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DOCUMENTO PARA USO INTERNO – REPRODUÇÃO / IMPRESSÃO PROIBIDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA C.S.E. EM NECESSIDADE DE CÓPIA, SOLICITAR AO REPRESENTANTE DA DIREÇÃO. Página1 TREINAMENTO DE NR-10 Rio das Ostras – RJ - 2011

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TREINAMENTO DE NR-10

Rio das Ostras – RJ - 2011

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CONTEÚDO

INTRODUÇÃO

1. OBJETIVO

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

3. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

3.1. RISCO – DEFINIÇÃO

3.2. MÉTODOS DE ANÁLISE DE RISCOS

3.3. NÍVEIS DE TENSÃO

4. RISCOS ADICIONAIS

4.1. TRABALHOS EM ALTURA

4.2. AMBIENTES CONFINADOS

4.3. ÁREAS CLASSIFICADAS

4.4. CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS

4.5. ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAIS E COLETIVOS

5.1. EPC

5.2. EPI

6. ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

6.1. CONDIÇÕES INSEGURAS E ATO INSEGURO

6.2. CHOQUE ELÉTRICO

6.2.1. CHOQUE ESTÁTICO

6.2.2. CHOQUE DINÂMICO

6.2.3. FORMAS DE OCORRÊNCIA DO CHOQUE ELÉTRICO

6.2.4. FATORES QUE DETERMINAM A GRAVIDADE DO CHOQUE

6.2.5. EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO

6.2.6. PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS

6.2.7. CORRENTE DE FUGA

6.3. ARCO ELÉTRICO

6.4. MEDIDAS DE CONTROLE

6.5. CONCEITO DE ENERGIZADO E DESENERGIZADO

6.5.1. ENERGIZADO

6.5.2. DESENERGIZADO

7. HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

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7.1. QUALIFICAÇÃO

7.2. HABILITAÇÃO

7.3. CAPACITAÇÃO

7.4. AUTORIZAÇÃO

8. ATERRAMENTO

8.1. O QUÊ É UM ATERRAMENTO?

8.2. FUNÇÕES DO ATERRAMENTO

8.3. O ATERRAMENTO PODE SER...

8.4. CONDUTORES DE PROTEÇÃO

8.5. TENSÃO DE CONTATO

8.6. TENSÃO DE TOQUE

8.7. TENSÃO DE PASSO

8.8. TIPOS DE ATERRAMENTO – ESQUEMA TT, ESQUEMA TN (TN-C, TN-C-S E TN-S) E IT

9. ROTINA DE TRABALHO

9.1. DOCUMENTAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

9.1.1. PRONTUÁRIO

9.1.2. MEMORIAL DESCRITIVO

10. EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EM ATMOSFERA EXPLOSIVA

10.1. O QUÊ É UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA?

10.2. QUE TIPOS DE PRODUTOS PODEM PRODUZIR UMA EXPLOSÃO

10.3. AONDE PODE SE FORMAR UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA?

11. CLASSE DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

12. CATEGORIA DE INSTALAÇÃO DE SOBRETENSÃO CONFORME IEC 61010

13. RISCOS INERENTES A MEDIÇÕES ELÉTRICAS

13.1 INTRODUÇÃO

13.2 ACIDENTE COM MULTÍMETRO

13.3 NORMAS TÉCNICAS

13.4 MANUTENÇÃO DOS INSTRUMENTOS

13.5 FUSÍVEIS

13.6 PONTAS DE PROVA

13.7 ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PARA MULTÍMETROS

14. RESPONSABILIDADES

14.1. CABE AOS TRABALHADORES

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15. PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

15.1. ORIGEM DO FOGO

15.2. TRIÂNGULO DO FOGO

15.3. REAÇÃO QUÍMICA

15.3.1. PONTO DE FUGOR

15.3.2. PONTO DE COMBUSTÃO

15.3.3. TEMPERATURA DE IGNIÇÃO

15.4. TRANSMISSÃO DE CALOR

15.4.1. CONDUÇÃO

15.4.2. CONVECÇÃO

15.4.3. RADIAÇÃO

15.5. CLASSE DE INCÊNDIO

15.6. AGENTES EXTINTORES

15.6.1. TIPOS DE EXTINTORES

15.6.2. INSPEÇÃO DE EXTINTORES

15.6.3. QUANTIDADES DE EXTINTORES

15.6.4. LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS EXTINTORES

15.6.5. TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA COMBATE INCÊNDIOS

15.6.6. DISTRIBUIÇÃO E INSTALAÇÃO DE EXTINTORES

15.6.7. INSPEÇÃO DE EXTINTORES

15.6.8. MÉTODOS DE EXTINÇÃO

15.7. PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIO

15.8. TÉCNICAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

15.9. COMO AGIR EM CASO DE INCÊNDIO?

16. PRIMEIROS SOCORROS

16.1. ASPECTOS LEGAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS

16.2. PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA

16.3. SEGURANÇA DO LOCAL

16.4. OBJETO DE QUEDA

16.4.1. MOVER A VÍTIMA

16.4.2. PROCURE AJUDA

16.4.3. TRANQUILIZE A VÍTIMA

16.5. AVALIAÇÃO DO ESTADO DA VÍTIMA

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16.5.1. VERIFICAR CONSCIÊNCIA (ABC)

16.5.2. RESPIRAÇÃO E SALVAMENTO

16.6. ATAQUE CARDÍACO

16.6.1. SINAIS E SINTOMAS

16.7. DERRAME

16.7.1. SINAIS E SINTOMAS

16.8. RCP

16.9. EXAME DA CABEÇA AOS PÉS

16.9.1. HEMORRAGIA E FERIMENTOS

16.9.2. HEMORRAGIAS INTERNAS

16.9.3. CONTROLE DO SANGRAMENTO

16.9.4. SANGRAMENTO GRAVE

16.9.5. CUIDADOS COM CONTATO COM O SANGRAMENTO

16.9.6. INFECÇÕES TRANSMITIDAS PELO SANGUE

16.10. CHOQUE

16.10.1. ALÍVIO DO CHOQUE

17. CHOQUE ANAFILÁTICO

18. EXAME DA CABEÇA AOS PÉS

19. VÍTIMA DE LESÃO ÓSSEA

20. FRATURAS OCULTAS

21. COMO IMOBILIZAR

22. LESÕES NA COLUNA

23. CHOQUE ELÉTRICO

24. QUEIMADURAS

25. CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS

26. QUEIMADURAS QUIMICAS

27. DESMAIOS

28. REMOÇÃO E RESGATE DE VÍTIMAS

29. CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

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Introdução

Nr-10

A publicação da nova Norma Regulamentadora n°10 (NR-10), através da Portaria 598 do Ministério do Trabalho e Emprego em 08/12/2004, alterou o curso das instalações elétricas no Brasil.

O setor elétrico brasileiro, mais especificamente na área offshore, muito ganhou com as mudanças da NR-10 em favor da segurança do trabalhador nas atividades elétricas. Hoje gozamos de um padrão de alto nível de segurança nas plataformas da Petrobras, dado ao empenho do Ministério do Trabalho e Emprego e do setor de SMS das empresas, em tornar conhecida esta norma regulamentadora através de treinamentos.

Uma das formas mais verdadeira de iniciarmos o estudo sobre Segurança em Eletricidade é afirmarmos que a eletricidade mata.

O risco elétrico é presente no dia a dia, seja direta ou indiretamente. Em casa, no trabalho, ou em qualquer outro lugar, você estará exposto aos riscos da eletricidade e seus efeitos. Mas é no trabalho que este risco é potencialmente aumentado. Existe uma concentração de máquinas e equipamentos, subestações, salas de painéis, painéis, redes de distribuição e alimentação, ramais de alimentação, etc...

Os riscos com a eletricidade são mais claros para aqueles que lidam diretamente com ela e estão expostos aos seus efeitos nocivos. Uma simples operação de ligar e desligar um equipamento sem o devido conhecimento dos riscos e de posse de prontuário para valer-se do procedimento de operação, pode acarretar um acidente fatal.

Acidentes com eletricidade são muito graves, provocam lesões físicas e traumas psicológicos e muitas das vezes são fatais. Isso sem falar nos incêndios e perda de produção.

Sob a ótica da NR-10, trabalhamos com tensão superior a 50V em corrente alternada ou 120V em corrente contínua (a extra baixa tensão são as não superior a 50V em corrente alternada e 120V em corrente contínua) e igual ou inferior a 1000V em corrente alternada e 1500V em corrente contínua. Assim como as superiores a 1000V em corrente alternada e 1500V em corrente contínua. Os critérios de Segurança são, no mínimo, os definidos pela NR-10.

As normas técnicas de instalação elétrica brasileira são:

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;

NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão 1,0KV a 36,2KV;

NBR 5418 – Instalações elétricas em áreas de atmosfera explosiva;

NBR 13534 – Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde – requisitos para segurança;

NBR 13570 – Instalações elétricas em locais de afluência pública – requisitos específicos;

NBR 14639 – Postos de serviços – Instalações elétricas;

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1. Objetivo:

Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

2. Campo de Aplicação e Competência das Pessoas Conforme NBR-5410:

Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.

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3. Técnicas de Análise de Risco.

Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades, procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos. Para reduzir a frequencia de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos.

- Que pode acontecer de errado?

- Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?

- Quais são suas consequencias?

A análise de riscos é um conjunto de métodos e técnicas que aplicado a uma atividade identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade representa para a população exposta, para o meio ambiente e para a empresa. Os principais resultados de uma análise de riscos são a identificação de cenários de acidentes, suas frequencias esperadas de ocorrência e a magnitude das possíveis consequencias. A análise de riscos deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das consequencias de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham próximo à instalação ou para o meio ambiente. As metodologias representam os tipos de processos ou técnicas de execução dessa análise de riscos da instalação ou da tarefa.

3.1. Risco – Definição:

As noções de perigo e de risco são por vezes confundidas. O perigo diz respeito a um acontecimento natural que causa ameaça às pessoas e aos bens materiais, como por exemplo, avalanches, cheias, deslizamentos ou terremotos. O risco já diz respeito à interação de um perigo, com um objeto ou pessoa que se encontra exposto a esse perigo e a sua vulnerabilidade.

3.2. Métodos de Analise de risco:

Antes de detalhar o que representa uma Análise de Risco, vamos sincronizar nossos termos. Por segurança entende-se ‘certeza’. Garantir que as suas estratégias retornarão no nível desejado significa identificar e entender os riscos, para então administrá-los. Estar vivo, por exemplo, significa “arriscar diariamente”. Atravessar a rua, ir ao jogo de futebol ou dirigir são exemplos de situações que envolvem fatores de risco; mas como já estamos acostumados a enfrentá-los, formamos um instinto natural para o cálculo de energia utilizada para minimizar e controlar os riscos.

Em regime off-shore no ambiente Petrobras, temos por critérios estabelecidos pelo SMS (Segurança Meio Ambiente e Saúde), a PT (Permissão de Trabalho), como método aplicativo na análise preliminar de risco Nivel 1 (APN1) elaborada junto com o executante, a qual poderá ocorrer em uma análise preliminar de risco de nível 2 (APN2), caso haja alguma resposta positiva para o questionário ali estabelecido.

Independente da análise de risco ter sido elaborada decorre agora no que chamamos de check list; o que nada mais é do que fazer uma lista de itens a serem observados antes de iniciar um trabalho. Recomenda-se a leitura integral da PT e sua reavaliação no local do trabalho, antes do inicio do mesmo. Fatores físicos podem ter mudado o ambiente de trabalho, assim como fatores humanos (psicológicos), uma simples troca do executante, entre outros.

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ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS OU PERIGOS

Atividade: ELÉTRICA

Referencia: QDF1 / QDLF1 Data: 18/10/2010 Revisão: 00

ETAPA RISCO/PERIGO MODO

DETECÇÃO EFEITO RECOMENDAÇÕES/CONTROLE

MEDIÇÃO ELÉTRICA NO INTERIOR DO PAINEL

1.CHOQUE ELÉTRICO

MULTITEST CONTRAÇÃO MUSCULAR

1. CONFRONTAR OS DADOS DA O.S. COM A SITUAÇÃO LOCAL

2. UTILIZAR EPI RECOMENDADO NA O.S. E APLICAÇÃO DE ZONA CONTROLADA E OBSTÁCULOS PARA ISOLAÇÃO DA ÁREA

3. UTILIZAR EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO CAT III

4. IDENTIFICAR O PONTO DE MEDIÇÃO DE MENOR AMPERAGEM DE SAÍDA, CRIANDO UMA MARGEM DE SEGURANÇA ENTRE O EXECUTANTE E O PONTO A SER EXECUTADA A MEDIÇÃO

5. IDENTIFICAR OS SECCIONADORES DOS ALIMENTADORES A SEREM MEDIDOS E INFORMA-LOS AO AJUDANTE QUALIFICADO, CASO SEJA NECESSÁRIO DESLIGAMENTO DE EMERGÊNCIA

6. EFETUAR A MEDIÇÃO

7. FAZER RELATÓRIO DE MEDIÇÃO INFORMANDO O PONTO DE MEDIÇÃO

8. REMOVER O ISOLAMENTO DA ÁREA (OBSTÁCULOS)

2. CHOQUE MECÂNICO

VISUAL TRAUMA 1. UTILIZAR EPI RECOMENDADO NA O.S.

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3.3. Níveis de Tensão conforme NR-10:

NIVEIS DE TENSÃO

BAIXA TENSÃO MÉDIA TENSÃO ALTA TENSÃO

Vca Vcc Vca Vcc Vca Vcc

NR10 50 a 1000 120 a 1500 NA NA >1000 >1500

EXTRA BAIXA TENSÃO < 50 < 120 NA NA NA NA

NBR5410 > 50 a 1000 >120 a1500 NA NA NA NA

NBR14039 NA NA >1000 a 36.200 NA NA NA

4. Riscos Adicionais:

4.1.Trabalho em Altura:

Define-se Trabalho em altura aqueles que são executados em altura superior a 2 metros (andaimes, plataformas, escadas, etc...) assim como trabalhos em profundidade (escavações, poços, etc...).

4.2.Ambientes confinados:

Define-se como Espaço Projetado para a não ocupação humana, dado aos fatores que colocam o trabalhador em situação de risco.

4.3.Área Classificada:

Área classificada é uma área (espaço tridimensional) na qual uma atmosfera potencialmente explosiva estará presente ou na qual é provável sua ocorrência, a ponto de exigir precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos.

4.4.Condição Atmosférica:

Como o fenômeno de descarga elétrica atmosférica relaciona-se basicamente à eletricidade atmosférica na troposfera e, por conseguinte, à evolução do estado do céu, o tema “condição atmosférica” tem por objetivo apresentar uma metodologia preliminar para documentação visual do estado do céu e, assim, permitir uma melhor caracterização e posterior análise de sua evolução associada ao tempo local, afastando os riscos inerentes nas atividades elétricas e exposição em áreas abertas, tais como refinarias.

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4.5. Zona de Risco e Zona Controlada:

ZL = Zona livre

ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.

ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho.

PE = Ponto da instalação energizado.

SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança.

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

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Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre.

Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de superfície de separação física adequada.

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5. Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual:

5.1. Equipamento de Proteção Coletiva – EPC EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e terceiros. 5.2. Equipamento de Proteção Individual – EPI EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

Tipos de EPI e EPC

Cone de sinalização

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas ou rodovias e orientação de transito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador strobo, bandeirola etc..

Fita de Sinalização

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada na delimitação e isolamento de áreas de trabalho.

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Grade Metálica Dobrável

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes.

Sinalizador Strobo

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Identificação de serviços, obras, acidentes e atendimentos em ruas e rodovias.

Banqueta Isolante

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Isolar o operador do solo durante operação do equipamento guindauto em regime de linha energizada.

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Manta e cobertura isolante

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Manta Isolante Isolar as partes energizadas da rede durante a execução de tarefas.

Cobertura Isolante

Capacete de proteção

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Aba Frontal (jóquei) Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

Aba Total

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Capacete de proteção com aba e viseira

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para proteção da cabeça e face em trabalho onde haja risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras provocadas por abertura de arco voltaico.

Óculos de proteção

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Lente Incolor Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecanicos, partículas volantes e raios ultravioletas.

Lente com Tonalidade Escura

Protetores auriculares

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Tipo Concha Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.

Tipo Plug

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Protetores respiratórios

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Tipo Concha

Utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal necessidade em atendimento à Instrução Normativa n. 1 - Programa de Proteção Respiratória.

Tipo Plug

Luvas de isolamento de borracha

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra choque em trabalhos e atividades com circuitos elétricos energizados.

Verificando sempre a cor da tarja que define a classe de tensão de trabalho.

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Luvas de cobertura para proteção da luva de borracha

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Usada exclusivamente como proteçào da luva isolante de borracha.

Luva de proteção em raspa e vaqueta

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Usada para proteção das mãos e braços do empregado contra agentes abrasivos e escoriantes.

Luva de proteção em vaqueta

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção das mãos e punhos contra agentes abrasivos e escoriantes.

Luva de proteção tipo condutiva

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção das mãos e punhos quando o empregado realiza trabalhos ao potencial.

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Luva de proteção em borracha nitrilica

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra agentes químicos e biológicos.

Luva de proteção em PVC (Hexanol)

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra óleo, graxa, solvente e ascarel.

Manga de proteção isolante de borracha

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção do braço e ante braço do empregado contra choque elétrico durante trabalhos em circuitos elétricos energizados.

Calçado de proteção tipo botina de couro

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

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Calçado de proteção tipo bota de couro (cano médio)

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo)

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações, derrapagens, umidade e ataque de animais peçonhentos.

Calçado de proteção tipo bota de borracha (cano longo)

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.

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Calçado de proteção tipo condutivo

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos ao potencial.

Perneira de segurança

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de animais peçonhentos.

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Vestimenta em tecido impermeável

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Blusão Utilizado para proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.

Calça

Vestimenta de proteção tipo condutiva

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos ao potencial.

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Colete de sinalização reflexivo

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para sinalização do empregado faciligtando a visualização da sua presença, quando em trabalhos nas vias públicas.

Cinturão de segurança tipo pára-quedista

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado para proteção do empregao contra quedas em serviços onde exista diferença de nível.

Dispositivo trava-quedas

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Utilizado pelo empregado contra queda em serviços onde exista diferença de nível. Deve ser usado em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

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Talabarte de segurança

EQUIPAMENTO FINALIDADE

Regulável

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista e mosquetão tripla trava.

Regulável

Em Y com absorvedor de quedas

6. ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA:

6.6. Obrigações do empregador.

6.6.1. Obriga-se o empregador quanto ao EPI a:

d) Tornar obrigatório o seu uso; (106.010-4/i2);

e) Substituí-lo imediatamente, quando danificado ou extraviado; (106.011-2/i2);

f) Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica; (106.012-0/i1);

g) Comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada no EPI; (106.013-9/i1)

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6.1. Condição Insegura e Ato Inseguro:

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Todo acidente é CAUSADO, e não simplesmente acontece, é por isso que toda vez que ocorre um acidente, por mais simples que possa parecer, nós o investigamos e analisamos, com a finalidade de encontrarmos causas e, em conseqüência, encontrarmos as providências ou recomendações necessárias, para evitarmos a repetição de acidentes semelhantes.

Os acidentes ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras de segurança ou por condição de insegurança que existem no ambiente de trabalho.

Podemos classificar basicamente as causa de um acidente de trabalho em dois fatores:

Atos ou Condição Insegura.

Existe uma terceira classificação de causas de acidentes que são as causas naturais, responsável por 1 a 2% dos acidentes.

As causas naturais são os fatores da natureza, tais como vulcão, terremotos, maremotos, tempestades, etc, onde a tecnologia não tem controle ou previsões mais confiáveis.

Atos e condições inseguras são fatores que, combinados ou não, desencadeiam os acidentes do trabalho. São, portanto, as causas diretas dos acidentes. Assim, pode-se entender que prevenir acidentes do trabalho, em síntese, é corrigir condições inseguras existentes nos locais de trabalho, não permitir que outras sejam criadas e evitar a pratica de atos inseguros por parte das pessoas.

Tanto as condições como os atos inseguros têm origem mais remota, em causas indiretas. Esses fatores indiretos, porém, podem ser atenuados ou eliminados, de modo a evitar que os últimos elos da cadeia, atos e condições inseguras, venham a propiciar a ocorrência de acidentes ou pelo menos que essas ocorrências se tornem cada vez mais raras.

Levantamentos realizados por diversos órgãos e institutos mostraram que a proporção das causas de acidentes é de aproximadamente: ATOS INSEGUROS 80% CONDIÇÕES INSEGURAS 20%

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ATO INSEGURO É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.

Nota-se que nas investigações de acidentes, que alguns atos inseguros se sobressaem entre os catalogados como os freqüentes, embora essa maior evidência varie de empresa para empresa. Cabe ressaltar que um funcionário sem treinamento ou que não saiba os riscos inerentes a uma determinada atividade, não deve ser classificado como ato inseguro, mas sim como condição insegura. Abaixo alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos: · Ficar junto ou sob cargas suspensas. · Usar máquinas sem habilitação ou permissão. · Lubrificar, ajustar e limpar maquina em movimento. · Inutilizar dispositivos de segurança. · Uso de roupa inadequada. · Transportar ou empilhar inseguramente. · Tentar ganhar tempo · Expor partes do corpo, a partes móveis de maquinas ou equipamentos. · Imprimir excesso de velocidade. · Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada a tarefa exigida. · Não utilizar EPI. · Manipulação inadequada de produtos químicos. · Fumar em lugar proibido. · Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho.

CONDIÇÃO INSEGURA Condições inseguras nos locais de serviço são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de segurança que pões em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos. Convém ter em mente que estas não devem ser confundidas com os riscos inerentes a certas operações industriais. Por exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos que envolvam eletricidade, aparelhos ou instalações elétricas, a eletricidade não pode ser considerada uma condição insegura por ser perigosa. Instalações mal feitas, ou improvisadas, fios expostos, etc., são condições inseguras, a energia elétrica em si não.

Abaixo alguns exemplos de condições inseguras mais comumente conhecidas: · Falta de proteção em máquinas e equipamentos · Deficiência de maquinário e ferramental · Passagens perigosas · Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas · Falta de equipamento de proteção individual · Nível de ruído elevado · Proteções inadequadas ou defeituosas · Má arrumação/falta de limpeza · Defeitos nas edificações · Iluminação inadequada · Piso danificado · Risco de fogo ou explosão

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6.2. Choque Elétrico. O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente pode não causar nenhuma conseqüência mais grave além de um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte.

6.2.1. Choque Estático É o efeito capacitivo presente nos mais diferentes materiais e equipamentos com os quais

convivemos.

6.2.2. Choque Dinâmico É o que ocorre quando se faz contato com um elemento energizado.

6.2.2.1 - Formas de ocorrência do Choque Dinâmico

Os contatos diretos, que são os contatos de pessoas e animais com partes vivas sob tensão;

Os contatos indiretos, que são os contatos de pessoas ou animais com massas que ficaram sob tensão devido a uma falha de isolamento

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6.2.3 - Os fatores que determinam a gravidade são:

• Resistência elétrica do corpo humano

• Intensidade da corrente

• Tipos de corrente elétrica (CA ou CC)

• Tempo de exposição à passagem da corrente

• Percurso da corrente elétrica no corpo humano

6.2.4 - Efeitos da corrente elétrica no corpo humano - intensidade x tempo de exposição. Gráfico com zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas IEC 60479-1 (percurso mão esquerda ao pé)

6.2.5 - Principais conseqüências

• Tetanização;

• Queimaduras;

• Vibração desordenada do coração fibrilação ventricular

• Parada respiratória

• Parada cardíaca

• Ferimentos resultantes de queda e perda do equilíbrio

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6.2.6. Dispositivos a Corrente de Fuga

Dispositivos DR, Módulos DR, Disjuntores DR Conceito de aplicação Princípio de proteção das pessoas Conceito de atuação

O elevado numero de acidentes originados no sistema elétrico impõe novos métodos e dispositivos que permitem o uso seguro e adequado da eletricidade reduzindo o perigo as pessoas, alem de perdas de energia e danos as instalações elétricas. A destruição de equipamentos e incêndios e muitas vezes causada por correntes de fuga a terra em instalações mal executadas, subdimensionadas, com ma conservação ou envelhecimento. As correntes de fuga provocam riscos as pessoas, aumento de consumo de energia, aquecimento indevido, destruição da isolação, podendo ate ocasionar incêndios. Esses efeitos podem ser monitorados e interrompidos por meio de um Dispositivo DR, Modulo DR ou Disjuntor DR. Os Dispositivos DR (diferencial residual) protegem contra os efeitos nocivos das correntes de fuga a terra garantindo uma proteção eficaz tanto a vida dos usuários quanto aos equipamentos. A relevância dessa proteção faz com que a Norma Brasileira de Instalações Elétricas – ABNT NBR 5410 (uso obrigatório em todo território nacional conforme lei 8078/90, art. 39 - VIII, art. 12, art. 14), defina claramente a proteção de pessoas contra os perigos dos choques elétricos que podem ser fatais, por meio do uso do Dispositivo DR de alta sensibilidade (≤ 30mA). Conceito de atuação As correntes de fuga que provocam riscos às pessoas são causadas por duas circunstâncias:

1) Contato direto – falha de isolação ou remoção das partes isolantes, com toque acidental da pessoa em parte energizada (fase / terra-PE).

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2) Contato indireto – através do contato da pessoa com a parte metálica (carcaça do aparelho), que estará energizada por falha de isolação, com interrupção ou inexistência do condutor de proteção (terra-PE).

O Dispositivo DR protege a pessoa dos efeitos das circunstancias ao lado sendo que no caso do contato direto e a única forma de proteção. Princípio de proteção das pessoas Conceito de atuação Qualquer atividade biológica no corpo humano seja ela glandular nervosa ou muscular e originada de impulsos de corrente elétrica. Se a essa corrente fisiológica interna somar-se uma corrente de origem externa (corrente de fuga), devido a um contato elétrico, ocorrera no organismo humano uma alteração das funções vitais, que, dependendo da duração e da intensidade da corrente, poderá provocar efeitos fisiológicos graves, irreversíveis ou ate a morte da pessoa.

Conceito de funcionamento

A somatória vetorial das correntes que passam pelos condutores ativos no núcleo toroidal e praticamente igual a zero (Lei de Kirchhoff).Existem correntes de fuga naturais não relevantes. Quando houver uma falha a terra (corrente de fuga) a somatória será diferente de zero, o que ira induzir no secundário uma corrente residual que provocara, por eletromagnetismo, o disparo do Dispositivo DR (desligamento do circuito), desde que a fuga atinja a zona de disparo do Dispositivo DR (conforme norma ABNT NBR NM 61008 o Dispositivo DR deve operar entre 50% e 100% da corrente nominal residual - I_n).

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Esquemas de aterramento padronizado (norma ABNT NBR 5410 - item 4.2.2.2)

Esquema TN-S

As funções do condutor Neutro (N) e do condutor de Proteção (PE) são distintas na rede.

Esquema TN-C-S Em parte do sistema as funções do condutor Neutro (N) e do condutor de Proteção (PE) são combinadas em um único condutor (PEN).

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Esquema TT O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do eletrodo de aterramento da alimentação. Notas: a) Em sistemas TN-C o dispositivo DR somente poderá ser instalado se o circuito protegido for transformado em TN-S, caracterizando-se um sistema TN-C-S. b) Para sistemas IT, consultar ABNT NBR 5410 ásicas Os Dispositivos DR, Módulos DR ou Disjuntores DR de corrente nominal residual (IΔn) ate 30mA, são destinados fundamentalmente a proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais (IΔn) de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda superiores a estas, são destinados apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes de fuga a terra, tais como: consumo excessivo de energia elétrica ou ainda incêndios provocados pelas falhas de isolação. Dispositivos DR Dispositivo DR ou Interruptor DR Dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos próprios contatos quando ocorrer uma corrente de fuga a terra. O circuito protegido por este dispositivo necessita ainda de uma proteção contra sobrecarga e curto circuito que pode ser realizada por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado com o Dispositivo DR. Disjuntor DR Dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos próprios contatos quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga a terra. Recomendado nos casos onde existe a limitação de espaço. Módulos DR Dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor termomagnético adicionando a este a proteção diferencial residual, ou seja, esta associação permite a atuação do disjuntor quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga a terra. Recomendado para instalações onde a corrente de curto circuito for elevada. Tipos de Dispositivos DR

Tipo AC Detecta correntes residuais alternadas e são normalmente utilizados em instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais, como também em instalações elétricas industriais de características similares.

Tipo A Detecta correntes residuais alternadas e continuas pulsante; este tipo de dispositivo e aplicável em circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a forma de onda senoidal.

Tipo B Detecta correntes residuais alternadas, continuas pulsante e continuas pura; este tipo de dispositivo e aplicável em circuitos de corrente alternada normalmente trifásicos que possuam, em sua forma de onda, partes senoidais, meia-onda ou ainda formas de ondas de corrente continua, geradas por cargas como: equipamentos eletromedicos, entre outros.

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Seletividade de Coordenação Para projetos típicos com circuitos de entrada e de distribuição, podem ser utilizados os Dispositivos DR que atuam de forma seletiva, o que permite que seja desligada somente a parte da instalação que apresenta falha. O Dispositivo DR seletivo de característica (S) é adequado para aplicação a montante, pois atuam com um retardo de disparo conforme prescrito pela norma NBR NM 61008. O Dispositivo DR com característica de disparo instantâneo e o Dispositivo DR com característica (K) são utilizados a jusante do Dispositivo DR principal. O Dispositivo seletivo de característica (K) é fortemente resistente a correntes residuais transitórias na rede e tem seu disparo retardado em 10ms acima dos valores normais de atuação, o que permite uma seletividade fina.

6.3. Arco Elétrico:

As queimaduras por arcos elétricos representam uma parcela muito grande entre os ferimentos provocados por eletricidade em locais de trabalho. Apesar da seriedade e da importância vital que isso representa para os trabalhadores que executam serviços em eletricidade, este assunto tem recebido pouca atenção dos usuários em geral, quando comparado com outros perigos da eletricidade, como choques, incêndios e outros aspectos da segurança industrial.

É reconhecido que a tecnologia tem evoluído muito para preservar a integridade do equipamento ou da instalação, como proteção do sistema elétrico, detecção do arco interno, equipamentos resistentes a arco, entre outros. Essas tecnologias normalmente são aplicadas para proteção patrimonial e operacional da instalação na eventualidade de ocorrer falhas no sistema elétrico, segregando as partes afetadas ou confinando as conseqüências da falha em invólucros como painéis, de tal forma que não atinja as pessoas que eventualmente estiver na proximidade.

6.4. Medidas de controle: Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle de risco e de riscos adicionais, mediante técnica de análise de riscos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. Abaixo ressaltamos algumas medidas de controle que estabelece a segurança no desenvolvimento de uma tarefa;

A utilização do EPI; O emprego de proteção coletiva; Análise de riscos; Ferramentas adequadas; Prontuário das instalações contendo diagramas, procedimentos e inspeções; Dispositivos de abertura sob carga; Sistema de intertravamento; Fechaduras com chave não intercambiáveis; Corredores operacionais tão curtos, altos e largos quanto possível; Coberturas sólidas ou barreiras ao invés de coberturas perfuradas ou telas; Equipamentos de medição certificados CAT III; Operação da instalação a uma distância segura.

Em todas as intervenções nas instalações elétricas:

• Subestações; • Salas de comando das usinas; • Centro de operações, entre outras instalações;

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Devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança, saúde no trabalho, bem como a operacionalidade, prevendo eventos não intencionais, focando na gestão e controles operacionais do sistema elétrico de potência (SEP). Pelo novo texto da Norma Regulamentadora NR 10, as empresas estão obrigadas a manter prontuário com documentos necessários para a prevenção dos riscos, durante a construção, operação e manutenção do sistema elétrico, tais como:

Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos Especificações do sistema de aterramento dos equipamentos e dispositivos de proteção, entre outros que

iremos listar a seguir. Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto nos subitens 10.2.3 e 10.2.4 NR 10, no mínimo:

Conjunto de procedimentos, instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes para as mais diversas situações (Manobras, manutenção programada, manutenção preventiva, manutenção emergencial,etc.);

Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

Especificação dos equipamentos de proteção coletiva, proteção individual e do ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores, os treinamentos realizados e descrição de cargos/funções dos empregados que são autorizados para trabalhos nestas instalações;

Resultados dos testes de isolação elétrica realizada em equipamentos de proteção individual e coletiva que ficam a disposição nas instalações;

Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e, Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações,

contemplando as alíneas de "a" a "f". As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 NR 10 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:

1. Descrição dos procedimentos para emergências e; 2. Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle de risco e de riscos adicionais, mediante técnica de análise de riscos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. Abaixo ressaltamos algumas medidas de controle que estabelece a segurança no desenvolvimento de uma tarefa;

A utilização do EPI; O emprego de proteção coletiva; Análise de riscos; Prontuário das instalações contendo diagramas, procedimentos e inspeções; Check list;

BARREIRAS, INVÓLUCROS E OBSTÁCULOS As barreiras e invólucros são elementos da instalação destinados a impedir contatos acidentais (contato direto) e garantir que pessoas sejam advertidas para que não haja toque intencional com as partes vivas da instalação elétrica. DEFINIÇÕES CONFORME NBR 5473

BARREIRA - Elemento que assegura proteção contra contatos diretos nas instalações habituais de acesso.

INVÓLUCRO - Elemento que assegura a proteção de um componente contra determinadas influencia

externas e proteção contra contatos diretos em qualquer direção.

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Aplica-se necessariamente nos locais acessíveis a qualquer tipo de pessoa, principalmente BA1, BA2 e BA3. Os OBSTÁCULOS tais como telas de arame, corrimões e paineis, são destinados a impedir uma aproximação física não intencional com partes vivas quando da operação de equipamentos sob tensão. É uma proteção parcial contra contatos diretos e só é admitida em locais acessíveis para pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5) e, mesmo assim, se forem atendidas as seguintes condições:

Os locais devem ser sinalizados As tensões envolvidas não devem ser superiores a 1000 Vac ou 1500 Vcc Sejam observadas as distâncias mínimas nas passagens de serviço.

6.5. Conceito de Energizado e Desenergizado:

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Um circuito desligado não define que o mesmo esteja desenergizado, pois ainda encontramos tensão em uma de suas extremidades, que pode ocorrer em uma reativação do mesmo por pessoas desavisadas ou toque acidental nas partes energizadas. Portanto entende-se:

6.5.1. Energizado: Entende-se como Energizado todo sistema elétrico potencialmente ativo e de grande risco de choque elétrico.

6.5.2. Desenergizado: Só serão considerados Desenergizado as instalações elétricas para o trabalho, mediante os procedimentos (NR-10 item 10.2.8.2) apropriados, obedecendo a seqüência abaixo:

Seccionamento;

Impedimento de reenergização (bloqueios);

Constatação da ausência de tensão;

Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos aterramentos

Proteção dos elementos Energizado existentes na zona controlada;

Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

7. Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos trabalhadores:

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7.1. Qualificado:

É considerado trabalhador Qualificado, aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica, reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

7.2. Habilitado

É considerado profissional legalmente Habilitado o trabalhador previamente Qualificado e com registro no Órgão de Conselho de classe.

7.3. Capacitação:

É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:

Receba Capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional Habilitado e Autorizado; e

Trabalhe sob a responsabilidade de profissional Habilitado e Autorizado.

A Capacitação só terá validade para a empresa que o Capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional Habilitado e Autorizado, responsável pela Capacitação.

7.4. Autorização:

São considerados Autorizados os trabalhadores Qualificados ou Capacitados e os profissionais Habilitados, com anuência formal da empresa.

8. Aterramento:

8.1. O que é Aterramento?

É a ligação intencional de um equipamento ou sistema à terra de modo a criar um caminho seguro e de baixa resistência.

8.2. Funções do Aterramento:

Desligamento Automático: Oferecer um percurso de baixa impedância para a corrente de fuga, permitindo a atuação do dispositivo de proteção.

Controle de Tensões: Permite um controle de tensões desenvolvidas no solo (Descargas Atmosféricas) Transitórios: Estabiliza a tensão durante transitórios provocados por falta para terra, chaveamento, etc. Cargas Estáticas: Escoar cargas estáticas acumuladas em estruturas, suportes e carcaças Segurança de pessoas e animais: Proteger a pessoa e animais contra contatos indiretos.

8.3. O aterramento pode ser:

Funcional: ligação através de um dos condutores do sistema de neutro.

Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação.

Temporário: ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional à terra, destinada a garantir a Equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.

8.4. Condutores de Proteção:

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Qualquer condutor isolado usado como condutor de proteção (fio terra) deve ser identificado pelas cores verde / amarela, ou simplesmente verde. Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que seja instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores fase e que sua seção seja dimensionada. Os condutores devem ser protegidos contra danos mecânicos e deterioração química ou eletroquímica, bem como esforços eletrodinâmicos ou termodinâmicos. As conexões devem ser acessíveis para verificações e ensaios, exceto com emendas moldadas (solda exotérmica) É vedada a inserção de dispositivo de manobra ou comando nos condutores de proteção. Admite-se interrupção somente para fins de ensaio, junções desconectáveis por meio de ferramenta. Não se admite o uso da massa de um equipamento como condutor de proteção ou parte dele.

8.5. Tensão de Contato:

Tensão que pode aparecer acidentalmente por falha de isolação entre duas partes simultaneamente

acessíveis. 8.6. Tensão de Toque:

Tensão estabelecida entre mãos e pés causados pelo toque em um equipamento com tensão de contato·

8.7. Tensão de Passo:

Uma corrente descarregada para o solo eleva o potencial em torno do eletrodo de aterramento formando uma gradiente (distribuição) de queda de tensão com ponto máximo junto ao eletrodo e diminuindo quanto mais se afasta.

8.8. Tipos de Aterramento:

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Existem três tipos de aterramento de equipamentos e suas derivações. O esquema TT, esquema TN esquema IT.

TT - Aterramento com eletrodo independente

N

T

S

R

PE

ESQUEMA TT

TN – Aterramento através do condutor de proteção. Deriva-se em três tipos: TN-C, TN-C-S e TN-S

1. TN-S As funções de neutro e proteção são distintas e derivam do mesmo ponto de aterramento.

P E

N

T

S

R

P E

ESQUEMA TN-S

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2. TN-C-S As funções de neutro e proteção são combinadas em um único condutor, em uma parte da instalação.

N

T

S

R

PE

N

PE

NPE

ESQUEMA TN-C-S

3. TN-C As funções de neutro e proteção são combinadas em um único condutor em toda a instalação

PEN

T

S

R

PE

N

ESQUEMA TN-C

IT – Possui Impedância de aterramento

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N

T

S

R

PEZ

ESQUEMA IT

9. Rotina de Trabalho

Conforme o capítulo 10.11 da NR 10, os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.

Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados.

Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.

A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

9.1. Documentação das Instalações

9.1.1. – Prontuário O prontuário das instalações consiste num conjunto de documentos que são exigidos para estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW. Segundo o capítulo 10.2 da NR 10, o prontuário deve conter no mínimo os seguintes documentos:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

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b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

9.1.2. - Memorial Descritivo

Cada projeto deve possuir um documento chamado memorial descritivo do projeto e deve conter, além das descrições, recomendações e especificações e referências técnicas, no mínimo, os seguintes itens de segurança:

a) Especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais;

b) Indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”, desligado e Vermelho - “L”, ligado);

c) Descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;

d) Recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações;

e) Precauções aplicáveis em face das influências externas;

f) O princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinado à segurança das pessoas;

g) Descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

10. Equipamentos Elétricos em Atmosfera Explosiva:

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10.1. O quê é uma Atmosfera Explosiva?

Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou do aquecimento de um aparelho provoca a explosão. Quais condições é preciso reunir para que se produza uma explosão? Para produzir uma explosão, três elementos são necessários:

Combustível + Oxigênio do ar + Faísca= Explosão

Observa-se que o oxigênio do ar estando sempre presente, falta reunir dois elementos para que se produza uma explosão. É preciso saber que uma faísca ou chama não é indispensável para que se produza uma explosão. Um aparelho pode, por elevação de temperatura em sua superfície, atingir o ponto de inflamação do gás e provocar a explosão.

10.2. Que tipos de produtos podem produzir uma explosão?

Os produtos de risco são classificados pela ABNT (NBR-5363/98) em 4 grupos: I, IIA, IIB, IIC:

Gás de aquecimento. Hidrocarbonetos. Solvente de cola e de adesivos. Solvente e diluentes para pinturas. Verniz e resinas. Aditivos de fabricação dos produtos farmacêuticos, dos colorantes, dos sabores e perfumes

artificiais. Agentes de fabricação dos materiais plásticos, borracha, tecidos artificiais e produtos químicos de

limpeza. Elementos de tratamento e fabricação dos álcools e derivados.

10.3. Aonde pode se formar uma atmosfera explosiva?

Todos os locais onde são fabricados, estocados e transformados os produtos acima citados, estão pré- dispostos a conter uma atmosfera explosiva.

11. Classe dos equipamentos elétricos:

O nível de proteção contra choque elétrico de qualquer equipamento elétrico é classificado pela norma internacional IEC 61140 (Protection against electric shock - Common aspects for installation and equipment). Ele é usado para diferenciar os diferentes métodos/tipos de conexão entre a proteção do equipamento e a terra. Os níveis são separados por classes, a saber:

Classe 0

Não existe condutores de proteção (PE) fazendo a conexão entre a terra e as partes metálicas do equipamento/aparelho elétrico. A proteção contra choques elétricos é dada pela própria isolação do equipamento/aparelho elétrico, como podemos citar os eletrodomésticos (ventiladores, televisores, rádios portáteis, etc.)

Em muitos países, a venda de produtos classificados na Classe 0 é proibida atualmente, pois uma simples falha pode causar um choque elétrico ou danos materiais. A IEC (International Electrotechnical Commission) está em processo de remover de seus padrões o uso da classe 0 por parte dos equipamentos elétricos. Espera-se que o conceito de Classe 0 desapareça, dando lugar a produtos contendo proteção de Classe II.

Classe I

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Símbolo da Classe I

Para essa classe, o chassis do equipamento/aparelho elétrico deve ser conectado à terra utilizando um condutor de proteção (PE) identificado pela da cor verde (ou verde/amarela). Uma falta na isolação do dispositivo que cause um contato elétrico entre um condutor vivo e o chassis do equipamento irá gerar uma corrente elétrica falta que irá passar através do condutor de proteção (PE). Essa corrente de falta deve passar também por um dispositivo de proteção contra sobrecarga (fusíveis ou disjuntores) ou um DR (dispositivo a corrente diferencial-residual) que irá cortar o fornecimento de energia elétrica ao dispositivo.

Classe II

Símbolo da Classe II

Um equipamento/aparelho Classe II ou de "isolação dupla" é um dispositivo concebido para não necessitar o uso de um condutor de proteção (PE) ligado para à terra.

A exigência básica é que qualquer simples falha não cause perigosas tensões elétricas expostas nos equipamentos/aparelhos elétricos (as quais podem causar choques elétricos), sem a necessidade de um condutor (PE) ligado à terra.

Isso é geralmente realizado utilizado, no mínimo, duas camadas de material isolante nas partes "vivas" (energizadas) dos equipamentos/aparelhos elétricos, sendo também possível a utilização de isolação reforçada.

Na Europa, um equipamento de dupla isolação deve possuir a informação "Classe II", "isolação dupla" ou possuir o simbolo de dupla isolação (um quadrado dentro de outro quadrado).

Classe III

Símbolo da Classe III

Equipamentos/aparelhos contendo isolamento Classe III são dispositivos alimentados com extra-baixa tensão. A alimentação desses dispositivos é baixa o suficiente (sob condições normais de uso) que uma pessoa pode entrar em contato com uma parte "viva" de maneira segura e sem risco de choques elétricos, como por exemplo, na iluminação de piscinas.

Proteções extras exigidas nas Classes I e II não são requeridas. Porém, para dispositivos médicos-hospitalares, não consideram dispositivos de Classe III contendo proteção suficiente para tais aplicações.

12. CAEGORIA DE INSTALAÇÕES DE SOBRETENSÃO CONFORME IEC 61010

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Categoria de Sobretensão II

Equipamento da CATEGORIA DE SOBRETENSÃO II é o equipamento

consumidor de energia fornecida por uma instalação fixa.

Nota - Exemplos incluem aparelhos domésticos, de escritório, e laboratoriais.

Categoria de Sobretensão III

Equipamento da CATEGORIA DE SOBRETENSÃO III é o equipamento em

instalações fixas.

Nota - Exemplos incluem chaves em instalações fixas e alguns equipamentos

para uso industrial com conexão permanente a uma instalação fixa.

Categoria de Sobretensão IV

Equipamento da CATEGORIA DE SOBRETENSÃO IV é para uso na origem

da instalação.

Nota - Exemplos incluem medidores de eletricidade e equipamento de

proteção de sobrecorrente primário.

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13. RISCOS INERENTES A MEDIÇÕES ELETRICAS

Multímetros X Segurança – Estamos utilizando os dispositivos adequados?

13.1 Introdução

O trabalho salienta a importância da correta especificação e manutenção dos multímetros para trabalhos nos sistemas elétricos industriais. As normas pertinentes são comentadas, bem como a importância da manutenção dos instrumentos. Um acidente grave, ocasionado por medição com multímetro é relatado.

13.2 Acidente com Multímetro em PCH-II

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No dia 06.03.99, às 11:45 h, ocorreu um acidente envolvendo dois funcionários desta plataforma, no momento que os mesmos efetuavam medidas de tensão em uma gaveta do painel PN-00271, 480Vac, utilizando um multiteste.

A ocorrência de curto-circuito com arco na gaveta, onde estava sendo efetuada a medição, ocorreu devido ao fato da medição de tensão estar sendo efetuada com as ponteiras posicionadas na entrada de corrente, e o seletor posicionado na posição de tensão.

Os erros que culminaram com o acidente, foram:

O fusível utilizado era de vidro, não sendo adequado para aplicação em instrumentos de medição em circuitos com níveis elevados de curto-circuito;

Utilização de ponteiras com pino banana;

Seleção inadequada da entrada de medição no instrumento. Face o exposto conclui-se que ocorreu uma corrente de curto-circuito circulando pelas ponteiras e fusível de entrada, e com a explosão do fusível abriu um arco entre os pólos da base do fusível e o funcionário ao retirar as ponteiras dos pontos de medição carregou o arco para fora da gaveta em sua direção.

Um dos funcionários envolvidos no acidente teve queimaduras em aproximadamente 40% do corpo.

Nas figuras a seguir, podemos observar os danos materiais resultantes, e ter uma idéia dos danos pessoais que ocorreram devido ao curto-circuito. Fica clara a importância do uso do capacete e óculos de segurança para a proteção individual.

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13.3 Normas pertinentes

O aumento da ocorrência e dos níveis de sobretensões transientes nos sistemas elétricos nos dias atuais deu origem a normas de segurança mais rigorosas para os equipamentos de medição elétrica. O equipamento de teste tem de se destinar a proteger as pessoas que trabalham em instalações envolvendo altas tensões e altas correntes.

A IEC (International Electrotechnical Commission) estabelece normas internacionais genéricas para a segurança de equipamentos elétricos para medição, controle e utilização em laboratório. Em 1988, a IEC substitui uma norma antiga, IEC-348, por uma norma mais rigorosa, IEC-1010-1. A norma IEC-1010-1 é utilizada como base para as seguintes normas nacionais:

Estados Unidos US ANSI/ISA-S82.01-94 Canadá CAN C22.2 nº 1010.1-92 Europa EN61010-1:1993

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A norma IEC-1010-1 especifica categorias de sobretensão com base na distância da fonte de alimentação e no amortecimento natural da

energia transiente que ocorre num sistema de distribuição elétrica. As categorias máximas estão mais perto da fonte de alimentação e requerem maior proteção:

A categoria IV, denominada nível de alimentação principal, refere-se à fonte do sistema; A categoria III, denominada nível de distribuição, refere-se aos circuitos de alimentação dos

consumidores. Os circuitos da Categoria III estão normalmente separados da fonte por pelo menos um transformador;

A categoria II refere-se ao nível local, a dispositivos, equipamentos portáteis, etc. A categoria I refere-se ao nível de sinal, às telecomunicações, equipamento eletrônico, etc.

13.4 Manutenção dos Instrumentos A correta manutenção dos multímetros é parte fundamental da segurança do pessoal de manutenção e das instalações envolvidas.

13.5 Fusíveis Os fusíveis originais dos multímetros são fusíveis de elevada capacidade de interrupção, variando de 10 a 100 kA rms. A capacidade de interrupção simétrica, conforme o IEEE é o maior valor de corrente de curto-circuito que o fusível pode interromper nas condições especificadas.

Os fusíveis de vidro, usualmente encontrados, têm baixa capacidade de interrupção, em torno de 10xIn, onde In é a corrente nominal do fusível. Por exemplo, um fusível de vidro de 15A tem capacidade de interrupção de 150A, o que não garante a interrupção segura de correntes superiores a 150A. Os fusíveis de vidro especiais, de acordo com um fabricante, têm corrente de interrupção de 1,5 kA, o que também é insuficiente. Desse modo, fusíveis de vidro não podem ser utilizados nos nossos multímetros.

Em caso de correntes de curto-circuito superiores à corrente de interrupção do fusível, o mesmo pode explodir e abrir arco entre os terminais, dessa forma o arco será interrompido quando o eletricista retirar a ponta de prova do ponto de medição, e nesse momento o arco elétrico atingira a pessoa provocando queimaduras graves. A temperatura do arco elétrico atinge temperaturas de até 20.000 ºK, conforme [LEE, R.H.- IEEE may/june 1982].

Nos nossos painéis elétricos é comum encontrarmos níveis de curto-circuito de até 50KA, em 460V.

Se o fusível do multímetro é de 10 kA, como pode lidar com correntes de até 50 kA? As ponteiras dos multímetros têm resistência ôhmica em torno de 0,3 ohm; nesse caso se considerarmos barra infinita, a corrente de curto-circuito será no máximo de 1.600A; dessa forma o efeito limitador das pontas de prova é suficiente para compatibilizar o fusível de 10 kA com o nível de curto-circuito de 50 kA.

13.6 Pontas de Prova É importante que sejam utilizadas as pontas de prova originais, ou pontas de prova adequadas para multímetros. Pontas de prova improvisadas com pino banana e garras de jacaré comuns devem ser evitadas a todo custo. Sugere-se que as pontas de prova sejam adquiridas do próprio fabricante do multímetro e mantidas em estoque para pronta substituição.

13.7 Especificação mínima para Multímetros Além das características elétricas como grandezas a serem medidas, escalas e influência de harmônicos é necessário considerar o nível de curto-circuito nos pontos onde serão realizados as medições.

Para o nosso caso de trabalhos em painéis elétricos energizados especificaremos sempre CATEGORIA III. Deverá ser exigido que o fabricante apresente certificado de pelo menos um Laboratório independente, atestando que o instrumento atende as especificações pertinentes á categoria III.

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Conclusões O capacete e os óculos de segurança são equipamentos de proteção individual fundamentais para reduzir os

danos pessoais (queimaduras) quando da ocorrência de acidentes causados por curto-circuito com arco elétrico.

Devem ser especificados para aquisição somente multímetros da categoria III. Esta orientação deve ser revista se a partir de algum momento estiverem disponíveis para aquisição instrumentos da categoria IV.

A correta especificação dos multímetros, bem como a manutenção adequada, assegura à segurança das pessoas e das instalações envolvidas nas medições.

14. RESPONSABILIDADES (CUMPRIMENTO DA NR-10)

As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos.

É de responsabilidade dos contratantes manterem os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

14.1. Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

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15. PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS:

Norma Regulamentadora MTB NR 23

Disposições Gerais

Todas as empresas deverão possuir:

Proteção Contra incêndios;

Saídas de emergências

Equipamentos suficientes para combater o fogo no início.

Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.

Os locais de trabalho deverão possuir saídas em números suficientes e dispostas de modo que aqueles que se encontrarem nesses locais possam abandonar, com rapidez e segurança em caso de emergência.

A largura mínima das aberturas de saídas deverá ser de 1,20 m.

O sentido de abertura das portas não poderá ser para o interior do local de trabalho, sempre para fora.

Onde não for possível o acesso imediato de saídas, deverão existir em caráter permanente e completamente desobstruído, circulações internas ou corredoras de acesso contínuo, com largura 1,20 m.

Quando não for possível atingir diretamente as portas de saídas, deverão existir em caráter permanente, vias de passagens ou corredores, com largura mínima de 1,20 m, rigorosamente desobstruídos.

As aberturas, de saídas e vias de passagens devem ser claramente sinalizadas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção das saídas.

As saídas devem ser dispostas de tal forma que entre elas e qualquer local de trabalho não se tenha que percorrer distância superior a 15 (quinze) metros nos riscos grandes e nos riscos pequenos e médios 30 (trinta) metros.

Estas distâncias poderão ser modificadas para mais ou menos, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros “sprinklers” automáticos, segundo a natureza do risco.

As saídas e vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus, e as passagens deverão ser bem iluminadas.

Os pisos de níveis diferentes deverão ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso deverão ser colocadas avisos no início da rampa no sentido da descida.

Escadas em espiral de mãos ou externas, não serão consideradas partes de saídas.

15.1 Origem do fogo.

Segundo teorias, o fogo surgiu através de um raio que atingiu galhos secos, causando na época espanto aos que presenciaram, pois nada conheciam a respeito.

Há ainda os que dizem que o fogo surgiu quando o homem das cavernas ao bater 02 (duas) pedras, por acaso, formou uma centelha dando início ao fogo, causando também grande espanto.

Não importa qual é a teoria correta, o importante é que desde aquela época, o homem procurou utilizar o fogo tirando proveito de seus efeitos, tanto para o aquecimento como para a iluminação.

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Mas, esse mesmo fogo que tanto benefício produz, quando utilizado de forma incorreta, pode causar grandes destruições e a reação da maioria dos homens da atualidade ainda é a mesma dos homens das cavernas: eles fogem!

15.2 Triângulo do fogo

É a conseqüência de uma reação química denominada combustão, que libera só calor ou calor e luz. Essa reação química produz alterações profundas nas substâncias que se queimam (pedaço de papel ou madeira que se inflamam numa substância muito diferente). O mesmo pode acontecer com o óleo, gasolina ou gás.

Para que haja uma combustão ou incêndio, devem estar presentes 03 (três) elementos, denominado de “triângulo do fogo”.

Combustível - que vai queimar e transformar-se.

Oxigênio - gás existente no ar atmosférico, chamado de comburente.

Calor - dá origem ao incêndio.

Eliminando-se um dos elementos do triângulo, a combustão terminará impedindo-se a ligação dos pontos deste triângulo, ou seja, dos elementos essenciais ao fogo.

Em todos os locais que possuírem materiais combustíveis e oxigênio, deverão existir avisos com o dizer “PROIBIDO FUMAR”, para evitar que se forme o triângulo do fogo. O calor neste caso é a brasa do cigarro, fagulhas elétricas, etc., (sem este calor não haverá incêndio).

O excesso de um dos elementos do triângulo do fogo poderá impedir o aparecimento das chamas ou sua continuação.

Ex.: Quando se assopra uma vela acesa a chama se apaga, isso ocorre por que há um excesso de comburente (oxigênio).

15.3 Reação Química

15.3.1 Ponto de fulgor

É a temperatura mínima que um combustível começa a desprender vapores se ao entrar em contato com alguma fonte de calor, poderá incendiar-se.

As chamas não se mantêm e nem se sustentam, por não existirem vapores suficientes. Experimentalmente, se aquecermos um pedaço de madeira dentro de um tubo de vidro de laboratório a uma certa temperatura, a madeira desprenderá vapor de água. Este vapor não pegará fogo. Aumentando-se a temperatura num certo ponto começarão a sair gases pela boca do tubo e aproximando-se um fósforo aceso, esses gases se transformarão em chamas. Por essa experiência nota-se que um combustível sólido (madeira), numa certa temperatura desprende gases que se misturam com o oxigênio (comburente), e que se inflamam em contato com chama de fósforo. As chamas não continuam porque os gases são insuficientes, pois se formam em pequenas quantidades. O fenômeno observado indica o ponto de fulgor de madeira que é de 150º graus C; o ponto de fulgor varia de acordo com o combustível, a gasolina está em torno de – 42 graus C e o asfalto está em torno de 204 graus C.

15.3.2 Ponto de Combustão

Na experiência de madeira, se o aquecimento prosseguir os gases continuarão a sair pelo tubo e entrando em contato com o calor da chama do fósforo, pegará fogo.

Agora a queima não para, foi atingido o ponto de combustão, isto é, a temperatura mínima em que um combustível sólido sendo aquecido desprende gases que em contato com a fonte externa de calor se incendeiam, mantendo a chama. No ponto de combustão existirá um ato diferente, ou seja, as chamas continuam.

15.3.3 Temperatura de Ignição

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Continuando o aquecimento da madeira os gases naturalmente continuarão a desprender-se, numa determinada temperatura ao saírem do tubo, entrando em contato com o oxigênio (comburente) eles pegarão fogo mesmo sem a presença da chama do fósforo, ocorre então um fato novo, os gases desprendidos do combustível mantêm-se em chamas, foi atingida a temperatura de ignição que é a temperatura mínima que os gases de um combustível se inflamam, pelo simples contato com o oxigênio do ar. O éter atinge sua temperatura de ignição a 160º graus C e o enxofre a 232º graus C. Por isso os incêndios onde o resfriamento é a forma de combate o que se procura é baixar a temperatura, fazendo-a ficar abaixo da temperatura de ignição.

O conhecimento das questões relacionadas ao ponto de fulgor, de combustão e na temperatura de ignição tem muita importância. Há muitas substâncias que apenas na temperatura ambiente já estão no ponto de fulgor, por exemplo: a gasolina assim sendo já emite gases que em contato com uma fonte externa de calor podem inflamar-se. Se as chamas tiverem o poder de fazer a substância passar ao ponto de combustão, estará garantindo o fogo contínuo. O calor desprendido por essa substância que se queima poderá levar outras substâncias a ficarem aquecidas até que atinjam seus pontos de fulgor e combustão, é a temperatura de ignição.

Assim podem nascer grandes incêndios, a partir de uma substância que atinja seu ponto de fulgor.

É de se notar a importância que tudo isso tem uma solução dos problemas de armazenamento. Muitos fatores devem ser levados em consideração para a conservação de substâncias variadas que devem ser protegidas da influência de temperatura, de fonte de calor próxima a alterações químicas, de falta ou excesso de umidade e ventilação.

15.4 Transmissão de calor

Como se transmite o calor

O Calor é uma espécie de energia e por isso se transmite, isto é, passa de um corpo para outro, ou seja, de uma substância para outra através de 03 (três) processos, a saber:

Condução, convecção e Radiação:

15.4.1 Condução

É o caso de um objeto metálico que é aquecido por uma chama em uma das extremidades, passando algum tempo a outra extremidade estará quente. Houve uma transmissão de calor por condução, ou seja, através de molécula para molécula.

15.4.2 Convecção

É o que acontece com os gases e líquidos nessas substâncias a parte quente tendem a subir e as frias a descer, assim formam-se correntes ascendentes e descendentes. É por isso que as construções altas, às vezes, há propagação do incêndio em locais diferentes, pois ocorrem devido ao fosso dos elevadores.

15.4.3 Radiação

É a transmissão do calor por meio de ondas.

Todo corpo quente emite radiações que vão atingir os corpos frios.

O calor do sol exemplifica este processo.

Outro exemplo é o calor irradiado dos fornos e siderúrgicas,

Calor emitido por lâmpadas acesas.

15.5 Classes de Incêndios

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Será adotado para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições à seguinte classificação de fogo:

Classe A:

São materiais de fácil combustão com propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, deixando resíduos. Ex.: tecidos, madeiras, papéis, borracha e fibras.

Classe B:

São combustíveis inflamáveis, os produtos que queimam somente na sua superfície, não deixando resíduos:

Ex.: gasolina, gás de cozinha, querosene, tintas e etc.

Classe C:

São os que ocorrem nos equipamentos elétricos energizados. Ex.: motores, (transformadores e quadros de distribuição de energia).

Classe D:

São os que ocorrem em materiais pirofóricos Ex.: magnésio, zircônio, titânio, alumínio em pó e etc.

15.6 Agentes Extintores

Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só deverão ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam as normas correspondentes ao INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), garantida essa exigência pela apresentação do selo de conformidade nos extintores.

15.6.1 Tipos de extintores portáteis:

Espuma - será usado nos incêndios de classe "A" e "B";

Gás Carbônico (CO2) - será utilizado preferencialmente nos incêndios de classe "B" e "C";

Pó Químico Seco - deverá ser utilizado nos incêndios de classe "B" e "C", e as unidades com capacidade superior a 60 Kg devem ser montados sobre rodas;

Pó químico especial - deverá ser utilizado nos incêndios da classe "D";

Água Pressurizada ou água gás - deve ser utilizada nos incêndios de classe "A", com capacidade de 10 (dez) litros.

Outros tipos de extintores somente com prévia liberação da autoridade competente em segurança do trabalho;

O método de abafamento por meio de areia poderá ser utilizado como variante nos incêndios de classe "B" e "D".

O método de extinção por meio de limalha de ferro poderá ser usado contra incêndios da classe "D".

15.6.2 Inspeção de Extintores

Todos os extintores deverão ter uma ficha de controle de inspeção.

Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês examinando seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor for do tipo pressurizado, verificar se o bico ou as válvulas de alívio não está entupido.

Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa no seu bojo, com data que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados.

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Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% do peso original, deverá ser providenciada a recarga.

e) As operações deverão ser feitas de acordo com as normas técnicas vigentes no país.

15.6.3 Quantidade de extintores

Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será determinada pelas seguintes condições, para uma unidade extintora conforme quadro ilustrativo.

Área coberta por unidade de extintor

Risco de fogo Classe de ocupação segundo o IRB*

Distância máxima à ser percorrida

500 m2 pequeno “A” 01 e 02 20 metros

250 m2 médio “B” 02, 04,05 e 06 10 metros

150 m2 grande “C” 07,08,09,10,11,12 e 13

10 metros

*Instituto Resseguro do Brasil.

Independente da área ocupada deverá existir pelo menos 02 (dois) extintores por pavimento.

Unidade extintora – conforme abaixo

SUBSTÂNCIAS CAPACIDADE DE EXTINTORES NÚMERO DE EXTINTORES POR UNIDADE EXTINTORA

Água Pressurizada 10 (dez) litros 1 e 2

Gás carbônico 8 4,2 e 1 quilos. 1,2,3 e 4

Pó químico 4,2 e 1 quilos 1,2 e 3

15.6.4 Localização e sinalização de extintores.

Os extintores deverão ser instalados:

De fácil visualização;

De fácil acesso;

Onde haja menos possibilidade do fogo bloquear seu acesso;

- Os locais destinados aos extintores deverão ser sinalizados por uma seta larga na cor vermelha, com bordas amarelas ou círculo.

- Deverá ser pintado no piso uma área de 1 M2, na cor vermelha, a qual não poderá ser obstruída.

- Os extintores não poderão ser instalados nas paredes das escadas.

- O extintor sobre rodas deverá ser garantido seu acesso em qualquer ponto das instalações.

- Os extintores não poderão ser acobertados por pilhas de materiais.

15.6.5 Tipos de Equipamentos para Combater Incêndios.

Os mais utilizados são: extintores e chuveiros automáticos.

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Extintor de água pressurizada O agente extintor é a água. Existem 02 (dois) tipos comerciais.

Com pressão permanente (pressurizado) é um cilindro com água sob pressão.

Com gás propulsor – com nitrogênio (N2).

Os manômetros devem ser inspecionados no mínimo, uma vez por mês quando o ponteiro estiver na posição “vermelho”, deve ser encaminhado para recarga, e extintores com pressão externa, são aqueles que possuem uma ampola de gás externa, sendo o gás utilizado o CO2 como agente propulsor.

Extintor de gás carbônico

O gás é armazenado num cilindro sob pressão de (sessenta e uma) atmosferas. Ao ser acionado o gatilho, o gás passa pela válvula formando um forte jato e em contato com o ar atmosférico formará uma camada de gelo seco, com uma temperatura aproximada de – 70º graus C (setenta graus negativos).

Extintor de Pó Químico Seco O Extintor de pó químico seco é indicado para incêndios de classe B (líquidos inflamáveis) e classe C (eletricidade), sendo que no caso de eletricidade o pó deve ser usado em grandes equipamentos e ou quando não for possível o uso de CO2.

15.6.6 Distribuição e instalação de extintores

As companhias de seguro e o Corpo de Bombeiros fazem exigências quanto às áreas a serem cobertas por unidade extintora e quanto à capacidade. Por outro lado às normas técnicas fixam as alturas em que os extintores devem ser instalados. A disposição e sinalização devem ser conforme quadro a seguir.

A INSTALAÇÃO DE EXTINTORES DEVE OBEDECER A SEGUINTE TABELA

Área coberta por unidade extintora

Risco de fogo Distância máxima a percorrer

500 m2

250 m2

150 m2

Pequeno

Médio

grande

20 m

10 m

10 m

Obs.: Independente da área ocupada deverá existir pelo menos 02 (dois) extintores em cada pavimento.

Substâncias Capacidade de extintores Números de extintores que constituem unidade

Água 10 (dez) litros 01

Gás Carbônico 06 04, 02 e 01 Kg. 01,02,03 e 04

Pó Químico Seco 04,02 e 01 Kg 01,02 e 03

15.6.7 Inspeção de extintores

Além das recomendações de manutenção específica de cada extintor, mensalmente deve ser verificado os lacres dos referidos aparelhos, seu aspecto externo, bicos e válvula de alívio, para eliminar obstruções.

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Os extintores devem ser recarregados e retestados em conformidade com o INMETRO, no caso dos extintores de gás carbônico a recarga deve ser feita quando o peso abaixar de 10% da sua carga total.

15.6.8 Métodos de Extinção

Já falamos que para haver o fogo são necessários 03 (três) elementos, que podem ser representados por um triângulo. Ao retirarmos qualquer um dos lados do triângulo interrompemos o ciclo necessário da combustão e conseqüentemente a sua extinção. Esta é a forma básica que demonstra os três meios de extinção do fogo:

Extinção por resfriamento

É o meio mais empregado, no caso de incêndios em materiais combustíveis comuns, o mais eficiente é extinguir o fogo mediante a remoção do calor do combustível, diminuindo assim a taxa de evaporação até o fogo cessar.

Para esse fim, é comumente usado, nos casos de incêndio, a água ou produtos extintores químicos capazes de produzir frio.

Extinção por abafamento

Este processo consiste em impedir que o comburente (o oxigênio contido no ar atmosférico) permaneça em contato com o combustível em porcentagem suficiente para alimentar a combustão. O oxigênio contido no ar encontra-se na proporção de 21%, no entanto, o teor mínimo para manter o fogo é na proporção de aproximadamente 16%. Reduzindo esta porcentagem para 15% eliminamos o fogo.

As maneiras mais comuns consistem em:

Envolvimento do corpo em chamas;

Fechamento hermético do local (área de incêndio);

Emprego de substâncias químicas incombustíveis.

Isolamento ou retirada de material combustível

Este processo é pouco usado. Devido às condições físicas do local, nem sempre é possível remover ou retirar o combustível. O processo consiste na extinção espontânea, ao acabar o combustível. Quando a ação extintora for obsoleta, o objeto em chamas será isolado ou retirado para um local isento de perigo até sua extinção total.

15.7 Principais causas de incêndios:

Temperatura ambiente elevada em locais inflamáveis.

Concentração de poeiras e gases em ambientes fechados;

Acúmulo de trapos, estopas e etc., embebidas em óleo e graxa guardados em armários individuais;

Recipientes de materiais inflamáveis descobertos, acumulados em locais impróprios;

Trabalhos de solda próximos a locais de material inflamável;

Recipientes de gasolina, álcool, benzina e etc. descobertos;

Roupas respingadas de álcool, gasolina, thinner em locais confinados próximos a um ponto de centelha.

15.8 Técnicas de Prevenção Contra Incêndios

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Fazer prevenção contra incêndios, ou seja, é evitar que o fogo destruidor cause prejuízos de todas as espécies começando pelos mais graves, que a VIDA HUMANA ou invalidez do ser humano para o trabalho. Mas, proteger a empresa (seu patrimônio) é também manter a produção e o emprego.

Manter sempre que possível as substâncias inflamáveis longe de fontes de calor e comburente.

Depósitos de inflamáveis devem ficar fora de área fabril.

Os cilindros de acetileno devem ser armazenados separados dos de oxigênio.

Manter nos locais de trabalho quantidades mínimas de inflamáveis como, por exemplo, nas seções de pinturas nas quais os solventes e tintas devem ser armazenados somente o necessário para o uso diário.

Manter um depósito fechado e ventilado para inflamáveis.

Proibir que se fume nas áreas onde existirem produtos inflamáveis.

Manutenção adequada

Além da preocupação com os combustíveis e comburentes, é preciso saber como se pode evitar a presença do 3º elemento (calor). Como evitar a sua ação?

Várias medidas são fundamentais:

Instalação elétrica apropriada: fios expostos ou descascados devem ser evitados, pois podem ocasionar curtos-circuitos, que são origem de focos de incêndios.

Instalações elétricas bem projetadas: no caso das instalações elétricas serem mal projetadas poderão provocar aquecimento nos fios e originarem incêndios.

Pisos antifaísca: em locais onde existir produtos inflamáveis, os piso devem ser antifaísca, porque um simples prego nos sapatos poderá ocasionar um princípio de incêndio.

Pela mesma razão que as chaves elétricas blindadas oferecem maior proteção que as chaves faca.

Nas centrais de computação devem-se utilizar sapatos condutivos de eletricidade estática, evitando assim queima de componentes dos computadores e princípios de incêndios.

Manutenção de Equipamentos: os equipamentos devem sofrer manutenção e lubrificação constante para evitar aquecimentos por atrito em partes móveis, criando a perigosa fonte de calor.

Ordem e limpeza: os corredores com papéis e estopas sujas de óleos e graxas jogados pelo chão, são locais onde o fogo pode começar a se propagar rapidamente, sendo mais difícil a sua extinção. Importante: no caso de escadas.

Instalação de pára-raios: os incêndios causados pelos raios são bastante comuns, todas as edificações devem possuir proteções adequadas, instalando-se um sistema de pára-raios, esse serviço deve ser feito por profissionais especializados em função da complexidade do projeto.

15.9 COMO AGIR EM CASO DE INCÊNDIO

Incêndio no local de trabalho

A sua segurança, em caso de incêndio ou outra emergência, depende do conhecimento e cumprimento de algumas regras importantes:

Se o incêndio ocorrer em seu local de trabalho, siga corretamente as orientações da brigada.

Mantenha-se calmo, não grite, nem se precipite, não entre em pânico, procure primeiro salvar a sua vida, depois, se possível, os objetos.

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Dê o alarme imediatamente, se possível, tente extinguir o incêndio;

Se houver fumaça ponha um lenço molhado no nariz, que servirá de eficiente filtro contra gases. Respire em rápidas inalações e procure rastejar bem junto ao piso.

Proteja-se contra o calor irradiado atrás de qualquer móvel permissível e o mais próximo de um local em que se possa ser ouvido seu pedido de socorro.

Se participou de exercícios de combate ao fogo, lembre-se do seu papel e desempenhe-o bem;

Tenha sempre conhecimento da localização exata da saída mais próxima;

Caminhe – não corra – em direção à saída mais próxima. Acima de tudo, não provoque aglomeração, pânico, nem empurre os colegas;

Se formar-se uma fila à saída para a qual você se dirige, mantenha-se nela e espere sua vez;

Seja muito cuidadoso ao descer escadas – não faça precipitadamente; não provoque aglomeração, faça uso dos corrimãos;

Em qualquer emergência esqueça-se das ferramentas e dos seus pertences: sua vida e a dos outros são muito mais importantes.

Se ouvir o alarme de fogo verifique a porta. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, abra-a com cuidado e veja como agir. Havendo, porém, fogo vindo em sua direção, mantenha a porta fechada. Procure molhar bastante sua roupa.

Não use os elevadores, pois poderá haver falta de energia. Caso seja impossível descer, procure atingir as partes mais elevadas em face de tendência do fogo e do calor sempre subirem.

Se usar escada externa ou a dos Bombeiros, desça de frente para a escada, evitando olhar para baixo.

Evite saltar do prédio, o socorro poderá chegar a qualquer momento. Evite sempre pânico e não retorne jamais ao local do sinistro enquanto o mesmo estiver ocorrendo.

CONCLUSÃO

A importância do fator humano

Já temos todas as informações técnicas para a prevenção e combate a incêndios, mas somente estes fatores não são suficientes. O elemento humano é imprescindível para o bom controle do desempenho no combate e prevenção de incêndios, deverá estar perfeitamente treinado.

“Não existem regras definitivas que resolvem tudo, mas existem as regras básicas para o treinamento”.

PARA REFLEXÃO:

“É UM ERRO PENSAR QUE SEM TREINAMENTO, ALGUÉM POR MAIS HÁBIL QUE SEJA,

POR MAIS CORAGEM QUE TENHA, POR MAIS VALOR QUE POSSUA, SEJA CAPAZ DE

ATUAR DE MANEIRA EFICIENTE EM UM INCÊNDIO.”

16. PRIMEIROS SOCORROS

Introdução

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Os acidentes representam um dos mais sérios problemas de saúde pública, constituindo-se na principal causa de mortes e invalidez. Os acidentes destroem a saúde, a vida e a família de milhões de pessoas.

Necessidade do treinamento em primeiros socorros:

A expressão “Primeiros Socorros” significa o atendimento imediato prestado a uma pessoa vítima de um acidente ou de um mal súbito

“Quando aplicados com eficiência, os primeiros socorros significam a diferença entre” vida e morte ““, recuperação rápida e hospitalização longa “ou”, invalidez temporária e invalidez permanente ““.

16.1 Aspectos Legais dos Primeiros Socorros

Obrigação Moral

Condições que será obrigação moral:

1) Quando a função profissional exigir;

2) Quando pré existir uma responsabilidade intrínseca;

3) Após iniciar o atendimento de socorro.

16.2 Procedimentos de Emergência

Existem quatro princípios de procedimentos de emergência que todos devem seguir, ao presenciarem um acidente.

Examinar o local do acidente, objetivando avaliar a cena da ocorrência.

Enviar alguém para chamar o serviço médico de emergência.

Acalmar-se e ganhar a confiança da vítima.

Avaliar o estado da vítima.

Acidentes variam. Você pode encontrar uma pessoa sangrando, com ossos quebrados, vítima de choque elétrico ou queimaduras diversas. O que não varia são os procedimentos básicos de primeiros socorros.

16.3 Segurança do local

Examinar o local

Certifique-se de que você e a vítima do acidente não estão correndo perigo. Esteja atento a riscos tais como:

- Fumaça

- Fios elétricos

- Líquidos escorrendo

- Vapores químicos

16.4 Objeto de queda.

Nunca entre em um local que não seja seguro.

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Se o local em que você estiver não parecer seguro, saia imediatamente. Caso seja necessário mover a vítima e se a situação permitir mova-a cuidadosamente.

REGRA: Siga sempre esses quatro princípios de emergência ao cuidar da vítima de um acidente.

16.4.1 Mover a vítima

Qualquer pessoa que se queixe de dor no pescoço ou nas costas, com lesões na cabeça, ou qualquer pessoa que seja encontrada inconsciente, pode estar com a coluna lesionada. A menos que ele ou ela esteja em perigo imediato, nunca mova uma vítima com suspeita de lesão na coluna, porque até um leve esbarrão pode levar à paralisia permanente ou mesmo à morte imediata.

Quando, devido ao perigo imediato, você não tiver outra escolha, a não ser remover a vítima, puxe-a pela roupa para levá-la até um local seguro.

16.4.2 Procure ajuda

Tome a iniciativa de avisar seus colegas de que você possui conhecimentos de primeiros socorros.

Caso esteja sozinho, grite por socorro, execute os primeiros socorros necessários e peça auxilio a pessoa mais próxima para chamar socorro médico. Evite deixar a vitima sozinha por um longo período.

Envie alguém para acionar socorro médico.

16.4.3 Tranqüilize a vítima

Não piore a situação exagerando sua reação e amedrontando a vítima. Seja um bom exemplo. Fique calmo e tranqüilize a vítima:

Respire fundo e relaxe:

Sente calmamente com a vítima e fique falando com ela;

Assegure à vítima que a ajuda está a caminho.

REGRA: Você é o espelho da vítima. Fique calmo e ela ficará também.

16.5 Avaliação do estado da vítima

A avaliação do estado da vítima é uma maneira de localizar e determinar a extensão da lesão. Você pode acelerar as providências do Serviço Médico ao relatar suas descobertas quando este chegar.

Antes de estabelecer qualquer contato físico com a vítima. Proteja-se de qualquer contato com sangue. Nunca estabeleça contato físico com alguém, a menos que você tenha uma barreira protetora.

Se você encontrar uma vítima de acidente deitada no chão, você pode avaliar o estado dela através da verificação do nível de consciência e do “ABC”: passagem de ar, respiração e circulação. Portanto, examine a vítima da cabeça aos pés.

16.5.1 Verificar a Consciência

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Após determinar a segurança do local, bata levemente no ombro da vítima e pergunte se está passando bem. Se a vítima não responder, grite por socorro e continue com a verificação do “ABC” e o exame da cabeça aos pés.

ABC

A – Passagem de Ar

Procure objetos estranhos na boca. Caso haja alguma coisa bloqueando a passagem de ar, tente removê-la.

Verifique também se a língua está bloqueando a garganta. A língua é a causa número um de bloqueio da passagem de ar.

Desobstrua a garganta utilizando o método de elevação do queixo.

Em caso de suspeita de lesão na coluna, utilize o método de tracionar o maxilar, sem dobrar o pescoço. Ajoelhado, atrás da cabeça da vítima, segure sob as extremidades do maxilar, tracionando-o para frente, enquanto pressiona o queijo para baixo com os polegares.

Enquanto você prossegue com os primeiros socorros, é extremamente importante continuar a verificar a passagem ar. Use o método de elevação do queixo ou de tracionar o maxilar para frente, evitando que a língua da vítima vá para trás e obstrua a garganta.

B - Respiração

Verifique a respiração através da técnica de VOS - “Ver, Ouvir e Sentir”.

Primeiro, coloque seu ouvido próximo ao rosto da vítima.

Observe o tórax da vítima quanto a movimentos.

Sinta a respiração em seu rosto.

Se uma vítima de lesão estiver deitada de bruços e você suspeita de que ela não esteja respirando, pode ser necessário mover a pessoa para desobstruir a passagem de ar. Com o auxílio de outras pessoas, vire a vítima como um todo, mantendo cabeça, costas e pernas alinhadas.

C – Circulação

Sinta a pulsação na artéria carótida. Para tanto, coloque dois ou três dedos no pomo-de-adão da vítima, então deslize os dedos para o lado do pomo-de-adão.

Se a vítima estiver respirando, ela apresentará pulsação.

Se a vítima não estiver respirando, ela pode ainda apresentar pulsação.

16.5.2 Respiração e salvamento

Se a vítima não estiver respirando, pode ser necessário que você respire por ela. Da mesma forma que com relação ao sangue, você deve proteger-se da saliva da vítima. Nunca execute a respiração de salvamento sem a proteção de uma barreira antiinfecciosa entre a sua boca e a da vítima.

Aperte com força o nariz da vítima.

Inspire fundo e coloque a sua boca sobre a boca da vítima, sem deixar o ar escapar.

Dê duas expiradas rápidas, cada uma de aproximadamente um segundo, observando o tórax da vítima subir à medida que você assopra.

Afaste a boca e verifique se a vítima começou a respirar.

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Caso não tenha começado a respirar, continue a soprar um jato de ar para dentro da vítima a cada cinco segundos.

A respiração de salvamento é simples. Basta soprar na direção da barreira protetora de cinco em cinco segundos. Certifique-se de manter o nariz da vítima apertado com força, enquanto assopra. Continue até que a vítima comece a respirar ou até a chegada do socorro médico.

20.6 Ataque cardíaco.

Um ataque cardíaco ocorre quando o fornecimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido drasticamente ou cessa, devido a uma obstrução em uma das artérias coronarianas que fornecem sangue ao coração. Depósito de gordura ao longo da parede interna da artéria coronariana é uma das razões da obstrução. O suprimento de sangue também poderá ser reduzido se a artéria entrar com espasmos.

16.6.1 Sinais e Sintomas

Ataques cardíacos são difíceis de determinar. Se você suspeitar por qualquer motivo que está diante de alguém que esteja sofrendo um ataque cardíaco, procure ajuda médica imediatamente ao invés de esperar.

Pressão desconfortável, sensação de estar cheio, aperto, ou dor no centro do peito com duração de 2 minutos ou mais, podendo iniciar e parar;

A dor pode espalhar-se para um dos ombros, pescoço, mandíbula inferior ou braços;

Fraqueza, Tontura, Suor, Náusea, Respiração Curta.

16.7 Derrames: (Ave)

Derrame também é conhecido como Acidente Vascular Encefálico (AVE). Um derrame ocorre quando um vaso sanguíneo cerebral rompe, privando parte do cérebro de receber o fluxo sanguíneo necessário. Derrames constituem a terceira maior causa de mortes. É também uma das causas principais de incapacitação física.

16.7.1 Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas de um derrame dependem da área do cérebro atingida:

Fraqueza ou torpor súbitos na face, braço e perna de um lado do corpo e perda da consciência;

Perda, dificuldade para falar ou para entender palavras;

Diminuição ou perda da visão, particularmente em um só olho; pupilas desiguais;

Tontura falta de firmeza ou quedas súbitas;

Dor de cabeça repentina muito forte;

16.8 O que é RCP?

Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) consiste na combinação de respiração boca a boca com compressões externas sobre o peito.

Técnicas e Procedimentos (RCP em adultos)

Verifique se está consciente. Chame o Pronto Socorro Imediatamente. Deite a pessoa de costas. Abra as vias aéreas. Verifique se há respiração (espere 3-5 segundos) Dê 2 sopros moderados. Verifique o pulso.

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16.9 Exame da cabeça aos pés.

Faça um exame da cabeça aos pés a fim de determinar quais lesões a vítima sofreu. Comece pela cabeça e vá até os pés, comparando ao mesmo tempo os dois lados do corpo. Procure no corpo da vítima:

Possíveis sangramentos Ossos salientes Deformidade Colar ou pulseira de alerta médico.

16.9.1 Hemorragias e Ferimentos

As maiorias das hemorragias envolvem mais do que um tipo de vaso sanguíneo. O sangue que sai das artérias é vermelho vivo e esguicha por isso as hemorragias arteriais são as mais perigosas e difíceis de controlar. O sangue que sai das veias flui uniformemente possui coloração escura. Quando sai dos capilares o sangue flui bem devagar. Dessa forma, cada tipo de vaso sanguíneo contém sangue com diferentes tonalidades de vermelho. As hemorragias estão basicamente divididas em internas e externas.

Hemorragias Externas

Nesse tipo de hemorragia o sangue que sai dos vasos pode ser visto. Na maioria dos casos as hemorragias podem ser interrompidas em 5-10 minutos com aplicação dos procedimentos corretos de primeiros socorros.

16.9.2 Hemorragias Internas

Ocorre sem que a pele seja rompida e, portanto o sangue que sai não pode ser visto.

Sinais e Sintomas

Sangue pela boca (junto com o vômito ou saliva), nas fezes e na urina; Sangue pela vagina ou ânus; Pulso rápido; Frio e pele úmida; Pupilas dilatadas; Vômito e náuseas; Costelas fraturadas ou afundamento no peito

16.9.3 Controle o sangramento

Primeiramente, aplique os princípios fundamentais dos procedimentos de emergência. Então, aplique pressão direta e eleve o membro ferido acima da linha do coração.

Remova a roupa sobre os ferimentos. Cubra os ferimentos com gaze limpa e grossa ou com o material absorvente mais limpo que encontrar. Faça com que a vítima pressione a mão sobre o ferimento, caso precise sair em busca de material

absorvente. Lembre-se de encontrar um pedaço de plástico, borracha ou papelão protetor para cobrir as bandangens

potencialmente encharcadas de sangue. Não toque em coágulo de sangue ao remover bandagens à medida que estas gazes se tornem saturadas.

Simplesmente cubra-o com mais gaze ou tecido. Não eleve o ferimento em casos de lesões na cabeça, tórax ou abdômen. Não aplique pressão direta

quando houver suspeita de fratura.

16.9.4 Sangramento grave

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Se a pessoa estiver sangrando gravemente, você precisará aplicar pressão direta sobre um ponto de pressão. Isto significa pressionar diretamente a artéria que fornece sangue à área do ferimento.

Se a pessoa estiver sangrando no antebraço, faça pressão sobre a parte interna do braço. Para isso, segure o braço da vítima e pressione a parte interna do mesmo contra o osso.

Se a pessoa estiver sangrando na perna, faça pressão sobre a dobra da virilha. Empurre a palma de sua mão contra o lado da virilha. Continue pressionando bastante até que o sangramento diminua.

16.9.5 Cuidados com contato com o sangramento

Com a atual ameaça da AIDS (HIV) e da Hepatite B (HBV), você deve tomar cuidado ao se aproximar do sangue de outras pessoas. Mas, não deixe que isso o impeça de prestar primeiros socorro.

As doenças transmissíveis pelo sangue são caracterizadas pela presença de microorganismos que podem estar presentes em seres humanos.

Siga os seguintes passos, para se proteger:

Mantenha os cortes abertos cobertos com bandagem, tecidos ou plásticos evitando contato com o sangue ou fluídos corporais da vítima.

Use luvas de borracha, látex ou vinil que devem estar incluídas nos Kits de primeiros socorros de sua empresa.

Caso tais luvas não estejam acessíveis, como último recurso, seja criativo e trabalhe com o que você possuir. Use plásticos, borracha, o que encontrar por perto para funcionar como uma barreira contra o sangue.

Após prestar assistência, não toque sua boca, nariz ou olhos, como também não coma ou beba sem antes lavar completamente suas mãos.

16.9.6 Infecções transmitidas pelo sangue

Aplique a respiração boca a boca, utilizando alguma proteção para evitar o contato direto com a boca da vítima. Não existe qualquer evidência de que a AIDS seja transmissível pela saliva.

Em contato com o sangue

Caso o socorrista tenha sido exposto ao sangue e fluídos deve:

Lavar imediatamente o local com água corrente e sabão, enxaguando vigorosamente a região;

Comunicar o incidente imediatamente à autoridade sanitária de sua região;

Procurar atendimento médico especializado.

16.10 Choque

A maioria das lesões implica em um certo grau de choque, mas o estado de choque é mais grave em uma pessoa que tenha perdido grande quantidade de sangue. O choque pode ser fatal e ocorre quanto o sistema circulatório deixa de enviar sangue oxigenado a todos os órgãos vitais do corpo, principalmente o cérebro. Os sintomas são:

Lábios e pele pálida ou azulada.

Pele fria, úmida ou suor intenso.

Respiração e pulsação rápidas.

Pupilas dilatadas.

Olhos fundos e apáticos.

Náuseas ou vômito.

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Sede.

Inconsciência.

16.10.1 Alivio de choque

Evite o estado de choque elevando as pernas 20 a 30 cm acima do solo. Com a vítima deitada de costas, use algum objeto para apoiar as pernas. Isso permite que o sangue circule diretamente para os órgãos vitais.

Não eleve as pernas se a lesão for na cabeça, tórax ou abdômen, nem um membro que você suspeite estar fraturado.

Ajude a manter a temperatura normal do corpo da vítima. Caso o chão ou o ar esteja frio, coloque cobertores sob e sobre a pessoa ferida. Se a pessoa estiver em um ambiente quente, tente mantê-la a uma temperatura fresca, fazendo sombra sobre ela e afrouxando-lhe a roupa.

17. Primeiros Socorros

Mesmo que os sinais do estado de choque ainda não tenham aparecido numa vítima, trate-a apropriadamente.

Socorrista podem prevenir o estado de choque, mas não podem revertê-lo.

17.1 Choque Anafilático

Este processo ocorre em questão de minutos ou em segundos, causando inclusive a morte de vítima, caso ela não seja assistida imediatamente.

Uma das causas mais comuns de morte por cheque anafilático, e que representa 24% do total, é a insuficiência de circulação de sangue no corpo devido à obstrução dos vasos sanguíneos.

Sinais e Sintomas

18. Exame da cabeça aos pés

Se a pessoa tiver uma lesão na cabeça, abdômen, tórax ou coluna, não lhe suspenda as pernas.

Caso a pessoa tenha dificuldade para respirar, coloque-a em uma posição semi-reclinada para facilitar a respiração.

Caso haja lesão na perna, levante o membro ferido. Isso também levará sangue aos órgãos vitais.

Se a pessoa tiver sintomas de náusea de vômito, coloque-a deitada de lado para permitir a drenagem dos fluídos.

19. Vítima de lesão óssea

Fraturas, luxações e torções são ferimentos comuns que envolvem os ossos e ligamentos e músculos próximos, tendões e vasos sanguíneos.

Fraturas são quebras nos ossos.

Luxações são ossos que são retirados de sua posição normal em articulações.

Torções são distensões nos ligamentos e tendões em uma articulação.

20. Fraturas ocultas.

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Algumas fraturas são de fácil diagnósticos. As fraturas expostas são óbvias, uma vez que perfuram visivelmente a pele. Outras não são tão óbvias. Tais fraturas são classificadas como fechadas – o que significa que ficam ocultas sob a pele. Alguns sinais que podem indicar ossos quebrados são:

Quando a vítima sente um estalo no osso.

A vítima sente as extremidades dos ossos se rasparem.

A área da lesão está visivelmente deformada.

REGRA: Previna-se e sempre trate possíveis fraturas como fraturas reais.

O uso de talas é uma forma de imobilizar um osso fraturado. Ele reduz ou elimina o movimento e a dor, assim como evita que o estado se agrave. Utilize talas para que os fragmentos não se movão, agravando a fratura e perfurando dolorosamente a pele.

Use qualquer material para fazer uma tala, tal como placas, galhos retos, papelão, jornais enrolados ou cobertores enrolados.

Proteções como panos ou toalhas devem ser colocadas entre a tala e o ferimento.

Amarre as talas no local, usando qualquer material à mão, como gravatas, tiras do tecido da camisa, lenço, cinto, gravata, corda, etc.

21. Como imobilizar

Imobilize a lesão na posição em que a encontrar.

Coloque cuidadosamente as proteções em volta da tala.

Amarre a tala em três ou quatro pontos – inclusive acima e abaixo da área da lesão.

Não amarre bandagem sobre o local exato da lesão.

Certifique-se de que os laços não interrompem a circulação sanguínea.

22. Lesões na coluna

Caso você suspeite d de que a vítima tenha lesão na coluna, a cabeça deve ser imobilizada. Se o pescoço ou a coluna ferida forem movimentados, ainda que levemente, isso poderá significar alguém preso a uma cadeira de rodas ou a uma cama pelo resto da vida.

Para estabilizar a cabeça de uma vítima de acidente, use a mão para apoiar ambos os lados da cabeça dela até a chegada do serviço de emergência.

Caso não possa usar as mãos, encontre algo para apoiar ambos os lados da cabeça da vítima. Por exemplo, caixas, pilhas, panos.

Se utilizar objetos duros para escorá-la, use uma proteção entre a cabeça da vítima e os objetos de apoio.

23. Choque elétrico

É comum o pessoal de salvamento e resgate torna-se também vítima nos locais de acidente com choques elétricos. Resista ao impulso de correr até seu colega ferido:

Certifique-se primeiro de que o local é seguro. Se não for seguro, não entre. Se houver perigo, abandone-o imediatamente.

Desligue toda a corrente elétrica na chave geral. Não tente desconectar os fios.

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Siga os princípios de emergência. Lembre-se que vítimas de choque elétrico podem não estar respirando e sofrer para cardíaca. À medida que executar a verificação da cabeça aos pés, esteja atento a queimaduras.

24. Queimaduras

Queimadura é a lesão causada por ação de calor ou de outras radiações sobre o organismo. As queimaduras, além de provocarem intensa dor local, podem causar choque e levar a vítima à morte, dependendo do estado e da extensão da área atingida.

Os seguintes agentes podem causar queimaduras:

Líquidos ferventes, contato direto com chama, sólidos superaquecidos ou incandescentes, vapores quentes, substâncias químicas, radiações infravermelhas e ultravioletas naturais, emanações radiativas e eletricidade.

25. Classificação das queimaduras:

As queimaduras externas podem ser superficiais, quando atingem apenas camadas da superfície da pele, ou profundas, quando há destruição da pele na área atingida.

A classificação das queimaduras em graus é uma classificação prática, que indica apenas a profundidade da lesão.

Queimaduras de todos os graus podem apresentar-se no mesmo paciente.

1º GRAU: Caracteriza a lesão superficial da pele, sem formação de bolhas. Forma-se somente eritema, isto é, vermelhidão. A dor é suportável. E o caso das queimaduras causadas pelos raios solares e por radioatividade.

2º GRAU:

Caracteriza a lesão das camadas mais profundas da pele, com formação de flictenas(bolhas).

Por vezes extensas, por desprendimento das camadas superficiais.

3 º GRAU:

Neste nível, as lesões atingem todas as camadas da pele, tecido celular subcutâneo, em certos casos, os músculos profundos, podendo chegar à carbonização da área atingida.

Queimaduras de segundo e terceiro grau são comuns em vítimas de choque elétrico.

Queimaduras de segundo grau apresentam vermelhidão, inchaço e bolhas.

Queimaduras de terceiro grau possuem aparência esbranquiçada ou queimada. Normalmente ao redor desta área atingida haverá a presença de queimaduras de primeiro e segundo grau associadas.

Para evitar infecção, cubra a pele queimada que esteja com bolhas ou queimada com um pano seco e limpo.

Tal como nos primeiros socorros para com vítimas com membro sangrando, suspenda o braço ou a perna queimada até um nível acima do coração. Isso diminui a dor e, ao mesmo tempo, alivia o choque. No entanto, se a pessoa tiver dificuldade em respirar, o sintoma de estado de choque é prioritário. Pode ser necessário sentá-la, para facilitar a respiração.

26. Queimaduras químicas

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Um produto químico pode causar muitos danos após um contato com a pele. Ele continua a queimar a medida que reage lentamente com as camadas da pele.

Interrompa o processo da queimadura enxaguando a pele com água fria e corrente em abundância.

Continue a enxaguar a pele com água, até a chegada do socorro médico.

Remova roupas ou jóias sobre as quais o produto químico foi derrubado.

Caso os olhos tenham sido atingidos por produto químico, enxágüe-os abertos, com água, até a chegada do socorro médico.

27. Desmaio

Embora não seja considerado um choque, o desmaio caracteriza-se por uma perda repentina de consciência. Ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido. Muitas são as causas que geram esta interrupção

Sinais e Sintomas

O desmaio pode ocorrer repentinamente ou precedido de sinais de aviso, que pode ser um ou todos os seguintes:

Tontura;

Ver pontos escuros;

Náuseas;

Palidez;

Sudorese.

28. Remoção e Resgate de Vítimas

Como regra básica, não se deve mover uma vítima do local do acidente até que todo o processo de remoção tenha sido devidamente organizado. No entanto a remoção deverá ser feita se:

Houver perigo de incêndio ou incêndio;

Houver materiais perigosos ou explosivos;

O local do acidente oferecer perigo à vítima ou ao socorrista;

A ambulância não puder chegar ao local.

Uma vítima de ataque cardíaco provavelmente não necessitará ser removida, a menos que seja para posicioná-la no chão ou assoalho, visto que, a RCP deve ser realizada sobre uma superfície sólida.

Quando for necessário remover uma vítima, a velocidade de remoção dependerá do motivo, tal como:

Remoção de emergência. Se houver fogo, afaste a vítima da área o mais rápido possível;

Remoção sem emergência. Se a vítima precisar ser removida para ter acesso a um veículo.

Considere criteriosamente as lesões antes e durante a movimentação.

29. Caixa de primeiros socorros

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Toda empresa deverá estar equipada com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoas treinadas para esse fim.

Sugestão para Kit de Primeiro Socorros

Ataduras de diversos tipos;

Fita adesiva;

Esparadrapo;

Pacote de gelo químico;

Luvas de Látex;

Ataduras Plásticas;

Band-Aid

Máscara facial com válvula de não retorno;

Lanterna Pequena e pilhas reservas;

Gazes de diversos tamanhos e formas;

Compressa Plástica;

Fósforos;

Lente de aumento (Lupa);

Antistamínico de uso tópico;

Pinça;

Tesoura

Sabão Neutro;

Termômetro;

Fita adesiva a prova d’água;

Tiras Elásticas;

Talas Flexíveis;

Saco plástico

Todos os itens devem ser colocados numa caixa plástica apropriada para mantê-los limpos e secos.

REGRA: Devemos manter controle através de check-list quanto à validade dos itens do Kit de primeiros socorros.

Resumo

Os primeiros socorros, quando prestados adequadamente, podem ajudá-lo a estabilizar vítimas até a chegada do socorro médico. Como socorrista, nunca tente ir além de seus conhecimentos e habilidades e nunca coloque a si mesmo em risco. Siga apenas os procedimentos corretos e use o seu bom seno sempre.

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FONTES:

Maccomevap

Internet Explorer

SENAI

Procobre

Siemens

Nutsteel

NR-10 (Portaria 3214 de 08/06/78)

Fluke