nr 28 - fiscalização e penalidades

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NR 28 - FISCALIZAO E PENALIDADES LEONARDO OLIVEIRA LEITE RESUMO DA NORMA:Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalizao trabalhista de segurana e medicina do trabalho, tanto a concesso de prazos s empresas para a correo de irregularidades tcnicas, como tambm, no que concerne ao procedimento de autuao por infrao as Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do trabalho, e valores de multas.

2FUNDAMENTAO DA NORMA NO CLTA fundamentao legal, ordinria e especfica desta norma tem a sua existncia jurdica assegurada atravs do artigo 201 da CLT (redao dada pela Lei n. 6.514 de 22 de dezembro de 1977):Art. 201. As infraes ao disposto nesse Captulo relativas medicina do trabalho sero punidas com multa de 30 (trinta) a300 (trezentas) vezes o valor de referncia previsto no artigo 2,pargrafo nico, da Lei n. 6.205, de 29 de abril de 1975, e asconcernentes segurana do trabalho com multa de 50(cinquenta) a 500 (quinhentas) vezes o mesmo valor. Pargrafo nico. Em caso de reincidncia, embarao ouresistncia fiscalizao, emprego de artifcio ou simulao comobjetivo de fraudar a lei, a multa ser aplicada em seu valormximo.

3DUPLA VISITAO que a dupla visita? um sistema legal que impede a autuao em um primeiro momento do Auditor-Fiscal do Trabalho, ou seja, ele chega, fiscaliza e da o prazo, ai s pode autuar nessa segunda visita, ou seja, obrigatria a notificao, quando???

Quando ocorrer promulgao ou expedio de novas leis, regulamentos ou instrues ministeriais, sendo que, com relao exclusivamente a esses atos, ser feita apenas a instruo dos responsveis;Quando se tratar de primeira inspeo nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos;Quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com at dez trabalhadores, salvo quando for constatada infrao por falta de registro de empregado ou de anotao da CTPS, bem como na ocorrncia de reincidncia, fraude, resistncia ou embarao fiscalizao;Quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na forma da lei especfica.

4PROCESSOS RESULTANTES DA AO FISCALIZADORA: EMBARGO, INTERDIO E AUTO DE INFRAO O QUE ORIGINA UM PROCESSO NO MINISTRIO DO TRABALHONo que diz respeito ao cumprimento dos processos de fiscalizao, os Auditores-Fiscais do Trabalho podero utilizar todos os meios audiovisuais necessrios para comprovar as infraes. Desta forma, cmeras fotogrficas, filmagens e similares so instrumentos que validam uma autuao. Identificada uma irregularidade (no momento da visita).No caso do Auditor- Fiscal do Trabalho esteja desprovido de documentos para a autuao, poder emitir uma notificao em modelo prprio do MTE, devendo indicar o prazo para o cumprimento das exigncias (mximo de 60 dias).

ORIENTAO PARA OS AUDITORIES FISCAIS DO TRABALHOO Decreto 4.552, de 27 de dezembro de 2002, apresenta o RIT Regulamento de Inspeo do Trabalho, que visa orientar os auditores fiscais do trabalho durante os trabalhos de fiscalizao e inspeo.De acordo com o Decreto 4.552/02, Art. 2o, o Sistema Federal de Inspeo do Trabalho estruturado da seguinte forma:Autoridades de direo nacional, regional ou local: aquelas indicadas em leis, regulamentos e demais atos atinentes estrutura administrativa do Ministrio do Trabalho e Emprego; Auditores-Fiscais do Trabalho; (redao dada pelo Decreto n. 4.870, de 30 de outubro de 2003);Agentes de Higiene e Segurana do Trabalho, em funes auxiliares de inspeo do trabalho.

6O ENGENHEIRO DE SEGURANA DO TRABALHOO Engenheiro de segurana do trabalho, com registro no CREA, ou com uma ps graduao em Engenharia de segurana, ou seja, devidamente habilitado, podem fazer laudos tcnicos e levar para o Ministrio do trabalho, assim o auditor fiscal do trabalho pode pegar esse laudo tcnico e emitir o auto de infrao. Geralmente os auditores entendem esse ato como denncia, aps retirarem esse laudo eles se direcionam ao local.EMBARGO E INTERDIO28.2.1 Quando o agente da inspeo do trabalho constatar situao de grave e iminente risco sade e/ou integridade fsica do trabalhador, com base em critrios tcnicos, dever propor de imediato autoridade regional competente a interdio do estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento, ou o embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas que devero ser adotadas para a correo das situaes de risco.

EXPLICAR OS ITENS EM NEGRITO:O Auditor fiscal prope ao superintendente que determinada mquina, equipamento, ou setor seja interditados ou o canteiro embargado, mas em determinadas regionais o auditor tem a possibilidade de interditar ou embargar, sem ter que pedir permisso. Exemplo: Alagoas.Embargo parcial Por exemplo uma construo vertical sem proteo de periferia nos 3 ltimos pavimentos, ou seja, contra quedas, com seus 40 andares, o Auditor embarga o os 3 ltimos pavimentos, caso os 37 andares restantes estejam corretos, sem riscos, voc no para a obra inteira, apenas o trs ltimos pavimentos.AUTO DE INFRAOCabealho: onde colocaOs dados da empresa O nmero de empregadosO cdigo da ementa (cdigo da irregularidade)Descrio da irregularidadeBreve histrico da inspeo.Capitulao da irregularidade, ou seja, onde na lei que isso est escrito que irregular.Elementos de convico, pode ser falta de comprovao de documentos, que pode deixar o trabalhador em risco, exemplo: ASUS.

COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Para calcular o valor das multas, antes deve-se saber o:NMERO DA INFRAOQUANTIDADE DE FUNCIONRIOS DA EMPRESATendo esses itens em mos, segue-se ao Anexo 1 da norma nr 28.EXEMPLO:Uma empresa tem 1000 funcionrios, e o empregador no permitiu a formao de CIPA na sua empresa. Logo vamos calcular qual seria o valor se a empresa fosse autuada pela falta da CIPA.

COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Para calcular o valor das multas, antes devemos saber:NMERO DA INFRAO ??????????QUANTIDADE DE FUNCIONRIOS DA EMPRESA: 1000

Como encontrar o n da infrao??? Primeiro procura saber qual a infrao e depois pesquisa nas NRS. No caso do exemplo tem relao com a CIPA, ento a NR 5.

NR 5 - CIPA

COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Depois de encontrada qual a inflao cometida pela empresa, no caso do exemplo a falta de CIPA, voc entra na norma NR 28 e vai no anexo 1.

OBS.: O lado de medicina do trabalho, s aplica as penalidades da NR 7.

COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Aps encontrar o anexo 1, voc continua olhando a norma, e vai no anexo 2, onde se encontra as penalidades a norma NR 5:

NR 5 - CIPA

COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Item 5.2 com cdigo de inflao 4.

COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Para calcular o valor das multas, temos:NMERO DA INFRAO : 4QUANTIDADE DE FUNCIONRIOS DA EMPRESA: 1000Voltamos ao anexo 1: Fazendo o cruzamentos das informaes, achamos que o valor mnimo da inflao de 5491 e o mximo de 6033 UFIR.

UFIR Seu valor congelou depois dos anos 200 por fora do 3 do artigo 29 da Medida provisria 2095-76. Seu valor foi fixado em R$ 1,0641 e vigora desde ento.

5491 x 1,0641 = 5.852,97 VALOR MNIMO6033 x 1,0641 = 6.419,71 VALOR MXIMO

RESULTADOS: Conclumos que a falta da CIPA para a referida empresa pode gerar uma multa mnima de R$ 5.852,97 e uma mxima de R$ 6.419,71, na empresa com 1000 funcionrios.COMO CALCULAR O VALOR DA MULTAS NA NR 28Com o avano tecnolgico as empresas se veem com outros tipos de riscos, ou seja, surgem novos riscos devido as novas condies e locais de trabalho.Com a NR 28 j tem suas devidos penalizaes com os tipos de riscos j existentes, ela deve ser atualizada com esses novos riscos, aumentando a fiscalizao e o valor das multas, assim as empresas tomam mais cuidados com a segurana do trabalhos e vo se adaptando as novas tecnologias.NECESSIDADE DE ATUALIZAO DA NORMA NR 28 COM O AVANO TECNOLGICO E RELAES DE TRABALHO