novas mudanças podem atrair aéreas de baixo …...2016/04/12  · novas mudanças podem atrair...

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TERÇA-FEIRA, 12 DE ABRIL DE 2016 DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 8 Negócios Serviços Europa Brasil Os encargos trabalhistas são 41% maiores que na Europa FONTE: ABEAR RESTRIÇÃO DE MERCADO Comparação de custos por assento por quilômetro voado entre regiões Em centavos de real Causas de atrasos de voo doméstico por responsabilidade em 2014 Em % ENCARGOS TRABALHISTAS OUTROS COMBUSTÍVEL 0,8 1,2 2,8 2,8 3,4 4,9 RESPONSABILIDADE DO SISTEMA AERONÁUTICO 72 RESPONSABILIDADE DA TRANSPORTADORA 19 ATRASOS NÃO ESPECÍFICOS 7 SEGURANÇA (PREVENÇÃO CONTRA ATOS ILÍCITOS) 2 ENCARGOS TRABALHISTAS OUTROS COMBUSTÍVEL Após autorizar aumento do teto de capital estrangeiro no setor, Anac revisa as “Condições Gerais de Transporte”. Para especialistas, sucesso do plano depende da flexibilidade que a medida trará Novas mudanças podem atrair aéreas de baixo custo e elevar concorrência AVIAÇÃO Vivian Ito São Paulo [email protected] O atual debate sobre as “Condições Gerais de Trans- porte” da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com com- panhias aéreas pode ser o fator que faltava para aumentar a concorrência no setor e atrair empresas de baixo custo. No entanto, mudanças deverão deixar “moderação” de lado. O processo de consulta pú- blica para este debate termi- na no dia 2 de maio e até lá, aéreas esperam que a Anac tome um posicionamento menos moderado. Entre as medidas discutidas estão a desregulamentação da fran- quia de bagagem, a suspen- são do direito de assistência material em casos de força maior (causas naturais) e as regras de remarcação de voo. Para o sócio do ASBZ Ad- vogados, Guilherme Amaral, a desregulamentação de ser- viços agregados abre a possi- bilidade de novos modelos de negócio para o setor, como o das empresas de baixo custo, conhecidas como empresas low cost, muito comuns na Europa. Segundo ele, a “má- gica” para que uma compa- nhia consiga operar voos por 20 euros está na possibilida- de de ofertar voos sem servi- ços agregados para os passa- geiros que desejarem. “E aquele que quiser despachar bagagem, ter direito a reem- bolso e seguros paga por is- so”, aponta. Amaral acredita que tirar a obrigatoriedade da franquia de bagagem, por reas. “Podem ficar mais flexí- veis na forma de pagamento e até no preço exigido por slot.” Segundo o executivo, a re- ceita acessória (lojas, alimen- tos e bebidas) é uma fonte de renda importante para as con- cessionárias, por isso se o mer- cado apontar para uma ten- dência de aumento no fluxo de passageiros é possível que as administradoras se abram para apresentar novas soluções às aéreas. “Isso pode até acelerar aportes em infraestrutura.” Migração de concessões no alvo TELEFONIA FIXA O Ministério das Comunica- ções publicou nesta segunda, 11, no Diário Oficial da União (DOU) portaria com as diretri- zes para a atuação da Agência Nacional de Telecomunica- ções (Anatel) na elaboração de proposta de revisão do atual modelo de prestação de servi- ços de telecomunicações. Pelo texto, o investimento prioritário das concessioná- rias no novo modelo deverá ser a ampliação da banda lar- ga no País. A portaria orienta a Anatel para que o novo modelo a ser proposto busque a simplifi- cação do atual sistema de ou- torgas de serviços de teleco- municações, assim como a desburocratização e maior celeridade dos procedimen- tos de licenciamento. Além disso, o novo marco regulatório do setor deverá permitir, segundo o governo, “mais liberdade para as empre- sas nas regiões competitivas e uma vigilância maior nas áreas de baixo interesse”. “A Anatel deve elaborar e propor ao Ministério das Co- municações, nos termos da Lei Geral de Telecomunicações, propostas de mecanismos para possibilitar a migração das atuais concessões de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) para regime de maior liberdade, condicionado tal migração ao atendimento de metas relativas à banda larga.” Internet Segundo a portaria, a Anatel deve observar que “o acesso à internet é essencial ao exercí- cio da cidadania” e que “o po- der público deve atuar de mo- do a promover o acesso de todos aos serviços de banda larga, com custos acessíveis e em níveis de qualidade com- patíveis com as expectativas dos usuários”. O Ministério diz ainda que, para posicionar os serviços de banda larga no centro da polí- tica pública, devem ser privi- legiados os seguintes objeti- vos: “expansão das redes de transporte em fibra óptica e em rádio de alta capacidade para mais municípios; amplia- ção da cobertura de vilas e de aglomerados rurais com ban- da larga móvel; aumento da abrangência de redes de aces- so baseadas em fibra óptica nas áreas urbanas; atendi- mento de órgãos públicos, com prioridade para os servi- ços de educação e de saúde, com acesso à internet em ban- da larga”. / Estadão Conteúdo NOVO MARCO REGULATÓRIO DEVE PERMITIR MAIS LIBERDADE Correios e Viracopos fecham parceria para criação de hub CARGAS EXPRESSAS Correios e o Aeroporto Inter- nacional de Viracopos assina- ram, em Campinas (SP), um protocolo de intenções para implantar, dentro do aeropor- to, um hub logístico de cargas postais expressas da estatal. Conforme comunicado ofi- cial da empresa estatal, o centro operacional do Cor- reios terá um galpão de 35 mil metros quadrados em uma área total de 100 mil m² do sítio aeroportuário, às margens da Rodovia Santos Dumont, e processará um terço de toda a carga do mo- dal aéreo do País. O objetivo é que o centro integrado de logística comece a funcionar dentro de dois anos e meio. O diretor-presidente de Vi- racopos, Gustavo Müssnich, ressaltou em nota que o acor- do com o Correios soma ain- da mais ao projeto de tornar Viracopos o maior e melhor aeroporto da América Latina. “Viracopos foi premiado re- centemente como melhor ae- roporto de carga da América Latina e esse acordo com os Correios só vem a confirmar esse trabalho realizado pela equipe de Viracopos”. Voos domésticos Correios deve operar inicial- mente com 44 voos domésti- cos diários a partir de Viraco- pos dentro da chamada Rede Postal Noturna. A previsão é que, inicialmente, 160 cami- nhões façam o transporte ro- doviário diário a partir do cen- tro de operações de Viracopos. Para o vice-presidente de Encomenda dos Correios, o novo hub possibilitará à em- presa a reorganização de toda a sua malha aérea e a redução de custos e o aumento de efi- ciência na entrega. / Agências exemplo, pode abrir espaço a diversidade de produtos. D e m a n d as “É como um fast-food. Você pode comprar o X-Burguer ou o combo. No setor só podemos vender o combo”, compara o presidente da Associação Bra- sileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. Pa- ra ele, o que está em jogo nas discussões é a possibilidade de o mercado brasileiro atuar com regras internacionais. “Se uma low cost da Europa operar no Brasil fica 27% mais cara.” De acordo com o executivo, a preocupação dos órgãos de defesa de consumidor é que as aéreas não reduzam o custo, mesmo com a mudança. “O setor que vive em hiperconcor- rência não segura o preço.” A crítica ao posicionamento da Anac, segundo ele, é a ‘timi- dez em algumas medidas, co- mo a desobrigação da franquia de bagagem, uma vez que a entidade propõe uma mudan- ça gradativa que deve levar pe- lo menos três anos. “Não há porque não encarar de caráter imediato”, explica. Outro ponto que deve ser mudado com urgência, segun- do ele, é a assistência por força maior. “Se o erro é de gover- nança é nosso, mas 80% [dos cancelamentos e alterações de voo] são geradas por clima, o que acaba no preço da passa- gem”, aponta. Segundo ele, a mudança poderia trazer uma economia de R$ 50 milhões por ano às companhias aéreas. Para Sanovicz, existe urgên- cia de novas medidas, uma vez que a reversão de preço das passagens pode ser uma saída para o desempenho ruim das aéreas e a queda da demanda. Mesmo que em um primeiro momento não seja visível, a ex- pectativa é que a revisão seja um catalisador até 2020. “O atraso da Anac [em mudar a regulamentação] agrava a cri- se”, diz. Plano Para o sócio da área de infraes- trutura do Demarest Advoga- dos, Paulo Dantas, as últimas medidas da Anac – aumento do teto para capital estrangeiro em aéreas e discussão das con- dições do setor – são o gatilho para o aumento da concorrên- cia. No entanto, para deixar o setor ainda mais atraente é possível flexibilizar as negocia- ções com as concessionárias aeroportuárias. “É possível abrir um diálogo que hoje não existe”, aponta o executivo. De acordo com ele, a partir do momento que as concessio- nárias observem um possível aumento da demanda, deverão ficar mais “abertas” para nego- ciar com as companhias aé- DEPOIMENTO GUILHERME AMARAL, SÓCIO ESPECIALIZADO EM AVIAÇÃO DO ASBZ ADVOGADOS. As medidas são adequadas, ainda que pudessem ser mais arrojadas. O cenário ideal para a competição é a desregulamentação total. A flexibilidade na construção de novos produtos é uma vantagem para as aéreas, e a previsibilidade de custos também. As medidas que não devem ajudar são a abertura de espaço para transferência de passagens e a intenção de que o bilhete pago no crédito parcelado seja reembolsado integralmente em dinheiro, de forma imediata. foto: Divulgação

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Page 1: Novas mudanças podem atrair aéreas de baixo …...2016/04/12  · Novas mudanças podem atrair aéreas de baixo custo e elevar concorrência AV I AÇ ÃO Vivian Ito São Paulo vivianit@dci.com.br

TERÇA-FEIRA, 12 DE ABRIL DE 2016 � DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS8

Negócios S e rv i ç o s

Europa Brasil

Os encargostrabalhistas são

41%maiores que

na Europa

FONTE: ABEAR

RESTRIÇÃO DE MERCADO

Comparação de custos por assento por quilômetro voado entre regiõesEm centavos de real

Causas de atrasos de voo doméstico por responsabilidade em 2014Em %

ENCARGOS TRABALHISTAS

OUTROS

COMBUSTÍVEL

0,8 1,2

2,8 2,8

3,4 4,9

RESPONSABILIDADEDO SISTEMA AERONÁUTICO72

RESPONSABILIDADEDA TRANSPORTADORA

19

ATRASOS NÃOESPECÍFICOS

7

SEGURANÇA(PREVENÇÃO

CONTRA ATOSILÍCITOS)

2

ENCARGOS TRABALHISTAS

OUTROS

COMBUSTÍVEL

Após autorizar aumento do teto de capital estrangeiro no setor, Anac revisa as “Condições Geraisde Transporte”. Para especialistas, sucesso do plano depende da flexibilidade que a medida trará

Novas mudanças podem atrair aéreasde baixo custo e elevar concorrênciaAV I AÇ ÃO

Vivian ItoSão [email protected]

� O atual debate sobre as“Condições Gerais de Trans-por te” da Agência Nacional deAviação Civil (Anac) com com-panhias aéreas pode ser o fatorque faltava para aumentar aconcorrência no setor e atrairempresas de baixo custo. Noentanto, mudanças deverãodeixar “m o d e r a ç ã o” de lado.

O processo de consulta pú-blica para este debate termi-na no dia 2 de maio e até lá,aéreas esperam que a Anactome um posicionamentomenos moderado. Entre asmedidas discutidas estão adesregulamentação da fran-quia de bagagem, a suspen-são do direito de assistênciamaterial em casos de forçamaior (causas naturais) e asregras de remarcação de voo.

Para o sócio do ASBZ Ad-vo g a d o s, Guilherme Amaral,a desregulamentação de ser-viços agregados abre a possi-bilidade de novos modelos denegócio para o setor, como odas empresas de baixo custo,conhecidas como empresaslow cost, muito comuns naEuropa. Segundo ele, a “má-g i c a” para que uma compa-nhia consiga operar voos por20 euros está na possibilida-de de ofertar voos sem servi-ços agregados para os passa-geiros que desejarem. “Eaquele que quiser despacharbagagem, ter direito a reem-bolso e seguros paga por is-s o”, aponta. Amaral acreditaque tirar a obrigatoriedadeda franquia de bagagem, por

reas. “Podem ficar mais flexí-veis na forma de pagamento eaté no preço exigido por slot.”

Segundo o executivo, a re-ceita acessória (lojas, alimen-tos e bebidas) é uma fonte derenda importante para as con-cessionárias, por isso se o mer-cado apontar para uma ten-dência de aumento no fluxo depassageiros é possível que asadministradoras se abram paraapresentar novas soluções àsaéreas. “Isso pode até aceleraraportes em infraestrutura.”

Migração de concessões no alvo

TELEFONIA FIXA

� O Ministério das Comunica-ções publicou nesta segunda,11, no Diário Oficial da União(DOU) portaria com as diretri-zes para a atuação da AgênciaNacional de Telecomunica-ções (Anatel) na elaboração deproposta de revisão do atualmodelo de prestação de servi-ços de telecomunicações.

Pelo texto, o investimentoprioritário das concessioná-rias no novo modelo deveráser a ampliação da banda lar-ga no País.

A portaria orienta a Anatelpara que o novo modelo a serproposto busque a simplifi-cação do atual sistema de ou-torgas de serviços de teleco-municações, assim como adesburocratização e maiorceleridade dos procedimen-tos de licenciamento.

Além disso, o novo marcoregulatório do setor deverápermitir, segundo o governo,

“mais liberdade para as empre-sas nas regiões competitivas euma vigilância maior nas áreasde baixo interesse”.

“A Anatel deve elaborar epropor ao Ministério das Co-municações, nos termos da LeiGeral de Telecomunicações,propostas de mecanismos parapossibilitar a migração dasatuais concessões de ServiçoTelefônico Fixo Comutado(STFC) para regime de maiorliberdade, condicionado talmigração ao atendimento demetas relativas à banda larga.”

InternetSegundo a portaria, a Anateldeve observar que “o acesso àinternet é essencial ao exercí-cio da cidadania” e que “o po-der público deve atuar de mo-do a promover o acesso detodos aos serviços de bandalarga, com custos acessíveis eem níveis de qualidade com-patíveis com as expectativasdos usuários”.

O Ministério diz ainda que,

para posicionar os serviços debanda larga no centro da polí-tica pública, devem ser privi-legiados os seguintes objeti-vos: “expansão das redes detransporte em fibra óptica eem rádio de alta capacidadepara mais municípios; amplia-ção da cobertura de vilas e deaglomerados rurais com ban-

da larga móvel; aumento daabrangência de redes de aces-so baseadas em fibra ópticanas áreas urbanas; atendi-mento de órgãos públicos,com prioridade para os servi-ços de educação e de saúde,com acesso à internet em ban-da larga”. / Estadão Conteúdo

NOVO MARCOR E G U L AT Ó R I O

DEVE PERMITIRMAIS LIBERDADE

Correios e Viracopos fechamparceria para criação de hub

CARGAS EXPRESSAS

�Correios e o Aeroporto Inter-nacional de Viracopos assina-ram, em Campinas (SP), umprotocolo de intenções paraimplantar, dentro do aeropor-to, um hub logístico de cargaspostais expressas da estatal.

Conforme comunicado ofi-cial da empresa estatal, ocentro operacional do Cor-reios terá um galpão de 35mil metros quadrados emuma área total de 100 mil m²do sítio aeroportuário, àsmargens da Rodovia SantosDumont, e processará umterço de toda a carga do mo-dal aéreo do País. O objetivoé que o centro integrado delogística comece a funcionardentro de dois anos e meio.

O diretor-presidente de Vi-racopos, Gustavo Müssnich,ressaltou em nota que o acor-do com o Correios soma ain-

da mais ao projeto de tornarViracopos o maior e melhoraeroporto da América Latina.“Viracopos foi premiado re-centemente como melhor ae-roporto de carga da AméricaLatina e esse acordo com osCorreios só vem a confirmaresse trabalho realizado pelaequipe de Viracopos”.

Voos domésticosCorreios deve operar inicial-mente com 44 voos domésti-cos diários a partir de Viraco-pos dentro da chamada RedePostal Noturna. A previsão éque, inicialmente, 160 cami-nhões façam o transporte ro-doviário diário a partir do cen-tro de operações de Viracopos.

Para o vice-presidente deEncomenda dos Correios, onovo hub possibilitará à em-presa a reorganização de todaa sua malha aérea e a reduçãode custos e o aumento de efi-ciência na entrega. / Agências

exemplo, pode abrir espaço adiversidade de produtos.

D e m a n d as“É como um fast-food. Vocêpode comprar o X-Burguer ouo combo. No setor só podemosvender o combo”, compara opresidente da Associação Bra-sileira das Empresas Aéreas(Ab e a r ), Eduardo Sanovicz. Pa-ra ele, o que está em jogo nasdiscussões é a possibilidade deo mercado brasileiro atuarcom regras internacionais. “Se

uma low cost da Europa operarno Brasil fica 27% mais cara.”

De acordo com o executivo,a preocupação dos órgãos dedefesa de consumidor é que asaéreas não reduzam o custo,mesmo com a mudança. “Osetor que vive em hiperconcor-rência não segura o preço.”

A crítica ao posicionamentoda Anac, segundo ele, é a ‘timi-dez em algumas medidas, co-mo a desobrigação da franquiade bagagem, uma vez que aentidade propõe uma mudan-

ça gradativa que deve levar pe-lo menos três anos. “Não háporque não encarar de caráteri m e d i a t o”, explica.

Outro ponto que deve sermudado com urgência, segun-do ele, é a assistência por forçamaior. “Se o erro é de gover-nança é nosso, mas 80% [doscancelamentos e alterações devoo] são geradas por clima, oque acaba no preço da passa-g e m”, aponta. Segundo ele, amudança poderia trazer umaeconomia de R$ 50 milhõespor ano às companhias aéreas.

Para Sanovicz, existe urgên-cia de novas medidas, uma vezque a reversão de preço daspassagens pode ser uma saídapara o desempenho ruim dasaéreas e a queda da demanda.Mesmo que em um primeiromomento não seja visível, a ex-pectativa é que a revisão sejaum catalisador até 2020. “Oatraso da Anac [em mudar aregulamentação] agrava a cri-s e”, diz.

PlanoPara o sócio da área de infraes-trutura do Demarest Advoga-d o s, Paulo Dantas, as últimasmedidas da Anac – aumentodo teto para capital estrangeiroem aéreas e discussão das con-dições do setor – são o gatilhopara o aumento da concorrên-cia. No entanto, para deixar osetor ainda mais atraente épossível flexibilizar as negocia-ções com as concessionáriasaeroportuárias. “É possívelabrir um diálogo que hoje nãoe x i s t e”, aponta o executivo.

De acordo com ele, a partirdo momento que as concessio-nárias observem um possívelaumento da demanda, deverãoficar mais “aber tas” para nego-ciar com as companhias aé-

DEPOIMENTO

GUILHERME AMARAL,SÓCIO ESPECIALIZADO EMAVIAÇÃO DO ASBZ ADVOGADOS.

� As medidas são adequadas,ainda que pudessem ser maisarrojadas. O cenário idealpara a competição é adesregulamentação total. Aflexibilidade na construção denovos produtos é umavantagem para as aéreas, e aprevisibilidade de custostambém. As medidas que nãodevem ajudar são a aberturade espaço para transferênciade passagens e a intenção deque o bilhete pago no créditoparcelado seja reembolsadointegralmente em dinheiro, deforma imediata. foto: Divulgação