nova lei da pesca portaria 144 2009 de 05 02

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834TABELA N. 2

Dirio da Repblica, 1. srie N. 25 5 de Fevereiro de 2009 A Portaria n. 868/2006, de 29 de Agosto, aplicou-se, numa primeira fase, e com as necessrias adaptaes, tambm pesca submarina, reconhecendo-se que a mesma carece de regulamentao mais direccionada, dado que se reveste de caractersticas muito particulares, como a capacidade limitada de captura, a selectividade, o facto de estimular o contacto directo com a natureza, promovendo uma melhor compreenso dos processos naturais de proteco do ambiente e conservao da natureza e da biodiversidade, constituindo uma modalidade desportiva respeitadora do ambiente. Aproveitando a reviso da Portaria n. 868/2006, de 29 de Agosto, integra-se disposies especficas relativas pesca submarina, nas modalidades de lazer, desportiva ou turstica, protegendo esta actividade, salvaguardando o interesse pblico da gesto dos recursos, acautelando tambm a segurana dos seus praticantes. Esta portaria introduz ainda mecanismos reguladores que permitem a definio de reas e condies especficas para o exerccio da pesca ldica, introduzindo o princpio geral de aplicao em todo o territrio de uma gesto dos recursos baseada numa partilha de responsabilidade de explorao. Assim: Ao abrigo do disposto no n. 1 do artigo 10. do Decreto-Lei n. 246/2000, de 29 de Setembro, com as alteraes introduzidas pelos Decretos-Leis n.os 112/2005, de 8 de Julho, e 56/2007, de 13 de Maro: Manda o Governo, pelos Ministros da Presidncia, da Defesa Nacional, do Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento Regional, da Economia e da Inovao e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o seguinte: Artigo 1.Objecto

Coordenadas geogrficas dos pontos centrais das reas de proteco a ilhus e pedras ilhadas referidas no n. 2 do artigo 2.Referncia Designao X Y

A B C D

Pedra da Agulha . . . . . . . . . . . . . Pedra da Gal . . . . . . . . . . . . . . . Pedra das Gaivotas . . . . . . . . . . . Pedra do Gigante . . . . . . . . . . . . . ANEXO II

134 720,6 34 927,3 129 672,1 25 136,7 123 564,1 7 489,2 123 091,0 6 636,3

Espcies passveis de apanha [a que se refere a alnea a) do n. 1 do artigo 5.]

Burris, Gibulla spp., Littorina litorea e Monodonta lineata. Lapas, Patella spp. Mexilhes, Mytillus spp. Navalheiras, Liocarcinus spp. e Necora spp. Ourios-do-mar, Paracentrotus lividus, Echinus spp. e Spharechinus granularis. Perceve, Pollicipes pollicipes.ANEXO III Tamanhos mnimos e parmetros para a sua medio (a que se refere o artigo 6.)

Burris, Gibulla spp., Littorina litorea e Monodonta lineata 1,5 cm, comprimento total ou altura. Lapas, Patella spp. 3,5 cm, distncia mxima entre os bordos da concha. Mexilhes, Mytillus spp. 6,5 cm, dimenso maior da valva esquerda (face externa). Navalheiras, Liocarcinus spp. e Necora spp. 6 cm, largura mxima da carapaa medida perpendicularmente sua mediana antero-posterior. Ourios-do-mar, Paracentrotus lividus, Echinus spp. e Spharechinus granularis 5 cm, dimetro mximo do dermoesqueleto (carapaa sem espinhos). Portaria n. 144/2009de 5 de Fevereiro

O presente diploma tem por objecto definir reas e condicionalismos ao exerccio da pesca ldica, incluindo a apanha ldica, em guas ocenicas da subrea da zona econmica exclusiva do continente, guas interiores martimas e guas interiores no martimas sob jurisdio da autoridade martima. Artigo 2.Definies

A Portaria n. 868/2006, de 29 de Agosto, que define os condicionalismos ao exerccio da pesca ldica, carece de alguns ajustamentos, fruto da respectiva implementao prtica, nomeadamente quanto necessidade de prever a utilizao de pequenos utenslios por parte dos titulares de licena de pesca ldica, quer para a captura de isco para uso prprio, quer para a captura de determinadas espcies, que so, tradicionalmente, objecto de pesca ldica por parte das comunidades locais. Por outro lado, o Decreto-Lei n. 246/2000, de 29 de Setembro, com as alteraes introduzidas pelos Decretos-Leis n.os 112/2005, de 8 de Julho, e 56/2007, de 13 de Maro, que define o quadro legal da pesca com fins ldicos, incluindo a actividade de pesca submarina, prev, no n. 4 do seu artigo 2., que a pesca submarina poder ser objecto de regulamentao prpria.

Para os efeitos do presente diploma, entende-se por: a) Apneia a tcnica de mergulho na qual o praticante no recorre a qualquer equipamento auxiliar de respirao, respirando superfcie livremente ou com o auxlio de snorkel e interrompendo a respirao durante a submerso; b) Apanha ldica a modalidade de pesca ldica exercida manualmente e sem utilizao de qualquer utenslio de captura; c) Camaroeiro o utenslio constitudo por um cabo e um aro, ao qual fixada rede simples, com malhagem mnima de 16 mm; d) Cana de pesca o aparelho de anzol constitudo por uma linha simples com at trs anzis simples que manobrado por intermdio de uma cana ou vara, equipada ou no com tambor ou carreto;

Dirio da Repblica, 1. srie N. 25 5 de Fevereiro de 2009 e) Corripo ou corrico o aparelho de anzol constitudo por uma linha simples com at trs anzis ou amostras que podem ter acoplados anzis triplos tipo fateixa, que rebocado superfcie ou subsuperfcie por uma embarcao ou a partir da costa; f) Equipamento de apoio aquele que, no permitindo a captura directa, apenas pode ser utilizado para o levantamento do pescado desde a sada de gua at mo do pescador; g) Equipamento auxiliar de respirao artificial o equipamento que permite ou auxilia a respirao do mergulhador em submerso, quer autnomo, como, por exemplo, garrafas de mergulho e respirador, quer semiautnomo, como compressores, mangueiras de ar e respiradores; h) Equipamento de sinalizao o equipamento utilizado para alertar terceiros para a presena de um mergulhador a exercer a pesca submarina, constitudo por uma bia, de forma redonda ou cilndrica, de cor vermelha, laranja ou amarela, com um volume mnimo de 8 l e munida de uma bandeira Alfa do cdigo internacional de sinais, ou, em alternativa, uma prancha ou similar com pelo menos 70 cm de comprimento, 40 cm de largura e 5 cm de espessura, com um mastro de bandeira no inferior a 40 cm, munido de uma bandeira Alfa do cdigo internacional de sinais; i) Espingarda submarina, tambm designada por arma de caa submarina, um instrumento de mo ou de arremesso, cuja fora propulsora no devida a poder detonante resultante de substncia qumica ou de gs artificialmente comprimido, tendo como nico projctil permitido uma haste ou arpo com uma ou mais pontas; j) Faca de mariscar o utenslio constitudo por uma lmina metlica com forma varivel, de bordos cortantes, fixada a um cabo curto; l) Gancho o utenslio constitudo por um cabo ou haste, que possui na extremidade inferior um gancho ou anzol de grandes dimenses; m) Linha de mo o aparelho de anzol constitudo por uma linha simples com at trs anzis simples que actua ligado mo do praticante; n) Malhada o aparelho constitudo por uma cana, sem qualquer anzol, no extremo da qual colocado um isco, quer amarrado, quer com o auxlio de uma pequena bolsa de rede, podendo ser utilizado um camaroeiro como auxiliar da pesca; o) P ou enchada de cabo curto o utenslio constitudo por uma lmina metlica e um cabo, como instrumento auxiliar da recolha de poliquetas, para isco; p) Pesca ldica apeada a modalidade de pesca ldica exercida a partir de terra, que inclui a pesca linha e a apanha com a utilizao dos utenslios de captura previstos na presente portaria; q) Pesca submarina, tambm designada por caa submarina, compreende a captura de espcies marinhas, animais ou vegetais, realizada em flutuao ou submerso na gua, em apneia; r) Toneira o aparelho constitudo por uma linha de mo e por um lastro com forma fusiforme, podendo a linha ser ainda armada com um mximo de trs bias fusiformes, geralmente designadas por palhaos, devendo, quer o lastro, quer os palhaos, possuir, na extremidade inferior, uma ou duas coroas de anzis sem barbela, ligando-se linha de mo pela extremidade superior; s) Tubo respirador, tambm conhecido como snorkel, um equipamento auxiliar de respirao constitudo por um bocal e um tubo, que permite ao praticante de pesca

835submarina, quando se encontra em flutuao superfcie, respirar com a cara submersa. Artigo 3.Utenslios e equipamentos de pesca

1 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, a pesca ldica, quer apeada, quer de embarcao, s pode ser exercida por meio das artes de linha de mo, cana de pesca, corripo ou corrico e toneira, sendo ainda permitida a utilizao de equipamento de apoio. 2 A pesca ldica apeada pode ainda ser exercida com a arte de malhada, bem como com os utenslios faca de mariscar, camaroeiro e p ou enxada de cabo curto. 3 O porte e a utilizao de gancho apenas permitido a bordo de embarcaes no mbito de competies desportivas, como instrumento de apoio para a elevao de exemplares de grande porte da gua para bordo. 4 Os praticantes de pesca ldica, incluindo a apanha ldica e a pesca ldica apeada, podem ser portadores de dispositivo, tipo bolsa ou balde, que sirva exclusivamente para o transporte do resultado da captura. 5 Os aparelhos de anzol podem incluir outros artefactos destinados a permitir melhorar a sua operacionalidade, designadamente lastros e bias, desde que tais artefactos no permitam a captura de espcies por actuao directa. 6 Na pesca submarina, como equipamento de captura apenas pode ser utilizada uma espingarda submarina. 7 A utilizao de fontes luminosas permitida na pesca apeada ou de embarcao, exercida com toneiras, bem como em indicadores de bias. 8 proibido o transporte ou a manuteno a bordo de embarcao, em simultneo, de espingarda submarina e de equipamento auxiliar de respirao artificial, bem assim como o porte, fora de gua, ou em zonas onde a pesca submarina esteja interdita, de espingarda submarina em condies de disparo imediato. 9 proibido deter, transportar ou manter a bordo artes de pesca ou utenslios distintos dos previstos no presente diploma. Artigo 4.Equipamentos de segurana e sinalizao

1 Na pesca submarina, podem ser utilizados outros equipamentos para proteco contra o frio, para melhorar a flutuabilidade, para proteco ou segurana ou para transporte do produto da pesca e, bem assim, quaisquer outros equipamentos que no permitam a captura directa de exemplares. 2 O exerccio da pesca submarina obrigatoriamente assinalado, superfcie, por equipamento de sinalizao, o qual no poder estar a uma distncia superior a 30 m do praticante de pesca submarina. Artigo 5.Iscos e engodos

1 Os iscos e engodos podem ser naturais ou artificiais, desde que no sejam constitudos por ovas de peixe ou por substncias passveis de provocar danos ambientais, nomeadamente substncias venenosas ou txicas ou explosivos. 2 Na pesca a partir de embarcao podem ser usados iscos e engodos.

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Dirio da Repblica, 1. srie N. 25 5 de Fevereiro de 2009 3 A pesca submarina ainda proibida no perodo compreendido entre o pr do Sol e o nascer do Sol. 4 Sem prejuzo da plena eficcia das proibies estabelecidas na alneas a) e b) do n. 1, aquelas restries devem ser divulgadas atravs da colocao de placas com a indicao Proibido pescar a menos de 100 m, por parte das entidades com responsabilidades na administrao das reas em causa. 5 As restries referidas nos nmeros anteriores no prejudicam quaisquer outras que devam ser decretadas pelas autoridades competentes, designadamente pela autoridade sanitria, cuja publicitao possa ou deva ser efectuada por edital a afixar pela capitania do porto. 6 Sem prejuzo do disposto neste artigo, o exerccio da pesca ldica nas reas classificadas fica condicionado pelos planos de ordenamento e pela regulamentao especfica que venha a ser publicada para o efeito. Artigo 8.Deveres dos praticantes

3 Na pesca apeada s podem ser utilizados iscos. 4 Na pesca submarina no permitida a utilizao de iscos e engodos. Artigo 6.Embarcaes

1 Na pesca ldica apenas permitida utilizao de embarcaes registadas no recreio ou na actividade martimo-turstica, salvo o disposto no nmero seguinte. 2 No exerccio da pesca ldica na modalidade desportiva podem ser utilizadas embarcaes registadas na pesca, desde que se verifiquem as seguintes condies: a) A prova ou competio tenha lugar em guas ocenicas ou interiores martimas; b) A capitania do porto competente previamente o autorize; c) Seja devidamente justificada a ausncia de alternativas para o recurso a tal tipo de embarcaes. 3 O pedido de autorizao a que se refere a alnea b) do nmero anterior deve ser dirigido capitania do porto com jurisdio na rea de realizao do evento, instrudo com justificao nos termos da alnea c), com a antecedncia mnima de 30 dias sobre a data daquele. 4 As embarcaes registadas na pesca autorizadas para a pesca ldica na modalidade desportiva, nos termos do n. 2, no podem exercer qualquer tipo de actividade de pesca profissional nem ter a bordo ou utilizar qualquer tipo de arte de pesca com caractersticas distintas das autorizadas no presente diploma. 5 As embarcaes que nos termos dos nmeros anteriores estejam a prestar apoio a actividades de pesca submarina devem hastear, em local visvel, a bandeira Alfa do cdigo internacional de sinais. 6 Qualquer embarcao dever guardar uma distncia mnima de segurana de 50 m em relao a equipamento de sinalizao da pesca submarina em flutuao ou a embarcaes que apresentem hasteada a bandeira Alfa do cdigo internacional de sinais. Artigo 7.Restries pesca ldica

1 Os praticantes de pesca ldica devem respeitar as restries biolgicas fixadas na legislao em vigor para a pesca comercial. 2 Os praticantes de pesca ldica, quando operem a partir de terra, devem guardar entre si ou em relao a pescadores profissionais, salvo acordo em contrrio, a distncia mnima de 5 m. 3 Quando a pesca ldica se exera a partir de uma embarcao, deve ser guardada uma distncia mnima de 50 m em relao a outras embarcaes, praticantes de pesca submarina ou artes de pesca caladas. 4 Os praticantes de pesca submarina, no exerccio da actividade, devem guardar entre si, salvo acordo em contrrio, uma distncia mnima de 20 m. Artigo 9.Proibio de captura

1 proibido o exerccio da pesca ldica: a) A menos de 100 m do acesso a embarcadouros, docas e portos, bem como de reas delimitadas de estaleiros de construo naval e estabelecimentos de aquicultura; b) A menos de 100 m da desembocadura de qualquer esgoto desde que este esteja devidamente assinalado; c) Dentro das reas delimitadas dos portos e marinas de recreio; d) Nas praias concessionadas, durante a poca balnear, e tambm at ao limite de 300 m da linha da costa em frente a essas mesmas praias. 2 , ainda, proibido o exerccio da pesca submarina e da pesca a partir de embarcaes: a) Nas barras de acesso aos portos e embocaduras dos rios; b) Nos canais de acesso, canais de aproximao e canais estreitos em portos; c) Em canais balizados.

1 proibida a captura e reteno das espcies constantes do anexo I do presente diploma, que dele faz parte integrante. 2 Na pesca submarina s permitida a captura das espcies de peixes e cefalpodes constantes no anexo II da presente portaria. 3 proibida a captura de peixes, crustceos e moluscos cujo tamanho seja inferior aos tamanhos mnimos fixados na legislao em vigor para a pesca comercial, devendo os espcimes ser imediatamente devolvidos ao mar, excepto em competies de pesca desportiva. 4 A medio do tamanho dos peixes, crustceos e moluscos faz-se em conformidade com o anexo III do presente diploma, que dele faz parte integrante. 5 No permitida a captura de espcies sujeitas a planos de recuperao adoptados no mbito da poltica comum de pescas ou outras medidas de proteco no mbito da legislao em vigor. Artigo 10.Trofus de pesca

1 Consideram-se trofus de pesca as espcies constantes do anexo IV do presente diploma, que dele faz parte integrante, que atinjam as dimenses ali previstas.

Dirio da Repblica, 1. srie N. 25 5 de Fevereiro de 2009 2 Relativamente s espcies constantes do anexo referido no nmero anterior que pelas suas dimenses no sejam consideradas trofus, apenas permitida a sua captura e marcao, no podendo ser retidas a bordo ou desembarcadas, excepto em competies de pesca desportiva. Artigo 11.Limites captura diria

8374 A licena para o exerccio da pesca ldica mensal, anual ou trianual, sendo de um dos seguintes tipos: a) Pesca apeada, exclusivamente para o exerccio a partir de terra; b) Pesca de embarcao, para o exerccio da pesca linha, a bordo de embarcao, englobando a licena prevista na alnea anterior; c) Pesca submarina, exclusivamente para o exerccio da pesca submarina. d) Pesca ldica geral, para o exerccio da pesca linha apeada ou a partir de embarcao, bem como para o exerccio da pesca submarina. 5 As licenas j emitidas para a pesca submarina at data de entrada em vigor da presente portaria equivalem, para todos os efeitos legais, a licenas de pesca ldica geral e mantm-se vlidas at ao final do termo da sua validade. 6 Os praticantes de pesca linha ou pesca submarina, na modalidade turstica, podem, para alm das licenas a que se refere o nmero anterior, obter uma licena diria. 7 A licena para o exerccio da pesca ldica deve fazer referncia regio do territrio do continente para a qual vlida, que corresponde rea de jurisdio da capitania do porto e capitanias limtrofes. 8 A DGPA pode, mediante protocolo, delegar noutras entidades a emisso de licenas, caso em que, como contrapartida dessa prestao de servios, estas podem receber, mediante condies a acordar, um montante da percentagem da receita da DGPA relativa s taxas cobradas. Artigo 13.Obteno da licena

1 O peso de capturas dirias de peixes e cefalpodes autorizado na pesca ldica no pode, no seu conjunto, exceder 10 kg por praticante devidamente licenciado, podendo ser capturados e retidos um ou mais exemplares, no sendo contabilizado para o efeito o exemplar de maior peso. 2 O peso de capturas dirias de crustceos e outros organismos distintos dos referidos no nmero anterior no pode, no seu conjunto, exceder os 2 kg, no sendo contabilizado para o efeito o exemplar de maior peso, com excepo dos perceves, cujo peso mximo de 0,5 kg. 3 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores, quando a bordo de uma embarcao existam trs ou mais praticantes, o limite mximo de capturas no pode exceder 25 kg, com excepo das embarcaes registadas na actividade martimo-turstica. 4 Quando tenham sido atingidos os pesos mximos a que se referem os n.os 1 a 3, proibido continuar a pescar, excepto em competies de pesca desportiva. 5 As capturas em competies de pesca desportiva que ultrapassem os pesos referidos nos n.os 1 a 3, sempre que apropriadas para o consumo humano, devem ser doadas a instituies de beneficncia, com conhecimento da capitania do porto da rea, podendo o indivduo que o capturou ficar com 10 kg de peixe. 6 proibida a reteno ou comercializao por parte das empresas martimo-tursticas ou respectivos trabalhadores de quaisquer espcimes capturados no exerccio da pesca turstica. 7 Tendo em vista o controlo das quantidades capturadas, o pescado apenas pode ser transportado pelo praticante de pesca ldica que efectuou a captura. 8 Tendo em vista a diferenciao do pescado objecto de captura na actividade de pesca ldica, obrigatria a marcao de todos os exemplares capturados, antes do abandono do local de pesca, quando a mesma for praticada a partir de terra, ou do desembarque, quando seja exercida em embarcao, atravs da aplicao de um corte na respectiva barbatana caudal, conforme indicado no anexo V. Artigo 12.Licena

1 As licenas podem ser obtidas por todos os interessados junto da DGPA ou das entidades a que se refere o n. 8 do artigo 12. 2 Para os efeitos da obteno da licena diria a que se refere o n. 6 do artigo anterior, as empresas martimo-tursticas podem requisitar DGPA conjuntos de 50 licenas para cedncia, a bordo, aos seus clientes praticantes de pesca turstica. 3 Os modelos de licena e os procedimentos administrativos inerentes emisso das licenas so aprovados por despacho do ministro responsvel pelo sector das pescas, sob proposta da DGPA. Artigo 14.Monitorizao da pesca ldica

1 O exerccio da pesca ldica, com excepo da apanha ldica, est sujeito a licena, individual e intransmissvel, a emitir pela DGPA, mediante o pagamento da respectiva taxa. 2 Sem prejuzo do cumprimento das normas legais que regulam a actividade, o exerccio da pesca ldica por menores de 16 anos no est sujeito a licena quando acompanhados por titulares de licena. 3 Exceptuam-se ainda da obrigatoriedade de licena os indivduos no nacionais que participem em provas desportivas internacionais, desde que apresentem o comprovativo da inscrio nas mesmas.

1 Os operadores martimo-tursticos, bem como qualquer praticante de pesca ldica, devem proceder ao registo de actividade quando realizem capturas de espcies constantes do anexo III, no formulrio, fornecido pela DGPA, constante do anexo VI do presente diploma, que dele faz parte integrante. 2 Os registos referidos no nmero anterior devem ser remetidos DGPA no prazo mximo de 30 dias, a qual envia cpia ao Instituto da Conservao da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) sempre que as reas de captura se insiram em reas classificadas.

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Dirio da Repblica, 1. srie N. 25 5 de Fevereiro de 2009ANEXO II Lista de espcies cuja captura autorizada na pesca submarina (a que se refere o n. 2 do artigo 9.)Nome vulgar Nome cientfico

3 obrigatria a resposta a inquritos que venham a ser efectuados sob a orientao da DGPA, para acompanhamento da actividade. Artigo 15.Fiscalizao

A fiscalizao do disposto na presente portaria, bem como a aplicao do regime sancionatrio decorrente das infraces s suas disposies, efectua-se nos termos do disposto nos artigos 13., 14. e 17. do Decreto-Lei n. 246/2000, de 29 de Setembro, na redaco que lhes foi conferida pelos Decretos-Leis n.os 112/2005, de 8 de Junho, e 56/2007, de 13 de Maro. Artigo 16.Norma revogatria

Moluscos Choco vulgar . . . . . . . . . . . . . . . . . Lulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Polvo vulgar . . . . . . . . . . . . . . . . . Peixes Abrtea da costa . . . . . . . . . . . . . . Agulha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anchova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bodio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Boga do mar . . . . . . . . . . . . . . . . . Bonito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Caes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cangulos, pampo de Sines . . . . . . Carapaus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cavala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Charroco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Charuteiros, lrios . . . . . . . . . . . . . Cherne legtimo . . . . . . . . . . . . . . . Choupa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Corvina legtima . . . . . . . . . . . . . . Dentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dobradia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dourada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dourado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Encharu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Espadarte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Espadim guia . . . . . . . . . . . . . . . . Faneca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Faneco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Garoupa chumbo . . . . . . . . . . . . . . Juliana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Linguados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Moreia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pargos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pata roxas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Peixe galo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Peixes aranha . . . . . . . . . . . . . . . . Pombo, pargo mulato . . . . . . . . . . Pregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Raias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rascasso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Robalo baila . . . . . . . . . . . . . . . . . Robalo legtimo . . . . . . . . . . . . . . . Roncadeira preta, corba . . . . . . . . Ruivos, cabras . . . . . . . . . . . . . . . . Safio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Salema Salmonete legtimo . . . . . . . . . . . . Sarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sargos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sarrajo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Solha das pedras . . . . . . . . . . . . . . Solha legtima . . . . . . . . . . . . . . . . Tainhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tamboris . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tubaro-faqueta . . . . . . . . . . . . . . Veleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Phycis phycis. Belone belone. Pomatomus saltatrix. Labrus bergylta. Boops boops. Katsuwonus pelamis. Mustelus spp. Balistes spp. Trachurus spp. Scomber japonicus. Halobatrachus didactylus. Seriola spp. Polyprion americanus. Spondyliosoma cantharus. Argyrosomus regius. Dentex spp. Oblada melanura. Sparus auratus. Coryphaena hippurus. Pseudocaranx dentex. Xiphias gladius. Tetrapturus belone. Trisopterus luscus. Trisopterus minutus. Lithognathus mormyrus. Mycteroperca rubra. Pollachius pollachius. Solea spp. Muraena helena. Pagrus spp. Scyliorhinus spp. Zeus faber. Trachinus spp. Plectorhynchus mediterraneus. Psetta mxima. Raja spp. Scorpaena scrofa. Dicentrarchus punctatus. Dicentrarchus labrax. Sciaena umbra. Chelidonichthys spp., Trigla spp., Aspitrigla spp. e Dactylopterus volitans. Conger conger. Sarpa salpa. Mullus surmuletus. Scomber scombrus. Diplodus spp. Sarda sarda. Plattichthys flesus. Pleuronectes platessa. Mugilidae. Lophius spp. Carcharhinus obscuru. Istiophorus albicans. Sepia officinalis. Loligo spp. Octopus vulgaris

revogada a Portaria n. 868/2006, de 29 de Agosto. Artigo 17.Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao. Pelo Ministro da Presidncia, Laurentino Jos Monteiro Castro Dias, Secretrio de Estado da Juventude e do Desporto, em 14 de Janeiro de 2009. O Ministro da Defesa Nacional, Henrique Nuno Pires Severiano Teixeira, em 18 de Novembro de 2008. O Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento Regional, Francisco Carlos da Graa Nunes Correia, em 12 de Novembro de 2008. O Ministro da Economia e da Inovao, Manuel Antnio Gomes de Almeida de Pinho, em 9 de Janeiro de 2009. Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Ascenso Lus Seixas Simes, Secretrio de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, em 5 de Novembro de 2008.ANEXO I Lista de espcies ou grupos de espcies de captura proibida (a que se refere o n. 1 do artigo 9.)

Cavalo-marinho (todas as espcies do gnero Hippocampus). Esturjo (todas as espcies do gnero Acipenser). Lagostas (todas as espcies do gnero Palinurus). Lampreia (Petromyzon marinus). Meros (Epinephelus spp.). Peixe-lua (Mola mola). Salmo (Salmo salar). Svel e savelha (todas as espcies do gnero Alosa). Tubaro-branco (Carcharodon carcharias). Perna de moa (Galeorhinus galeus). Tubaro-sardo (Lamna nasus). Tartarugas marinhas (todas as espcies). Mamferos marinhos (todas as espcies).

Dirio da Repblica, 1. srie N. 25 5 de Fevereiro de 2009ANEXO III Medio do tamanho dos peixes, crustceos e moluscos (a que se refere o n. 4 do artigo 9.) ANEXO V Mtodo de corte da barbatana caudal (a que se refere o n. 8 do artigo 11.)

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ANEXO VI Mapa de registo de espcies constantes do anexo IV (a que se refere o artigo 14.)

A medio de peixes (figs. 1 e 2), crustceos (figs. 3 a 7) e moluscos (figs. 8 a 12) ser feita da forma referida nas figuras respectivas, de acordo com as regras fixadas no Regulamento (CE) n. 850/98, do Conselho, de 30 de Maro, tal como referido no n. 3 do artigo 48. do Decreto Regulamentar n. 43/87, de 17 de Julho, na redaco dada pelo Decreto Regulamentar n. 7/2000, de 30 de Maio, e ainda na Portaria n. 27/2001, de 15 de Janeiro.ANEXO IV Lista das espcies (a que se refere o artigo 10.)Dimenses/peso a partir do qual considerado trofu (em centmetros)

MINISTRIO DA DEFESA NACIONALDecreto-Lei n. 32/2009de 5 de Fevereiro

Espcie

Atum-rabilho (Thunnus thynnus) . . . . . . . . . . . . . . . . Atum-voador (Thunnus alalunga) . . . . . . . . . . . . . . . Dourados (Coryphaena spp.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Espadarte (Xiphias gladius) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tintureira (Prionace glauca) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tubaro anequim (Isurus oxyrinchus) . . . . . . . . . . . . Tubares-martelo (Sphyrna spp.) . . . . . . . . . . . . . . . .

100 85 100 250 250 300 300

Nota. Comprimento total a partir da extremidade da mandbula superior (espada).

O Arsenal do Alfeite foi criado pelo Decreto-Lei n. 28 408, de 31 de Dezembro de 1937, substituindo, assim, o Arsenal da Marinha. Posteriormente, foi aprovado o Regulamento do Arsenal do Alfeite atravs do Decreto n. 31 873, de 27 de Janeiro de 1942, o qual veio estabelecer em concreto os fins deste organismo dependente da Marinha. Com a transferncia do Arsenal para a margem esquerda do Tejo, o Estado pretendia, simultaneamente, libertar