novaes, plantas e mÉtodos e sistemas de prescriÇÃo
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MTODOS E SISTEMAS DE PRESCRIOEM FITOTERAPIA
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INTRODUO
Sendo a fitoterapia o mtodo teraputico mais antigo epor ser utilizado em diversos sistemas e culturas, compeculiaridades diferentes, surgiram as diferentes maneiras de
utilizar as plantas medicinais.Prescrio baseada no tropismo fisiopatolgicoPrescrio baseada na especificidade bioqumicaPrescrio baseada no potencial bioenergtico:
Sistema da medicina tradicional chinesaSistema da medicina antroposficaSistema da medicina ayuverda
Sistema da viso taostaPrescrio baseada no potencial nutracuticoPrescrio baseada no raciocnio homeofitoterpico
Fitoterapia e aromaterapia
Especificidade das preparaes farmacuticasPrescrio baseada na rotatividade teraputica
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Prescrio baseada no tropismo fisiopatolgico
Envolve o conhecimento da ao dos princpiosativos dos fitoterpicos e o tropismo de ao que o
fitocomplexo exerce sobre o homem doente e so. necessrio conhecer o potencial curativo da planta
em todas as suas nuances fisico-qumicas, em analogia aoconjunto fisiopatolgico do paciente.
Um fitocomplexo possui vrias aes teraputicas,sendo algumas principais e oiutras secundrias, menossignificativas.
Um doente possui em geral vrias patologias, sendoalgumas principais, mais srias e outras mais simples.Importa que se prescreva um fitoterpico que coincida suaao principal com a patologia principal correspondente, e
suas aes secundrias com as patologias menores, namaior similaridade possvel.
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Em resumo, procura-se o tropismo principal de
uma planta medicinal, fazendo coincidir com orgo de choque do paciente ou suas tendnciaspatolgicas.
Ex: Bardana (Arctium lappa L): leos essenciais, inulina,taninos, mucilagens, polifenis, fitosterol, etc, e sua aoprincipal concenytra-se em problemas dermatolgicos(cicatrizante, antissptico - bactrias e fungos antinflamatrio), mas com aes secundrias significativas(diurtico, hipoglicemiante, desintoxicante, hepatoprotetor,auxilia na eliminao do cido rico na gota). Estas aes
implicam principalmente indicaes teraputicas quando apatologia do paciente concentra-se na pele, para onde sedestina a ao principal desta planta; um paciente com psorasee infeces secundrias da pele, intoxicado com medicamentos
sintomticos para o seu mal e com dores articularesseria alvode uma indicao clssica de bardana.
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Ex.: ALcachofra (Cynara scolimus L.): sais minerais, cidos caficoe clorognico, cinarina , glicosdeos, flavonides, etc.
Tem como ao principal colagoga/colertico/hepatoprotetore como aes secundrias: diurtico, eliminao de uria ecido rico, laxante, depurativo e antilipmico. Um pacientecom sintomas hepticos (boca amarga,m digesto de
gorduras, fermentao excessiva, alteraes de humor e desono, dores muscular), com obstipao intestinal e problemasmetablicos tipo dislipidemia + diabetes mellitus + gotaencontraria na alcachofra uma prescrio fitoterpicaclssica.
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Observao
Existem vrias plantas medicinais com aesteraputicas similares, entretanto conta paraefeito de prescrio a maior similaridade
possvel de suas potencialidades teraputicascom o quadro patolgico do paciente.Quanto menor for o conhecimento do paciente e
das plantas, maior o nmero de plantasassociadas numa prescrio, para se atingir oobjetivo teraputico
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Prescrio baseada na especificidade bioqumica
A prescrio fitoterpica pode ser feita com um raciocnio
aloptico especfico, quando se compara seu potencialbioqumico com as distores fisiopatolgicas a seremcorrigidas.Ex.: Arnica (Arnica montanaL) para corrigirinflamao
devido ao antinflamatria de seus terpenos eflavonidesBabosa (Aloe veraL) cicatrizante alonaGinkgo biloba vasodilatador e antioxidante
flavonides e terpenosEsta abordagem sintomtica s vlida quando se mantma viso do todo e busca-se compreender e tratar o processo
causal que pode estar nas disfunes de rgos e ssitemasimportantes.
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Prescrio baseada no potencial bioenergtico
Sistema da medicina tradicional chinesa
Os fitoterpicos podem ser prescritos por um raciocnio energtico, quandovaloriza-se o conjunto reativo do indivduo, dentro de um contexto deequilbrio energtico, muito estudado ae aplicado na medicina chinesa, h
mais de 5000 anos. Este tipo de prescrio envolve, segundo a visooriental, conceitos de yin-yang, sedao e tonificao de energia,deficincia ou excesso de Qi energia, calor, frio interno e externo,disperso e purificao, bem como funes energticas de cada rgo
(zang-fu).Ex: Cavalinha (Equisetumspp), para tratar e corrigir deficincias energticade rim, num quadro clnico de doenas urinrias.
Dente de leo (Taraxacum officinale Web.), para tratar doenasmusculares, alteraes do humor, ligadas a deficincia ou excesso de
energia yang/yin do fgado
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A medicina chinesa usa os elementos da natureza
(ar, gua, fogo e terra), com suas estas e ciclos,para promover a manuteno de uma relaoharmnica do homem com o universo.
Esta harmonia observada em funo do equilbrio daenergia vital chamada de Chi.O Chi percorre o corpo dentro de canais (meridianos) e
polariza-se em duas correntes opostas e complementares, oYin e o Yang. Quando o equilbrio entre estas duas foras rompido, surgem as doenas.Na fitoterapia chinesa, as plantas so classificadas segundo
a sua essncia, relacionada ao sabor e sua anaturezaenergtica, ou segundo sua forma, relacionada parte dovegetal usada como remdio.Existem outras maneiras de relacionar as plantas aoselementos naturais (cor, parte do corpo em que agir, etc)
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Sistema da medicina antroposfica
Filsofo Rudolf Steiner (1861-1925): compreenso da medicina sob oponto de vista espiritual. O mdico antroposfico faz o diagnstico e o
tratamento levando em considerao os sistemas funcionais eanatmicos neuro-sensorial, rtmico e metablico.As plantas entram na elaborao de diversos produtos da medicinaantroposfica, que so elaborados sem corantes, conservantes,
essncias artificiais.
Ex.: Cordia verbenaceae DC (erva baleeira): usado na diluio D1(segundo farmacotcnica homeoptica): concentra foras vitais degrande poder regenerador e cicatrizante, ajudando a dissolver as cargasnegativas que chega s articulaes.
Tropaeolum majus L (capuchinha): usado na diluio D1 (segundofarmacotcnica homeoptica): auxilia na asceno da energia emocional; mais
atuante na esfera emocional de corpos masculinos.
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Sistema da medicina Ayuverda
Originria da ndia, h cerca de 5000 anos, esta cincia mdicaobjetiva com uma anlise completa do ser humano integr-lo natureza em sua mais completa harmonia.
O corpo fsico formado pelos cinco elementos bsicos(eter=espao, ar, fogo, gua e terra) da natureza e por meio de uma
pesquisa com o paciente, obtem-se dados que permitem avaliar emque grau de harmonia est o relacionamento dela como meioambiental, espiritual ou social.
Com os doshas (Vata-Pitta-Kapha), pode-se avaliar o nvel dedesalinhamento da natureza (Busca realinhar processos naturais derespirao, alimentao, exerccios, chs, etc).
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O desequilbrio vata traduz em dores, espamos,tremores. Do pitta, em inflamao, febre, azia, ondas decalor. Do hapha, em congesto, descarga de mucos,
reteno de fluidos, letargia.
Quando os sintomas surgem necessrio reduzir o doshacorrespondente e depois mante-los equilibrados por meios de
hbitos harmoniosos.
O Ayuverda procura estudar o biotipo do paciente e tenta por
meios naturais, manter o estado tranquilo da paz e sadecomo meta de tratamento.
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Dentre as ferramentas teraputicas do Ayuverdadestaca-se a fitoterapia. Para identificar as plantas quantos suas aes sobre os doshas, elas tem que ser
avaliadas detalhadamente (forma, cor, textura, sabor,aroma, origem, desenvolvimento, clima onde cresceram,solo).
De um modo geral as plantas Vata tem caule retorcido oucurvo, com ramos esparsos, casca rugosa e folhassperas.As plantas Pitta tm flores vistosas, so
luminosas, venenosas, enrgicas. As plantas kapha sograndes, com folhagens densas e absorvem muita gua.
As plantas so usadas associadas (3 a 10)-sinergismo
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Ex.:
Alho (Allium sativa): seda Vata/kapha, eleva pittaErva boto (Eclipta alba): seda Vata e kapha, tonifica pitta
Babosa (Aloe vera): harmoniza vata/pitta/kapha
Calndula (Calendula officinalis): seda pitta/kapha, eleva vata
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Sistema da viso taosta
Todas as patologias decorrem do desequilibrio entre os
cinco elementos: fogo, terra, ar (metal), gua, madeira.Estes elementos interagem entre si num processo deconstruo ou destruio mtua:
Fogo Terra Ar gua Madeira Fogo (construo, tonificao)
FogoAr Madeira Terra gua Fogo (destruio, sedao)
Por meio desse esquema e da leitura do paciente, na qual se faz odiagnstico de qual elemento est mais ativado (yang) ou menos ativado(yin), pode-se tonificar ou sedar com plantas especficas
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Ex.:
Elemento madeira: fgado, vescula biliar, nervos, tendes, msculos, unhas,
olhos, rgos reprodutores externos, hipfise, adrenal, poder, instinto de defesaPlantas que estimulam: marapuama, catuaba, crataegus, couve, brcolis,beterraba, caj, limo, etc
Plantas que sedam: jaborandi, agoniada, cavalinha, chapu de couro, maracuj,etc
Elemento fogo: corao, intestino delgado, vasos sanguneos, crebro(hemisfrio direito), glndulas sudorparas, expresso corporal
Plantas que estimulam: jambolo, ip roxo, cactus, arnica, carqueja, fucus,mamo, etc
Plantas que sedam: erva de bicho, boldo do Chile, castanha da ndia, ginseng,
melissa, etc
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Prescrio baseada no potencial nutracutico
Uso de plantas para recompor certas deficincias orgnicasou desvios fisiolgicos.
Os principais alvos da nutracutica so os legumes, frutas,verduras, cereais e plantas medicinais, valorizando seuscompostos bioativos, que demostram ser teis na preveno
e tratamento de vrias doenas, como diabetes mellitus,hipertenso, inflamaes, dislipedemias, etc
Ex: soja: regular deficincia estrognica da menopausa (fitoestrgenos) econtrolar metabolismo lipdicoCh verde: efeito quimiopreventivo (catequinas) e forte atividadeantioxidanteLinhaa: semente- gastrite, enterite, clon irritvel, diverticulite, clicas
biliares; laxativo (mucilagem) melhora o trnsito intestinal
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Prescrio baseada no raciocnio homeofitoterpico
Teraputica homeoptica-Samuel Hahnemann 1755-1843
A homeopatia baseia no tratamento das doenas pelouso de um semelhante, onde a pessoa doente tratada comuma substncia que, num indivduo sadio, provocaria no s
o curar a enfermidade, como tambm promove o equilbriototal do indivduo, prevenindo o surgimento denovosproblemas.
Sua viso a de que alm do corpo fsico, todos os
elementos vivos apresentam uma energia no material(energia vital).
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As plantas so os componentes da maioria dosremdios homeopticos e aps a extrao dos princpiosativos (tinturas mes) , elas so submetidas a diluies
sucessivas e dinamizaes que , segundo a teoria,promovem a liberao da energia vital da planta, que ir atuarem profundidade no corpo, harmonizando as vibraes.
Obs.: este modo de prescriopermite o uso de plantas maistxicas, no sentido de minimizar os efeitos colaterais queteriam em doses habituais
Ex: beladona (diluies decimais-para tratar fenmenoscirculatrios), confrei (D3 a D5) para tratar hepatite crnica,digitalis (D1 a D5) para tratar arritmias e insuficincia
cardaca leve
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Fitoterapia e aromaterapia
Tratamento por meio dos aromas, constitui uma forma deaplicao da fitoterapia, s propriedades curativas dos leosessenciais.
Mtodos de aplicao:
Massagem: frico do leo na pele 15 gotas em 30 ml deleo,Inalao: 2 gotas de essncia em contato com fonte de calor inalador ou aquecedor- ou por impregnao em leno,Banhos (10-20 gotas da essncia gua do banho (banheira)
ou compressas midas,Aromatizao: 8-9 gotas no aromatizadorCompressas: 5 a 15 gotas/ L gua, aplicando com gazePomadas: 12-15 gt em 30 g creme
Gargarelos:dor de garganta, mau hlito. 1 gt leo e, 1 copo ua morna bochechar e no en olir.
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Uso interno das essncias no aconselhvel semacompanhamento de profissionais especializados, pelosriscos srios de efeitos colaterais
Ex.: canela (asma e bronquite inalao, frico;estimulante da circulao - massagem)Laranja (quadros de convalescena e fraqueza- banhos e
aromatizaes; depresso, tenso emocional)Limo (tnico aromatizao e banhos. Topicamente, parapicadas de insetos (massagem) e contra gripe inalaes)
Ex.: Capim cidreira, citronela, eucalipto, cravo da ndia, anis,alfazema, hortel, alfavaca, organo, erva doce, alecrim,mirra
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Aplicaes teraputicas mais comuns:
Ambiente antifumo: cidro, gernio, sassafrs, alfazema
Ambiente antissptico:(preveno): slvia, eucalipto, canela
Ambiente para afugentar mosquitos (repelentes):cidro ecidreira
Ambiente relaxante e sedativo (insnia/inquietao):alfazema,
laranjeira
Frico antidolorosa (dor mm ou articular):alecrim, pinus,
manjerona
Frico circulatria (varizes e celulite): limo
ou cipreste
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Aplicaes teraputicas mais comuns:
Frico digestiva (sobre abdomem, aps refeies):manjerona, alfazema, alcaravia
Frico relaxante ou calmante ( noite,aps banho):
alfazema, camomila, laranjaFrico respiratria (peito e costas):pinus, eucalipto,
alecrim, cipreste
Frico tonificante ou estimulante (pela manh, aps duchafria): alecrim limo ou pinus
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Prescrio baseada na rotatividade teraputica
Rotatividade peridica de plantas com aes semelhantesno tratamento de doenas crnicas. As vantagens detstcnica minimizam os riscos de toxicidade cumulativaconhecida ou no, alm do problema da perda de ao poruso prolongado de um fitoterpico, por mecanismos de
hiperativao da degradao metablica e/ou esgotamentoda resposta fisiolgica a determinados receptores,necessitando de doses maiores e portanto podendo tornar-se txica
Ex: tratamento de alteraes funcionais do fgado/vesculabiliar: boldo do Chile, carqueja, dente de leo, alcachofra(troca sucessiva, cerca de 60 dias cada)
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