filmes/músicas/textos sobre as desigualdades sociais de forma

que contribuam para interiorização e incorporação de novas atitudes e

postura frente ao preconceito;

• Educação Artística e Artes

- Destacar a contribuição do negro nas artes plásticas e na música;

- Realizar trabalhos artísticos com símbolos e orixás africanos;

- Painéis fotográficos e biográficos com negros de destaque no passado e no

presente;

• Educação Física

- Preparar juntamente com os outros professores danças, desfiles e

apresentações referentes à cultura estudada.

- Estudos sobre a origem de jogos e danças africanas;

- Histórico e movimentos básicos da capoeira.

6 - RECURSOS

Como recursos durante o desenvolvimento do projeto serão necessários, os

recursos humanos e materiais, entre os humanos destacamos os educandos,

professores, direção e funcionários, e materiais: vídeo, filmes, DVD, livros, revistas,

jornais, internet, mapas, retroprojetor, etc.

7 - FORMAS DE CONCLUSÃO DO TRABALHO PROPOSTO

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• Confecção cartazes enfocando o tema;

• Dramatizações;

• Confecção e análise de gráficos com dados sobre a situação do afrodescendente

no país;

• Coletânea de fotos;

• Relatórios e debates de filmes;

• Produção e interpretação de poesias, textos, charges, etc.

• História em quadrinhos;

• Ilustração de textos e frases;

• Pesquisas em livros, jornais, revistas e internet;

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8 – CRONOGRAMA

ANO LETIVO - 2007

PERÍODO

ATIVIDADES 1º BIM. 2º BIM. 3º BIM. 4º BIM.

Divulgação do projeto X

Pesquisas sobre os diversos

temas:X X

Preparação das atividades X XEfetivação da proposta X

9 - AVALIAÇÃO

A avaliação deverá considerar a participação e empenho do aluno no projeto,

seu envolvimento nas pesquisas e debates, como também na seriedade que demonstrar

durante as atividades propostas e principalmente à sua mudança de atitude e postura

frente ao tema abordado no projeto.

Por ser um trabalho interdisciplinar, o professor de cada uma das disciplinas

envolvidas poderá inserir na avaliação bimestral as atividades realizadas pelos alunos,

como forma de compromisso, participação, interesse, atenção e criatividade durante a

realização dos trabalhos propostos.

Anexo II - PROJETO CONSTRUINDO A AGENDA 21 ESCOLAR

1- Identificação

Nome da Escola Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho – EFMEndereço Avenida Principal – S/NTelefone (044) 3576-1159 Município IretamaNúcleo de jurisdição Campo MourãoEndereço eletrônico ---Coordenador técnico da Agenda 21 Escolar.

Maria José Milani / Fernando Facini

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2 - Participação na Agenda 21

Grupos Quantidade de pessoas pro grupo

Participando da Construção da Agenda

Comunidade escolar 670 10Número de professores 13 10Número de alunos 350 06Número de pessoas que trabalham na equipe técnico-pedagógica

01 01

Número de pessoas que trabalham na equipe administrativa

03 02

Número de pessoas que trabalham nos serviços gerais

03 01

Pais atuantes na APMF e/ou como representantes de turma

03 01

Sociedade civil organizada (associação de moradores, igrejas, ONG, governo municipal, etc.)

20 03

3- Reuniões

Local Data N.º de Participantes (lista em anexo)

Colégio Estadual Aníbal Khury 16/12/2005 23Colégio Estadual José Sarmento 19/12/2005 56Colégio Estadual Aníbal Khury 21/12/2005 26

4 - Reconhecimento: Análise da comunidade

4.1 Estudo dos recursos naturais: clima, vegetação, água, solo, fauna, impactos das ações humanas, etc.

A formação geológica que compreende o território do município de Iretama é

explicada pela ocorrência do chamado vulcanismo fissural fenômeno ocorrido na Era

Mesozóica (idade entre 248 a 65 milhões de anos), entre os períodos Jurássico e

Cretáceo. Por este fenômeno vulcânico aflorou na superfície as lavas efusivas básicas,

que consolidado formou o basalto e, em algumas áreas restritas ocorrem diques de

diabásio. O tipo de magma é o mesmo que formou o basalto e o diabásio, o que difere

nestas rochas é o local dos derrames de lavas, o magma precisa aflorar e esparramar na

superfície terrestre para originar o basalto, enquanto que para o diabásio, o magma é

intrusivo, formando os chamados diques ou preenchendo fraturas nas rochas

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encaixantes. Estratigraficamente o basalto constitui a Formação Serra Geral.

Os sucessivos derrames de lavas basálticas formaram camadas denominadas

de Trapp que em muitos pontos chegam a ter até 50 metros de altura cada um, chegando

a um total de 32 derrames consecutivos (LEINZ, 1998: p.286). Segundo Maack (2002:

p.421) perfurações realizadas em Campo Mourão apontaram uma espessura da camada

geológica denominada Formação Serra Geral em torno de 1.157 metros de profundidade.

O relevo do território municipal de Iretama é caracterizado por duas cotas de

altitudes em relação ao nível do mar. As altitudes mais elevadas de em torno de 800

metros se encontra em uma pequena reentrância na porção oeste do município. Enquanto

que no restante do território predomina as terras entre 300 a 600 metros de altitudes.

Na realidade, a cota hipsométrica do município pesquisado reflete as altitudes

médias do chamado terceiro planalto paranaense que na região apresenta altitude

máxima de 800 metros, indo decair progressivamente em direção ao oeste rumo a calha

do rio Paraná que apresenta uma altitude de em torno de 200 metros em relação ao nível

do mar.

A Geomorfologia é o ramo da Geografia Física que se dedica a estudar os

processos de formação e evolução do relevo na superfície terrestre. Assim, a

compreensão da Geomorfologia do município de Iretama está relacionada à deposição de

lavas efusivas básicas na região e ao processo de atuação do intemperismo, e ação

erosiva que os rios exercem nessas rochas. De acordo com Maack (2002: p. 423):

“O bloco médio do terceiro planalto, de Campo Mourão, é caracterizado por mesetas e largos platôs de águas entre os rios Ivaí, Cantu e Piquiri, sendo profundamente entalhado a sudeste, formando as mesetas das serras de Pitanga com altitudes de 950 a 1.050 metros s.n.m.

É o basalto que será esculpido pela ação do intemperismo dando a feição

geomorfológica à região. Assim, explica-se a presença de patamares e mesetas e, em

algumas áreas os rios estarão talhando (erodindo) o basalto formando pequenos vales.

Os principais tipos de solos que ocorrem no território municipal de Iretama, é explicado ao

tipo de rochas (basalto e diabásio) e ao processo de intemperismo atuante na região. Isto

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é, pelo intemperismo químico derivado da água das chuvas. No município encontramos

dois tipos de solos predominantes na área de estudo que são: LE – Latossolos Vermelho

Escuro e o Ra – Solos Litólicos.

É exatamente nas áreas que ocorrem os solos Latossolos Vermelho Escuro por

suas características físico-químicas e de relevo favorável que são utilizados para a

agricultura de soja e milho. Enquanto que, nas áreas dissecadas (relevo caídos)

predominam os chamados Solos Litólicos (Neossolos pela nova nomenclatura

Pedológica) subsistem as pastagens para a pecuária extensiva e prática de agricultura de

subsistência familiar.

Com relação ao clima da área estudada, adotamos a divisão climática proposta

por Wladimir Köppen1, a figura 5 deixa claro a tipologia climática para o território municipal

de Iretama. Sendo que para facilitar o entendimento desta classificação climática, os

significados dos símbolos e o seguinte: Cfa – a primeira letra maiúscula C - informa o tipo

de Clima dominante na região, ou seja, o Clima Subtropical Úmido (mesotérmico)

(temperatura média do mês mais frio, abaixo de 18oC), a segunda letra minúscula f -

significa precipitação (chuvas) isto é a região não apresenta estação seca e, a terceira

letra minúscula a – relacionado à temperatura, ou seja, a região apresenta a temperatura

mais quente, acima de 22oC.

O espaço territorial do município em estudo apresenta duas linhas de

temperaturas, isto é, as linhas de temperaturas de 18oC e 19oC. A porção sudoeste do

município apresenta as temperaturas médias de 18oC. Esta temperatura reflete as

condições de altitudes em relação ao nível do mar (800 metros). Enquanto que para as

áreas que apresenta as médias de temperaturas de 19oC, coincide com as zonas de

menor altitude (300-600 metros). Fica evidente à região a relação entre altitude e

temperaturas médias.

No tocante a pluviosidade do município, em média o menor índice de

precipitação é de 1.400 milímetros, enquanto que, o maior índice pluviométrico apurado

1 Enquanto que a classificação de Strahler (mais recente) baseia-se na dinâmica das massas de ar, a de Köppen (mais antiga e por isso mais difundida) baseia-se fundamentalmente nos elementos climáticos temperatura e pluviosidade relacionados com a vegetação. Analisando a distribuição dos tipos climáticos segundo a classificação de Köppen, observamos uma semelhança muito grande com o mapa de vegetação nativa brasileira, o que nos demonstra muito bem a influência da vegetação em sua classificação.

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foi de 1.600 milímetros anuais. Deste modo, a maior parte do território municipal (região

centro – norte) é contemplada com 1.400 milímetros de precipitação, enquanto que na

região sul vai aumentando para 1.500 a 1.600 milímetros de índices pluviométricos. Estes

dados estatísticos, ao serem cruzados com as informações do mapa de relevo, indicam

que em direção ao sul, apresentam as maiores altitudes em relação ao nível do mar.

O município no passado contava com as antigas formações florestais. Evidente

que estas matas foram em grande extensão desmatados para dar lugar à agricultura e a

pastagem para criação do gado.

A região central do município, antes da derrubadas da floresta para dar lugar às

atividades agropecuárias, havia no lugar a chamada Mata Pluvial, enquanto que na

porção sul do território, por ser de altitudes mais elevadas, adaptou-se no local a

conhecida Mata de Araucárias por ser típica de zonas climáticas de climas temperados.

Por outro lado, a região mais ao norte do município, desenvolveu-se a chamada Mata

Pluvial Tropical dos Planaltos do Interior ocupando na região os vale dos rios Ivaí e

Piquirí.

Com relação à hidrografia do município, nota-se a abundância em cursos de

água. Destaca-se no município como rios de maior porte os rios Muquilão e Formoso,

como rios de menor porte destacam-se os rios Bonito, Tormentinho, Laranjeiras. A área de

drenagem do município encontra-se localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Ivaí, que por

sua vez é afluente do Rio Paraná.

No tocante aos impactos provenientes das ações humanas podemos ressaltar

ação devastadora do homem na derrubada da floresta para o uso do solo para a

agricultura. Por se tratar de um município essencialmente agrícola, as ações mais

impactantes são realizadas na agricultura. A derrubada da floresta para o uso agrícola do

solo, as queimadas, o uso indiscriminado de agrotóxicos, o despejo de carcaças animais

e resíduos nos rios, são algumas das ações impactantes que acontecem na zona rural da

cidade. Na zona urbana do município também ocorrem algumas ações impactantes

devido a falta de estrutura do município para uma melhor preservação do ambiente, tais

como falta de rede de esgoto, coleta seletiva, entre outros.

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4.2 Estudo da população (recursos humanos): número de habitantes, idade média, aumento ou diminuição do índice de população, classes sociais, história da população, nível educacional, atividades, tradições, valores, etc.

O município de Iretama2 apresenta uma área superfície de 573,19 km2, e de

acordo com o censo de 2000, realizado pelo IBGE conta com uma população de 11.335

habitantes, portanto, apresentando a densidade demográfica de 19,77 habitantes por km2.

No que diz respeito a alguns indicadores sociais, o município de Iretama apresenta um

índice de desenvolvimento humano extremamente baixo. O indicador IDH (Índice de

desenvolvimento humano) é calculado sobre três pilares, escolaridade, saúde da

população e renda per capita. De acordo com o IPARDES (2003)3, na porção central do

Estado do Paraná, apenas quatro municípios apresentaram situações com um índice de

desenvolvimento humano um pouco melhor, sendo eles: Campo Mourão, Guarapuava,

Ivaiporã e Telêmaco Borba.

Abordaremos agora, um a um os pilares que compõem o IDH-M. Iniciando

pela Alfabetização de Adultos. Com base nos dados do IPARDES, 90% da população

adulta paranaense está alfabetizada. Mas existem municípios, principalmente na região

central do Estado, onde essa proporção é bem menor, em áreas economicamente

deprimidas. É o caso do município estudado, que conta com menos de 80% de sua

população adulta alfabetizada, apresentando um dos resultados mais baixos para esse

indicador na Mesorregião Centro-ocidental Paranaense.

O indicador esperança de vida ao nascer é uma medida resumo dos níveis

de mortalidade da população em geral, tornando-se maior à medida que declinam as

taxas de mortalidade. A índice de longevidade obtido para o Brasil é de 68,14 anos,

enquanto que o Paraná obteve um resultado um pouco acima da média nacional 69,57

anos. No entanto existem municípios paranaenses, onde o índice de longevidade está

abaixo da média nacional, isso ocorre naquelas áreas economicamente deprimidas do

estado, dentre elas a região central. Nesse indicador o município de Iretama apresentou

um resultado mediano, obtendo índices semelhantes aos de municípios de porte maior

2 De acordo com Ferreira (1996: p.346) o termo Iretama, deriva da língua tupi-guarani e significa colméia. Atualmente conta com uma população de 11.355 habitantes de acordo com os dados do senso demográfico realizado pelo IBGE em 2000. 3 Dados retirados da publicação on-line Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH_M 2000, publicado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social em 2003. E podem ser acessadas no site www.pr.gov.br/ipardes.

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como Campo Mourão.

Com relação ao indicador renda per capita, “é o componente que melhor

espelha os resultados finais do IDH-M, e que identifica situações de maior

heterogeneidade entre os municípios e a maior precariedade nas condições de

desenvolvimento humano” (IPARDES, 2003: p.16). Mais uma vez, nesse indicador, o

município de Iretama apresenta resultados baixíssimos, com um renda per capita superior

a R$ 151,00 e inferior a R$ 226,50, resultado este melhor que apenas seus vizinhos

Roncador, Luiziana e Corumbataí do Sul.

No que tange ao IDH-M que é formado pelos três indicadores já discutidos,

escolaridade, saúde e renda per capita, o estado do Paraná ainda apresenta uma mancha

contínua de municípios com IDH abaixo da média nacional e estadual, essa mancha

corresponde a cerca de 33% da população paranaense (IPARDES, 2003: p.6). Ainda de

acordo com o IPARDES, essa situação piora quando tratamos da população rural

distribuída nesses municípios com IDH abaixo da média nacional, eles totalizam cerca de

71% da população paranaense com dificuldades de acesso a serviços e infra-estrutura.

Dentre os municípios da mesorregião centro-ocidental paranaense, apenas Campo

Mourão apresentou um IDH-M superior a 0,764 (média nacional), a grande maioria

apresentou resultados superiores a 0,700 e inferiores a 0,764, enquanto que alguns

poucos municípios apresentaram resultados inferiores a 0,700, dentre eles Altamira do

Paraná, Corumbataí do Sul, Janiópolis, Nova Cantu, Rancho Alegre do Oeste e Iretama,

município objeto desta pesquisa.

4.3 Recursos econômicos: atividades econômicas e serviços aos consumidores (transporte, saúde, educação, recreação, habitação, etc).

A base da economia do município de Iretama é a agropecuária. O município é

constituído de pequenas e médias propriedades, onde se destaca a pecuária leiteira, e os

cultivos de milho, soja, além da sericicultura e pequenas lavouras de subsistência. Na

área urbana, destaca-se a atividade comercial com mercados, lojas, farmácias, postos de

gasolina, lanchonetes e bares. Para a sua gestão, o município conta com recursos

provenientes do próprio município, como por exemplo, o IPTU, e recursos oriundos do

estado e da união, como por exemplo, o FUNDEF. Com a gestão desses recursos, o

município oferta aos seus habitantes recursos como transporte, saúde, educação,

recreação, habitação e outros.

Com relação ao setor de transporte, segundo informações cedidas pelo setor

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rodoviário da Prefeitura Municipal, o município conta com uma frota de 13 ônibus, sendo

09 destinados ao transporte dos alunos rurais para as escolas no perímetro urbano nos

períodos da tarde e noite, 02 utilizados para o transporte de acadêmicos até Campo

Mourão no período noturno e 02 ficam na reserva em caso de quebra de algum outro

veiculo. O município também realiza o transporte de pacientes para centros maiores e 03

vezes por semana leva cerca 70 pessoas para receberem atendimento médico

especializado em Campo Mourão.

Na área da saúde, segundo informações do Secretário Municipal de Saúde

(Eurivelton Wagner Siqueira), além das informações já mencionadas no parágrafo

anterior, o município conta com um quadro com em torno de 65 profissionais entre

médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, psicólogo,

socorrista, agentes comunitários e outros. A população do município conta com uma

unidade hospitalar e um posto de saúde na área urbana, e mais um posto de saúde no

distrito de Águas de Jurema.

Na área da educação, conforme informações da Secretária Municipal de

Educação (Angela Maria Giroldo Nunes), o município oferta a educação básica nas séries

iniciais (1ª a 4ª série) em dez (10) escolas municipais, sendo duas (02) urbanas e oito (08)

rurais. O município conta também com escolas de educação infantil e creches. Iretama

conta ainda com quatro (04) escolas estaduais onde é ofertado o ensino nas séries finais

da educação básica e ensino médio, sendo duas (02) na área urbana e duas (02) na área

rural. Na área de recreação, o município oferta trabalhos voltados à terceira idade, como

atividades físicas e bailes.

Com relação à habitação, o município ainda conta com uma parcela de sua

população com moradias em situação precárias. Para solucionar este problema, de

acordo com informações do secretario municipal de habitação Antonio Carlos Pulido, o

município vem requerendo verbas para regularização de moradores que possuem lotes e

vivem em situação precária. Além disso esta em andamento o projeto do governo Federal

“Morar Melhor” e por fim está sendo formatado em parceria com a Caixa Econômica

Federal um programa para atender famílias que possuam uma renda familiar até R$

300,00 por mês e que já possuam lote regularizado.

4.4 Segurança pública: ações preventivas, etc.

Em contato com os órgãos de segurança do município, policias civil e militar e

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prefeitura municipal, foi constatado que no atual momento não existe nenhuma ação

preventiva no sentido de melhorar a segurança pública.

4.5 Saúde, tratamento de água e esgoto – coleta e tratamento de resíduos, mortalidade infantil, doenças mais comuns, programas para manutenção da saúde, alimentação, etc.

Com relação a este tópico, apurou-se que o município de Iretama tem no

perímetro urbano quase 100% das residências atendidas com fornecimento de água

potável através da Companhia Paranaense de Saneamento – SANEPAR. As residências

que ainda não são atendidas são famílias que se encontram abaixo da linha da pobreza

não tendo condições de financeiras de arcar com o custo da fatura da água tratada

fornecida pela citada companhia, mesmo com a tarifa social que a Sanepar implantou

recentemente. Essas famílias em sua maioria utilizam água de mina ou poço. Já nos

distritos, com exceção de Águas de Jurema que também conta com atendimento da

Sanepar, os demais não possuem tratamento efetuado pela companhia. Nas localidades

Esplanada, Água da Anta, Água Torta, foi implantado o sistema de captação e tratamento,

só que o controle do mesmo é efetuado por uma pessoa da comunidade. No caso do

distrito de Marilú, a prefeitura mantém um sistema de captação sem tratamento da água,

no entanto, vem sendo negociada com a Sanepar a possibilidade de a mesma implantar

no distrito uma unidade de tratamento de água bem como a sua manutenção.

O município ainda não conta com unidade de tratamento de esgoto, o que é um

problema sério, pois nem todos os munícipes destinam o seu esgoto adequadamente

para fossas sépticas. Existem vários casos de despejo de esgoto na galeria pluvial da

cidade, o que vai acarretar uma contaminação dos cursos de água, uma vez que essas

galerias são despejadas diretamente nos rios sem qualquer tratamento ou controle. Outro

problema, é que muitos habitantes transformaram antigos poços artesianos do município

em fossas, o que pode ocasionar uma contaminação do lençol freático.

No que concerne á coleta e tratamento dos resíduos sólidos, de acordo com

informações da tecnóloga ambiental Andréia Lopes de Almeida, a coleta domiciliar do lixo

é feita de segunda a sexta, seguindo uma escola de acordo com a área da cidade. Para a

realização de tal tarefa o município conta com 03 maquinários e 18 funcionários, sendo

coletados em média 8.810 kg de resíduos sólidos por semana. O destino final do lixo é um

aterro controlado a cerda de 06 km do perímetro urbano do município. Diariamente o lixo

recebe uma cobertura de uma camada de material inerte, no entanto, não existe qualquer

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procedimento técnico para esta tarefa. As galhadas também são dispostas no aterro, mas

em local separado dos resíduos sólidos. O lixo hospitalar é depositado em vala própria em

espaço cercado e trancado dentro do aterro. O município ainda não dispõe de coleta

seletiva porta a porta, entretanto, já consta projeto para a implementação da mesma a

partir de 2006. A única coleta seletiva que ocorre no município é realizada por catadores

individuais que percorrem a cidade ao longo do dia, recolhendo matérias para posterior

venda, tendo esta atividade como forma de subsistência.

A mortalidade infantil no município vem sendo extremamente baixa, no ano de

2005 ocorrem apenas 04 casos de mortalidade infantil em um universo de 148

nascimentos. Dentre as doenças mais comuns, ocorrem à presença de viroses, dentre a

mais comum é a influenza (gripe), hanseníase, entre outras. O município conta com

alguns programas para manutenção da saúde como o trabalho dos agentes comunitários

no combate ao mosquito transmissor da dengue, a farmácia comunitária com o

fornecimento gratuito de diversos tipos de medicamentos, dentre os quais se podem

ressaltar os pscotrópicos, remédios para hipertensos e diabéticos, anticoncepcionais via

oral, entre outros. Não existem programas para melhoria da alimentação.

4.6 Recursos da educação: população escolar, escolas públicas e privadas, bibliotecas, museus, atividades de recreação, etc.

Os recursos destinados à educação no município provem de duas fontes

basicamente, do FUNDEF (recursos repassados pela união) para as séries iniciais da

educação básica, recursos estes administrados pelo município; e recursos repassados

pelo Estado para a manutenção das escolas estaduais. Iretama contava em 2005 com

uma população escolar de 3481 estudantes, excluindo deste valor os universitários não

computados. Conforme informações da Secretária Municipal de Educação (Angela Maria

Giroldo Nunes), o município oferta a educação básica nas séries iniciais (1ª a 4ª série) em

dez (10) escolas municipais, sendo duas (02) urbanas e oito (08) rurais. O município

conta também com escolas de educação infantil e creches. Iretama conta ainda com

quatro (04) escolas estaduais onde é ofertado o ensino nas séries finais da educação

básica e ensino médio, sendo duas (02) na área urbana e duas (02) na área rural. O

município não conta com escolas privadas e nem museus. Com relação às bibliotecas,

além das bibliotecas instaladas nas escolas, o município disponibiliza para a população

em geral uma biblioteca publica localizada na casa da cultura. Ainda segundo a secretária

municipal de educação, o município realiza atividades de recreação, esportivas, culturais,

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artísticas entre outras.

4.7 Nível de demanda socioeducativa: necessidades da comunidade, problemas para o atendimento das demandas: transportes, recursos financeiros, etc.

Como foi constatado ao longo do processo de construção desta agenda 21, o

município de Iretama apresenta inúmeros problemas ambientais, muitos decorrentes da

falta de investimentos na área ambiental, outros simplesmente da pura falta de educação

socioambiental. Nesse sentido, o município apresenta uma grande demanda por trabalhos

voltados à educação socioambiental e investimentos para melhoria do ambiente local com

obras e programas que minimizem os impactos ao meio ambiente. A construção da

presente agenda é apenas o passo inicial para o atendimento desta demanda, muito

ainda tem a ser feito neste segmento. No entanto a parte desta demanda que necessita

atendimento mais imediato, é a de sistematização e implementação de um amplo trabalho

de educação socioambiental, pois somente com o sucesso deste, é que qualquer

programa ou obra voltada a conservação do meio ambiente terá sucesso, como exemplo

pode-se destacar a coleta seletiva que já esta em projeto para ser colocada em pratica a

partir deste ano.

4.8 Os problemas de entorno da escola e sua influência na escola.

Ao contrário de escolas de grandes cidades, o Colégio Estadual Napoleão

Batista Sobrinho não apresenta em seu entorno problemas com tráfico e uso de drogas,

presenças de bares e salas de jogos. No entanto, mesmo situando-se em uma localidade

pequena e até certo ponto pacata, não está isento da influência de problemas externos. A

maior parte dos alunos é proveniente de famílias das classes média e baixa, com uma

renda per capta extremamente baixa, sem acesso à cultura ou outras formas de

desenvolvimento sócio-educativo, uma vez que o município não oferta essa demanda e

nem os mesmos tem condições financeiras para tanto. Fica a escola como a única

ferramenta capaz de tentar fornecer ao educando o preenchimento dessa demanda. No

entanto, os parcos recursos destinados para escola, não dão conta de atender toda esta

demanda, a escola oferece um ensino de qualidade, mas este poderia ser incrementado

com mais recursos, uma vez que no momento a escola não conta com alguns recursos

tecnológicos como DVD, data show, telão, laboratório de informática, internet, falta de

espaço físico apropriado, ausência de biblioteca adequada, laboratórios, cantina, sala de

vídeo, sala de professores e hora atividade, entre outros. A desvalorização dos

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profissionais da educação (professores e funcionários) perante a sociedade e os órgãos

governamentais é outro problema.

Diante de tais circunstâncias, os alunos do noturno principalmente, acham-se

desmotivados, levando a uma relevante evasão e repetência escolar. A falta de iluminação

pública na área em torno do colégio é outro problema que precisa ser solucionado, pois

torna a mesma uma área de risco para os alunos do noturno e até mesmo para outras

pessoas da comunidade. A falta de transporte escolar em dias chuvosos também

compromete as atividades do colégio e o processo de aprendizado dos educandos. A falta

de professores e funcionários também compromete o bom andamento das atividades no

colégio. Pelo que se nota, esses são os problemas externos que mais afetam o interior da

escola.

5. Diagnóstico

5.1 Caracterização da situação atual a partir da análise dos dados coletados anteriormente: Como é a situação atual da comunidade?

Após um trabalho envolvendo toda a comunidade escolar através de

questionário distribuído a todos os alunos da zona rural e urbana da escola, foram

detectados os seguintes problemas que ocorrem no município. Os problemas levantados

através das respostas datas pelos questionários foram agrupados em seis eixos

temáticos. Na seqüência estão elencados todos os problemas levantados e os eixos

temáticos.

Eixo Temático: Cidades Sustentáveis

• Queima do lixo.

• Falta de coleta periódica do lixo.

• Falta de reciclagem do lixo.

• Falta de tratamento de água.

• Desperdício de água.

• Sujeira nas ruas.

• Mau cheiro causado pelos laticínios.

• Acúmulo de lixo em quintais e terrenos baldios.

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• Criação de animais no perímetro urbano.

• Falta de lixeiras nas ruas da cidade.

• Despejo de esgoto na galeria pluvial.

• Poluição dos rios.

• Problemas com fossas residenciais sem a devida manutenção.

• Cavalos no centro da cidade.

• Lixão.

• Lixo hospitalar jogado a céu aberto.

Eixo Temático: Agricultura Sustentável

• Poluição dos rios através dos agrotóxicos.

• Não devolução das embalagens de agrotóxicos.

• Lixo depositado ao longo do curso dos rios.

• Queima para a realização do plantio.

• Falta de conservação na vegetação ciliar ao longo do curso dos rios.

• Má conservação das minas e nascentes por falta de vegetação suficiente.

• Falta de esclarecimento para os agricultores.

• Depósito de embalagens de agrotóxicos ao longo dos rios.

• Falta de locais apropriados para a limpeza dos equipamentos utilizados na

aplicação de agrotóxicos.

• Falta de planejamento adequado para a destinação dos dejetos animais.

• Criatórios de animas próximos aos rios.

• Utilização de agrotóxicos próximo ás nascentes e represas.

• Despelo de animais mortos nos cursos dos rios.

• Falta de planejamento para o destino do lixo na zona rural.

Eixo Temático: Gestão dos Recursos Naturais

• Caça de animais silvestres.

• Desmatamento.

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• Erosão do solo.

• Venda ilegal de madeira.

Eixo Temático: Segurança

• Falta de segurança na zona rural.

• Árvores encostando nas redes de transmissão de energia elétrica.

• Falta de manutenção na iluminação pública.

• Policiais mal preparados e mal remunerados.

• Falta de rondas policiais constantes.

• Animais soltos nas ruas.

• Som alto em bares e lanchonetes a noite.

• Uso de drogas em diversos pontos da cidade.

Eixo Temático: Infra-estrutura e Integração Regional

0Falta de conservação de estradas e pontes.

1Bueiros entupidos.

2Falta de energia elétrica em dias de chuva.

3Falta de pavimentação em ruas da cidade.

4Falta de galeria pluvial em muitos pontos da cidade.

5Calçadas danificadas ou ausência de calçadas.

Eixo Temático: Redução das Desigualdades Sociais

• Desemprego.

• Qualidade no atendimento médico.

• Falta de moradias apropriadas.

• Analfabetismo.

Pelo resultado obtido através dos questionários e mesmo empiricamente

através de um simples passeio pelo município, constate-se um grande número de

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problemas necessitando de uma solução. Alguns desses problemas apresentam um grau

de complexidade menor, requerendo soluções mais simples, outros com um grau maior

de complexidade, requerendo soluções, mais elaboradas e com maior envolvimento de

toda comunidade, inclusive das autoridades políticas.

5.2 Caracterização da situação desejável a partir das questões: Como deveria ser a situação da comunidade?Como desejaríamos que fosse a situação da nossa comunidade?Para descrever a situação desejável devem ser apresentados fatos reais que deveriam ocorrer, mas que não estão ocorrendo no momento.

Para a construção deste item da agenda, foi realizada uma reunião específica

com a finalidade de debater e chegar a um consenso na construção da concepção de

meio ambiente ideal, qual a situação desejável para a comunidade. As pessoas que

participaram do fórum travaram uma discussão calorosa, mas as opiniões não divergiam

radicalmente umas das outras. Após o termino do debate, a situação desejável para o

meio ambiente e para a comunidade ficou caracterizada da seguinte forma:

A situação ideal para o município seria aquela na qual a comunidade se

relacionaria harmoniosamente com o ambiente, onde as pessoas tivessem de igual

maneira todas as condições para uma boa qualidade de vida, vivendo em um ambiente

adequado. Onde todos os moradores tivessem acesso a tratamento médico adequando e

métodos de prevenção de doenças eficientes. A agricultura fosse praticada de forma

racional, visando uma relação equilibrada entre produção e preservação do ambiente,

livre da presença de agrotóxicos. Todos os resíduos sólidos gerados pelo município

fossem totalmente reutilizados e reciclado evitando assim a sua disposição no ambiente,

com a conseqüente contaminação do mesmo. Uma situação desejável para a

comunidade seria aquela onde as fontes de água fossem preservadas e pura, livre de

qualquer contaminação, e que a água fosse utilizada como um recurso natural

extremamente importante, e por isso utilizada de forma estritamente racional, evitando

qualquer desperdício.

Uma situação ideal para a comunidade seria aquela onde os recursos florestais

fossem preservados e utilizados de forma sustentável através de projetos agroflorestais.

Onde o respeito entre as pessoas reinasse intensamente, não havendo qualquer tipo de

perturbação, como a provocada por som alto em carros e bares. Onde as pessoas se

sentissem seguras para sair à rua, sem qualquer tipo de medo. Onda todos os

trabalhadores tivessem uma forma digna de sobreviver e sustentar sua família. A situação

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ideal idealizada pelo presente fórum assenta-se nos principio do uso sustentável dos

recursos naturais, na racionalidade, na relação harmoniosa e equilibrada entre

comunidade e ambiente.

5.3 Identificação das causas/motivos que estão causando a discrepância entre a situação atual e a situação desejável: localização geográfica, ausência de estímulos para a busca de soluções, falta de conhecimento e destrezas para a compreensão dos fatos e a tomada de decisão, falta de recursos, discrepância dos órgãos públicos, etc.

Muitas são as causas/motivos que causam a discrepância entre a situação atual

e a situação desejável, dentre as quais podemos elencar: a ausência de estímulos no

município para projetos voltados a preservação do meio ambiente, agora que começam

delinear-se algumas soluções neste aspecto. A falta de conhecimentos de aspectos

técnicos para aqueles que são responsáveis pelas tomadas de decisões é outra causa de

discrepância entre a situação real e a desejada. A falta de recursos, ou a falta de

conhecimento de onde encontrá-los também se torna uma causa/motivo de tal

discrepância, além da incoerência dos órgãos públicos, que muitas vezes mantém

discursos voltados à preservação do meio ambiente, mas na prática pouco o faz, e por fim

nota-se também como causa desta discrepância a falta de educação sócioambiental ou a

falta de trabalhos nessa área. Esses problemas em conjunto formam uma barreira

separando a situação atual e a desejada.

5.4 Definição dos problemas a partir das discrepâncias encontradas na comparação entre a situação real e a desejada.

Podemos definir como problemas a partir das discrepâncias acima encontram

resultantes da comparação entre a situação real e a situação desejada os seguintes:

• Falta de recursos para ações voltadas à melhoria do meio ambiente;

• Falta de atuação dos órgãos públicos e coerência nas ações dos mesmos;

• Falta de estímulo para a preservação ambiental;

• Falta de educação sócioambiental;

• Falta de projetos voltados à preservação do ambiente;

• Falta de conhecimento técnico sobre meio ambiente por parte dos

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responsáveis pelas tomadas de decisões;

Esses são apenas alguns dos problemas que podemos encontrar, e que

requerem soluções imediatas, se não nada será feito para a melhoria das condições

ambientais e de vida da população em geral.

6. Título da Agenda 21 Escolar

Agenda 21 do Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho – EFM.

7. Introdução

A eminência da preocupação com as questões ambientais tem perpassado

todos os níveis e segmentos das sociedades, sejam elas locais, regionais, nacionais ou

planetárias. Tal fato deve-se ao quadro que se instalou no planeta devido ao ritmo de

utilização dos recursos naturais empreendido pelo ser humano em suas atividades.

Segundo Barbieri (2003, p. 15):

A preocupação com os problemas ambientais decorrentes dos processos de crescimento e desenvolvimento deu-se lentamente e de modo muito diferenciado, entre os diversos agentes, indivíduos, governos, organizações internacionais, entidades da sociedade civil, etc.

O homem através de sua ação tem explorado os recursos naturais de forma

irracional e gananciosa na busca pelo lucro. De acordo com Costa (2000, p.314) “o

homem se julga o ‘senhor da terra’ e explora os recursos de forma cruel e devastadora

como se fossem infinitos...”. Nesse intuito degradam o Planeta destruindo os mais

diversos tipos de ambientes sem pensar nos problemas que esta devastação acarretará,

sobre esta questão Almeida (1988, p.14) tem a seguinte argumentação:

Em busca do lucro fácil e rápido, o sistema capitalista, com o seu sistema de produção, utiliza-se da fauna e flora e recursos materiais (terras, minérios, etc.) como se fossem infinitos. A extração das riquezas minerais, vegetais e animais obedecem à lógica do capital de obtenção do lucro fácil e rápido, sem a preocupação de renovação dos recursos naturais.

Nesse novo contexto, ou seja, nesse “mundo moderno” o homem passou a

estabelecer relações com o meio basicamente de pura exploração, o meio ambiente

passou a ser focado dentro do sistema capitalista apenas do ponto de vista econômico,

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não havendo nenhum indício de preocupação da finitude do planeta. Não há sinais de

uma concepção do homem como integrante da natureza, como bem lembra Clive Ponting

(1995, p.43):

Os seres humanos também fazem parte dos ecossistemas terrestres, mesmo nem sempre estando conscientes desse fato e de suas implicações. Todas as plantas e animais tendem a modificar o meio ambiente enquanto competem e cooperam com os outros para sobreviver e florescer. Em seu relacionamento com o ecossistema, dois fatores distinguem os seres humanos de todos os outros animais. Primeiro: são a única espécie capaz de pôr em perigo, ou até mesmo destruir, os ecossistemas dos quais dependem para a sua existência. Segundo: os seres humanos são a única espécie que se espalhou por todos os ecossistemas terrestres e, depois do uso da tecnologia, conseguiu dominá-los.

Segundo Paula (1998, p.141), “a ameaça que o homem causa à sua própria

espécie é constante e apresenta-se de diversas formas, pois a suposta supremacia sobre

os demais seres vivos lhe permite tal façanha”. Porém, por mais que a sua inteligência lhe

possibilite manter esse domínio, a relação que estabeleceu com a natureza poderá

ameaçar a sua própria existência. Nesse ato, agindo como observador, e não como

sujeito do meio, o homem perde muito da compreensão do todo, ficando sua análise e

ação restrita a superficialidade, muitas vezes ficando essas análises presas por amarras

econômicas.

Para tanto, foi necessária a desconstrução dos valores éticos e morais que

regiam a relação do homem com o ambiente, principalmente dos povos primitivos como

índios e aborígines que mantinham um ótimo relacionamento com a mãe terra. O

ambiente passou a ser tido como um ser inóspito, distante, perigoso, e tinha que ser

dominado, controlado, e posto a serviço do homem.

Na procura por uma resposta que explique toda esta confusa situação, na qual

o planeta se encontra, vários encontros internacionais foram realizados, dentre os quais

podemos destacar o Clube de Roma, a Conferência de Estocolmo, a Conferência de

Tibilisi, a Eco 92, entre outra tantas. Dessas as que tiveram mais repercussão pratica

foram as conferências de Tibilisi que estabeleceu os princípios para a Educação

Ambiental e a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro.

Durante a realização da Eco 92, foram construídos vários documentos que

serviriam de princípios norteadores para a realização de ações de recuperação de

diminuição no ritmo da degradação ambiental, dentre os quais podemos ressaltar a Carta

da Terra, a Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Convenção sobre Diversidade

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Biológica e a Agenda 21, com o compromisso de ser implementada em todos os níveis

(planetário, nacional, estadual, municipal, e mais recentemente escolar). De acordo com

Barbieri (2003, p. 61):

Esta Agenda 21, transformada em Programa 21 pela ONU, é um plano de ação para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável. Ela é uma espécie de consolidação de diversos relatórios, tratados, protocolos e outros documentos elaborados durante décadas na esfera da ONU (Assembléia Geral, FAO, PNUMA, UNESCO, etc.).

Desde então, tantos os princípios estabelecidos para a educação ambiental,

quanto os estabelecidos nas convenções ou na Agenda 21, foram lenta e gradualmente

sendo implementados em todas as instâncias, dentre as quais podemos destacar a

escola, no intuito de tentar reverter esse quadro com as gerações futuras. Nesse sentido

as práticas da educação ambiental, e mais recentemente a agenda 21 através da

construção da Agenda 21 Escolar se inseriram no cotidiano escolar com esse objetivo.

Ainda citando Barbieri (2003, p. 65) “a Agenda 21 é uma espécie de manual para orientar

as nações e as suas comunidades nos seus processos de transição para uma nova

concepção de sociedade”.

8. Objetivos

A presente agenda 21 do Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho - EFM

tem por objetivos:

• Atender as necessidades da nossa comunidade escolar de participar da

sociedade como um todo, na busca de possíveis soluções e a convivência

mais humana e racional com o meio ambiente, encaminhando um conjunto

de ações que venham auxiliar na resolução dos problemas enfrentados hoje.

• Enfrentar os principais problemas que a nossa comunidade apresenta,

sendo eles: a degradação do ambiente pela ação do homem, como uso

indiscriminado de agrotóxicos, uso desordenado do solo, o desperdício de

água e a falta de consciência e preocupação com o lixo e o seu destino.

• Reconstruir valores éticos, morais que dizem respeito à natureza, o que é

imprescindível para o uso consciente dos bens de consumo e a garantia de

qualidade de vida para toda a população local.

• Despertar a noção de meio ambiente imediato, sendo este qual for, o quarto,

a casa, a rua e até mesmo a escola ou cidade, e a preocupação com a

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manutenção do mesmo para uma melhor qualidade de vida.

• Conscientizar a comunidade escolar da importância da educação

socioambiental, do conhecimento de técnicas para a conservação do meio

ambiente, saber usar com cuidado os recursos naturais, manterem o

interesse pelo crescimento econômico sustentável diferindo do conceito

amplo de desenvolvimento que produziu efeitos alienantes nos habitantes

urbanos e rurais.

9. Plano de trabalho

Uma vez realizado o diagnóstico e detectado os problemas que afetam o

ambiente coletivo no município de Iretama, e chegado ao consenso de meio ambiente que

a comunidade deseja o fórum da Agenda 21 escolar ateve-se a elaborar ações que visem

reverter o quadro detectado e levar o ambiente do município à situação desejada.

Eixo Temático: Cidades Sustentáveis

• Realizar trabalhos orientado a população e alunos na escola à através da

adubação orgânica, realizarem o aproveitamento de folhas e outros restos

orgânicos; e implantar na escola coleta dos resíduos sólidos recicláveis.

• Contatar as autoridades locais, solicitando a coleta de lixo com maior

freqüência nos pontos do município que isso não vem ocorrendo e implantar

coleta aonde não tem.

• Implantar no município a coleta seletiva do lixo (já consta em projeto através

da prefeitura municipal) e incentivar a instalação de um posto para a

separação do mesmo.

• Repassar às autoridades locais o resultado do diagnóstico para que o

mesmo solucione o problema da água tratada nos distritos, através do

conserto de bombas e construção de poços artesianos.

• Realizar palestras visando conscientizar à população quanto à importância

da água e com economizar esse recurso tão precioso à vida humana.

• Incentivar a instalação de cisternas para captação de água da chuva para

lavagem de calçadas, descargas em sanitários e regar plantas.

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• Levar os agentes de saúde e professores na escola a orientar quanto ao

destino do lixo, não jogando lixo nas ruas e terrenos baldios, e orientar à

população para no dia da coleta do lixo, colocá-lo em locais altos, para que

animais não o alcance.

• Solicitar aos órgãos estaduais competentes maior fiscalização nos laticínios.

• Rever a legislação do município, estabelecendo multas para quem depositar

lixo em quintais e terrenos baldios, aumentar a equipe de vigilância sanitária

e intensificar a fiscalização com veiculo a disposição.

• Através da vigilância sanitária e órgãos ambientais, aumentar a fiscalização,

conscientização e se for o caso, punição.

• Implantar lixeiras na cidade e conscientizar a população para não

depredação do patrimônio público, pois existiam lixeiras na cidade e as

mesmas foram destruídas pro vândalos.

• Cobrar dos órgãos políticos seja municipal ou estadual, a implantação de

rede de esgoto no município.

• Maior fiscalização dos órgãos ambientais estaduais com relação à poluição

dos rios. Solicitar instalação de entreposto do IAP no município.

• Através da prefeitura, criar mecanismos que auxiliem as pessoas carentes a

realizarem a manutenção periódica de suas fossas, com a devida limpeza e

tampas para fossas abertas.

• Encontra-se em fase de desenvolvimento pela prefeitura, o plano de

gerenciamento de resíduos sólidos, tanto urbano quanto hospitalar, com

coleta seletiva e destino correto dos resíduos coletados, criação de uma

usina de compostagem para manutenção do viveiro municipal de mudas.

Eixo Temático: Agricultura Sustentável

• Realizar trabalhos de conscientização dos produtores com relação ao uso

de agrotóxicos na lavoura e da devolução das embalagens através de

palestras voltada aos alunos e comunidade de forma e geral e maior

fiscalização dos órgãos competentes.

• Realizar trabalho com alunos e famílias de agricultores visando esclarecer

os mesmo acerca da importância da conservação da vegetação ciliar em

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torno dos rios e nascentes, bem como zelar pela manutenção na qualidade

dos rios, não jogando lixo e nem outros resíduos ao longo do curso dos rios.

Cobrar maio eficácia dos órgãos ambientais que muitas vezes não atuam

como deveriam.

• Integrar igrejas, associações de produtores, escola entre outras instituições

com o objetivo de fornecer ao produtor maiores esclarecimentos, para que o

mesmo não incorra em erros acarretando os problemas ambientais já

mencionados anteriormente.

• Cobrar do poder executivo subsídios e verbas para construção de locais

apropriados para lavagem de equipamentos utilizados na aplicação de

agrotóxicos, destino do lixo e destino final de restos de animais mortos.

• Trabalhar com os alunos, projetos que incentivem a utilização da

agroecologia, como por exemplo, a horta escolar orgânica.

Eixo Temático: Gestão dos Recursos Naturais

• Cobrar maior fiscalização dos órgãos ambientais competentes (IAP/IBAMA),

e solicitar ao município a criação de uma guarda municipal ou instalação de

um posto da policia florestal no município.

• Realizar junto aos proprietários trabalhos de conscientização através de

folders e palestras visando coibir a prática da caça e desmatamento em

suas propriedades.

• Integrar órgãos técnicos como IAP/SEAB/EMATER e escola em um projeto

visando orientar os agricultores a construírem as curvas de nível

corretamente através de palestras explicativas, trabalhos de campo e outros

e incentivar a manutenção e implantação de áreas de cobertura vegetal

visando reduzir o impacto da chuva com o solo totalmente desnudo.

• Implementar amplo trabalho de conscientização visando reduzir a venda de

madeira ilegal, cobrar dos órgão competentes maior fiscalização e incentivar

a criação de áreas de reflorestamento como forma de preservação das

áreas florestais remanescentes e fonte de renda.

Eixo Temático: Segurança

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• Solicitar ao destacamento policial local maior número de rondas da zona

rural e urbana, enviar projeto ao governo estadual solicitando contratação de

mais policiais, bem como treinamento dos mesmos e aquisição de mais

viaturas.

• Elaborar plano de manejo e poda das árvores no perímetro urbano.

• Realizar levantamento dos pontos que necessitam instalação e manutenção

nas lâmpadas do sistema público de iluminação e cobrar dos órgãos

competentes.

• Elaborar plano de manejo para animais soltos perambulando pela cidade,

bem como local apropriado para destinar os mesmos.

• Reforçar a legislação existente com relação ao horário (23:00 hs) e volume

para som alto no período noturno, bem com a sua fiscalização pelos órgãos

competentes.

• Intensivar trabalhos de conscientização de alunos e comunidade em geral

com relação ao uso de drogas através de palestrar, teatros e campanhas em

geral, bem com a realização de mais rondas pela cidade visando reduzir o

uso de entorpecentes.

Eixo Temático: Infra-estrutura e Integração Regional

6Solicitar à prefeitura municipal maior conservação das estradas e pontes na

área rural.

7Intensivar trabalhos através dos órgãos competentes para que os proprietários

de terrenos com declive muito acentuado, tomem os cuidados necessários para

evitar o processo de carreamento do solo para os bueiros da galeria pluvial, e

se necessário aplicar sanções através do IPTU, os mesmo cuidados deverão

ser realizados com relação ao lixo, para que o mesmo seja destinado

corretamente, evitando assim, ir parar nos bueiros.

8Cobrar do órgão competente maior atuação sobre o problema da falta de

energia na zona rural.

9Elaborar projetos para captar recursos a fim de concertar calçadas e

providenciar pavimento para as ruas desprovidas do mesmo.

10Aumentar a rede de galeria pluvial e implantar rede de esgoto.

11Elaborar plano de manejo para arborização urbana, visando o plantio correto

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de espécies apropriadas para a área urbana do município.

Eixo Temático: Redução das Desigualdades Sociais

• Elaborar projeto utilizando o centro de produção do município e a casa

familiar rural, para realização de cursos de hortaliças, formação de granjas

em uma primeira etapa. Em uma segunda etapa realizar no shopping do

produtor cursos de culinária, garçom, atendimento, noções de administração

e artesanatos em geral. Assim desta forma, estará sendo propiciado ao

jovem do município, valorização de sua auto-estima, inclusão social,

aumento de renda. Em uma terceira etapa, o próprio shopping do produtor

estaria sendo transformado em um restaurante popular e centro de vendas

de artesanatos, dessa forma, a produção das novas hortas e granjas seria

comprada pelo restaurante popular, que serviria com centro de treinamento

para os alunos dos cursos de culinária, garçom, atendimento e ponto de

venda do artesanato dos alunos do curso.

• Cobrar do governo municipal maior eficiência e controle no atendimento

médio. Realizar parceria entre a escola e os Agentes Comunitários de Saúde

no sentido de realizar ações conjuntas como campanhas, palestras, visando

promover a melhoria nas condições de saúde da população do município.

• Promover parceria com o município para realizar um diagnostico da

quantidade de pessoas que necessitam de moradias, bem como campanhas

de conscientização para os beneficiários não abandonarem suas moradias

ou vende-las, bem como zelar pela manutenção da mesma.

• Realizar cadastramento das pessoas analfabetas no município e criar

formas de incentivo para que as mesmas freqüentem os cursos de

alfabetização já ofertados pelo município e estado.

As ações acima citadas foram elaboras pelo fórum construindo a Agenda 21

Escolar em suas reuniões. A presente agenda foi organizada de forma integrada entre os

quatro colégios estaduais do município de Iretama visando obter uma maior eficácia na

execução desta agenda, onde todas as ações serão realizadas de forma integrada.

10. Orçamento

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Itens Valor R$Confecção da Agenda 350,00Impressão da Agenda 50,00Confecção de 500 Camisetas para divulgação da Agenda

2.500,00

Confecção de 500 bonés para divulgação da Agenda 1.500,00Confecção de 2000 folders para divulgação da Agenda 1.300,00Total 5.700,00

O orçamento acima organizado refere-se apenas aos custos para confecção,

organização e divulgação da Agenda 21 Escolar, não abrangendo os custos a serem

gerados pela execução das ações propostas pela mesma. Tais custos envolvem um

trabalho mais abrangente para sua definição os quais serão realizados após a

organização do fórum permanente do Projeto Agenda 21 Escolar do Município de Iretama

em conjunto com suas parcerias.

11. Potenciais parcerias

A presente Agenda 21 para sua organização, construção e implementação, tem

como potencias parcerias vários órgãos, entidades e associações comunitárias, dentre as

quais destacamos:

0Prefeitura municipal e suas secretarias;

1Instituto Ambiental do Paraná – IAP;

2Secretaria de Agricultura e Abastecimento – SEAB;

3EMATER-PR;

4Associação Comercial;

5Associação dos Produtores Rurais;

6Rotary Club;

7Igrejas;

8Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão – FECILCAM;

9Secretaria de Estado da Educação – SEED-PR;

10Pastorais;

11Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA-PR.

12. Projeção para o futuro

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A presente Agenda 21 tem como projeção para o futuro a sua implementação

através de ações conjuntas entre as parcerias acima mencionadas, visando à melhoria

das condições ambientais e de vida da população. Esta Agenda 21 projeta-se para o

futuro como uma ferramenta, que se posta em pratica, será capaz de levar a comunidade

da situação real diagnosticada até a situação desejável.

13. Avaliação do Projeto

Como o Plano de Ação contribuirá para melhorar a compreensão sócioambiental dos envolvidos e orientar suas ações.Professores Os professores trabalharão a importância da Agenda 21

em sala de aula com os alunos e através de grupo de estudos aprofundarão seus conhecimentos sobre a questão.

Alunos Os alunos além dos trabalhos em sala conjuntamente com os professores, também participarão das tarefas práticas e trabalhos de campo necessários para a execução da Agenda.

Pais Os pais serão envolvidos nas ações junto com os filhos visando à construção coletiva dos novos valores que nortearão a sociedade a partir da implementação da agenda.

Funcionários da Escola Os funcionários, assim como os professores, equipe pedagógica, direção e demais parcerias serão membros ativos em todas as tarefas necessárias para a execução da agenda.

Comunidade Escolar A comunidade escolar como um todo além de participar da implementação da agenda, acompanhara a mudança de comportamento e a importância de ações que visem a melhoria das condições ambientais.

Como será a inserção da Agenda 21 Escolar no Projeto Político-Pedagógico da

escola?

A inserção desta Agenda 21 Escolar no Projeto Político-Pedagógico da

escola se dará com forma de projeto coletivo a ser desenvolvido permanentemente na

escola, implementando na prática escolar as ações propostas na agenda.

O plano contribuirá para melhorar a relação humana, Homem x Homem e Homem x

Natureza?

Sim, uma vez que entre os objetivos da presente agenda, encontra-se a

reconstrução dos valores éticos e morais que deveriam nortear as ações humanas, além

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de propor um modelo onde a relação homem x natureza se dará de forma harmoniosa e

equilibrada.

O conteúdo abordado contempla as DCEs?

Sim, a questão ambiental já se encontrava presente nos PCNs na forma de

eixo transversal, nas Diretrizes Curriculares também estão presentes conteúdos

abordados nesta agenda, como a relação homem x natureza, preservação e uso racional

dos recursos naturais, ética, entre outros.

O plano irá contribuir para melhorar o relacionamento e estimular parcerias da

escola com a comunidade? De que maneira isso irá acontecer?

Sim. O plano irá melhorar e estimular parcerias da escola com a

comunidade, pois para ser implementado, necessitará do bom entendimento entre

comunidade e escola. Isso acontecerá através das ações conjuntas que deverão ser

organizadas para a execução das tarefas propostas na agenda como solução para os

problemas da escola e do município.

Quais são os atuantes da comunidade escolar que estão presentes na Construção

da Agenda 21 Escolar? Qual a sua atuação?

( X ) Setor Público ( ) Setor Privado ( ) ONGs ( X ) Outros

O setor público está presente na construção da Agenda 21 Escolar através

da participação das diversas secretarias da Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores,

que terão papel muito importante nas parcerias a serem desenvolvidas para a

operacionalização desta Agenda 21 Escolar. Também destacamos a presença de outros

órgãos como associações de produtores e comercial do município que também terão

papel vital para a implementação da agenda.

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14. Avaliação Sistematizada pelos Coordenadores

Partindo do pressuposto de que a Agenda21 Escolar, prevê iniciativas e ações

voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população e que a participação de todos

os setores da sociedade, bem como das escolas é condição indispensável para a

construção da mesma. Nosso primeiro passo foi à convocação dos diretores das escolas:

Colégio Estadual José Sarmento Filho, Colégio Estadual Aníbal Khury, Colégio Estadual

Napoleão Batista Sobrinho e Escola Estadual de Marilu, onde repassamos o que

havíamos absorvido durante a semana em que estivemos em Campo Mourão.

Posteriormente foram convocados todos os professores dessas escolas para

uma reunião onde enfatizamos a importância e a necessidade da divulgação junto aos

alunos para a construção da mesma. O trabalho foi fatigante, pois como optamos por

construir a agenda conjuntamente e não excluir do processo as escolas que não haviam

enviado representantes ao curso de capacitação em Campo Mourão, tivemos que nos

deslocar para as escolas rurais para repassar as informações acerca da agenda, quando

na verdade fomos designados apenas para construir as agendas dos Colégios José

Sarmento Filho e Aníbal Khury, em um trabalho que seguramente ultrapassou às 40 horas

disponibilizadas em certificado para a construção da agenda.

Depois de esclarecida e muito discutida através de um questionário respondido

pelos alunos juntamente com seus familiares, foram diagnosticados os problemas de

ordem social, ambiental e econômico. As razões das escolas terem construído juntas as

agendas, deve-se ao fato de que a realidade é a mesma uma vez que Iretama tem uma

população considerada pequena. Outro passo importante dessa foi à realização dos

fóruns nos dias 16/19/21 de dezembro de 2005, onde convidamos quase todos os

segmentos da sociedade, onde novamente explicamos aos presentes o que é a agenda

21, quando e porque surgiu e os objetivos.

A grande dificuldade que encontramos para a realização da construção da

mesma é a falta de participação da sociedade tanto no fórum quanto nas reuniões, talvez

pelo fato das pessoas desconhecerem totalmente do que se trata a Agenda 21, por ser

esse assunto pouco ou quase nada divulgado pelos meios de comunicação. Tais

considerações levam-nos a concluir que atingimos nossos objetivos parcialmente, uma

vez que a nossa intenção inicial, era a de mobilizar, mas intensamente a sociedade de

modo geral, no entanto, por outro lado, foi intensamente gratificante a participação

daqueles que entenderam a importância desta tarefa, e que contribuíram de forma

significativa nos fóruns para a construção da presente Agenda 21 Escolar. Agora, com a

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agenda construída, restam os trabalhos de operacionalização e execução das ações

propostas pelo fórum Construindo a Agenda 21 Escolar, trabalho este que com certeza

será muito mais árduo do que o trabalho de construção da mesma.

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Referências

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ALMEIDA, J. P. de. A extinção do arco-íris: ecologia e história. São Paulo: Papirus, 1998.

BARBIERI, J. C. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. Petrópolis: Vozes, 2003.

COSTA, F. R. O desmatamento da mata atlântica no Estado do Paraná. In: Revista da I Semana de Iniciação Cientifica da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão. Campo Mourão: Fecilcam, 2000, p.313-322.

DALMAS, Ângelo. Planejamento Participativo na Escola: Elaboração, Acompanhamento e Avaliação. Petrópolis: Vozes, 1994.

FACINI, F. A agricultura familiar no contexto da organização do espaço agrário de Iretama (monografia de pós-graduação). Campo Mourão: FECILCAM, 2006.

GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. São Paulo: Papirus, 1995.

GUIMARÃES, M. A formação de educadores ambientais. São Paulo: Papirus, 2004.

IPARDES. Índice de desenvolvimento humano municipal – IDH-M 2000: anotações sobre o desempenho do Paraná. Curitiba: IPARDES, 2003.

LEINZ, V.; AMARAL, S. E. do. Geologia Geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998.

MAACK, R. Geografia física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.

NUNES. A. M. G. Relatório educação para Agenda 21. Iretama: Prefeitura Municipal. 2006.

PAULA, Z. C. O campo da vida o campo da morte: uma leitura da agricultura no município de Maringá na década de 80. In: Revista de história regional. Ponta Grossa: UEPG, 1998. p.139-156.

PONTING, C. Uma história verde do mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

Prefeitura Municipal de Iretama – Setor Rodoviário. Relatório transporte escolar e saúde. Iretama: Prefeitura Municipal. 2006.

PULIDO, A. C. Relatório de andamento de aquisição de habitação. Iretama: Prefeitura Municipal. 2006.

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SIQUEIRA, E. W. Relatório de gestão e avaliação dos dados epidemiológicos de janeiro a setembro/2005. Iretama: Prefeitura Municipal. 2006.

TRIGUEIRO, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

URBANSKI, S. A. M. O processo de colonização no município de Iretama, Paraná (monografia de pós-graduação). Campo Mourão: FECILCAM, 2004.

Anexo III - PROJETO FESTA JUNINA

Objetivos Gerais

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- Levar o aluno a valorizar e preservar os diferentes modos de viver

característicos desta ou daquela região.

- Aceitar o “diferente” e as “diferenças” que muitas vezes são barreiras para o

relacionamento interpessoal e para o convívio social.

0Trabalhar a pluralidade cultural, sugeridos nos parâmetros curriculares

Nacionais interdisciplinar.

Objetivos Específicos

- Conhecer as características das festas juninas;

- Admirar e respeitar o trabalho do homem do campo;

- Despertar o gosto pelas festas juninas como folclore brasileiro, ressaltando

seus aspectos, popular, social e religioso;

- Desenvolver a socialização do aluno;

- Garantir o desenvolvimento de capacidades como: observação,

estabelecimento de relações, comunicação, argumentação, etc.

- Lembrar os santos padroeiros homenageados nestas festas: Santo Antonio,

São João e São Pedro como homens que viveram honestamente e se tornaram santos.

Justificativa

Muitas vezes as tradicionais Festas Juninas são mostradas de forma caricata

ou totalmente desfigurada. Nas cidades principalmente nos grandes centros, a civilização

acaba transformando as pseudo-festas juninas em momentos de ridicularização dos

costumes do nosso povo.

A comemoração das tais festas, exige o exercícios da cidadania através de

ações concretas , coesas, solidárias e participativa, em benefício da melhoria da

qualidade de vida.

É necessário que sejam planejadas atividades que facilitem a compreensão do

aluno a respeito dos hábitos alimentares, dos modos de vestir, de falar de organizar o dia-

a-dia na região onde mora, comparativando à rotina das pessoas de outros lugares. Se

ainda temos em nosso país a figura do “caipira” e porque não temos saúde, trabalho e

escola para todos.

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As festas juninas oferecem um amplo espaço para a troca de informações e

experiências. A escola pode e deve aproveitá-las, para aproximar-se da realidade do

aluno e, em conseqüência, agir em benefício do seu desenvolvimento, veiculando os

conteúdos curriculares à programação, com aproveitamento pedagógico das atividades

desenvolvidas.

Encaminhamento Metodológico

Será dada atenção à metodologia a ser adotada na execução deste projeto, a

mesma deverá ser interdisciplinar, interativa com o desenvolvimento de valores e atitudes

que serão fundamentais para o aluno.

Dentre estes valores e atitudes, podemos destacar que ter iniciativa na busca

de informações, demonstrar responsabilidade, ter confiança em suas formas de pensar,

fundamentar suas idéias e argumentações, são essenciais para que o aluno possa

aprender, se comunicar e a interpretar a realidade e possa estar mais bem preparado

para a sua inserção no mundo do conhecimento no exercício da cidadania.

Neste projeto o aluno deverá ser capaz de definir o universo a ser pesquisado,

desenvolver pesquisa de campo, trabalhar em grupo, concluir com textos e encaminhá-los

para soluções de problemas da sua comunidade.

Avaliação

Neste projeto, a avaliação deverá assumir um caráter formativo, favorecedor do

progresso pessoal e da autonomia do aluno.

- Na participação efetiva em sala de aula e atividade extra-classe;

- Nos trabalhos em grupos;

- Nos trabalhos entregues como: cartazes, textos, poesias;

- Nos encaminhamentos de conclusões para resolução de problemas de nossa

comunidade;

- Apresentação dos trabalhos, paródias, teatros, desafios, etc.;

- Após a apresentação dos trabalhos, auto avaliação dos trabalhos grupais e

individuais pelas equipes, para que o grupo vencessem as barreiras encontradas.

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Atividades Desenvolvidas

- Utilização de diversos recursos para enriquecimento das informações como:

livros, revistas, internet, fita cassete, vídeos, mapas etc.

- Histórias, dramatizações, teatros, mostrando como o homem do campo ajuda

o homem da cidade.

- Leitura e interpretação de textos, canções juninas e quadrinhas.

Anexo IV – APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR

A Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Napoleão Batista Sobrinho-EFM,

apresenta um projeto educativo centrado no educando, agente principal da educação e

razão de ser da escola. Dessa forma a instituição escolar demonstra ter uma estrutura

flexível e dinâmica, permitindo novos métodos e técnicas de ensino, buscando o

aperfeiçoamento contínuo do processo pedagógico.

Educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer

o papel da história e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão

individual, como em relação à classe dos educandos, é essencial à prática pedagógica.

Construir o conceito de cidadania é formar uma pessoa que tenha certeza de

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seus direitos e deveres necessários a vida cidadã e ao respeito à ordem democrática

buscando justiça, igualdade e a felicidade para si e para todos.

Assim, pretendemos trabalhar formando cidadãos, através do conhecimento de

seus direitos e deveres e do saber elaborado, contribuindo dessa forma para a melhora

de toda a sociedade.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA :

Para a sistematização do ensino de Arte neste documento de diretrizes, que visa construir uma proposta de ensino para os alunos das escolas públicas do Paraná, considera-se necessária uma reflexão a respeito da dimensão histórica dessa disciplina. Sem a pretensão de esgotar as discussões sobre o assunto, que influenciam no desenvolvimento da mesma no âmbito escolar, bem como alguns artistas que se preocuparam com o conhecimento em Arte e instituições que foram sendo criadas para atender esse ensino. Conhecer essa organização, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no Paraná.

Durante o período Colonial, incluindo hoje é o Estado do Paraná ocorreu, nas vilas e reduções Jesuítas, a primeira forma registrada de Arte na educação. A Congregação Católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.

Essas tradições religiosas manifestam-se na cultura popular paranaense como por exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as cavalhadas em Guarapuava. A Folia de Reis no litoral e segundo planalto, a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações.

O direcionamento de políticas educacionais, centradas no atendimento à produção e ao mercado de trabalho tem sido uma constante na educação, quando o modo de produção determina as formas de organização curricular.

No entanto, o ensino da Arte passou por vários processos, tendo as diferentes concepções de arte, conhecimento, trabalho e expressão e sua relação com o ensino. Estudo das tendências pedagógicas – Escola Tradicional, Nova e Tecnicista – com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das Artes Visuais, da Música, da Dança e do Teatro. Tornando-se o ensino da Arte obrigatório. Com uma concepção centrada nas habilidades e técnicas, minimizando o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da Arte.

Durante o período de 2.003 a 2.006 são realizadas diversas ações que valorizam o ensino da Arte, dentre as quais, destacam-se o estabelecimento de uma carga horária mínima de duas aulas semanais de Artes durante todas as séries do Ensino Fundamental e duas a quatro aulas semanais distribuídas durante o Ensino Médio, a elaboração de Material didático e a criação de projetos integradores como o FERA – Festival de Arte da Rede Estudantil, o Com Ciência, entre outros.

Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico recente e na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns momentos, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Relacionar e comparar os elementos básicos da linguagem, suas intenções e valores nas manifestações artísticas e estéticas do passado e da atualidade, na sua própria cultura.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAArtes visuais:

- Imagem; - Suporte:tamanho, espaço, materiais; - Espacialidade: leitura de imagens bidimensionais (e em três dimensões no plano bidimensional) e leitura de imagens tridimensionais (volume real), compreendendo ponto, linha, figura, fundo e semelhança.

Linguagem da dança: - Movimentos;

- Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções, progressões.Linguagem da música:- Som;- Distribuição dos sons de maneira sucessiva;- Melodia: seqüência de som organizados;- Ritmo: seqüência de movimentos sonoros fortes ou fracos.Linguagem do teatro:- Personagem;- Expressão corporal: manifestação de personagem a partir das possibilidades

motoras e emotivas; - Caracterização da personagem com recursos.

• PRODUÇÕES/ MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICASArtes visuais:

- Imagens bidimensionais: desenho, pintura, gravura;Dança:- Composições coreógrafas: organização das seqüencias e relacionamentos em um

ritmo.Música:

- Composições musicais: organização e articulação de elementos tais como, melodia, harmonia e ritmo. Teatro:- Representação teatral indiretas (bonecos, objetos).

• ELEMENTOS CONTEXTUALIZADOES - Contextualização histórica: fatores sociais, econômicos, políticos e culturais na arte; - Autores e artistas: vida de artista e autores.

6ª SÉRIE:

• ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAArtes visuais:

- Imagem;

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- Texturas: tatil e gráfica;- Movimentos: ritmo e equilíbrio.

Dança: - Movimentos;

- Ações: saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair, gesticular.Música:

- Som;- Distribuição dos sons de maneira simultânea: harmonia;

Teatro:- Personagem;- Expressão gestual;- Espaço cênico;

- Cenografia: no palco, elementos do teatro de natureza visual.

• ELEMENTOS CONTEXTUALIZADOERES- Gêneros: organização e classificação das obras;- Estilos: reconhecimento da maneira peculiar de se expressar do artista;- Espaço cênico;

7ª SÉRIE:

• ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSITCASArtes visuais:- Imagem;- Sombra: intensidades:- Decomposição da luz branca.

Dança:- Movimentos;- Dinâmicas e ritmo: peso, espaço, tempo, fluência.- Som;- Intensidade: dinâmica;- Duração: pulsação/ritmo;- Altura: grave;- Altura: altura/agudo;- Composições musicais;- Timbre: fonte sonora/instrumentação;

Teatro:- Personagem;- Expressão vocal: manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem por

som vocais;- Espaço cênico;- Iluminação: cria a atmosfera de cena;

- Sonoplastia: ambienta, conduz e compõe o sentido da ação;

• PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICASArtes visuais:

- Imagens tridimensionais.Dança:

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- Improvisações coreógrafas: movimentos organizados.Música:

- Improvisações musicais: livre criação.Teatro:

- Improvisações cênica: construção de cena.

• ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES -Técnicas: processos e maneiras de uso da matéria prima da linguagem. -Correntes artísticas: Grupo de artistas que comungam de um conjunto de idéias que constituem uma tendência e caracterização um período.

8ª SÉRIE:

• ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICASArtes visuais:- Luz;- Cor: pigmento;

- Percepção da cor: tons e matrizesDança:- Relacionamentos: proximidade, afastamento, superposição.Música:- Estruturas musicais;- Linguagem/forma musical: organização e articulação;- Densidade: quantidade de sons que se houve simultaneamente. Teatro:- Personagem;- Expressão facial: manifestação do personagem por meio do semblante;- Ação cênica;- Enredo: histórias já existentes, ou criadas pelo aluno/ator para serem encenadas

por meio de falas, gestos ou mímica;- Roteiro: organização das ações em forma de cenas; - Texto dramático: obra da dramaturgia, criada para a encenação.

• PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICASArtes visuais:- Imagens virtuais: cinema, televisão, computação gráfica, vídeo arte;Dança:

− Improvisações coreógrafas em um ritmo.Música:

− Interpretações musicais: Execução de uma composição musical, por meio da voz e/ou instrumento musica.

Teatro:− Dramatização: organização de um tema para representação teatral.

• ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES - Relações identitárias locais, regionais, globais: partir do conhecimento prévio do

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aluno sobre produções/manifestações artísticas de sua realidade com realidades distantes.

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1. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Na Educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida nestas diretrizes como a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.

A partir das concepções da Arte e do seu ensino já abordados, estas diretrizes consideram alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina:

• O conhecimento estético;• O conhecimento artístico• O conhecimento contextualizado.A articulação dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado, aliados

ã práxis no ensino de Arte, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e possíveis relações entre elementos constitutivos. Os conteúdos são selecionados a partir de uma análise histórica, com base num projeto de sociedade que visa a superação das desigualdades e injustiças, vindo a constituir-se em uma abordagem fundamental para a compreensão desta disciplina.

Em Arte, a prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança, a música e o teatro; tendo uma organização semelhante entre níveis e modalidades da educação básica adotando como referência as relações estabelecidas entre a arte e a sociedade.

Não deixando de levar em conta os portadores de necessidades especiais, através de um planejamento flexível de acordo com a necessidade especial específica de cada aluno incluso no Ensino Fundamental.

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2. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A Avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em Arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.

Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências quanto conceituais, pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

Diante dessa forma de pensamento, a avaliação será aplicada em consonância com a metodologia da escola, avaliando-se o contexto filosófico do educando e também utilizando de suas experiências e desenvolvendo a dinâmica criativa e original, valorizando as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula e constituirá da observação da atuação do educando, respeitando e compreendendo seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais, bem como seu direito de criação e comunicação social.

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6. BIBLIOGRAFIA:

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MARTINS, Alberto. Goeldi. São Paulo, 1995.

AZEVEDO, Heloiza de Aquinop.Aprendendo com Arte,S.P. Árvore do Saber. 2005.

VALADEREZ, Solange.Arte no Cotidiano escolar . Célia Diniz.

BARBOSA, Ana Mãe. A imagem no ensino da Arte. S.P. Perspectiva, 1991.

AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. S.P. Ática, 1997.

Lendas e mitos do Folclore Brasileiro: Região Nordeste. S.P. Rídeel, 1991.

Grandes Gênios Da Pintura.História Geral da Arte. Madri: Delta Image, 1996.

CURRÍCULO BÁSICO PARANÁ: Secretária Estadual de Educação, 1992.

ALAMBERt, Francisco. A semana de 22, a aventura modernista no Brasil. S.P.: Scipione,1992.

MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. S.P. FTD, 1998.

REZENDE E FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. S.P.: Cortez,2002.

PROENÇA, Graça. História da Arte São Paulo:Ática, 1991.

CANDÉ, Roland de História Universal da Música. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

RAFFA Ivete. Fazendo Arte com os mestres.S.P. : Editora Escolar, 2006.

STABILLE, Rosa Maria. A Expressão artística na Pré-escola. SP. FTD, 1989.

LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré-escola e alfabetização. Petrópolis RJ. Vozes, 2002.

FERRAZ, Maria heloisa Corrêa de Toledo , Arte.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. RJ. Campus, 1983.

APOSTILA DO CEPPEB, Centro de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão Bagozzi.

CHUAUÍ, Marilena, Convite à Filosofia SP. Ática, 2003.PPP – Projeto Político pedagógico – Diretrizes Curriculares de Artes/ Arte. Julho/ 2006.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

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Ciência e um conjunto organizado de conhecimentos,relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio. Essa é uma definição amplamente difundida que traz como conseqüência, uma grande polêmica sobre o que deve e o que não deve ser considerado ciências.

A polêmica se justifica devido ao fato de a ciência ter proporcionado grandes alterações na sociedade, tanto no modo de pensar como de agir sobre o mundo, modificando-o dessas modificações sobreveio o progresso que, mesmo não sendo isento de conseqüências perigosas para o planeta, trouxe mais conforto, alimento e saúde para grande parte da humanidade.

Em qualquer ciência, as observações e os experimentos devem ser sempre relatados de modo possam ser repetidos e verificados, antes de serem incorporados ao conjunto de conhecimentos. As grandes descobertas da ciência não consistem na adição de novos fatos, mas na percepção de novas relações entre eles. De onde se deduz que é impossível pensar na observação sem um conhecimento histórico. Um mesmo fato pode dar origem a observações diferentes e pode ser explicado de maneiras distintas, seja pela mesma pessoa, ao longo do tempo, ou por pessoas diferentes. A ciência é uma produção humana, resultado de um trabalho coletivo, passível de erros e acertos, construídos historicamente e compartilhados por grupos ao longo do tempo. O sucesso ou fracasso de idéias cientificas não dependem apenas do objeto de investigação, dos métodos utilizados nas pesquisas e dos resultados obtidos. O sucesso e o fracasso das diferentes teorias científicas estão associados a seu momento histórico.

É preciso delinear um caminho para que o processo educativo dê conta do desafio que se apresenta.

Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo produzido pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, e o cotidiano, entendido aqui, como os problemas reais, socialmente importantes, enfim, a prática social.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

• Identificar relações entre o conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e sua evolução histórica;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

• Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva;

• Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

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• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Corpo humano e saúde;• Ambiente;• Matéria e Energia;• Tecnologia;

• CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:− Alimentação e saúde;− Hábitos de higiene;− Sexualidade;− Os seres vivos e o ambiente;− Características básicas dos seres vivos;− Inter-relação entre os seres vivos e o ambiente;− Água no ecossistema;− Ar no ecossistema;− Solo no ecossistema;− Cadeia alimentar;− Teia alimentar;− Relações de inter-dependência;− Estrutura da Terra;− Movimentos da terra e suas conseqüências;− Sistema solar;− Estrelas, constelações e orientações;− Satélites;− Projeto afro-descendentes;− Agenda 21.

6ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Corpo Humano e Saúde;• Ambiente;• Matéria e energia;• Tecnologia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Níveis de organização dos seres vivos;− Organização celular;− Doenças causadas por animais;− Doenças causadas por microrganismos;− Intoxicação causadas por plantas tóxicas;− Higiene e saúde;

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− Classificação dos seres vivos;− Os cinco reinos dos seres vivos;− Os ecossistemas;− Fluxo de energia;− Ciclos biogeoquímicos;− Fotossíntese;− Vacinas;− Biotecnologia da utilização industrial de microrganismos e vegetais;− Radiação solar;− Projeto afro-descendente;− Agenda 21.

7ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Corpo humano e saúde;• Matéria e energia;• Ambiente;Tecnologia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Organização celular;− Tecidos;− Tipos e funções dos alimentos;− Sistemas: digestório, respiratório, circulatório, urinário, nervoso, endócrino e

reprodutor;− Doenças sexualmente transmissíveis;− Higiene e saúde;− Caracteres hereditários;− Equilíbrio e conservação da natureza;− Produção de alimentos;− Interação dos seres vivos com o ambiente;− Energia na célula;− Armazenamento de energia;− Tipos e funções dos nutrientes;− Respiração celular;− Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências;− Reprodução in vítreo;− Inseminação artificial;− Diagnóstico e tratamento das doenças;− Manipulação genética;− Projeto afro-descendente;− Agenda 21;

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8ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Corpo Humano e saúde;Ambiente;Matéria e energia;• Tecnologia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

− Prevenção ao uso de drogas;− Sexualidade humana e saúde;− Higiene corporal e dos alimentos;− Superaquecimento global;− Efeito estufa;− Buraco na camada de ozônio e seus efeitos;− Propriedades gerais da matéria;− Propriedades físicas e químicas;− Funções e reações químicas;− Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;− Velocidade média e aceleração;− Inércia;− Resistência do ar;− Força de atrito;− Aerodinâmica;− Relação entre força, massa e aceleração;− Eletricidade e magnetismo;− Equipamentos de segurança nos meios de transporte;− Medidas de prevenção de acidentes;− Instrumentos construídos pelo homem e suas aplicações na química e na física.− Projeto afro-descendente;− Agenda 21.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Os conteúdos de ciências serão trabalhados numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva critica e histórica, considerando a articulação entre os conhecimentos químicos, físicos e biológicos.

Deverão ser estabelecidas relações entre os diversos conteúdos específicos, superando a abordagem tradicional, estabelecendo relações, integrando e contextualizando os conteúdos de uma mesma série e destas com as outras áreas do Ensino Fundamental. O professor deverá promover a reflexão sobre situações-problema que permitam a elaboração de uma conclusão pessoal, com base no conhecimento prévio.

O tratamento dos conteúdos específicos, serão efetivados por meio de uma metodologia que problematize a pratica social do sujeito e selecione um problema relevante. A relevância do problema escolhido se refere a sua amplitude, ou seja, ele não pode ser escolhido aleatoriamente ou representar o interesse de um ou outro sujeito, mas sim ser de interesse coletivo.

Essa metodologia é válida também para os portadores de necessidades especiais, pois em qualquer situação é fundamental que se tenha em mente, que se trata de um indivíduo social, historicamente situado, com interesses e necessidades relativas à sua faixa etária e que tem direitos e deveres, ainda que sejam relevantes suas diferenças no processo educacional, considerados para a maioria dos alunos.

Praticar uma educação para todos é atender à diversidade do aluno presente na escola, adotando um planejamento flexível que esteja ao alcance de todos. É importante que haja intervenções pedagógicas por meio de estratégias metodológicas individualizadas até a utilização de recursos e serviços especializados para a superação das dificuldades favorecendo a transformação da condição física e social.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e aprendizagem de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos e o planejamento das ações pedagógicas.

A coerência entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo do aluno.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, a medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam e argumentam defendendo o seu ponto de vista. O professor pode interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação e reestruturar o processo educativo. Essa reestruturação se dará com base em uma auto-avaliação, que orientará a continuidade da prática pedagógica ou o seu redirecionamento, fazendo recuperação paralela, realizando intervenções coerentes com os objetivos do ensino de ciências.

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6. BIBLIOGRAFIA:

CAMPOS, Maria Cristina Cunha & Nigro, Rogério Gonçalves. Didática das Ciências – O Ensino Aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999.

Avaliação, Sociedade e escola: Fundamentos para Reflexão. 2ª ed. Curitiba: SEED, 1986.

Diretrizes Curriculares de Ciências para o ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

Projeto Político Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

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O trabalho com Educação Física no Ensino Fundamental deverá contemplar uma ampliação da visão sobre a cultura corporal do movimento, e assim, viabilizará a autonomia para o desenvolvimento de uma prática pessoal e capacidade para interferir na sociedade, seja na manutenção ou na construção de espaços de participação em atividades culturais, como jogos, ginástica, danças e teatros com finalidade de lazer e como expressão de sentimentos, afetos e emoções.

A Educação Física tem um papel social que dever promover a integração e a inserção no grupo; representar uma via de acesso para a valorização e apreciação da cultura corporal; mostrar a relação entre a cultura corporal e o exercício de cidadania; validar e instrumentalizar a lazer resgatando o prazer enquanto aspecto fundamental pra a saúde e melhoria da qualidade de vida; promover por meio de conhecimento sobre o corpo, a formação de hábitos de auto-cuidado; e também criar condições para que os conhecimentos construídos possibilitem uma análise critica dos valores sociais.

Cabe a Educação Física como área de estudo fundamental buscar a compreensão e entendimento do ser humano, enquanto produtor de cultura, aqui entendida como produto da sociedade e como processo dinâmico que vai constituindo e transformando a coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os e transcedendo-os.

As competências propostas giram em torno do auto-conhecimento e auto-cuidado, assim como do desenvolvimento da consciência sanitária em sua dimensão coletiva. O desenvolvimento de um comportamento autônomo depende de suportes materiais, intelectuais e emocionais.

Para a conquista da autonomia é preciso considerar tanto o trabalho individual como o coletivo cooperativo. O individual é potencializado pelas exigências feitas aos alunos nos sentido de se responsabilizaram por suas tarefas, pela organização, pelo envolvimento com o tema do estudo.

Portanto, a Educação Física aponta para uma valorização dos procedimentos sem restringi-los ao universo das habilidades motoras e dos fundamentos dos esportes, incluindo procedimentos de organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento entre outros. Aos conteúdos conceituais de regras táticas e alguns dados históricos atuais de modalidades somam-se reflexões sobre os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência entre outros.

E, finalmente, os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objeto de ensino e aprendizagem e propostas como vivencias concretas pelo aluno, o que viabiliza a construção de uma postura de responsabilidade perante si e os outros.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.

• Refletir sobre as informações especificas da cultura corporal, sendo capaz de discernir-las e reintegra-las em bases cientificas, adotando uma postura autônoma na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.

• Assumir um postura ativa na pratica das atividades físicas e consciente da importância delas na vida do cidadão.

• Desenvolver as noções conceituais de esforço intensidade e freqüência, aplicando-as em suas praticas corporais.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• EXPRESSIVIDADE CORPORAL;- Manifestações esportivas:- Histórico da modalidade;- Princípios básicos dos esportes;- Elementos básicos constitutivos dos esportes.

• MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO;- Dança como possibilidade de manifestação corporal;- Desenvolvimento de formas corporais rítmico expressivos;- Expressão corporal sem materiais;- Mímica, imitação e representação.

• MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS;- Origem da ginástica artística e suas mudanças no tempo;- Pratica de ginástica artística;- Brincadeiras, brinquedos e jogos;- Brinquedos e brincadeiras tradicionais;- Jogos e brincadeiras com e sem materiais.

• ELEMENTOS ARTICULADORES;- Desenvolvimento Corporal e construção da saúde;- Noções de higiene e saúde.

6ª SÉRIE:

• EXPRESSIVIDADE CORPORAL;- Manifestações esportivas;- Princípios básicos dos esportes;- Elementos básicos constitutivos dos esportes;- O sentido da competição esportiva.

• MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO- CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO;- Por que dançamos?- Desenvolvimento de formas corporais rítmico expressivas;- Mímica;- Hip-hop.

• MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS;- Praticas de ginástica artística;- Malabares e acrobacias.

• BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS;- Brinquedos e brincadeiras tradicionais;- Jogos e brincadeiras com e sem materiais.

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• ELEMENTOS ARTICULADORES;- Desenvolvimento corporal e construção da saúde;- Meio ambiente (Qualidade de vida);- O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas.

7ª SÉRIE:

• EXPRESSIVIDADE CORPORAL;- Os esportes com fenômeno de massa;- Regras dos esportes;- Elementos básicos constitutivos dos esportes;- O sentido da competição esportiva.

• MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO- CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO;- Representação de peças teatrais simples;- Desenvolvimento de formas corporais rítmico expressivas.

• MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS;- Praticas de ginástica artística.

• BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS;- A construção coletiva de jogos e brincadeiras.

• ELEMENTOS ARTICULADORES;- O corpo que brinca e aprende;- Teste de condição física;- Freqüência cardíaca;- Desenvolvimento corporal e construção de saúde.

8ª SÉRIE:

• MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS;- Elementos básicos constitutivos dos esportes;- Possibilidades dos esportes com atividade corporal;- Esportes como fenômeno de massa;- O sentido da competição esportiva;- Regras dos esportes.

• MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO;- Danças tradicionais e folclóricas;- Ritmos da cultura afro-brasileira;- Representações de peças teatrais simples.

• MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS;- Praticas de ginástica aeróbica;- Ritmos da cultura afro-brasileira;- Origem da ginástica aeróbica e suas mudanças no tempo.

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• ELEMENTOS ARTICULADORES;- Desenvolvimento corporal e construção da saúde;- Drogas e atividades físicas;- Noções de primeiros socorros;- A relação do corpo com o mundo do trabalho.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Ao propor o encaminhamento metodológico, pensando na noção de corporalidade, deve-se primeiramente superior a tradicional forma de compreender a intervenção da Educação Física,reduzida a mera aprendizagem técnica e a instrumentalização do corpo.

Assim, a corporalidade, como concepção orientadora da Educação Física no Ensino Fundamental, deve, por meio das práticas corporais,ir além da dimensão motriz, levando-se em conta a multiplicidade de experiências manifestadas pelo corpo, as quais podem ser de alegria, raiva, dor, violência, preconceito,sexualidade, dentre outros. É válido ressaltar, grande importância que esta* têm para o corpo e são historicamente produzidas. É importante quanto aos aspectos metodológicos da disciplina que o professor de Educação Física compreenda-se como um intelectual responsável pela organização e sistematização de praticas corporais que possibilitam a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas.

O trabalho como conteúdos propostos em Educação Física devem buscar a totalidade das manifestações corporais e sua potencialidade formativa, as quais transformarão o espaço pedagógico num ambiente de aprendizagem significativa.

Para que isso ocorra é de fundamental importância identificar os elementos centrais que compõem o cotidiano dos alunos para compreender como se constrói determinadas formas de identidade corporal e assim desenvolver um trabalho que possa respeitar as individualidades de cada aluno.

Destacar-se assim, nos trabalhos propostos na disciplina, que este deve-se iniciar de forma simples, estimulada a criatividade do aluno, bem como, propondo atividade que firme valores e sentidos, que ampliem as possibilidades formativas, evitando formas e disciplinas,segregação e competição exacerbada.

Deve-se levar em conta primeiramente que os conteúdos da disciplina de Educação Física deve ser apresentados aos alunos problematizados, buscando melhores maneiras de escutar as propostas de trabalho a serem desenvolvidos, no decorrer das atividades observando a apreensão do conhecimento, notando-se as diferentes manifestações advindas da pratica corporal dado, a importância do contato corporal, no respeito mutuo ou do respeito com aqueles que de alguma forma não conseguem realizar o que é proposto, dessa forma, faz com que professor e aluno realizem uma reflexão sobre a prática executada, permitindo a troca de experiências destacando pontos positivos e negativos.Essa singularidade deve oportunizar ao professor um maior conhecimento sobre os alunos que, ao interagirem entre si conhecem outras culturas.

Portanto, a metodologia a ser utilizada na Educação Física devem também oportunizar aos alunos inclusos, idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais.Com isso alcançando-se a igualdade de oportunidades e condições semelhantes a todos.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA DISCIPLINA:

O processo de avaliação na disciplina deverá ser formativa em comparação a avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas de diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.Sendo assim, será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações corporais,

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evidenciadas nas formas de ginásticas, esporte, jogos, danças, teatros, possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

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6. BIBLIOGRAFIA:

BRASIL, Ministério da Educação.Diretrizes operacionais para a educação básica

nas escolas do campo.Brasília:MEC/secretária de inclusão educacional.2002.

CARLINI, Alda Luiza. A educação e a corporalidade do educando. Discorpo. São

Paulo, N.04, P.41-60,1995.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a historia que não se

conta.2.ed.Campinas:papirus,1991.

FARIA, Ana Lucia Goulart de ; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri; PRADO,

Patrícia Dias(Org.).Por uma cultura da infância:Metodologias de pesquisas com crianças.

Campinas:Autores associados,2002.

MARX, K.O capital : Critica de economia política. 18 ed. Trad. Reginaldo

Sant’tanna. Rio de Janeiro :Civilização Brasileira,2001.

MEDINA, João P.S.O Brasileiro e seu corpo. 2 ed. Campinas: Papirus,1990.

- Diretrizes Curriculares Educação Física para o ensino fundamental. Curitiba.SEED,

2006.

- Projeto Político Pedagógico.

COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O Ensino Religioso juntou-se historicamente ao ensino do catolicismo que expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da República, a nova constituição separou o Estado da igreja e o ensino passou a ser laico.

Tal influencia pode ser constatada em todas as constituições do Brasil, nas

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quais o Ensino Religioso foi citado, expressando a representatividade hegemonicamente cristã no processo de definição dos preceitos legais.

No entanto, a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas catequéticas não corresponde mais ao sentido desta disciplina na escola. Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de um novo enfoque para o Ensino Religioso:

1º- É atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa;

2º- Diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da educação e da comunicação;

3º- Traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu ápice na celebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) “Deus está morto”. Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capaz de crer numa ordenação cósmica. Transcendente/Imanente, o que conduz a uma repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores.

A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX apresentava-se distante de uma explicação religiosa de mundo.

Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o sagrado.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a necessária superação dos tradicionais autos de religião, e a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnados.

Com o Ensino Religioso, pretende-se formar indivíduos críticos, sabedores da sua importância de homens num processo de transformação do mundo, capazes de analisar a realidade com tranqüilidade, objetividade e firmeza, utilizando linguagens diversas, criando condições para que os educandos expressem suas opiniões e contribuam com a sua criatividade, pois o mundo precisa de que o homem viva suas religiões e, que possam compartilhar este mundo com as pessoas de diversas crenças e credos, e que estes homens, através da sua fé consiga amenizar situações desarmônicas, respeitando-se profundamente e trabalhando para o bem estar de todos.

2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural e faz parte do processo civilizador da humanidade;

• Identificar a diversidade religiosa presente sócio-cultural, analisando os fenômenos religiosos, com um dado da cultura, desenvolvendo o diálogo, tolerância e o respeito as diferenças de crédulo e raças;

• Ampliar a compreensão de mundo e favorecer o respeito para com todas, as etnias, as religiões e filosofias de vida;

• Abrir horizontes para a cultura e os conhecimentos, e que os mesmos tenham seu dia-a-dia a vivência do Transcendente;

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• Desenvolver atitudes conscientes, de um ser conhecedor do meio onde vive, crítico e apto a promover as mudanças na sociedade, não importando a crença que professam, mas que estejam a favor do bem comum, a justiça, a paz, a amizade e a fraternidade.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• PAISAGENS RELIGIOSAS;- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc;- Lugares construídos: Templos, cidades sagradas, etc.

• TEXTOS SAGRADOS;- Literatura oral e escrita (contos, narrativos, poemas, jogral, etc.);- Organizações Religiosas.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa;- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;- Direito à liberdade de reunião e associação pacífica;- Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.

6ª SÉRIE:

• SÍMBOLOS;- Ritos;- Rituais;- Símbolos religiosos;- Tradição;- Tradição religiosa;- Transcendente;- Festas Religiosas;- Vida e Morte.

• TEXTOS SAGRADOS;- Textos escritos (escrituras sagradas ou livro sagrados);- Textos pictóricos (desenhos, pinturas), esculturas, construções arquitetônicas,

dança, música, etc.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;- Afro-descendente;- Consciência negra;- Resgate da cultura;- Os disfarces do racismo;- É preciso superar o racismo.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo educador poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando universo cultural dos educandos.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidos ou pouco conhecidas dos educandos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade.

Elas serão objeto de estudos ao final de cada conteúdo tratado, de modo que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações já conhecidas e ou praticadas pelos educandos e ou na comunidade. Convém, destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de prosetilismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

Para corresponder a esse propósito, a linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagogia e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado, adequado ao universo escolar.

Esta é uma das formas de respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa do educando, ou seja, as reflexões e análise se darão por meio do tratamento dos conteúdos, destacando-se os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-cultural, ou seja, o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.

A história da Educação especial esta relacionado á mudança na concepção das pessoas com deficiência, que passam ser vistas como cidadãs, com direitos e deveres de participação social, embora persista a ótica assistencial e caritativa, e o víeis da medicalização em sua educação. Foi no Brasil, as primeiras ações, de atenção á deficiência de caráter público, motivadas, em resumo por dois fatores: a mobilização social e os movimentos sócio-econômico mundiais.

Essa forma abre-se a perspectiva da intervenção educacional como favorecedora na transformação do condição, até então imutável, física e intelectual das pessoas com algum tipo de deficiência.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

O Ensino Religioso é uma disciplina facultativa, sendo assim, o educando não será avaliado através de conceitos quantitativos, mas através de observações na mudança de comportamento, atitudes, responsabilidades, diante de seus colegas de curso e dos educadores da escola.

Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso.

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que irá desenvolver posteriormente.

Nessa perspectiva, o professor de Ensino Religioso terá também, a partir do processo avaliativo dos alunos, indicativos importantes para realizar a sua auto-avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado, tendo como referência este documento de diretrizes.

Em relação à inclusão o educando será observado na questão do reconhecimento de sua aprendizagem, promovendo sua integração no meio que vive.

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6. BIBLIOGRAFIA:

FONTES, Martins. Tratado de História das religiões. 2ª edição.São Paulo.

Ensino Religioso no Brasil.Curitiba: Champagnat, 2004.

Religiões- Cisalpiano, Murilo. Editora Scipione.

Assintec - Proposta Pedagógica para o Ensino Religioso.

A educação especial na sociedade moderna: Bueno, Jose Geraldo.

Projeto Político Pedagógico.

Inclusão escolar e suas implicações: Fauon, Jose Raimundo, IBPEX, 2005.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso do Ensino Fundamental – Curitiba SEED 2006.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A trajetória da Geografia enquanto ciência passou por profundas transformações e seu objeto de estudo alterou-se durante os transcorrer da história dessa ciência. Moraes (1998, p. 13) abre seu livro questionando o que é Geografia? Para Moraes, alguns autores definem a Geografia como o estudo da superfície terrestre, outros definem como o estudo da paisagem, para outros uma ciência de síntese. Moraes (1998, p. 14) argumentando sobre a obra de Kant, nos destaca ainda que:

Para este autor, haveria duas classes de ciências, as especulativas, apoiadas na razão, e as empíricas, apoiadas nas observações e nas sensações. Ao nível das segundas, haveria duas disciplinas de síntese, a Antropologia, síntese dos conhecimentos relativos ao homem, e a Geografia, síntese dos conhecimentos sobre a natureza.

Várias outras concepções foram elaboradas como definições para o objeto de estudo da Geografia, podendo-se destacar, a Geografia como estudo da individualidade dos lugares, a Geografia como estudo da diferenciação das áreas, a Geografia como estudo do espaço, até que segundo Moraes (1998, p. 18) “finalmente, alguns autores definem a Geografia como o estudo das relações entre o homem e o meio, ou posto de outra forma, entre a sociedade e a natureza”.

A Geografia como ciência e como conteúdo escolar tem uma história muito recente, porém, ao correr de sua história, passou por diversas transformações, e essas mudanças vão influenciar diretamente o ensino dessa ciência. No início do ensino de Geografia no Brasil, foi muito enfatizada a Escola Francesa, influenciada por Vidal de La Blache e seu Possibilismo. Essa ciência introduzida no Brasil por Dom Pedro II, pautava-se nos aspectos positivistas de uma ciência asséptica, como destaca Moraes (1998, p. 22):

Uma primeira manifestação dessa filiação positivista está na redução da realidade ao mundo dos sentidos, isto é, em circunscrever todo o trabalho cientifico ao domínio da aparência dos fenômenos. Assim, para o positivismo, os estudos devem restringir-se aos aspectos visíveis do real, mensuráveis, palpáveis. Como se os fenômenos se demonstrassem diretamente ao cientista, o qual seria mero observador.

Todo esse caráter eminentemente descritivo, do qual a Geografia tradicional estava carregada, conferiu a esta ciência enquanto disciplina escolar um aspecto maçante, simplório. A Geografia escolar era tida como uma disciplina decorativa, como nos destaca Lacoste (1988, p. 21) “todo mundo acredita que a geografia não passa de uma disciplina escolar e universitária, cuja função seria a de fornecer elementos de uma descrição do mundo...”.

Com as transformações ocorridas no pós-guerra, o desenvolvimento do capitalismo, o socialismo, a Guerra Fria, o acirramento das desigualdades sociais, as transformações do espaço agrário, as mudanças no mercado de trabalho, entre outros fatores; essa ciência tradicional passou a não conseguir explicar toda essa complexidade de interações/transformações. Nesse âmbito começa a nascer uma nova ciência geográfica, baseada nos postulados de Marx. Essa nova ciência foi denominada de

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Geografia Crítica. Segundo Gomes (2005, p. 223):

Os anos posteriores à guerra de 1939-1945 foram testemunhas de uma reação crítica em relação ao tempo glorioso das monografias regionais na geografia. Com efeito, desde o fim do séc. XIX até aproximadamente o quarto decênio do século seguinte, a conduta monográfica foi considerada como a mais adaptada para a geografia.

Dessa forma, o ensino de Geografia deverá basear-se nos postulados da Geografia Crítica. A disciplina de Geografia deve ser capaz de fazer o aluno compreender o espaço geográfico, resultante da interação entre natureza e sociedade, formar um cidadão capaz de entender que os fatos são construídos historicamente e que cada aluno deve ser sujeito ativo nessa história, capaz de diferenciar e trabalhar a grande quantidade de informações que temos acesso hoje.

Nesse novo contexto, a Geografia redefine-se como ciência social, onde o importante é pensar o estabelecimento de relações através da interdependência, da conexão de fenômenos, numa ligação entre o sujeito humano e os objetos de seus interesses, na qual a contextualização se faz necessária. De acordo com Cavalcanti (1998, p. 24):

De minha parte, tenho insistido na importância dos objetivos de ensino para a Geografia, referidos principalmente ao caráter da espacialidade de toda prática social. Entre o homem e o lugar existe uma dialética, um constante movimento se o espaço contribui para a formação do ser humano, este, por sua vez, com sua intervenção, com seus gestos, com seu trabalho, com suas atividades, transforma constantemente o espaço.

Nesse novo sentido, a Geografia deve fazer com que o aluno desenvolva a capacidade de aprender a fazer, aprender a ser; o aluno deverá ser capaz de exercer sua cidadania, onde os saberes dos alunos sejam demonstrados através de competências e valores necessários à melhoria de vida no país e no globo. O Ensino de Geografia deve fazer com que o aluno seja capaz de analisar o real, suas causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade.

Dessa forma, o ensino de Geografia deve proporcionar ao aluno ser capaz de compreender os fenômenos ligados ao espaço, bem como todas as suas interações; reconhecer as contradições e os conflitos econômicos, culturais e sociais que regem o ritmo de vida global/local como construções históricas, portanto possível de mudança, bem como descobrir que vive em uma escala local, regional, nacional e global.

2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania. Um indivíduo com uma visão de mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive. Podemos dizer que queremos formar indivíduos capazes de entender os fatos que acontecem no mundo, interpretá-los e de estabelecer relações não só entre fatos, mas deles com a realidade do local onde vive, ou seja, o espaço geográfico.

• Entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço

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geográfico, tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como parte integrante dele.

• Valorizar o conhecimento prévio do aluno para proporcionar o desenvolvimento dos conceitos fundamentais da Geografia, como paisagem, espaço, lugar e território, etc.

• Proporcionar ao aluno o domínio do vocabulário geográfico e utilizar diferentes linguagens, dentre elas, a cartográfica, dominar conceitos e explicações geográficas, afim de torná-lo capaz de posicionar-se diante de situações reais, transformando o estudo da geografia num exercício de cidadania.

• Compreender o processo de construção dos espaços geográficos brasileiros, tendo por base o seu desenvolvimento desde o período colonial; conhecer a tipologia dos espaços geográficos aqui conhecidos; compreender as contradições sócio-espaciais existentes no Brasil; conhecer a formação econômica do Brasil e compreender a regionalização brasileira.

• Estabelecer novas relações entre os temas tratados numa abordagem mais abstrata. Deve priorizar a análise do espaço geográfico mundial, estabelecendo comparações entre o Brasil e outros países de forma a contextualizar, sempre que pertinente, a realidade brasileira com a dinâmica mundial.

• Estimular o interesse pela dinâmica da produção do espaço mundial, fornecendo aos alunos o preparo para que possam acompanhá-la, assumindo postura crítica diante dos acontecimentos, posicionando-se com relação às questões ambientais, sociais, econômicas na atualidade.

• Enfatizar o estudo do espaço mundial, tendo em vista as grandes mudanças que estão ocorrendo como resultado dos processos de globalização e de regionalização, de um lado, e de fragmentação, de outro. O Brasil aparece muitas vezes na análise para permitir uma comparação do nosso país com outras realidades, porém a ênfase é o mundo.

• Entender os principais fenômenos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais, que acontecem no espaço geográfico mundial.

3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• GEOPOLÍTICA;− Recursos energéticos;− Biopirataria;− Meio Ambiente e desenvolvimento.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− Os movimentos da Terra no Universo da Terra e suas influências (Rotação e

Translação);− Localização;− O ambiente urbano e rural;− Sistema de energia;

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− Desmatamento.

• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− Estrutura etária;− Consumo e consumismo;− Meios de comunicação.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− O espaço geográfico e o espaço natural;− Os setores de economia;− O comércio ao longo da história.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;- Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais.- História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes.

6ª SÉRIE:

• GEOPOLÍTICA;− Recursos energéticos;− Meio ambiente e desenvolvimento;− Movimentos sociais;− Os três poderes paranaenses.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− Movimentos sócioambientais;− Rios e bacias hidrográficas;− Ocupação de áreas irregulares;− Desigualdade social e problemas ambientais;− Aspectos naturais do território brasileiro;− Aspectos físicos e locacionais do Paraná.

• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− O êxodo rural;− Urbanização e favelização;− Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço

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Geográfico;− História das migrações mundiais;− Movimentos sociais;− Estudo dos gêneros (masculino, feminino e outros);− A ocupação do território brasileiro.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− A colonização do território brasileiro; − A estruturação do espaço territorial brasileiro;− As regiões brasileiras;− Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;− Agroindústria;− Agricultura paranaense.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais;− História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes.

7ª SÉRIE:

• GEOPOLÍTICA;− Recursos energéticos;− Biopirataria;− Meio Ambiente e desenvolvimento Blocos econômicos;− Formação dos Estados Nacionais;− Globalização;− Desigualdade dos países: Norte x Sul;− Órgãos internacionais;− Neoliberalismo;− Estado, nação e território;− Terrorismo.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− As eras geológicas;− As rochas e minerais;− Aspectos físicos paranaenses.

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• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais;− A identidade nacional e processo de globalização;− População paranaense;− A cultura paranaense.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− Globalização;− Acordos e blocos econômicos;− Economia e desigualdade social;− Regionalização do Paraná.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais;− História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes.

8ª SÉRIE:

• GEOPOLÍTICA;− Guerra Fria;− Conflitos mundiais;− Políticas ambientais;− Órgãos internacionais;− Narcotráfico.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;− Circulação e poluição atmosférica;− Desmatamento;− Chuva ácida;− Buraco na camada de ozônio;− Efeito estufa (aquecimento global);− Desigualdade social e problemas ambientais.

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• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− Consumo e consumismo;− Meios de comunicação;− A identidade nacional e o processo de globalização;− A atividade terciária no Paraná.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− Sistema de produção industria;− Dependência tecnológica;− A industria paranaense.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais;− História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

De modo geral, os acontecimentos geográficos tornam se significativos para o educando, como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam sobre suas vivências e inserções geográficas. A metodologia aplicada será ampla e abrangente e dentro do contexto a ser trabalhado. Sendo que se deterá em trabalhar o ser por inteiro, levando ao desenvolvimento do conhecimento teórico, prático, mas também do humano e social.

O mesmo apresentará flexibilidade e buscará relacionar e conhecer as transformações através de atividades que propiciem o desenvolvimento da capacidade de formar conceitos, relacionar conhecimentos, pesquisar, analisar, comparar e contextualizar situações, sintetizar e tirar conclusões e novas experiências de conhecimentos adquiridos. No encaminhamento dos trabalhos serão realizados:

• Aula expositiva dialogada;• Leitura dirigida e informativa de textos;• Pesquisa, diálogo e intercâmbio de idéias;• Análise de textos complementares, imagens, figuras e músicas;• Explicações, seminários e debates;• Apresentação oral e escrita de temas;• Excursões (visitas e passeios) e palestras; • Construção de paródias, dramatizações;• Elaboração e interpretação de mapas;• Uso de filmes;• Discussão em grupos

Visando o pleno desenvolvimento das atividades acima descritas serão utilizados recursos, tais como: vídeos, músicas, aparelhos de som, retroprojetor, representação do globo terrestre, mapas, jornais, revistas, DVD, livros, internet, jogos, letras de músicas, entre outros.

Com relação à inclusão escolar, entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve proporcionar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. Nesse sentido, o ensino de Geografia deve buscar caminhos para instrumentalizar o aluno incluso de forma a propiciar a este as mesmas condições de leitura do espaço e do mundo que os demais alunos possuem.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação se caracteriza por um dos paradoxos mais complexos no processo

de ensino aprendizagem. Nesse sentido, educadores estão constantemente discutindo a melhor forma de avaliar, quais as maneiras mais corretas. De acordo com Argento:

A prática docente do processo ensino-aprendizagem está vinculada às inter-relações entre os sujeitos do processo. O homem constrói seu conhecimento fundamentado em suas relações com a natureza, com o espaço e com a sociedade. O conhecimento, então, passa a ter significado na vida humana, e o processo avaliativo se torna processual, dinâmico e formativo.

Segundo Dalmas: por meio da avaliação, descobre-se como o grupo está entre o que se propôs (objetivos) e a vivência (resultados obtidos). Dessa forma, a avaliação torna-se uma ferramenta importante para constatar se os resultados obtidos no processo de ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O processo de avaliação que será desenvolvido deve ser coerente com o que se está propondo para a metodologia de ensino. Sendo assim, se está propondo-se um ensino crítico, o processo de avaliação também deve-se basear-se nos postulados da Geografia Crítica.

Nessa nova concepção, avaliar torna-se mais do que verificar se o aluno memorizou o conteúdo, mas sim verificar se ele conseguiu apropriar-se do conteúdo interagindo entre a teoria a prática, ou seja, o seu cotidiano. Nesse sentido, seguindo a tendência da pedagogia Histórica Crítica, entra em ação a Catarse. Segundo Gasparim (2003, p.128):

A Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola.

Ainda sobre esse assunto, Wachowicz apud Gasparim (2002, p. 129) nos diz que a “a ‘Catarse é a verdadeira apropriação do saber por parte dos alunos’. Isso significa que o estudante não apenas aprendeu de cor a lição, mas constituiu para si uma nova visão da realidade”. Desta forma é necessário romper com a avaliação como forma de repressão e submissão por parte do aluno, esse fato acaba trazendo um sentido negativo para a prática avaliativa e estabelecendo uma relação de conflito como destaca Souza:

As relações de poder e subordinação, presentes na sociedade, reproduzem-se na forma como a escola se organiza e funciona. E dentre os aspectos específicos da vida da escola, em que se expressam relações autoritárias e hierárquicas, tem-se a avaliação. Os depoimentos tanto dos profissionais que atuam na escola como dos alunos apontam-na como uma ação unidirecional no seu foco e no seu processo, ou seja, de todos os elementos integrantes do processo escolar, só o aluno é sistematicamente, avaliado, e essa avaliação se concretiza, exclusivamente, pelo julgamento que o professor faz dele.

Portanto, conforme estabelece a Pedagogia Histórico Crítica e os postulados da Geografia Crítica o processo de avaliação será contínuo e diagnóstico. A avaliação estará sendo executada a todo o momento, através de questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por exemplo, júris simulados, dramatizações, seminários, entre outras, onde estarão sendo avaliados, participação, análise dos fatos,

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coerência das idéias expostas, compreensão do conteúdo.

No que tange a disciplina de Geografia, deve-se avaliar no aluno a capacidade de interação com o espaço geográfico, ler e interpretar os símbolos cartográficos, além dos códigos específicos da Geografia, reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas. O educando deve também reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação; reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos.

Em um aspecto mais prático, a avaliação formal do grupo se dará mediante aplicação de provas e trabalhos bimestrais, que terão por objetivo avaliar a aprendizagem do aluno com relação aos conteúdos estruturantes da disciplina. Essas provas e trabalhos terão o objetivo de avaliar a capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos alunos. Essas provas deverão ser compostas de questões abertas, que incentivem o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno. Conforme destaca Argento, os instrumentos avaliativos podem ser os mais diversos possíveis no caso da avaliação formal:

... Os instrumentos avaliativos mais utilizados pelos professores são: avaliações escritas sem consulta, trabalhos individuais e/ou em grupo, tanto em forma oral como em forma escrita, pesquisas bibliográficas, conversas informais, debates, relatórios, avaliação operatória, painéis, murais, auto-avaliação.

No que concerne à avaliação do aluno incluso, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusa, de modo que a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”, a regular e a especial.

6. BIBLIOGRAFIA:

ADAS, M. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 1994.

ADAS, M. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 1998.

ALMEIDA, L. M. A. de; RIGOLIN, T. B. Geografia: novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2005.

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ANDRADE, M. C. de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1998.

ARGENTO, H.T. Metodologia de Ensino Fundamental: Estudos Sociais. In: http://www.trendnet.com.br/users/hargento/GEOGRAFIA.doc, acesso em 22/06/2006.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.

COELHO, M. de A. Geografia geral: o espaço natura e sócio-econômico. São Paulo: Moderna, 1992.

DALMAS, Â. Planejamento Participativo na Escola: Elaboração, Acompanhamento e Avaliação. Petrópolis: Vozes, 1994.

Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná – Geografia. Curitiba: SEED, 2006.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GASPARIM, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2003.

GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

LACOSTE, Y. A Geografia – isso serve em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1988.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.

LUCCI, E. A.; BRANCO, A. L. B. Geografia: homem e espaço. São Paulo: Saraiva, 2002.

MAGNOLI, D. O mundo contemporâneo: relações internacionais 1945 – 2000. São Paulo: Moderna, 1996.

MATOS, de T. M. Z. – Bonecas Negras, Cadê? O Negro no currículo escolar: sugestões práticas

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MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: HUCITEC, 1998.

MOREIRA, I. Construindo o Espaço do Homem. São Paulo: Ática, 2001.

PIFFER, O. Geografia no ensino médio. São Paulo: IBEP, 2001.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2005.

______. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.

SAVIANI, D. Escola e Democracia: Polêmicas do Novo Tempo. Campinas: Autores Associados, 1999.

SENE, E. de; MOREIRA, J. C. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

______. Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.

______. Trilhas da Geografia: A Geografia no Dia-a-Dia. São Paulo: Scipione, 2000.

SOUZA, S. M. Z. L. Avaliação da Aprendizagem: Teoria, Legislação e Prática no Cotidiano de Escolas de 1° Grau. In: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/, acesso em 22/06/2006.

VESENTINI, J. W. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2001.

Projeto Político Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Os fundamentos teóricos norteadores, que subsidiam a disciplina de história, identifica-se com processo de consolidação como componente curricular obrigatório, bem como os interesses que marcam a opção por determinados referenciais teóricos.

A história tem como objetivo de estudos, os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estrutura sócio históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de relacionar social, cultural e politicamente.

Segundo o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos históricos estão articulados em determinadas relações casuais. Os acontecimentos históricos estão articulados em determinadas relações casuais. Os acontecimentos históricos construídos pelas ações e sentidos humanos em determinado local e tempo, produzem as relações humanas, estas permitem um espaço de atividade em relação aos acontecimentos históricos, isso acontece de modo não linear, ou seja, as ações humanas. Sendo assim, os processos históricos são marcados pela complexidade causal, isto é, vários acontecimentos convergem para um novo acontecimento histórico.

A história é um componente, fundamental no desenvolvimento de todas as disciplinas, pois, todas são formadas e embasadas em alguma história relacionada com nosso passado que se vincula no presente desenhando um futuro. E com isso, acaba-se formando uma historia complementar envolvendo os aspectos importantes de todos os sujeitos, compondo assim uma vasta homogeneidade de experiências interdisciplinares.

A Nova História, tendo como sua principal expressão a história das mentalidades, insere-se no contexto conturbado da de cada de 1960, sendo influenciada pelos acontecimentos, esta vem rapidamente agregando inúmeros adeptos dentro e fora do seu conteúdo propriamente dito, tendo como exemplo a adequação em trabalhos em equipes com disciplinas diferentes.

Segundo Ciro Flamario Cardoso (1997), o sujeito teórico e filosófico da Nova História, se assentou em matrizes semi – racionais ou irracionalizas, tendo como uma de suas características o predomínio de um recesso hermenêutica de interpretação. A Nova História se utiliza as categorias de representação e apropriação para a produção do conhecimento histórico como nos mostra Humt (1995) “Todas as praticas sejam econômicas ou culturais, dependem das representações utilizadas pelos indivíduos para darem sentido a seu mundo”.

Para que esta articulação esteja presente na abordagem curricular de história, estas diretrizes elegem como síntese dessa proposição, a idéia de consciência histórica. Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do pensamento humano, pois, sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à condição humana em toda sua diversidade.

A partir dessas considerações, pode-se afirmar que a definição dos conteúdos estruturantes, entendidos como basilares na organização curricular não é neutra, mas carregada de segmentos, que se materializam a partir das correntes historiográficas privilegiadas na delimitação e seleção dos conteúdos e ainda nas finalidades do ensino de história.

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2 .OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Formar cidadão com capacidade de interpretação de mundo e atuante na sua sociedade, com dever de intervir no que defende e julga correto.

• Desenvolver não simplesmente um cidadão conteudista que não saiba por em pratica o que sabe, mas sim um cidadão que interfira na realidade do local onde vive, atuando sempre com dignidade e criticamente analisando todos os lados, buscando sempre o melhor caminho para o crescimento de sua localidade.

• Propiciar ao aluno, conhecimentos historiográficos os quais lhe ajudará se organizar dentro da decorrente evolução histórica.

• Desenvolver a capacidade de compreensão e de atitudes de respeito, referente às outras culturas e sociedades, respeitando as diferenças individuais, culturais e religiosas, sempre demonstrando a riqueza das mesmas e suas diversidades.

• Identificar e analisar diferentemente formas de manipulação da história feita pelos poderosos instituídos, pela mídia,pelos diferentes grupos sociais que disputam o poder em um dado momento.

• Proporcionar uma compreensão histórica de vida de maneira ampla e critica, levando o aluno a buscar uma compreensão maior sobre a vida dele e da sociedade em que vive.

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3.CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• ECONÔMICO – SOCIAL ;− O historiador e a produção do conhecimento histórico;− Tempo, temporalidade;− Fontes, documentos;− Patrimônio material e imaterial− Arqueologia no Brasil ( Lagoa Santa, Serra da capivara,− Sambaqui) ;− Povos indígenas no Brasil e na Paraná;− As primeiras civilizações na América;− Economia: pau – Brasil, cana – de – açúcar e minérios.

• CULTURALDIMENSÕES;− Teorias do surgimento do homem na América;− A chagada dos europeus e o encontro entre culturas;− Resistência e Dominação;− Escravização e catequização;− Religiões: Judaísmo, Cristianismo, islamismo;− Comercio: África, Ásia, América e Europa.

• POLÍTICA;− Formação da Sociedade brasileira e americana;− América portuguesa;− América espanhola;− América franco-inglesa− Organização política – inglesa;− Organização política – administrativa, capitanias hereditárias, e sesmarias.

6ª SÉRIE:

• ECONÔMICO – SOCIAL ;− Chegada da família real;− De colônia a Reino Unido;− Missões artístico – cientificas;− Biblioteca nacional;− Banco do Brasil;− Urbanização da Capital;− Imprensa régia;− Movimento de contestação.

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• CULTURALDIMENSÕES;− Organização social; − Manifestações cultuarias;− Quilombos: brasileiro e no Paraná;− Revoltas Nativas e Nacionalistas;− Irmandades: manifestações religiosas- sincretismo.

• POLÍTICA;− Governo de D. Pedro Primeiro I;− Constituição outorgada de 1824;− Unidade territorial;− Manifestação da estrutura social ;− Confederação do equador;− Província Cisplatina;− Revoltas Regenciais.

7º SÉRIE:

• ECONÔMICO – SOCIAL;− Construção da Nação;− A guerra do Paraguai ou a Guerra da tríplice Aliança;− O processo da abolição da escravidão; − Manifestação política da emancipação política do Paraná.

• POLÍTICA;− Emancipação política do Paraná: economia, organização social;− Organização política – administrativa;− Migrações: internas ( escravizados, libertos e homens livres pobres)− Legislação, resistência e negociação na abolição;− Idéias positivistas− Imigração Asiática− Oligarquia, coronelismo e clientelismo;− Movimento de contestação: campo e cidade;− Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro;− Movimento operário: anarquismo e comunismo;− Paraná: Guerra do contestado, Greve de 1917 – Curitiba, Paranismo –

movimento Regionalista.

8ª SÉRIE:

• ECONÔMICO SOCIAL;− A semana de 22 e o repensar da nacionalidade;− Economia da época;− A revolução de 30;

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− Leis trabalhista;− Voto Feminino;− Ordem e disciplina no serviço;− Integralismo;− Participação do Brasil na II Guerra Mundial;− Construção do Paraná Moderno; − O regime Militar no período.

• CULTURALDIMENSÕES;− Semana De 22: manifestações culturais;− A revolução de 30: futebol e carnaval;− A história do Cinema Novo, Teatro.

• POLÍTICA;− Populismo no Brasil e na Ame’rica Latina;− Cárdenas – México;− Perón – Argentina;− Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O encaminhamento para o ensino de história pretende contribuir para a construção da consciência histórica e é imprescindível que o mesmo retome constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou seja, como é produzido através da pesquisa e estudo das ações e das relações humanas ao longo do tempo.

Nosso trabalho será desenvolvido de forma que possa levar o aluno a problematizar o passado e buscar, dar resposta à suas indagações presentes por meio do estudo de documentos e afins.

De modo geral, os conhecimentos históricos tornam se significativos para o educando, como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam sobre sua vivencia e percebe-se inseridos na história, mas para tanto,temos que saber que existem múltiplas formas de passar para o aluno o conhecimento, e sempre procurando respeitar a inclusão.

Inclusão e diversidade são temas que estão presentes na área educacional na ultima década. Embora haja uma estréia relação entre as duas temáticas não significa que, ao se discutir a inclusão na educação sejam realizados, na sociedade, debates sobre a diversidade de grupos que se encontram marginalizados no processo social, expropriado do direito que são garantidos por lei, a todos os cidadãos, independente de suas diferenças individuais.

A visão que norteia os debates nos inúmeros seguimentos sociais é que são as diferenças que constituem os seres humanos. Os sujeitos têm suas identidades determinadas pelo contexto social e histórico em que sua existência é produzida. A vida em sociedade pressupõe o conhecimento das muticulturais, adivinha da acelerada tecnologização e das completas transformações nos modos de produção social que fazem surgir novas formas de acumulo do capital e distribuição de renda na contemporaneidade.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação do ensino médio de história como objetivo de favorecer a busca da concorrência entre a concepção de história e as praticas que integra o processo ensino aprendizagem.

Uma vez que deve servir como instrumento de democratização do ensino a avaliação deverá ser diagnostica, qualitativa, participativa, tendo como objetivos a reflexão das praticas desenvolvidas até então, a identificação das folhas o processo ensino aprendizagem e a proposta de caminhos para superação de dificuldades constante.

Para melhorar a implementação da avaliação se faz necessário que a mesma seja resultado do trabalho conjunto professor/ aluno, assim o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado que se dará de modo continuo, processual, cumulativo e diversificado, permitindo uma analise critica das praticas que podem ser constantemente retomadas e reorganizadas.

A avaliação deve considerar a participação do aluno o trabalho didático, seu envolvimento nos trabalhos e discussões em sala de aula, sua seriedade diante das atividades propostas e sua capacidade de apreensão através de atividades especiais como júris simulado, dramatizações, seminários entre outros onde estarão sendo avaliados, participação, analise dos fatos, coerência das idéias expostas, compreensão do conteúdo.

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6. BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA, Maria Amélia. A Educação Especial no Paraná: revendo alguns aspectos de sua história. In: ALMEIDA, M.A.(org.) Perspectivas Multidisciplinares em Educação Especial. Londrina: Ed.UEL, 1958.pp.11-14

BUENO, José Geraldo S. A Educação Especial na Sociedade Moderna: integração, segurança do aluno diferente. São Paulo: EDU, 1993.

EDLER CARVALHO, Rosita. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2001.

MATOS, Maria Zilá Teixeira de – BONECAS, NEGRAS, CADÊ? O NEGRO

PPP – Projeto Político Pedagógico

Diretrizes Curriculares de História do Ensino Fundamental. Curitiba SEED 2006.

COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Segundo Bakthin, a língua se configura num espaço de interação entre os sujeitos que se constituem através dessa interação, e ainda mais, a língua só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto significa compreender a

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língua como “ um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados. Pensar a linguagem (e a língua) desse modo, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente”. (Faraco,2003)

A linguagem – e a Língua Materna – é vista , assim, como atividade que se realiza historicamente entre sujeitos, constituindo-se, os sujeitos e a linguagem, nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita: eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com “as outras linguagens (artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem),percebendo seu chão comum (são todas práticas discursivas sociointeracionais) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados.)” (Faraco,2000)

Nossa concepção recusa esses olhares que alienam a linguagem de sua realidade social concreta. Nós a concebemos como um conjunto aberto e múltiplo de práticas sócio-interacionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados.

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intricada rede de relações socioverbias e pela interiorização da própria dinâmica da interação socioverbal.

Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de relações socioverbais. De forma alguma, podemos ser compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical: ou como meros reprodutores de um certo monumento lingüístico cristalizado; ou, ainda, como meros usuários de um instrumento externo a nós.

Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola obviamente, nunca parte do zero: os alunos têm experiência acumulada de práticas de fala e de escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo.

Portanto, devemos levar o aluno a ter o domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em situações formais, quanto do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais.

2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Propiciar o uso da linguagem oral em diferentes situações , sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Proporcionar as produções de textos, os quais deverão ser lidos ou ouvidos, atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

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Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando por meio da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade e da escrita.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• ORALIDADE;− Relato de experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras e eventos;− Dramatização de poesias;− Leitura de textos (literários, informativos, lúdicos) programas de TV, filmes,

entrevistas, notícias.

• LEITURA;− Atividades de interpretação de texto para: identificar idéias básicas apresentadas

no texto;− Prática de leitura de textos narrativos (ficcionais ou não), poéticos, descritivos,

musicais, fábulas, gibis utilizando adequadamente os sinais de pontuação.

• ESCRITA;− Produção de textos narrativos observando a estrutura básica – ação,

personagens, espaço, tempo;− Transformar um gênero em outro;− Correspondências;− Histórias em quadrinhos;− Discurso direto e indireto;− Organização de parágrafos;− Acentuação e pontuação.

• ANÁLISE LINGÜÍSTICA;− Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados;− Estudo de texto e sua organização sintático-semântico explorando as categorias

gramaticais;− Atividade de revisão, re-escrita, refacção do texto, análise coletiva de um texto

selecionado;− Adequação vocabular;− Diferenciação entre a língua culta (formal) e a não formal.

6ª SÉRIE:

• ORALIDADE;− Debates de assuntos lidos, acontecimentos, situações, polêmicas locais ou não,

contemporâneas, filmes, propagandas;− Clareza;− Seqüência;− Objetividade;− Adequação vocabular.

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• LEITURA;− Reconhecer no texto sua especificidade ( instrução, texto gráfico, jornalísticos...);− Leitura contrastiva;(vários textos sobre os mesmos temas).

• ESCRITA;− Produção de texto de natureza informativa, descritiva, narrativa;− Organização de parágrafos observando o uso dos recursos coesivos e a

coerência do texto;− Pontuação;− Regras ortográficas e de acentuação.

• ANÁLISE LINGÜÍSTICA;− Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados;− Estudo de texto e sua organização sintático-semântico explorando as categorias

gramaticais;− Atividade de revisão, re-escrita, refacção do texto, análise coletiva de um texto

selecionado;− Adequação vocabular;− Diferenciação entre a língua culta (formal) e a não formal.

7ª SÉRIE:

• ORALIDADE;− Criação de histórias, poesia, piadas, charadas, anúncios, notícias, entrevistas,

músicas;− Consistência argumentativa (emitir uma opinião sobre um tema);− Adequação vocabular;− Julgar a fala do outro quanto a adequação e a clareza;− Concordância verbal e nominal.

• LEITURA;− Análise dos textos lidos:

a)quanto ao nível argumentativo os mesmos tema tratado em épocas diferentes;b)observação da unidade estrutural do texto (pontuação, paragrafação e recursos coesivos.

• ESCRITA;− produção de texto de composição dissertativa; ( estrutura, organização,

argumentação);− coesão e coerência;− Regras de flexão e concordância;− Regras ortográficas e de acentuação.

• ANÁLISE LINGÜÍSTICA;− Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados;

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− Estudo de texto e sua organização sintático-semântico explorando as categorias gramaticais;

− Emprego de regência nominal e verbal;− Atividade de revisão, re-escrita, refacção do texto, análise coletiva de um texto

selecionado;− Adequação vocabular;− Diferenciação entre a língua culta (formal) e a não formal.

8ª SÉRIE:

• ORALIDADE;− Debates de assuntos lidos, atualidades, situações polêmicas locais ou não,

filmes, propagandas;− Consistência argumentativa;− Adequação vocabular;− Reconhecimento das intenções e objetivos do autor do texto;− Análise da fala do outro, quanto a adequação vocabular, clareza, objetividade e

seqüência.

• LEITURA;− Reconhecimento do texto de suas especificidades;− Análise dos textos lidos:

a) quanto ao nível argumentativo, o mesmo tema tratado em épocas diferentes;b) observação da unidade estrutural do texto ( paragrafação e recursos coesivos);

− Leitura contrastiva: vários textos sobre o mesmo tema com composições diferentes.

• ESCRITA;− Produção de textos narrativos ficcionais ou não;− Produção de texto de cunho científico;− Produção de texto de natureza informativa e dissertativa;− Recursos de coesão que garantem a coerência do texto;− Organização de parágrafos, regras de ortografia e acentuação;− Pontuação.

• ANÁLISE LLINGÜÍSTICA;− Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados;− Estudo de texto e sua organização sintático-semântico explorando as categorias

gramaticais;− Emprego de regência nominal e verbal;− Atividade de revisão, re-escrita, refacção do texto, análise coletiva de um texto

selecionado;− Adequação vocabular;− Diferenciação entre a língua culta (formal) e a não formal.

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• PROJETO AFRO;− Leitura de poesias envolvendo a questão afro;− Criação, declamação, dramatização, produção, análise, ilustração de poesias;− Leitura de textos, contos, romances, noticiários e produzir histórias em

quadrinhos, maquetes, outdoors, entrevistas, ilustrar, encenar, (resgate dos vultos negros);

− Textos diversos, propagandas, reportagens e recontar histórias lidas( oral e escrita);

− Músicas sobre a questão afro, criação de paródias, pesquisa de músicas de cunho racial e análise de diferentes estilos musicais.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Será desenvolvida uma metodologia ativa e diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos, além do trabalho com toda a turma e atividades expositivas do professor.

O educando utilizará a língua oral em diferentes situações: entrevistas, debates, seminários, apresentações teatrais: proporcionando o treinamento de um nível mais formal da fala, facilitando assim o aprendizado da língua padrão.

A partir dos relatos de suas experiências históricas, grupais e sociais, o educando criará seu próprio estilo.

Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos de textos oriundos das mais variadas práticas sociais (em especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade)

Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor crítico, o que significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada um há um sujeito, com uma certa experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma intenção.

Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando; rindo dele, emocionando-se com ele, aplaudindo-o, refutando-o, assinalando-o, fazendo-lhe a paródia e assim por diante.

Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados como termos restritos à linguagem escrita. Entendemos ler em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva dos textos escritos ou falados.

E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não com a linguagem verbal.

Cabe, portanto, à disciplina de Língua Portuguesa concentrar-se nas atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. No entanto, não pode deixar de oferecer aos estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens, considerando de um lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro, que a sociedade contemporânea amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos.

O relato, o debate, a exposição de idéias, de opiniões, a partir da leitura constituirão num dos pontos fundamentais do trabalho. Também se faz necessário criar situações para que o aluno julgue o material escrito, criando critérios para analisar a construção do texto, bem como a sua consistência argumentativa.

A leitura deverá ocupar um espaço privilegiado que tem na dimensão do estético a sua preocupação maior, e não pretexto para preencher fichas, preencher tempo de aula ou coisa semelhante.

O gosto pela leitura e o prazer de ler podem nascer por meio de movimentos de interação entre professor, alunos e colegas, por meio de diálogos, conversas, “bate-papos” informais sobre textos lidos e da valorização da leitura do outro.

No ato de escrever, o ponto de partida para se repensar a escrita é ter presente, a noção de interlocutor, o perfil daquele que vai ler nossos escritos, mesmo que não o conheçamos. Quem vai condicionar parte de nossa linguagem é esse interlocutor virtual, é a imagem que fazemos dele que nos levará a fazer uma determinada opção no que diz respeito ao assunto e a maneira de expô-lo do interlocutor pode causar algumas dificuldades pois não temos outro recurso, além da linguagem verbal, para completar ou adaptar nossa mensagem. Por isso, é necessário assumirmos o papel de quem vai ler o nosso escrito; julgando-o e reescrevendo-o sempre na busca de maior clareza.

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Outro aspecto a ser levado em consideração é a compreensão das diferenças entre a linguagem oral e escrita. Na fala, existe uma variedade de recursos, já a escrita, exige o uso de uma única modalidade: o registro em linguagem padrão. Enquanto na oralidade está presente a variação dialetal, a redundância, a repetição, a mudança de assunto sem comprometer a compreensão global, na escrita exige-se unidade temática e coesão, concisão, além do uso de letras maiúsculas, pontuação, acentuação, etc.

A produção de textos deve ser uma atividade decorrente de uma discussão ou da leitura de outros textos de preferência leitura contrastiva ou que apresenta pontos de vista diferentes sobre o mesmo tema. A partir do debate, do levantamento de idéias, dos objetivos bem claros, é possível dar um sentido à escrita. A clareza, a coerência e o nível argumentativo devem ser trabalhados a partir de textos publicados ou textos dos próprios alunos.

No trabalho com o conteúdo do texto, propomos atividades no sentido de identificar idéias principais e acessórios e, a partir daí elaborar sínteses.

O trabalho com a estrutura do texto merece atenção especial; ele vai substituir os exercícios de natureza gramatical e estrutural. por meio da análise lingüística, o professor deverá mostrar ao aluno como o texto se organiza, a partir de quais elementos gramaticais ( pronomes, advérbio, conjunção, etc.) se dá a costura entre as partes.

O domínio da norma padrão, será trabalhado no próprio texto. O aluno deve desenvolver esta compreensão, a partir do contraponto entre a variedade padrão e a coloquial. Compreendendo que a língua oral e a língua escrita são duas realidades diferentes, o professor deve criar situações para que o aluno se aproprie cada vez mais das estruturas da língua padrão, sem contudo, fazer disso o centro de seu trabalho.

As atividades desenvolvidas pretendem de um lado, desenvolver habilidades de busca e identificação do significado de uma palavra e outro lado, ampliar o repertório lexical do aluno.

Entre as habilidades de busca e identificação do significado de palavras desconhecidas, privilegiam-se duas: as habilidades de consulta a dicionários e outros livros de referência e a habilidade de inferência do sentido de uma palavra pelo contexto em que aparecem.

As atividades de reflexão sobre a língua deverão voltar-se para a observação e a análise da língua em uso, visando a construção de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem, o sistema lingüístico as variedades da língua portuguesa, os diferentes registros, selecionado aqueles conhecimentos considerados relevantes para as práticas de produção de textos – falar e escrever, e de recepção de textos – ouvir e ler.

As atividades de reflexão sobre a língua se mostrarão necessárias ou pertinentes a partir de problemas identificados nos textos orais ou escritos produzidos pelos alunos.

O projeto Afro-brasileiro envolve um trabalho voltado para a cultura afro e será realizado em etapas. A primeira, contempla as poesias; a segunda, histórias em quadrinhos; a terceira, contando histórias e a quarta cantando ou parodiando músicas do agrado dos alunos.

Todas as etapas devem abordar textos que levem os alunos a conhecer a cultura negra, seus valores e sua contribuição para com a sociedade. Com isso, esperamos estabelecer uma interação de culturas e de valores culturais, respeitando cada uma como peculiaridade de um povo e contribuidora da multipluralidade da cultura global.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente, considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões a clareza que ele demonstra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz diante do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver os textos dos alunos como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. É importante ressaltar que para Koch e Travaglia (1990), “só se pode avaliar a qualidade e adequação de um texto quando ficam muito claras as regras do jogo de sua participação”.

Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos. Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as condições de produção tenham alguma validade.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos – discursivos, textuais, ortográficos, e gramaticais – os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite aos alunos utilizá-los em outras operações lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive).

Uma inclusão responsável requer a constante avaliação da qualidade dos serviços prestados, seja em escolas comuns, seja em escolas especiais. Se, por um lado, a escola comum sente-se muitas vezes insegura ou despreparada para o atendimento aos alunos com necessidades especiais, por outro lado, a escola especial também necessita rever as concepções e práticas que nortearam suas ações, desde sua origem.

Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusa, de modo a não se caracterizarem dois processos distinto e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial.

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6. BIBLIOGRAFIA:

ABROMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo. Scipione, 1997.

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália. São Paulo. Loyola, 1997.

CHIAPPINI, Lígia e GERALD, J Wanderley (coords.). Aprender e ensinar com textos dos alunos. São Paulo. Cortez, 1997.

GERALD, João Wanderley. O texto na sala de aula. São Paulo. Ática, 1997.

KOCH, Ingedore V. A coesão textual. São Paulo. Contexto, 1989.

KOCH, Ingedore V. A inter-ação pela linguagem. São Paulo. Contexto, 1992.

KOCH, Ingedore V. e TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo. Contexto, 1990.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre. Artes Médicas, 1998.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2006.

_ Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental. Curitiba SEED 2006.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

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A História da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura da História da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de idéias que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades.

Para Ribnikov (1987), esse período demarca o nascimento da Matemática. Contudo, como ciência, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. É com a civilização grega que regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. É também na Grécia, através dos pitagóricos, que ocorrem as preocupações iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos, se buscava, pela matemática, principalmente a aritmética, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem. Esta concepção arquitetou as interpretações, o pensamento matemático e o ensino de Matemática que, até hoje, exercem influências na prática docente.

Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática. O desenvolvimento da Matemática e seu ensino foram influenciados pelas escolas voltadas para atividades práticas. Essas escolas eram necessárias para atender as demandas das produções exigidas pela navegação, comércio e indústria. Enfatizou-se um ensino de Matemática experimental que contribuiu na descoberta de novos conhecimentos e se colocou em oposição à concepção de ensino humanística que predominava na época.

As discussões entre educadores matemáticos do início do século XX já apontavam para a necessidade de se compreender como acontecia o ensino da Matemática, de forma que se demarcasse, nos currículos escolares, uma postura que possibilitasse aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Essas discussões procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que, até então, demarcava, de forma prescritiva, um ensino clássico que privilegiava métodos puramente sintéticos, cuja premissa pautava no rigor das demonstrações matemáticas. Surgiram as idéias que vislumbravam um ensino da Matemática baseado nas explorações indutivas e intuitivas (SCHUBRING, 2003).

Nesse contexto, a Educação Matemática configurou-se como campo de estudos de modo que os professores encontraram fundamentação teórica e metodológica para direcionar sua prática docente. Embora as discussões no campo da Educação Matemática remontem ao final do século XIX e início do século XX, no Brasil, ela, “teve início a partir do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente no final dos anos 70 e durante a década de 1980”. (FIORENTINI, 2001, p.1). Neste período começaram a se multiplicar os estudos na área de Educação Matemática.

Para Miguel e Miorim (2004, p.70) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc”. Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público” (ed. 2004, p.71).

Para Ribnikov (1987), a Matemática enquanto ciência tem singularidades qualitativas nas leis que definem seu desenvolvimento. No entanto, são as generalizações, abstraídas a partir delas, que a caracterizam como uma das formas para

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as pessoas adquirirem sua consciência social. Assim, tem-se presente a idéia de que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, o estudante se apropria de conhecimentos que possibilita a criação de relações sociais.

É preciso deixar claro que a prática docente, segundo a concepção das Diretrizes, não pode ser tomada por práticas autoritárias. Neste sentido,

(...) o ensino de Matemática, assim como todo ensino, contribui (ou não) para as transformações sociais não apenas através da socialização (em si mesma) do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da dimensão política contida na própria relação entre conteúdo matemático e a forma de sua transmissão-assimilação (DUARTE, 1987, p.78).

Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados, discutidos, construídos, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias.

Nesta perspectiva, a Educação Matemática dá condições ao professor de Matemática para desenvolver-se intelectual e profissional, refletir sobre sua prática, além de tornar-se um educador matemático e pesquisador, que vivencia sua própria formação continuada. A prática da docência dos profissionais, que lecionam Matemática, requer continuidade e, sendo assim, a eles interessa analisar criticamente os pressupostos ou as idéias centrais que articulam a pesquisa, o currículo e a proposta pedagógica, no sentido de potencializar meios para superação de desafios.

Os acontecimentos ao longo da história das ciências mostram que a produção teórica tem suas raízes nos problemas que surgem na prática, no dia-a-dia.

Hoje, muitos matemáticos produzem conhecimentos puramente teóricos, mas não resta dúvida de que, muitas vezes, esses conhecimentos também subsidiam as soluções práticas.

Dirigimos o nosso trabalho rumo à formação de um indivíduo com autonomia, fruto da sua capacidade de pensar, raciocinar e resolver problemas, de um indivíduo que se apropria de um conhecimento matemático e usa esse conhecimento para ler o mundo à sua volta, interferir positivamente nesse mundo, produzir novos conhecimentos e também – por que não? – produzir Matemática, pois a Matemática tem pontos de conexão com todas as áreas do conhecimento humano, sejam elas de natureza física ou social.

Enfim, a opção pela Educação Matemática para o exercício da prática docente é um fato relevante nestas Diretrizes Curriculares. A história da Ciência Matemática demarca a construção histórica do objeto matemático. Na concepção de Ribnikov (1987) este objeto é composto pelas formas espaciais e as quantidades. Um dos objetivos da disciplina Matemática é transpor, para a prática docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

O ensino de Matemática de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental deve levar o aluno a:

• possibilitar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja, desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo e, assim, aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para um problema;

• desenvolver os conceitos e procedimentos matemáticos que são úteis para compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;

• propiciar sistematicamente a presença da Matemática no dia-a-dia (quantidade, números, formas geométricas, simetrias, grandezas e medidas, tabelas e gráficos, “previsões”, etc.);

• possibilitar resolução e formulação de situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser capaz de elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo várias formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.), executando esses planos e essas estratégias com procedimentos adequados;

• inter- relacionar os vários eixos temáticos da Matemática (números e operações, geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;

• propiciar a comunicação de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as idéias matemáticas;

• possibilitar a interação com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe, auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas idéias e respeitando as deles, formando, assim, um ambiente propício à aprendizagem;

• desenvolver o pensamento lógico, relacionando idéias, descobrindo regularidades e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na solução de problemas.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SÉRIE:

• NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA;− Sistemas de numeração decimal e não decimal;− Números naturais e suas representações;− As seis operações e suas inversas: adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação;− Transformação de números fracionários em números decimais;− Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência;− Porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo: razão, proporção,

frações e decimais;− Expressões numéricas.

• MEDIDAS;− Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;− Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e

tempo;− Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de

problemas;− Capacidade, volume e suas relações;− Ângulos e arcos: unidade, fracionamento e cálculo.

• GEOMETRIA;− Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;− Construções e representações no espaço e no plano;− Planificação de sólidos geométricos;− Padrões entre bases, faces e aresta do cubo e do paralelepípedo;− Condições de paralelismo e perpedicularidades;− Desenho geométrico com uso de régua e compasso;− Classificação de poliedros e corpos redondos;− Classificação de triângulos;− Representação cartesiana;− Noções de geometria espacial;− Ângulos e polígonos.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO;− Coleta, organização e descrição de dados;− Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos,− Gráficos de barras e colunas.

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6ª SÉRIE:• NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA;

− Sistemas de numeração decimal e não decimal;− Números naturais e suas representações;− Conjuntos numéricos: naturais, racionais e inteiros;− As seis operações e suas inversas: adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação;− Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo: razão,

proporção, frações e decimais;− As noções de variável e incógnita;− A possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos;− Noções de proporcionalidade: frações, razão e proporção;− Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;− Equações do 1ºgrau;− Expressões numéricas;

• MEDIDAS;− Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;− Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e

tempo;− Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de

problemas algébricos;− Capacidade, volume e suas relações;− Ângulos e arcos: unidade, fracionamento e cálculo.

• GEOMETRIA;− Construções e representações no espaço e no plano;− Desenho geométrico com uso de régua e compasso;− Ângulos, polígonos e circunferências;− Representação cartesiana e confecção de gráficos.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO;− Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos;− Gráficos de barras e colunas;− Noções de probabilidade

7ª SÉRIE:

• NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA;− Conjuntos numéricos: naturais, racionais,reais, inteiros e irracionais;− As seis operações e suas inversas: adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação;− Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo: razão,

proporção, frações e decimais;

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− As noções de variável e incógnita;− A possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos;− Equações, inequações e sistema de equação do 1º grau;− Polinômios e os casos notáveis;− Produtos notáveis;− Ângulos;− Fatoração.

• MEDIDAS;− Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e

tempo;− Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de

problemas algébricos;− Capacidade, volume e suas relações;− Ângulos e arcos: unidade, fracionamento e cálculo;− Triângulo retângulo: teorema de Pitágoras.

• GEOMETRIA;− Planificação de sólidos geométricos;− Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;− Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro;− Desenho geométrico com uso de régua e compasso;− Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;− Ângulos, polígonos e circunferências;− Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações;− Representação geométrica dos produtos notáveis.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO;− Coleta, organização e descrição de dados;− Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos;− Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e histogramas;− Noções de probabilidade.

8ª SÉRIE:

• NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA;− Conjuntos numéricos: naturais, racionais,reais, inteiros e irracionais;− Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença;− Equações, inequações e sistemas de equações de 1º e 2º graus;− Produtos notáveis;− Ângulos;− Fatoração;− Cálculo do número de diagonais de um polígono;− Trigonometria no triângulo retângulo.

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• MEDIDAS;− Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de

problemas algébricos;− Congruência e semelhança de figuras planas – teorema de Tales;− Triângulo retângulo: relações métricas e teorema de Pitágoras;− Triângulos quaisquer.

• GEOMETRIA;− Condições de paralelismo e perpendicularidade;− Classificação de triângulos;− Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO;− Coleta, organização e descrição de dados;− Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos;− Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas;− Noções de probabilidade.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Projeto Cultura Afro;− Análise de dados do IBGE sobre a composição da população por corpo

município;− Pesquisa com alunos de dados na escola em relação à população negra;− Agenda 21;− Construção de gráficos relacionados a pesquisas realizadas na área ambiental,

social e política.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc, são assuntos do dia-a-dia, e todos eles têm ligações estreitas com a Matemática. Para acompanhar essa rápida mudança, foi necessário estudar e pesquisar como deveria ser o ensino de Matemática no ensino fundamental. Oportunizando também aos alunos inclusos, idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais.

Nas últimas décadas, muitos pesquisadores da Psicologia Cognitiva, se dedicaram a estudar e pesquisar como as crianças e os jovens aprendem, como transferir a aprendizagem para resolver situações-problema, como constroem conceitos, qual é a maturidade cognitiva necessária para se apropriar, com significado, de determinado conceito, como a interação com o meio social desenvolve a aprendizagem, dentre muitos outros assuntos. A partir daí, surgir o movimento socioconstrutivista que estamos vivenciando atualmente.

Aproveitando tais pesquisas e estudos, educadores matemáticos de todo o mundo começaram a se reunir em grupos e em congressos internacionais, para discutir como usar esses avanços da Psicologia Cognitiva. Iniciou-se, então, um grande movimento internacional para melhorar a aprendizagem e o ensino da Matemática, surgindo a Educação Matemática – área do conhecimento já consolidada, que vem contribuindo muito, por meio de estudos e pesquisas, para mudar o ensino da Matemática.

Os avanços conquistados pela Educação Matemática indicam que, para que o aluno aprenda Matemática com significado, é fundamental:

• trabalhar as idéias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia, antes da linguagem matemática;

• aprender por compreensão. O aluno deve atribuir significado ao que aprende, para isso, deve saber o porquê das coisas, e não simplesmente mecanizar procedimentos e regras;

• estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione idéias, descubra e tenha autonomia de pensamento. Em lugar de simplesmente imitar, repetir e seguir o que o professor fez e ensinou, o aluno pode e deve fazer Matemática, descobrindo ou redescobrindo por si só uma idéia, uma propriedade, uma maneira deferente de resolver questões, etc. Para que isso ocorra, é preciso que o professor crie oportunidades e condições para o aluno descobrir e expressar suas descobertas.

• trabalhar a matemática por meio de situações-problema próprias da vivência do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor solução. È consenso entre os educadores matemáticos que a capacidade de pensar, de raciocinar e de resolver problemas deve constituir um dos principais objetivos do estudo da Matemática;

• Trabalhar o desenvolvimento de uma atitude positiva em relação à Matemática. Reforçar a autoconfiança do aluno na resolução de problemas; aumentar o interesse por diferentes maneiras de solucionar um problema; levar o aluno à observação de características e regularidades de números, funções, formas geométricas, etc.

• trabalhar o conteúdo com significado, levando o aluno a sentir que é importante saber quilo para sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado lhe será útil para entender o mundo em que vive. Para que o

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aluno veja a matemática como um assunto útil e prático e possa apreciar o seu poder, precisa perceber que ela está presente em praticamente tudo e é aplicada para resolver problemas do mundo real e entender uma grande variedade de fenômenos;

• valorizar a experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola. É preciso lembrar que quando o aluno chega à 5ª série ele já viveu intensamente até seus 10 anos de idade. A partir dessa vivência, o professor deve iniciar o trabalho de construir e aplicar novos conceitos e procedimentos matemáticos, dando continuidade ao que o aluno já aprendeu nas quatro primeiras séries e na vida. Detectar os conhecimentos prévios dos alunos para, com base neles, construir novos conhecimentos contribui para uma aprendizagem significativa;

• estimular o aluno para que faça cálculo mental, estimativas e arredondamentos, obtendo resultados aproximados;

• considerar mais o processo do que o produto da aprendizagem. É muito mais importante valorizar a maneira como aluno resolveu um problema, especialmente se ele fez de uma maneira autônoma, original, em vez de simplesmente verificar se acertou a resposta. O mesmo se pode dizer sobre o modo de realizar operações, medições, resolver equações e sobre as maneiras de observar e descobrir propriedades e regularidades em algumas formas geométricas;

• compreender a aprendizagem da Matemática como um processo ativo. Os alunos são pessoas ativas que observam, constroem, modificam e relacionam idéias, interagindo com outros alunos e outras pessoas, com materiais diversos e com o mundo físico.

• utilizar a história da Matemática como um excelente recurso didático. Comparar a Matemática de diferentes períodos da História ou de diferentes culturas.

• utilizar jogos. Os jogos constituem outro excelente recurso didático, pois levam o aluno a desempenhar um papel ativo na construção de seu conhecimento. Envolvem ainda a compreensão e a aceitação de regras; promovem o desenvolvimento socioafetivo e cognitivo; desenvolvem a autonomia, o pensamento lógico; exigem que os alunos interajam, tomem decisões e criem novas regras. Durante um jogo, os alunos estão motivados a pensar e a usar constantemente conhecimentos prévios.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo – tanto para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho – e não simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos, para classifica-o em “aprovado” ou “reprovado”.

Na disciplina de matemática, numa perspectiva tradicional, é comum os professores avaliarem seus alunos, levando-se em consideração apenas o resultado final de construção.

Com vistas a superação desta concepção de ensino, é importante o professor de matemática propor atividades em suas aulas, sempre insistir com os alunos para que explicitem os procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando algoritmos, resolvendo problemas, entre outras. Além disso, é necessário que o professor reconheça que o conhecimento matemático não fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente, o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar seus conhecimentos.

No processo de construção do saber matemático, o aluno é solicitado a fazer interferências sobre o que observa, a formular hipóteses e não necessariamente encontrar uma resposta certa. Deve-se considerar na avaliação, o processo e não apenas o seu resultado.

As atividades que os alunos realizam, proporcionam um amplo rol de possibilidades para demonstrar a sua iniciativa e capacidade e, por isso, devem ser utilizadas como fontes de informações para avaliá-las:

exercícios, problemas, pesquisas, resumos, esquemas;atividades extra-classe como trabalhos de casa e dramatizações;provas de tipos variados com respostas discursivas, curtas, abertas ou testes de múltipla escolha.

Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de informação que o aluno domina, não é coerente. Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa, em que a medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue materializa-lo em situações que exigem raciocínio matemático.

Além destas considerações citadas, será considerada também, diagnóstica e formativa, as quais, em relação aos alunos inclusos sofrerão adaptações de acordo com as dificuldades apresentadas por eles.

Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusa, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvencilhados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial.

6. BIBLIOGRAFIA:

Os livros utilizados como fontes de pesquisa foram:

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A Conquista da Matemática – Nova/ José Ruy Giovanni, Benedito Castrucci e José Ruy Giovanni Jr. – São Paulo: FTD, 1998.

Tudo é Matemática/ Luiz Roberto Dante – São Paulo: Ática, 2005.

Matemática/ Imenes & Lellis – São Paulo: Scipione: 1997.

A conquista da Matemática – A + Nova/ José Ruy Giovanni, Benedito Castrucci, José Ruy Giovanni Jr – São Paulo: FTD, 2002.

Matemática: Idéias e Desafios/ Iracema Mori e Dulce Satiko Onaga – São Paulo: Saraiva, 2002.

Matemática Pensar e Descobrir: novo/ Giovanni & Giovanni Jr. – São Paulo: FTD, 2000 – 7ª série

Tudo é Matemática/ Luiz Roberto Dante – São Paulo: Ática, 2004.

Matemática: Idéias e Desafios, 7ª série/ Iracema Mori, Dulce Satiko Onaga. – 8ª ed. Revista – São Paulo: Saraiva 1999.

Matemática – Pensar e Descobrir, 8ª: Giovanni e Giovanni Júnior – São Paulo – FTS, 1986.

Tudo é Matemática – Luís Roberto Dante – São Paulo: Ätica, 2002.

A Conquista da Matemática – Nova / José Ruy Giovanni, Benedito Castrucci e José Ruy Giovanni Júnior – São Paulo: FTD, 2002.

Plano Político Pedagógico – PPP

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental SEED 2006.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM

ENSINO FUNDAMENTAL

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

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A abordagem comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula; pois favorece o uso da língua pelos alunos, ainda que de forma limitada, evidenciando uma concepção centrada numa perspectiva utilitarista de ensino na qual a lingote concebida enquanto sistema para a expressão do significado, dentro de um contexto interativo de uso.

Análises recentes mencionam que o ensino comunicativo desenvolveu-se em três fases ao longo das últimas décadas, segundo Macia, “uma primeira é associada ao nacional funcional e é calcada em práticas audiolinguais; a segunda marcada pelos atos da fala com a incorporação de tendências sóciolinguísticas e a terceira corresponde a uma vertente mais crítica, em que se pretendeu promover as interações culturais”

Nesta abordagem, o conceito de figura configura-se numa visão homogênea que a percebe dissociada da língua, ou sejam bom usuário de uma língua estrangeira deveria assimilar um conjunto de manifestações de um povo, seus costumes e hábitos, muitas vezes abordados de forma estereotipada . Conforme Gimenez, a abordagem comunicativa, na tentativa de ensinar a se comunicar na L E deixou de lado a relação entre comunicação e cultura, e a necessidade de entender a comunicação entre falantes nativos e não – nativos como comunicação intercultural mais do que comunicação na língua - alvo .

Cabe salientar que mesmo havendo avanços na visão de cultura como prática social, vertente mais crítica da abordagem comunicativa, no sentido de que ao olhar o outro, o sujeito aluno se olha também, permanece ainda a idéia de que para comunicar –se adequadamente na língua estrangeira, deve –se olhar o mundo como o estrangeiro.

Percebe-se que, embora o discurso de tal abordagem se apresente como veiculado de idéias progressistas e inovadoras, é importante atentar para suas origens históricas e as vinculações ideológicas dos seus princípios e conceitos. Torna-se evidente que esse modelo de ensino pauta-se num contexto histórico em que questões acerca da hegemonia de uma língua, plurilinguismo e imperialismo lingüístico, bem como a ideologia e as relações de poder que a permeiam não eram probatizadas. Pode-se defender que tanto a opção teórico metodológica, quanto o idioma a ser ensinado na escola não são neutros, mas profundamente marcados por questões político econômicas e ideológicas as quais resultam no imperialismo de uma língua e marginalizam razões históricas e ou étnicas que podem ser valorizadas de acordo com a história da comunidade atendida pela escola.

A partir das reflexões em torno da abordagem comunicativa e das implicações desta no ensino de língua estrangeira destacamos alguns princípios educacionais fundamentais os quais orientam esta escolha:

• O atendimento as necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de língua estrangeirai em relação às de mais obrigatórias do currículo;

• O resgate da função social e educacional do ensino de língua estrangeirado currículo da educação básica;

• O respeito às diversidades (cultural, identitária e lingüística) pautando no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

Partindo destes princípios, identifica-se na pedagogia crítica o referencial teórico que sustenta este trabalho, por entender que esta é a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como espaço social responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a transformação da realidade, Deste modo a escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Desenvolver a capacidade de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre individuais e coletivas;

• Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,portanto, passíveis de transformação na prática social;

• Proporcionar maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

5ª SERIE:

• DISCURSO;Leitura:- Compreensão de diálogo e pequenos textos publicitários, de instruções, catálogos, rótulos de produtos, postais, avisos, bilhetes, folhetos turísticos, cartões de datas comemorativas, cardápios, etc. Oralidade:

- Apresentação;− Cumprimentos, (formal e informal)− Despedidas;− Soletração;− Perguntas e respostas sobre preferências;− Perguntas e respostas sobre profissões, nacionalidades, idade animais cores,

família.

Escrita:

− Produção de diálogos usando cumprimentos, apresentações e despedidas;− Produção de pequenos textos dando a própria informação sobre família, idade,

referências etc;− Elaboração de mini diálogos sobre apresentação de pessoas, nacionalidades,

etc;− Preenchimento de lacunas em mini diálogos;− Elaboração de sentenças escritas com auxílio de gravuras;− Questionário escrito com o auxílio de gravuras e quadros;− Transcrição de diálogos;− Produção de parágrafos por meio de desenhos.

6ª SÉRIE:

• DISCURSO;

Leitura:− Compreensão de textos informativos, de localização, cartas, cartazes, panfletos,

índice de programação de T V , História em quadrinhos, postais, poéticos,etc.

Oralidade:− Informações pessoais;− Horas;− Informação de rotina;− Diálogo envolvendo preferências sobre esportes clima disciplinas escolares;− Perguntas e respostas sobre atividades envolvendo o tempo presente.

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Escrita:− Produção de pequenos textos descrevendo a rotina;− Elaboração de diálogos envolvendo o conteúdo trabalhado;− Elaboração de parágrafos observando gravuras;− Produção de convites bilhetes e postais;− Produção de cartas;− Produção de ilustrações com enunciados turísticos;− Perguntas e respostas, escrita envolvendo horas;− Elaboração de frases afirmativa, negativas e interrogativas.

7ª SÉRIE:

• DISCURSO;

Leitura:− Compreensão de textos literários e informativos, partes de artigos, notícia de

jornais, cardápios receitas, catálogos, folhetos turísticos, cartas, índice de revistas,.postais, etc;

Oralidade:− Diálogos referentes aos vocabulários; descrição física de pessoas, problemas de

saúde e partes do corpo;− Dar e executar comandos;− Fazer e aceitar convites;− Perguntar e responder usando pronomes interrogativos;− Expressar-se usando o tempo passado;− Perguntar e responder sobre o futuro.

Escrita:− Produção de textos diálogos, frases, parágrafos com o vocabulário referente a

doenças, acontecimentos no passado, características físicas, etc.− Produção de frases seguindo mapas (localização);− Produção de parágrafos (características físicas) observando desenho;− Elaboração de frases no tempo futuro.

8ª SÉRIE:

• DISCURSO;

Leitura:− Compreensão de textos informativos, literários de instrução, de localização,

anúncios, textos de reflexão, História em quadrinhos, folhetos, cartas, artigos de revistas etc.

Oralidade:− Expressar-se sobre gostos (comida e bebida);

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− Diálogos envolvendo pedidos, aceitação, oferecimento e recusa de alimentos;− Expressar-se concordando ou discordando do outro;− Perguntar e responder sobre ações que estavam ocorrendo em um tempo

determinado quando uma outra ação ocorreu;− Fazer comparações entre dois elementos;− Fazer comparações entre três ou mais elementos;− Pedir e dar conselhos;− Descrever pessoas de forma psicológica;− Expressar-se usando verbos que indicam proibição e obrigação;− Expressar-se usando ações ocorridas em um tempo indefinido.

Escrita:− Produção de diálogos (como se portar em restaurantes ou a mesa);− Produção de frases, parágrafos usando ações que estavam ocorrendo em um

determinado período de tempo, e em um tempo passado indefinido;− Produção de textos usando os tempos já mencionados.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O trabalho com língua estrangeira em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas na sociedade como mais do que meros instrumentos de acesso a informação. O texto apresenta-se como um espaço para a discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intelectual, manifestado por um pensamento de agir crítico, por uma prática cidadã imbuída de um respeito as diferenças culturais,crenças e valores.O texto nesta proposta, apresenta-se como um princípio gerador de unidade temática e desenvolvimento de práticas lingüísticas discursivas, sendo possível na aula de língua estrangeira fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as partes discursivas neste processo.

Aí, se torna muito importante a utilização de recursos visuais para auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. Tais materiais podem auxiliar na preparação da leitura, na medida que auxilia os alunos no processo de inferência sobre o tema e sentido dos textos. Assim, os alunos com deficiência auditiva, terão possibilidade de participar da aula, na medida que elas se configuram como espaço nos quais os diversos sentidos são mobilizados para a aprendizagem da língua.

Em relação a leitura devemos entender que a leitura é um processo de negociação de sentidos, de contestação de significações possíveis – como um embate, leituras concensuais dependem do uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim o papel da gramática relaciona-se ao entendimento, quando necessário dos procedimentos para construção de significados utilizados na língua estrangeira; o trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas, Numa perspectiva discursiva, o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao conhecimento discursivo, ou seja reflexões gramaticais devem ser decorrentes de necessidades específicas dos alunos , a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com os textos.

O trabalho de produção de texto também é muito importante e deve ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual escreve-se sempre para alguém e de quem se constrói uma apresentação. Assim a prática escolar de produção escrita de L E, deve ser feita de maneira menos artificial possível buscando leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou, seja, elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.

Com tudo isso, podemos entender, que ao tratar dos conteúdos de língua estrangeira na perspectiva do letramento crítico, o professor proporcionará ao aluno pertencer a uma determinada cultura, ir ao encontro de outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que o aluno possa vir a ter independente se este aluno é incluso ou não, pois para cada dificuldade de aprendizagem do aluno o professor procurará fazer adaptações metodológicas como a citada anteriormente em relação aos deficientes auditivos.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

Na visão de educação adotada, o professor deve assumir o papel de auxiliar o crescimento, fazendo com que a avaliação se constitua num instrumento facilitador na

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busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas aqueles vivenciados ao longo do processo.

Assim o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação verbal, a partir dos textos e de diferentes formas, verificando a construção dos significados na interação com textos e produções textuais. Para isso o professor precisa orientar seus alunos na organização de seus portfólios, auxiliá-los na escolha de títulos para as atividades a serem incluídas, ler e comentar as suas produções, incentivar a leitura dos portfólios pelos alunos da turma.

Deste modo o aluno envolvido, no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento, precisa ter seus esforços reconhecidos por meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Assim tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constadas.

Além, destas considerações citadas, será considerada também a diagnóstica e formativa, as quais, em relação a alunos inclusos sofrerão adaptações de acordo com as dificuldades apresentadas por eles.

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6. BIBLIOGRAFIA:

GRELLET, Françoise. Developing Reading Skills. A practical guide to readingComprehension exercises. Cambridge University Press, 1992.

KATO, Mary. O aprendizado da leitura. São Paulo, martins Fontes, 1990.KLEIMAN, Angela. Texto e leitor, aspectos da leitura. Campinas, Pontes,1980.

NUTTALL, Christine. Teaching reading skills in a foreign language. London,Heinemann Educational, 1982.

TORRES, Nelson. Gramática prática da língua inglesa: o inglêsDescomplicado. São Paulo, Saraiva, 1993.

TOTIS, verônica Pakraukas. Língua Inglesa: leitura, São Paulo, Cortez, 1991.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dosProcessos psicológicos superiores. São Paulo, Martins Fontes, 1991.

Diretrizes curriculares de língua estrangeira para o ensino fundamental.

Projeto Político Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

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O enfoque no Ensino Médio das relações de arte e sociedade com ênfase na arte e ideologia, a arte e o seu conhecimento, a arte e trabalho criador, tem como referência o fato de serem as três principais concepções no campo das teorias críticas de arte. Estas formas de interpretação de arte têm o trabalho como categoria fundante, que possibilita abordá-las de forma orgânica no conjunto dessa proposta pedagógica.

A arte está presente desde os primórdios da humanidade, no período denominado pré-história, como uma atividade fundamental do ser humano, ela é uma forma de trabalho criador.

A arte é um processo de humanização e o ser humano, como criador, produz novas maneiras de ver e sentir, que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura. Por isso é fundamental considerar as determinações entre os homens, os objetos e os outros homens, para compreender a relatividade do valor estético e as diversas funções que a arte tem cumprido historicamente e que se relaciona com o modo de organização da sociedade.

Assim uma proposta de ensino, nesta disciplina, tem como função levar o aluno à apropriação do conhecimento em arte, dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo.

Tendo este referencial como pressuposto e visando pensar o aluno como sujeito histórico e social, são apontadas três interpretações fundamentais da arte: arte e ideologia, arte e o seu conhecimento e arte e trabalho criador. Estas abordagens da arte norteiam e organizam a metodologia, a seleção dos conteúdos e a avaliação na prática escolar.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Relacionar e comparar intenções e valores nas manifestações artísticas e estéticas do passado e da atualidade, na sua própria cultura e na de outros povos, bem como: no teatro, na música, na dança, nas artes visuais, identificando autores e artistas de diferentes épocas, países, movimentos, gêneros nas diversas linguagens da Arte.

Reconhecer as profissões artísticas (o músico, maestro, compositor, ator, bailarino, artista, artista plástico, escultor, coreógrafo, estilista, dramaturgo, cineasta, diretor, gravador, arquiteto, ceramista etc.) através da história da arte.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1ª SÉRIE:

• ELEMENTOS FORMAIS;Artes visuais:

- Ponto;- Linha;- Superfície;- Textura;- Volume;- Luz;- Cor,

Música:- Cultura;- Duração;- Timbre;- Intensidade;- Densidade;

Teatro: - Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

- Ação;- Espaço cênico.

Dança: - Movimento corporal.

• COMPOSIÇÃO;Artes visuais:

- Figurativa;- Abstrata;- Figura-fundo;- Semelhanças;- Contrastes.

Música:- Ritmo;- Melodia;- Harmonia;

Teatro: - Roteiro;

- Enredo;- Gêneros.

Dança: - Coreografia;

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- Gêneros; - Técnicas.

• MOVIMENTOS E PERÍODOS;Artes visuais:

- Arte Africana;- Renascimento;- Barroco;- Arte Paranaense.

Música:- Música serial;- Música eletrônica;

Teatro: - Teatro pobre;

- Teatro oprimido.

Dança: - Dança moderna.

• TEMPO E ESPAÇO;Artes visuais:

- Bidimensional;- Plano;- Perspectiva;

Música:- Intervalo melódico;- Intervalo harmônico.

Teatro: - Jogos teatrais.

Dança:- Rotação;- Formação;- Deslocamento.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Ao desenvolver os conteúdos, os envolverão conhecimentos de diferentes obras de artes visuais, produtores e movimentos artísticos de diversas culturas em diferentes tempos da história. Trabalhar com o aluno de forma a desenvolver o sentir, expressar e pensar a realidade sonora ao redor do ser humano que se modifica nessa rede em que se encontra auxiliando o jovem e o adulto em fase de escolarização básica a desenvolver capacidade musical.

Fornecer aos jovens e aos adultos, capacidade de compartilhar descobertas, idéias, sentimentos e atitudes, ao permitir a observação de diversos pontos de vista, estabelecendo relação entre o individual e o coletivo através da socialização. Diante dos conceitos e a história da dança na vida humana, seus intérpretes, seus gêneros presentes nas várias culturas, será um aspecto importante na ampliação de referencias sobre essa linguagem.

Não deixando de levar em conta os portadores de necessidades especiais, através de um planejamento flexível de acordo como a necessidade especial específica de cada aluno incluso no Ensino Médio.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

Diante do contexto artístico e filosófico de diversas culturas e em diferentes tempos da história, também há de se fazer uma reflexão sobre a ação social que os produtos de arte impõem, concretizando as relações de trabalho na sociedade contemporânea.

Assim, considerando que a avaliação é um processo constante e que deverá constar de identificação e argumentação crítica sobre o direito à criação e comunicação cultural, respeitando os valores e gostos de outras pessoas da própria cidade e de outras localidades, conhecendo e interpretando cada produção cultural, há que se observar o domínio do indivíduo quanto às possibilidades físicas, emocionais e intelectuais.

Considerando ainda a Arte como forma de comunicação inerente ao ser humano, nela inserem-se também os conhecimentos básicos da linguagem e grafia musical como meio de comunicação e expressão de idéias e sentimentos, manifestações e cooperação interagindo em processos de criação e interpretações musicais. Também este aspecto será alvo de análise e observações durante o desenrolar do processo da avaliação.

Para que haja interação do conhecimento intelectual e corporal, a dança, mais uma das formas de comunicação artística, será vista como elemento integrador entre indivíduo e o processo de comunicação, sendo avaliada como expressão cultural, traduzindo a história e sentimentos dos seres humanos em geral.

Diante dessa forma de pensamento, a avaliação será aplicada em consonância com a metodologia da escola, avaliando-se o contexto filosófico do educando e também se utilizando de suas experiências e desenvolvendo a dinâmica criativa e original, valorizando as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula e constituirá da observação da atuação do educando, respeitando e compreendendo seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais, bem como seu direito de criação e comunicação cultural.

Diante de um contexto, no qual, está inserido o aluno com necessidades especiais, nota-se a necessidade da avaliação flexível, ou seja, não limitar a capacidade do aluno, respeitando não somente a sua necessidade, mas a sua real capacidade da observação do mundo da arte, de acordo com o que o aluno pode ou não assimilar, dentro da disciplina. Por isso, nota-se a necessidade de uma verdadeira avaliação contínua.

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6. BIBLIOGRAFIA:

ALAMBERT, Francisco. A semana de 22, a aventura modernista no Brasil. S.P.: Scipione, 1992.

Apostila do CEPPEB – Centro de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão Bagozzi.

ARRIBAS, Teresa Lleisca. Educação Infantil. Artmed. Porto Alegre: 2004.

AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. S.P.: Ática, 1997.

BARBOSA, Ana Mãe. A imagem no ensino da Arte. S.P.: Perspectiva, 1991.

CHUAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. SP: Ática, 2003.

Currículo Básico. Paraná: Secretaria Estadual de Educação, 1992.

FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo. Arte.

FIGUEIREDO, Lenita Miranda. História da Arte para criança. S.P.: Livraria Pioneira, 1988.

Gênios da Pintura. A pintura no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

História Geral da Arte. Grandes Gênios da pintura. Madri: Delta Image, 1996.

Lendas e mitos do Folclore brasileiro: Região Nordeste. S.P.: Rídeel, 1991.

LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré-escola e alfabetização. Petrópolis RJ: Editora Vozes, 2002.

MARTINS, Alberto. Goeldi. São Paulo, 1995.

MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. S.P.: FTD, 1998.

MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte. SP: FTD, 1998.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. RJ: Campus, 1983.

PROENÇA, Graça. História da Arte. S.P.: Ática, 1991.

Projeto Político Pedagógico – PPP – Diretrizes curriculares de artes/ arte. Julho /2000.

REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. S.P.: Cortez, 2002.

STABILE, Rosa Maria. A expressão artística na Pré-Escola. SP: FTD, 1989.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O fenômeno vida, objeto de estudo da disciplina de biologia vem sendo estudado por muitos pensadores ao longo dos tempos e as diferentes concepções formadas implicam no estudo da disciplina. Através da história da ciência e dos contextos históricos que provocam as mudanças, busca-se a compreensão da natureza.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio (2006), na Idade Média a interferência da igreja impedia a divulgação de descobertas científicas em relação ao Universo, prejudicando os avanços do conhecimento nessa área. Nos séculos XV-XVI os estudos de Botânica eram realizados sem a preocupação de estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição geográfica. Os animais eram analisados de forma comparativa com preocupação maior sobre a classificação. Apesar de conturbado esse período trouxe novas contribuições para a Biologia, porém mantendo o principio da criação divina. Os princípios da origem da vida também são questionados e no século XVII, a geração espontânea é contrariada pelos estudos do físico Francesco Redi, que introduz idéias sobre a biogênese trazendo grandes contribuições para as ciências biológicas. Na segunda metade do século XVIII a idéia de mundo estático, foi sendo cada vez mais confrontado. No final desde século estudos sobre a mutação das espécies são apresentados e a imutabilidade da vida questionada pelas evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Já no início do século XIX, Darwin, apresenta suas idéias sobre a evolução da espécie, e a concepção das espécies imutáveis dá lugar à reorganização temporal do homem. Em 1865, Mendel apresentou o resultado de suas pesquisas sobre a transmissão de característica entre os seres vivos, trabalho este que veio ser confirmado por outros geneticistas no século XX, quando houve uma revolução conceitual na Biologia, surgindo um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos vinculando-os ao material genético. Nessa época a genética se desenvolveu como ciência começando a ser vista como utilitária pela sua aplicação na medicina, na agricultura e em outras áreas.

Esses fatos apontados evidenciam a Biologia como fruto da produção humana, sendo resultado dos conhecimentos construídos pela humanidade ao longo de sua existência. Esses conhecimentos além de repassados de geração a geração, são avaliados e reelaborados de acordo com cada necessidade ou contexto social.

O ensino de Biologia deve ser organizado de forma que os conteúdos levem a compreensão da vida em toda sua diversidade e manifestação apontando como se constitui o conhecimento e como este conhecimento tem influenciado na construção de uma concepção de mundo , contribuindo para que se possa compreender as implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais.

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2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:

Adquirir uma visão de como o mundo vivo se organiza, desde os níveis de organização mais simples até os mais complexos, compreendendo as transformações nos seres vivos relacionadas com as condições do meio ambiente.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:• Organização e Distribuição dos seres vivos;• Biodiversidade;• Processos de modificações dos seres vivos;• Implicações dos avanços Biológicos no contexto Vida.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

1ª SÉRIE:- Organização celular: composição química, membrana, citoplasma e núcleo, divisão

celular, organização dos seres vivos;- Biomas terrestres: seres vivos, relações entre os seres vivos, características dos

seres vivos, reprodução, problemas ambientais;- Biomas aquáticos: seres vivos, reprodução, problemas ambientais;- Origem da vida: Teorias do surgimento da vida; - Embriologia;- Método Científico;- Ciência e saúde;- Pesquisas científicas;- Bioética.

• Conteúdos Complementares;− Segurança;− Cidades sustentáveis;− Redução das desigualdades sociais;− Gestão dos recursos naturais;− Infra-estrutura e integração Regional;− Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por

cor, renda e escolaridade no país e no município;− Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país;− Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à

população negra;− Pesquisa com alunos de dados na escola com relação à população negra.

2ª SÉRIE:

- fisiologia comparada (animal e vegetal): nutrição, respiração, circulação, excreção, revestimento do corpo, sustentação, locomoção, reprodução;

- Reprodução humana;- Ciência e Saúde;- Pesquisas científicas/biológica;

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- Bioética;- Biotecnologia.

• Conteúdos Complementares;− Segurança;− Cidades sustentáveis;− Redução das desigualdades sociais;− Gestão dos recursos naturais;− Infra-estrutura e integração Regional;

Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor, renda e escolaridade no país e no município;Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país;Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população negra;Pesquisa com alunos de dados na escola com relação à população negra.

3ª SÉRIE:

- Os seres vivos e o ambiente: Produtores, consumidores decompositores;- Ciclos biogeoquímicos;- Cadeias e teias alimentos;- Desequilíbrio ambiental;- Origem e Evolução da Vida: Teorias do surgimento da vida, Lamarck X Darwin,

mutação;- Origem das espécies: Conquistas dos ambientes pelos seres vivos, especiação,

árvore filogenética;- Genética: leis de Mendel; anomalia genéticas humanas; - Ciência e saúde;- Pesquisas ciêntíficas/biológicas;- Bioética;- Biotecnologia.

• Conteúdos complementares− Segurança;− Cidades sustentáveis;− Redução das desigualdades sociais;− Gestão dos recursos naturais;− Infra-estrutura e integração Regional;− Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por

cor, renda e escolaridade no país e no município;− Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país;− Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à

população negra;Pesquisa com alunos de dados na escola com relação à população negra.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Para a compreensão dos conteúdos de Biologia é importante a abordagem da história da disciplina, pois há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos, sendo possível verificar que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada ao seu momento histórico. Os enfoques devem ser considerados, tendo em vista que a aproximação social dos conteúdos, favorece o estabelecimento de relações entre ciência e tecnologia e suas aplicações na sociedade.

O debate de situações e informações atuais pode levar a busca da compreensão da realidade, tornando o indivíduo interessado e investigativo. A leitura e a escrita merecem atenção devendo ser pensadas a partir do significado das mediações das influências incorporações que os alunos trazem. As atividades práticas demonstrativas devem ser cuidadosas para não dar a idéia de verdades definidas e de ciência como verdade imutável. A Biologia deve ser entendida como um processo de produção do desenvolvimento humano propiciando condições de reflexão sobre os conhecimentos e o papel de sujeito capaz de atuar na sociedade. Essa condição é válida também para os portadores de necessidades especiais, pois em qualquer situação, é fundamental que se tenha em mente que se trata de um indivíduo social historicamente situado com interesses e necessidades relativas a sua faixa etária e que tem direitos e deveres ainda que sejam relevantes suas diferenças no processo educacional considerada para maioria dos alunos.

Praticar uma educação para todos é atender a diversidade do alunado presente na escola adotando um planejamento flexível que esteja ao alcance de todos. É importante intervenções pedagógicas por meio de estratégias metodológicas utilizadas, até a utilização de recursos e serviços especializados para a superação das dificuldades favorecendo a transformação da condição física e social.

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5.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e aprendizagem de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem determinados conteúdos, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos e o planejamento das ações pedagógicas.

A conferência entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para uma avaliação real dos processos cognitivos dos alunos.

Por meio dos instrumentos avaliados diversificados os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam e argumentam defendendo o seu ponto fé vista. O professor pode interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação e reestruturar o processo educativo. Essa reestruturação se da´ra com base em uma auto-avaliação que orientará a continuidade da pratica pedagógica ao seu redirecionamento.

Dessa forma a avaliação passa a ser entendida como um instrumento, cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem, logo não pode ser usada à mesma forma de avaliação para todos os alunos. Cada um deve ser avaliado em seu potencial principalmente portador de deficiências especiais. É preciso um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, a fim de serem observadas pelos professores e alunos os avanços de dificuldades apresentadas por alunos.

6.BIBLIOGRAFIA:

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AMABIS, J. M.; MARTHO, G.R. Biologia dos organismos. Vol. 2. São Paulo : Moderna, 995.

HENNIG & FERRAZ. Biologia Geral. 9ed. Revista e ampliada. Porto Alegre, 1991.

LOPES, Sônia Godoy Bueno Carvalho. Bio – Completo e Atualizado. 2ed. São Paulo : Saraiva,1995.

SANCHES, M. A. A Diversidade : o valor da vida. In ____ Bioética: Ciência e Transcendência. São Paulo : Loyola, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento do Ensino Médio. Orientações curriculares – Biologia. Curitiba, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Versão preliminar : Curitiba, 2006. Projeto Político Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O trabalho com a Educação Física no Ensino médio possibilitara aos alunos uma ampliação da visão sobre a cultura corporal do movimento, e assim, viabilizara a autonomia para o desenvolvimento de uma prática pessoal e capacidade para interferir na comunidade, seja na manutenção ou na construção de espaços de participação em atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de lazer e como expressão de sentimentos, afetos e emoções.

A Educação Física tem um papel social que deverá promover a integração e a inserção no grupo; representar um via de acesso para a valorização e apreciação da cultura corporal; mostrar a relação entre a cultura corporal e o exercício da cidadania; validar e instrumentalizar o lazer resgatando o prazer enquanto aspecto fundamental para a saúde e melhoria da qualidade de vida; promover por meio de conhecimento sobre o corpo, a formação de hábitos de auto-cuidado; e também criar condições para que os conhecimentos construídos possibilitem uma analise crítica dos valores sociais.

Cabe a Educação Física, com área de estudo fundamental buscar a compreensão e entendimento do ser humano, enquanto produtor de cultura, aqui entendida como produto da sociedade e como processo dinâmico que vai constituindo e transformando a coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os e transcedendo-os.

As competências propostas giram em torno do auto-conhecimento e auto-cuidado, assim como do desenvolvimento da consciência sanitária em sua dimensão coletiva. O desenvolvimento de um comportamento autônomo depende de suportes materiais , intelectuais e emocionais.

Para a conquista da autonomia é preciso considerar tanto o trabalho individual como o coletivo cooperativo. O individual é potencializado pelas exigências feitas aos alunos no sentido de se responsabilizarem por suas tarefas,pela organização, pelo envolvimento com o tema de estudo.

Portanto, a Educação Física aponta para uma valorização dos procedimentos sem restringi-los ao universo das habilidades motoras e dos fundamentos dos esportes , incluindo procedimentos de organização sistematização de informações, aperfeiçoamentos entre outros. Aos conteúdos conceituais de regras táticas e alguns dados históricos fatuais de modalidades somam-se reflexões sobre os conceitos de ética, estéticas, desempenho, satisfação, eficiência entre outros. E finalmente, os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objeto de ensino e aprendizagem e proposta como vivências concretas pelo aluno , o que viabiliza a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.

• Compreender o funcionamento do organismo humano, de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões físicas.

• Desenvolver as noções conceituais de esforço intensidade e freqüência, aplicando-as em suas práticas corporais.

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reintegra-las em bases cientificas, adotando uma postura autônoma na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.

• Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas e consciente da importância delas na vida do cidadão.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1º SÉRIE:

• ESPORTEModalidade desportiva:

− Voleibol;− Handebol;− Futebol de Salão;− Xadrez;− Tênis de mesa.

• GINÁSTICAO significado da atividade física para uma prática permanente:

− Histórico; − Evolução das praticas da atividade física;− Teste de aptidão física;− A importância da educação física;− Correção postural.

• DANÇAEducação através da dança:

− Ritmo; − Dança escolar movimento básico;− Consciência corporal;− Manifestação da cultura corporal.

• JOGOS− Brincadeiras de rua; − Jogos de peteca.

• LUTAS− Karatê; − Capoeira.

2º SÉRIE:

• ESPORTESModalidade desportiva:

− Voleibol;− Handebol;− Futsal;− Xadrez;− Tênis de mesa.

• GINÁSTICA:

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Relação entre atividade física, alimentação e obesidade:− A importância da atividade física;− Ginástica rítmica;− Ginástica artística.

• DANÇA− Histórico;− Ritmo;− Funk;− Axé;− Street;− Raggae;− Rap.

• JOGOS− Jogos de salão; − Jogos derivados de esporte.

• LUTAS− Judô.

3º SÉRIE:

• ESPORTEModalidade desportiva:

− Voleibol;− Futsal;− Handebol;− Tênis de mesa;− Xadrez.

• GINÁSTICADoenças causadas pela falta da prática de exercícios físicos:

− A importância da pratica desportiva;− Histórico e evolução das praticas das atividades físicas corporais;− Manifestação da cultura corporal;− Qualidade de vida .

• DANÇAEducação através da dança:

− Histórico das danças aeróbicas;− Aeróbica;− Atividade física relacionado com a dança;

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− Ginástica localizada ;− Step.

• JOGOS− Jogos de raquete; − Jogos cooperativos.

• LUTAS− Judô;− Capoeira.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Drogas;− Noções de 1º socorros;− Saúde ;− Dança afro.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Através das aulas praticas para desenvolver modalidades esportivas tanto coletivas como as individuais de forma alternada para que surjam situações que permitam debates entre alunos e professor sobre experiência das competições individuais e coletivas, enfatizando o respeito mutuo que leva a existir em tais situações.

Através de trabalho em grupos, de debates, seminários, palestras, filmes, entre outros que levam os alunos a entender melhor o tema e a evolução pratica da atividade física, bem como os benefícios da mesma para uma vida melhor.

Através de pesquisa em grupos os alunos se afundaram nas danças e ritmos folclóricos, observando onde surgiram, os principais passos, musicas vestimentas, seguida de uma apresentação do conteúdo pesquisados para os demais alunos.

Dessa forma não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdiciplinariamente na aprendizagem da criança inclusa, de modo a não se caracterizarem dos processos distintos e desvinculados. Devendo oportunizar os alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos ainda que apresente diferenças sociais, culturais e pessoais efetivando-se a igualdade de oportunidades principalmente em condições semelhante aos demais.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

Será um processo continuo permanente cumulativo, onde o professor esta organizando e reorganizando o seu trabalho nas diversas manifestações, levando o aluno com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo. Observando a participação e desenvoltura dos alunos em cada atividade verificando suas individualidades e necessidades de cada um.

Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinariamente na aprendizagem da criança inclusa, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações” a regular e a especial.

6. BIBLIOGRAFIA:

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236

ABRAMOVAY, M. e CASTRO, M. G. Ensino Médio: Múltiplas vozes. Brasília: MEC,

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BETTI, M Educação Física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas .In: Revista

Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo/ SP, p. 73 a 81.

BRACHT, V. A Constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In: Cadernos.

Cedes, ano XIX, nº. 48, agosto 99

BRACHT, V.[ ... et al.]. Pesquisa em ação: Educação Física na escola, Egeu/RS. Editora

Unijuí, 2003.

DARIDO, S. C. e RANGEL , I. C..Educação Física na Escola: Implicações para a

prática pedagógica. Rio de Janeiro/RJ. Guanabara Koogan, 2005.

KUNZ, E ( org. ).Didática da Educação Física v.1. Ijuí. Ed. Unijuí, 2003.

.Didática da Educação Física v.2. Ijuí. Ed. Unijuí, 2004.

.Educação Física: Ensino e mudanças. Ijuí. Ed. Unijuí, 2004.

.Transformação didática – pedagógica do esporte. Ijuí. Ed. Unijuì, 2003.

.Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.

.Educação Física: conhecimento e especificidade. São Paulo. Revista paulista de

Educação Física. Suplemento n. 2. 1996.

.Sociologia critica do esporte: uma introdução. Ijuí. Ed. Unijuí, 2005.

DURZ, R. O colapso da modernização: da derrocada do socialismo da caserna à crise

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-P.P.P

- Diretriz Curricular Educação Física para o ensino médio.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Sabe-se que a formação do aluno, na educação básica deve ter como alvo principal à aquisição de conhecimentos básicos, a preparação cientifica e a capacidade para utilizar as diferentes tecnologias, relativas as áreas de atuação.

Propõe-se no curso Normal, a formação geral do aluno desenvolvendo sua capacidade de pesquisar, buscar informações, analisa-las.

Sendo assim a Física é imprescindível, pois leva a compreensão do mundo em que vivemos, contribui para a formação de uma cultura científica efetiva que permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais.

Tem-se como metas, tornar significativo esse aprendizado científico, principalmente para os alunos cujo conhecimento é necessário para seu futuro profissional.

O caráter prático-transformador e o caráter teórico-universalista da Física não são traços antagônicos, mas sim, dinamicamente complementares. Compreender esse enfoque permite evitar tanto o tratamento “tecnicista” quanto o tratamento “formalista” e, procurando partir sempre que possível de elementos vivenciais e mesmo cotidianos, formulam-se princípios gerais da Física com a consistência garantida pela percepção de sua utilidade e de sua universalidade.

Deve-se elaborar cada assunto da Física, pelo desenvolvimento de uma temática e de uma linguagem, comum ao professor e a seu aluno, contidas no universo de vivencia de ambos.

Tais abordagens devem ainda servir de meios de articulação e complementação do aprendizado teórico.

Assim, essa percepção do saber físico como construção humana, deve promover a consciência de uma responsabilidade social que o leve ao pleno exercício da cidadania.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Compreender enunciados que envolvem códigos e símbolos físicos. • Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas

para a expressão do saber físico.• Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas

entre si. Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua representação simbólica.

• Apresentar de Forma clara e objetiva o conhecimento aprendido, através de tal linguagem.

• Elaborar sínteses os esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.• Conhecer e utilizar conceitos físicos.• Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.• Relacionar e compreender leis e teorias físicas.• Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar

modelos físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar previsões.

• Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do saber científico.

• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da cultura humana.

• Conhecer fontes de informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas.

• Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua historia e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

• Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1º SÉRIE:

• CINEMÁTICA ESCALAR;- Trajetória;- Posição escolar.- Movimento Uniforme e Movimento Uniforme Variado (Muv);- Aceleração escolar;- Funções horárias;- Posição em função do tempo;- Equação de Torricelli.- Leis De Newton;- Princípio Fundamental da Dinâmica ou 2ª lei de Niwton; - Princípio da ação e reação ou 3ª lei de Newton.

2º SÉRIE:

• CALORIMETRIA;- Relação entre as escalas;- Dilatação;- Calor específico e calor latente.- Óptica Geométrica;- Princípios da óptica geométrica;- Reflexão da luz;- Refração da luz;- Prismas.

3º SÉRIE:

• ELETRICIDADE;- Carga elétrica;- Processo de eletrização;- Força elétrica;- Campo elétrico;- Corrente elétrica;- Potência elétrica;- Resistores e geradores.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;Objetivo – O objetivo é a identificação de problemas que afetam a qualidade de

vida dos seus alunos e do seu entorno, para que juntos, escola e comunidade escolar, busquem soluciona-los a partir de discussões que favoreçam a discussão de saberes.

Eixo temático – Segurança;Cidades sustentáveis;Redução das desigualdades sociais;

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Gestão dos recursos naturais;Infraestrutura e integração regional.

• CULTURA AFROAnálise dos dados do IBGE sobre a composição da população Brasileira e

pouca renda e escolaridade no pais e no município;Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho;

Realização com alunos de pesquisas de dados na escola com relação à população negra;Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico.

Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias para ser transmitido no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento cientifico historicamente produzido.

No entanto, quando os estudantes chegam a escola eles não estão vazios, não são uma tábua rasa. E, ainda, a composição de uma sala de aula mistura pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem também dessa origem, o que torna impossível molda-los como se fossem iguais. Dentro de um determinado conteúdo, seja qual for a metodologia escolhida pelo professor, é importante que considere o que eles conhecem e, esse seja ponto de partida para o inicio de uma aprendizagem que agregue significados para professor e estudantes.

Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não conhecem? Ou, ainda questões que eles trazem mas não sabem como formular. Nesses casos é imprescindível o papel do professor como uma espécie de informante científico. Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento fisco, num processo organizado e sistematizado pelo professor. O objetivo é que professor e estudantes, em conjunto, compartilhem significados na busca da aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substitui – lo.

A partir do conhecimento físico, em acordo com TAVARES (2004), o estudante deve ser capaz de perceber e aprender em outras circunstâncias onde fizerem presentes situações semelhantes as trabalhadas pelo professor em aula, apropriando-se da nova informação, transformando-a em conhecimento. Então, seja qual for a metodologia adotada pelo professor, em conformidade com o conteúdo trabalhado, deve-se sempre buscar uma avaliação do processo, que só tem sentido se utilizada para verificar a apropriação do conteúdo. A partir desse processo avaliativo o professor terá substituídos para intervir.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação deve levar em conta os pressuposto teóricos adotados por esta diretriz. Ao consideramos importante os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das idéias em física e a não neutralidade da ciência, nossa avaliação deve levar em conta o progresso do estudante quanto a esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de estudo da física, então ao avaliar deve-se também considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes.

Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de analise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a física, como por exemplo, uma visita a um parque de ciência, dentre outros.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento: e junto todo esse processo, trazendo o aluno incluso para junto de todos de uma maneira mais simplificada possível para que haja uma boa interação entre eles.

6. BIBLIOGRAFIA:

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Física: Coleção Horizontes

Ivan Gonçalves dos Anjos;

Editora Ibep.

Curso de Física - VI

Antônio Marciano e Beatriz Alvarenga;

Editora Scipicione – 5ª edição.

Ramalho Júnior, Francisco – Os Fundamentos da Física.

São Paulo; Moderna, 1993.

Silva, Djalma Nunes – Série – Novo Ensino Médio

São Paulo; Ática 2002.

Arcipreste, Nicolangelo Alcel – Física – 2º Grau

São Paulo; Ática 1981.

Projeto Político pedagógico

Bonjorno, Regina F. S. Azenha – Física Fundamental

São Paulo; FTD.

Diretrizes Curricular do Ensino MédioCOLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A trajetória da Geografia enquanto ciência passou por profundas transformações e seu objeto de estudo alterou-se durante os transcorrer da história dessa ciência. Moraes (1998, p. 13) abre seu livro questionando o que é Geografia? Para Moraes, alguns autores definem a Geografia como o estudo da superfície terrestre, outros definem como o estudo da paisagem, para outros uma ciência de síntese. Moraes (1998, p. 14) argumentando sobre a obra de Kant, nos destaca ainda que:

Para este autor, haveria duas classes de ciências, as especulativas, apoiadas na razão, e as empíricas, apoiadas nas observações e nas sensações. Ao nível das segundas, haveria duas disciplinas de síntese, a Antropologia, síntese dos conhecimentos relativos ao homem, e a Geografia, síntese dos conhecimentos sobre a natureza.

Várias outras concepções foram elaboradas como definições para o objeto de estudo da Geografia, podendo-se destacar, a Geografia como estudo da individualidade dos lugares, a Geografia como estudo da diferenciação das áreas, a Geografia como estudo do espaço, até que segundo Moraes (1998, p. 18) “finalmente, alguns autores definem a Geografia como o estudo das relações entre o homem e o meio, ou posto de outra forma, entre a sociedade e a natureza”.

A Geografia como ciência e como conteúdo escolar tem uma história muito recente, porém, ao correr de sua história, passou por diversas transformações, e essas mudanças vão influenciar diretamente o ensino dessa ciência. No início do ensino de Geografia no Brasil, foi muito enfatizada a Escola Francesa, influenciada por Vidal de La Blache e seu Possibilismo. Essa ciência introduzida no Brasil por Dom Pedro II, pautava-se nos aspectos positivistas de uma ciência asséptica, como destaca Moraes (1998, p. 22):

Uma primeira manifestação dessa filiação positivista está na redução da realidade ao mundo dos sentidos, isto é, em circunscrever todo o trabalho cientifico ao domínio da aparência dos fenômenos. Assim, para o positivismo, os estudos devem restringir-se aos aspectos visíveis do real, mensuráveis, palpáveis. Como se os fenômenos se demonstrassem diretamente ao cientista, o qual seria mero observador.

Todo esse caráter eminentemente descritivo, do qual a Geografia tradicional estava carregada, conferiu a esta ciência enquanto disciplina escolar um aspecto maçante, simplório. A Geografia escolar era tida como uma disciplina decorativa, como nos destaca Lacoste (1988, p. 21) “todo mundo acredita que a geografia não passa de uma disciplina escolar e universitária, cuja função seria a de fornecer elementos de uma descrição do mundo...”.

Com as transformações ocorridas no pós-guerra, o desenvolvimento do capitalismo, o socialismo, a Guerra Fria, o acirramento das desigualdades sociais, as transformações do espaço agrário, as mudanças no mercado de trabalho, entre outros fatores; essa ciência tradicional passou a não conseguir explicar toda essa complexidade de interações/transformações. Nesse âmbito começa a nascer uma nova ciência geográfica, baseada nos postulados de Marx. Essa nova ciência foi denominada de Geografia Crítica. Segundo Gomes (2005, p. 223):

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Os anos posteriores à guerra de 1939-1945 foram testemunhas de uma reação crítica em relação ao tempo glorioso das monografias regionais na geografia. Com efeito, desde o fim do séc. XIX até aproximadamente o quarto decênio do século seguinte, a conduta monográfica foi considerada como a mais adaptada para a geografia.

Dessa forma, o ensino de Geografia deverá basear-se nos postulados da Geografia Crítica. A disciplina de Geografia deve ser capaz de fazer o aluno compreender o espaço geográfico, resultante da interação entre natureza e sociedade, formar um cidadão capaz de entender que os fatos são construídos historicamente e que cada aluno deve ser sujeito ativo nessa história, capaz de diferenciar e trabalhar a grande quantidade de informações que temos acesso hoje.

Nesse novo contexto, a Geografia redefine-se como ciência social, onde o importante é pensar o estabelecimento de relações através da interdependência, da conexão de fenômenos, numa ligação entre o sujeito humano e os objetos de seus interesses, na qual a contextualização se faz necessária. De acordo com Cavalcanti (1998, p. 24):

De minha parte, tenho insistido na importância dos objetivos de ensino para a Geografia, referidos principalmente ao caráter da espacialidade de toda prática social. Entre o homem e o lugar existe uma dialética, um constante movimento se o espaço contribui para a formação do ser humano, este, por sua vez, com sua intervenção, com seus gestos, com seu trabalho, com suas atividades, transforma constantemente o espaço.

Nesse novo sentido, a Geografia deve fazer com que o aluno desenvolva a capacidade de aprender a fazer, aprender a ser; o aluno deverá ser capaz de exercer sua cidadania, onde os saberes dos alunos sejam demonstrados através de competências e valores necessários à melhoria de vida no país e no globo. O Ensino de Geografia deve fazer com que o aluno seja capaz de analisar o real, suas causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade.

Dessa forma, o ensino de Geografia deve proporcionar ao aluno ser capaz de compreender os fenômenos ligados ao espaço, bem como todas as suas interações; reconhecer as contradições e os conflitos econômicos, culturais e sociais que regem o ritmo de vida global/local como construções históricas, portanto possível de mudança, bem como descobrir que vive em uma escala local, regional, nacional e global.

2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania. Um indivíduo com uma visão de mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive. Podemos dizer que queremos formar indivíduos capazes de entender os fatos que acontecem no mundo, interpretá-los e de estabelecer relações não só entre fatos, mas deles com a realidade do local onde vive, ou seja, o espaço geográfico.

• Entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço geográfico, tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como parte integrante dele.

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• Valorizar o conhecimento prévio do aluno para proporcionar o desenvolvimento dos conceitos fundamentais da Geografia, como paisagem, espaço, lugar e território, etc.

• Proporcionar ao aluno o domínio do vocabulário geográfico e utilizar diferentes linguagens, dentre elas, a cartográfica, dominar conceitos e explicações geográficas, afim de torná-lo capaz de posicionar-se diante de situações reais, transformando o estudo da geografia num exercício de cidadania.

• Compreender o processo de construção dos espaços geográficos brasileiros, tendo por base o seu desenvolvimento desde o período colonial; conhecer a tipologia dos espaços geográficos aqui conhecidos; compreender as contradições sócio-espaciais existentes no Brasil; conhecer a formação econômica do Brasil e compreender a regionalização brasileira.

• Estabelecer novas relações entre os temas tratados numa abordagem mais abstrata. Deve priorizar a análise do espaço geográfico mundial, estabelecendo comparações entre o Brasil e outros países de forma a contextualizar, sempre que pertinente, a realidade brasileira com a dinâmica mundial.

• Estimular o interesse pela dinâmica da produção do espaço mundial, fornecendo aos alunos o preparo para que possam acompanhá-la, assumindo postura crítica diante dos acontecimentos, posicionando-se com relação às questões ambientais, sociais, econômicas na atualidade.

• Enfatizar o estudo do espaço mundial, tendo em vista as grandes mudanças que estão ocorrendo como resultado dos processos de globalização e de regionalização, de um lado, e de fragmentação, de outro. O Brasil aparece muitas vezes na análise para permitir uma comparação do nosso país com outras realidades, porém a ênfase é o mundo.

• Entender os principais fenômenos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais, que acontecem no espaço geográfico mundial.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1ª SÉRIE:

• GEOPOLÍTICA;− Conflitos étnico-culturais;− Demarcações de territórios indígenas;− Meio Ambiente e desenvolvimento;− Biopirataria.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− Os movimentos da Terra no Universo da Terra e suas influências (Rotação e

Translação);− Localização;− Produção espacial e poluição;− Extrativismo;− Desmatamento;− Aspectos naturais da Terra.

• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− Os diferentes grupos sócio-culturais e suas marcas na paisagem e no espaço;− Crescimento e estrutura da população.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− O espaço geográfico e o espaço natural;− Os setores de economia;− Modos de produção;− Relações econômicas;− Relações políticas.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais;− História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes.

2ª SÉRIE:

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• GEOPOLÍTICA;− Recursos energéticos;− Conflitos rurais;− Territórios urbanos.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− Crescimento urbano desordenado;− Rios e bacias hidrográficas;− Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;− Desigualdade social e problemas ambientais;− Aspectos naturais do território brasileiro.

• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− O êxodo rural;− A composição demográfica dos lugares;− Migrações e suas conseqüências;− História das migrações mundiais;− Movimentos sociais;− Estudo dos gêneros (masculino, feminino e outros);− A ocupação do território brasileiro.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− A colonização do território brasileiro; − A estruturação do espaço territorial brasileiro;− As regiões brasileiras;− Industrialização;− Espaço rural/tecnologia/modernização;− Agricultura paranaense;− Urbanização.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais;− História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes.

3ª SÉRIE:

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• GEOPOLÍTICA;− Formação de blocos econômicos/regionais;− Formação dos Estados Nacionais;− Globalização;− Estado, nação e território;− Movimentos sociais;− Redefinições de fronteiras.

• A DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL;− Biotecnologia e mudanças ambientais;− Mudanças climáticas;− Problemas ambientais relacionados a água;− Aspectos físicos paranaenses.

• DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA;− Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais;− A identidade nacional e processo de globalização;− A cultura e a produção espacial;− População paranaense;− A cultura paranaense.

• A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO;− Economia e desigualdade social;− Revolução técnico-científica;− Sistemas financeiros;− Redes geográficas;− Regionalização do Paraná.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;− Agenda 21;− Noções de Educação Ambiental;− Acordos internacionais;− Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;− Desenvolvimento sustentável;− Redução das desigualdades sociais;− História e cultura afro-brasileira e africana;− Origem histórico-geográfica do preconceito racial;− Aspectos culturais dos povos afro-descendentes;− Estudo das belezas naturais da África e o turismo;− Condições sócio-econômicas dos povos afro-descendentes;

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

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De modo geral, os acontecimentos geográficos tornam se significativos para o educando, como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam sobre suas vivências e inserções geográficas. A metodologia aplicada será ampla e abrangente e dentro do contexto a ser trabalhado. Sendo que se deterá em trabalhar o ser por inteiro, levando ao desenvolvimento do conhecimento teórico, prático, mas também do humano e social.

O mesmo apresentará flexibilidade e buscará relacionar e conhecer as transformações através de atividades que propiciem o desenvolvimento da capacidade de formar conceitos, relacionar conhecimentos, pesquisar, analisar, comparar e contextualizar situações, sintetizar e tirar conclusões e novas experiências de conhecimentos adquiridos. No encaminhamento dos trabalhos serão realizados:

• Aula expositiva dialogada;• Leitura dirigida e informativa de textos;• Pesquisa, diálogo e intercâmbio de idéias;• Análise de textos complementares, imagens, figuras e músicas;• Explicações, seminários e debates;• Apresentação oral e escrita de temas;• Excursões (visitas e passeios) e palestras; • Construção de paródias, dramatizações;• Elaboração e interpretação de mapas;• Uso de filmes;• Discussão em gruposVisando o pleno desenvolvimento das atividades acima descritas serão

utilizados recursos, tais como: vídeos, músicas, aparelhos de som, retroprojetor, representação do globo terrestre, mapas, jornais, revistas, DVD, livros, internet, jogos, letras de músicas, entre outros.

Com relação à inclusão escolar, entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve proporcionar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. Nesse sentido, o ensino de Geografia deve buscar caminhos para instrumentalizar o aluno incluso de forma a propiciar a este as mesmas condições de leitura do espaço e do mundo que os demais alunos possuem.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação se caracteriza por um dos paradoxos mais complexos no processo

de ensino aprendizagem. Nesse sentido, educadores estão constantemente discutindo a melhor forma de avaliar, quais as maneiras mais corretas. De acordo com Argento:

A prática docente do processo ensino-aprendizagem está vinculada às inter-relações entre os sujeitos do processo. O homem constrói seu conhecimento fundamentado em suas relações com a natureza, com o espaço e com a sociedade. O conhecimento, então, passa a ter significado na vida humana, e o processo avaliativo se torna processual, dinâmico e formativo.

Segundo Dalmas: por meio da avaliação, descobre-se como o grupo está entre o que se propôs (objetivos) e a vivência (resultados obtidos). Dessa forma, a avaliação torna-se uma ferramenta importante para constatar se os resultados obtidos no processo de ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O processo de avaliação que será desenvolvido deve ser coerente com o que se está propondo para a metodologia de ensino. Sendo assim, se está propondo-se um ensino crítico, o processo de avaliação também deve-se basear-se nos postulados da Geografia Crítica.

Nessa nova concepção, avaliar torna-se mais do que verificar se o aluno memorizou o conteúdo, mas sim verificar se ele conseguiu apropriar-se do conteúdo interagindo entre a teoria a prática, ou seja, o seu cotidiano. Nesse sentido, seguindo a tendência da pedagogia Histórica Crítica, entra em ação a Catarse. Segundo Gasparim (2003, p.128):

A Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola.

Ainda sobre esse assunto, Wachowicz apud Gasparim (2002, p. 129) nos diz que a “a ‘Catarse é a verdadeira apropriação do saber por parte dos alunos’. Isso significa que o estudante não apenas aprendeu de cor a lição, mas constituiu para si uma nova visão da realidade”. Desta forma é necessário romper com a avaliação como forma de repressão e submissão por parte do aluno, esse fato acaba trazendo um sentido negativo para a prática avaliativa e estabelecendo uma relação de conflito como destaca Souza:

As relações de poder e subordinação, presentes na sociedade, reproduzem-se na forma como a escola se organiza e funciona. E dentre os aspectos específicos da vida da escola, em que se expressam relações autoritárias e hierárquicas, tem-se a avaliação. Os depoimentos tanto dos profissionais que atuam na escola como dos alunos apontam-na como uma ação unidirecional no seu foco e no seu processo, ou seja, de todos os elementos integrantes do processo escolar, só o aluno é sistematicamente, avaliado, e essa avaliação se concretiza, exclusivamente, pelo julgamento que o professor faz dele.

Portanto, conforme estabelece a Pedagogia Histórico Crítica e os postulados da Geografia Crítica o processo de avaliação será contínuo e diagnóstico. A avaliação estará sendo executada a todo o momento, através de questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por exemplo, júris simulados, dramatizações, seminários, entre outras, onde estarão sendo avaliados, participação, análise dos fatos, coerência das idéias expostas, compreensão do conteúdo.

No que tange a disciplina de Geografia, deve-se avaliar no aluno a capacidade

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de interação com o espaço geográfico, ler e interpretar os símbolos cartográficos, além dos códigos específicos da Geografia, reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas. O educando deve também reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação; reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos.

Em um aspecto mais prático, a avaliação formal do grupo se dará mediante aplicação de provas e trabalhos bimestrais, que terão por objetivo avaliar a aprendizagem do aluno com relação aos conteúdos estruturantes da disciplina. Essas provas e trabalhos terão o objetivo de avaliar a capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos alunos. Essas provas deverão ser compostas de questões abertas, que incentivem o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno. Conforme destaca Argento, os instrumentos avaliativos podem ser os mais diversos possíveis no caso da avaliação formal:

... Os instrumentos avaliativos mais utilizados pelos professores são: avaliações escritas sem consulta, trabalhos individuais e/ou em grupo, tanto em forma oral como em forma escrita, pesquisas bibliográficas, conversas informais, debates, relatórios, avaliação operatória, painéis, murais, auto-avaliação.

No que concerne à avaliação do aluno incluso, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusa, de modo que a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”, a regular e a especial.

6. BIBLIOGRAFIA:

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Projeto Político Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A história tem como objetivo de estudos os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

Segundo o historiador Chistopher Lloyd (1995), os processos históricos estão articulados em determinadas relações causais. Os acontecimentos históricos estão articulados em determinado local e tempo, produzem as relações humanas estas permitem um espaço de atividades em relação aos acontecimentos históricos, isso acontece de modo não linear, ou seja, as ações humanas produzem relações e são as novas relações produzidas que construam novas ações humanas.

A finalidade da História é expressar na produção do conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão e da analise critica destes conhecimentos.

A nova História Cultural se utiliza das categorias de representação a apropriação para a produção do conhecimento histórico. Representação, considerada a pedra angular da nova História Cultural, conceito superior ao de mentalidade, é entendida como as diferentes formas e culturais, percebem e compreendem sua sociedade e sua própria história. Dessa forma, a nova história. Dessa forma, a nova história Cultural se baseia na correlação entre práticas sociais e representações.

A Nova Esquerda Inglesa, por sua vez, surgiu com historiadores britânicos em 1956, identificados pela sua vinculação ao Partido comunista Inglês que descontentes com o Regime Stalinista, romperam com o partido. Este rompimento extrapolou o campo político, o que acabou por influenciar fortemente a historiografia britânica.

A divisão entre superestrutura e infra-estrutura, comum nos estudos marxistas ortodoxos é superada pela nova Esquerda Inglesa. A cultura é entendida de forma integrada aos modos de produção e não como muro reflexo da infra-estrutura econômica de uma sociedade nessa perspectivas existiria uma relação dialética entre a cultura e as estruturas sociais.

Outro conceito fundamental é o de poder, onde a nova Esquerda Inglesa busca supera a visão mecânicas e reducionistas de um corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma revolução, e ainda uma História tradicional cercada em fatos históricas determinados e Inglesa procuram analisar a concepção de poder de forma a apresentar outros atores sociais e outros espaços de poder o que ficou conhecida como a “História vista de baixo”.

Essa concepção de História enquanto experiência de homens e mulheres e sua relação dialética com a produção material, valorizar a possibilidade de luta e transformação social. Justifica-se assim a concepção de História que se pretende, a qual não se vincula às teorias deterministas da estrutura, nem às teorias voluntaristas de ficção. Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à humana em toda a sua diversidade.

A partir da apropriação do conceito de Consciência histórica nestas

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diretrizes, busca-se analisar as implicações das opções teórico-metodológicas para o ensino da História na formação dos sujeitos.

As concepções que marcaram a produção historiográfica, a partir da adoção de referencias teóricas e de métodos, permitem a compreensão de que o conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o seu objetivo de investigação, constituídos nas experiências dos sujeitos. Ao se apropriar dessas produções e concepções, o ensino de historio contribuiu para a formação de uma consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estado das experiências do passado, nessa perspectiva, permite formar pontos de vista históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência histórica. Essa concepção de história, apropriada no tratamento dos conteúdos escolares permite a constituição da consciência histórica genética na medida em que articula a compreensão do processo histórico relativo às permanências e às transformações, temporais dos modelos culturais, bem como favorecem a compreensão da vida social em toda a sua complexidade.

Para que esse objetivo seja alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva, possibilita que o professor explore os novos métodos de produção do conhecimento histórico e amplia as possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documento de sujeitos. Além disso, permite que o aluno elabore conceitos que permitam pensar historicamente, superando também a idéia de história como algo dado, como verdade absoluta.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Formar cidadãos e, mais do que isso, criar sujeitos historicamente constituídos, que possam perceber a sua inserção na História com sujeito (no presente), herdeiros (do passado) e construtores (do futuro), despertando nos alunos a sua capacidade crítica, de levá-los a refletir sobre as relações humanas e saber as conseqüências de nossas ações.

Formando assim, pessoas capazes de solucionar suas diferenças através do diálogo, substituindo as soluções que utilizam os mecanismos da violência. Para a disciplina de história no Ensino Médio os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais, os quais dão seqüência aos conteúdos estruturantes trabalhados no Ensino Fundamental, pois enquanto nesta modalidade de ensino os conteúdos estruturantes assumiram um caráter de dimensão num sentido mais amplo, no Ensino Médio estes conteúdos assumem um recorte mais específico apontando para o estudo das relações humanas.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

A proposta pedagógica Curricular da Educação Básica do Estado do Paraná reconhece a importância do conhecimento sistematizado, fundamentado na idéia de conteúdos estruturantes das disciplinas escolares. Para a disciplina de História no Ensino Médio os conteúdos são:

Relações de TrabalhoRelações de PoderRelações Culturais

O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a natureza. A execução do trabalho requer o emprego físico e mental, estes esforços transformaram elementos da natureza em bens que satisfazem as necessidades humanas.

É pacífico entre nós que a história - estudo é uma construção vinculada a uma série de fatores determinantes relacionados ao local de produção desse conhecimento. A história estudada - e ensinada - é uma construção, e os critérios de sua periodização, conseqüentemente, também têm sua historicidade; daí estarmos ainda vinculados, mesmo em nossos cursos universitários, à estrutura Antiga/ Medieval/ Moderna/ Contemporânea, periodização da história européia estendida a todos, ou às unidades geograficamente apresentadas: História da América, História do Brasil, História do Paraná; a conseqüência é o reforço à noção da regiões como categorias dadas, prontas, naturais e decorrentes de uma lógica física, o que efetivamente não é verdade. A condição básica de toda e qualquer ideologia, para que possa existir como tal, e sustentar a hegemonia de uma classe sobre outras, é passar-se por natural, normal, necessária. O processo de desmontagem dessa hegemonia, trabalho gigantesco, passa também por nos perguntarmos sobre a historicidade das divisões que nos são dadas para trabalharmos com o ensino da história em todos os graus, setorizações da história que acabam reproduzindo a hegemonia, mesmo quando pretendemos um ensino crítico e renovado.

O estabelecimento de uma região como objeto de estudos é sempre algo delicado, pois implica em afirmar um mínimo de homogeneidade no recorte que se estabelece, sempre "para fins didáticos", quando sabemos que a multiplicidade e riqueza inerentes ao real passam ao largo dessa homogeneização.

A relação de poder pode-se definir como capacidade ou possibilidade de agir ou de produzir efeitos e pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos. O poder não possui forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta como relação sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que se submete, portanto, o que existe são as relações de poder.

“(...) o problema não é de constituir uma teoria do poder que teria como função refazer o que um Boulainvilliers ou Rousseau queriam fazer. Todos os dois partem de um estágio originário em que todos os homens são iguais, e depois o que acontece? Invasão histórica para um, acontecimento mítico para outro, mas sempre aparece a idéia de que, a partir de um momento, as pessoas não tiveram mais direitos e surgiu o poder. Se o objetivo for construir uma teoria do poder, haverá sempre a necessidade de considerá-lo como algo que surgiu em um determinado momento, de que se deveria fazer a gênese e depois a dedução. Mas se o poder na realidade é um feixe aberto, mais ou menos coordenado (e sem dúvida mal coordenado) de relações, então o único problema é munir-se de princípios de análise que permitam uma analítica do poder” (grifo meu) (Foucault, 1979a, p. 154).

Analisando a citação acima, podemos perceber que, a corrente historiográfica

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da Nova Historia Cultural, o estudo das relações de poder remetem às esferas das representações, do imaginário e das praticas sociais.

As relações, culturais são a correspondência dialética entre as estruturas materiais e simbólicas de um determinado contexto histórico. Diante disso, pensou-se nas relações culturais como conteúdos estruturantes para o Ensino Médio. O conceito de cultura aqui proposto, parte de Raymond Willians (2003), o qual afirma que esta é comum de modos de pensar, agir, e perceber o mundo, que leva à constituição de organizações sociais diferentes. As diferenças culturais existem devido às diversas interpretações construídas por sujeitos históricos que estão inseridos em grupos sociais distintos na divisão social do trabalho.

Williams toma a cultura como “experiência ordinária” de todos, produto e produção de um modo de vida determinado, que envolve um “modo de luta”. A cultura não se restringiria às obras de arte, elas também resultantes de uma cultura ordinária. Nessa medida, a crítica da cultura seria um modo de compreender e aferir a organização da vida em um determinado momento histórico.

O artista compartilharia com todos o que se chama de imaginação criativa: ou seja, a capacidade de encontrar e organizar novas descrições da experiência, e transmiti-las. Tomar a criatividade como ordinária equivaleria a ver a arte como uma especificação de um processo geral de descoberta, criação e comunicação, redefinindo seu estatuto e encontrando a maneira de ligá-la à vida social.

1ª SERIE:

• RELAÇÕES DE TRABALHO;- Pré – historia geral e do Brasil;- As Primeiras civilizações;- As civilizações pré – colombianas.

• RELAÇÕES DE PODER;

- O Estado no mundos antigo e medieval;- O Estado e as relações de poder: Formação dos Estado Nacionais.

• RELAÇÕES CULTURAIS;- As sociedades Gregas e Romanas na antiguidade ( mulheres, plebeus e

escravos );- O Pioneirismo no Paraná.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;- Agenda 21;- Noções de Educação Ambiental;- Acordos internacionais;- Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;- Desenvolvimento sustentável;- Redução das desigualdades sociais;- Projeto Afro- Historia da África e sua trajetória de dor- A resistência do povo Negro;

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- Frente Negra Brasileira;- O significado do dia 20 de novembro.

2ª SERIE:

• RELAÇÕES DE TRABALHO;- As relações Sociais de Trabalho ( transição);- Revolução Industrial;- Construção do Trabalho Assalariado;- Paraná e o inicio da Industrialização.

• RELAÇÕES DE PODER;- A formação dos Reinos – Espanhóis e Portugueses;- O domínio e o poder da Igreja Medieval;- Conflitos na América Colônias;- O Paraná no contesto Império e Primeira Republica.

• RELAÇÕES CULTURAIS;- A Reforma e a Contra Reforma Protestante;- Renascimento;- Iluminismo.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;

- Agenda 21;- Noções de Educação Ambiental;- Acordos internacionais;- Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;- Desenvolvimento sustentável;- Redução das desigualdades sociais;- Projeto Afro;- Historia da África e sua trajetória de dor;- A resistência do povo Negro;- Frente Negra Brasileira;- O significado do dia 20 de novembro.

3ª Serie

• RELAÇÕES DE TRABALHO;- O Domínio e a Resistência do Trabalho no Mundo Contemporâneo;- O Brasil e a Industrialização de Terceiro mundo;- A Sociedade Contemporânea frente o processo trabalhista.

• RELAÇÕES DE PODER;- Revolução Francesa;- Independência do Brasil e Paises da América Latina;

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- Imperialismo;- As Duas Grandes Guerras;- Brasil – Da Republica ao contemporâneo;- Os reflexos da Revolução de 1930 para o Paraná.

• RELAÇÕES CULTURAIS;- A sociedade do século XIX;- Movimentos Políticos e Culturais da Sociedade Moderna;- Sociedade Contemporânea e a Urbanização;- Paraná Moderno.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;- Agenda 21;- Noções de Educação Ambiental;- Acordos internacionais;- Propostas de ação da Agenda 21 Escolar;- Desenvolvimento sustentável;- Redução das desigualdades sociais;- Projeto Afro;- Historia da África e sua trajetória de dor;- A resistência do povo Negro;- Frente Negra Brasileira;- O significado do dia 20 de novembro.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Apesar de todo o peso das exigências específicas no âmbito do trabalho, creio que a questão das informações no mundo contemporâneo talvez seja, do ponto de vista educacional, a mais importante. São indispensáveis a constituição de sentidos, a negociação de sentidos na sala da aula e a possibilidade de gerar, nesta sala de aula e na escola, uma certa inteligência coletiva que negocie sentidos. Não se trata só de saber história; trata-se de saber para que serve saber história e qual é o papel dela no mundo de hoje, e para tanto se faz necessário um método a ser seguido, ou seja, uma forma de guiar – nos para um resultado mais amplo e concreto.

De modo geral, os acontecimentos históricos tornam se significativos para o educando, como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam sobre suas vivências e inserções sociais.

Em principio, destaca-se que as diretrizes curriculares que agora se apresentam, recusam também a existência da concepção de uma história como verdade pronta e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem dialogo com outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de história seja marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Por outro lado, recusam-se também as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em historia, sendo, portanto, todas as afirmativas igualmente validas. Cumpre destacar ainda que os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes teóricas não são meras opiniões, mas fundamentos do conhecimento histórico que serão tidos como referenciais para a construção deste documento de diretrizes.

A historia tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estrutura sócio – históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

As relações condicionam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio – históricos. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para suas escolhas e projetos de futuro. Deve-se considerar também como objetivo de estudos, as relações dos seres humanos como os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais também se conformam a partir das aços humanas.

Além disso, a produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um método especifico, baseando na explicação e interpretação de fatos do passado. A problematização, construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações. Nessa perspectiva, um fenômeno, um processo,um acontecimento histórico construído. Assim, a produção do conhecimento histórico, ao confrontar ao comparar documentos entre e com o contexto social e teórico de sua produção abre perspectiva para avaliar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente. Como resultado desse trabalho, pode ainda contribuir para a revisão de : Teorias, metodologias e técnicas na abordagem do objeto de estudo historiográfico.

A finalidade da história é expressar no processo de produção do conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da

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provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que ,além de existirem varias explicações para um determinado fato, algumas delas são mais validas historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência histórica em relação ao seu objeto e a seu método. O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.

A nova história, tendo como sua principal expressão a histórica das mentalidades, insere-se no contexto conturbado da década de 1960, sendo marcada pelos acontecimentos de maio de 68 em Paris, da Primavera de Praga, dos movimentos feministas, pelas lutas contra as desigualdades raciais nos EUA, entre outros.

Retomando-se alguns aspectos apresentados no histórico da disciplina, identifica s-e que ensino de história tradicional, pautado pela valorização da história política e econômica, numa perspectiva linear factual, personificada em heróis, que exclui a participação dos outros sujeitos. Limitada as descrições de causas conseqüências, não problematiza a construção do processo histórico, uma vez que a historia é tida como verdade a ser transmitida pelo professor e memorizada pelos alunos. Nessa concepção, a construção que o ensino de historia traz é a forma de uma consciência histórica tradicional, a partir da qual o aluno compreende a totalidade temporal como permanência das experiências relativas aos modelos de vida e de cultura do passado. Esta concepção tradicional também se configura na construção de uma consciência histórica exemplar, a a partir da qual o estudante poderá expressar as experiências do passado como casos que representam e personificam regras gerais e atemporais da conduta humana e dos sistemas de valores.

As concepções que marcam a produção historiográfica, a partir da adoção de referenciais teóricos e de métodos, permitem a compreensão de que o conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação, constituídos nas experiências dos sujeitos. Ao se apropriar dessas produções e concepções, o ensino de história contribui para a formação de uma consciência histórica critica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do passado, nessa perspectiva, permite formar pontos de vistas históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência histórica. A ruptura com os modelos historiográficos que pautam suas produções na linearidade temporal e na redução das interpretações e causas e conseqüências, permite a ampliação das possibilidades de explicação e compreensão do fato histórico.

Ao tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de investigação e sistematização de analise sobre o passado, de modo a valorizar diferentes sujeitos históricos e suas ralações, abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que tornam-se mais abrangentes.

Essa concepção de história, apropriada no tratamento dos conteúdos escolares, permitem a constituição da consciência histórica genética na medida em que articula a compreensão do processo histórico relativo às permanências e as transformações temporais dos modelos culturais, bem como favorecem a compreensão da vida social em toda a sua complexidade, como e o caso da inclusão uma proposta de uma transformação política da sociedade, uma alteração estrutural, onde o mundo precisa ser preparado não para as pessoas que têm deficiência, mas para todos. Se você, por exemplo, tem a preocupação de modificar o ambiente para que uma pessoa com deficiência física possa se locomover melhor, você está melhorando este ambiente para idosos, obesos, grávidas em fim de gestação.

Estão enganados, portanto, os que acreditam que o conceito de inclusão está relacionado somente às pessoas que têm uma deficiência. Não é. Ele tem a ver com o ser humano, com a história que envolve a um todo, onde todas as pessoas tenham o direito de contribuir com os seus talentos para o bem comum, mesmo que este talento seja um piscar de olhos.

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Muitas vazem, o ser humano mostra ter uma capacidade de exclusão muito mais aberta do que o fato de incluir, decorrente muitas vazes da insegurança do novo mas este problema vem sendo levantado discutido e solucionada para que não aja mais atos como comparar valores de pessoas, e achar que algumas valem mais do que outras e que o deficiente tem um saber menor. É uma prática nossa, do dia-a-dia, a hierarquização do ser humano, atitude tomada por tantos ditadores no decorrer da história. Mas fazemos isso de uma forma muito disfarçada, muito subliminar.

A escola inclusiva nada mais é do que uma escola de qualidade para todos, onde todo aluno e comunidade escolar se sintam bem no espaço que estão e sintam-se inclusos nos temas abordados pela escola dentro de cada diversidade das diferentes disciplinas.

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5. CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação no ensino de História deve considerar três aspectos importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos.

Deve-se utilizar de diferentes atividades como; leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conteúdos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

A avaliação, entendida como um processo de interação professor-aluno um reavaliar constante. Por isso, caracterizando-se como forma avaliativa contínua e cumulativa.

Diagnosticar e acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, possibilitando ao professor o diagnóstico e transformar eventuais erros de percursos em situações de aprendizagem. Permitindo ao professor rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar sua atuação.

Para cumprir o disposto na Proposta Pedagógica da escola, o aluno será avaliado como um todo. Levando-se em consideração os seguintes critérios: conteúdos, trabalhos de pesquisas, debates, apresentação oral e escrita dos temas abordados. Compromisso escolar: assiduidade, pontualidade, relacionamento, pontualidade, tarefas, auto-avaliação, participação e interesse.

A avaliação se caracteriza por um dos paradoxos mais complexos no processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, educadores estão constantemente discutindo a melhor forma de avaliar, quais as maneiras mais corretas.

Nessa nova concepção, avaliar torna-se mais do que verificar se o aluno memorizou o conteúdo, mas sim verificar se ele conseguiu apropriar-se do conteúdo interagindo entre a teoria a prática, ou seja, o seu cotidiano. Nesse sentido, seguindo a tendência da pedagogia Histórica Crítica, entra em ação a Catarse. Segundo Gasparim (2003, p.128):

A Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o

educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma

de sua construção social e sua reconstrução na escola.

Ainda sobre esse assunto, Wachowicz apud Gasparim (2002, p. 129) nos diz que a “a ‘Catarse é a verdadeira apropriação do saber por parte dos alunos’. Isso significa que o estudante não apenas aprendeu de cor a lição, mas constituiu para si uma nova visão da realidade”. Desta forma é necessário romper com a avaliação como forma de repressão e submissão por parte do aluno, esse fato acaba trazendo um sentido negativo para a prática avaliativa e estabelecendo uma relação de conflito como destaca Souza:

“..se organiza e funciona. E dentre os aspectos específicos da vida da escola, em que se expressam relações autoritárias e hierárquicas, tem-se a avaliação. Os depoimentos tanto dos profissionais que As relações de poder e subordinação, presentes na sociedade, reproduzem-se na forma como a escola atuam na escola como dos alunos apontam-na como uma ação unidirecional no seu foco e no seu processo, ou seja, de todos os elementos integrantes do processo escolar, só o aluno é sistematicamente, avaliado, e essa avaliação se concretiza, exclusivamente, pelo julgamento que o professor faz dele. ( SOUZA, 2002, P. 106-114)

A avaliação, tem que ser também uma forma do professor se encontrar, como

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foi o rendimento de seu trabalho deixando sempre claro que cada turma e até mesmo cada aluno apresenta uma maneira deferente de aprender, sendo assim, a avaliação deve favorecer o aluno a mostrar, o que, o mesmo aprendeu e não querer impor que aluno demonstre as dificuldades que encontrou.

Compreender a concepção de avaliação escolar só é possível quando se entendem os sentidos e significados dos eixos que irão nortear a concepção de ciclo de formação. Esta, por sua vez, só será possível quando se compreendem os princípios de organização curricular e de ensino propostos (conteúdos e processos), assim como de organização do trabalho pedagógico e administrativo da escola (organização dos tempos), encontrando uma maneira de incluir de diversas formas todos os alunos sejam estes especiais ou não. A avaliação tem que deixar de ser uma forma de castigo e sim um ato regular que os alunos passaram se medo.

A avaliação é um exercício mental que permite a análise, o conhecimento, o diagnóstico, a medida e/ou julgamento de um objeto ,sendo assim sabemos que não existem pessoas iguais portanto as formas de avaliar terão que ser diferentes e é assim que serão realizadas as avaliações em historia no ensino médio procurando respeitar as diferenças de aprendizado até mesmo porque a historia não é a mesma e exata para todos. Esse objeto deve ser a própria realidade e daqueles que a fazem. Avaliar seria um processo de auto conhecimento e, também, o conhecimento da realidade que a disciplina de historia passa de uma forma analítica e critica e da relação dos sujeitos com essa realidade. Seria um processo de análise, julgamento, re-criação e/ou ressignificação das instituições que fazem parte dessa realidade e das pessoas que a mantêm.

Os professores precisam verificar o conhecimento prévio de seus alunos, para assim saberem identificar as diversidades que existem em sua sala de aula, e no ensino de historia se torna ainda mais importante o estudo da sala, para assim, poder fazer de forma justa a inclusão dos alunos especiais sem prejudicar o restante da turma ou ate mesmo o aluno portador de alguma deficiência, com isso conseguindo planejar seus conteúdos e detectar o que o aluno aprendeu nos anos anteriores. Precisa também identificar a dificuldades de aprendizagem, diagnosticando e tentando identificar e caracterizar as possíveis causas.

A educação e principalmente os professores devem rever seus conceitos e filosofias para que com isso consigamos minimizar a exclusão dos alunos perante as avaliações da escola e conseqüentemente da nossa sociedade.

6. BIBLIOGRAFIA:

ARGENTO, Heloisa T. Metodologia de Ensino Fundamental: Estudos Sociais. In: http://www.trendnet.com.br/users/hargento/GEOGRAFIA.doc, acesso em 22/06/2006.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

FONSECA, Selma Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas: Papirus. 2003.p. 29 – 38.

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e o ensino de história. Belo Horizonte: autêntica, 2003.

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GASPARIM, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2003.

Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba. SEED:2006.

Projeto Político Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Segundo Bakthin, a língua se configura num espaço de interação entre os sujeitos que se constituem através dessa interação, e ainda mais, a língua só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto significa compreender a língua como “ um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados. Pensar a linguagem (e a língua) desse modo, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente”. (Faraco,2003)

A linguagem – e a Língua Materna – é vista , assim, como atividade que se realiza historicamente entre sujeitos, constituindo-se, os sujeitos e a linguagem, nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita: eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com “as outras linguagens (artes visuais,a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem),percebendo seu chão comum (são todas práticas discursivas sociointeracionais) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados.)” (Faraco,2000)

Nossa concepção recusa esses olhares que alienam a linguagem de sua realidade social concreta. Nós a concebemos como um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados.

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intricada rede de relações socioverbias e pela interiorização da própria dinâmica da interação socioverbal.

Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de relações socioverbais. De forma alguma, podemos ser compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical: ou como meros reprodutores de um certo monumento lingüístico cristalizado; ou, ainda, como meros usuários de um instrumento externo a nós.

Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola obviamente, nunca parte do zero: os alunos têm experiência acumulada de práticas de fala e de escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo.

Portanto, devemos levar o aluno a ter o domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em situações formais, quanto do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais.

LEITURA

Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos de textos oriundos das mais variadas práticas sociais (em especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade). Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor crítico, o que significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros,

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percebendo que atrás de cada um há um sujeito, com uma certa experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma intenção. Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando; rindo dele, emocionando-se com ele, aplaudindo-o, refutando-o, assinalando-o, fazendo-lhe a paródia e assim por diante. Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados como termos restritos à linguagem escrita. Entendemos ler em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva dos textos escritos ou falados. E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não com a linguagem verbal. Cabe, portanto, à disciplina de Língua Portuguesa se concentrar nas atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. No entanto, não pode deixar de oferecer aos estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens, considerando de um lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro, que a sociedade contemporânea amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos.

ESCRITA

O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional. Ou dito de outra forma, escrevemos para alguém ler. Isso implica reconhecer que o interlocutor é um dos condicionantes do nosso texto. Em conseqüência, a escrita cobra de nós uma ação de contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias de sua produção. As atividades de escrita devem ser sempre contextualizadas. É uma das formas que temos para contornar um certo artificialismo inerente à prática escolar da escrita, transformando-a numa atividade efetivamente geradora de sentidos. É importante que no trabalho com a escrita se crie um ambiente de ‘oficina’ para as situações práticas , isto é, a escrita não deve jamais ser encarada como uma tarefa burocrática, mas sim coletiva, de forma que envolva o aluno na preparação, apreciação e refeitura dos textos.

ORALIDADE

A escola de Ensino Médio não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito positivo que seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de linguagem, seja pela relevância que o falar em situações formais tem para a vida cidadã. Não precisamos, é claro, ensinar aquelas práticas que aprendemos espontaneamente no nosso cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No entanto, a escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais (isto é, no espaço público, diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em atividade de transmissão de informação, seja no debate. As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem debate, são uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio democrático, seja pelo exercício do direito à livre expressão, seja, sobretudo, pela polêmica civilizada, a qual pressupõe, entre outros fatores, uma escuta respeitosa, uma enunciação clara e sustentada de opiniões e a abertura para novos argumentos e pontos de vista.

REFLEXÕES SOBRE A LINGUAGEM

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Na articulação destes três conteúdos – leitura, escrita e oralidade – estão os gêneros do discurso e a reflexão sobre a linguagem, que são as operações com a língua que os alunos vão realizar. O ensino de português deve levar o aluno a uma ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e o pensar sobre elas. Esse pensar envolve tanto a compreensão da realidade estrutural da linguagem (isto é, de sua organização gramatical), quanto, e especialmente a compreensão de sua realidade social e histórica (isto é, da variação lingüística).

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1ª SÉRIE:

− Crônica− Crônica em versos− Crônica em letras de música− Analisando a narrativa – contos;− Contos em verso;− Contos em letras de música;− Narrativas curtas e longas;− Narrativas longas em versos;− Texto poético;− Figuras de Linguagem;− Formas fixas e versos livres;− O eu-poético;− Linguagem e linguagens;− A linguagem não verbal;− Origem da linguagem;− Complexidade das línguas;− Estrangeirismos;− Flexibilidade das línguas;− Variação lingüística;− A língua padrão;− Pontuação ;− Acentuação gráfica.

2ª SÉRIE:

− O jornal e a liberdade de imprensa;− Leitura crítica da imprensa;− Texto informativo – a notícia;− Qualidades do texto informativo;− Texto informativo – reportagem;− Reportagem com infográfico;− Narrativas longas – plano de leitura;− Entrevista;− O léxico da língua;− Estrutura das palavras;− Vocabulário ortográfico e do falante;− Classe de palavras;− Sintaxe;

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− Subordinação e coordenação;− Classificação das sentenças coordenadas e subordinadas;− Concordância verbal ;− Conjugação dos verbos irregulares;− Regência Verbal;− Uso dos pronomes pessoais e possessivos;− Pontuação;− Acentuação gráfica.

3ª SÉRIE

− Um tema – vários textos;− Texto de opinião – editorial;− Opinião com assinatura;− Um tema – várias opiniões;− Dissertação sem palavras;− O texto publicitário;− As linguagens da publicidade;− História da Literatura Brasileira – período colonial;− O período colonial; o Brasil de 1500ª 1822;− Breve notícia do século XVI;− Século XVII;− Século XVIII;− Século XIX – Romantismo; Realismo Simbolismo− Século XX - a literatura dos primeiros anos;− A semana de Arte Moderna;− A década de 1930;− A vida literária do imediato pós-guerra;− A vida literária contemporânea: o fim dos –ismos;− A narrativa intimista e introspectiva;− A diversidade pós – 1970;− Poetas;− Contistas;− Romancistas;− A literatura em Portugal – inícios;− A formação de Portugal;− A conjuntura cultural da Europa Ocidental;− A poesia medieval;− A prosa medieval até o século XV;− A literatura em Portugal – do Renascimento ao Romantismo;− A literatura em Portugal : os séculos XIX e XX;

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− Literatura Africana em língua portuguesa;− Pontuação;− Acentuação gráfica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal.

• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura de acordo com as condições de produção, recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação das idéias e escolhas).

• Recuperar pelo estudo do texto literário as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.

• Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral e escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.

• Considerar a língua portuguesa como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.

• Entender os impactos das tecnologias da comunicação, em especial da língua escrita na vida e nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Temos claro de que a concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona nossa metodologia.

Assim, a concepção de linguagem que adotamos pressupõe uma metodologia ativa e diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com as turmas, além de atividades expositivas do professor..

RECURSOS DIDÁTICOS

• Livro didático, jornais, revistas, textos xerocopiados, vídeo, som, dvd, internet, etc.

PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO

• Prática de leitura de textos informativos, narrativos (ficcionais ou não), poéticos, descritivos, científicos, musicais, publicitários, dissertativos, entrevistas, atividades de interpretação;

• Identificar a idéia central do texto;• Reconhecer no texto a sua especificidade;• Identificar o interlocutor, objetivo do texto, a coerência na construção do

texto, o tema, a argumentação;• Compreensão crítica do conteúdo;• Análise das opções expressivas: observação de características da

linguagem, dos fatos e do estilo;• Elaboração de sínteses, parágrafos opinativos, paródias de textos lidos.• Quanto ao nível do conteúdo (clareza, coerência, coesão, consistência

argumentativa, redundância inadequada);• Quanto ao nível estrutural (paragrafação, adequação de recursos coesivos);• Quanto ao nível expressivo (adequação à norma, superação de marcas

inadequadas da oralidade, pontuação);• Apresentação através de murais (cartazes focalizando momentos da

literatura)• Relato de experiências pessoais, dramatização de poesias, contos,

romances;• Debate de textos lidos (tanto literários, quanto informativos, programas de

TV, filmes, entrevistas, notícias);• Identificação das idéias contidas no texto, interlocutor, o objetivo do texto e a

coerência na construção do texto;• Extrapolação do texto, costumes, pensamentos, momento histórico;• Com referência à exposição de idéias, observar-se-á a clareza,

seqüenciação, objetividade, consistência argumentativa e adequação vocabular;

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• Dramatização de obras literárias (romance, conto, teatro);• Paródias de textos literários (romances, novelas, contos, letras de músicas):• Debate de textos jornalísticos e informativos.• Temas gramaticais correlacionados com o controle da norma padrão (esse

estudo deve ser articulado com a prática de análise de textos lidos e deve ser feita com base em uma concepção clara e realista da variação lingüística das diferenças entre linguagem falada e linguagem escrita, entre fala normal e fala formal e informal);

• Temas gramaticais correlacionados com o domínio dos recursos expressivos (esses temas devem ser estudados na prática de reconstrução de textos, na prática da análise dos textos lidos, por meio de exercícios de re-elaboração sintática em que se explore a sinonímia estrutural e entre os períodos compostos, entre subordinação e coordenação, entre orações reduzidas, orações plenas e sintagmas nominais complexos);

• Reforço ao uso convencional e, principalmente, expressivo da pontuação;• Reforço à representação gráfica adequada (ortografia e acentuação e

pontuação);• Concordância verbal e nominal;• Regência nominal e verbal (no caso da regência, será importante o

contraste entre regências mais tradicionais com suas vertentes contemporâneas; além disso, é preciso muito cuidado com a regência em orações subordinadas adjetivas, posição e emprego dos pronomes relativos).

• Desenvolvimento do projeto de leitura como atividade extra-classe.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação – seus critérios e procedimentos – decorre, evidentemente, da concepção de linguagem que foi aqui exposta. Em outras palavras, entendemos que a avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos as metodologias.

Assim, a avaliação mais condizente com os fundamentos gerais aqui apresentados é aquela que se dá contínua e cumulativamente, já que não se pode fragmentar o processo de domínio das práticas socioverbais. Este domínio exige tempo e diversidade de práticas para se concretizar, além de nunca resultar de mera exposição dos alunos a conteúdos pré-formados.

A avaliação pressupõe uma clara articulação entre os objetivos do ensino, as práticas metodológicas e instrumentos, articulação que deve estar clara não só para o professor, mas também para os alunos, lembrando que uma das metas da ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem aprende, garantida, entre outros fatores, pela interiorização de parâmetros de monitoração das próprias ações. Nesse sentido, a avaliação deve ter uma clara função formativa.

Por fim, não podemos esquecer que as atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas: elas não servem apenas para cumprir calendário ou dar notas. Elas têm de ser vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o desenvolvimento doa alunos, mas principalmente, para verificar o rendimento das práticas pedagógicas.

Nesse sentido, a avaliação deve subsidiar o professor para eventuais ajustes na programação e no (re) encaminhamento pedagógico de certo tema ou de certa prática.

6. BIBLIOGRAFIA:

COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender.Porto Alegre: ArTmed, 2002.

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FARACO, Carlos Alberto. Português língua e cultura.Curitiba: Base Editora Ltda, 2005.

FARIA, Maria Alice.O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto,1991.

FIORIN, José Luiz.Elementos de análise do discurso.São Paulo: Contexto, 1994.

FIORIN, José Luiz. e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto.São Paulo, Editora Ática, 2002.

INFANTE,Ulisses.Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 1995.

JANSSEN, Felipe; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN,Maria Teresa.(Org) Práticas avaliativas e Aprendizagens significativas. Porto Alegre: Editora Mediação,2003.

KOCK, Ingedore V. A inter-ação pela Linguagem.São Paulo: Contexto, 1992.

ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento.Campinas: Pontes Editores, 1996.

ROJO, Roxane(Org). A prática de linguagem em sala de aula. São Paulo: Mercado de Letras,2000.

SOLE, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: ArTmed, 1998.

Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Ensino Médio. Curitiba. SEED, 2006.

Projeto político Pedagógico.

COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Ao estabelecer um parâmetro de diretrizes para a organização do ensino da matemática no Ensino Médio pretende-se contemplar tanto a necessidade de sua adequação para o desenvolvimento e promoção dos alunos, com diferentes motivações, interesses e capacidades, criando condições para sua inserção num mundo em mudanças e contribuindo para desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem alguma competência em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessária tanto para tirar conclusões e fazer argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar decisões em suas vidas pessoais profissionais.

A matemática no Ensino Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo (desenvolvimento de processos de pensamentos e aquisição de atitudes cuja utilidade e alcance transcendem o âmbito de própria matemática, formando no aluno a capacidade de desenvolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação, propiciando uma visão ampla e científica da realidade e o desenvolvimento da criatividade e outras capacidades pessoais), porém, também desempenha um papel instrumental (conjunto de técnicas e estratégias para serem aplicadas em outras áreas do conhecimento), pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas especificas em quase todas as atividades humanas.

Além disso, a matemática no Ensino Médio deve ser vista como uma ciência, com suas características estruturais específicas. É importante que o aluno perceba que as definições, as demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos têm a função de construir novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar sentido às técnicas aplicadas.

A essas concepções da matemática no Ensino Médio se junta a idéia de que no Ensino Fundamental, os alunos devem ter se aproximado de vários campos do conhecimento matemático e agora estão em condições de utiliza-los e amplia-los e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto as de abstração, de raciocínio em todas as suas vertentes, de resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de fatos matemáticos e de interpretação da própria realidade.

O impacto da tecnologia, das quais o instrumento mais relevante é hoje o computador, exigirá do ensino da matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades que permitam ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante movimento.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza cientifica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática – natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.” (id. 2004 p.71).

Esta é a Educação Matemática proposta para estas Diretrizes Curriculares de Matemática para a educação. Este campo de investigação prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles, o matemático. Para Ribnikov (1987), a Matemática enquanto ciência tem singularidades qualitativas nas leis que definem seu desenvolvimento. No entanto, são as generalizações, abstraídas a partir delas, que caracterizam como uma das formas para as pessoas adquirirem sua consciência social. Assim, tem-se presente a idéia de que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, o estudante se apropria de conhecimentos que possibilita a criação de relações sociais.

Integrando o currículo, com o mesmo peso que os conceitos e os procedimentos, o desenvolvimento de valores e atitudes são fundamentais para que o aluno aprenda a aprender. Omitir ou descuidar do trabalho com esse aspecto da formação pode impedir a aprendizagem. Dentre esses valores e atitudes, podemos destacar que ter iniciativa na busca de informações, demonstrar responsabilidade, ter confiança em suas formas de pensar, fundamentar suas idéias e argumentações, são essenciais para que o aluno possa aprender, se comunicar, perceber o valor da matemática, como bem cultural de leitura e interpretação da realidade e possa estar melhor preparado para sua inserção no mundo do conhecimentos e do trabalho.O ensino de matemática no ensino médio deve levar o aluno a:- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos, diagramas presentes em veículos de comunicação. É a análise crítica e a valorização de informações de diferentes origens;

- Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação cientifica geral, auxiliando na interpretação da ciência;

- Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. É a capacidade de utilizar a matemática não apenas na interpretação do real, como também, quando necessário, como forma de intervenção;

- Desenvolver estratégias de resolução de problemas, o que permitirá uma melhor compreensão de conceitos matemáticos, além de desenvolver a capacidade de raciocínio.

- Expressar-se oral e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática.

- Possibilitar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja, desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo e, assim, aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para um problema;

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

1º SÉRIE:

• NÚMEROS E ÁLGEBRAS;Conjunto dos números reais;

• FUNÇÕES;Função afim;Função quadrática;Função exponencial;Função logarítmica;Função modular.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:Matemática financeira;

2º SÉRIE:

• NÚMEROS E ÁLGEBRAS;Matrizes;Determinantes;Sistemas lineares.

• FUNÇÕES:Progressão aritmética;Progressão geométrica;Funções trigonométricas.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO;Estatística;

3º SÉRIE:

• NÚMEROS E ÁLGEBRAS;Polinômios;Noções de números complexos.

• GEOMETRIAS:

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Geometria plana;Geometria espacial;Geometria analítica;Noções básicas de geometria não – euclidiana.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO;Análise combinatória;Binômio de Newton;Probabilidade.

• CONTEÚDOS COMPLEMENTARES;Projeto Cultura Afro:Análise de dados do IBGE sobre a composição da população por corpo município;Pesquisa com alunos de dados na escola em relação à população negra;Construção de gráficos;Construção de tabelas;Agenda 21;Construção de gráficos relacionados a pesquisas realizadas na área ambiental, social e polític.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Na abordagem da matemática, é necessária uma organização dos conteúdos curriculares, de forma que haja uma ordem para a apresentação dos assuntos, cuidando para que o conhecimento em Matemática, não seja submetido a caracterizações a partir de elementos constitutivos expressos, simplesmente, por ordenações e procedimentos algorítmicos. Se a postura para uma prática docente for, de tal forma que expresse desarticulação, é possível que se estabeleça ruptura entre os conteúdos e iniba os inter-relacionamentos entre conceitos.

Adota-se então, uma organização de trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos pertencentes conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.

No processo de aprendizagem os docentes precisam utilizar diferentes instrumentos metodológicos para garantir a construção do conhecimento novo pelo aluno, estando sempre atentos à necessidades especiais, de alguns alunos, tendo em vista os projetos de inclusão desenvolvidos pela instituição, objetivando um aprendizado de qualidade para todos os alunos, utilizando métodos especiais, sempre que necessário.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação deve ser tratada como estratégia de ensino, de promoção do aprendizado, deve fornecer informações que possibilitem o aprendizado do aluno, bem como sua autonomia, deve fornecer, não apenas para o professor, mas também e principalmente para o aluno, indicativos sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos desenvolvidos.

Além disso, nesse processo, não podemos deixar de lado o aspecto comportamental que engloba capacidades e atributos que vai muito além dos conteúdos matemáticos propriamente ditos. Entre eles temos a criatividade, a sistematização produzida pelos alunos e a capacidade de comunicar-se e de fazer conjecturas.

A avaliação não deve ser vista como isolada, mas como parte integrante em todo o processo. Ela deve ocorrer em varias situações. Qualquer avaliação do conhecimento matemático adquirido ou construído pelos alunos deve, entre outros, fornecer informações sobre a capacidade que o aluno tem em distinguir atributos relevantes e irrelevantes de um dado conceito, de verificar se o aluno consegue, de forma adequada, representar esses conceitos reconhecendo seus significados.

Além do que foi exposto até aqui, acreditamos ainda que a avaliação, como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, deve permitir abordagens alternativas na forma como é encaminhada, em seus instrumentos utilizados. Assim, consideramos que a elaboração do documento de registros de observação dos alunos em sala de aula, a auto-avaliação dos alunos e, também, os registros que podem ser construídos pelos alunos da forma como estão evoluindo ao longo do desenvolvimento de um conteúdo podem representar instrumentos de avaliação.

Os Conteúdos serão avaliados através de:trabalhos de pesquisa;avaliação escrita;atividades realizadas em sala;atividades extra-classe;trabalhos em grupo ou individual.

Uma avaliação que se restringe em apenas em quantificar o nível de informação que o aluno domina não é coerente. Para ser completo, esse momento precisa envolver todo a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa, que o aluno atribui significados ao que aprendeu e consegue materializá-lo de raciocínio matemático.

Além destas considerações citadas será considerada também diagnóstica e formativa, as quais, em relação aos alunos inclusos sofrerão adaptações de acordo com as dificuldades apresentadas por eles.

Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial.6. BIBLIOGRAFIA:

GIOVANI, José Ruy. Matemática completa – Ensino Médio: volume único. São Paulo: FTD, 1994.

LONGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004.

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MORI, Iracema e ONAGA, Dulce Satiko. Idéias e Desafios: 8ª série. São Paulo: Saraiva, 2002.

SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos. Matemática: volume único. São Paulo: Editora Ática, 2000.

LONGEN, Adilson. Ementas e Bibliografia da Base Nacional Comum. Coleção Nova Didática. Volume I.

Matemática Completa, Autor: José Ruy Giovani. José Roberto Bonjorno José Ruy Giovani Jr.

Matemática do 2º grau, Autora: Kátia Roku.

Matemática 2º grau, Autor: Marcondes Gentil Sérgio.

MIGUEL, ª; MIORIM, M. ª História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

RIBNIKOV, K. História de las matemáticas. Moscou: Mir. 1987.

Projeto Político Pedagógico – PPP.

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A aprendizagem em Química indica a compreensão e a utilização dos conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo, planejando, executando e avaliando as ações de intervenção na realidade; desenvolvendo ao longo do Ensino Médio, conhecimentos práticos e contextualizados, necessários a vida contemporânea através da interdisciplinaridade com abordagem relacional, estabelecendo ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos.

A Química é importante no momento atual, pois através dela pode-se compreender as transformações químicas que ocorre no mundo físico e assim pode julgar de forma mais fundamentada, tudo o que nos cerca, permitindo ao aluno exercer sua cidadania de acordo com sua faixa etária e participando do desenvolvimento científico-tecnológico com importantes contribuições especificas, cujas ocorrências tem alcance econômico, social e político.

A Química é considerada a grande vilã do século, quando se enfatiza os efeitos poluentes que certas substancias causam no ar, solo e água, mas não se fala na necessidade e na competência da Química em controlar essas fontes poluidoras. Dessa forma, as informações recebidas podem levar a compreensão distorcida da realidade e do papel da química.

Portanto, se faz importante a presença da Química no Ensino Médio que completa a educação básica. Para tanto, a Química no Ensino Médio, deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

O conhecimento especializado, o conhecimento químico isolado é necessário, mas não suficiente para o entendimento do mundo físico, pois não é capaz de estabelecer as interações com outros subsistemas. Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente humana, em continua mudança.

Não se pode simplesmente aceitar que a Ciência esta pronta e acabada, e que os conceitos científicos atuais são uma verdade absoluta.

Os conhecimentos difundidos no ensino da Química devam permitir a construção de uma visão de mundo mais articulada, menos fragmentada, contribuindo para que o individuo se enxergue como participante de um mundo em constante transformação. Para isso, esses conhecimentos devem se traduzir em competências e habilidades cognitivas e afetivas do aluno do Ensino Médio.

Essas competências e habilidades cognitivas e afetivas desenvolvidas no ensino da Química deverão capacitar os alunos para tomarem suas próprias decisões em situações problemática, contribuindo assim para o desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;• Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes

para o conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais, etc);• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão

macroscópica;• Compreender dados quantitativos, estimativas e medida;• Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias,

modelos) para resolução de problemas quantitativos em química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes;

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a química, selecionando procedimentos experimentais;

• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humana individual e coletiva com o ambiente;

• Reconhecer as relações entre desenvolvimento cientifico e tecnológico da Química e aspectos sócio-politico-culturais;

• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa. Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo;

• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas;

• Compreende dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relações proporcionais presentes na Química (raciocino proporcional);

• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros (classificação, seriação e correspondência em Química);

• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem revisões das transformações químicas;

• Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural;• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da Química e da tecnologia.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

- Matéria e Sua Natureza- Transformações da matéria;- Separação de misturas;- Modelos Atômicos;- Estrutura Atômica;- Distribuição Eletrônica;- Classificação dos elementos da Tabela Periódica;- Ligações Químicas ;- Funções Químicas;- Reações Químicas;- Grandezas Químicas;- Química do Carbono(orgânica);- Funções Oxigenadas;- Radioatividade;- Soluções;- Termoquímica;

Conteúdos Estruturantes• Matérias e sua Natureza.• Biogeoquímica• Química Sintética

Conteúdos Específicos:

1º SÉRIE:- 1-Módulos Atômicos;- 1-Estrutura Atômica;- 1-Distruibuição Eletrônica;- 1-Classificação dos Elementos da Tabela Periódica;- 1-Ligações Químicas;- 2-Funções Químicas;___2º Série - 2-Reações Químicas;- 3-Química do carbono;__3º Série - 3-Funções Oxigenadas;- 3-Radioatividade;- 3-Soluções;- 3-Termoquímicas;

Conteúdos Complementares:- O lixo;- Tratamento da água;- Poluição e desenvolvimento;- Agrotóxicos;

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Todos nós nos deparamos com o estudo de Química logo de saída memorizando fórmulas e conceito e ouvindo os professores apresentando a seqüência de conteúdo “logicamente organizada”.Hoje portanto, adota-se uma preocupação central em fornecer aos alunos ferramentas básicas que lhes permitam o exercício pleno da cidadania.

Para isso, os alunos precisam ter o domínio dos conceitos químicos e desenvolver a capacidade de fazer julgamento de oabares e atitudes comprometidas com a sociedade em que estão inseridas.

Dessa forma, esse plano de trabalho f oi organizado buscando garantir princípios que ao mesmo tempo em que instrumentaliza os alunos com as ferramentas culturais do conhecimento químico, assume uma postura de compromisso ético com a sociedade brasileira no seu contexto sócio-econômico e político.

Considerando que os objetivos descritos no plano de trabalho e fornecer conhecimentos relevantes que possam servir de ferramenta cultural para o jovem participar da sociedade moderna, caracteriza sobretudo pela presença de ciência e da tecnologia, serão trabalhados alguns temas relevantes durante o decorrer de cada bimestre para que o jovem possa entender as implicações sociais da química e das tecnologias em sua vida e desenvolver valores e atitudes para ação social responsável.

Pressupõe-se o estabelecimento de relações conceituais pelo próprio aluno por meio da mediação do conhecimento pelo professor, cujo papel é explorar as concepções previas dos alunos, atribuindo-lhes valor e significado.

Desta forma os conteúdos serão trabalhados, abordando as culturas brasileiras, afrodescentes e indígenas de maneira a desenvolver a igualdade e contra as discriminações que impera em nossa sociedade, acreditando sempre na diversidade que um novo mundo é possível, sem preconceito e discriminação.

Nesse processo serão realizadas atividades que envolvam debates, discussões, pesquisas, valorizando as oportunidades que surgirão em sala de aula, a fim de superar a desigualdade ética-racial, respeitando a diversidade cultural e assim, construindo uma sociedade justa, igual e equânime.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

Não ha duvidas de que a avaliação é um dos temas mais controversos e apaixonante da educação.Ela deve ser pensada como um item a mais no nosso plano de trabalho e tem vários papeis.

A avaliação antes de ser um ato de julgamento e cobrança formal, ha de ser um processo cumulativo e contínuo de acompanhamento de atividades desenvolvidas pelo aluno.

De uma forma geral, az avaliação deve centrar-se na observação da conduta do aluno frente aos desafios propostos, na sua capacidade d observação, questionamentos da teoria como pratica, proposição de novas idéias,desenvolvimento de pesquisas, capacidade de análise e síntese das questões estudadas, domínios dos conteúdos básicos relativos a disciplina.

Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica discursiva da aula , com atividade, diversificada, o processo avaliativo passa a requerer mais do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a participação do aluno.Para isso o engajamento dele na atividade precisa ser natural, autônomo e assumido como crescimento pessoal.Os alunos tendem a se sentir sujeitos no processo e não apenas executor de acumular pontos para avaliação.

Temos uma tendência a avaliar o desempenho dos alunos, mas os resultados podem e devem servir também para rever o nosso plano de trabalho.

Se tratando de um processo avaliativo continuo, diagnóstico e cumulativo a recuperação de estudo e paralela e de suma importância para o processo de ensino de aprendizagem. Esta será realizada através de atividade extra-classe em forma de pesquisas, leituras e exercícios visando a compreensão conteúdos em defasagem de aprendizagem.

A avaliação terá como parâmetro de mensuração d debates, seminários, avaliação escrita, avaliação comportamental e experimentos práticos.

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6. BIBLIOGRAFIA:

Química e sociedade:vários autores- PEQUE-projeto de ensino de química e sociedade.

São Paulo:Nova geração 2005.

Carvalho, G C –Química moderna 1-São Paulo:Scipione,1995.

Macedo, M V & Carvalho- A Química 1 ed, Sao Paulo: IBEP,1999.

Peruzzo, T M & Cantu E –L.da Química, São Paulo:Moderna,1999.

Sardella, A- Química, serie novo ensino médio- São Paulo: Àtica 2000.

Teruko,Y.U.& Linguanoto – M Química São Paulo:FTD,1998.

Usberco, J & Salvador –E Química 1, Ed.São Paulo:Saraiva 1997.

Diretrizes Curriculares de Quimica.Curitiba SEED 2006.-Projeto Politico Pedagógico.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

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O ensino das línguas modernas teve sopro de incremento com a chegada da família real em 1808 e, mais tarde, em 1837, ganhou real importância quando se fundou a primeira escola pública de nível médio. O modelo de ensino de línguas instituído pelo Colégio Pedro 11, se manteve até 1929.

No primeiro governo de Getúlio Vargas, com a criação do Ministério de Educação e Saúde Pública, intelectuais imbuídas por um ideal de modernidade e de uma identidade nacional, iniciaram estudos para uma reforma significativa do sistema de ensino, Reforma Francisco Campos, a qual propunha que a escola secundária proporcionasse ao mesmo tempo formação geral e preparação para o ensino superior e na qual pela primeira vez, o método de Língua estrangeira foi oficialmente estabelecido - o método Direto.

O método Direto se baseava na teoria associacionista da Psicologia da Aprendizagem.

Em 1942, com a reforma Capanema, o curso secundário passou a ser dividido em dois níveis; ginasial, com quatro anos, e colegial, com três. O uso do método Direto não deveria ter apenas fins instrumentais, mas também educativos, para contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e para desenvolver hábitos de reflexão.

Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente interesse pela aprendizagem, surgem mudanças significativas quanto às abordagens e aos métodos de ensino.

Predominantemente na década de 70, tomava o ensino de línguas estrangeiras como um instrumento das dasses favorecidas para manter privilégios, impondo um domínio social, cultural, político e econômico.

O conceito de competência comunicativa foi retomado e ampliado por diversos autores, os mais conhecidos são Swan e Canale, que primeiramente em 1980, agregaram ao conceito de competência discursiva.

Em 20 de dezembro de 1996 foi publicado a mais recente LDB (Lei nO 9.394). Referindo ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

Percebe-se que, embora o discurso de tal abordagem se apresente como veiculado de idéias progressistas e inovadoras, é importante atentar para suas origens históricas e as vinculações ideológicas dos seus princípios e conceitos.

No Paraná, uma decorrência dessa insatisfação foi a criação, em 1986, dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM que oferecia aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão, no Colégio Estadual do Paraná. Esse foi um projeto que, apesar das dificuldades, teve êxito e funciona até hoje. Atualmente, o CELEM está presente em mais de 300 estabelecimentos de ensino e proporciona aulas de Espanhol, Inglês, Alemão, Francês, Italiano, Japonês, Ucraniano e Polonês a mais de 21 mil alunos da rede pública da rede estadual do Paraná.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Distinguir as variedades lingüísticas.

• Escolher o registro adequado às situações nas quais se processam a

comunicação.

• Possibilitar a escolha de vocabulário que melhor refletir a idéia do que se

pretende transmitir.

• Compreender de que forma, determinada maneira ou expressão pode ser

literalmente interpretada em razão dos aspectos culturais.

• Compreender como os enunciados refletem a forma de ser, de pensar e de

agir de quem os produz.

• Utilizar os aspectos com coerência e coesão na produção oral e escrita.

• Utilizar estratégias verbais e não verbais para compensação das falhas, a

fim de se fornecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido em

situações de produção e leitura.

• Conhecer como usar as línguas estrangeiras modernas como instrumento

de acesso à informação e outras culturas e grupos sociais.

• Analisar recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando

textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de

acordo com as condições de produção/recepção - intenção, época, local,

interlocutores participantes da criação e propagação de idéias e escolhas,

tecnologias disponíveis.

• Desenvolver a capaciadade de expressar-se oralmente

• Utilizar estratégias para que compreenda enunciados orais

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

Os eixos estruturantes abaixo relacionados, serão desenvolvidos nos 3 anos do Ensino Médio, visto que, a Leitura, Fala, Escrita e Auditiva devem ser desenvolvidas durante todo o ensino Médio, para o aluno chegar ao conhecimento discursivo, sócio -linguística e gramatical.

Leitura- Familiarização do aluno com diversos tipos textuais:

publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc. - Literatura; - Seleção de variedade lingü ística formal e informal.

Escrita

- Seleção de variedade lingüística formal e informal; _ Interlocução a que se dirige ao texto;

- Desenvolvimento da identidade.

Oralidade- Desenvolvimento da capacidade de expressar-se; _

Compreensão de enunciados orais:- Criação de condições de prática significativa;- Produção de enunciados;- Ler, escrever, falar e compreender enunciados orais.

1ª SÉRIE:

DISCURSO;

- Artigos definidos e indefinidos;- Uso dos demonstrativos - this, that, these, those;- Pronomes pessoais sujeito;- Verbo to be (presente e passado);- Preposiçoes principais (in, on, at);- There to be (presente e passado);- Presente continuo;- Adjetivos possessivos;- Plural dos substantivos;- Presente simples (forma afirmativa, negativa e interrogativa).

2ª SÉRIE:

DISCURSO;

− Conjunções: and, or, but, so;− Going to, will;

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− Pronomes possessives: my, your, our;− Preposiçõs: under, above, between, among ;− Passado simples dos verbos;− Verbo to have (presente e passado);− Verbos anômalos (can, may, must, shoud);− Passado continuo;− Presente perfeito;− Presente perfeito contínuo;− Advérbios;− Futuro contínuo.

3ª SÉRIE:

DISCURSO;

− Revisão: simple present, going to, will, simple past;− Graus dos adjetivos;− Indefindos e seus compostos: somebody, anybody;− Passado perfeito;− Adjetivos de quantidade: little, a little, less, few, fewer, much,− Many;− Pronomes relativos: who, whom, that... Frases condiciona.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-Ios. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente a vários gêneros: publicitários, jomalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é indispensável.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreende-Ios em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações. E necessário que se explicite que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.

Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento, e que esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos alunos,propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade de um determinado contexto sócio - cultural particular.

Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. Caso seja necessário deverá ser feita adaptação curricular.

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5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECíFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação será feita de forma contínua e acumulativa. Serão levadas em consideração todas as situações, das quais o aluno for convidado a fazer parte. Sejam escritas, orais, em grupo ou em forma de pesquisa, enfim. Um dos aspectos principais da avaliação é a observação da capacidade do aluno entender o discurso na língua e não somente as regras que norteiam esse discurso. Afinal, se queremos formar um cidadão com posicionamento crítico, não podemos ficar presos somente a questões sistemáticas da disciplina. A avaliação tem âmbito mais abrangente, extrapolando os limites da sala, assumindo um caráter de acompanhamento participativo e não meramente quantitativo. As avaliações deverão adequar as dificuldades dos alunos inclusos.

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6. BIBLIOGRAFIA:

ALLSOP, J. English grammarexercises, Cassei, 1984.

CUNHA, A. G. Dicionário etimológico da língua portuguesa, NovaFronteira, 1982.

FERRARI A. Zuleica, Take yourtime, Editora Moderna, 1996.

MEADE, M. The little bookd of big riddles. Harvey House, 1976.

MOTA, L. Adagiário brasileiro. Itatiaia/Edusp, 1987.

MACHADO R. Analuiza, Take your time, Editora Moderna, 1996 Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino

FARACO, C. A.: Língua e Cultura Manual do Professor, Curitiba base, 2005

ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA O ENSINO MÉDIO

DIRETRIZ CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA O ENSINO MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A filosofia é o estudo dos fundamentos da ação humana e possibilita a compreensão da complexidade do mundo contemporâneo, bem como de outros tempos, levando quem a pratica a elaboração do pensamento abstrato, ou seja, condições teóricas para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento da consciência crítica, pela qual a experiência vivida é transformada em experiência compreendida.

A educação e cidadania têm sido preocupações primordiais da Humanidade desde os tempos mais remotos e na atualidade, volta-se a discutir sobre esses aspectos, procurando-se entender o verdadeiro papel do indivíduo.

O ensino da filosofia, é tarefa desafiadora para o professor, porque eles têm de lidar com o inexplicável que gera discussões promissoras, reflexivas e criativas que muitas vezes, ações e transformações no indivíduo, sejam estas de atitude ou de pensamento.

Considera-se que a filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

É comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre filosofia e filosofar; ensinamos filosofia ou ensinamos a filosofar? Muitos citam Kant para lembrar que não é possível ensinar filosofia, mas sim filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria filosofia.

Nesse sentido a Filosofia faz acelerar o crescimento da razão e da compreensão do homem frente ao seu meio, e para isto o aluno não deve apreender pensamentos, mas sim pensar, não se deve carregá-lo, mas guiá-lo, para que no futuro ele seja capaz de caminhar sozinho.

Nessa perspectiva, para o ensino de filosofia indica não ser possível filosofar sem filosofia e estudar Filosofia sem filosofar. Portanto, entende-se que o ensino de Filosofia deve ser um espaço de estudo da filosofia e do filosofar.

O ensino de filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividade indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia.

O principal teor da educação nos últimos tempos, é justamente desenvolver potencialidades do ser em formação, ou seja, o aluno e para que a educação realmente consiga atingir estes ideais propostos, é necessário o desenvolvimento de uma geração mais rigorosa com os seus próprios ideais acerca de determinados princípios, principalmente no tocante à educação e aos valores.

A disciplina de Filosofia surge no Ensino Médio Integrado como propósito de oportunizar espaço e conhecimento para que o mesmo seja capaz de superar o caráter fragmentário do senso comum e possibilitando uma visão crítica da própria realidade, colocando pontos fundamentais como: o homem necessita ser educado? A Filosofia pode ser instrumento de libertação do homem? Para que tipo de sociedade se vai educar? Esses seriam os pontos primordiais para sintetizar o porquê de se ensinar Filosofia no Ensino Médio..

Sendo assim, a Filosofia é uma forma de pensar, que nos possibilita compreender melhor quem somos e em que mundo vivemos. Enfim, nos ajuda a entender o sentido de nossa própria existência.

Através de uma proposta clara e concisa, em que os objetivos encontram-se claramente articulados e elaborados, o trabalho com a disciplina possibilitará a apropriação ativa de uma cultura, idéia, valores, princípios e habilidades que facilitará a vivência de uma vida mais consciente e mais humana, tendo a possibilidade de conhecer e reivindicar direitos inalienáveis ao HOMEM.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Compreender o significado da existência do homem em suas diferentes interfaces, oferecendo uma reflexão sobre a natureza e o processo de produção do seu estar no mundo, ou seja, de sua existência;

• Estimular o aluno a desenvolver suas habilidades cognitivas, envolvendo-o em diálogo para que aprenda a raciocinar em conjunto com os demais, ampliando sua capacidade de pensar por si mesmo quando confrontado com situações problema;

• Possibilitar a compreensão do mundo contemporâneo em suas múltiplas particularidades.

• Entender os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos, tendo como objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, soberania, justiça, igualdade liberdade de maneira a preparar o estudante para uma ação política efetiva.

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3.CONTEÚDOS POR SÉRIE:

3ª SÉRIE:0

• MITO E FILOSOFIA;O deserto do real;Ironia e maiêutica.

• FILOSOFIA E MÉTODO;- Filosofia e método;- Perspectivas do conhecimento.

• ÉTICA;- Amizade;- Liberdade.

• FILOSOFIA POLÍTICA;- Em busca da essência do político;- A política em Maquiavel;- Política e violência;- A democracia em questão.

• FILOSOFIA DA CIÊNCIA;- O progresso da ciência;- Pensar a ciência;- Bioética.

• ESTÉTICA;- Pensar a beleza;- Universalidade do gosto;- Necessidade ou fim da arte;- O cinema e uma nova percepção.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA :

Para o ensino de Filosofia devemos oportunizar quatro momentos que são eles:

- A sensibilização; - A problematização;- A investigação;- A criação de conceitos.

A organização da prática pedagógica na disciplina Filosofia, tem em vista a preparação dos alunos para uma compreensão mais ampla da realidade social, para que se tornem agentes ativos de transformação. Essa prática pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que construam significados para tudo que possam aprender por meio de múltiplas e complexas interações com o meio. Sendo assim serão feitas leituras e análises de textos relativos aos conteúdos e relacionando-os com a realidade; também pesquisas e debates os proporcionando condições de desenvolvimento que ampliem suas capacidades e habilidades, enriquecendo à atuação na vida prática.

Nesse sentido, a disciplina de Filosofia vem trabalhar e desenvolver no aluno habilidades para refletir, analisar e sintetizar fatos individuais ou coletivos da sociedade onde o mesmo está inserido teorizando e praticando-a, pois percebemos que somente através da teoria e prática ele irá participar de forma crítica na construção desse saber, entendendo que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos incluso idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais.

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5.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA:

A avaliação no ensino a Filosofia deve ser concebida na sua função diagnóstica; isto é, não tem finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, pela qualidade com que professores estudantes e a própria instituição de ensino o constróem coletivamente. No ensino de Filosofia, a avaliação não se resumir-se ia a perceber quanto o aluno assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos nem de examinar sua capacidade de tratar deste ou aquele tema. Ao avaliar, o professor deverá ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deverá levar em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes ao tema e ao discurso estudado.

A avaliação de Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o aluno pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo que se dá no decorrer do trabalho e não como um momento separado visto em si mesmo.

A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidoras de experiências que devem ser valorizadas.

A avaliação no contexto escolar, é sem dúvida, alguma de suma importância, uma vez que é potencialmente o instrumento a ser usado na construção ou no pleno desenvolvimento do modelo de atuação escolar. Conduzida com caráter reflexivo e, na medida em que sirva de termômetro a identificar as carências apresentadas pelos alunos, no decorrer do período letivo, serve como balizador, para que se possa, tomar certas decisões ou executar modificações e reforços que favoreçam o desenvolvimento necessário ao alcance pleno dos objetivos planejados.

A LDB propõe a avaliação diagnóstica, devendo proceder a verificação do rendimento escolar do aluno de forma a retomar o processo de ensino aprendizagem sempre que se fizer necessário. Assim é fundamental ter uma visão sobre o aluno como um ser social e político, capaz de atos e fatos, dotado de e em conformidade com o senso critico, sujeito de seu próprio desenvolvimento, sendo capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve,buscando a sua transformação e conseqüentemente, a transformação do meio em que se vive.

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6. BIBLIOGRAFIA:

ARANHA, Maria L.de Arruda; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando, introdução à filosofia. 3ªed. São Paulo: Moderna Editora, 2003.

CAMARGO, Marculino. Filosofia do conhecimento e ensino – aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

CHAUI, Marlene. Filosofia. São Paulo: Ática Editora, 2002-(série novo ensino médio).

Convite à filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2004.

SEED. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Filosofia: Ensino Médio. Curitiba, 2006

PROJETO Político Pedagógico. Colégio Estadual José Sarmento Filho – E.F.N. 2006.

REVISTA Pedagógica Pátio. Ministério da Educação FNDE: novembro 2003/ janeiro 2004, nº28.

REVISTA Professor. Ministério da Educação. Outubro 2003, nº1.

REVISTA Ciências Hoje. Ministério da Educação – FNDE , 2ª Edição,.

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COLÉGIO ESTADUAL NAPOLEÃO BATISTA SOBRINHO - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

IRETAMA2007

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a sociologia tem contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e, fundamentalmente, para análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social.

A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradas produto da Revolução Industrial e intelectual. Surgiram e se desenvolveram em situações históricas das mais complexas e nas modernas sociedades industriais e de classe.

Essa realidade social que se estabelecia impôs à nova ciência a explicação dos fenômenos que envolvem o homem como um ser de relações .

Desde seu surgimento, a Sociologia debate-se entre tendências teóricas, entre perspectivas produzidas e por diferentes visões de sociedade e do mundo.

Estas abordagens do mundo são a leitura da diferenciação interna, das tenções e contradições que determinam a formação capitalista.

A sociedade contemporânea vive uma profunda reestruturação que exige de todos, cidadãos, governantes e nações, uma revisão completa dos conceitos e mecanismos de funcionamentos da sociedade.

Nesta sociedade globalizada e competitiva, é necessário desenvolver a capacidade de entender e projetar o rumo dos acontecimentos. A sociologia como ciência, procura então, estudar os fatos através da análise dos fenômenos sociais dentro de uma visão histórica dos acontecimentos.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a conservação ou para a transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação humana. Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade - das diferentes tradições – e , ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese teórica, assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor.

Com o conhecimento desta ciência, é possível repensar os padrões as regularidades que ordenam a vida social, procurando entender os paradoxos deste mundo atual.

Ressalta-se que, como disciplina acadêmica escolar, a história da Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo científico mais abrangente. É preciso destacar nos teóricos clássicos suas concepções de sociedade e, também, suas concepções de educação, já que uma está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação política e, por efeito, de ação educacional.

É necessário reconstruir dialeticamente com o aluno do Ensino Médio os conhecimentos de que ele já dispõem, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e, mais que isso, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas.

Espera-se que através de conhecimentos sobre a Sociologia o educando seja levado a construção da cidadania, através de uma postura mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo contemporâneo, compreendendo melhor a dinâmica da sociedade em que vive, assumindo-se como elemento ativo, dotado de força política e capacidade para transformar o espaço social em que está inserido em um espaço mais justo e humano.

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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Contribuir para o desenvolvimento do pensamento analítico, livre de noções preconceituosas e deterministas, acerca das relações sociais;

• Reconhecer a importância do homem como um ser social;• Possibilitar através do conhecimento sociológico a reflexão, a observação, a

pesquisa, levando o educando a compreender a complexidade dos fenômenos sociais, culturais, econômicos e políticos confrontando-os em diferentes interpretações, construindo sua própria versão de mundo, desenvolvendo o compromisso de ampliar o exercício da cidadania;

• Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigido, gerado por mudanças em diferentes níveis da sociedade.

• Respeitar a diversidade cultural, levando o educando a perceber a riqueza, complexidade cultural e a existência de inexistência de culturas superiores e inferiores.

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3. CONTEÚDOS POR SÉRIE:

O ensino da Sociologia está proposto em conteúdos estruturantes representativos dos grandes campos do saber, da cultura e do conhecimento universal e organizam campos de estudos considerados centrais e básicos para compreender os processos de construção social.

2ª SÉRIE:

• O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS;- O surgimento da sociologia;- As teorias sociológicas na compreensão do presente;- A produção sociológica brasileira.

• O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS; - A instituição escolar;- A instituição religiosa;- A instituição familiar.

• CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL;- Diversidade cultural;- Relativismo;- Etnocentrismo;- Questões de gênero, étnicas e de outras minorias.

• TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS;- O processo de trabalho e a desigualdade social;- Globalização.

• PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA;- Ideologia;- Formação do Estado Moderno.

• DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS;

- Movimentos sociais;- Movimentos agrários no Brasil;- Movimento estudantil.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.

A partir do exposto, trabalharemos com temáticas atuais relacionando-as com o conhecimento científico produzido pela disciplina, através de conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles desdobrados que não serão pensados e trabalhados de maneira autônoma e não, necessariamente, seguindo uma ordem seqüencial.

A disciplina de Sociologia no ensino Médio Integrado, propõe a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos ( teóricos, temáticos, literários ) a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica, a utilização de recursos audiovisuais e também como recurso o livro didático público.

O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas importa que o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

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5.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA:

A avaliação no sentido da Sociologia deve perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina a ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, sou seja, observar a mudança na forma de olhar do aluno sobre os problemas sociais contemporâneos, a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para reverter práticas de acomodação e sair do senso comum, enfim, várias poderão ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno, modificando sua forma de sentir e agir no meio social em que está inserido.

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6. BIBLIOGRAFIA:

ARNS, Paulo. Brasil nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1985.

HOOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: O breve século XX (1914 – 1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1991.

TOMAZI, Dacio Nelson. Iniciação a Sociologia.Londrina: Atual, 2000.

OLIVEIRA, de Santos Pérsio.Introdução à sociologia da Educação: São Paulo: Ática, 1998.

PROJETO Político Pedagógico. Colégio Estadual José Sarmento Filho – E.F.N. 2006.

REVISTA Pedagógica Pátio. Ministério da Educação: FNDE, novembro 2003/ janeiro 2004 , nº28.

REVISTA Ciências Hoje. Ministério da Educação : FNDE, 2ª Edição.

REVISTA Professor. Ministério da Educação. Outubro 2003, nº1.

SEED- Secretaria de Estado da Educação - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Sociologia . Curitiba, 2006.

SEED – Secretaria de Estado de Educação. Sociologia: Ensino Médio ( Livro Didático Público). Curitiba, 2006.