nt 40 corpo de bombeiros goiÁs

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  • 7/25/2019 NT 40 CORPO DE BOMBEIROS GOIS

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    ESTADO DE GOISCORPO DE BOMBEIROS MILITAR

    NORMA TCNICA 40/2014

    SISTEMA DE PROTEO CONTRA DESCARGASATMOSFRICAS

    SUMRIO

    1 Objetivo

    2 Aplicao

    3 Referncias normativas e bibliogrficas

    4 Definies

    5 Procedimentos

    6 Casos especiais7 Especificaes

    ANEXOS

    A Espaamento mdio dos condutores de

    descida no naturais, conforme o nvel de

    proteo

    B Bitola dos cabos de descida dos pra raios,

    proporcionando mais segurana e

    confiabilidade ao SPDAC Classificao das estruturas referentes ao

    nvel de proteo do SPDA

    Atualizada pela Portaria n. 183/2014 CG. Publicada no BGE n. 205/2014 de 07/11/2014

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    2NORMA TCNICA 40/2014 Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas

    1. OBJETIVO

    Fixar as caractersticas mnimas exigveis para asfunes a que se destina o Sistema de ProteoContra Descargas Atmosfricas (SPDA) a serinstalado em edificaes ou em rea de risco e

    ainda estabelece princpios gerais para:

    a) Instalao de para-raios;b) Especificaes tcnicas a serem

    observadas;c) Padronizao das inspees tcnicas do

    Corpo de Bombeiros no que diz respeito SPDA.

    2. APLICAO

    2.1 Esta Norma Tcnica (NT) aplica-se a todas asedificaes onde exigida a instalao de SPDA, de

    acordo com as Tabelas da Norma Tcnica 01 Procedimentos Administrativos.

    2.2Outros casos, a critrio do Corpo de Bombeiros,quando a periculosidade o justificar.

    3. REFERNCIAS NORMATIVAS EBIBLIOGRFICAS

    GOIS. Lei n. 15.802, de 11 de setembro de 2006.Institui o Cdigo Estadual de Segurana contraIncndio e Pnico e d outras providncias. DirioOficial do Estado de Gois, Gois, 18 mar. 1999.

    Seo 1, p. 1.NBR 5419 Proteo de estruturas contradescargas atmosfricas.

    4. DEFINIES

    Para os efeitos desta Norma Tcnica, aplicam-seas definies constantes da Norma Tcnica n.03Terminologia de segurana contra incndio.

    5. PROCEDIMENTOS

    5.1Pode-se utilizar ferragens do concreto armado,estruturas metlicas, mastros de antenas, torres,tanques metlicos, formando meios de captao edescidas naturais de para-raios, possibilitandorecursos para melhorar a proteo e baixar custosdo sistema de pra raios.

    5.2 O cabo de descida ou escoamento de para-raios dever passar distante no mnimo 3m demateriais de fcil combusto e de outros em quepossa causar danos.

    5.3 Os condutores de descida devem serdistribudos ao longo do permetro do volume a

    proteger, de modo que seus espaamentos mdiosno sejam superiores aos indicados no Anexo Adesta Norma Tcnica.

    5.4A instalao de para-raios dever obedecer aoque determinam as normas prprias vigentes,sendo de inteira responsabilidade do instalador aobedincia s mesmas.

    5.5Atravs de um aparelho denominado terrmetro

    feita a medio hmica nos conjuntos deterra/malha, e uma inspeo visual em todos oscomponentes do SPDA para avaliar se os itensesto danificados ou esto de acordo com asNormas.

    5.6 Fica proibido o uso de captor inico radioativoem para-raios.

    5.7 Os proprietrios de edificaes que tenhampara-raios radioativos instalados devero efetuarsua substituio e adequao do sistema deproteo contra descargas atmosfricas conforme a

    NBR 5419.5.8 A retirada do material radioativo e suadestinao devero obedecer s normas elegislao pertinentes.

    5.9Os responsveis pela desativao dos captoresinicos-radioativos devero providenciar suaentrega ao rgo governamental competente(Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN),com o objetivo de evitar a disperso deradioistopos no meio ambiente.

    5.10 Por ocasio da Inspeo do Corpo deBombeiros Militar para fins de Certificado deConformidade sero verificados os seguintes itens:

    a) No poder haver captores mais baixosque antenas de TV;

    b) No poder haver sistemas semconservao (sem cabos, mastrosquebrados ou isoladores danificados) enem emendas nos condutores de descida;

    c) Dever haver, no mnimo, dois condutoresde descida;

    d) O Corpo de Bombeiros Militar dever exigirque seja apresentado, por um Engenheiro

    Eletricista, Laudo Tcnico e respectiva ART(Anotao de Responsabilidade Tcnica)anotados no CREA, de execuo,instalao ou manuteno do SPDA, comparecer conclusivo e com resultados dasresistncias medidas, devendo os mesmosestarem de acordo com a NBR 5419;

    e) Os condutores de descida no naturaisdevem ser instalados a uma distnciamnima de 0,50 m de portas, janelas eoutras aberturas, e fixadas a cada metro depercurso;

    f) Os cabos de descida devem se protegidoscontra danos mecnicos at no mnimo2,5m acima do nvel do solo. A proteodever ser por eletroduto rgido de PVC ou

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    3NORMA TCNICA 40/2014 Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas

    metlico, sendo que, neste ltimo caso, ocabo de descida deve ser conectado sextremidades.

    6. CASOS ESPECIAIS

    Esta seo trata da proteo de tanques desuperfcie contendo lquidos inflamveis pressoatmosfrica, conforme NBR 5419.

    6.1 Tanques com teto fixo

    Tanques metlicos com teto de chapa de aorebitada, aparafusada ou soldada, utilizados paraarmazenar lquidos inflamveis pressoatmosfrica, so considerados autoprotegidoscontra descargas atmosfricas, desde quesatisfaam simultaneamente aos seguintesrequisitos:

    a) Todas as juntas entre chapas metlicasdevem ser rebitadas, aparafusadas comporcas ou soldadas;

    b) Todas as tubulaes que penetram notanque devem ser eletromecanicamenteligadas a ele no ponto de entrada, de modoa assegurar equalizao de potencial;

    c) Os respiros, vlvulas de alvio e demaisaberturas que possam desprender vaporesinflamveis devem ser providos dedispositivos de proteo corta-chama ou ter

    o volume definido pela classificao derea protegida por um elemento captor;d) O teto deve ter uma espessura mnima de 4

    mm, e deve ser soldado, aparafusado comporcas ou rebitado ao corpo do tanque.

    6.2 Tanques com teto flutuante

    6.2.1 O teto flutuante deve sereletromecanicamente ligado ao corpo do tanque,por meio de condutores flexveis ou escadasarticuladas ligadas aos bordos do tanque e ao topodo teto flutuante.

    NOTA -Esta ligao serve principalmente para equalizao depotencial e, em caso de impacto de uma descarga atmosfrica,no impede a ignio de uma mistura inflamvel eventualmentepresente sobre o teto flutuante, ou no costado do tanque.

    6.2.2 Tetos flutuantes que utilizem dispositivossuspensos abaixo da vedao, dentro da atmosferade vapor inflamvel, devem ser providos decondutores que interliguem o teto s sapatasmetlicas deslizantes.

    6.2.3 As interligaes prescritas em 6.2.2 devemseguir o trajeto mais direto entre os dois pontos, eser dispostas a intervalos de no mximo 3 m,medidos ao longo da circunferncia do tanque.

    6.2.4Como condutores, devem ser utilizadas, nestaaplicao, fitas de ao inoxidvel de 50 mm x 0,5mm, ou material equivalente em capacidade deconduo de corrente e resistncia corroso.

    6.3 Tanques com teto no-metlico

    Tanques com teto no-metlico no podem serconsiderados autoprotegidos contra descargasatmosfricas e requerem a instalao de captores.Podem ser utilizados como captores mastrosmetlicos, ou cabos areos esticados, ou umacombinao de ambos.

    6.4 Aterramento de tanques

    Os tanques devem ser aterrados para escoamentodas correntes de descarga atmosfrica, bem comopara evitar elevaes de potencial que possamcausar centelhamento para a terra. Um tanque considerado aterrado se qualquer uma dasseguintes condies for satisfeita:

    a) O tanque est conectado a um subsistemade aterramento;

    b) O tanque est acopladoeletromecanicamente a uma rede detubulaes eletricamente contnuas eaterradas;

    c) Um tanque cilndrico vertical est apoiadono solo, ou sobre uma base de concreto, etem no mnimo 6 m de dimetro, ou estapoiado sobre um revestimento betuminosoe tem no mnimo 15 m de dimetro.

    6.5 reas destinadas a comrcio varejista deGLP

    A proteo contra descargas atmosfricas nasreas de comrcio varejista de GLP poder serdispensada atravs de laudo emitido porprofissional habilitado atestando que no hnecessidade de proteo da rea dearmazenamento por esse sistema, observando-seos requisitos da ABNT NBR 5419.

    7. ESPECIFICAES

    Quando se tratar de projeto para aprovao juntoao Corpo de Bombeiros dever ser especificada aseguinte nota no Projeto e no Memorial Descritivode Incndio: O projeto, a execuo, a instalao ea manuteno do SPDA desta edificao, bemcomo a segurana de pessoas e instalaes no seuaspecto fsico dentro do volume protegido, deveroatender s condies estabelecidas nas NormasBrasileiras vlidas e atinentes aos assuntos, comespecial e particular ateno para o disposto naNBR 5419 (na sua edio mais recente) e naNorma Tcnica referente do Corpo de BombeirosMilitar do Estado de Gois.

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    4NORMA TCNICA 40/2014 Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas

    NVEL DE PROTEO ESPAAMENTO MDIO (m)

    I 10

    II 15

    III 20

    IV 25

    ANEXO A

    Espaamento mdio dos condutores de descida no naturais, conforme o nvel de proteo

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    5NORMA TCNICA 40/2014 Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas

    Tabela das bitolas do condutores (mm2)

    NVEL DEPROTEO

    MATERIALCAPTAO

    (mm2)DESCIDAS

    (mm2)ATERRAMENTO

    (mm2)

    EQUALIZA ES ALTACORRENTE

    (mm2)

    EQUALIZA ESBAIXA CORRENTE

    (mm2)

    I a IV

    Cobre 35 16* 50 16 6

    Alumnio 70 25* - 25 10

    Ao 50 50* 80 50 16

    NOTA *:Para edificaes acima de 20 m, dimensionar a bitola das descidas e anis de cintamento igual bitola de captao, devido presena de descargas laterais.

    ANEXO B

    Bitola dos cabos de descida dos para-raios, proporcionando mais segurana e confiabilidadeao SPDA

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    6NORMA TCNICA 40/2014 Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas

    CLASSIFICAO DAESTRUTURA

    TIPO DA ESTRUTURA EFEITOS DAS DESCARGASATMOSFRICAS

    NVEL DEPROTEO

    Estruturas comuns1

    Residenciais

    Perfurao da isolao de instalaeseltricas, incndio, e danos materiais

    Danos normalmente limitados a objetos noponto de impacto ou no caminho do raio

    III

    Fazendas,estabelecimentos

    agropecurios

    Risco direto de incndio e tenses de passoperigosas

    Risco indireto devido interrupo deenergia e risco de vida para animais devido perda de controles

    Eletrnicos, ventilao, suprimento dealimentao e outros

    III ou IV2

    Teatros, escolas, lojas dedepartamentos, reasdesportivas e igrejas

    Danos s instalaes eltricas (porexemplo: iluminao) e possibilidade depnico

    Falha do sistema de alarme contra incndio,causando atraso no socorro

    II

    Bancos, companhias deseguro, companhiascomerciais e outros

    Como item acima, alm de efeitos indiretoscom a perda de comunicaes, falhas doscomputadores e perda de dados

    II

    Hospitais, casa de repousoe prises

    Conforme item sobre teatro e escolas, alm

    de efeitos indiretos para pessoas emtratamento intensivo e dificuldade deresgate de pessoas imobilizadas

    II

    IndstriasEfeitos indiretos conforme o contedo dasestruturas, variando de danos pequenos aprejuzos inaceitveis e perda de produo

    III

    Museus, locaisarqueolgicos

    Perda de patrimnio cultural insubstituvel II

    Estruturas com riscoconfinado

    Estaes detelecomunicao usinas

    eltricas

    Indstria

    Interrupo inaceitvel de servios pblicospor breve ou longo perodo de tempo

    Risco indireto para as imediaes devido aincndios, e outros com risco de incndio

    I

    Estruturas com risco para

    os arredores

    Refinarias, postos de

    combustvel, fbricas defogos, fbricas de munio

    Risco de incndio e exploso para a

    instalao e seus arredores I

    Estruturas com risco para omeio ambiente

    Indstrias qumicas, usinasnucleares, laboratrios

    bioqumicos

    Risco de incndio e falhas de operao,com consequncias perigosas para o local epara o meio ambiente

    I

    NOTAS:1)Os Equipamentos de Tecnologia da Informao (ETI) podem ser instalados em todos os tipos de estruturas, inclusiveestruturas comuns. impraticvel a proteo total contra danos causados pelos raios dentro destas estruturas; noobstante, devem ser tomadas medidas (conforme a NBR 5410) de modo a limitar os prejuzos a nveis aceitveis;

    2) Estruturas de madeira: nvel III; estruturas nvel IV. Estruturas contendo produtos agrcolas potencialmentecombustveis (ps de gros) sujeitos a exploso so considerados com risco para arredores.

    ANEXO C

    Classificao das estruturas referentes ao nvel de proteo do SPDA