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Matteus Freitas Rio de Janeiro/RJ, 3 de outubro de 2012 NOVA LEI DA MOBILIDADE URBANA GESTÃO DA DEMANDA – EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Matteus Freitas Rio de Janeiro/RJ, 3 de outubro de 2012

NOVA LEI DA MOBILIDADE URBANA GESTÃO DA DEMANDA – EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Estrutura da Apresentação

1. Contexto;

2. Cingapura - Sistema de Pedágio Urbano;

3. Londres – Taxa de Congestionamento; e

4. Conclusões.

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CONTEXTO

MELHORIA DA GESTÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO URBANO

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CONTEXTO

Capítulo V Das Diretrizes para o Planejamento e Gestão dos Sistemas de Mobilidade Urbana Artigo 23 Instrumentos de Gestão do Sistema de Transporte e da Mobilidade Urbana Inciso I Restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados

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CONTEXTO

Experiências brasileiras: - Número reduzido; - Enfoque pontual; - Obtenção de vantagens e benefícios limitados; e - Transferência dos problemas para regiões próximas. Experiências internacionais: - Abordagem sistêmica; - Associação com a tributação do uso da infraestrutura urbana (Lei 12.587/2012, Art. 23, Inciso III); - Transferência dos recursos obtidos para investimentos no transporte público coletivo e não motorizado; e - Prática amplamente discutida.

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CONTEXTO

1. VIAS PEDAGIADAS Cobrança de pedágio em todas as faixas da via; 2. FAIXAS PEDAGIADAS Cobrança de pedágio em uma ou mais faixas da via; 3. REDE DE VIAS PEDAGIADAS Quando a cobrança é feita para o tráfego em algumas ou todas as vias de uma determinada área; e 4. ÁREA PEDAGIADA Existência de cobrança para permissão ao acesso de uma determinada área da cidade (centros urbanos).

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CINGAPURA – SISTEMA DE PEDÁGIO URBANO

RPS (Road Pricing Scheme) – Tarifação de Rodovias

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CINGAPURA – SISTEMA DE PEDÁGIO URBANO

Principais Características - Início: década de 1970;

- Objetivo: reduzir os impactos da circulação de um alto volume de veículos nas vias urbanas;

- Implantação de vários sistemas de gerenciamento da demanda; e

- Cobrança de taxa para aquisição e licenciamento de veículos, compra de combustíveis e estacionamentos.

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CINGAPURA – SISTEMA DE PEDÁGIO URBANO

RPS (Road Pricing Scheme) – Tarifação de Rodovias

- Início: 1995;

- Cobrança pelo uso de vias expressas e principais vias de acesso ao centro da cidade;

- Direcionada aos motoristas que utilizam determinada infraestrutura nos horários de pico;

- Minimização dos congestionamentos; e

- Utilização do ERP (Eletronic Road Pricing).

Portal de Fiscalização Eletrônica

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CINGAPURA – SISTEMA DE PEDÁGIO URBANO

Características de Funcionamento

- Unidade Veicular IU (In-vehicle Unit): leitor de Smart Card existente em todos os veículos comercializados em Cingapura;

- Smart Card: cartão de armazenamento dos créditos;

- Portais eletrônicos: emitem a cobrança dos créditos com base no tipo de veículo, local, horário e dia da semana;

- Não há a necessidade de intervenção por parte dos motoristas; e - Conscientização dos motoristas.

Unidade Veicular – Leitor Smart Card

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CINGAPURA – SISTEMA DE PEDÁGIO URBANO

Benefícios

- Justo: cobrança baseada na utilização;

- Conveniente: não existe a necessidade da aquisição de licenças diárias e/ou mensais; e

- Confiável: automatizado, não há risco de falha humana.

Ganhos - Receita bruta anual: US$ 90 milhões (2008);

- Receita líquida anual: US$ 72 milhões (2008); e

- Custos: US$ 18 milhões (20% da receita bruta).

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LONDRES – TAXA DE CONGESTIONAMENTO

Taxa de Congestionamento – Área Central de Londres

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LONDRES – TAXA DE CONGESTIONAMENTO

Principais Características - Início: 17 de fevereiro de 2003;

- Greater London Authority Act 2009 e Trasnsport Act 2000: poder para implantação;

- Foi precedida por uma consulta pública; e

- Objetivos: reduzir o congestionamento, incentivar o uso do transporte público e reduzir as emissões de poluentes.

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LONDRES – TAXA DE CONGESTIONAMENTO

Taxa de Congestionamento – Área Central de Londres

- Restrição da circulação de veículos na área central de Londres;

- Incentivos ao planejamento das viagens;

- Auxílio a fiscalização;

- Prioridade de circulação aos veículos de transporte público; e

-Política de estacionamento.

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LONDRES – TAXA DE CONGESTIONAMENTO

Características de Funcionamento - Área na zona central: 21 km²;

-Cobrança executada dos veículos que entrassem na área delimitada; - Valor da taxa: £ 10 (2011); e

- Segunda a sexta-feira, das 7 às 18h (exceto feriados).

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LONDRES – TAXA DE CONGESTIONAMENTO

Política de Estacionamento

- Necessidade de informar o número de registro do veículo à TfL até meia noite;

- Cobrança diferenciada entre 22h e meia noite do dia da viagem; e -Residentes: estacionamento permitido, circulação com desconto de 90%.

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Benefícios

- Melhoria do transporte público com 20% da receita líquida;

- Redução do tráfego de veículos em até 25% na área central;

- Planejamento das viagens por parte dos usuários de automóveis (adaptação do cotidiano); e

- Grupo responsável por 22% do PIB de Londres: aprovação de 91%.

Ganhos - Receita bruta anual: US$ 435 milhões (2008);

- Receita líquida anual: US$ 222 milhões (2008); e

- Custos indiretos: US$ 212 milhões (50% da receita bruta).

LONDRES – TAXA DE CONGESTIONAMENTO

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CONCLUSÕES

- Direcionamento dos recursos obtidos para investimentos no transporte público e não motorizado; - Retorno dos recursos gerados para os próprios motoristas pedagiados;

- Distribuição justa dos ônus e bônus do desenvolvimento urbano;

- Incentivo ao planejamento das viagens pelos motoristas do transporte individual;

- Maior utilização do transporte público;

- Redução da emissão de poluentes nos locais de grande circulação de pessoas; e

- Equilíbrio dos deslocamentos.

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Obrigado! Matteus Freitas

Analista de Transporte Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)

[email protected] Site NTU: www.ntu.org.br

Portal BRT Brasil: www.brtbrasil.org.br