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NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇ NAVAL SUMÁRIO 34.1 Obje!"# e C$%&# 'e A&(!)$*+# 34., Re &# $b!(!'$'e 34.3 C$&$)!$*+# e T/e! $%e # 34.4 D#)0%e $*+# 34. T/$b$(2# $ 0e e 34. T/$b$(2# e% A(0/$ 34.5 T/$b$(2# )#% E6&# !*+# $ R$'!$*7e I# !8$ e 34.9 T/$b$(2# 'e :$e$%e # e H!'/#j$e$%e # 34.; A!"!'$'e 'e P! 0/$ 34.1< M#"!%e $*+# 'e C$/=$ 34.11 M# $=e% e De %# $=e% 'e A '$!%e 34.1, E>0!&$%e # P#/?e! 34.13 I $($*7e E(@/!)$ P/#"! /!$ 34.14 Te e 'e E $ >0e!'$'e 34.1 D! &# !*7e ! $! 34.1 (# ?/!# 34.1 Obje!"# e C$%&# 'e A&(!)$*+# 34.1.1 E $ N#/%$ Re=0($%e $'#/$ - NR e $be(e)e # /e>0! !# % !%# e $ %e'!'$ e=0/$ *$F $G'e e $# %e!# $%b!e e 'e /$b$(2# $ $!"!'$'e '$ ! 'G /!$ 'e )# $"$(. 34.1., C# !'e/$%- e $!"!'$'e '$ ! 'G /!$ '$ )# /0*+# e /e&$/$*+# $"$( #'$ $ # %b!# '$ ! $($*7e e%&/e=$'$ &$/$ e e !% #0 $ &/ &/!$ e%b$/)$*7e e e $"!# F b$/)# F ($ )2$ F&($$ #/%$ !6$ #0 (00$ e F 'e /e #0/$ . 34.1.3 A #b e/" )!$ '# e $be(e)!'# e $ NR +# 'e #b/!=$ # e%&/e=$'#/e '# )0%&/ '! &# !*7e )# !'$ $ 'e%$! N#/%$ Re=0($%e $'#/$ F $&/#"$'$ &e($ P#/$/!$ .J 3.,14K59F ' 34., Re &# $b!(!'$'e 34.,.1 C$be $# e%&/e=$'#/ =$/$ !/ $ e e!"$ !%&(e%e $*+# '$ %e'!'$ 'e &/#e*+# N#/%$F 'e"e '# $ 'e != $/ #/%$(%e e 0% /e &# ?"e( &e($ !%&(e%e $*+# 'e $ N#/%$ b =$/$ !/ $ $'#*+# '$ %e'!'$ 'e &/#e*+# 'e ! !'$ e $ N#/%$ $ e '# ! )!# ' ) $ e=0/$/ >0e # /$b$(2# ej$% !%e'!$$%e e ! e//#%&!'# >0$ '# 2#0"e/ %0'$ * $%b!e $! >0e # #/ e% &#e )!$(%e e &e/!=# # ! e=/!'$'e !)$ e & >0!)$ '#

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TUDO SOBRE A NR 34

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NR 34 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDSTRIA DA CONSTRUO E REPARAO NAVAL SUMRIO 34.1 Objetivo e Campo de Aplicao 34.2 Responsabilidades 34.3 Capacitao e Treinamento 34.4 Documentao 34.5 Trabalho a Quente 34.6 Trabalho em Altura 34.7 Trabalho com Exposio a Radiaes Ionizantes 34.8 Trabalhos de Jateamento e Hidrojateamento 34.9 Atividades de Pintura 34.10 Movimentao de Cargas 34.11 Montagem e Desmontagem de Andaimes 34.12 Equipamentos Portteis 34.13 Instalaes Eltricas Provisrias 34.14 Testes de Estanqueidade 34.15 Disposies Finais 34.16 Glossrio 34.1 Objetivo e Campo de Aplicao 34.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos mnimos e as medidas de proteo segurana, sade e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indstria de construo e reparao naval. 34.1.2 Consideram-se atividades da indstria da construo e reparao naval todas aquelas desenvolvidas no mbito das instalaes empregadas para este fim ou nas prprias embarcaes e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas,plataformas fixas ou flutuantes, dentre outras. 34.1.3 A observncia do estabelecido nesta NR no desobriga os empregadores do cumprimento das disposies contidas nas demais Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria n. 3.214/78, de 8 de junho de 1978. 34.2 Responsabilidades 34.2.1 Cabe ao empregador garantir a efetiva implementao das medidas de proteo estabelecidas nesta Norma, devendo: a) designar formalmente um responsvel pela implementao desta Norma; b) garantir a adoo das medidas de proteo definidas nesta Norma antes do incio de qualquer trabalho; c) assegurar que os trabalhos sejam imediatamente interrompidos quando houver mudanas nas condies ambientais que os tornem potencialmente perigosos integridade fsica e psquica dos trabalhadores; d) providenciar a realizao da Anlise Preliminar de Risco - APR e, quando aplicvel, a emisso da Permisso de Trabalho - PT; e) realizar, antes do incio das atividades operacionais, Dilogo Dirio de Segurana - DDS, contemplando as atividades que sero desenvolvidas, o processo de trabalho, os riscos e as medidas de proteo, consignando o tema tratado em um documento, rubricado pelos participantes e arquivado, juntamente com a lista de presena; f) garantir aos trabalhadores informaes atualizadas acerca dos riscos da atividade e as medidas de controle que so e devem ser adotadas; g) adotar as providncias necessrias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteo estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas. 34.2.2 O empregador deve proporcionar condies para que os trabalhadores possam colaborar com a implementao das medidas previstas nesta Norma, bem como interromper imediatamente o trabalho, com informao a seu superior hierrquico, conforme previsto na alnea c do item 34.2.1. 34.3 Capacitao e Treinamento 34.3.1 considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar concluso de curso especfico para sua atividade em instituio reconhecida pelo sistema oficial de ensino. 34.3.2 considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. 34.3.3 considerado trabalhador capacitado aquele que receba capacitao sob orientao e responsabilidade de profissional legalmente habilitado. 34.3.4 O empregador deve desenvolver e implantar programa de capacitao, compreendendo treinamento admissional,peridico e sempre que ocorrer qualquer das seguintes situaes: a) mudana nos procedimentos, condies ou operaes de trabalho; b) evento que indique a necessidade de novo treinamento; c) acidente grave ou fatal. 34.3.4.1 O treinamento admissional deve ter carga horria mnima de seis horas, constando de informaes sobre: a) os riscos inerentes atividade; b) as condies e meio ambiente de trabalho; c) os Equipamentos de Proteo Coletiva - EPC existentes no estabelecimento; d) o uso adequado dos Equipamentos de Proteo Individual - EPI. 34.3.4.2 O treinamento peridico deve ter carga horria mnima de quatro horas e ser realizado anualmente ou quando do retorno de afastamento ao trabalho por perodo superior a noventa dias. 34.3.5 A capacitao deve ser realizada durante o horrio normal de trabalho. 34.3.5.1 Ao trmino da capacitao, deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, contedo programtico, carga horria, data e local de realizao do treinamento e assinatura do responsvel tcnico. 34.3.5.2 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cpia deve ser arquivada na empresa. 34.3.5.3 A capacitao ser consignada no registro do empregado. 34.3.6 O trabalhador deve receber o material didtico utilizado na capacitao. 34.4 Documentao 34.4.1 Toda documentao prevista nesta Norma deve permanecer no estabelecimento disposio disposio daAuditoria-Fiscal do Trabalho, dos representantes da Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA e dos representantes das Entidades Sindicais representativas da categoria, sendo arquivada por um perodo mnimo de cinco anos. 34.4.2 Consiste a Permisso de Trabalho - PT em documento escrito que contm o conjunto de medidas de controle necessrias para que o trabalho seja desenvolvido de forma segura, alm de medidas emergncia e resgate, e deve: a) ser emitida em trs vias, para: afixao no local de trabalho, entrega chefia imediata dos trabalhadores que realizaro o trabalho, e arquivo de forma a ser facilmente localizada; b) conter os requisitos mnimos a serem atendidos para a execuo dos trabalhos e, quando aplicvel, s disposies estabelecidas na APR; c) ser assinada pelos integrantes da equipe de trabalho, chefia imediata e profissional de segurana e sade no trabalho ou, na inexistncia desse, pelo responsvel pelo cumprimento desta Norma; d) ter validade limitada durao da atividade, no podendo ser superior ao turno de trabalho. 34.4.3 A Anlise Preliminar de Risco - APR consiste na avaliao inicial dos riscos potenciais suas causas, conseqncias e medidas de controle, efetuada por equipe tcnica multidisciplinar e coordenada por profissional de segurana e sade no trabalho ou, na inexistncia deste, o responsvel pelo cumprimento desta Norma, devendo ser assinada por todos participantes. 34.5 Trabalho a Quente 34.5.1 Para fins desta Norma, considera-se trabalho a quente as atividades de soldagem, goivagem, esmerilhamento, corte ou outras que possam gerar fontes de ignio tais como aquecimento, centelha ou chama. 34.5.1.1 As medidas de proteo contemplam as de ordem geral e as especficas, aplicveis, respectivamente, a todas as atividades inerentes ao trabalho a quente e aos trabalhos em reas no previamente destinadas a esse fim. Medidas de Ordem Geral 34.5.2 Inspeo Preliminar 34.5.2.1 Nos locais onde se realizam trabalhos a quente deve ser efetuada inspeo preliminar, de modo a assegurar que: a) o local de trabalho e reas adjacentes estejam limpos, secos e isentos de agentes combustveis, inflamveis, txicos e contaminantes; b) a rea somente seja liberada aps constatao da ausncia de atividades incompatveis com o trabalho a quente; c) o trabalho a quente seja executado por trabalhador qualificado. 34.5.3 Proteo contra Incndio 34.5.3.1 Cabe aos empregadores tomar as seguintes medidas de proteo contra incndio nos locais onde se realizam trabalhos a quente: a) providenciar a eliminao ou manter sob controle possveis riscos de incndios; b) instalar proteo fsica adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a evitar o contato com materiais combustveis ou inflamveis, bem como interferir em atividades paralelas ou na circulao de pessoas; c) manter desimpedido e prximo rea de trabalho sistema de combate a incndio, especificado conforme tipo e quantidade de inflamveis e/ou combustveis presentes; d) inspecionar o local e as reas adjacentes ao trmino do trabalho, a fim de evitar princpios de incndio. 34.5.4 Controle de fumos e contaminantes 34.5.4.1 Para o controle de fumos e contaminantes decorrentes dos trabalhos a quente devem ser implementadas as seguintes medidas: a) limpar adequadamente a superfcie e remover os produtos de limpeza utilizados, antes de realizar qualquer operao; b) providenciar renovao de ar a fim de eliminar gases, vapores e fumos empregados e/ou gerados durante os trabalhos a quente. 34.5.4.2 Sempre que ocorrer mudana nas condies ambientais estabelecidas as atividades devem ser interrompidas,avaliando-se as condies ambientais e adotando-se as medidas necessrias para adequar a renovao de ar. 34.5.4.3 Quando a composio do revestimento da pea ou dos gases liberados no processo de solda/aquecimento no for conhecida, deve ser utilizado equipamento autnomo de proteo respiratria ou proteo respiratria de aduo por linha de ar comprimido, de acordo com o previsto no Programa de Proteo Respiratria - PPR. 34.5.5 Utilizao de gases 34.5.5.1 Nos trabalhos a quente que utilizem gases devem ser adotadas as seguintes medidas: a) utilizar somente gases adequados aplicao, de acordo com as informaes do fabricante; b) seguir as determinaes indicadas na Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos - FISPQ; c) usar reguladores de presso calibrados e em conformidade com o gs empregado. 34.5.5.2 proibida a instalao de adaptadores entre o cilindro e o regulador de presso. 34.5.5.3 No caso de equipamento de oxiacetileno, deve ser utilizado dispositivo contra retrocesso de chama nas alimentaes da mangueira e do maarico. 34.5.5.4 Quanto ao circuito de gs, devem ser observadas: a) a inspeo antes do incio do trabalho, de modo a assegurar a ausncia de vazamentos e o seu perfeito estado de funcionamento; b) manuteno com a periodicidade estabelecida no procedimento da empresa, conforme especificaes tcnicas do fabricante/fornecedor. 34.5.5.5 Somente permitido emendar mangueiras por meio do uso de conector, em conformidade com as especificaes tcnicas do fornecedor/fabricante. 34.5.5.6 Os cilindros de gs devem ser: a) mantidos em posio vertical, fixados e distantes de chamas, fontes de centelhamento, calor ou de produtos inflamveis; b) instalados de forma a no se tornar parte de circuito eltrico, mesmo que acidentalmente; c) transportados na posio vertical, com capacete rosqueado, por meio de equipamentos apropriados, devidamente fixados, evitando-se colises; d) quando inoperantes e/ou vazios, mantidos com as vlvulas fechadas e guardados com o protetor de vlvulas (capacete rosqueado). 34.5.5.7 proibida a instalao de cilindros de gases em ambientes confinados. 34.5.5.8 Sempre que o servio for interrompido, devem ser fechadas as vlvulas dos cilindros, dos maaricos e dos distribuidores de gases. 34.5.5.9 Ao trmino do servio, as mangueiras de alimentao devem ser desconectadas. 34.5.5.10 Os equipamentos inoperantes e as mangueiras de gases devem ser mantidos fora dos espaos confinados. 34.5.6 Equipamentos eltricos 34.5.6.1 Os equipamentos eltricos e seus acessrios devem ser aterrados a um ponto seguro de aterramento e instalados de acordo com as instrues do fabricante. 34.5.6.2 Devem ser utilizados cabos eltricos de bitola adequada s aplicaes previstas, e com a isolao em perfeito estado. 34.5.6.3 Os terminais de sada devem ser mantidos em bom estado, sem partes quebradas ou isolao trincada, principalmente aquele ligado pea a ser soldada. 34.5.6.4 Deve ser assegurado que as conexes eltricas estejam bem ajustadas, limpas e secas. Medidas Especficas 34.5.7 Devem ser empregadas tcnicas de APR para: a) determinar as medidas de controle; b) definir o raio de abrangncia; c) sinalizar e isolar a rea; d) avaliar a necessidade de vigilncia especial contra incndios (observador) e de sistema de alarme; e) outras providncias, sempre que necessrio. 34.5.8 Antes do incio dos trabalhos a quente, o local deve ser inspecionado, e o resultado da inspeo ser registrado na Permisso de Trabalho. 34.5.9 As aberturas e canaletas devem ser fechadas ou protegidas, para evitar projeo de fagulhas, combusto ou interferncia em outras atividades. 34.5.10 Quando definido na APR, o observador deve permanecer no local, em contato permanente com as frentes de trabalho, at a concluso do servio. 34.5.10.1 O observador deve receber treinamento ministrado por trabalhador capacitado em preveno e combate a incndio, com contedo programtico e carga horria mnima conforme o item 1 do Anexo I desta Norma. 34.6 Trabalho em Altura 34.6.1 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada em nveis diferentes, e na qual haja risco de queda capaz de causar leso ao trabalhador. 34.6.1.1 Adicionalmente, esta norma aplicvel a qualquer trabalho realizado acima de dois metros de altura do piso, em que haja risco de queda do trabalhador. 34.6.2 Planejamento e Organizao 34.6.2.1 Todo trabalho em altura ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. 34.6.2.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido a treinamento, terico e prtico, com carga horria mnima de oito horas, cujo contedo programtico deve incluir, alm dos riscos presentes na atividade: a) os equipamentos de proteo coletiva e individual para trabalho em altura: seleo, inspeo e limitao de uso; b) as condutas em situaes de emergncia, tais como suspenso inerte, princpios de incndio, salvamento e rota de fuga, dentre outras. 34.6.2.3 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado e cujo estado de sade foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade. 34.6.2.4 Quanto avaliao do estado de sade dos trabalhadores capacitados e autorizados para trabalho em altura, cabe a empresa: a) garantir que a avaliao seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situao; b) assegurar que os exames e a sistemtica de avaliao sejam partes integrantes do seu Programa de Controle Mdico da Sade Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados. 34.6.2.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificao que permita a qualquer tempo conhecer a abrangncia da autorizao de cada trabalhador. 34.6.2.6 No planejamento do trabalho, devem ser adotadas as seguintes medidas: a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execuo; b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execuo do trabalho de outra forma; c) medidas que minimizem a distncia e as consequncias da queda, quando o risco de queda no puder ser eliminado. 34.6.2.7 A APR para os trabalhos em altura deve ser realizada e considerar: a) as condies metereolgicas adversas; b) o local em que os servios sero executados; c) a autorizao dos envolvidos; d) a seleo, forma de utilizao e limitao de uso dos equipamentos de proteo coletiva e individual, atendendo aos princpios da reduo do impacto e dos fatores de queda; e) o risco de queda de materiais; f) as situaes de emergncia, especialmente as rotas de fuga ou meios de abandono devidamente sinalizados. 34.6.2.8 Antes do incio de qualquer trabalho em altura, deve ser emitida Permisso do Trabalho, que contemple: a) a inspeo das protees coletivas e dos equipamentos de proteo individual; b) as medidas para preveno de queda de ferramentas e materiais; c) o isolamento e a sinalizao no entorno da rea de trabalho; d) a proibio do trabalho de forma isolada; e) a relao de todos os envolvidos e suas autorizaes; f) o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspenso inerte do trabalhador; g) o sistema de comunicao; h) a disponibilidade dos equipamentos de combate a incndio no local de trabalho, conforme APR. 34.6.3 Equipamentos de Proteo Individual 34.6.3.1 Os Equipamentos de Proteo Individual - EPI, acessrios e sistemas de ancoragem devem ser selecionados considerando-se a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurana, quando da queda. 34.6.3.2 Antes do incio dos trabalhos deve ser efetuada e registrada a inspeo de todos os EPI a serem utilizados, recusando-se os que apresentem falhas ou deformaes ou que tenham sofrido impacto de queda, quando se tratar de cintos de segurana. 34.6.3.3 O cinto de segurana deve ser do tipo paraquedista, dotado de dispositivo trava-queda e ligado a cabo de segurana independente da estrutura onde se encontra o trabalhador. 34.6.3.3.1 Na impossibilidade tcnica de utilizao de cabo de segurana, comprovada por APR aprovada pelo trabalhador qualificado em segurana no trabalho, poder ser utilizado meio alternativo de proteo contra queda de altura. 34.6.3.4 O talabarte ou sistema amortecedor deve estar fixado acima do nvel da cintura do trabalhador, ajustado de modo a restringir a queda de altura e assegurar que, em caso de ocorrncia, o trabalhador no colida com estrutura inferior. 34.6.3.5 Quanto aos pontos de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providncias: a) inspecionar todos os pontos antes da sua utilizao; b) identificar os pontos definitivos e a carga mxima aplicvel; c) realizar o teste de carga em todos os pontos temporrios antes da sua utilizao. 34.6.3.5.1 O dimensionamento da carga mxima do ponto de ancoragem definitivo deve ser realizado por profissional legalmente habilitado. 34.6.3.5.2 O procedimento de teste de carga dos pontos temporrios deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado, que supervisionar a sua execuo. 34.6.3.5.3 Devem ser mantidos no estabelecimento a memria de clculo do projeto dos pontos de ancoragem definitivos e os resultados dos testes de carga realizados nos pontos de ancoragem temporrios. 34.6.4 Emergncia e Salvamento 34.6.4.1 A empresa deve elaborar e implementar procedimentos de emergncia e resgate adequados ao trabalho em altura contemplando, no mnimo: a) descrio dos possveis cenrios de acidentes, obtidos a partir da APR; b) descrio das medidas de salvamento e de primeiros socorros a serem executadas em caso de emergncia; c) seleo e tcnicas de utilizao dos equipamentos de comunicao, iluminao de emergncia, resgate, primeiros socorros e transporte de vtimas; d) acionamento da equipe responsvel pela execuo das medidas de resgate e primeiros socorros; e) exerccio simulado peridico de salvamento e combate a incndio, considerando possveis cenrios de acidentes para trabalhos em altura, realizado, no mnimo, uma vez a cada ano. 34.6.4.2 As pessoas responsveis pela execuo das medidas de salvamento devem possuir aptido fsica e mental compatvel com a atividade a desempenhar. 34.6.5 Metodologia de Trabalho 34.6.5.1 Na execuo do trabalho em altura devem ser tomadas as seguintes providncias: a) isolamento e sinalizao de toda a rea sob o servio antes do incio das atividades; b) adoo de medidas para evitar a queda de ferramentas e materiais, inclusive no caso de paralisao dos trabalhos; c) desenergizao, bloqueio e etiquetagem de toda instalao eltrica area nas proximidades do servio; d) instalao de proteo ou barreiras que evitem contato acidental com instalaes eltricas areas, conforme procedimento da concessionria local, na inviabilidade tcnica de sua desenergizao; e) interrupo imediata do trabalho em altura em caso de iluminao insuficiente ou condies metereolgicas adversas, como chuva e ventos superiores a 40km/h, dentre outras. 34.6.5.2 Pode ser autorizada a execuo de trabalho em altura em condies com ventos superiores a quarenta quilmetros por hora e inferiores a cinquenta e cinco quilmetros por hora desde que atendidos os seguintes requisitos: (Inserido pela Portaria SIT n. 318, de 8 de maio de 2012)a) justificada a impossibilidade do adiamento dos servios por meio de documento apensado APR, assinado por profissional de segurana e sade no trabalho e pelo responsvel pela execuo dos servios, consignando as medidas de proteo adicionais aplicveis; b) realizada mediante operao assistida por profissional de segurana e sade no trabalho e pelo responsvel pela execuo das atividades. 34.6.6 Escadas, rampas e passarelas 34.6.6.1 A transposio de pisos com diferena de nvel superior a trinta centmetros deve ser feita por meio de escadas ou rampas. 34.6.6.2 As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulao de pessoas e materiais devem possuir construo slida, corrimo e rodap. 34.6.6.3 Para a construo de escadas, rampas e passarelas, deve ser utilizada madeira seca e de boa qualidade, que no apresente ns e rachaduras que possam comprometer sua resistncia, sendo vedado o uso de pintura para encobrir imperfeies. Escadas 34.6.6.4 Nos trabalhos a quente, vedada a utilizao de escadas de madeira. 34.6.6.5 As escadas provisrias de uso coletivo devem ser dimensionadas em funo do fluxo de trabalhadores, com largura mnima de oitenta centmetros, patamar intermedirio pelo menos a cada dois metros e noventa centmetros de altura, com largura e comprimento no mnimo iguais largura da escada. 34.6.6.6 As escadas de mo devem ser de uso restrito a acessos provisrios e servios de pequeno porte, e: a) ser dimensionadas com at sete metros de extenso e espaamento uniforme entre os degraus, variando entre vinte e cinco e trinta centmetros; b) ser instaladas de forma a ultrapassar em um metro o piso superior; c) ser fixadas nos pisos inferior e superior ou possuir dispositivo que impea o seu escorregamento; d) possuir degraus antiderrapantes; e e) ser apoiadas em piso resistente. 34.6.6.7 proibida a utilizao de escadas de mo com montante nico e junto a redes e equipamentos eltricos desprotegidos. 34.6.6.8 vedada a colocao de escadas de mo nas proximidades de portas ou reas de circulao, de aberturas e vos e em locais onde haja risco de queda de objetos ou materiais. 34.6.6.9 As escadas de abrir devem ser rgidas, estveis, e possuir dispositivos que as mantenham com abertura constante e comprimento mximo de seis metros quando fechadas. 34.6.6.10 As escadas extensveis devem possuir dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vo a contar da catraca ou, caso no haja o limitador de curso, devem permitir uma sobreposio de no mnimo um metro quando estendidas. 34.6.6.11 As escadas fixas, tipo marinheiro, que possuam seis metros ou mais de altura, devem possuir: a) gaiola protetora a partir de dois metros acima da base at um metro acima da ltima superfcie de trabalho; b) patamar intermedirio de descanso, protegido por guarda-corpo e rodap, para cada lance de nove metros. Rampas e passarelas 34.6.6.12 As rampas e passarelas provisrias devem ser construdas e mantidas em perfeitas condies de uso e segurana. 34.6.6.13 As rampas provisrias devem ser fixadas no piso inferior e superior, no ultrapassando trinta graus de inclinao em relao ao piso. 34.6.6.14 Nas rampas provisrias, com inclinao superior a dezoito graus, devem ser fixadas peas transversais, espaadas em quarenta centmetros, no mximo, para apoio dos ps. 34.6.6.15 No devem existir ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno 34.6.6.16 Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em funo do comprimento total das mesmas e das cargas a que estaro submetidas. 34.6.7 Plataformas Fixas 34.6.7.1 As plataformas devem ser projetadas, aprovadas, instaladas e mantidas de modo a suportar as cargas mximas permitidas. 34.6.7.2 O projeto de plataformas e de sua estrutura de sustentao e fixao deve ser realizado por profissional legalmente habilitado. 34.6.7.3 A memria de clculo do projeto de plataformas deve ser mantida no estabelecimento. 34.6.7.4 proibida a utilizao de quaisquer meios para se atingir lugares mais altos sobre o piso de trabalho de plataformas. 34.6.7.5 Deve ser afixada nas plataformas, de forma visvel e indelvel, placa contendo a indicao da carga mxima permitida. 34.6.8 Plataformas Elevatrias 34.6.8.1 As plataformas de trabalho com sistema de movimentao vertical em pinho e cremalheira e as plataformas hidrulicas devem observar as especificaes tcnicas do fabricante quanto montagem, operao, manuteno, desmontagem e inspees peridicas, sob responsabilidade tcnica de profissional legalmente habilitado. 34.6.8.2 Em caso de equipamentos importados, os projetos, especificaes tcnicas e manuais de montagem, operao, manuteno, inspeo e desmontagem devem ser revisados e referendados por profissional legalmente habilitado no Pas, atendendo o previsto nas normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT ou de entidades internacionais por ela referendadas, ou ainda, outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial. 34.6.8.3 Os manuais de orientao do fabricante, em lngua portuguesa, devem estar disposio no estabelecimento. 34.6.8.4 A instalao, manuteno e inspeo peridica dessas plataformas de trabalho devem ser feitas por trabalhador capacitado, sob superviso e responsabilidade tcnica de profissional legalmente habilitado. 34.6.8.5 Os equipamentos da plataforma elevatria somente devem ser operados por trabalhador capacitado. 34.6.8.6 Todos os trabalhadores usurios de plataformas devem receber orientao quanto ao correto carregamento e posicionamento dos materiais na plataforma. 34.6.8.7 O responsvel pela verificao diria das condies de uso dos equipamentos deve receber manual de procedimentos para a rotina de verificao diria. 34.6.8.8 A capacidade de carga mnima no piso de trabalho deve ser de cento cinquenta quilogramas - fora por metro quadrado. 34.6.8.9 As extenses telescpicas, quando utilizadas, devem oferecer a mesma resistncia do piso da plataforma. 34.6.8.10 So proibidas a improvisao na montagem de trechos em balano e a interligao de plataformas.34.6.8.11 responsabilidade do fabricante ou locador a indicao dos esforos na estrutura e apoios das plataformas,bem como a indicao dos pontos que resistam a esses esforos.34.6.8.12 A rea sob as plataformas de trabalho deve ser devidamente sinalizada e delimitada, sendo proibida a circulao de trabalhadores dentro daquele espao.34.6.8.13 As plataformas elevatrias devem dispor de: a) sistema de sinalizao sonora acionado automaticamente durante sua subida e descida; b) boto de parada de emergncia no painel de comando; c) dispositivos de segurana que garantam o perfeito nivelamento no ponto de trabalho, que no pode exceder a inclinao mxima indicada pelo fabricante. 34.6.8.14 No percurso vertical das plataformas no pode haver interferncias que possam obstruir seu livre deslocamento. 34.6.8.15 Em caso de pane eltrica, os equipamentos devem ser dotados de dispositivos mecnicos de emergncia que mantenham a plataforma parada permitindo o alvio manual por parte do operador, para descida segura da mesma at sua base. 34.6.8.16 O ltimo elemento superior da torre deve ser cego, no contendo engrenagens de cremalheira, de forma a garantir que os roletes permaneam em contato com as guias.34.6.8.17 Os elementos de fixao utilizados no travamento das plataformas devem ser devidamente dimensionados para suportar os esforos indicados em projeto. 34.6.8.18 Os espaamentos entre as ancoragens ou entroncamentos devem obedecer s especificaes do fabricante e ser indicados no projeto. 34.6.8.19 A ancoragem da torre obrigatria quando a altura desta for superior a nove metros. 34.6.8.20 A utilizao das plataformas elevatrias sem ancoragem ou entroncamento deve seguir rigorosamente as condies de cada modelo indicadas pelo fabricante. 34.6.8.21 No caso de utilizao de plataformas elevatrias com chassi mvel, este deve estar devidamente nivelado, patolado e/ou travado no incio de montagem das torres verticais de sustentao das plataformas, permanecendo dessa forma durante seu uso e desmontagem. 34.6.8.22 Os guarda-corpos, inclusive nas extenses telescpicas, devem atender ao previsto no item 34.11.15 e observar as especificaes do fabricante, no sendo permitido o uso de cordas, cabos, correntes ou qualquer outro material flexvel.34.6.8.23 Os equipamentos, quando fora de servio, devem estar no nvel da base, desligados e protegidos contra acionamento no autorizado. 34.6.8.24 As plataformas de trabalho devem ter seus acessos dotados de dispositivos eletroeletrnicos que impeam sua movimentao quando abertos. 34.6.8.25 proibida a utilizao das plataformas elevatrias de trabalho para o transporte de pessoas e materiais no vinculados aos servios em execuo.