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ANO III 01 a 15 de OUTUBRO 2014 16ª EDIÇÃO QUINZENAL NOTICIAS EM DESTAQUE Airship confirma fábrica de dirigíveis em São Carlos ArcelorMittal: mais de US$ 350 mi no setor Volks ainda não definiu valor a investir em São Carlos Siemens anuncia nova fábrica no Brasil Setor industrial define suas prioridades Alíquota de 3% do Reintegra passa a valer em outubro, diz Mantega NOTICIAS ANTERIORES Plano para máquinas prevê R$ 200 bi em 10 anos S&P Ventilação anuncia nova fábrica em Mogi das Cruzes Indústria volta a crescer, indica CNI JAC define nova data para fábrica no Brasil Empresa de Londrina investe R$ 35 milhões para aumentar produção ABB fecha contrato de US$ 103 mi com Vale para automação em Carajás Volvo e Geely planejam fábrica no Brasil Finep prevê atingir R$ 5 bi em desembolsos Atividade econômica cresce 1,5% em julho, maior aumento mensal desde 2008 Abimaq cobra políticas de comércio exterior de longo prazo Empresa de cimento investe meio bilhão em nova fábrica no MS

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ANO III 01 a 15 de OUTUBRO 2014 16ª EDIÇÃO QUINZENAL

� NOTICIAS EM DESTAQUE

� Airship confirma fábrica de dirigíveis em São Carlos � ArcelorMittal: mais de US$ 350 mi no setor � Volks ainda não definiu valor a investir em São Carlos � Siemens anuncia nova fábrica no Brasil � Setor industrial define suas prioridades � Alíquota de 3% do Reintegra passa a valer em outubro, diz Mantega

� NOTICIAS ANTERIORES

� Plano para máquinas prevê R$ 200 bi em 10 anos � S&P Ventilação anuncia nova fábrica em Mogi das Cruzes � Indústria volta a crescer, indica CNI � JAC define nova data para fábrica no Brasil � Empresa de Londrina investe R$ 35 milhões para aumentar produção � ABB fecha contrato de US$ 103 mi com Vale para automação em Carajás � Volvo e Geely planejam fábrica no Brasil � Finep prevê atingir R$ 5 bi em desembolsos � Atividade econômica cresce 1,5% em julho, maior aumento mensal desde 2008 � Abimaq cobra políticas de comércio exterior de longo prazo � Empresa de cimento investe meio bilhão em nova fábrica no MS

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� Airship confirma fábrica de dirigíveis em São Carlos

Projeto terá investimento de R$ 200 milhões, gerando 270 empregos diretos e pode revolucionar o transporte de cargas no Brasil. Por Investe SP 22/09/2014 A prefeitura de São Carlos assinou, em 19/09), um memorando de entendimento com a Airship do Brasil, sociedade

entre os Grupos Grupos Engevix e Transportes Bertolini, para a produção de dirigíveis de carga no município. O projeto, que tem o apoio da Investe São Paulo – agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – consiste na instalação de uma unidade fabril de 20 mil metros quadrados, que deverá gerar 270 empregos diretos, com investimento de cerca de R$ 200 milhões. A planta, que será edificada em um terreno de 49

hectares às margens da Rodovia Washington Luiz (SP-310), fabricará dirigíveis e outras soluções utilizando tecnologias mais leves que o ar (lighter than air - LTA).

As aeronaves serão capazes de voar em uma altitude de 150 metros a uma velocidade de 120 quilômetros por hora, transportando, inclusive, grandes peças, como parte de torres de alta tensão. A inauguração da unidade está prevista para 2016. O projeto é assessorado pela Investe São Paulo desde setembro de 2013. “Temos apoiado a empresa na obtenção de licenças ambientais e em questões tributárias, além de ter intermediado o pedido de financiamento ao BNDES que será concedido via Desenvolve São Paulo, a agência de fomento do Governo do Estado”, disse o presidente da Investe SP, Luciano Almeida.

“Sabemos da importância desse projeto para o aprimoramento da logística no Estado de São Paulo e da qualidade dos empregos que serão gerados. É por isso que todos os investimentos ligados ao setor aeroespacial são atendidos com prioridade por nossa equipe”, completou Almeida.

Participaram do evento, além de Guy Rocha, gerente administrativo da Airship, e Paulo Altomani, prefeito de São Carlos, e Alexandre Marx, gerente de Projetos da Investe São Paulo, além de diversos secretários e autoridades municipais. “São Carlos tem capacidade de gerar mão de obra especializada que será essencial para o sucesso de nosso projeto, que depende principalmente da multiplicidade de áreas de Engenharia existentes nos Centros de Ensino Superior da Cidade. Será um orgulho contribuir para o desenvolvimento da cidade”, destacou o gerente geral da Airship, Guy Rocha.

As obras para a construção da fábrica começam em outubro de 2014 e a previsão é que as operações se iniciem até o segundo semestre de 2016. Os primeiros pedidos de dirigíveis já foram feitos pela Eletronorte, que receberá os produtos em 2016. Eles serão usados para transporte de passageiros, equipamentos e torres de energia a áreas remotas da Amazônia. A Airship irá produzir diversos tipos de dirigíves e aerostatos em São Carlos, que poderão ser entregues, principalmente, a empresas de logística e transporte espalhadas em todo o País. A empresa conseguiu empréstimo de R$ 102,7 milhões do BNDES para o desenvolvimento dos veículos.

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Os dirigíveis são equipamentos que se adaptam ao transporte de grandes volumes e são ideais para a penetração em locais de difícil acesso, como plataformas do pré-sal ou áreas isoladas. Além disso, o produto pode ser utilizado como antenas móveis ou para otimizar a transmissão de informações.

O produto é abastecido com gás hélio não inflamável para a flutuação e diesel em quatro motores. Com os dirigíveis, uma viagem entre Manaus e Goiânia levaria 26 horas; enquanto o trajeto de caminhão pode demorar oito dias. Os primeiros modelos produzidos poderão carregar até 54 toneladas em contêineres, o equivalente a dois caminhões, mas a ideia é que no futuro esse volume possa chegar a 500 toneladas.

A tripulação contará com quatro pessoas e a autonomia de voo pode variar de dois a seis meses sem reabastecimento. O material utilizado para o veículo é a fibra de carbono, o que o torna 80% mais leve que os dirigíveis que voavam durante a década de 1930.

� ArcelorMittal: mais de US$ 350 mi no setor Por Camila Franco/ Automotive Business 18/09/2014 A ArcelorMittal, uma das maiores empresas de siderurgia e mineração do mundo, com presença em mais de 60 países,

mais de 230 mil empregados, e lucro líquido de US$ 80 bilhões em 2013 (US$ 16 bi no Brasil), tem apostado cada vez mais forte no setor automotivo para fazer de seu produto, o aço, uma das matérias-primas mais requisitadas. Nas palavras do CEO para as Américas, Lou Schorsch, esta indústria é muito importante para a companhia, “como uma jóia da coroa” capaz de gerar cada vez mais negócios. A ArcelorMittal produziu 13 milhões de toneladas de aço no ano passado para um mercado global de 83 milhões de veículos. Atualmente, 33% do seu orçamento mundial, de US$ 270 milhões, são aplicados em pesquisa e desenvolvimento de novos aços, em especial de alta resistência. Volume que tende a crescer nos próximos anos.

Somente nos últimos doze meses, segundo o executivo, o aporte anunciado para o segmento automotivo, incluindo expansão de unidades existentes, ultrapassou US$ 350 milhões, sendo US$ 175 milhões na região do Nafta, US$ 120 milhões na União Europeia e US$ 75 milhões somente no Brasil. O aumento do investimento global no aço de alta resistência, que também é mais leve, se dá ao passo que as fabricantes de veículos têm de reduzir o peso de seus carros a fim de diminuir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões. A participação da matéria-prima em um veículo, segundo cálculos da ArcelorMittal, chega a ser de 57% em média. Está bem acima do ferro, com 8%; do aluminío, com 9%; e de plásticos e de outros materiais, que juntos somam uma fatia de 22%. “Nós temos competido pelas aplicações, para produzir em escala o que os clientes necessitam. Desenvolvemos inovações para manter o aço como material a ser escolhido pelas montadoras. O aço tem muito potencial contínuo de evolução e de redução de peso. Já chega a sua terceira geração. E uma de suas principais vantagens é a de ser o produto mais reciclável do mundo”, comenta Schorsch.

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O CEO elenca cinco estratégias principais de atuação da ArcelorMittal no setor automotivo: “Continuar a oferecer alto nível de serviço e qualidade em mercados chaves; desenvolver e produzir aços de alta resistência que permitam as montadoras diminuir os pesos dos veículos sem precisar utilizar outros materiais alternativos; encontrar meios economicamente mais atrativos para acompanhar os investimentos das montadoras em mercados emergentes; continuar as parcerias com fornecedores que nos ajudam a desenvolver produtos inovadores; além de alavancar e fortalecer a nossa posição no fornecimento de aço automotivo a fim de aumentar nossos volumes e garantir valor agregado aos nossos produtos.” Os maiores consumidores atualmente da ArcelorMittal são Estados Unidos e Europa, com 40% e 45% da sua produção, respectivamente. O desafio agora é crescer a passos mais largos em mercados emergentes, como China, Índia, Rússia e Brasil, que junto as outros países ficam com o restante de 15% do total de aço fabricado. “Imagine quanto desafiador é nosso papel. Somos uma companhia global que tem de fazer os mesmos produtos para mercados com regulamentações diferentes. As emissões de CO2 variam muito de um país para o outro.” Os principais clientes de aços da ArcelorMittal para fabricação de veículos leves são Renault, Nissan, BMW, Mini, Rolls-Royce, Toyota, GM, Chrysler, Ford, PSA Peugeot Citroën, Volkswagen, Hyundai, Kia, Mercedes-Benz, Tata, Jaguar, Land Rover, Volvo, Seat, Skoda, Audi, Honda, Bentley, entre outros. No setor de veículos pesados, entre as marcas atendidas estão DAF, MAN, Scania, Renault Trucks e Volvo. Também são clientes fabricantes de autopeças como Faurecia, Magna e Benteler, além de empresas de estapagem, como Lapple, Bamesa, Kirchhoff, Gonvarri e Allgaier. Brasil Apesar de a retração ecônomica ter repercutido em uma queda de 18% até agosto deste ano na produção de autoveículos no Brasil, a ArcelorMittal mantém inalterados seus planos para o País, que recebeu anúncios de investimentos de US$ 75 milhões nos últimos doze meses. A garantia é do CEO Lou Schorsch: “O Brasil é um mercado muito importante para ArcelorMittal mesmo que sua economia esteja em período de recessão. Continuamos otimistas e comprometidos com os nossos investimentos, pois vão gerar resultados muito importantes a longo prazo.” Do montante de US$ 75 milhões, segundo o executivo, US$ 15 milhões estão sendo investidos na planta de Vega, na cidade de São Francisco do Sul (SC), para fabricação do aço de alta resistência Usibor desenvolvido pela Arcelor especificamente para a indústria automobilística. A previsão é de que o material comece a ser produzido no primeiro trimestre de 2015. Em 2011, quando a empresa passou a importá-lo da Europa, foram trazidas mil toneladas. Este ano, a previsão é de 12 a 13 mil toneladas. A partir de 2016, deverão ser fabricadas no Brasil 100 mil toneladas do Usibor por ano. Para a mesma unidade de Santa Catarina também estão sendo aplicados mais US$ 17 milhões no projeto Vega Light, que consiste em aumentar a capacidade de produção de laminados a frio, de 1,4 milhões de toneladas ano para 1,6 milhões de toneladas a partir do primeiro semestre de 2015, além de preparar a unidade para futuras expansões. Os cerca de US$ 40 milhões restantes, ainda em fase final de liberação, serão injetados na unidade de Sabará (MG) para o aumento de produção para 45 mil barras por ano, as quais seguem para a laminação na unidade de Vega. Schorsch diz que novos investimentos estão sendo analisados para ampliação da produção de laminados a quente, de 4,2 milhões para 4,6 milhões de toneladas por ano, na usina de Tubarão (ES), que opera atualmente com três fornos. Mas não revela o valor do aporte e nem quando passará ser usado.

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Novas tecnologias Para ganhar participação no setor automotivo, a ArcelorMittal trabalha constantemente com novas tecnologias. Atualmente, cerca de 80 novos tipos de aços estão sendo desenvolvidos muitos anos antes de serem produzidos. Greg Ludkovsky, vice-presidente global de pesquisa e desenvolvimento, conta que a empresa mantém cinco centros de P&D ao redor do mundo para atender exclusivamente o setor automotivo, sendo três na França, um nos Estados Unidos e outro no Canadá. Neles, aproximadamente 565 pessoas trabalham no desenvolvimento de novos aços, análises das propriedades, definições de soluções anti-corrosivas, entre outros processos. “Nós ajudamos as montadoras a desenvolverem veículos mais seguros, leves e limpos. Esta é a nossa preocupação desde o início de um projeto.” A Volkswagen uma das empresas clientes, segundo Ludkovsky, diz que o aço Usibor é até seis vezes mais resistente do que o convencional. A montadora tem substituido o alumínio pelo aço para reduzir custos. Usou o aço Usibor para a produção do Golf de sétima geração, por exemplo. A Volvo, em declaração também apontada pelo vice-presidente, acredita ter encontrado a equação perfeita entre segurança e redução de peso com o Usibor. No Brasil, segundo Marcelo Federici, especialista em desenvolvimento de projeto automotivo da ArcelorMittal, todas as montadoras instaladas têm demonstrado interesse em utilizar o Usibor, principalmente nas partes críticas da carroceria. “As empresas que ainda não decidiram pelo material no Brasil já o utilizam na Europa e nos Estados Unidos e, em questão de tempo, vão passar a usá-lo aqui.” As quatro maiores montadoras no mercado brasileiro (GM, Fiat, Ford e Volkswagen) já têm projetos com o aço de alta resistência. Duas empresas de autopeças instaladas no País também já são clientes. E outras estão em negociação. O Ford Ecosport e o Volkswagen Up! são exemplos de veículos disponíveis no mercado que foram concebidos com o Usibor e avaliados com nota máxima em crash test do Latin NCAP em 2013. O Usibor faz parte do conjunto de soluções desenvolvidas pela ArcelorMittal, denominado S-in Motion, que permite às montadoras reduzir em até 20% do peso do veículo, além de diminuir em cerca de 15% as emissões de CO₂ durante a produção e vida útil do veículo. A ArcelorMittal prevê um aumento dos atuais 6% para 25% de utilização de aços de alta resistência nos veículos brasileiros até 2025, acompanhando a tendência da indústria automotiva global. � Volks ainda não definiu valor a investir em São Carlos

Por Estadão Conteúdo 22/09/2014 A Volkswagen informou neste domingo (22) por meio de nota, que ainda não há definição em relação à expansão da fábrica de motores de São Carlos (SP), conforme constava em texto distribuído na sábado, 20, sob o título 'Volkswagen investe R$ 200 milhões no interior de SP'. 'O Acordo estabelecido em 2013 com o Sindicato habilitou a unidade de São Carlos a receber novos investimentos. O montante a ser investido na unidade faz parte de um projeto, ainda em fase de definição, no contexto do plano de investimentos de R$ 10 bilhões até 2018, anunciados pela Volkswagen do Brasil", diz a empresa em nota.

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� Siemens anuncia nova fábrica no Brasil Fábrica será a 14 ª no Brasil e opera em Jundiaí voltada à produção de inversores de baixa tensão para mercado brasileiro e externo.

Por Assessoria de Imprensa 23/09/2014

A Siemens amplia sua produção de equipamentos e soluções em território nacional com a entrada em operação de mais uma fábrica no complexo industrial de Jundiaí (SP). A 14 ª fábrica da Siemens no País é também a 10 ª da Siemens no Estado de São Paulo. A nova unidade já está em operação desde agosto e é a primeira da empresa na América Latina, e a sétima no mundo, voltada à produção de inversores de frequência de baixa tensão. De acordo com Paulo Stark, CEO e presidente da Siemens no Brasil, a medida é resultado do plano de crescimento da empresa no País. “Nos últimos dez anos, cerca de US$ 700 milhões foram investidos pela companhia aqui”. Além das dez fábricas em São Paulo, a empresa tem quatro outras unidades, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Amazonas. “Em 2015 iremos completar 110 anos de nosso estabelecimento e presença continua no Brasil. Essa nova expansão está em sintonia com nosso plano de crescimento no País, investindo em pesquisa e produção local”. Com a iniciativa, a companhia traz para o Brasil a linha Sinamics G150 e aumenta o seu índice de nacionalização em produtos e serviços com alto valor agregado, possibilitando suprir as crescentes necessidades do mercado brasileiro em setores em expansão como Papel e Celulose, Mineração, Química, Petróleo e Gás, Saneamento e Açúcar e Etanol. “A inauguração da nova fábrica reforça o compromisso e em atender as necessidades de nossos clientes e nos ajuda a ser ainda mais competitivos”, afirma José Luis de la Rosa, diretor da unidade de drives e motores. Segundo de La Rosa, a demanda por inversores tem crescido no mercado brasileiro, tendo como motivador a básica por eficiência e redução dos custos de energia para os clientes. Outro setor que tem gerado demanda é o de papel e celulose. A Siemens atualmente é uma das principais fornecedoras dos gigantes do setor, como a CMPC, no Rio Grande do Sul. De La Rosa cita que, por exemplo, durante a 22ª edição da Fenasucro (SP), maior feira mundial do segmento sucroalcooleiro, a Siemens anunciou o lançamento da fabricação nacional da família SINAMICS G150. “Trata-se de um inversor de baixa tensão que oferece alta qualidade e variedade de funções de segurança, sendo uma solução econômica, silencioso e de tamanho compacto. Adicionalmente, o G150 é capaz de combinar as exigências do cliente por meio de sua vasta gama de componentes e opções”, afirma.

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� Setor industrial define suas prioridades Associações da indústria de transformação prepararam uma lista de reivindicações para o próximo governo.

Por Olivia Alonso, Stella Fontes e Eduardo Laguna/ Valor Econômico 26/09/2014 Desoneração de impostos, com simplificação do sistema tributário, somada a medidas de defesa comercial, correção de deficiências na infraestrutura e políticas setoriais de estímulo à produção nacional. Temas como esses fazem parte de uma longa lista de reivindicações levantadas pela indústria para o governo que vai tomar posse em janeiro.

São propostas que variam de setor a setor, mas que convergem a um objetivo comum: melhorar a capacidade dos fabricantes brasileiros de competir com a concorrência internacional tanto no mercado doméstico como no exterior. Algumas entidades representativas da indústria de transformação, como a Abimaq (do setor de bens de capital mecânicos), a Abal (dos produtores de alumínio) e a Abiquim (da indústria química), já fizeram

chegar seus pleitos aos três principais candidatos na corrida ao Palácio do Planalto - diretamente ou via coordenadores das campanhas.

Outras, como a Anfavea (das montadoras instaladas no país), ainda não tiveram reuniões oficiais com as equipes de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) ou Aécio Neves (PSDB). Contudo, não deixam de manifestar publicamente o que esperam para os próximos quatro anos. Em geral, os pedidos miram "vilões" já tradicionais da indústria local. Entre os mais citados, estão os juros altos, a elevada carga tributária - com um sistema tributário complexo -, o chamado custo Brasil, a baixa competitividade das empresas e a falta de incentivos a exportações, assim como para inovação. Também entram na discussão temas mais recentes, resultantes do crescimento do país nos últimos anos, caso do déficit de mão de obra, agravado pela falta de qualificação em alguns setores. Considerando que a indústria de máquinas e equipamentos passa por um momento dramático, a Abimaq preparou para os candidatos uma cartilha de 31 páginas com suas propostas de políticas de competitividade ao setor. Seus pedidos vão de reformas política, fiscal e tributária a mudanças na educação, câmbio e redução de juros. Além disso, inclui um plano de política especial ao setor de máquinas e equipamentos, que traz propostas como sobretaxar em 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as importações de bens de capital. Outra demanda urgente apresentada pela Abimaq, mas já em estudo pelo atual governo, vai na direção de incentivos à modernização do parque fabril nacional. Segundo a associação, os custos no país são cerca de 35% superiores do que em nações desenvolvidas, o que ajuda a elevar o custo Brasil. "Nossa competitividade industrial é, hoje, a pior da história. Ser um industrial na indústria da transformação no Brasil virou um grande mico", diz Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq. A entidade já esteve com Michel Temer, vice de Dilma, e Aécio Neves. Ainda pretende se encontrar com Marina Silva. Um dos pleitos da Abimaq, novas margens de preferência para os produtos nacionais nas compras do governo, também está na lista da Abal, que representa a combalida indústria do alumínio. A entidade defende que compras governamentais de produtos de alumínio - como cabos para linhas de transmissão de energia - tenham exigências

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mínimas de conteúdo local. Milton Rego, presidente da Abal, diz que a cartilha da associação já foi apresentada para as equipes econômicas de Dilma Rousseff e Aécio Neves. Amanhã, a reunião será com o pessoal de Marina Silva. Para enfrentar o maior problema dessa indústria, o alto custo da energia, a Abal quer uma nova política energética voltada ao desenvolvimento industrial no país. A associação pede, por exemplo, que as alumineiras tenham permissão para usar mais energia gerada por elas mesmas. Hoje, podem captar diretamente apenas 10% do volume autogerado. A indústria química, representada pela Abiquim, já levou ao governo - e agora às campanhas dos candidatos à presidência que lideram as pesquisas - seus principais pleitos, parte deles para conter o déficit comercial que atingiu a marca recorde de US$ 32 bilhões no ano passado. Um dos pontos mais sensíveis é o preço da matéria-prima. Enquanto a revolução do gás de xisto levou as cotações do gás natural à casa de um único dígito nos Estados Unidos, no Brasil - que caminha para ser o quarto maior produtor de petróleo do mundo -, o valor da matéria-prima para petroquímicas e químicas segue em rota ascendente. "Precisamos de matérias-primas a preços de país produtor de petróleo e não de país importador", defende o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo. Segundo ele, o alto custo da energia a um setor eletrointensivo também compromete a competitividade das empresas brasileiras. Matéria-prima e energia, juntas, representam até 90% do custo de produção dessa indústria. Investimentos em infraestrutura e logística adequadas às necessidades da indústria química, aportes em pesquisa e inovação e redução do custo Brasil - sobretudo no que se refere a investimentos produtivos - aparecem na lista de propostas que devem ser avaliadas pelo governo. "Precisamos de uma política industrial específica", ressalta o presidente da Abiquim. Medidas de defesa comercial, com elevação de impostos para os importados, são cobradas pelas indústrias de bens de capital e do alumínio, ambos setores que, nos últimos anos, viram crescer as importações no mercado interno. Em geral, os setores industriais também querem incentivos para concorrer no exterior, via medidas como a desoneração de insumos utilizados na fabricação de produtos destinados a exportações ou a institucionalização de programas como o Reintegra, que restitui tributos de produtos embarcados ao exterior. A Anfavea, vai além, e defende a ampliação dos acordos comerciais para abrir portas de novos mercados aos carros produzidos no Brasil. Esse é um ponto considerado fundamental para reduzir a dependência à Argentina, destino de quatro a cada cinco veículos exportados por montadoras brasileiras. Ainda que a indústria automobilística tenha se beneficiado nos últimos seis anos de reduções no IPI, o setor também cobra alívio na carga de impostos cobrada pelos governos. "Nosso produto é o mais tributado do mundo", diz Luiz Moan, presidente da Anfavea. Contudo, mais do que isso, a associação das montadoras, assim como a Abimaq, quer que o próximo governo aproveite, logo de início, o capital político conquistado ao vencer as eleições de outubro para simplificar o sistema tributário brasileiro, corrigindo a sobrecarga provocada pela incidência de tributos em cadeia, sem alinhamento das legislações estaduais. Uma reivindicação comum entre os pleitos apresentados pelas entidades industriais - com exceção das montadoras, que já contam com um regime próprio - são as políticas setoriais, capazes de atacar de forma mais certeira as dificuldades de cada área. Para as empresas de engenharia industrial, representadas pela Abemi, a atual política industrial brasileira deve ser modificada para contemplar número maior de setores, com atenção especial a áreas de intensidade tecnológica, como é seu caso. Em caderno que reúne as diretrizes para fortalecer a engenharia industrial brasileira, a Abemi aponta que, com iniciativa dessa natureza, o governo conseguiria "conciliar a política de promoção de competitividade de curto prazo, baseada na construção de empresas líderes nos setores de baixa e média-baixa tecnologia, com uma política industrial mais voltada ao fomento da engenharia industrial, à pesquisa e inovação".

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� Alíquota de 3% do Reintegra passa a valer em outubro, diz Mantega Por Renan Fagalde e texto de Cesar Bianconi/ Reuters 29/09/2014

O governo federal antecipou a entrada em vigor da alíquota de 3 por cento do Reintegra, programa de créditos sobre exportações para empresas de manufaturados, para a partir de outubro deste ano, anunciou nesta segunda-feira (29) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A alíquota atual do Reintegra, regime que devolve aos exportadores de produtos manufaturados um percentual da receita com as vendas externas e os compensa por

tributos indiretos, é de 0,3 por cento. Inicialmente, a alíquota de 3 por cento deveria valer apenas a partir do começo de 2015. A antecipação da medida foi anunciada a seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais. Para Mantega, o Reintegra maior ajudará a dar competitividade à indústria nacional, num momento em que falta mercado para os exportadores. O ministro disse ainda que a antecipação da alíquota maior do Reintegra não tem efeito sobre as contas públicas neste ano, já que a contabilização das exportações das empresas brasileiras para fins de obtenção do crédito tributário ocorrerá em janeiro de 2015. O impacto anualizado estimado na arrecadação com o Reintegra de 3 por cento é de 6 bilhões de reais, segundo Mantega. Para o período de outubro a dezembro, seria um quarto disso, ou cerca de 1,5 bilhão de reais, de acordo com o ministro. Mantega anunciou a antecipação da alíquota maior do Reintegra após reunião com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) na capital paulista. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, também participou do encontro. O ministro da Fazenda disse ainda que foi acertada a criação de duas comissões com representantes do governo federal e do empresariado que afetam a indústria, uma para tratar de questões trabalhistas e outra de tributárias.