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Fevereiro 2019 NR 33 SUPERVISOR DE ENTRADA SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

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Fevereiro 2019

NR 33

SUPERVISOR DE

ENTRADA

S E G U R A N Ç A E S A Ú D E N O S T R A B A L H O S E M

E S P A Ç O S C O N F I N A D O S

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Desenvolvido por: Tesseg Segurança do Trabalho

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Somos a TesSeg

Soluções em Segurança do Trabalho

Criada em junho de 2015, a Tesseg é uma empresa que fornece soluções em segurança do trabalho. A empresa tem como diferencial o atendimento personalizado de acordo com a necessidade de cada cliente. Para atender aos clientes conta com uma equipe de profissionais qualificados, habilitados e com supervisão constante. Tecnologia é o sobrenome da empresa, constantemente se renovando a Tesseg investe em tecnologia para levar agilidade aos parceiros.

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REDES SOCIAIS

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O Treinamento

O Norma Regulamentadora

Segurança do Trabalho

Definição Espaços Confinados

Classificação Espaços Confinados

Reconhecimento dos Riscos

Monitoramento dos Riscos

Controle dos Riscos

Programa de Proteção Respiratória

Proteção Contra Queda

Funcionamento dos Equipamentos

Análise Preliminar de Risco e Permissão de Entrada e Trabalho

Noções de Resgate e Primeiros Socorros

Movimentação, Remoção e Transporte de Vítimas

5

6

7

16

18

20

42

45

59

60

61

69

71

73

Conclusão 74

Identificação Espaços Confinados 17

Fontes e Referências 75

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NR 33 Segurança e Saúde em

Espaço Confinado

LEI 6.514 Portaria 202/2012

O TREINAMENTO Este material de apoio foi desenvolvido para o Treinamento de NR 33 –

Supervisor de Entrada- Segurança e Saúde em Espaço Confinado.

Sabemos que trabalhar com espaços confinados é conviver diariamente

com situações de risco - uma realidade da qual ninguém esta livre mesmo

em um momento relaxado, longe das funções profissionais, em casa ou

nas atividades de lazer..

40 HORAS FORMAÇÃO SUPERVISOR

1 ANO

Validade

Procuramos direcionar nossa

metodologia de ensino, recursos

didáticos, atividades e materiais de

apoio, para que você tenha a melhor

experiência e sala e absorva o conteúdo

em atendimento ao currículo exigido

pela Norma Regulamentadora.

NOSSA PREOCUPAÇÃO

Aplicamos este curso à você e

esperamos promover a combinação

indivíduo - cargo - segurança,

alicerçando no treinamento a

implantação de conceitos e medidas

de prevenção de acidentes do trabalho

RESULTADO ESPERADO

Norma Regulamentadora

Duração

08 horas de duração

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NORMA REGULAMENTADORA

A Norma Regulamentadora número 33 - Segurança e Saúde no Trabalho

com Espaços Confinados, conhecida como NR 33 tem como objetivo

estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços

confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos

riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e

saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes

espaços.

PUBLICAÇÃO

Lei 6.514

Portaria MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006

O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS

Área ou ambiente não projetado para ocupação

humana continua;

Área ou ambiente que possua meios limitados de

entrada e saída;

Cuja ventilação existente é insuficiente para remover

contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou

enriquecimento de oxigênio.

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SEGURANÇA

DO TRABALHO Segurança do Trabalho é conjunto de medidas e

ações aplicadas para prevenir acidentes nas

atividades das empresas, preservando a

integridade física do trabalhador e os bens

materiais da Empresa. Acidentes envolvendo

pessoas que executam trabalhos em espaços

confinados são extremamente danosos à saúde

dos trabalhadores.

550 mil

Acidentes do

Trabalho

Registrados

em 2017

Conceito Legal de

Acidente do Trabalho

Conforme a Lei n.º 8.213, de 24 de julho

de 1991, no seu artigo 19, acidente do

trabalho é conceituado da seguinte forma:

Acidente de trabalho é o que ocorre

pelo exercício do trabalho

a serviço de empresa ou de empregador

doméstico ou pelo exercício do trabalho dos

segurados referidos no inciso VII do art. 11

desta Lei, provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que cause a morte ou

a perda ou redução, permanente ou

temporária, da capacidade para o trabalho.

Conceito

Prevencionista de

Acidente do Trabalho

O acidente de trabalho no conceito legal é

caracterizado quando dele decorre uma

lesão física, perturbação funcional ou

doença, levando à morte ou à perda total

ou parcial, permanente ou temporária, da

capacidade para o trabalhador.

Conceito legal de acidente do

trabalho que possui um cunho único

para atender a legislação

previdenciária, a NBR 14280:2001

O acidente do trabalho pode ser

definido como uma ocorrência não

programada inesperada ou não, que

interrompe ou interfere no processo

normal de uma atividade,

ocasionando perda de

tempo útil ou lesões aos

trabalhadores e/ou danos materiais.

Portanto, mesmo ocorrências que

não resultem lesões ou danos

materiais, devem ser encaradas

como acidente do trabalho.

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LEGISLAÇÃO

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem

na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos

trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e

segurança por meio de normas específicas. Coube ao Ministério do

Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas

Regulamentadoras – NR) por intermédio da Portaria n°3.214/78. A

partir de então uma série de outras portarias foram editadas pelo

Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar

normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador, conhecidas

pelas suas iniciais: NR. A fundamentação legal, que dá o

embasamento jurídico à existência destas NR’s, está nos artigos 154

a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Cópia não autorizada

Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional

competente em matéria de segurança e medicina

do trabalho:

I – estabelecer, nos limites de sua competência,

normas sobre a aplicação dos preceitos deste

Capítulo, especialmente os referidos no art. 200.

Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho

estabelecer disposições complementares às

normas de que trata este Capítulo, tendo em

vista as peculiaridades de cada atividade ou

setor de trabalho, (...)

DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO

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NR RELACIONADAS À

ESPAÇO CONFINADO As Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho não

devem ser interpretadas de forma isolada, e sim em conjunto com as demais

que estão relacionados.

Veja abaixo a relação das NR's relacionadas com a NR 33.

NR 1

NR 6

NR 7

NR 9

9

Cópia não autorizada

Estabelece a obrigatoriedade das Normas Regulamentadoras, que

devem ser atendidas pelas empresas privadas e públicas e pelos

órgãos públicos que possuam empregados regidos pela

Consolidação das Leis - CLT.

Ela apresenta as responsabilidades do empregador, dos trabalhadores,

dos fabricantes e/ou importadores e do Ministério do Trabalho, quanto

aos EPI's.

Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por

parte de todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como CLT, do Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da

saúde dos trabalhadores.

Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por

parte de todos os empregadores que admitem trabalhadores, do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

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NR 10

NR 15

NR 18

Estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a

implementação de medidas de controle e sistemas preventivos,

deforma a garantir a segurança e saúde do trabalhadores que, direta

ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com

eletricidade..

10

Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos da

NR 15, alguns exemplos de agentes insalubres são Ruído Contínuo ou

Permanente; Ruído de Impacto; Exposição ao calor ou frio; Radiações

Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais.

NR 16

São considerados atividades perigosas as atividades que podem

causar danos imediatos ao trabalhador por exemplo: Atividades com

Explosivos; Atividades com Inflamáveis; Atividades com Radiações

Ionizantes ou Substâncias Radiotivas, Atividades com Exposição a

Roubos ou outras violências físicas nas atividades profissionais de

segurança pessoal ou patrimonial.

Trata das condições de trabalho em canteiros de obras. Foi esta norma

que primeiro versou sobre trabalhos em espaço confinados, sobretudo

no que se refere a escavações e procedimentos de “trabalho a quente”

em ambientes confinados.

NR 35

Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o

trabalho em altura.

Veja as NR’s e acompanhe suas

atualizações http://trabalho.gov.br

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Atividades e Operações Perigosas

Segurança e no Trabalho com

Espaços Confinados

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NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS - NBR Existem Normas Brasileiras (NBR's) da Associação Brasileiras de Normas

Técnicas (ABNT), que também estão relacionadas à NR 33. São elas:

NBR 14009 - Análise Preliminar de Risco (APR)

Embora esta norma tenha sido elaborada para determinar

procedimentos de análises de riscos em máquinas, ele sugere as

diretrizes básicas para elaborar a APR em diversos ambientes ou

processos produtivos;

NBR 14606 - Postos de serviços: Entrada em Espaços Confinados

Trata dos procedimentos para entrada em espaços confinados em

postos de serviços;

NBR 14787 - Espaço Confinado: prevenção de acidentes,

procedimentos e Medidas de Proteção

Ao compararmos a NR 33 com esta norma técnica, notam-se diversas

semellhanças ou complementações.

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A NR 33 relaciona uma série de itens com as diversas competências, tanto do

empregador como dos empregados, para realização das atividades em altura com

segurança:

EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DO TRABALHADOR

• Colaborar com a empresa no cumprimento das exigência da NR 33;

• Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;

• Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua

segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

• Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com

relação aos espaços confinado.

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EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DO VIGIA

• Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores

autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da

atividade;

• Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente

com os trabalhadores autorizados;

• Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,

pública ou privada, quando necessário;

• Operar os movimentadores de pessoas; e

• Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de

alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista

ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído

por outro Vigia.

O Vigia não poderá realizar outras

tarefas que possam comprometer o

dever principal que é o de monitorar e

proteger os trabalhadores

autorizados;

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EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DO SUPERVISOR

• Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;

• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na

Permissão de Entrada e Trabalho;

• Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e

que os meios para acioná-los estejam operantes;

• Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e

• Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.

O Supervisor de Entrada

pode desempenhar a função

de Vigia.

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EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DA EMPRESA

•Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da NR;

• Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;

•Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

•Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados de

forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;

•Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de

controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;

• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito,

da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR;

•Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde

desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;

•Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores

das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar

em conformidade com esta NR;

• Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco

grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e

• Garantir informações garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de

controle antes de cada acesso aos espaços confinados.

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DEFINIÇÃO

A definição de espaço confinado, de acordo com a NR 33, é a seguinte:

"qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana continua,

que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é

insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou

enriquecimento de oxigênio".

Não há necessidade da combinação das quatro definições para que o local de

trabalho seja considerado um espaço confinado.

Isso oferece a oportunidade de classificar, inspecionar ou liberar um espaço

confinado considerando um possível desenvolvimento de deficiência de

oxigênio em seu interior (resultante dos processos internos, como soldas), ou

até mesmo por interferências externas como gases de motores a combustão,

por exemplo.

Cabe ao responsável técnico, que é o profissional habilitado para identificar os

espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de

prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate., fazer a

avaliação de todos os ambientes "possivelmente confinados" e classificá-los a

partir de uma aplicação rigorosa da norma.

Cópia não autorizada

DE ESPAÇOS CONFINADOS

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IDENTIFICAÇÃO

Acabamos de ver a definição para da NR 33 para Espaços Confinados, mas

podemos observar que esta definição se torna abrangente. Vamos analisar

da melhor forma como podemos reconhecer um Espaço Confinado,

garantindo assim a segurança da nossa equipe de trabalho.

Considerando os três focos de identificação da NR 33 temos:

“Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para

ocupação humana continua” - Define o espaço confinado com relação à

ocupação humana. A geometria é extremamente importante para o espaço

confinado, pois qualquer alteração geométrica pode transformar um espaço

“comum” em confinado, ou o inverso.

“Que possua meio limitados de entrada e saída” – Aqui a definição trabalha

os limites, isto é, as dimensões estreitas, as dificuldades específicas, da

entrada ou saída da área ou ambiente onde ocorrerão as atividades.

“Cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou

onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio” – Neste

trecho, o foco da norma é o risco mais grave e possivelmente o maior

causador de letalidades, nos trabalhos em espaços confinados: a atmosfera

imediatamente perigosa à vida e à saúde (IPVS).

DOS ESPAÇOS CONFINADOS

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CLASSIFICAÇÃO

São divididos em três níveis distintos, com base na severidade dos perigos

associados à cada nível:

Nível 1 – É o Espaço Confinado que possui uma condição IPVS, isso inclui,

mas não está limitado, a deficiência de oxigênio, atmosfera inflamável ou

explosiva e/ou concentração de substâncias tóxicas ou mortais para o

trabalhador.

Nível 2 – É o Espaço Confinado que, em função da natureza dos trabalhos,

lay-out, configuração e/ou atmosfera interna, tem potencialidade para

provocar lesão ou qualquer tipo de enfermidade no trabalhador. E assim,

torna-se necessária a adoção de medidas de controle específicas para

viabilizar a entrada e execução de trabalho no seu interior. Não apresenta

qualquer condição IPVS.

Nível 3 – É um Espaço Confinado em que o perigo potencial não requer

nenhuma alteração específica no procedimento normal de trabalho. É o

ambiente confinado onde não existem riscos atmosféricos e onde critérios

técnicos de proteção permitem a entrada e permanência para trabalho em

seu interior.

Atmosfera IPVS – Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à

Saúde – qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou

produza imediato efeito debilitante à saúde (NR 33 Anexo III – Glossário).

DOS ESPAÇOS CONFINADOS

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TIPOS DE ESPAÇOS

CONFINADOS

19

Cópia não autorizada

Agricultura – Biodigestores, silos, moegas, tremonhas, tanques,

transportadores enclausurados, poços, cisternas, esgotos, valas,

trincheiras.

Alimentos – Retortas, tubos, bacias, panelões, fornos, depósitos, silos,

tanques, misturadores, secadores, lavadoras de ar, tóneis.

Construção civil – Poços, valas, trincheiras, esgotos, escavações,

caixas, caixões.

Equipamentos e máquinas – Caldeiras, transportadores, coletores e

túneis.

Indústria do petróleo e indústrias químicas – Reatores, colunas de

destilação, tanques, torres de resfriamento, áreas de diques, tanques de

água, filtros coletores, precipitadores, lavadores de ar, secadores.

Metalurgia – Depósitos, dutos, tubulação, silos, poços, tanques,

desengraxadores, coletores e cabines.

Serviços de sanitários, de águas e de esgotos; Serviços de gás,

eletricidade e telefonia – Poços de válvulas, galeria, cabos, caixas,

poços de água, estações elevatórias, entre outros.

Transporte – Tanques nas asas dos aviões, caminhões-tanque, vagões

ferroviários, tanque, navios-tanque.

Relacionamos a seguir alguns espaços confinados, os mais comuns, por

tipo de atividade econômica:

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RECONHECIMENTO DOS RISCOS NO TRABALHO COM ESPAÇO CONFINADO

O risco, de uma forma geral, é uma ameaça ou perigo de determinada

ocorrência. Quando se diz que estamos correndo um risco, nada mais é do

que estarmos sujeito a passar por um episódio arriscado, ou seja, um

episódio em que pode acarretar em alguma consequência.

O risco é empregado em diversos contextos, como por exemplo: o risco

ambiental, o risco de acidente, o risco de morte, o risco de epidemia, o risco

biológico (ameaça à saúde humana), o risco financeiro entre outros.

Em muitos casos, há dificuldade de reconhecer ou identificar tais agentes

causadores. Daí a necessidade dos supervisores serem bem treinados para

poder identificar, saber reconhecer e estar bem atento quanto aos riscos

existentes, visto que a probabilidade de dano imediato é maior em espaços

confinados, se comparada com uma exposição a estes mesmos agentes em

ambientes comuns. Isso porque eles podem gerar rapidamente uma

Condição Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS).

Cada tipo de agente é responsável por diferentes riscos que podem provocar

danos à saúde dos trabalhadores.

Como cada espaço confinado tem suas próprias características, os possíveis

danos também poderão ser específicos, dependendo dos fatores de riscos

presentes em cada local.

Risco é uma medida dos prejuízos

econômicos, danos ao meio ambiente ou

danos pessoais (mutilação, morte) tanto

em relação à probabilidade com que

aconteça quanto à magnitude com a qual

ocorra.

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RISCOS AMBIENTAIS É toda e qualquer possibilidade de que algum elemento

ou circunstância existente num dado processo e

ambiente de trabalho possa causar danos à saúde e/ou

à integridade física do trabalhador

Consideram-se riscos ambientais os

agentes físicos, químicos e biológicos

existentes nos ambientes de trabalho

que, em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo

de exposição, são capazes de causar

danos à saúde do trabalhador.

Cópia não autorizada

VIAS DE PENETRAÇÃO

Via respiratória: Ocorre através do sistema respiratório (nariz,

laringe, traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares) e podem

penetrar gases, vapores, partículas, poeiras, névoas e fumos

metálicos.

Via Cutânea: Através da pele e da mucosa dos olhos as

substâncias penetram no organismo, contribuindo

significativamente para intoxicação. É para alguns produtos

químicos a principal via de penetração.

Via Digestiva ou oral: Através da boca, esôfago, estômago e

intestino as substâncias penetram no organismo em função de

acidentes ou hábitos de comer e beber em locais de trabalho.

Via Parental: Se entende como a penetração direta do

contaminante químico no organismo através de uma

descontinuidade da pele (ferida ou punção).

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RUÍDO O ruído esta sempre presente em qualquer local:

Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações

urbanas, som de maquinário etc. Porém se

ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados,

poderemos adquirir danos irreversíveis à nossa

saúde, por isso é muito importante identificarmos

as fontes mais ruidosas em nosso ambiente de

trabalho. A unidade de medida de intensidade do

ruído é o decibel (dB).

RISCO FÍSICO

EFEITO IMEDIATO NO

ESPAÇO CONFINADO

• Dificuldade de comunicação;

• Impossibilidade de audição do

alarme de um instrumento detector

de gases.

CONSEQUÊNCIAS

• Cansaço;

• Irritação;

• Dores de Cabeça;

• Surdez;

• Aumento na Pressão Arterial;

• Taquicardia;

• Perigo de Infarto.

O Limite de tolerância, estabelecido pela NR 15 para exposição ao ruído é

de 85dB(A). Recomenda-se, por medida preventiva, o uso de EPI a partir

de 80dB(A).

São riscos ambientais que se apresentam em forma de energia como os

ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes,

radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.

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VIBRAÇÃO

Um corpo está em vibração quando descreve um

movimento oscilatório em torno de um ponto fixo.

O número de vezes em que o ciclo completo do

movimento se repete durante o período de um

segundo é chamado de frequência e, é medida em

ciclos por segundo ou Hertz [Hz]. Ao contrário de

muito agentes ambientais, a vibração somente

será problema quando houver efetivo contato físico

entre um indivíduo e a fonte, o que auxilia no

reconhecimento da exposição.

RISCO FÍSICO

EPI

Deve ser utilizado Luvas anti-

vibração para atenuar os efeitos

CONSEQUÊNCIAS

• Cansaço;

• Irritação;

• Dores na coluna e membros;

• Doença do movimento;

• Artrite;

• Lesões ósseas, circulatórias e

dos tecidos moles.

Vibração Total: São aquelas recebidas por todo o corpo do trabalhador,

chamamos de Vibração de Corpo Inteiro. Podemos citar como exemplos de

atividades em que o trabalhador esta exposto a Vibração de Corpo Inteiros:

Atividades com britadeiras, veículos pesados, tratores, retroescavadeiras.

Vibração Parcial: São transmitidas aos membros superiores, chamados de

Vibrações de Mãos e Braços, normalmente são menos aplicados aos membros

inferiores. Um exemplo é a utilização de furadeiras, ferramentas manuais, serras e

martelos pneumáticos.

Beto Soares/Estúdio Boom

Cópia não autorizada

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TEMPERATURAS EXTREMAS

Nos ambientes de trabalho serão consideradas temperaturas extremas o calor e o

frio emitidos através de fontes artificiais, ou seja, através de câmaras frigoríficas

para o frio e para o calor, através de fornos, caldeiras e equipamentos/máquinas

que irradiem calor.

A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre 20°C e 23°C.

RISCO FÍSICO

CALOR Beto Soares/Estúdio Boom

É um dos agentes ambientais mais

frequentes nas indústrias. É comum

sua manifestação nas fundições,

usinas, fábricas, olarias, indústrias

metalúrgicas e siderúrgicas. O próprio

calor solar atinge, em muitos casos,

níveis elevados.

FRIO

O frio é um agente físico presente

em uma série de atividades

profissionais como as realizadas em

trabalhos de embalagem de carnes

e demais alimentos (frutas, sorvetes

e pescados), câmaras frigoríficas

(câmaras frias) e operação portuária

(manuseio de cargas congeladas).

NO ESPAÇO CONFINADO

Os espaços confinados ou

equipamentos que operam com altas

temperaturas deverão ter seu interior

avaliado conforme NR 15 e NHO 06

CONSEQUÊNCIAS

• Taquicardia;

• Aumento da pulsação;

• Cansaço;

• Irritação;

• Fadiga térmica;

• Prostação térmico;

• Choque térmico;

• Hipertensão

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UMIDADE

A umidade pode ser benéfica ou maléfica para nosso corpo, tudo

dependerá de como ela estará presente no ambiente, seja em menor ou

maior quantidade e também da forma como estamos expostos a ela.

Esta presente em diversos ambientes de trabalho, como por exemplo

lavanderias, lavagens, frigoríficos, cozinhas, pesca, areais, lavá-jato entre

outros.

RISCO FÍSICO

NO ESPAÇO CONFINADO

As atividades executadas em Espaços

Confinados excessivamente úmidos,

encharcados ou alagados, além de facilitar

doenças do aparelho respiratório, da pele

e circulatórias.

Beto Soares/Estúdio Boom

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PRESSÕES ANORMAIS

As pressões anormais dividem-se em hiperbáricas e hipobáricas

.

As pressões hiperbáricas acontecem quando o trabalhador está sujeito a

pressões maiores que a pressão atmosférica. Podemos citar como exemplos

os trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de

perfuração, trabalhos executados por mergulhadores e caixões pneumáticos.

Quando o trabalhador estiver exposto às pressões hipobáricas estará sujeito

a pressões menores que a pressão atmosférica, ocorre quando o funcionário

está trabalhando em altitudes elevadas, exemplo: no topo de alguma

montanha.

RISCO FÍSICO

CONSEQUÊNCIAS

• Embolia traumática pelo ar;

• Embriaguez das profundidades;

• Intoxicação por oxigênio e gás cabônico;

• Dores musculares;

• Vômitos;

• Hemorragias pelo ouvido;

• Ruptura do tímpano.

Beto Soares/Estúdio Boom

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RISCO QUÍMICO Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos

que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de

poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza

da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo

organismo através da pele ou por ingestão.

Poeira é, basicamente, uma partícula sólida produzida por um rompimento

mecânico de sólidos, por meio de processos de moagem, atrito, impacto,

etc. Elas são categorizadas da seguinte forma: minerais, alcalinas, vegetais

e metálicas

POEIRAS

Poeira Mineral

São poeiras produzidas,

principalmente, em ações de

perfurações, extração mineral,

explosões, britagem de pedras,

etc.

Poeira Alcalina

É originária, principalmente, do

calcário e é responsável por

doenças pulmonares crônicas,

como enfisema pulmonar.

Poeira Vegetais

O trabalhador que exerce

atividades no campo, como em

campos de algodão, cana de

açúcar, etc, está exposto às

poeiras vegetais

Poeira Metálicas

São provenientes de atividades que

envolvam metais, como lixamento

de peças, por exemplo. Essas

partículas oferecem ao trabalhador

doenças do sistema respiratório e,

também, febre e calafrios

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NEBLINA

São partículas suspensas no ar, decorrentes de

condensações de vapores, geralmente

provenientes da votatização de metais em fusão e

quase sempre acompanhada de oxidação. Não se

difundem a tendem a flocular-se e depositar-se,

sendo seu tamanho, menor que as partículas de

poeiras.Os trabalhos que geram fumos são

operações de soldagem ou fusões de metais, onde

haja concentração no ambiente Beto Soares/Estúdio Boom

NÉVOAS

,A neblina também é composta por partículas no

estado físico líquido. Porém, essas partículas não

se originam da ruptura do líquido, mas sim da

condensação de vapores das substâncias que

estavam no estado líquido nas condições normais

de temperatura e pressão.

FUMOS METÁLICOS

São partículas líquidas resultantes da passagem

do estado de vapor ao estado líquido de vapores

ou separação mecânica de líquidos. Como

exemplo podemos citar o monóxido de carbono

liberado pelos escapamentos dos automóveis nas

garagens dos edifícios. Exemplos: pintura por

pistola, spray e em processos de lubrificação.

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São agentes químicos que se

encontram no estado gasoso, em

condições ambientais de temperatura e

de pressão. Exemplo: Monóxido de

Carbono, cloro etc.

VAPORES

GASES

São agentes químicos que se encontram

no estado gasoso, mas que, em

condições ambientais de temperatura e

pressão, se encontram sob o estado

líquido ou sólido. Exemplo: vapor de

gasolina e vapor de água.

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Os gases, os vapores e as névoas podem provocar efeitos irritantes,

asfixiantes ou anestésicos:

Efeitos irritantes: São causados, por exemplo, por ácido clorídrico,

ácido sulfúrico, amônia, soda caústica e cloro, que provocam irritação

das vias aéreas superiores.

Efeitos asfixiantes: Gases hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano,

monóxido de carbono e outros, causam dor de cabeça, náuseas,

sonolência, convulsões, coma e até morte.

Efeitos anestésicos: A maioria dos solventes orgênicos, assim como

butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno,

tem ação depressiva sobe o sistema nervoso central, provocando danos

aos diversos órgãos. O benzeno especialmente é responsável por danos

ao sistema formador de sangue.

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Os riscos representados pelas substâncias químicas depende dos

seguintes fatores:

Concetração: Quanto maior for a concentração do produto, mais

rápidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo;

Índice Respiratória: Representa a quantidade de ar inalado pelo

trabalhador durante a jornada;

Sensibilidade Individual: É o nível de resistência de cada pessoa

com respostas orgânicas diferentes Independentemente dos outros

fatores;

Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminates ambientais

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Tóxicidade: É o potencial tóxico da

substância no organismo;

Tempo de exposição: É o tempo que

o organismo fica exposto ao

contaminante.

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Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos,

parasitas, protozoários, vírus, entre outros

RISCO BIOLÓGICO

Fungos: São seres vivos, unicelulares ou pluricelulares, que podem

provocar doenças nos trabalhadores, como, por exemplo, micoses

na pele, na unha, na mucosa em forma de cogumelo.

Atividades expostas: trabalhos em aviários, matadouros,

jardinagem, trabalhos em estações de tratamento de esgotos,

estações de tratamento de águas etc.

Vírus: É um organismo com grande capacidade de automultiplicação.

Atividades expostas: trabalhos em laboratórios, escolas, creches etc.

Bactérias: São organismos microscópicos unicelulares. Podem ser

encontradas na forma de colônias ou isoladas.

Atividades expostas: trabalhos em esgotos, açougues, trabalhos

em hospitais etc..

Protozoários: São animais invertebrados

formados por uma única célula. Vivem no

solo e na água.

Atividades expostas: estações de

tratamento de esgotos, estações de

tratamento de águas etc.

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A organização Internacional do Trabalho (OIT) define ergonomia como a

"aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos

e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o

homem e seus trabalho, e cujos resultados se medem em termos de

eficiência humana e bem-estar no trabalho".

Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e

fisiológicos, além de provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque

produzem alterações no organismo e no estado emocional,

comprometendo sua saúde, segurança e produtividade.

RISCO ERGONÔMICO

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O conforto do trabalhador no espaço confinado depende do tipo de

espaço, do serviço a ser realizado, do acesso de entrada e saída e das

suas condições psicofisiológicas. Cabe ao Médico do Trabalho

estabelecer medidas restritivas (quando for o caso) ao exercício laboral

neste tipo de ambiente.

Geralmente, não se permite que um trabalho, vigia ou integrante da

equipe de resgate, portador de obesidade mórbida trabalhe num local de

difícil acesso ou saída. Em caso de alergias respiratórias, como.

asma ou rinite alérgica, a liberação para

trabalhos em espaços confinados é

contraindicada, pois poderá ser necessário o

uso de proteção respiratória contra poeira,

vapores e gases, ou suprimento de ar puro.

Até mesmo gripe, sinusite, dermatoses etc.

por mais simples que possam parecer,

influenciam ergonomicamente, tornando o

trabalho físico mais pesado do que realmente

é, levando a posturas incorretas e posições

incomodam, que por duas vez, aceleram o cansaço, dores musculares e fraqueza

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Os agentes de acidentes ou mecânicos são comuns, já o espaço

confinado não foi projetado para ocupação humana contínua; tem

arranjo físico inadequado ou deficiente; estrutura geométrica irregular,

o que gera cantos vivos, saliências e depressões; grande

probabilidade de incêndio e explosão; transporte de materiais não

adequado; e visibilidade para percepção de perigos não suficiente.

Pode haver partes móveis como correntes, correias e polias

desprotegidas. Em alguns casos, encontraremos partes elétricas

expostas ou com proteções soltas. Animais peçonhentos, como

escorpiões, aranhas, ofídios e insetos, também são comuns em

determinados espaços confinados, portanto, têm ser considerados na

APR.

RISCO DE ACIDENTES

• Probabilidade de incêndio e explosão;

• Transporte de materiais não

adequados;

• Partes móveis desprotegidas;

• Partes elétricas expostas ou com

proteções soltas;

• Uso de equipamentos elétricos.

EXEMPLOS

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Os valores de Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde (atmosfera IPVS) são

valores utilizados pelo Instituto Nacional de Saúde e Segurança

Ocupacional (NIOSH) como critérios de respiração que foram desenvolvidos

em meados da década de 1970. A fundamentação dos parâmetros

estabelecidos para que uma determinada substância ou atmosfera seja

classificada como imediatamente perigoso à vida ou à saúde (IPVS) são

compilações dos fundamentos e fontes de informação utilizadas

pela NIOSH durante a determinação original de 387 valores teóricos

anteriores.

Além disso, a NIOSH continua a analisar documentar e revisar a metodologia

por trás da ciência e os valores de IDLHexistentes quando apropriado, e

obtiver novos valores de IDLH, ou atmosfera IPVS – no Brasil.

Segundo a NR 33 Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde é...

RISCOS ATMOSFÉRICOS

O QUE É ATMOSFERA IPVS?

É qualquer atmosfera que

apresente risco imediato à vida ou

produza imediato efeito debilitante

à saúde.

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Possui os elementos necessário para uma explosão |

incêndio:

• Combustível (gases ou vapores e poeiras inflamáveis

ou explosivas);

• Comburente (oxigênio do ar);

• Fonte de ignição (instrumentos que gerem faíscas,

energia estática).

ATMOSFERA INFLAMÁVEL E

EXPLOSIVA

LIMITE DE EXPLOSIVIDADE

A mistura de combustível e oxigênio que se ascenderá é diferente para cada gás

combustível específico. Este ponto crítico, definido como Limite de Explosividade,

fica entre o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de

Explosividade (LSE). Concentração abaixo de LIE, que é a concentração mínima

(ar/mistura de combustível) na qual o gás será concentrado e que se ascenderá,

são muito prováveis a se incendiar. Concentrações acima do LSE, o máximo de

concentração que se ascenderá são muito ricas para se queimar.

FONTES DE IGNIÇÃO

• Chamas abertas – Soldadores, aquecedores abertos ou material fumegantes;

• Centelha Elétrica – Fios soltos, terminais de conexão, revezamentos e tomadas;

• Faísca Produzida por Atrito – Ferramentas de ferro em contato com metal ou

cimento;

• Superfícies Quentes – Linhas de energia, resistência de aquecedores e

lâmpadas;

• Eletricidade Estática – Fluxo de fluídos através de tubos, cintos frouxos e

roldanas e transferência pneumática de matérias divididos;

• Reações Químicas – Reações entre substâncias químicas em contato com

oxigênio.

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Atmosferas tóxicas em espaços confinados podem causar sérios problemas de

saúde e até mesmo a morte. O seu efeito físico venenoso pode ser imediato,

retardado, ou uma combinação de ambos. Por exemplo, exposição em

concentração baixa de gás carbônico causa dano cerebral não perceptível

enquanto que grandes concentrações resultam rapidamente em morte.

A presença dessas substâncias tóxicas é geralmente o resultado de material

previamente estocado no espaço, uso de revestimentos, solventes ou

preservativos ou material orgânico em decomposição, que além de deslocar o

oxigênio pode também produzir gazes tais como: metano, monóxido de

carbono, dióxido de carbono, gás sulfídrico. É também possível que o gás

tóxico entre em espaços confinados durante a “abertura” por causa de

procedimentos impróprios de isolamento.

Essas substâncias devem possuir “Limite de tolerância” determinados nas

Normas Nacionais e/ou Internacionais.

ATMOSFERA TÓXICA

Limites de tolerância (LT) – a concentração

transportada pelo ar, de um contaminante ao qual

se acredita que quase todos os funcionários

possam ser repetidamente expostos, todos os

dias, durante um período de trabalho de vida sem

desenvolver efeitos adversos. Esses são

geralmente expressos em Partes Por Milhões

(PPM) do contaminante. Isso é um termo usado

pela Conferência do Governo Americano e

Higienistas Industriais (ACGIH).

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Atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão

atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente

monitorada e controlada.

A presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados

como asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e por conseguinte tornam o

ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração. Logo, antes de entrarmos

no interior de espaços confinados devemos monitorá-lo e garantirmos a presença

de oxigênio em concentrações na faixa de 19,5 e 22%.

ATMOSFERA COM

DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

• Consumo;

• Oxidação de metais;

• Adsorção;

• Inertizarão;

• Decomposição de materiais

orgânicos.

CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DE

OXIGÊNIO

CONSEQUÊNCIA DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

23,5 ou mais Atmosfera enriquecida gera efeito narcótico,

risco elevado de explosão e/ou incêndio;

20,9% Concentração normal de oxigênio na atmosfera

19,5% Nível mínimo aceitável (seguro);

16% Desorientação, incapacidade de raciocínio e

dificuldades respiratórias;

14% Dificuldade em coordenação motora e fadiga

8% Dificuldade mental, desmaio

6% ou menos Extrema dificuldade respiratória e morte em

poucos minutos

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Quando o oxigênio excede 22% do volume a atmosfera passa a ser

conhecida como oxigênio enriquecido. Uma atmosfera de oxigênio

enriquecido é perigoso porque pode causar um sério risco de incêndio.

Matérias inflamáveis irão chegar ao ponto de ignição e queimarão muito

rápido em atmosferas de oxigênio enriquecido. A causa comum disto é o

vazamento de oxigênio de tubos ou cilindros.

Os trabalhadores e a equipe de resgate acreditam que uma atmosfera rica

em oxigênio apenas aumenta a probabilidade de combustão e reação com

materiais oleosos. Entretanto, há a inalação do oxigênio em excesso

(hiperóxia), podendo causar, entre outros danos, lesão ao ouvido –

Obstrução do canal que liga a faringe à caixa do tímpano. Trabalhadores

idosos podem sofrer miopia de caráter reversível.

ATMOSFERA

RICA OXIGÊNIO

ATENÇÃO

NUNCA USAR OXIGÊNIO

PURO PARA VENTILAR

ESPAÇO CONFINADO

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TIPOS DE GASES

AMONIACO (NH3) a amônia não é considerada “venenosa”, portanto os efeitos da

exposição a este gás são limitados à irritação e aos danos corrosivos que ele causa –

que são severos. Seu limite de tolerância é 20 ppm.

GÁS SULFIDRICO (H2S) é um dos piores agentes ambientais em termos potencial e

probabilidade de dano aos trabalhadores/vigias ou equipe de resgate, já que nosso

sistema olfativo não consegue detectar sua presença em concentrações superiores a

8,0 ppm, que é o seu limite de tolerância.

NITROGÊNIO é um gás inerte, não tóxico, sem odor, sem cor, sem sabor. Não é

inflamável,.

A exposição ao N2 em um ambiente pode ser fatal, pois ele é um agente supressor e

desloca o CO2 (Dioxido de Carbono) e o O2 (Oxigênio) completamente. Enquanto

alguns produtos químicos podem afetar as pessoas de forma mais ou menos intensa,

dependendo da maior ou menor resistência e tolerância de cada um, o N2 é bem mais

democrático. Ele afeta todos os indivíduos da mesma forma, desloca o Oxigênio,

tomando o seu lugar. Sem oxigênio não há vida. Seu limite de tolerância é 4 ppm.

Dor de cabeça

200 ppm

Palpitação

1.000 a 2.000 ppm

Inconsciência

2.000 a 2.500 ppm

Morte

4.000 ppm

METANO (CH4) sua exposição além de colocar o trabalhador em risco devido a sua

alta inflamabilidade, pode causar sonolência e levar à perda da consciência. Mais leve

que o ar, o metano tende a concentrar-se nos níveis superiores dos ambientes.

MONÓXIDO DE CARBONO (bastante nocivo),

por não possuir odor e cor pode permanecer por

muito tempo em espaços confinados sem que o

trabalhador/vigia o perceba a tempo de tomar

providências (evacuação de emergência,

ventilação ou exaustão). Isso pode causar

consequências graves aos trabalhadores expostos.

Em concentrações superiores ao seu limite de

tolerância, 39ppm (partículas de vapor ou gás por

milhão de partes de ar contaminado), o monóxido

de carbono pode causar danos irreversíveis ao

trabalhador, conforme segue:

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ÁREAS CLASSIFICADAS

A classificação de áreas de um local começa com a análise da

probabilidade da existência ou aparição de atmosferas explosivas.

É necessário que existam produtos que possam gerar essas atmosferas

explosivas podendo ser gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda

poeiras/fibras combustíveis.

Parte dos equipamentos do processo, tais como tampas, tomadas de

amostras, flanges e etc. são considerados fontes de riscos.

CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE RISCO

• Grau contínuo aquelas fontes que geram risco de forma contínua

ou durante longos períodos;

• Grau primário aquelas fontes que geram risco de forma

periódica nas condições normais de operação;

• Grau secundário aquelas que geram risco em condições

anormais de operação e por curtos períodos.

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ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA POR GASES E VAPORES

• Zona 0: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva

por gases ou vapores é continua ou existe por longos períodos;

• Zona 1: local onde a atmosfera explosiva está presente em forma

ocasional e em condições normais de operação e sendo

normalmente geradas por fontes de risco de grau primário;

• Zona 2: local onde a atmosfera explosiva está presente somente

em condições anormais de operação e persiste somente por curtos

períodos de tempo, sendo geradas normalmente por fontes de risco

de grau secundário.

ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA POR POEIRAS E FIBRAS • Zona 20: local geradas por fontes de risco de grem que a

atmosfera explosiva, em forma de nuvem de poeira, está presente

de forma permanente, por longos períodos ou ainda

frequentemente (estas zonas, igual a de gases e vapores são au

contínuo);

• Zona 21: local em que a atmosfera explosiva em forma de

nuvem de pó está presente em forma ocasional, e;

Em condições normais de operação da unidade (estas zonas,

igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de

grau primário);

• Zona 22: local onde a atmosfera explosiva em forma de nuvem

de pó existirá somente em condições anormais de operação e se

existir será somente por curto período de tempo (estas zonas,

igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de

grau secundário).

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O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições

ambientais com utilização de equipamento adequado. As medições devem

ser efetuadas antes e durante da realização dos trabalhos, se estes forem

susceptíveis de produzir variações na atmosfera.

Estas medições devem ser efetuadas pelo Supervisor, do exterior do

espaço confinado. Se não for possível alcançar do exterior a totalidade do

espaço, deve-se avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias

para que a medição se efetue a partir de uma zona segura. O controle deve

ser mantido durante toda a operação pelo Vígia.

Falaremos no decorrer do curso sobre os equipamentos utilizados para

medição.

MONITORAMENTO

DOS RISCOS

Deve-se avaliar três pontos do espaço

confinado o TOPO, o MEIO e o FUNDO,

pois cada gás possui uma densidade

diferente podendo se concentrar portanto

em pontos diferentes do espaço

confinado..

• Misturas inflamáveis. Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite

Superior de Explosividade (LSE);

• Fumaça que obstrua a visão a uma distância de 1,5 metro ou menos;

• Concentração de O2 abaixo de 19,5% ou acima de 23%;

• Qualquer condição reconhecida como IPVS ou IDLH;

• Concentração de qualquer substância acima do Limite de Tolerância

conforme NR 15 ou ACGIH.

O MONITORAMENTO DEVE VERIFICAR

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No mercado existem várias marcas de instrumentos de avaliação e

monitoramento de gases, com múltiplas habilitações. Ao utilizar um equipamento

deste, é preciso considerar os possíveis gases que o espaço confinado poderá

apresentar, sendo as combinações mais comuns dos detectores de gases:

EQUIPAMENTOS DE

MEDIÇÃO

Oxigênio (O2): O alarme de oxigênio

deve ser ajustado para disparar

quando a concentração estiver abaixo

de 19,5 % ou acima de 23 % do

volume atmosférico;

Monóxido de Carbono (CO): O

limite de concentração estabelecido

pela NR 15 para 8 horas de

exposição é de 39ppm (partículas

por minuto).

Metano (CH4): O alerta do

equipamento ocorre quando a mistura

de ar/gás atingir 10% do Limite de

Explosividade (LIE) ou (LEL). Se o

gás inflamável atingir 100% do LEL e

ocorrer uma faísca ou outra fonte de

ignição, a mistura de ar e gás irá

inflamar e poderá ocorrer uma

explosão.

Gás Sulfídrico (H2S): O limite é de

8 ppm. Este gás pode tornar-se

imperceptível ao olfato humano em

altas concentrações. Por medida de

segurança, pode-se calibrar o

alarme para que dispare em

menores concentrações.

Ao executar trabalhos em atmosferas

contaminadas com inflamáveis, é necessário

eliminar pelo menos um dos dois elementos

restantes do triângulo do fogo: calor e

comburente. Como é mais difícil controlar e

manter o calor a uma temperatura segura, a

solução ideal é retirar o comburente, para isso

devemos inertizar o ambiente com a insuflação.

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Antes de efetuar a medição de gases em espaços confinados, é preciso

conhecer o medidor, saber como funciona e se está em condições de uso,

pois a vida de pessoas dependerá da leitura correta desse instrument. O

ideal é ter o manual e fazer uma lista de observações sobre os principais

itens como defeitos óbvios; calibração; bolsa de transporte; bateria;

condições da sonda e bomba aspiradora.

O detector de gases deve ser ligado em área descontaminada, também

conhecida como “ar fresco”, para que seus parâmetros iniciais se alinhem

com a calibração feita para o disparo de alarme. Este procedimento é

conhecido como “zerar” o instrumento.

TÉCNICAS DE MEDIÇÃO

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CALIBRAÇÃO DOS

EQUIPAMENTOS As normas brasileiras determinam que os instrumentos de detecção de

gases sejam calibrados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia (INMETRO).

Quanto aos prazos de calibração, devem-se seguir as determinações do

fabricante do instrumento. Esse prazo é variável (geralmente de seis meses

ou um ano, podendo ser até mensal), dependendo das condições em que

esses equipamentos forem frequentemente expostos.

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O controle dos riscos está relacionado à quatro áreas:

CONTROLE DOS

RISCOS

Controle coletivo: visa assegurar a

segurança dos trabalhadores ou

pranseuntes que trabalham ou

transitam em torno do espaço

confinado;

Controle na fonte: visa impedir a

formação ou a dispersão do agente

no ambiente de trabalho.

Controle no meio: visa impedir que

o agente atinja os locais de trabalho,

em concentração ou em intensidade

para a exposição humana.

Controle no receptor: visa impedir

que o agente penetre no organismo

dos trabalhadores em concentração

ou em intensidade perigosa.

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CONTROLE COLETIVO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs são dispositivos utilizados à

proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades. O EPC serve

para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando acidentes, protegendo

contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma vez que o

ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do

trabalhador.

Deve ser afixada no corpo, estrutura, laterais ou paredes externas, próximo à

entrada do espaço confinado, uma placa com o número, código e/ou

nomenclatura do espaço confinado para permitir a sua rápida identificação,

garantindo que a entrada e o trabalho só ocorram no espaço confinado

programado. A sinalização do espaço confinado deve ser feita através do

modelo estabelecido no Anexo I - Sinalização para identificação de Espaço

Confinado. Durante as operações de entrada, as áreas próximas às entradas

do espaço confinado também devem ser sinalizadas e isoladas com fitas,

cones, cavaletes ou outro tipo de barreira. A sinalização e o isolamento evitam

quedas e a entrada no espaço confinado sem a emissão da Permissão de

Entrada e Trabalho.

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CONTROLE

NA FONTE

Seu objetivo é Impedir a formação ou a dispersão do

agente no ambiente de trabalho.

Podemos citar como medidas de controle na fonte:

• Substituição/modificação de substâncias

por outras de menor toxicidade;

• Modificação do processo ou operação,

• Isolamento de uma operação ou processo;

• Processo úmido para reduzir a

concentração de aerodispersóides sólidos.

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CONTROLE NO AMBIENTE

SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO

A aplicação correta e o perfeito funcionamento desses equipamentos ou sistemas

de ventilação e exaustão são imprescindíveis à vida das pessoas envolvidas nos

trabalhos em espaços confinados.

Antes de liberar a entrada dos trabalhadores em espaços confinados, é necessário

limpar o ambiente, torná-lo isento de gases, vapores e outras impurezas

indesejáveis.

Conforme o glossário da NR 33, "fazer a troca gasosa" equivale a purgar o

ambiente e pode ser feita por meio de ventilação ou exaustão ou, ainda pela

combinação das duas.

Purga: Pode ser feita

por meio de outras

técnicas, como lavagem

e vaporização.

A ventilação pode ser natural ou mecânica.

A primeira é conseguida por meio de

abertura das tampas do espaço confinado,

sendo uma técnica lenta e dependendo da

densidade dos gases presentes no

ambiente este procedimento poderá ser

ineficaz.

A ventilação mecânica por sua vez age

rapidamente, contudo se a atmosfera for

inflamável, é preciso atentar-se para o risco de incêndio ou explosão.

Para obter um ar limpo em um espaço confinado por meio de ventilação, é

necessário renovar sua atmosfera em pelo menos 7,5 vezes o seu volume. Isso se

não houver recontaminação. O tempo de insuflação é calculado em função das

dimensões do espaço confinado.

Pelo método de exaustão, os gases são puxados mecanicamente para fora do

espaço confinado e o ar "limpo" entra automaticamente por meio das aberturas

disponíveis. A troca por exaustão é mais rápida que por ventilação, principalmente

se o exaustor puder ser colocado próximo à contração dos contaminantes.

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SISTEMA DE ALARME

VISUAL OU SONORO Medidores diretos de concentração pré determinada de gases e vapores.

Pode acionar o alarme, interromper processos ou comandar a operação

de sistemas conjugados (ventilação, redução de pressão e temperatura).

O equipamento deve possuir alarme sonoro, visual e vibratório, visor para

leitura instantânea, ser resistente ou à prova d’água, quando portado em

espaços confinados úmidos ou encharcados, e ser provido de

revestimento que resista a atmosferas corrosivas ou eventuais quedas.

A calibração deve ser executada por um Organismo de Certificação

Credenciado (OCC) pelo INMETRO.

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EQUIPAMENTO

INTRINSECAMENTE SEGURO

Intrinsecamente seguro é um método de proteção empregado

em atmosferas potencialmente explosivas. Tarefas que são certificadas

como "intrinsecamente seguras" são desenvolvidas para ser incapazes

de liberar energia suficiente, através de meios térmicos ou elétricos, para

causar ignição em materiais inflamáveis (gases ou partículas de poeira).

As ferramentas e/ou equipamentos Intrinsecamente seguros certificadas

são projetadas para evitar a liberação de energia suficiente para causar a

ignição de materiais inflamáveis. Os padrões se aplicam a todos os

equipamentos que podem criar uma ou mais variações de fontes

definidas de possível explosão.

Os rádios intrinsecamente seguros (IS) são especialmente desenvolvidos

para garantir uma comunicação eficiente e segura mesmo em locais

classificados com atmosfera explosiva. Os rádios IS possuem como

principal característica a capacidade de eliminar qualquer possibilidade

de descargas elétricas e faíscas, sendo muito utilizados em ambientes

como minas, off-shore e refinarias de petróleo.

Os rádios classificados como Ex i

(intrinsecamente seguro) possuem algumas

características de segurança próprias como uma

blindagem dupla, o funcionamento dos circuitos

internos através de baixos potenciais de energia,

além de mecanismos para evitar fontes de ignição

e calor.

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TRAVAMENTO

DE FONTES DE

ENERGIA

Lockout quer dizer "travamento", é o

processo que visa barrar ou impedir a

exposição do colaborador à energias

perigosas, evitam então que alguém

acesse uma determinada área restrita

inadvertidamente ou que ligue algum

equipamento que não esteja

preparado para ser utilizado. Isola

também fontes de energia que podem

queimar, cortar, prensar, eletrocutar ou

lesar o colaborador.

São restrições que ninguém pode

remover sem uma chave ou outro

mecanismo de destravamento. Alguns

exemplos são as travas de plástico ou

metal, grupos de bloqueio, cadeados e

até sistemas de segurança protegidos

por senha ou leitura corporal.

LOCK - OUT

TAG - OUT Tagout é a etiquetagem, visa informar o

trabalhador sobre os perigos aos quais

ele pode estar exposto. Não fornece a

restrição direta.

TRAVA Dispositivo (como chave ou

cadeado) utilizado para

garantir isolamento de

dispositivos que possam

liberar energia elétrica ou

mecânica de forma

acidental.

BLOQUEIO Impede a liberação de

energias perigosas tais como:

pressão, combustíveis, água

e outros visando à contenção

para trabalho seguro em

espaços confinados.

LACRE

Braçadeira ou outro

dispositivo que precise ser

rompido para abrir um

equipamento.

ETIQUETAGEM

Colocação de rótulo num

dispositivo isolador de energia

para indicar que o dispositivo

e o equipamento a ser

controlado não podem ser

utilizados até a sua remoção..

Abertura intencional de um duto, tubo, linha,

tubulação que está sendo utilizada ou foi utilizada

para transportar materiais tóxicos, inflamáveis,

corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou

temperaturas capazes de causar danos materiais

ou pessoais.

ALIVIO

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CONTROLE NO RECEPTOR

Ao se avaliar os trabalhadores que irão

exercer atividades em espaços

confinados, é necessário que o médico

atente para a existência de algumas

patologias que podem incapacitá-los

para a função.

Trabalhadores com histórico de

vertigens, perda de memória,

claustrofobia, dispnéia de esforço e

convulsões devem ser encaminhados

para atividades que não os exponham

ao ambiente de um espaço confinado.

Distúrbios de audição e visão devem ser

avaliados por meio de exames

complementares, pois podem

comprometer a percepção de sinais de

alarme ou a comunicação entre a

equipe, inclusive em situações de

resgate.

O exame médico admissional também

deve avaliar a aptidão de trabalhadores

com asma, diabetes insulino-

dependente e doenças cardiovasculares

específicas que comprometam a

eficiência cardíaca, pelo risco da

ocorrência de algum episódio quando

estiverem no interior do espaço

confinado.

Especial atenção deve ser dada ao

estado psicológico do trabalhador, sendo

pertinente observar o seu comportamento

durante o exame admissional. Um ânimo

deprimido ou exaltado (euforia), distração,

irritabilidade, podem ser sinais de

patologias mentais capazes de colocar

em risco própria integridade física e a do

grupo. A anamnese deve privilegiar,

ainda, a abordagem cuidadosa de

situações pessoais e familiares de

impacto como término de relacionamento,

morte de parentes próximos e situações

de endividamento.

Se necessário, o trabalhador deve ser

encaminhado para avaliação psicológica

por profissional especializado, o qual

deverá emitir laudo que embase o médico

examinador na classificação de “apto” ou

“inapto” para o trabalho. O

acompanhamento periódico do pessoal

que trabalha em espaços confinados

deve atentar para o controle das

condições acima citadas e o diagnóstico

precoce de patologias relacionadas ao

trabalho, tais como: doenças

osteomusculares em decorrência de

posturas forçadas e leptospirose no caso

de trabalhos em esgotos, galerias e

outras situações onde haja o risco da

presença de urina de animais infectados.

Deve-se, ainda, verificar se a vacinação

está de acordo com o seu calendário e a

função do trabalhador.

CONTROLE MÉDICO

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CAPACITAÇÃO INICIAL E PERIÓDICA

É uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os

riscos inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção

necessárias para minimizar ou neutralizar a exposição. O treinamento é

indispensável, independente da existência de outros métodos de controle,

ou seja, é uma medida complementar.

Tem como principal objetivo dar condições para que o trabalhador

identifique os riscos, nas medidas de prevenção, informar e desenvolver

habilidades referentes aos procedimentos operacionais apropriados que

garantam a eficiência das medidas de controle adotadas.

Devido à complexidade dos procedimentos de segurança nesta atividade,

torna-se indispensável a adequada capacitação de todos os

trabalhadores envolvidos. A carga horária, conteúdos e periodicidade de

realização da capacitação dos Supervisores de Entrada, Vigias e

Trabalhadores Autorizados devem obedecer ao estabelecido no item

33.3.5

PERIODICIDADE

Bienal

CARGA HORÁRIA

8 horas

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LIMITAÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO

Para proteger os trabalhadores contra os riscos ambientais presentes no

local de trabalho, é preciso identificar os agentes ambientais, o tempo de

exposição para cada processo e suas funções. De acordo com a NR 15,

os limites de tolerância são a concentração ou a intensidade máxima ou

mínima do tempo de exposição à uma determinada natureza do agente

para que não cause danos à saúde e integridade física do trabalhador

durante a jornada de trabalho

Exemplo: Um trabalhador que exerce suas atividades em jornada de

trabalho de 8 horas diárias numa fábrica. O nível de ruído no setor A da

fábrica é 95dB. Porém, de acordo com o Ministério do Trabalho, o

máximo permitido é 85dB numa jornada de 8 horas. Neste caso, o nível

de exposição ultrapassa o Limite de Tolerância permitido, sendo assim, é

imprescindível que o engenheiro ou técnico em segurança do trabalho

adotem medidas de controle para eliminar ou reduzir o ruído para evitar

as doenças ocupacionais causadas por este agente físico.

Sendo assim uma das alternativas será a Limitação do Tempo de

Exposição.

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CONTROLE DE ENTRADA

O controle de entrada e saída dos Trabalhadores

Autorizados deve ser rigoroso para que não ocorra o

fechamento do espaço confinado com trabalhadores

no seu interior. A contagem pode ser feita por meio

de crachás-espelhos, pulseiras ou outro sistema

controlado pelo Vigia.

COMUNICAÇÃO

A Vigia deve permacer em contato permanente com os

trabalhadores autorizados. A comunicação não deve

ser apenas sobre as condições físicas dos

Trabalhadores Autorizados, mas também sobre o

trabalho realizado e medidas de apoio. Caso a

comunicação seja feita por rádio, o equipamento

deverá ser adequado à classificação da área, com

pilhas ou baterias devidamente carregadas.

Qualquer situação de risco à segurança de qualquer

pessoa envolvida nessas atividades deve ser

imediatamente comunicada ao vigia ou ao supervisor

de entrada

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A segurança e a saúde nos ambientes

de trabalho devem ser garantidas por

medidas de ordem geral ou específica

que assegurem a proteção coletiva dos

trabalhadores. Contudo na inviabilidade

técnica de adoção de medidas de

segurança de caráter coletivo ou

quando essas não garantirem a

proteção total do trabalhador, ou ainda

como uma forma adicional de proteção,

deve ser utilizado EPI, .

EPI EQUIPAMENTO DE

PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Norma Regulamentadora NR 06 - Equipamento de

Proteção Individual

a) usar o EPI , utilizando-o apenas para

a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e

conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer

alteração que o torne impróprio para

uso;

d) cumprir as determinações do

empregador sobre o uso adequado

a) adquirir o EPI adequado ao risco de

cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o

aprovado pelo órgão nacional

competente em matéria de segurança e

saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre

o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando

danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e

manutenção periódica;

g) comunicar ao Órgão Competente

qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao

trabalhador, podendo ser adotaddos

livros, fichas ou sistema eletrônico.

RESPONSABILIDADES

DA EMPRESA

RESPONSABILIDADES

DO COLABORADOR

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O capacete de segurança protege a cabeça do

trabalhador contra ferimentos causados por queda de

objetos de níveis elevados, impactos em objetos fixos e

até contra choques elétricos.. Deve possuir "jugular"

que evita a queda do capacete durante a atividade.

CAPACETE

LUVAS

As mãos é a parte do corpo onde com maior frequência

ocorrem lesões. Grande parte dessas lesões são

preveníveis. As luvas evitam, portanto, um contato direto

com materiais cortantes, abrasivos, quentes ou

corrosivos.

CALÇADO

Os calçados de segurança são equipamentos de

proteção individual essenciais para a proteção dos

membros inferiores (pés) dos trabalhadores em

diversas atividades profissionais.

ÓCULOS

São óculos específicos utilizados por trabalhadores

com a finalidade de proteger os olhos.

TIPOS DE EPI

VOCÊ CONHECE OS EPI QUE DEVE

UTILIZAR PARA REALIZAR SUAS ATIVIDADES?

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58

Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15,

anexos I e II, conforme tabela de atenuação. Existem

diversos modelos disponíveis no mercado como o

protetor tipo plug e protetor concha.

PROTETOR AURICULAR

ROUPAS IMPERMEÁVEIS Existem vários tipos de vestimentas impermeáveis

disponíveis no mercado e classificadas de acordo com os

tipos e os graus de riscos ambientais, podem ser

vestimentas totalmente encapsuladas, destinadas à

proteção contra gases; Vestimentas destinadas à proteção

contra líquidos em alto contato; Proteção contra partículas

sólidas e respingos de químicos líquidos e proteção parcial

contra partículas sólidas ou respingos parciais de químicos

líquidos.

RESPIRADORES E MASCARAS COM FILTRO

São equipamentos utilizados para filtrar o ar e só são

indicados em ambientes em que o oxigênio esteja num

volume próximo de 21%. Este equipamento é de pressão

negativa, portanto a possibilidade de contaminação por

produtos químicos é grande

RESPIRADOR AUTÔNOMO

Em atmosferas IPVS o colaborador deve contar com

alguma provisão de ar respirável, podendo ser utilizado o

respirador autônomo que, dependendo da capacidade do

cilindro e da prática do usuário, chega a durar de 30 a 40

minutos.

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

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O oxigênio é um elemento vital para os seres humanos. Em função disso,

a ocorrência de acidentes fatais causados pela sua deficiência em

espaços confinados é bastante comum.

Por conta de tais acidentes fatais, a NR 33, em seu subitem que trata das

medidas administrativas, determina ao empregador a implementação de

um Programa de Proteção Respiratória, a partir de levantamento feito

pela análise de risco, considerando as características atmosféricas, o

local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.

A Instrução Normativa 1 (IN 1) de 1994 determina a implantação e

desenvolvimento de um Programa de Proteção Respiratória. De acordo

com essa instrução, cabe ao empregador adotar um conjunto de medidas

técnicas e administrativas para garantir aos seus empregados a devida

proteção respiratória.

Por conta de todos os riscos envolvidos a legislação determina um

programa e não apenas medidas de proteção respiratórias.

Este programa deve conter entre outras determinações os procedimentos

operacionais escritos; Avaliação médica do candidato ao uso de

respiradores; Seleção de respiradores; Ensaios de Vedação;

Manutenção. Higienização e Guarda dos Respiradores; Uso de

respiradores; Avaliação do nível de exposição do trabalhador.

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43 60

ANÁLISE PRELIMINAR

DE RISCO

A Análise Preliminar de Risco (APR) é a principal

ferramenta utilizada no sistema de prevenção de

acidentes de qualquer processo laboral .

Nela são indicados os riscos ou perigos relacionados às

tarefas ou atividades a serem executadas. São

levantadas as fontes, situações ou atos que geram

perigo e os procedimentos e controles necessários

PERMISSÃO DE ENTRADA E

TRABALHO (PET)

A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é um documento determinado pela NR

33, emitido pelo supervisor de entrada, que tem como objetivo verificar se todos

os procedimento previstos na APR foram respeitados, antes da entrada do

trabalho no espaço confinado.

A participação de todos os envolvidos nos trabalhos em espaços confinados,

desde o levantamento dos riscos e perigos até a emissão da PET, é muito

importante para a segurança dos trabalhadores autorizados.

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PROTEÇÃO

CONTRA

QUEDAS

CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA O mais conhecido equipamento de proteção individual para retenção de quedas é o

cinto de segurança tipo paraquedista.

Muitas vezes para realizar trabalhos em espaço confinados, acessar ambientes

como poços de visitas entre outros é necessário a utilização de escadas,

plataformas ou trabalhar suspensos. Nesses casos devemos seguir as normas

vigentes sobre Trabalho em Altura.

A NR 35 - Trabalho em Altura prevê como devem ser construídos, testados e

aplicados todos os dispositivos, como cintos de segurança, talabartes, trava-

quedas, cabos ou cordas, além de determinar responsabilidades, capacitação e

treinamentos para os trabalhadores que exercerão atividades em diferentes

níveis. Falaremos sobre alguns dos equipamentos de proteção contra queda a

seguir:

O funcionamento deste dispositivo é bastante simples: o cinto

de segurança distribui 100% de sua força de sustentação,

prendendo o corpo do trabalhador a um ponto fixo e seguro.

A validade do cinto de segurança (cinturão tipo paraquedista e

talabarte) está condicionada à manutenção da certificação junto

ao INMETRO. Em caso de ocorrência com uso do cinto de

segurança a empresa deverá substitui-lo imediatamente e

submete-lo as tratativas devidas.

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FITAS E CINTAS DE ANCORAGEM

ACESSÓRIO PARA ANCORAGEM TEMPORÁRIA

Fitas e cistas de ancoragem são acessórios para instalação de ancoragens

temporárias, fabricadas de poliéster, facilmente transportáveis com

possibilidade de ajustes ou com a escolha do comprimento.

Podem ser encontradas nas categorias planas e tubulares e possuem carga de

ruptura de 18kN, 22 kN e 35 kN.

Existem cintas que possuem elementos metálicos nas extremidades ou laço de

poliéster, chamadas sling. Quando possuem emenda costurada, recebem o

nome de anel.

MODELOS UTILIZAÇÃO

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A ancoragem constituída de cabos

metálicos devem suportar uma força de 15

kn no mínimo. Devem possuir sapatilhas

embutidas nos terminais fabricadas de

material dúctil e, se não forem de aço

inoxidável devem ser galvanizadas de

acordo com a ABNT NBR 2408.

LINHA DE VIDA

ANCORAGEM CABO DE AÇO

TRAVA QUEDAS

DESLIZANTE -

CABO DE AÇO

Utilizado em sistemas de linha de vida

vertical flexível (cabo de aço) para

proteção contra queda O dispositivo

trava automaticamente ao sofrer um

impacto e impede a movimentação.

• Evite que o equipamento entre em contato

com substâncias químicas que possam

causar danos ao produto;

• Não realize reparos ou modificações no

equipamento;

• Realize inspeções periódicas no

equipamento;

• Evite que o equipamento caia no chão.

CUIDADOS COM O USO

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LINHA DE VIDA

ANCORAGEM COM CORDA

64

A ancoragem flexível constituída de corda de

fibras sintéticas devem suportar uma força de

22 kN, no mínimo. As cordas representam o

elemento básico para trabalho em altura e

para salvamento, Na maior parte das vezes a

corda representa a única via de acesso ao

local onde será realizado determinado

trabalho ou a única ligação do resgatista a um

local seguro, razão pela qual merece atenção

e cuidados especiais.

TRAVA QUEDAS

DESLIZANTE

CORDA

Possui as mesmas características do

trava-quedas para cabo de aço.

Para identificar se o trava-quedas é

indicado para cabo de aço ou corda você

deve observar as instruções gravadas no

corpo do dispositivo.

• Evite que o equipamento entre em contato

com substâncias químicas que possam

causar danos ao produto;

• Não realize reparos ou modificações no

equipamento;

• Realize inspeções periódicas no

equipamento;

• Evite que o equipamento caia no chão.

CUIDADOS COM O USO

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O trava queda retrátil é um dispositivo anti-queda que dispõe de uma função de

travamento automático e mecanismo automático de retrocesso que mantem a

linha retrátil em tensão. A linha retrátil pode ser confeccionada de cabo metálico,

fita sintética ou corda sintética.

• O trava-quedas deve ser ancorados acima da

sua cabeça;

• Evite ângulo de deslocamento com

perpendicular de 45 graus e uma distância

minima de 1,75 metros do solo

• Realize inspeções periódicas no

equipamento;

• Evite que o equipamento caia no chão.

CUIDADOS COM O USO

TRAVA-QUEDAS

RETRÁTIL

fonte: super epi

fonte: resseg distribuidora

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Mantenha sempre os dois "grampos" do

talabarte ancorados. Não prenda um dos

grampos em outro ponto, como por exemplo no

seu cinto de segurança, para que não o

incomode. Caso venha a ocorrer uma queda, o

absorvedor de energia pode não abrir-se por

completo, o que afeta diretamente sua

performance. Também pode fazer com que

você fique suspenso pelo ponto do cinto onde o

grampo foi fixado, deixando-o em uma péssima

posição à espera de um resgate.

TALABARTE EM Y

O talabarte duplo é utilizado em

situações em que exista a

necessidade de deslocamento por

estruturas, sem uma linha de vida ou

através de pontos fixos de

ancoragem.

O talabarte duplo possibilita um

deslocamento você permanece 100%

do tempo conectado a um dispositivo

de ancoragem

O absorvedor de impacto pode ser no

formato de “pacote” onde a fita especial

rompe-se após uma queda gerando um

mecanismo de desaceleração. Em alguns

produtos esse efeito pode ser alcançado

durante o rasgamento da costura em fi

tas tradicionais, em outras situações a

absorção de energia se dá em fi tas

especiais produzidas para esta finalidade.

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43 67

AUXILIAR

DE LIGAÇÃO

MOSQUETÕES

Existem alguns tipos de mosquetões os

mais utilizados para trabalho em altura é

o "Mosquetão D" e "Mosquetão Oval".

Os mosquetões podem ser fabricados

em aço, alumínio ou inox. O mosquetão

em aço, possuem maior durabilidade

sendo a melhor opção para ambientes

como fábricas, urbano e industrial. São

mais pesados que o de alumínio e em

contato com a água ou ambientes muito

úmidos enferrujam, o que não acontece

com o mosquetão de inox e alumínio.

Os mosquetões em alumínio possuem

carga de ruptura maior que os de aço,

porém se submetido a atrito constante

com corda, locais inóspitos, substâncias

químicas corrosivas irá apresentar sinais

de desgastes e dependendo do caso

poderá perder sua resistência mecânica.

Mosquetão em aço inox são iguais aos

de aço, porém estes são para uso

exclusivo em situações de contato com

agentes químicos que danificariam o aço

ou alumínio.

O Mosquetão D deve ser utilizado como

primeira opção em sistemas de

ancoragem, tirolesas, resgate, ou seja,

quando cargas altas são esperadas,

pois sua resistência a ruptura é maior

comparado ao Mosquetão Oval.

Já o Mosquetão Oval deve ser utilizado

unto com talabartes duplos, trava-

quedas e fechamento de peitorais de

cintos para trabalhos em altura e

resgate, blocos de polia, etc. Deve ser

última opção quando é esperada

grande carga sobre ele, ou seja, se

você precisar montar uma ancoragem

e tiver um D e um oval, use o D na

ancoragem e o oval em você, já que

seu peso será em média 80-100 kg e a

ancoragem deverá suportar muito mais

que isso, dependendo da atividade.

Mosquetão Oval

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O nó é o entrelaçamento de parte de uma ou mais cordas, formando uma

massa uniforme. Pode ter diversas destinações, como servir para

ancoragem, emenda de cordas, realizar cadeiras improvisadas etc.

Um nós faz uma corda perder a sua resistência e, se o componente que ele

se encontra em contato também ficar se atritando nele, haverá ainda mais

riscos, de forma que poderá haver ruptura da corda.

NÓS NO TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

TIPOS DE NÓS E AMARRAÇÕES

TIPOS DE NÓS

OITO DUPLO

Utilizado para

encordamento o oito duplo

é mais resistente que o

volta do fiel em que se

obtém uma alça fixa.

ORELHA COELHO

Nó realizado no meio da

corda para obter-se uma

alça a partir da qual

possa partir outra linha ou

ancoragem

VOLTA DO FIEL Nó de ancoragem que tem por característica

ajustar-se à medida que é submetido a tração.

Pode ser feito pelo seio ou pelo chicote.

BORBOLETA Nó realizado no meio da

corda para obter-se ma

alça a parir da qual possa

partir outra linha ou

ancoragem

PRUSSIK Submetido a tensão, bloquear

ou travar e, aliviada a tensão,

ficar livre. Pode ser aplicado

em cordas de maior diâmetro

ou superfícies cilíndricas

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TRIPE E MONOPÉ

Os equipamentos utilizados nos trabalhos em espaços confinados são

selecionados pelo, Responsável Técnico, que deve ser indicado pela empresa.

O Responsável Técnico é o profissional habilitado responsável pelo

estabelecimento de critérios para seleção e uso de todos os tipos de

equipamentos, tanto de proteção coletiva quanto individual, bem como a

avaliação peiódica do programa para trabalho em espaços confinados.

É sua responsabilidade utilizar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e

os Equipamentos de Proteção Coletivas - EPC oferecidos pela empresa.

Para entrar ou sair de um espaço confinado, sobretudo em situação de resgate,

pode ser necessário utilizar alguns equipamentos, conforme falaremos a seguir.

O tripé e monopé são equipamentos construídos em duralumínio ou aço e tê a

finalidade de sustentar o trabalhador para entrar em um espaço confinado.

Podem também ser utilizados durante operações e salvamento.

Os tripés e os monopés

têm de resistir a uma carga

estática de 15 kN (1.500

kg) conforme exigências

das NBR's

FUNCIONAMENTO

DE EQUIPAMENTOS

UTILIZADOS EM ESPAÇO

CONFINADO

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GUINCHOS E CADEIRAS SUSPENSAS

São equipamentos manuais com cabo de aço, que trabalham

acoplados ao tripé ou monopé, possibilitando entrar, sair ou

resgatar pessoas em espaços confinados verticais. Geralmente

os guinchos com sistemas trava-quedas só devem ser utilizados

para resgate, uma vez que não foram projetados para entradas e

saídas constantes.

ESCADA DE FITA

A escada de fita (estribo), como diz o próprio nome, é

constituída de fita de poliamida e é utilizada pelo resgatista

que acompanha a maca, possibilitando um curto deslocamento

abaixo e acima da vítima, ou para facilitar o acesso da maca à

boca do espaço confinado.

ESCADA DE FITA

Equipamento desenvolvido para atender as necessidades dos

trabalhadores que exercem atividades em espaços

confinados, utilizado em conjunto com o cinto de

segurança de modo a subir ou descer uma pessoa durante um

resgate.

POLIAS Servem para desviar o sentido de aplicação da força para

compor sistemas de vantagem mecânica, de acordo com a

forma de utilização, assim como servem para proporcionar o

deslize por uma corda. Existem diversos modelos, cada qual

com destinações específicas, dentre os quais destacamos

as polias simples ou duplas( referente ao número de rodas

da polia).

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NOÇÕES DE

RESGATE

E PRIMEIROS

SOCORROS

EQUIPE DE SALVAMENTO São pessoas capacitadas e treinadas para retirar trabalhadores dos espaços

confinados em situações de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.

•A empresa deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e

resgate adequado ao espaço confinado;

•A empresa deve fornecer equipamentos e assessórios que possibilitem

meios seguros de resgate;

•Os trabalhadores dever ser treinados para situações de emergência e

resgate.

MACA As macas são dispositivos utilizados

para resgatar e transportar vítimas.

Existem vários tipos de macas, quais

sejam: "envelope", "cesto", ou

rígidas, confeccionadas em madeira

ou poliamina. A opção pelo tipo

deste equipamento depende das

características do espaço confinado.

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Acione a emergência;

PRIMEIROS SOCORROS REANIMAÇÃO CARDIO VASCULAR - RCP

É um conjunto de manobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos

quando a circulação do sangue de uma pessoa para (parada

cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os

órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar

em necrose, pondo em risco a vida da pessoa.

Verifique a pulsação;

Inicie as compressões no tórax

sendo 100 a 120/mim com

profundidade de 5 cm;

Aguarde o socorro.

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MOVIMENTAÇÃO,

REMOÇÃO E

TRANSPORTE

•O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em

resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros).

•O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões,

provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.

•A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios próprios, nos

casos onde não é possível contar com equipes especializadas em resgate.

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CONCLUSÃO

Caro participante, chegamos ao fim do nosso curso NR 33 Supervisor - Segurança e

Saúde em Espaço Confinado -, onde conhecemos todas as diretriz da Norma

Regulamentadora - NR 33.

Falamos sobre suas responsabilidades e da empresa na prevenção de acidentes do

trabalho, as medidas de controle e prevenção ao risco, os riscos ambientais e riscos

atmosféricos que devem ser avaliados para inicio ou continuidade das atividades.

Você que viu que nenhuma atividade em altura deve iniciar antes de ser realizada a

Análise Preliminar de Riscos - APR e emitida Permissão de Trabalho e Entrada - PT, o

isolamento e sinalização da área e a inspeção dos seus equipamentos de segurança.

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VAMO RELEMBRAR?

Sua equipe de trabalho será compost por

Trabalhadores e Vigias e equipe de Resgate.

Suas principais responsabilidades como Supervisor de

Entrada serão: Emitir a Permissão de Entrada e

Trabalho antes do início das atividades; Executar os

testes, conferir os equipamentos e os procedimentos

contidos na Permissão de Entrada e Trabalho;

Assegurar que os serviços de emergência e

salvamento estejam disponíveis e que os meios para

acioná-los estejam operantes; Cancelar os

procedimentos de entrada e trabalho quando

necessário; e • Encerrar a Permissão de Entrada e

Trabalho após o término dos serviços.

Esperamos que o nosso curso

tenha contribuído com o seu

crescimento pessoal e

profissional. Até a próxima!

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FONTES E REFERÊNCIAS

https://conect.online

https://www.saudeocupacional.org/

http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTY2NA==

http://profjairobrasil.blogspot.com/2014/03/gestao-de-sst-para-servidores-publicos.html

http://fazerseguranca.com/artigos_2016.03.10.php

http://www.prevencaonline.net/2013/11/o-que-significa-intrinsecamente-seguro.html

http://www.cursosegurancadotrabalho.net

http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2390

https://www.aecweb.com.br/c

http://www.acrotec.com.br/equipamentos-espaco-confinado

https://www.heart.org/

http://www.guiatrabalhista.com.br

https://www.superepi.com.br/trapezio-ajustavel-para-espaco-confinado-stf-tr8111-p908/

https://prolifeengenharia.com.br/treinamentos/area-classificada/

Os Riscos dos Trabalhos em Espaços Confinados - Eng° Luiz Carlos Saraiva Serrão, D. Sc.

Osvaldo Luis Gonçalves Quelhas, Eng° Gilson Brito Alves Lima

Guia Técnico NR 33 - Ministério do Trabalho Brasileiro

Espaços confinados – O que são? Quais os riscos associados? - Eng. Francisco Tiago

Clamote

Cartilha Trabalho em Altura – SIT Inspeção do Trabalho – Autor Luiz Carlos Lumbreras

Rocha –Segurança nas Atividades com Trabalho em Altura – SENAI – Autor Celso Flávio

Milan

Segurança e Saúde em Espaço Confinado - Trabalhadores e Vigias – SENA

Cartilha de Segurança Altiseg NR 35

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